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FÍSICO-FINANCEIRO
GERENCIAMENTO
FÍSICO-FINANCEIRO
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meio sem a prévia autorização desta instituição.
REVISÃO DIAGRAMAÇÃO
Theo Cavalcanti UVA
Isis Batista
Lydianna Lima
R696
11,9 MB : PDF.
ISBN 978-85-5459-085-7
1. Administração de projetos. 2. Construção civil - Estimativas. 3.
Administração de instalações. 4. Planejamento estratégico. I.
Universidade Veiga de Almeida. II. Título.
CDD – 658.404
Apresentação 6
Autor 7
UNIDADE 1
Estudo de viabilidade 8
• Diagnóstico de estudo de viabilidade
• Metodologia
UNIDADE 2
Gerenciamento de projetos 46
• Conceituação de projeto
UNIDADE 3
• Critérios de levantamento
UNIDADE 4
• Planejado x executado
APRESENTAÇÃO
Para tanto, em um primeiro momento será apresentado um método que facilita identificar
e analisar estudos de viabilidades técnica, econômica e financeira de empreendimentos
arquitetônicos e urbanísticos. O estudo de viabilidade é uma importante estratégia
visando à continuidade e ao sucesso nos empreendimentos imobiliários em um
ambiente repleto de incertezas.
6
AUTOR
C. Lattes
7
UNIDADE 1
Estudo de viabilidade
INTRODUÇÃO
Com esse conhecimento, ao final desta unidade, você será capaz de desenvolver um
estudo de viabilidade como profissional da área.
OBJETIVO
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Diagnóstico de estudo de viabilidade
INVESTIDOR EMPREENDEDOR
PROFISSIONAIS CLIENTES
Segundo Heineck, Barros Neto e Abreu (2008), a maioria dos empreendedores não tem
conhecimento do raciocínio e dos mecanismos de decisão dos investidores. O investidor
analisa com uma visão racional todas as oportunidades que lhe são apresentadas tendo
como principal objetivo a criação de valor, enquanto o empreendedor tem, muitas vezes, um
vínculo emocional com seu negócio que conflita com as expectativas racionais, resultando
em uma perspectiva diferente, pois seu objetivo está voltado para o longo prazo.
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2- Empreendimento imobiliário
Importante
• O atendimento ao cliente.
• A manutenção por cinco anos.
• A administração por cinco anos.
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3- Tipos de empreendimentos
A incorporação imobiliária é uma atividade complexa, pois, por meio dela, há a inter-relação
entre pessoas físicas e jurídicas, entre elas o incorporador, o proprietário do terreno, os
profissionais (projetistas), os corretores e os clientes compradores das unidades que
serão executadas.
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Quadro 1: Tipo de contrato.
Tipo de contrato
• Fácil contratação.
Flexibilidade no pro-
Prós O mais prático. • Ideal para recorrên-
jeto e ritmo da obra.
cia (ex: manutenção).
4- Variáveis de um empreendimento
Variáveis que deverão ser levantadas para montar o budget do negócio. E após esse
levantamento o empreendedor e seu grupo de investidores poderão avaliar qual atitude tomar.
Saiba mais
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Administração central
Análise de mercado
Terreno
Importante
Não só o valor do terreno deverá ser considerado nessa variável; as taxas re-
lacionadas ao lote, como impostos, transferências, registros e IPTU, também
devem ser consideradas no preço do terreno.
Despesas legais
14
Despesas financeiras
Projetos
Saiba mais
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Nessa etapa, o estudo de viabilidade consiste na análise do potencial de
construção do terreno, propondo o empreendimento a ser desenvolvido.
O arquiteto desenvolve um estudo numérico, uma implantação e a planta
do apartamento-tipo. O estudo numérico é composto por informações do
empreendimento, como o tipo, a quantidade de torres e pavimentos, a área
privativa do apartamento, a área do subsolo, a área total construída e a total do
empreendimento.
Público-alvo
Junto com o projeto, será definido o público-alvo. Conhecer as características dos possí-
veis compradores direciona o padrão de qualidade a ser utilizado, ou seja, os materiais são
adequados ao padrão definido. Nada impede que o empreendedor queira fazer um padrão
acima do público-alvo, ele apenas terá de arcar com o custo e o risco de menor liquidez.
Publicidade e marketing
Corretagem
Veja, nas imagens a seguir, como o preço por metro quadrado de um imóvel à venda na ci-
dade do Rio de Janeiro se desenvolve no período de 12 meses e os bairros que apresentam
maior valor pedido no mercado imobiliário no mesmo período.
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Figura 1: Desenvolvimento de preço no Rio de Janeiro.
Fonte: www.agenteimovel.com.br.
Fonte: www.agenteimovel.com.br.
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Pós-venda/pós-ocupação
É muito importante assegurar a satisfação do cliente após a ocupação do imóvel. Essa ação
faz com que a posição do empreendedor no mercado seja bem-vista. O Código de Defesa do
Consumidor – CDC e a legislação vigente dão ao cliente o direito de ter qualquer reparo referen-
te a falhas de obra por um tempo determinado, caso a caso.
Deverá ser estabelecido um valor para manter essa equipe por um bom tempo pós-ocupação.
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Metodologia
No cenário atual em que vivemos, podemos nos apropriar de vários tipos de investimentos
que geram confiança no resultado a ser obtido.
Saiba mais
2- Fluxo de caixa
É uma das mais importantes ferramentas. Segundo Degen (2009), no fluxo de caixa estão
detalhadas as entradas e as saídas de dinheiro que ocorrerão no decorrer da execução do
empreendimento, permitindo que o empreendedor efetue o planejamento de suas contas
e, em caso de saldo negativo, verifique a necessidade de empréstimos e financiamentos
para manter o empreendimento.
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Saiba mais
Hirschfeld (2000) afirma que para se efetuar a análise de viabilidade devem se trazer
para valores presentes as entradas e as saídas de caixa. Ao trazer para valor presente
os valores distribuídos ao longo do tempo, de acordo com o cronograma, é necessário
efetuar a correção deles com a aplicação de uma taxa de juros.
Essa taxa serve como auxiliar ao valor presente líquido – VPL para se tomar decisão.
O empreendimento será viável quando a sua taxa interna de retorno – TIR for igual ou
superior à taxa de desconto.
É uma taxa que garante ao investidor um ganho maior que a rentabilidade financeira no
momento do empreendimento. O investimento só será executado se a taxa de retorno for
maior que a TMA. As taxas envolvidas na TMA são: poupança, taxa básica financeira –
TBF, taxa referencial – TR, taxa de juros de longo prazo – TJLP e taxa do sistema especial
de liquidação e de custódia – Selic.
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6- Valor presente líquido – VPL
Segundo Casarotto Filho e Kopittke (2000), o VPL é a soma dos fluxos de caixa
descontados do projeto em análise. É necessário acrescentar uma taxa de juros (taxa
de desconto) ao valor, sendo assim escolhe-se a melhor opção de valor presente líquido.
A taxa utilizada para desconto do fluxo é a taxa mínima de retorno (TMA). Para Motta e
Calôba (2009), VPL é a soma algébrica de todos os fluxos de caixa que são descontados
no tempo inicial (t = 0), a uma dada taxa de juros.
