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A IMPORTÂNCIA DE UTILIZAR MÉTODOS DIDÁTICOS PARA UM MELHOR

ENSINO-APRENDIZADO EM FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Vanessa Gonçalves Abreu

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso


de Licenciatura em Física do Centro Federal de
Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca,
CEFET/RJ, campus Nova Friburgo, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do título de
Licenciado(a) em Física.

Orientador(a): Roberto Câmara Zaco

Nova Friburgo
Abril 2023
A IMPORTÂNCIA DE UTILIZAR MÉTODOS DIDÁTICOS PARA UM MELHOR
ENSINO-APRENDIZADO EM FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Vanessa Gonçalves Abreu

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso


de Licenciatura em Física do Centro Federal de
Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca,
CEFET/RJ, campus Nova Friburgo, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do título de
Licenciado(a) em Física.

Orientador(a): Roberto Câmara Zaco

Nova Friburgo
Abril 2023
A IMPORTÂNCIA DE UTILIZAR MÉTODOS DIDÁTICOS PARA UM MELHOR
ENSINO-APRENDIZADO EM FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em


Física do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca,
CEFET/RJ, campus Nova Friburgo, como parte dos requisitos necessários à obtenção
do título de Licenciado(a) em Física.

Vanessa Gonçalves Abreu

Banca Examinadora:

____________________________________________________________________
Professor Dr. Roberto Câmara Zarco (CEFET/RJ) (orientador)

Nova Friburgo
Abril 2023
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do CEFET/RJ
DÉDICATORIA

A Deus primeiramente e toda minha família e amigos


que estiveram ao meu lado em toda essa trajetória.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pela minha vida e por me ajudar a


ultrapassar todos os obstáculos ao longo do meu caminho e do curso.

Aos meus pais e irmã por sempre me motivarem e nunca me deixarem


desistir, estando sempre ao meu lado.

Ao meu marido, que me acompanhou durante todo esse trajeto desde


que entrei na faculdade, sempre me apoiando e compreendendo minha ausência
por conta dos estudos.

Aos meus avós que sempre me apoiram em todas as minhas decisões,


mesmoum deles não estando mais presente hoje para aplaudir meu diploma.

Aos meus amigos, pelo companheirismo e apoio para ir até o final.

Aos professores, por todo ensinamento e correções que tive durante


esses anos me dando capacidade para chegar até aqui.
RESUMO
Importância de utilizar métodos didáticos (Experimentos) para um melhor
ensino-aprendizado em física no ensino fundamental

A educação evoluiu muito ao longo do tempo e é notável que um dos tópicos mais
comuns abordados, é como tornar a educação mais atrativa para os alunos, já que é
notável que muitas matérias são vistas como desinteressantes, por parte dos discentes,
e muitas vezes esse pensamento afeta o aprendizado. Dessa forma é possível perceber
que muito disso é por conta da maneira como em muitos lugares a física ainda é
repassada, sendo que no ensino é comum que ela seja abordada apenas de forma
teórica, mesmo que muitos estudos estejam buscando novas maneiras de se
desenvolver o processo de ensino e aprendizado, a aplicação desses conceitos ainda
está aos poucos sendo introduzida as escolas ao longo dos anos. Dessa forma o
trabalho tem o objetivo de reforçar a importância do uso de métodos lúdicos, como
experimentos para o aprendizado de física, e como isso pode melhorar o desempenho
dos alunos.

Palavras-chave: lúdico; ensino de física; importância de experimentos.


ABSTRACT
Importance of using didactic methods (Experiments) for a better teaching-
learning in physics in elementary school

Education has evolved a lot over time and it is notable that one of the most common
topics addressed is how to make education more attractive to students, since it is notable
that many subjects are seen as uninteresting by students, and often this thinking affects
learning. In this way, it is possible to perceive that much of this is due to the way in which
physics is still passed on in many places, and in teaching it is common for it to be
approached only theoretically, even though many studies are looking for new ways to
develop the teaching and learning process, the application of these concepts is still
slowly being introduced to schools over the years. In this way, the work aims to reinforce
the importance of using playful methods, such as experiments for learning physics, and
how this can improve student performance.

Keywords: ludic; physics teaching; importance of experiments.


