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Introdução à Educação a Distância

Carga horária semestral: 20 horas

I – Ementa

A disciplina tem o intuito de contextualizar a educação a distância a partir


das profundas transformações sociais ocorridas nas últimas décadas do
século XX e primeiras décadas do século XXI. Essas mudanças envolveram
não apenas uma reconfiguração do papel das universidades, mas também dos
processos de ensino e aprendizagem relacionados à produção e à
disseminação do conhecimento. Desta forma, a disciplina é voltada para que
os estudantes realizem um exercício de autoconhecimento e compreensão da
Educação a Distância (EaD) das diversas formas de utilizar as ferramentas de
estudo e comunicação, como também modos de estabelecer relações com os
atores envolvidos no cenário educativo da EaD.

II – Objetivos gerais

- Apresentar as transformações ocorridas no campo das práticas educacionais


presenciais e a distância, situando-as como resultado de processos sociais e
condições culturais historicamente dadas.
- Propiciar oportunidades para a compreensão da Educação a Distância (EaD)
nas suas diversas formas, contribuindo para a reflexão a respeito das
oportunidades, obstáculos, crenças e atitudes pessoais em relação aos novos
modos de ensino e aprendizagem.

III – Objetivos específicos

- Registrar os procedimentos (regras e preceitos) que envolvem a educação a


distância, identificando os principais cenários e envolvidos nas novas formas
de ensino e aprendizagem.
- Compreender os processos de produção, circulação e penetração do
conhecimento em ambientes virtuais e espaços digitais, reconhecendo a
multiplicidade, complexidade e importâncias das diferentes ferramentas
colaborativas e múltiplas tecnologias de comunicação.
- Reconhecer as principais habilidades e competências necessárias para os
novos formatos do ensino a distância, identificando fragilidades e
oportunidades em relação ao cenário contemplado e apresentado pela
Educação a Distância em nosso país.

IV – Competências
As competências são a mobilização de conhecimentos para solucionar
problemas, para agir de acordo com demandas e exigências do ambiente.
Assim, elas combinam habilidades, cognição e atitudes. De forma simplificada,
a competência está relacionada ao saber fazer.
Espera-se que, na disciplina de Introdução à EaD, o aluno desenvolva
competências relacionadas:
a) ao autoconhecimento, no sentido de identificar lacunas e habilidades
adequadas às necessidades da ação;
b) à autonomia, no sentido de saber buscar a informação e o
autoaprendizado, assumindo um papel ativo na construção do conhecimento,
inclusive por meio da autoavaliação e automotivação;
c) à disciplina, no sentido de saber organizar-se em função das exigências
do processo pedagógico, adequando-se às condições de tempo e
disponibilidade de aparatos tecnológicos;
d) ao domínio de linguagens, sejam elas tecnológicas ou não, no sentido de
ser capaz de dialogar com o mundo por meio de um sistema de símbolos
colocados à serviço da comunicação;
e) à flexibilidade e adaptação, no sentido de tornar-se capaz de trabalhar
em equipe, reconhecendo e priorizando as necessidades do grupo.

V – Conteúdo programático

1. Introdução

2. Reflexão histórica
2.1. Das universidades medievais às universidades do século XXI
2.2. A história da educação no Brasil

3. As primeiras iniciativas de ensino a distância: o correio, o rádio e a


televisão

4. A revolução tecnológica
4.1. Os séculos XX e XXI: a internet e as tecnologias de informação e
comunicação
4.2. O século XXI: a cultura, a comunicação e as interações no mundo
virtual

5. A revolução tecnológica e a EaD


5.1. A institucionalização da EaD no Brasil
5.2. O aluno do EaD: os novos saberes e as competências a serem
desenvolvidas

VI – Estratégia de trabalho

As aulas são predominantemente expositivas, apoiadas nas diretrizes do


plano de ensino, na modalidade SEI. O desenvolvimento dos conceitos e
conteúdos ocorre com apoio de bibliografia, propostas de leituras, exercícios,
textos complementares, discussões no fórum e sugestão de literatura e filmes,
quando possível. Em conjunto com a atividade do professor da disciplina,
ocorre o fórum para aprofundar discussões relevantes a cada disciplina. Com
o objetivo de aprofundar o conteúdo programático e o incentivo à pesquisa, o
docente pode utilizar recursos como: artigos científicos, trabalhos individuais
ou em grupo e palestras que permitam aos alunos compreenderem na prática
a teoria apresentada.

VII – Avaliação

A avaliação é um processo desenvolvido durante o período letivo e leva em


conta todo o percurso acadêmico do aluno, como segue:

• Acompanhamento de frequência.

• Acompanhamento de nota.

• Desenvolvimento de exercícios e atividades.

• Atividades complementares.

A avaliação completa esse processo. Estimula-se a autoavaliação, por


meio da autocorreção dos exercícios, questionários e atividades, de modo que
o aluno possa acompanhar sua evolução e rendimento escolar, possibilitando,
ainda, a oportunidade de melhoria contínua por meio de revisão e feedback.

Os critérios de avaliação estão disponíveis para consulta no Regimento


Geral.

VIII – Bibliografia

Básica
BAUMAN, Zygmunt. Tempos líquidos. Tradução Carlos A. Medeiros. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os


negócios e a sociedade. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede (vol. I). Tradução Roneide Venancio


Majer. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

LÉVY, Pierre. O que é o virtual? Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Editora
34, 2007 (Coleção Trans).

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro.


Tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. 2. ed - São
Paulo, Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o


pensamento. Tradução Eloá Jacobina. 8. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
2003.

Complementar
FARIA, Adriano Antônio. A história do Instituto Universal Brasileiro e a
gênese da educação a distância no Brasil. 2010. Dissertação (Mestrado em
Educação) - Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2010. Disponível em:
http://tede.utp.br:8080/jspui/handle/tede/1489; acesso em: 26 out. 2018.

GALLI, Fernanda Correa Silveira. Linguagem da Internet: um meio de


comunicação global. Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de
construção de sentido. Rio de Janeiro: Lucerna, p. 120-134, 2004. Disponível
em:
https://www.researchgate.net/profile/Fernanda_Galli/publication/242249190_LI
NGUAGEM_DA_INTERNET_um_meio_de_comunicacao_global/links/5522905
60cf29dcabb0d79ee/LINGUAGEM-DA-INTERNET-um-meio-de-comunicacao-
global.pdf; acesso em: 10 nov. 2018.

HERMIDA, Jorge Fernando; BONFIM, Claudia Ramos de Souza. A educação a


distância: história, concepções e perspectivas. Revista HISTEDBR On-line,
Campinas, n. especial, p. 166-181, 2006. Disponível em:
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/revis/Especial/Final/art11_22e.pdf;
acesso em: 08 out. 2018.
PIMENTEL, Nara Maria. A modalidade a distância no Brasil: aspectos
conceituais, políticos e tecnológicos. In: PEREIRA, Maria de Fátima
Rodrigues; MORAES, Raquel de Almeida; TERUYA, Teresa Kazuko. (Orgs.)
Educação a distância (EaD): reflexões críticas e práticas. Uberlândia:
Navegando Publicações, 2017.

SAVIANI, Dermeval. A expansão do ensino superior no Brasil: mudanças e


continuidades. Poíesis Pedagógica, v. 8, n. 2, p. 4-17, 2010. Disponível em:
https://www.revistas.ufg.br/poiesis/article/view/14035; acesso em: 08 out. 2018.

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