FCj
VLP = Σnj=0 j
(1 + i)
Na qual:
21
8- Índice de lucratividade – IL
É a relação entre o VPL e os investimentos (ABNT, 2002). Os cálculos são efetuados com
base na TMA da empresa.
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Saiba mais
Inviabilidade do projeto
Um projeto da construção civil é considerado inviável quando apresenta
algum indício de que seu desenvolvimento não irá atender às expectativas
dos investidores incorporadores/construtores e, consequentemente, não
alcançará os resultados esperados. Essa inviabilidade poderá ser ocasionada
por uma infinidade de fatores, por exemplo, um aspecto financeiro, como baixa
rentabilidade ou retorno do investimento em prazo além do admissível; um
aspecto urbanístico/legal, como o impedimento da execução do tipo de obra
no terreno selecionado ou a possibilidade de execução de uma quantidade de
unidades abaixo do necessário para viabilizar o empreendimento; ou, até mesmo,
por uma característica específica da região, como a escassez de mão de obra,
materiais ou equipamentos.
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Estudo de caso Minha Casa Minha Vida -
Minha Praia
1- Características
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O empreendimento imobiliário foi idealizado a partir da verificação dos proprietários da
construtora e incorporadora MDL de uma carência de unidades de padrão baixo com
dois dormitórios. O empreendimento está situado na Avenida Salvador Allende, 931, no
bairro Jacarepaguá na cidade do Rio de Janeiro – RJ, com previsão de entrega para maio
de 2015. O projeto da edificação está aprovado perante a legislação municipal e atende
ao Código de Obras e às Diretrizes Urbanas.
Saiba mais
O programa Minha Casa Minha Vida tem como objetivo possibilitar que famílias
de todas as faixas salariais tenham sua casa própria, por isso é realizado de
acordo com a renda mensal familiar. Estas são as quatro faixas de renda do
programa Minha Casa Minha Vida 2018:
Fonte: jornalcontabil.com.br
25
Figura 3: Av. Salvador Allende, 931 – Jacarepaguá.
2- Parâmetros
26
Saiba mais
• Para o fluxo de caixa, foram criadas entradas e saídas de caixa a partir da planilha
do cronograma físico-financeiro, na qual foram lançados percentuais da etapa a
ser executada.
27
Figura 4: Quadro de áreas
3- Orçamento (estimativa)
• Terreno.
• Custo de projeto.
• Taxas de legalização.
• Custo de construção.
• Custo de comercialização.
Segundo a NBR 12721 (ABNT, 2006), na simulação do orçamento da obra temos diferentes
custos para a construção, pois o empreendimento possui locais com metros quadrados
inferiores, por exemplo, o estacionamento. Na Figura 4, temos as áreas de equivalência – foi
feita a conversão do percentual de metro quadrado total para cada apartamento (inclusive
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para a área do terreno). O empreendimento foi classificado como um prédio popular padrão
baixo (PP4-B). O valor do CUB (custo unitário básico) para o padrão PP4-B, no mês de
setembro 2018, é de R$ 1.378,42/m². Tal informação foi extraída do site do Sinduscon-RS
(Figura 5).
Fonte: www.sinduscon-rs.com.br.
O custo total do empreendimento foi resultante das planilhas de áreas para o Quadro
III – Avaliação do Custo Global e Unitário da Construção, que está na NBR 12721 (ABNT,
2006) (Figura 6). O custo básico global da edificação foi de R$ 172.243.296,86, valor
obtido pela multiplicação da área equivalente pelo CUB.
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Figura 6: Estimativa de custo (Quadro III).
30
O orçamento total estimado do custo total de construção foi de R$ 250.013.780,45, o que
equivale a R$ 2.000,80/m².
No Quadro III, 44,84% são referentes ao custo básico com mão de obra, e 55,16% são
referentes ao custo básico com materiais, valores extraídos das informações do CUB –
Sinduscon-RJ. Pode-se verificar que os valores estão de acordo com o referencial teórico
que especifica despesas com mão de obra na faixa de 40% a 50% e despesas com
matérias na faixa de 50% a 60% do valor do orçamento.
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4- Rentabilidade
Verificando os índices anteriores, conclui-se que a TMA deverá ser de no mínimo 103% do
CDI. O CDI no mês de setembro de 2018 estava com taxa de 14,13% a.a., o que representa
uma rentabilidade bruta de 14,55% a.a., equivalente a 1,14% a.m.
Saiba mais
32
MIDIATECA
5- Mercado imobiliário
O programa Minha Casa Minha Vida 3 tem como meta a construção de três milhões de
unidades até 2018.
Para analisar o estudo de caso, serão utilizadas simulações de vendas que se efetivem
em 12 meses.
Saiba mais
6.1- Resumo
• Terreno: R$ 3.500.000,00.
• Construção do empreendimento: R$ 250.013.780,45.
• Despesas com comercialização correspondentes a 6,0% sobre o valor de vendas.
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• Preço de venda: o valor médio de comercialização das unidades é de R$ 260.000,00.
• TMA: 1,14% a.m., correspondente ao índice de rentabilidade pago pelo mercado
financeiro em títulos de renda fixa.
• Taxas de contrato referente à comercialização de imóveis na planta com financiamento
pela CEF:
• Taxa de R$ 2.200,00 para análise da proposta.
• Taxa de R$ 5.960,00 para análise de viabilidade técnica de engenharia do
empreendimento.
• Taxa de R$ 250,00 por contrato assinado mais R$ 1.200,00 mensais referentes
à vistoria de andamento da execução do empreendimento.
• Início da obra: janeiro de 2015. Em abril de 2015, já estava executado 9,70%.
• Prazo de construção: 36 meses mais dois meses referentes aos meses anteriores à
elaboração do cronograma, totalizando 38 meses.
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6.2- Análises
1ª análise simulada:
Venda de 20% das unidades no segundo mês de execução, com o restante das unidades
com venda até o 20º mês.
O resumo da Simulação 1:
• VPL de R$ 89.943.282,21.
• TIR de 7,39%.
• Payback descontado de 20,05 meses.
• IL de 35,98%.
2ª análise simulada:
Venda de 20% das unidades até o 10º mês de execução, com o restante das unidades
com venda até o 28º mês.
35
Figura 9: Simulação 2.
O resumo da Simulação 2:
• VPL de R$ 89.958.457,22.
• TIR de 4,10%.
• Payback descontado de 20,05 meses.
• IL de 35,98%.
3ª análise simulada:
Venda de 20% das unidades até o 20º mês de execução, e o restante até a conclusão da
obra, no 38º mês.
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Figura 10: Simulação 3.
O resumo da Simulação 3:
• VPL de R$ 89.970.320,42.
• TIR de 2,28%.
• Payback descontado de 9,08 meses.
• IL de 35,99%.
4ª análise simulada:
Venda de 20% das unidades até o 30º mês de execução, e o restante até após a
conclusão da obra, no 49º mês.
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Figura 11: Simulação 4.
O resumo da Simulação 4:
• VPL de R$ 89.970.320,42.
• TIR de 1,42%.
• Payback descontado de 14,68 meses.
