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A Doutrina do Culto Levítico

Subsídio da lição 6 - Lição de adultos (CPAD)

Antônio Vitor
A Doutrina do Culto Levítico

Toda criatura deve ser voltada a adoração do Seu criador, porém,


infelizmente nos deparamos com diversos exemplos de povos e culturas
que têm se voltado a adorar a criatura mais do que o próprio criador.

Encontramos no livro de Levítico exemplos diversos de como o povo de


Israel deveria adorar e consagrar tudo o que possuíra e tinha recebido do
Senhor, como objeto de adoração ao único Deus de Israel.

A Terra é do Senhor

O livro de Levítico reafirma, por meio de suas ações litúrgicas, as teologias


do Gênesis e do Êxodo; mostra que Deus, sendo o Criador dos Céus e da
Terra, tem de ser adorado por tudo quanto existe e por tudo o que temos.
(ANDRADE 2018, p. 67)

Ao lermos a palavra de Deus, nos deparamos no primeiro versículo


do livro do Gênesis o início de todas as coisas por um único Criador. Deus é
a Causa Primária de tudo o que existe, e como infinito, é anterior a toda a
criação no céu e na terra, que estão diretamente dependentes dEle.

Deus criou a matéria, contrariando a muitas teorias científicas


existentes, a partir do nada. A Bíblia é enfática quanto a isso quando diz
que “No princípio criou Deus...” (Gn 1.1) agregado as palavras de Moisés que
diz “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o
mundo , sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2).

A expressão “No princípio” é enfatica, e chama a atenção para o fato de


um princípio real. (STAMPS 1995, p. 30)

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A Doutrina do Culto Levítico

Mediante a isto, nós pertencemos a Ele, e assim devemos ofertar e


consagrar o que temos ao Senhor, e sabendo que “Do SENHOR é a terra e
a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl 24.1), tudo aquilo
que produzimos e possúimos devemos a Ele por Sua infinita misericórdia,
o que nos faz dependentes de Sua Graça.

Uma vez que Deus é a origem de tudo quanto existe, os seres humanos e
a natureza não existem por si mesmos, mas devem a Ele sua existência e
propagação. (STAMPS 1995, p. 30)

Neste contexto, o livro de Levítico veio para afirmar e selar o povo de


Israel como o povo escolhido, libertado e consagrado por Deus, para ser o
povo santo e portar a Sua Presença em seu meio.

E como povo de Deus, deveriam redÊ-lo adoração diuturnamente,


ofertanto e consagrando e Ele tudo o que possuiam, e de modo algum
deveriam esconder ou negar como oferta a Deus, aquilo que Ele mesmo
proveu para o seu sustento.

A teologia de Levítico tinha uma lógica simples e perfeitamente


compreensível: se toda a Terra é do Senhor, logo todos os seus
moradores devem adorá-lo com os produtos de suas rendas. Nesse
sentido, a religião do Antigo Testamento ia além de mera liturgia. Toda vez
que um israelita oferecia um sacrifício a Jeová, quer pacífico, quer por sua
iniquidade, ele confessava dramaticamente reconhecer o senhorio divino
sobre tudo o que existe. (ANDRADE 2018, p. 69)

Os animais e vegetais são do Senhor

A teologia do Levítico mostra a criação como serva do Criador. Por esse


motivo, os animais e os vegetais, em Israel, não eram adorados, mas
serviam para glorificar a Deus. (ANDRADE 2018, p.71)

A Doutrina do Culto Levítico


A Doutrina do Culto Levítico

Encontramos diversos países no mundo atual que utilizam animais


como símbolos sagrados. Esse tipo de esoterismo vem se alastrando em
diversas culturas do mundo, e não era diferente no mundo antigo.

No Egito antigo, encontramos vários animais que eram tidos como deuses,
como por exemplo o deus Sobek, que era um crocodilo, e estava
associado aos crocodilos que existiam no rio Nilo. Este Deus possuía até
um templo onde vivia um crocodilo sagrado chamado Petsuchos.

Mas Deus orienta o Seu povo que os animais como também os vegetais
não existiam para serem adorados, mas sim para servir como objeto de
adoração a Deus que É o Seu Criador.

Ao contrário dos egípcios, os israelitas não se davam ao culto dos animais.


Mas o apresetavam em sacrifício ao Senhor (Lv 1.2). Além disso, faziam
distinção entre os animais limpos e impuros (Lv 11). O povo de Israel sabia
que os animais não são deuses, e, sim, criatura do Deus que as sustenta
(Sl 104.14). (ANDRADE 2018, p. 71)

Um perigo real que os israelitas corriam é a idolatria a falsos deuses


criados pela imaginação humana, que endeusavam mais a criatura do que
a Seu criador, por isso a lesgislação trazida em Levítico os orientavam no
tocante a isso.

O ser humano é do Senhor

A teologia levítica realça a sacralidade da vida humana como imagem e


semelhança de Deus. Em Israel, ao contrário das culturas cananeias,
estava proibido o sacrifício humano, pois o verdadeiro sacrifício a Deus é
um coração humilde e contrito. (ANDRADE 2018, p. 72)

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A Doutrina do Culto Levítico

O homem, criado a imagem e semelhança de Deus, foi criado para ser o


representante de Deus, com autoridade sobre toda a criação (RENOVATO
apud Teologia Sistemática Pentecostal 2008, p. 253).

O homem e a mulher, igualmente, foram criados à “imagem” e


“semelhança” de Deus. À base dessa imagem, podiam comunicar-se com
Deus, ter comunhão com Ele e expressar de modo incomparável o seu
amor, glória e santidade. Eles fariam isso conhecendo a Deus e
obedecendo-o. (STAMPS 1995, p. 33)

Do mesmo modo de como o animal não foi criado para ser adorado, o ser
humano também assim não o foi. Ele com toda a sua racionalidade deveria
adorá-lo e serví-lo, e jamais se colocado como um ídolo perante o povo,
nem muito menos sacrificar seus filhos para deuses estranhos, sabendo
que a vida foi dada pelo Senhor.

Os cananeus sacrificavam as criancinhas aos seus deuses como parte de


sua religião herética. Essa prática detestável foi rigorosamente proibida por
Deus. (STAMPS 1995, p. 213)

Em hipótese alguma, a vida de alguém deveria ser consagrada a algum


ídolo, pois Deus conclama a todo o seu povo a ter sua vida em
consagração e separação a Ele, como servos e propriedade particular do
Senhor.

Por isso deveriam estar com as suas vidas santas e separadas dos ídolos
dos demais povos da terra, vivendo sempre em separação dos costumes
dos povos idólatras, sendo sempre identificados como o povo de Deus.

O povo de Deus precisa ser semelhante a Ele, por isso Ele o conclama a
manifestar e expressar sua natureza divina pela separação dos costumes
ímpios dos povos em derredor e pelo serviço a Ele em amor e retidão.
(STAMPS 1995, p. 213)

A Doutrina do Culto Levítico


A Doutrina do Culto Levítico

Esperando Jesus voltar hoje.

IEADERN – Mário Lira 1- Setor 38

Referências:

- ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Adoração, Santidade e Seviço. Os


princípios de Deus para a sua igreja em Levítico , CPAD, 2018;

- RENOVATO, Elinaldo. Apud Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD,


2008;

- STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, 1995.

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