[1] O documento discute os princípios da ética cristã segundo escritos de Santo Agostinho, incluindo a conversão como início e a santificação como desenvolvimento, além de contemplar a totalidade do indivíduo. [2] A ética do amor é aplicada à família, vista como fundamento da sociedade, com hierarquia baseada em serviço e disciplina visando a correção. [3] A paz celeste difere da terrena por buscar bens eternos em vez de temporais.
[1] O documento discute os princípios da ética cristã segundo escritos de Santo Agostinho, incluindo a conversão como início e a santificação como desenvolvimento, além de contemplar a totalidade do indivíduo. [2] A ética do amor é aplicada à família, vista como fundamento da sociedade, com hierarquia baseada em serviço e disciplina visando a correção. [3] A paz celeste difere da terrena por buscar bens eternos em vez de temporais.
[1] O documento discute os princípios da ética cristã segundo escritos de Santo Agostinho, incluindo a conversão como início e a santificação como desenvolvimento, além de contemplar a totalidade do indivíduo. [2] A ética do amor é aplicada à família, vista como fundamento da sociedade, com hierarquia baseada em serviço e disciplina visando a correção. [3] A paz celeste difere da terrena por buscar bens eternos em vez de temporais.
Para pensar! ● “No meio evangélico há diferentes propostas éticas, quer conscientemente elaboradas, quer não: todas querendo a aprovação dos cristãos, reivindicando serem bíblicas” (Norman L. Geisler). ● Partindo de trechos de alguns escritos de Santo Agostinho, meditaremos sobre certos princípios, para a pratica e o ensino da Ética Cristã. Refletindo Sobre a Ética Cristã ● INICIA-SE NA CONVERSÃO. “Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria se não existisse em Vós. Porém chamastes-me com uma vos tão forte que rompeste a minha surdez”! ● Antes da conversão, os ensinos e apelos morais da fé cristã, é apenas uma dentre tantas perspectivas éticas. ● Portanto, existem duas formas de utilizar-se da fé cristã; 1. Uso parcial, mediante a ação da graça comum (conveniência). 2. Uso pleno, mediante o milagre da conversão (predestinação). ● DESENVOLVE-SE NA SANTIFICAÇÃO. “O vosso servo mais fiel é aquele que não espera nem prefere ouvir aquilo que quer, mas se propõe aceitar, antes de tudo, a resposta que de Vós ouviu". “Porque não estou cheio de Vós, sou ainda peso para mim". ● A ética cristã pressupõe um processo complexo, podemos sintetiza-lo como; a consciência do passado somada a expectativa do futuro que promove uma resiliência normatizada no presente.
● Façamos algumas considerações.
● A consciência do passado refere-se a forma como Deus mudou a nossa percepção sobre quem Ele é, ou seja, é a gênese da nossa fé. ● A expectativa do futuro deve ser vista em dois níveis: 1. Os benefícios. Esses, dividem-se em temporais e eternos. 2. O Encontro. Está pessoalmente com Deus. ● A resiliência no presente torna-se possível mediante a contemplação do ser e das obras de Deus segundo revelado em sua Palavra. Disso procede uma dependência sadia, que promoverá amadurecimento, Tanto do ponto de vista místico quanto, pratico. “O próprio bem-viver não o obtemos com nossas próprias forças, se quem nos deu a fé, que nos leva em nossa debilidade, não nos auxilia a crer e a suplicar". ● ATENDE A TOTALIDADE DO INDIVÍDUO. “Como, enquanto mora neste corpo mortal, anda longe de Deus e caminha pela fé e não pela espécie, por isso é preciso que relacione tanto a paz do corpo com a da alma, como a de ambos juntos, àquela paz que existe entre o homem mortal e o Deus imortal, dando assim margem à obediência ordenada pela fé sob a lei eterna". As quatro esferas de nossa existência são contempladas pela ética cristã. ● Pessoal. A fé cristã promove em nosso ser aquela harmonia que é pressuposta em nossa constituição. O Corpo e a alma, ainda que possam ser separados (estado intermediário), compõem uma unidade psicossomática. Assim, as virtudes do corpo servem a alma, como as da alma servem ao corpo. Ambos aspectos são comtemplados pela ética cristã (Pv 4.21-22; 1Co 15). ● Social. Veremos este tópico a frente. ● Cultural. Como formadores de opinião, somos responsáveis por promovermos essa ética. O ministério da reconciliação é a via espiritual da propagação dessa cultura, e o nosso exemplo é o paradigma de sua eficácia. ● Espiritual. Temos paz com Deus.
Vejamos isso de forma mais pratica.
● A ÉTICA DO AMOR. “E, posto o mestre ensinar dois preceitos principais, a saber, o amor a Deus e o amor ao próximo, nos quais o homem descobre três seres como objeto do seu amor, isto é, Deus, ele mesmo e o próximo”. Como seria isso na prática social? “Eis a ordem que se há de seguir: primeiro, não fazer mal a ninguém; segundo, fazer bem a quem agente possa. Em primeiro lugar está o cuidado com os seus, porque a natureza e a sociedade humana lhe dão acesso mais fácil e meios mais oportunos”. A ÉTICA DO AMOR APLICADA A PRINCIPAL INSTITUIÇÃO SOCIAL, OU SEJA, A FAMÍLIA. ● A importância da Família. “A casa deve ser o princípio e o fundamento da cidade. Todo princípio relaciona-se com seu fim e toda parte com seu todo. E, por isso, claro e lógico deva a paz doméstica em proveito da paz cívica…. Quer dizer, deva a ordenada concórdia entre os que mandam e os que obedecem relacionar-se com a ordenada concórdia entre os cidadãos que mandam e os que obedecem”. ● A hierarquia no lar. Na “casa do justo, que vive da fé e ainda peregrina longe da cidade celestes, quem manda também serve aqueles que parece dominar”. Assim o homem “deve fazer com a esposa, com os filhos, com os domésticos”. “A razão é que não manda por desejo de domínio, mas por dever de caridade, não por orgulho de reinar, mas por misericórdia de auxiliar". ● O ensino e a disciplina na família. “Os autênticos pais de família consideram filhos todos os membros da família, no tocante ao culto e a honra a Deus. Desejam e anseiam por chegar à casa celeste, onde não seja necessário mandar os homens, porque na imortalidade não será preciso acudir a necessidade alguma". “Se em casa alguém turba a paz doméstica por desobediência, é para sua própria utilidade corrigido com a palavra, com pancadas ou com qualquer outro gênero de castigo justo e lícito admitido pela sociedade humana, para reuni-lo à paz de que se afastará". “Como não é benfeitor quem corre em auxílio de alguém para fazê-lo perder algum bem, assim também não é inocente quem, perdoando, permite que alguém incorra em mal ainda mais grave…isso como fim de o castigo corrigir o castigado e servir de lição aos outros”. Capítulo XVII, Da Cidade de Deus. Em que radica a paz da sociedade celeste com a cidade terra e em que a discórdia. “A família dos homens que não vivem da Fé busca a paz terreno nos bens e comodidades desta vida. Por sua vez, a família dos que vivem da Fé espera nos bens eternos segundo a promessa. Usam dos bens terrenos e temporais como Viajantes”.