• IL de 35,99%.
5ª análise simulada:
Venda de 20% das unidades no primeiro mês de execução, e o restante até após a
conclusão da obra, no 50º mês.
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Figura 12: Simulação 5.
O resumo da Simulação 5:
• VPL de R$ -18.429.171,75.
• TIR de -0,67%.
• Payback descontado de 60,92 meses.
• IL de -7,37%.
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6.3- Comparativo
Figura 13: Comparativo.
Com o cenário atual o empreendimento é viável por apresentar VPL superior a zero nas
simulações de 1 a 5 e TIR com índice superior ao da TMA (1,14%).
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Figura 16: IL.
Para uma melhor situação, a sugestão é tentar atingir a simulação 3. Analisando-a, conclui-
se que esta é uma das melhores opções de comercialização, pois há um tempo médio de
comercialização e o empreendimento é viável nas situações intermediárias de vendas.
41
NA PRÁTICA
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Resumo da Unidade 1
Após o estudo desta unidade, você será capaz de desenvolver um estudo de viabilidade
para o empreendimento como um todo, desde a escolha de terreno, passando pelas
variáveis do empreendimento e suas tipologias, à metodologia que poderá ser aplicada.
Além disso, você aprendeu a realizar a análise de viabilidade econômica e financeira, bem
como dos principais pontos necessários para sua execução.
CONCEITO
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Referências
44
LIMA JUNIOR, J. R. Decidir sobre investimentos no setor da construção civil. Boletim
Técnico da Escola Politécnicas da USP. São Paulo, jun. 1998. Disponível em: http://www.
realestate.br/dash/uploads/sistema/images/File/arquivosPDF/UFJF910.pdf. Acesso em:
10 nov. 2018.
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UNIDADE 2
Gerenciamento de projetos
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
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Conceituação de projeto
O que é projeto?
Tem o objetivo de criar um produto. Tem início, meio e fim bem definidos. Todo projeto
possui fases em que são primordiais o controle e o monitoramento constantes de suas
atividades. Em inglês, é dito como project.
O que é design?
Saiba mais
IDIOMA TRADUÇÕES
Inglês Project Design Drawing
Projeto/
Projeto/Desenho/
Inglês Empreendimento/ Desenho
Design
Obra/Investimento
Project Projecto Concepção Esboço
Design Projecto/Comessa Projetazione Disegno
Drawing Projekt Ausfuhrung Zeichnen
Francês Projet Desin Design
Espanhol Projecto Disegño Dibujo
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O que é gerenciamento de projetos?
Segundo o Project Management Institute – PMI (2018), são quatro grupos de gerenciamento
de projetos:
• Início.
• Planejamento.
• Execução, monitoramento e controle.
• Encerramento.
FASES DO PROJETO
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– Inclui o cumprimento das atividades programadas. Inclui também
a monitoração e o controle das atividades programadas e as
modificações dos planos naquilo que for necessário.
DINSMORE E
SILVEIRA NETO
– É o estágio de executar o trabalho em si como foi aprovado no
(2004)
Execução/ planejamento. Essa fase provavelmente abrange 90% ou mais das
controle tarefas do projeto. A fase de execução completa-se quando a meta
VERZUH (2000)
do projeto é atingida.
GASNIER (2000)
– Execução e verificação; desenvolvimento da equipe; distribuição
das informações; administração de contratos (requisição e
recebimento); controle, acompanhamento e emissão de relatórios.
O gerenciamento de projeto está ligado a várias áreas de atuação. Tem como fim soluções
técnicas desenvolvidas compatíveis com os objetivos e necessidades de clientes.
REPRESENTANTE PROJETISTA
EXIGÊNCIAS DO DO INSTALAÇÕES EXIGÊNCIAS
ARQUITETO
EMPREENDEDOR MERCADO
EMPREENDEDOR ESPECIAIS
PROJETISTA
NECESSIDADES PROJETISTA DE COORDENADOR DO
DE PROJETOS NORMAS
USUÁRIOS ESTRUTURA PROJETO
COMPLEMENTARES
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Projeto como empreendimento
Um projeto pode ser definido de várias maneiras, mas a melhor definição é que cada
projeto de empreendimento é único e singular; por mais semelhantes que dois ou mais
projetos possam parecer, nunca serão iguais em sua execução. Possuem prazo, custo,
qualidade e riscos diferentes.
Atividade Definição
A data de início pode não ter uma definição inicial e ter essa definição especificada ao
longo do tempo. À medida que o empreendimento é todo definido, o fim estará bem
definido para que os outros envolvidos entrem em consenso em que se compreende o
projeto.
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Agora, veja as fases básicas de um projeto:
1- Concepção:
2- Planejamento:
3- Execução:
4- Finalização:
Todo o projeto tem um ciclo de vida, um conjunto de fases de gestão de projetos com
resultados específicos, planejados para permitir certo controle gerencial.
52
Figura 3: Ciclo de vida do projeto com foco em gerenciamento.
Idealização Plano
Aprovação
Formação da equipe Linha de base
Entrega
Definição do escopo Processo
Produto
Termo de abertura Aceitação
No Brasil, não há uma padronização para as etapas e fases de projeto. Dessa forma,
algumas associações e alguns pesquisadores da área tentam determinar esses
processos, sendo um diferente do outro, porém com algumas similaridades. Portanto um
53
projeto é único, tem tempo determinado e segue diversas condicionantes. A partir de um
levantamento das necessidades, ele pode se iniciar. E o fim pode ser considerado a sua
entrega. É muito importante ter todas as fases bem definidas, sabendo o real significado
de cada uma para que elas aconteçam de forma ordenada e correta, evitando retrabalhos
e gastos desnecessários.
As fases do projeto envolvem alguns tipos de procedimentos para que o projeto seja
desenvolvido:
54
Figura 5: Processo de projeto genérico aplicado em escritório de arquitetura.
INÍCIO
PESQUISA
SI
DESIGN M
S IM
AMOSTRA
M
SI
NÃO
ACEITAÇÃO SI
M
PRODUÇÃO
Comunicação de projeto
Segundo Chaves (2006), a palavra comunicação tem origem latina, cujo significado é a
ação de partilhar e dividir.
A mensagem pode passar do emissor para o receptor por um canal, mas ela poderá ser
alterada em sua interpretação por alguma barreira, que comprometerá o resultado.
55
Figura 6: Problemas de comunicação.
56
Veja as definições dos tipos de comunicação:
Saiba mais
57
MIDIATECA
58
Processos do gerenciamento das comuni-
cações do projeto
Colocar as informações
necessárias à
disposição das partes
Identificar as interessadas conforme Controlar e monitorar
necessidades planejado. Envolve as comunicações de
e relevância de todo o ciclo de vida da modo a garantir que
informações e definir informação descrito no as necessidades de
abordagem de plano de gerenciamento informação das partes
comunicação. da comunicação, interessadas sejam
composto por gerar, atendidas.
coletar, distribuir,
armazenar, recuperar
e até descartar a
informação.
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• Considerar os interesses individuais e de grupo e suas especificidades, com seus
conflitos e repertórios.
• Adaptar estruturalmente a cultura organizacional.
