UC - FISCALIDADE II | 61053

Período de Realização

Decorre dia 09 de julho de 2020 às 15h00.

Data de Limite de Entrega

Até às 18 horas do dia 09 de julho de 2020, de Portugal Continental

Conteúdos

Conteúdos programáticos da UC 61053 - FISCALIDADE II

Objetivos

Avaliar os conhecimentos adquiridos no âmbito da UC Fiscalidade II.

Trabalho a desenvolver

I. Proceder à leitura do texto e identificar os factos que são

relevantes em relação ao período de tributação relevante.

II. Identificar os tributos que estão em análise e identificar em

relação a cada um os períodos de tributação abrangidos pelas
atividades do inspetor tributário e subsequente impacto na situação
tributária do sujeito passivo.

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III. Identificar a partir do texto os factos relevantes e determinantes
para responder a cada uma das questões colocada.

IV. A sua resposta tem de ser baseada nos factos identificados e

enquadrados nos normativos legais adequados à fundamentação
jurídico-tributária das questões da prova.

V. Deve responder à seis questões formulados e conexas com o texto

a seguir apresentado.

TEXTO

A sociedade Alfa & Omega, SA., sujeito passivo de imposto sobre o

rendimento das pessoas coletivas e enquadrada no regime normal de
periodicidade mensal do imposto sobre o valor acrescentado, em
regra, procede, no prazo legal, ao cumprimento das obrigações
acessórias e ao pagamento dos tributos.

A sociedade procedeu, no prazo legal, à entrega da declaração de

rendimentos do IRC, do ano de 2017, e realizou o pagamento do
imposto autoliquidado.

De acordo com os critérios identificados pela Autoridade Tributária e

Aduaneira (AT), e no âmbito dos seus poderes de inspeção tributária,
os serviços com competência na área da sede social da sociedade
procederam à realização de uma ação de inspeção externa, ao
período de tributação do ano de 2017.

No âmbito do procedimento de inspeção tributária, cujos atos de

inspeção tiveram lugar nas instalações do sujeito passivo, o inspetor
tributário solicitou à contribuinte diversos documentos e alguns
esclarecimentos sobre atos e negócios jurídicos realizados no ano
alvo da ação de inspeção. A ordem de serviço foi assinada pelo

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contabilista certificado, tendo entre a assinatura desta e a notificação
do relatório final do procedimento de inspeção decorrido o prazo de
cinco meses.

Em resultado dos atos de inspeção, o inspetor tributário identificou

algumas situações que motivaram a realização de correções
meramente aritméticas (correções técnicas) ao lucro tributável do
ano de 2017.

A sociedade foi notificada do projeto de relatório e no exercício do

direito de audição expôs as suas razões de discordância com as
correções técnicas propostas pelo inspetor tributário.

Todavia, a AT não acolheu os argumentos invocados pela sociedade e

realizou as alterações à matéria tributável, bem como fez a liquidação
adicional de IRC, no valor de € 1.230.000, acrescida de juros
compensatórios, na importância de € 375.000. Esta liquidação foi
notificada à contribuinte através de transmissão eletrónica de dados,
tendo o prazo de pagamento voluntário terminado em 31 de Maio de
2020.

Foram ainda notificadas à empresa doze liquidações adicionais de

IVA, no valor global de € 1.980.000,00, cujo prazo de pagamento
voluntário terminou em 03 de Junho de 2020.

No relatório final da ação de inspeção tributária, o inspetor tributário

fez menção de que o património social da sociedade é insuficiente
para pagamento dos tributos apurados e que à data da ocorrência do
facto tributário e da realização da ação de inspeção eram,
respetivamente, administradores da sociedade os senhores Alfredo
Mendes e Paulo Jorge.

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A sociedade não procedeu ao pagamento voluntário das liquidações
de IRC e de IVA e foram instaurados os processos executivos para
efeitos de cobrança coerciva dos tributos.

Questões:

1. Tendo por referência a factualidade descrita no texto, indique em

que momento teve início o prazo de caducidade do direito à
liquidação dos tributos (IRC e IVA) referentes ao ano de 2017, bem
como quando ocorre o termo do prazo de caducidade dos tributos em
causa.

