Você está na página 1de 21

ÉTICA E CIDADANIA

FATIN

● PRINCÍPIOS DA ÉTICA CRISTÃ


Para pensar!
● “No meio evangélico há diferentes propostas
éticas, quer conscientemente elaboradas, quer
não: todas querendo a aprovação dos cristãos,
reivindicando serem bíblicas” (Norman L.
Geisler).
● Partindo de trechos de alguns escritos de
Santo Agostinho, meditaremos sobre certos
princípios, para a pratica e o ensino da Ética
Cristã.
Refletindo Sobre a Ética
Cristã
● INICIA-SE NA CONVERSÃO.
“Retinha-me longe de Vós aquilo que não
existiria se não existisse em Vós. Porém
chamastes-me com uma vos tão forte que
rompeste a minha surdez”!
● Antes da conversão, os ensinos e apelos
morais da fé cristã, é apenas uma
dentre tantas perspectivas éticas.
● Portanto, existem duas formas de
utilizar-se da fé cristã;
1. Uso parcial, mediante a ação da graça
comum (conveniência).
2. Uso pleno, mediante o milagre da
conversão (predestinação).
● DESENVOLVE-SE NA SANTIFICAÇÃO.
“O vosso servo mais fiel é aquele que não espera
nem prefere ouvir aquilo que quer, mas se propõe
aceitar, antes de tudo, a resposta que de Vós
ouviu".
“Porque não estou cheio de Vós, sou ainda peso
para mim".
● A ética cristã pressupõe um processo
complexo, podemos sintetiza-lo como; a
consciência do passado somada a
expectativa do futuro que promove uma
resiliência normatizada no presente.

● Façamos algumas considerações.


● A consciência do passado refere-se a forma
como Deus mudou a nossa percepção sobre
quem Ele é, ou seja, é a gênese da nossa
fé.
● A expectativa do futuro deve ser vista em
dois níveis:
1. Os benefícios. Esses, dividem-se em
temporais e eternos.
2. O Encontro. Está pessoalmente com Deus.
● A resiliência no presente torna-se possível
mediante a contemplação do ser e das
obras de Deus segundo revelado em sua
Palavra. Disso procede uma dependência
sadia, que promoverá amadurecimento,
Tanto do ponto de vista místico quanto,
pratico.
“O próprio bem-viver não o obtemos com
nossas próprias forças, se quem nos deu a fé,
que nos leva em nossa debilidade, não nos
auxilia a crer e a suplicar".
● ATENDE A TOTALIDADE DO INDIVÍDUO.
“Como, enquanto mora neste corpo mortal, anda
longe de Deus e caminha pela fé e não pela espécie,
por isso é preciso que relacione tanto a paz do corpo
com a da alma, como a de ambos juntos, àquela paz
que existe entre o homem mortal e o Deus imortal,
dando assim margem à obediência ordenada pela fé
sob a lei eterna".
As quatro esferas de nossa existência são
contempladas pela ética cristã.
● Pessoal. A fé cristã promove em nosso ser
aquela harmonia que é pressuposta em
nossa constituição. O Corpo e a alma, ainda
que possam ser separados (estado
intermediário), compõem uma unidade
psicossomática. Assim, as virtudes do corpo
servem a alma, como as da alma servem
ao corpo. Ambos aspectos são
comtemplados pela ética cristã (Pv
4.21-22; 1Co 15).
● Social. Veremos este tópico a frente.
● Cultural. Como formadores de opinião,
somos responsáveis por promovermos essa
ética. O ministério da reconciliação é a via
espiritual da propagação dessa cultura, e o
nosso exemplo é o paradigma de sua
eficácia.
● Espiritual. Temos paz com Deus.

Vejamos isso de forma mais pratica.


● A ÉTICA DO AMOR.
“E, posto o mestre ensinar dois preceitos
principais, a saber, o amor a Deus e o amor ao
próximo, nos quais o homem descobre três seres
como objeto do seu amor, isto é, Deus, ele
mesmo e o próximo”.
Como seria isso na prática social?
“Eis a ordem que se há de seguir: primeiro, não
fazer mal a ninguém; segundo, fazer bem a quem
agente possa. Em primeiro lugar está o cuidado
com os seus, porque a natureza e a sociedade
humana lhe dão acesso mais fácil e meios mais
oportunos”.
A ÉTICA DO AMOR APLICADA A
PRINCIPAL INSTITUIÇÃO SOCIAL,
OU SEJA, A FAMÍLIA.
● A importância da Família. “A casa deve ser o
princípio e o fundamento da cidade. Todo
princípio relaciona-se com seu fim e toda
parte com seu todo. E, por isso, claro e lógico
deva a paz doméstica em proveito da paz
cívica….
Quer dizer, deva a ordenada concórdia entre os
que mandam e os que obedecem relacionar-se
com a ordenada concórdia entre os cidadãos que
mandam e os que obedecem”.
● A hierarquia no lar. Na “casa do justo, que vive da
fé e ainda peregrina longe da cidade celestes,
quem manda também serve aqueles que parece
dominar”. Assim o homem “deve fazer com a
esposa, com os filhos, com os domésticos”. “A
razão é que não manda por desejo de domínio,
mas por dever de caridade, não por orgulho de
reinar, mas por misericórdia de auxiliar".
● O ensino e a disciplina na família. “Os
autênticos pais de família consideram filhos
todos os membros da família, no tocante ao
culto e a honra a Deus. Desejam e anseiam por
chegar à casa celeste, onde não seja
necessário mandar os homens, porque na
imortalidade não será preciso acudir a
necessidade alguma".
“Se em casa alguém turba a paz doméstica por
desobediência, é para sua própria utilidade
corrigido com a palavra, com pancadas ou com
qualquer outro gênero de castigo justo e lícito
admitido pela sociedade humana, para reuni-lo à
paz de que se afastará".
“Como não é benfeitor quem corre em auxílio de
alguém para fazê-lo perder algum bem, assim
também não é inocente quem, perdoando,
permite que alguém incorra em mal ainda mais
grave…isso como fim de o castigo corrigir o
castigado e servir de lição aos outros”.
Capítulo XVII, Da Cidade de Deus.
Em que radica a paz da sociedade celeste com a
cidade terra e em que a discórdia.
“A família dos homens que não vivem da Fé busca a
paz terreno nos bens e comodidades desta vida. Por
sua vez, a família dos que vivem da Fé espera nos
bens eternos segundo a promessa. Usam dos bens
terrenos e temporais como Viajantes”.

Você também pode gostar