• Validar o plano de comunicação com interessados.
• Garantir meios adequados para resolução de problemas e distribuição das
informações e todos os controle de mudanças.
• Planejar os mecanismos de feedback e solução de conflitos.
• Usar modelos/boas práticas validadas pelo PMO.
Saiba mais
Segundo o Guia PMBOK® (PMI, 2018), existem formas para planejar o gerenci-
amento das comunicações de projeto. Veja a seguir alguns documentos usuais
sugeridos pelo guia para: entradas, ferramentas e saídas do processo.
Opinião especializada;
Termo de abertura Análise de requisitos Plano de
do projeto; da comunicação; gerenciamento
Plano de gerenciamento Tecnologias de das comunicações;
do projeto; comunicações; Atualizações do plano
Documentos do projeto; Modelos de comunicações; de gerenciamento
Fatores ambientais Métodos de comunicação; do projeto;
da empresa; Habilidades interpessoais Atualizações
Ativos de processos e de equipe; de documentos
organizacionais. Representação do projeto.
de dados;
Reuniões.
60
Importante
MIDIATECA
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Gerenciamento das comunicações
O GP deve:
Atenção:
Não adianta um bom planejamento sem uma boa execução.
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Unificando todos os projetos e processos, temos as seguintes interdependências:
ANÁLISE ANÁLISE DE
TECNOLOGIA DAS MODELO DE
DE PARTES REQUISISTOS DA
COMUNICAÇÕES COMUNICAÇÃO
INTERESSADAS COMUNICAÇÃO
SISTEMA DE
MÉTODO DE INFORMAÇÃO DE REPORTAR O
COMUNICAÇÃO GERENCIAMENTO DESEMPENHO
DE PROJETO
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Análise das partes interessadas
Ela identifica expectativas, interesses e influência das partes interessadas, bem como
suas interdependências.
64
Saiba mais
Expectativas como a satisfação do cliente são subjetivas e não podem ser quantificadas;
elas geram um alto risco de não serem bem-sucedidas.
65
Tecnologia das comunicações
Modelo de comunicação
FEEDBACK
66
Para obtermos uma comunicação de qualidade e efetiva, o emissor deverá passar uma
mensagem clara e de fácil entendimento.
O emissor deve evitar os ruídos. Veja alguns motivos frequentes de ruídos na comunicação:
FATORES DE
USO DE GÍRIAS DISTÂNCIA
DISTRAÇÃO NO
OU JARGÕES FÍSICA
AMBIENTE
MÁ
REPERTÓRIO DO INTERPRETAÇÃO EXCESSO DE
RECEPTOR DAS PALAVRAS; INFORMAÇÃO
Importante
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Método de comunicação
• Comunicação interativa
68
• Ferramenta em que o GP irá coletar, armazenar e distribuir informações (custo/
prazo/desempenho do projeto).
• Software de GP irá gerar relatórios e facilitar a distribuição.
• Formatos comuns: tabelas, análise de planilhas e apresentações.
• E-mail, fax, correio de voz, telefone, videoconferência, reunião pela internet, websites
e publicação na web.
O sistema de gerenciamento das informações pode ser uma solução simples e barata
ou uma solução complexa (para as corporações).
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Reportar o desempenho
Veja, na imagem a seguir, os autores que definem alguns tipos de barreiras que podem
interferir no resultado do projeto.
70
Figura 11: Tipos de barreiras.
71
Estrutura organizacional de uma empresa
Segundo Dinsmore (2004), o gerenciamento de projeto está evoluindo de tal forma que
as empresas deixarão de ser funcionais e hierárquicas para ser empreendedoras.
72
Veja a seguir as estruturas organizacionais em seu fluxo de coordenação de projeto:
ESTRUTURA FUNCIONAL
EXECUTIVO CHEFE
CHEFE GERENTE DE
GERENTE FUNCIONAL GERENTE FUNCIONAL GERENTE FUNCIONAL
PROJETO
73
Figura 15: Estrutura projetizada.
ESTRUTURA PROJETIZADA
EXECUTIVO CHEFE
COORDENAÇÃO DO PROJETO
Saiba mais
74
Em uma organização, as partes interessadas podem ser o conselho de administração
ou gestão da empresa, os funcionários, os acionistas, os fornecedores, os clientes, os
municípios em que a empresa atua.
As partes interessadas não precisam ser estáticas, elas podem mudar ao longo do ciclo
de vida do projeto, porém não podem gerar riscos ao projeto.
A seguir está representada uma matriz de análise das principais partes interessadas de
um projeto:
Figura 16: Matriz de análise.
75
O processo de gerenciamento da matriz de análise deverá ser contínuo e pode ser muito
difícil, mas o importante é primeiramente identificar todos os possíveis intervenientes.
Caso essa etapa não seja bem feita, existirá um grande risco de atrasos no projeto, talvez
aumento nas despesas ou o cancelamento.
São esses os aspectos que influenciam um projeto e podem estar em contraponto aos
interessados financeiros e funcionais do projeto.
Uma estrada está sendo construída entre duas cidades. Os interessados elegem as
possíveis empresas para construção da estrada. As empresas terão que utilizar a estrada
para aumentar o comércio e o acesso dos seus funcionários e autoridades fiscais
municipais. Porém, os conservacionistas se opõem à estrada, pois acham prejudicial
para o terreno fértil de espécies raras. Ambientalistas se opõem devido ao potencial de
poluição do ar ao longo da estrada. Proprietários de terra ao longo da rota se opõem à
separação de suas propriedades e edifícios. Cada grupo pode iniciar uma campanha
para mudar ou interromper o projeto de estrada.
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No caso de parte interessada positiva ao projeto, os interesses serão atendidos da melhor
forma possível, para ajudarem o projeto a ter sucesso. Já em relação à parte negativa ao
projeto, seus interesses serão atendidos se impedirem o progresso do projeto. Para que
não haja conflito, o GP tem que equilibrar os interesses e garantir a interação de maneira
profissional e cooperativa.
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NÍVEIS HIERÁRQUICOS E A COMUNICAÇÃO
HABILIDADES
EQUIPE PROPORCIONA ESPERA
NECESSÁRIAS
78
Fonte: PMI (2018).
79
interfaces resolvidas, de modo a subsidiar a análise de métodos construtivos e a
estimativa de custos e prazos de execução.
• Fase D – Detalhamento das especialidades: coordenar o desenvolvimento do
detalhamento de todos os elementos do projeto do empreendimento, de modo
a gerar um conjunto de documentos suficientes para a perfeita caracterização
das obras e serviços a serem executados, possibilitando a avaliação dos custos,
métodos construtivos e prazos de execução.
• Fase E – Pós-entrega do projeto: garantir a plena compreensão e utilização das
informações de projeto e a sua correta aplicação e avaliar o desempenho do projeto
em execução.
• Fase F – Pós-entrega da obra: coordenar o processo de avaliação e retroalimentação
do processo de projeto, envolvendo os diversos agentes do empreendimento e
gerando ações para melhoria em todos os níveis e atividades envolvidos.
80
Fonte: PMI (2018).
81
Figura 18: Áreas do conhecimento.