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10
1- REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................ 12
1.1– POR QUE APRENDER E ENSINAR FÍSICA ........................................ 12
1.2 – FÍSICA NO BRASIL ............................................................................. 13
2- ENSINO FUNDAMENTAL ......................................................................... 17
2.1 – FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL................................................. 19
3- IMPORTÂNCIA DO USO DE EXPERIMENTOS ....................................... 21
3.1 – BENEFÍCIOS DE REALIZAR ATIVIDADES COM EXPERIMENTOS. . 23
3.2 – DESENVOLVIMENTO E PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS NAS
ATIVIDADES. ................................................................................................ 24
3.3 – APLICAÇÃO DOS ESTUDOS TEÓRICOS. ......................................... 25
4- DESAFIOS DE REALIZAR ATIVIDADES EXPERIMENTAIS .................... 28
4.1 – MOTIVAÇÃO DO PROFESSOR E DO ALUNO. .................................. 28
4.2 – TEMPO PARA PREPARAR E REALIZAR ATIVIDADES PRÁTICAS. . 29
5- TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA ....................................... 31
6- PROPOSTA METODOLÓGICA ................................................................. 33
6.1 – RELACIONANDO EXPERIMENTOS E O COTIDIANO. ...................... 33
6.1.1 – A MECÂNICA. EXPERIMENTO DE INERCIA: A MOEDA E O
COPO. ....................................................................................................... 34
6.1.2 – TRANSFERÊNCIA DE CALOR. .................................................... 36
6.1.3 – TELEFONE COM FIO.................................................................... 37
6.1.4 – PENTE REFLEXIVO. ..................................................................... 38
6.1.5 – BEXIGAS CARREGADAS. ............................................................ 39
6.1.6 – ESCOLHENDO EXPERIMENTOS. ............................................... 42
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 44
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 46
10

Introdução

É inegável que ao longo do tempo a educação tem se modificado, no intuito, de


sempre integrar novos métodos que possam facilitar o ensino e aprendizado, ao longo
dos anos esse tem se mostrado um objeto de estudo e interesse de muitos
pesquisadores, já que é de grande importância que a educação se modifique ao longo
do tempo e evolua junto com os alunos, suas necessidades, e com a sociedade em si.
Sempre que pensamos em educação hoje se vê a necessidade de mesclar as
estratégias de ensino, visando fugir do tradicionalismo, que por muitas vezes tem se
mostrado ineficaz, atraindo pouco o interesse do aluno, principalmente quando falamos
de matérias consideradas pelos discentes como difíceis, o que é o caso da física
(Fernandes, 2018). Então hoje, cada vez mais é preciso pensar no futuro e em
maneiras de modernizar a educação, tornar ela mais palpável e interessante, mas
ainda assim eficiente.
Diante desse desafio, hoje, muito tem sido modificado no ensino de uma
maneira geral, assim como também, no ensino de física, podemos ver ao longo do
tempo que muitas coisas vem se modificando, fazendo a diferença, novas maneiras de
se explicar o assunto são abordadas e discutidas ao longo do tempo (Silva-Junior,
2022), e isso faz com que a educação se mantenha viva, de forma que é possível
perceber o empenho em se conseguir tonar o ambiente escolar o melhor possível.
Nesse processo, muito se estuda sobre a ludificação, ou como também é
chamada, gameficação, algo que ao longo do tempo tem se mostrado eficiente para o
processo de ensino aprendizado, podendo trazer diversos benéficos quando aplicada
de maneira correta (Barroso, 2018). Por isso é importante pensar e investigar, como
hoje é possível trabalhar métodos lúdicos e experimentos, que estejam dentro do
cronograma de assuntos tratados, podendo criar aulas dinâmicas e interessantes.
Hoje ainda há um processo de modificação que acontece aos poucos, onde os
professores se mostram em fase de adaptação, e os novos profissionais, precisam se
preparados para ensinar de forma cada vez pensada em se adaptar a realidades dos
alunos, tentando avalia-los de formas múltiplas, assim como ter a mesma versatilidade
na hora de ensinar (Avelino, 2019). Hoje, muito se pensa sobre como tornar os alunos
protagonistas, fazendo com que eles se sintam parte do processo de ensino, e
consigam participar, e realmente usar tudo que aprendem para construir o
conhecimento por conta própria.
11

É sobre essa visão que este trabalho visa investigar a importância dos métodos
lúdicos, e experimentos, para o aprendizado do aluno, analisando seus benefícios,
desafios, assim também como a sua forma de aplicação, e desse modo, propor
algumas maneiras de se trabalhar com experimentos nas escolas, para tornar o
aprendizado o melhor possível e consequentemente melhorar a capacidade do aluno.
Por meio deste trabalho, também analisar como esses métodos podem
influenciar no desenvolvimento do fator social, tanto entre os próprios alunos,
incentivando o trabalho em grupo, como na relação entre discente e docente.
12