2. Se os processos de execução fiscal instaurados contra a sociedade

para cobrar os tributos resultantes da ação de inspeção tributária ao
ano de 2017 forem alvo de decisão a determinar a sua reversão
contra os responsáveis subsidiários, que meio ou meios processuais
podem estes utilizar para reagir contra a efetivação da
responsabilidade subsidiária e ainda, caso assim o pretendam, para
sindicar a ilegalidade dos atos de liquidação adicionais dos tributos?

3. Indicando a sua natureza, eventual, cumulação de pedidos, a

entidade a quem são dirigidos e respetivos prazos, diga quais são os
meios de defesa que a sociedade pode acionar para defender os seus
direitos e interesses legalmente protegidos, isto é, para reagir contra
os atos de liquidação adicionais de IRC e de IVA, com fundamento na
ilegalidade das correções meramente aritméticas à matéria tributável
do ano de 2017.

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4. Tendo por base o conceito de âmbito e de extensão do
procedimento de inspeção tributária constante do Regulamento do
Procedimento de Inspeção Tributária e Aduaneira, bem como o
princípio da proporcionalidade, diga se existe alguma limitação ao
número de ações de inspeção tributária de natureza externa que
podem ser feitas pela AT ao mesmo período de tributação, ao mesmo
tributo e ao mesmo contribuinte.

5. Excluindo a prescrição da dívida tributária que outras causas ou

motivos podem determinar a extinção da relação jurídica tributária?

6. Tendo por base os sistemas de avaliação da matéria tributável que

podem ser utilizados pela Autoridade Tributária e Aduaneira,
identifique que sistema de avaliação foi utilizado pelo inspetor
tributário com vista a efetuar o apuramento da situação tributária da
sociedade Alfa & Omega, SA.

FIM DAS QUESTÕES

Recursos

Teste realizado com consulta.

Critérios de avaliação e cotação

- Na construção das respostas serão considerados os seguintes

critérios de avaliação:

• objetividade e capacidade de síntese;

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• clareza de linguagem;

• coerência e a adequação das ideias e dos argumentos utilizados;

• utilização de terminologia correta e adequada;

• apresentação da fundamentação legal adequada e exigível à

qualificação dos factos em análise.

- Respostas que reproduzam ipsis verbis textos de livros, textos

disponíveis na Internet ou materiais da UC (por exemplo: critérios de
correção de provas; esclarecimentos dados na turma; ou textos de
apoio) não são consideradas válidas (a ferramenta de deteção de
plágio estará ativa).

- Respostas às questões de desenvolvimento com cariz de análise

prática que não incluam a respetiva fundamentação legal não são
consideradas válidas.

Cotações:

1. = 2 pontos
2. = 2 pontos
3. = 2 pontos
4. = 2 pontos
5. = 2 pontos
6. = 2 pontos

Total: 12 valores

- Em relação a cada questão é levada em consideração a

fundamentação com base nos factos identificados e a fundamentação
legal, isto é, a correção das normas legais indicadas.

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Normas a respeitar

Deve redigir o seu E-fólio na Folha de Resolução disponibilizada na

turma e preencher todos os dados do cabeçalho.

Caso não realize o seu E-fólio na Folha de Resolução, mas sim num
outro documento, terá de efetuar a sua identificação neste, e deverá
preencher igualmente o cabeçalho da Folha de Resolução e declare
nela que terminou o seu trabalho até à data e hora determinada pelo
professor.

Se tiver publicado o seu trabalho na Internet, cole na Folha de

Resolução a hiperligação para o mesmo.

Todas as páginas do documento devem ser numeradas.

O espaçamento entre linhas deve corresponder a 1,5 linhas.

Nomeie o ficheiro com o seu número de estudante, seguido da

identificação do E-fólio, segundo o exemplo apresentado:
000000efolioGlobal.

Deve carregar o referido ficheiro para a plataforma no dispositivo E-

fólioGlobal até à data e hora limite de entrega. Evite a entrega
próximo da hora limite para se precaver contra eventuais problemas.

O ficheiro a enviar não deve exceder 8 MB.

Votos de bom trabalho!

Jesuíno Alcântara Martins

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