Coletar requisitos
ESCOPO Definir escopo Controlar escopo
Criar EAP
Definir atividades
TEMPO Estimar Controlar
sequências cronograma
Criar cronograma
Estimar custos
CUSTOS Controlar custos
Definir orçamento
Mobilizar
RH Planejar RH Desenvolver
Gerenciar equipes
Distribuir
Identificar partes Planejar informações Reportar
COMUNICAÇÃO
interessadas comunicações Gerenciar desempenho
expectativas
Identificar risco
Monitorar e
RISCOS Planejar sua
controlar risco
gestão
A figura extraída do Guia PMBOK® (2008) apresenta uma visão geral do gerenciamento
das comunicações e seus processos.
82
Figura 19
4 - GERENCIAR AS
EXPECTATIVAS DAS
PARTES INTERESSADAS
1 Entradas
.1 Registro das partes 5 -REPORTAR O
interessadas DESEMPENHO
.2 Estratégia para
gerenciamento das partes
interessadas 1 Entradas
.3 Plano de gerenciamento do .1 Plano de gerenciamento do
projeto projeto
.4 Registro das questões .2 Informações sobre o
.5 Registro das mudanças desempenho do trabalho
.6 Ativos de processos .3 Medições do desempenho do
organizacionais trabalho
.4 Previsões do orçamento
.2 Ferramentas e técnicas .5 Ativos de processos
.1 Métodos de comunicação organizacionais
.2 Habilidades interpessoais
.3 Habilidades de .2 Ferramentas e técnicas
gerenciamento .1 Análise de variação
. .2 Método de previsão
.3 Saídas .3 Métodos de comunicação
.1 Atualizações dos ativos de .4 Sistemas de distribuição de
processos organizacionais informações
.2 Solicitações de mudança
.3 Atualizações do plano de .3 Saídas
gerenciamento de projeto .1 Relatórios de desempenho
.4 Atualizações dos documentos .2 Atualizações dos ativos de
do projeto processos organizacionais
.3 Solicitações de mudança
.4 Calendários do projeto
83
Métodos de gerenciamento do projeto
Ciclo PDCA
Esse método de análise e mudança de processos não é uma fase estanque — ou seja,
não acontece uma única vez — e não é absoluta. Por isso, ao longo do projeto pode ser
preciso mudar o planejamento. E o ciclo PDCA faz o controle contínuo, contribuindo para
que cada processo aconteça da melhor forma possível.
84
MIDIATECA
A seguir você poderá conhecer alguns tipos de relatórios e formulários mais usuais,
contudo nada impede que algumas informações necessárias a um específico projeto
sejam acrescidas.
Figura 20
85
Figura 21: Panorama geral de gerenciamento de comunicação (a).
86
Figura 23: Panorama geral de gerenciamento de comunicação (c).
87
Figura 26: Plano de comunicação.
88
Figura 28: Organograma linear.
89
Figura 30: Regras de acompanhamento de reunião.
90
Figura 33: Regulamento para monitoramento.
91
Figura 34: Lições aprendidas.
92
Figura 36: Requisição para alteração de escopo.
93
Figura 38: Relatório de acompanhamento.
94
Figura 40: Apresentação de projeto.
95
Figura 42: Ferramentas e técnicas de projeto.
MIDIATECA
96
NA PRÁTICA
Como se sabe, existe uma dificuldade do arquiteto no que diz respeito à sua
formação, pois muitas vezes encontra-se uma barreira na integração entre os
projetos de arquitetura e engenharia, fazendo com que muitos profissionais
aprendam na prática por meio dos projetos dos escritórios em que trabalham.
97
e que aos poucos vai sendo integrado a projetos de arquitetura de
maior porte e complexidade. 2) Coordenação técnica e administrativa:
capacidade agora bem reconhecida e desenvolvida por bons
escritórios de arquitetura. 3) Compatibilização de projetos: ainda
lembrando a época em que comecei e que quando todos os projetos
estavam prontos eram colocados um em cima do outro (papel
vegetal, lembram), os escritórios responsáveis e importantes se
deram conta de que para tudo estar em ordem, eram necessários pelo
menos dois meses de projetos e revisões que chegaram a ter sido
disciplinas na fase de coordenação. 4) Distribuição/enrolação: é que
ficamos chocados ao ver, com extrema frequência, que o escritório
que contratou o projeto como um todo, simplesmente divide o
trabalho entre vários escritórios especialistas (inclusive arquitetos!),
distribui os desenhos e fica simplesmente esperando se volta na data
marcada. É lógico que um trabalho feito dessa forma mantinha falhas
de todos os lados que tinham de ser corrigidas nos projetos executivos
de arquitetura na correria e repassadas aos outros profissionais em
correria dupla.
98
Resumo da Unidade 2
CONCEITO
99
Referências
D’ÁVILA, M. PMBOK e gerenciamento de projetos. Márcio d’Ávila. [S. l.], 11 jul. 2015.
Disponível em: http://www.mhavila.com.br/topicos/gestao/pmbok.html. Acesso em: 7
mar. 2016.
DEFINIÇÃO de projeto. Avellar e Duarte. Rio de Janeiro, 23 dez. 2011. Disponível em:
http://www.avellareduarte.com.br/contextos/definicao-de-projeto-2/. Acesso em: 5 mar.
2016.
100
DIALLO, A.; THUILLER, D. The sucess of internacional development projects, trust and
communication: an African perspective. Internacional Journal of Project Management.
[S. l.], n. 23, 2005.
HELDMAN, K. Gerência de projetos: guia para o exame oficial PMI. Rio de Janeiro:
Campos, 2003.
MONTES, E.; PATZ, F. Gerenciamento das partes interessadas: como engajar as pessoas
em seus projetos. São Paulo: CreateSpace Independent, 2017.
101
VIEIRA, M. F. Gerenciamento de projetos de tecnologia da informação. Rio de Janeiro:
Campus, 2003.
102
UNIDADE 3
Orçamento de obra
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
104
Definição e metodologia
Definição
Projetos
105
Figura 2: Projeto complementar (teto refletido).
Saiba mais
106
MIDIATECA
Saiba mais
Exemplo
Existem informações que não constam nos projetos (desenhos) e deverão ser
descritas no caderno de encargo ou memorial descritivo. Por exemplo, todas
as despesas com treinamento deverão estar a cargo do contratante.
107
Especificações complementares
Definem o tipo, a marca, o modelo e a quantidade dos materiais e especificam o que será
construído na obra.
Importante
Faz-se uso de software específico para gerar planilhas eletrônicas que auxiliem na ela-
boração de orçamentos e propostas, assim como no levantamento de quantitativos e
no planejamento. Dentre esses programas, podemos citar: Volare, MS Project, Excel,
RM-Orc etc.
108
Figura 5: Planilha orçamentária.
MIDIATECA
109
Descrição de etapas e modelo de planilha
Essa etapa é de suma importância para dirimir as divergências que porventura venham
a existir entre projetos e especificações.
Levantamento de quantitativos
MIDIATECA
110
Planilha orçamentária
1. Monte o cabeçalho.
2. Monte as colunas básicas: Item/Descrição/Quantidade/Unidade/Valor unitário/
Valor total.