1- Referencial Teórico

A Física, desde a Grécia Antiga é conhecida como a Ciência que estuda a


natureza, pois se relacionou a palavra “episteme” que significa conhecimento com a
palavra “physiké” traduzida como natureza. A física é a ciência que estuda, prevê e
justifica através de Leis os fenômenos que ocorrem com a matéria de acordo com o
espaço tempo.
De acordo com que os fenômenos aconteciam, as leis eram criadas para
explicar e descrever os fatos, mas se posteriormente acontecesse um fato diferente
com o descrito, uma nova lei era criada anulando a anterior. Desde então muita coisa
mudou, a física que era trabalhada como filosofia para os pensadores (estudada
apenas hipoteticamente) começou a ser estudada experimentalmente (ARAGÃO,
2006).
A física está presente em todos os lugares, no planeta Terra, em outros
planetas, em todo o Universo. Segundo Barreto, Borba e Medeiros (2006) a Física
estuda a natureza no sentido amplo, como matéria, energia, espaço-tempo e todas as
suas interações.
Assim a Física deve ser passada para os alunos, relacionando-a com o dia-a-
dia, pois é o estudo dela que ensina todas os fatos ao redor. Como por exemplo, pode
ser citado a eles a força gravitacional, o movimento planetário (eclipse e órbitas),
energias, forças magnéticas, óptica (fenômenos opticos e lentes). A física pode ser
definida como:
[...] o estudo da energia, da matéria e da relação entre elas. Os fenômenos
estudados pela Física manifestam-se não só nos grandes eventos, como lançamento
de naves espaciais, mas também nas ações mais simples do nosso cotidiano, como
abrir uma porta, ver a própria imagem num espelho [...] (GOWDAK; MARTINS, 2012, p.
151).

1.1– Por que aprender e ensinar física

A aprendizagem em física é necessária para que os alunos consigam


desenvolver habilidades sendo capazes de compreender como funciona o universo ao
redor. É provável que a parte mais difícil no ensino da física seja relacionar fenômenos
visíveis com fórmulas. É fácil ver um pêndulo oscilar, porém já fica mais complicado
13

pedir que descrevam a equação que relaciona a variação de sua posição no tempo e
é justamente esses fatos que a Física estuda, é ela que explica quantitativamente os
fenômenos observados. É necessário que o educador consiga fazer com que a teoria
seja entendida com fenômenos observáveis.
Existe em muitas instituições uma pressão, que cai sobre os docentes, que se
faz na ideia de apenas repassar os conteúdos propostos, de forma a trabalhar tudo
que é proposto pelos cronogramas, se importando mais com a quantidade que foi
trabalhada, do que com a qualidade do aprendizado, enquanto que a parte mais
essencial da ciência que são as explicações dos fenômenos ocorridos ficam omitidas
(Salgueiro, 2018). Quando o questionamento metafísico, a integração da física com a
natureza e a paixão pela descoberta estão interligados e integrados em sala de aula a
ciência passa a ser mais profunda deixando de ser apenas aplicações de métodos
científicos.
Segundo Borges (2005), mesmo sem os alunos tiverem tido contato com a
física, ela permite que eles despertem formas de pesquisas e de questionamentos
científicos. Borges também conta quando estudava, disse a sua professora que nem
todos precisam estudar física, e ela respondeu com argumentos:
[...] na ocasião que todos deveriam aprender física, pois, vivenciamos
fenômenos físicos cotidianamente em todas as nossas atividades e que, para
compreendermos o mundo, precisamos estudar física. Além disso, vivemos em mundo
com um ritmo desenfreado de transformações, quase todas elas ligadas ou
desencadeadas pelo desenvolvimento tecnológico. (BORGES, 2005, p. 05).

Então para que o mundo continue se desenvolvendo, é importante que o ensino


de ciência seja passado de forma eficiente, além de que com o ensino de física os alunos
podem adquirir pensamentos críticos e melhor capacidade de expressão
(SCHROEDER, 2006) tendo melhores argumentações para esclarecer fenômenos

1.2 – Física no brasil

Ao passar de série os alunos vem sedentos de curiosidades e em buscas de


novos desafios, novos professores e novos horizontes de estudos. A expectativa deles
em relação a Física é grande, mas em pouco tempo com o contato em sala de aula
14

essa vivência se torna pouco prazerosa, tornando até uma frustação que o aluno acaba
carregando para o resto da vida.

No país o ensino de ciências naturais é caracterizado pela falta de práticas


experimentais, dependências de livros didáticos, de métodos de ensino expositivos,
poucas horas de aulas, currículo escolar desatualizado e sem contextualizações e falta
de profissionalismo nos professores (PEDRISA, 2001; DIOGO; GOBARA,2007).