3. Liste as descrições dos itens principais: Serviços preliminares/Infraestrutura/
Superestrutura/Alvenaria/etc.
4. Liste as descrições dos subitens: Item serviço preliminar (Subitem: Abrigo
provisório/Ligação provisória etc.).
5. Faça o levantamento dos quantitativos de cada subitem.
6. Monte a composição do custo de cada subitem.
7. Multiplique a quantidade pelo valor encontrado na composição de custo para
achar o valor de cada subitem.
8. Some todos os valores dos subitens para calcular o valor do item.
9. Ao final da planilha, crie uma linha em que o descritivo seja o Valor total da
planilha, o qual será o somatório de todos os itens.
10. A partir dessa linha, crie as linhas para o cálculo do valor com BDI.
11. Veja na última linha o valor global.
Pesquisa de preço
111
Saiba mais
MIDIATECA
Orçamento
Importante
Modelo de planilha
Antes de iniciar, devemos pensar nos critérios de quantificação e nos modelos de planilha
que mais se fazem necessários.
A relevância desse momento é observar os aspectos importantes e sua relação com o plane-
jamento físico e o controle da obra.
112
A quantificação, assim como o orçamento, deve seguir os princípios de execução da obra.
Saiba mais
MIDIATECA
113
Figura 7: Modelo de planilha de insumos
114
Figura 9: Exemplo de planilha realizado x orçado.
115
Critérios de levantamento e composição de
custo
Critérios de levantamento
Todos as etapas do projeto deverão ser levantadas, e, para isso, deveremos listar todos os
acabamentos que foram relacionados na obra. Para tanto, utilizamos as nomenclaturas
a seguir a fim de facilitar a separação em etapas.
Revestimentos
Todos os revestimentos especificados como acabamento: azulejos, papel de parede,
pedras decorativas etc.
Verificar necessidades de equipamentos para aluguel, como: andaimes, furadeiras,
parafusadeiras.
Tratamentos
Impermeabilizações calculadas por áreas e tipos específicos de materiais, como: manta,
emulsões ou tintas impermeabilizadoras.
Louças e metais
Louças como: vaso sanitários, cubas de porcelana etc.
Metais como: misturadores, sifões, acabamento para válvula, cubas inox.
Bancadas e granitos
Bancadas, soleiras, chapins, filetes de box, peitoris, ilhargas.
Espelhos
Vidros e espelhos.
Verificar necessidades de equipamentos para aluguel, como: andaimes, furadeiras,
parafusadeiras.
Instalações
Todos os insumos que compõem as diversas instalações: tubos, conexões, acabamentos,
cabos, fios, quadros etc.
Verificar necessidades de equipamentos para aluguel, como andaimes etc.
116
Pintura
Todos os materiais para pintura: tinta, massa corrida, lixa, rolo, pincel etc.
Verificar necessidades de equipamentos para aluguel, como: andaimes, compressores
etc.
Acessórios
Todos os acessórios para banheiro e cozinhas, como: papeleira, porta-toalhas, porta-
pano de prato etc.
Mobiliário
Marcenaria de móveis e objetos de decoração.
Equipamentos
Aparelho de ar-condicionado, aquecedores, exaustores, racks para automação etc.
Importante
117
Figura 10: Composição de custo.
MIDIATECA
118
Para ficar mais claro, podemos calcular o índice de produtividade de cada insumo. Veja
a seguir:
De acordo com Ribeiro (2017), para fazer uma boa composição de custos, você deve
seguir esta metodologia:
Serviços
Identificar e conhecer o nome do serviço, sua quantidade e unidade de execução. Descreva
detalhadamente, para que fiquem bem claros o método e os processos de execução.
Exemplo:
Descrição: Alvenaria em tijolos cerâmicos maciços 5 x 10 x 20 cm com argamassa traço
1:2:8.
Quantidade: 25
Unidade: m3
Insumos
Após identificar o nome do serviço, identifique a mão de obra e os materiais e equipamentos
para execução.
119
Materiais: Tijolo cerâmico 5 x 10 x 20 cm com argamassa traço 1:2:8
Equipamento: Nenhum
Levantamento de insumo
Levantar os custos diretos dos insumos: salários, encargos de mão de obra e materiais.
Exemplo:
Custos de insumo
Calcular a produtividade da mão de obra e verificar a equipe para a execução de serviço.
Verificar as quantidades de horas dos profissionais e a quantidade de materiais.
Exemplo:
Encontre os índices
A partir das informações levantadas anteriormente, seremos capazes de calcular os
consumos de cada para a execução de uma unidade de serviços.
120
Figura 13: Cálculo de insumos.
Importante
121
BDI
AC | Administração Central: percentual referente aos custos que a empresa efetua com
sua administração, tais como: aluguel da sede, salários dos funcionários da sede, material
de expediente, entre outros.
A fórmula padrão é:
Preço de venda
Depois de calcular os custos das despesas e o BDI, chegaremos aos preços de venda.
122
Figura 16: Exemplo de cálculo.
MIDIATECA
NA PRÁTICA
123
Resumo da Unidade 3
Nesta unidade, você viu que no caderno de encargo, no memorial e nos projetos temos
todas as informações para a montagem do orçamento da obra, que é a soma de todos
os custos diretos ou indiretos de uma construção. Tivemos, ainda, a descrição de etapas
e modelo de planilha, bem como critérios de levantamento e composição de custo.
CONCEITO
124
Referências
125
UNIDADE 4
Planejamento de obra
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
127
Definição de planejamento de obra
QUANDO?
O QUÊ? COMO?
FAZER
Saiba mais
128
FATORES IMPORTANTES DE DEFINIÇÃO, GESTÃO E GERENCIAMENTO
DE OBRA
Orçamento
Prazo de obra
Quantidade de
serviços
Índices
de produtividade
Equipe
CRONOGRAMA DE OBRA
Partindo do princípio de que não existe limite orçamentário, o primeiro passo é definir o
prazo de execução da obra. Para isso, faz-se necessário um cronograma físico.
129
Importante
O cronograma físico é uma importante ferramenta para se ter uma visão geral do
processo. É muito utilizado, pois distribui as etapas de serviços por um período de
tempo, e é representado por linhas paralelas e horizontais. Normalmente, é indicado
para obras pequenas, sem complexidade.
Agosto / xx
Item Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Estrutura do
1.0.0
8º Pavimento
1.1.0 Pilares
Planta
1.1.1
de eixos
1.1.2 Armação
1.1.3 Formas
1.1.4 Concreto
Desmon-
1.1.5 tagem das
formas
Desmon-
tagem das
1.2.1 formas do
pavimento
inferior
1.2.2 Formas
1.2.3 Armação
1.2.4 Concretagem
130
O Diagrama de Gantt é usado para ilustrar o avanço das etapas de um projeto. Os períodos
de tempo são representados por barras horizontais, caracterizando os intervalos de
tempo (o início e o fim) de cada fase.
Cronograma de PERT/CPM
• Program Evaluation and Review Tecnique – PERT: é uma técnica de avaliação e revisão
de tarefas.
• Critical Path Method – CPM: também conhecido como caminho crítico.