Nas escolas públicas esse ensino é ainda mais precário, pois não há
laboratórios, os professores são extremamente desvalorizados, não há recursos
tecnológicos, salas inadequadas e baixa remuneração dos professores o que fazem
os alunos se desinteressarem ainda mais para se tornarem profissionais de magistério.
(GATTI, 2009) (TARTUCE; NUNES; ALMEIDA, 2010) além dos professores na maioria
das vezes não receberem apoio das autoridades dentro do colégio, evidenciando um
desprestigio político-institucional. (SBF, 1970, p. 14).

De acordo com o relatório da SBF (1970) podemos concluir que o esforço que
os professores fazem para ensinar em relação ao resultado é muito baixo, as aulas
para os alunos são consideradas desinteressantes, o número de informações fornecido
é muito grande de tal forma que é impossível que os alunos abstraem total quantidade
de conhecimento, os professores na maioria das vezes não trazem situações do
cotidianos fazendo com que o ensino se torne livresco e acadêmico, a disciplina é
severa, sendo desagradável para o professor e para o aluno, as avaliações são feitas
visando apenas o conhecimento, que na maioria das vezes é baixo.

No país é considerado um aluno que sabe a matéria aquele que consegue


repetir em prova avaliativa tudo aquilo que o professor ministrou em classe,
“decorebas” feitas através de livros e textos e quando um aluno acerta um problema
idêntico a um resolvido em lista de exercício, o que gera por si só um efeito que faz
com que o aluno se torne passivo no aprendizado, buscando apenas aprender o
suficiente para passar nas provas, o que muitas vezes não gera um conhecimento
significativo, e nem mesmo um aprendizado efetivo (Silva, 2020). Aqueles estudantes
que estudassem um dia antes da prova já eram considerados um bom aluno, pois eles
conseguiriam gravar e acertar as questões da prova no dia seguinte.

Muitas vezes é possível se observar que existe uma falta de observação que
aborde as maneiras com as quais o aprendizado pode funcionar, os métodos
avaliativos como descritos, muitas vezes abordam uma única forma de construir
conhecimento e não são muitas vezes capazes de medir e compreender os tipos de
15

inteligência apresentados pelos alunos (Silva, 2019). Esse tipo de abordagem também
se mostra problemática, pelo fato de que é necessário tentar avaliar os alunos de
maneira diferentes, mas supervalorização das notas muitas vezes gera um
desinteresse pelo aprendizado efetivo, causando por si, um interesse muito mais voltar
em apenas conseguir “passar de ano”.

Solino (2018), investiga problemas de continuidade entre as matérias, é muito


importante que o aluno passando do fundamental para o médio tenha uma sensação
de progressão e continuidade, mas nem sempre o ensino no Brasil é uniforme nesse
sentido. É comum que alunos as vezes tenham pouco contato com física no
fundamental, e chegue ao ensino médio sem toda a bagagem que ele deveria ter. Além
disso a comunicação entre os professores é importante nessa passagem, pois através
disso a matéria pode ser abordada em continuidade, sem gerar um problema onde os
assuntos acabam se desconectando e a relação entre o ensino fundamental e médio
é parcialmente cortada.

Goi (2019), aborda que hoje, deve-se ter um tratamento cuidadoso quando
falamos da formação de professores de ciências, onde hoje, é preciso cada vez mais
trabalhar para que se tenham professores preparados, que compreendam a
importância do uso de métodos lúdicos aplicados para tornar o ensino e aprendizado
de ciências cada vez mais eficiente com o passar do tempo, de forma a que possamos
aos poucos ver uma melhoria na educação aplicada, principalmente na transição do
ensino fundamental para o médio.

Menegoto (2008), aborda que muitos alunos possuem uma visão negativa da
disciplina de física, em geral isso está relacionado a uma falta de interesse relacionada
aos assuntos abordados, onde muitos não enxergam a utilidade, e relação dela com
seu cotidiano, é possível no entanto observar que parte disso vem da forma como a
física é ensinada, geralmente focando em aulas teóricas, com experimentação e
aplicação ausente, ou com aplicações pouco usadas, isso muitas vezes gera um
descontentamento do aluno que encara a matéria como muitos questionários, cálculos,
e pouca compreensão de como ela funciona, ou mesmo para que serve, algo que
muitas vezes desmotiva os alunos a entenderem e sentirem vontade de estudar a
matéria.