Saiba mais
O método do caminho crítico foi criado nos anos 1950 e teve início com dois
projetos simultâneos, porém não relacionados: um na marinha dos EUA e outro
em uma companhia química, ambos com seus cronogramas em atraso. Perse-
guir as tarefas que impactavam o resultado ajudou a mitigar prazos.
131
Para simular o processo de montagem da rede de PERT/CPM:
No quadro a seguir, são descritas as tarefas. Sobre aquelas que dependem de outra para
serem iniciadas, deve-se informar sua precedente e sua duração. Ao lado, as atividades
são descritas dentro dos círculos. A interdependência é montada.
A atividade A é a inicial, pois não tem precedente; ela prende a execução da Atividade B.
A atividade B prende o início da atividade C. A atividade C prende a execução das atividades
D, E e I, e assim sucessivamente.
A Preparação da parede - 3
C Aplicação de rejunte B 1
E Lixamento D 2
F Aplicação de seladora E 1
G Aplicação da tinta F 2
H Pintura de rodapé D 1
I Instalação de rodapé H 1
132
Veja a sequência de caminhos a seguir.
A+B+C 3+2+1=6
133
Nesse novo gráfico, iniciamos o percurso dos caminhos, ou seja, de cada interligação.
Caso aconteça algum atraso, isso pode ou não implicar o atraso da obra.
A+B+C 3+2+1=6
A+D+E+F+G 3+3+2+1+2=11
134
Nessa sequência do caminho com outro percurso, chegamos a 11 dias corridos de
serviços.
A+B+C 3+2+1=6
A+D+E+F+G 3+3+2+1+2=11
A+D+H+I 3+3+1+3=10
Com a sucessiva verificação dos somatórios das sequências dos caminhos, teremos
uma resultante final. A maior resultante indicará o caminho crítico.
135
Comprimento
A
B
C
D
E
Caminho crítico
F
G
H
I
FIM
INÍCIO
A+B+C 3+2+1=6
A+D+E+F+G 3+3+2+1+2=11
A+D+H+I 3+3+1+3=10
136
Caminho com o maior tempo entre o início e o fim.
Isso significa que, se algum desses itens sofrer um atraso, o prazo do projeto
será impactado.
No caminho crítico no qual obtemos o valor de 11 dias, devemos cuidar das atividades
mais de perto, pois qualquer atraso poderá resultar em atraso de obra.
Atenção:
137
Estabelecendo as estimativas para as variáveis de duração das atividades na tabela de
PERT:
P + 4M + O
PERT =
6
As duas estimativas — (O) otimista e (P) pessimista — podem estar muito afastadas, por
isso calculamos duas estatísticas: a variância e o desvio-padrão.
Variância
Medida que indica a distância entre os dois pontos até o valor esperado. A fórmula para
calcular a variância de cada atividade é a seguinte:
P–O 2
Variância =
6
138
Desvio-padrão
Essa ferramenta serve para identificar quanto de variação ou dispersão existe em relação
à média. A fórmula para calcular é:
P–O
Desvio Padrão =
6
Exemplo
Um pintor leva três dias para pintar um quarto. A partir de uma análise melhor,
ele consegue estimar um prazo otimista de dois dias e um prazo pessimista de
cinco dias. Qual a estimativa da atividade?
Estimativa:
PERT = (16 + 4*24 + 40) / 6
PERT = 152 / 6
PERT = 25,3 horas (3,1 dias de 8 horas de trabalho).
Desvio-padrão:
Desvio-padrão = (40-16) / 6
Desvio-padrão = 4 horas (0,5 dias de oito horas de trabalho).
2
Raiz da Soma Variância = Var A + Var B + Var C + Var D + Var E
Para estimar a duração do projeto, poderemos seguir, após o cálculo do caminho crítico
e de estimativas pessimistas e otimistas, calculando a variância de cada atividade e o
desvio-padrão.
139
A duração do projeto será a soma das estimativas mais os desvios.
Exemplo
101,3 horas +/- 8,9, ou prazo do projeto será de 11,5 dias a 13,9 dias.
Duração da atividade
Toda a atividade terá uma duração, e nós teremos que verificar qual o melhor prazo para
ser iniciada e qual o melhor prazo para ser terminada. Com isso, teremos uma escala
conforme variações a seguir.
Duração da atividade
Folga Folga
TCi TCj T Ti T Tj
D – Duração do evento.
TCi – Tempo Cedo do Início.
TCj – Tempo Cedo do Término.
TTi – Tempo Tarde do Início.
TTj – Tempo Tarde de Término.
O tempo cedo de início e o tempo cedo de término representam tempos sem atrasos ou
imprevistos; nem mesmo houve atrasos com atividades antecedentes.
140
Já o tempo tarde de início ou tempo tarde de término referem-se à data-limite para início
ou término. Consideram-se as folgas.
Cronograma de MS Project
141
É uma especialização das barras horizontais. Trabalha com barras inclinadas em relação
à linha do tempo (eixo x) e de quantidades (eixo y).
10 3
Tubulação Louças/metais
Inicio Fim
20 30 25 5 15 7 5
5 12
Esquadria Pintura
142
Esse modelo de cronograma nasce em função de um cronograma físico e da
disponibilidade financeira da empresa para um empreendimento específico. Quando
abordamos o tema cronograma financeiro, devemos mostrar claramente a diferença
entre receitas e despesas, porém ressaltamos a importância da análise sempre conjunta
das duas, no sentido de viabilizar economicamente o empreendimento.
MIDIATECA
143
Cronograma de obra financeiro
Veja:
Semanas Custo
Item Serviço
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Direto (R$)
1 Serviço Inicial 100% 980,00
2 Inst. Elétricas 20% 60% 10% 10% 12.100,00
3 Forro 100% 3.200,00
4 Revestimento 100% 6.700,00
5 Piso 90% 10% 3.250,00
6 Pintura 100% 1.200,00
7 Marcenaria 10% 90% 18.000,00
8 Impermeabilização 100% 1.200,00
46.630,00
144
Para o cálculo das despesas, usaríamos as composições de custo e base do orçamento
da obra, aqui descritas:
145
Nesses exemplos teríamos os custos para mão de obra, encargos e materiais calculados
distintamente e resultando no seguinte:
MÃO DE
OBRA
+ MATERIAL
+ LEIS
SOCIAIS
= TOTAL
PARCIAL
Chamamos de total parcial, pois ao mesmo tempo precisam ser acrescidos: custos fixos
de administração da obra, equipamentos e ferramentas, consumo (energia elétrica, água,
telefone, material de escritório etc.), refeições, transportes etc. Esses custos podem ser
obtidos da mesma forma, com base em suas composições unitárias.
Controle financeiro
O controle financeiro tem o objetivo de manter o equilíbrio financeiro da obra. Por meio
do cronograma financeiro, dá-se o fluxo de desembolso da obra. Esse fluxo pode ser
semanal ou mensal, conforme o tamanho da obra.
146
2018 Custo
Item Serviço
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Direto (R$)
Importante
O cronograma físico-financeiro é uma linha do tempo, com o começo e o fim de cada etapa
da obra e com o valor que será gasto em cada etapa. É possível definir as prioridades e o
foco das equipes em relação às atividades a serem cumpridas. O cronograma apresenta
a necessidade de planejamento das compras de produtos e materiais de construção,
reduzindo estoques desnecessários. Esse cronograma também apresenta o valor a ser
pago em cada etapa.
147
Dica
O planejamento é uma estimativa, por isso haverá uma margem de erro. Sem-
pre acompanhe o planejamento comparando-o com a execução do crono-
grama físico-financeiro e corrigindo, o quanto antes, eventuais distorções no
planejamento.
Dimensionamento de equipe
Para podermos comparar as duas situações e decidirmos como será o cálculo de mão de
obra, devemos ter claro o conceito de horas trabalhadas, diferente das horas trabalhadas
previstas pela CLT, de 220 horas mensais, incluindo descansos.
• 5.000 m² de alvenaria de tijolo furado de ½ vez, em três meses (jan., fev., mar.).
1. 3.000 m² de azulejo (20x20) em argamassa especial, em quatro meses (mar., abr.,
maio, jun.).
148
* Azulejista = 0,40 h/m², servente = 0,40h/m².
- Textura externa em balancinho:
* Pintor = 0,20 h/m².
- Assentamento de portas:
* Servente = 1,80 h/unid., pedreiro 1,80 h/unid.
* Marceneiro = 1,00 h/unid. + 1,30 h/unid.
Prazo
Quantidade Índice Dimensionamento
Serviço Horas
(Q) (I) (N)
(P)
3 x 188
Textura 7.000 m² Pintor.0,20 h/unid. 3,0 pintores
546 h
N = Q x I ÷ P
149
B– Pelos índices médios de produtividade, temos:
- Alvenaria tijolo furado de ½ vez:
* Pedreiro = 0,33 h/m² (inclusive vergas).
* Servente = 0,21 h/m².
- Azulejo (20x20) em argamassa especial
* Pedreiro = 0,45 h/m²; servente = 0,21 h/m².
- Textura externa em balancinho:
* Pintor = 0,18 h/m² (inclusive selador).
- Assentamento de portas:
* Pedreiro = 1,24 h/unid., servente = 0,94 h/unid.
* Marceneiro 2,24 h/unid. (inclusive alisar e fechadura).
Prazo
Quantidade Índice Dimensionamento
Serviço Horas
(Q) (I) (N)
(P)
3 x 188
Textura 7.000 m² Pintor 0,18 h/unid. 2,0 pintores
546 h
N = Q x I ÷ P
150
C– No comparativo de cálculos, temos:
Essa tabela comparativa demonstra as duas situações. Podemos perceber que, quando
compomos por produtividade, temos um resultado mais real e uma equipe mais enxuta.
Porém, essa forma deverá ser considerada quando houver conhecimento da equipe.
Tipos de equipes:
Equipe mista: a equipe mista é formada por um grupo de diversos trabalhadores que
realizam vários tipos de atividades (contramestre/pedreiro/ladrilheiro).
Equipe especializada: a equipe é formada por profissionais que realizam sempre as
mesmas atividades (ladrilheiros).
Equipes mecanizadas: nesse tipo de equipe, a produtividade é determinada principalmente
em função da utilização de equipamentos (motorista de tratores).
D– Histograma
É representado por barras verticais e é uma ferramenta que agrupa classes de frequências
e quantidades.
151
Histograma
5 5
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2 2 2
Cálculos de tarefas
Tarefa designa uma frente de serviço que pode ser designada a uma equipe ou a um
funcionário. Esse tipo de contratação de serviço estimula a produção. Quando se dá uma
tarefa a uma equipe, são pagos todos os valores acertados, independentemente do prazo
executado (inferior).
Resumindo: a equipe executa o serviço e ganha o mesmo valor, mas, ao terminar, está
liberada do trabalho (a qualidade sempre estará mantida).
- Terminalidade do serviço.
- Retirada e guarda da sobra de material.
- Limpeza e guarda de ferramentas/equipamentos.
- Limpeza do local de trabalho.
- Uso constante do equipamento de segurança.
152
A anotação diária das horas em que o operário está envolvido no cumprimento
da tarefa.
Essa análise verifica a evolução tanto física como financeira da obra, fornecendo-nos,
assim, parâmetros reais em contrapartida ao previsto anteriormente.
MIDIATECA
153
Planejado x executado
Obras podem sofrer alterações por conta de imprevistos que saem do controle dos
profissionais. Mesmo com experiência em obras, um profissional pode enfrentar questões
como: clima, atrasos e falta de mão de obra.
Por esse motivo, é muito importante que o cronograma antecipe os problemas que
afetarão o andamento da obra e os resolva previamente.
Portanto, o profissional não fica impedido de fazer as alterações necessárias que podem
otimizar ou corrigir alguma etapa do processo de obra.
Curva S
A curva S é conhecida como curva “previsto x realizado”. É uma ferramenta que permite
a verificação do andamento do projeto. São lançados os valores executados, que são
comparados com a linha de base definida no planejamento. Os valores acumulados
resultam em um gráfico no formato da letra “S”.
154
• Visualiza a sucessão de trabalho e custos acumulados em qualquer época do projeto.
• Podem-se verificar os gastos em relação aos custos planejados.
• Serve para decisões gerenciais.
As medições, normalmente, são realizadas por percentuais, pois ficam mais tangíveis
ao percentual de executado. Porém, as medições por quantitativos são mais exatas e
precisas.
Saiba mais
155
Obra a realizar (obra nova)
NOVO CRONOGRAMA
Indicamos quais as datas de início e de fim dos serviços restantes, o que implicará
a geração de um novo cronograma físico e de desembolso financeiro.
Importante
DADOS COMPARATIVOS
Esses dados são comparados aos de outras obras, e podem efetivamente comparar o
resultado a dados históricos de empreendimentos similares.
156
Dica
MIDIATECA
NA PRÁTICA
157
Os proprietários são classificados em dois grupos: a) os que constroem para
vender ou alugar o imóvel a terceiros; b) os que precisam para uso próprio
(residencial, comercial ou industrial).
Construções com o prazo maior são mais caras, pois aumentam os custos
fixos (mestres, guarda etc.). Outro fator que encarece são os trabalhos de dia
e à noite; o trabalho noturno é mais caro que o diurno, segundo a legislação
trabalhista. Geralmente a qualidade também pode ser prejudicada com a
rapidez excessiva.
158
Resumo da Unidade 4
CONCEITO
159
Referências
EASY estimation with three-point estimation technique. Agile Code. c2019. Disponível
em: http://www.agile-code.com/blog/easy-task-estimation-with-three-point-estimation-
technique/. Acesso em: 24 fev. 2019.
ELI, R. Parte 1: como fazer um cronograma. Eli Rodrigues. [S. l.], 28 jun. 2011. Disponível
e m: http://www.elirodrigues.com/seriecomo-fazer-umcronograma/como-fazer-um-cro-
nograma-parte-1/. Acesso em: 19 jan. 2018.
PM SURVEY. A global initiative of PMI Chapters: Report Survey General: 2013. Newtown
Square, 2014. Disponível em: http://www.pmsurvey.org/. Acesso em: 24 fev. 2019.
160