Franco (2018), aborda como o ensino de física ainda precisa de mais aplicação
pratica dos métodos desenvolvidos através das pesquisas realizadas, comentando
como é importante que a física passe a evoluir como matéria e sua forma de ensinar ela
16

aos poucos ganhe melhores proporções com o passar do tempo.


17

2- Ensino Fundamental

O Ensino Fundamental é o período mais longo da Educação Básica. De acordo


com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) este ciclo de aprendizado é organizado em dois
segmentos: os anos iniciais, onde os alunos acabaram de chegar do ensino infantil e
começam a aprender de uma forma mais consistente tendo domínio da leitura, escrita
e cálculo, e os anos finais, onde são abastecidos de informações para que consigam
chegar no Ensino Médio com mais capacitações. O objetivo desse período é fazer com
que os alunos se desenvolvam intelectualmente e socialmente, tanto no âmbito
político, como ambiente natural, compreender a tecnologia, artes e os valores que
estabelecem uma sociedade. O Ensino Fundamental também é descrito por outros
documentos, como o Conselho Nacional de Educação (CNE), Plano Nacional de
Educação (Lei nº10.172/2001), as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental e também legislações de cada sistema de ensino.
Nos anos finais do Ensino Fundamental, segundo o PCN do Ensino
Fundamental, nesse período os alunos tornam-se mais independentes, tendo maior
capacitação para entender pensamentos e linguagens cientificas. Nessa fase os
professores tendem a ser mais rígidos e objetivos no ensino, pois é na conclusão dessa
fase que as portas para pensamentos sociais se abrirão (BRASIL, 1998) e assim,
chegaram ao Ensino Médio com mais responsabilidades.
Krawczyk (2011) traz a luz o fato de que o aprendizado adquirido no Ensino
Fundamental, é também de grande importância para o desenvolvimento dos alunos
que chegam ao Ensino Médio, é uma importante fase de transição que faz a diferença
para a criança e ao adolescente, já que é nesse momento em que muito do
pensamento crítico se desenvolve, seus gostos, hábitos, o caráter, suas aspirações,
anseios, já que a infância tem caráter transformador, e é onde mais as opiniões são
formadas e mudadas.
Hoje é inegável, que o uso de elementos lúdicos é indispensável para o
aprendizado dos alunos do ensino fundamental, sendo considerada, uma das formas
de se aproximar deles, e conseguir alguma nova perspectiva através da forma como
os conteúdos são abordados, esses métodos se mostram uma maneira de fazer com
que eles se sintam mais próximos dos professores, e consequentemente mais
inseridos nas aulas (País, 2019). Algo que é indispensável nessa fase da vida, tanto
nos momentos iniciais do ensino fundamental, quanto do momento em que se
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aproxima da transição.
O ensino fundamental e médio devem sempre ser visto como partes separadas
de um todo, e não individualmente como duas frações indistintas, o conhecimento deve
ser construído de maneira continua, e dessa maneira, também deve ser durante o
ensino fundamental ao longo dos anos, já que esse acompanha o crescimento e
desenvolvimento do aluno, que precisa se sentir realmente instigado naquele
ambiente, já que grande parte de sua base, costumes, e capacidades pode ser
explorada e desenvolvida nessa fase de sua escolaridade (Fernandes, 2018). Por
conta disso, é possível dizer que é necessário sempre pensar como duas coisas
complementares, que devem estabelecer conhecimentos e trabalhar entre si, para que
se tenha um real funcionamento eficiente para os alunos, aprenderem de verdade os
assuntos e como melhorar suas próprias habilidades, fazendo com que elas construam
um auto conhecimentos.
Na fase do Ensino Fundamental, os alunos também desenvolvem parte de suas
habilidades sociais, criam ligação com as pessoas, e é nesse momento em que eles
podem ter o maior desenvolvimento do pensamento crítico, que deve ser trabalhado e
construído, para que o aluno seja capaz de entender e discernir o que está lendo por
conta própria (Genovese, 2019), e é através desse que se pode trazer uma boa
bagagem cultural e social, desde sua base. Assim como desenvolver seu
conhecimento e habilidades psicológicas como um todo, um bom trabalho nessa
época, pode fazer com que o aluno tenha uma boa auto percepção, conheça seus
limites, e saiba analisar o que lê, ouve ou assiste, assim não apenas absorvendo
informações, mas sabendo como desenvolver seus pensamentos em torno disso.
Ainda além disso é importante entender como se instigar, a motivação pra ler,
aprender, entender e o desenvolvimento de um pensamento crítico é um processo
longo, assim como adquirir o habito de ler, estudar, e sentir a vontade de ir atrás de
novos assuntos, novas ideias, onde fazer com que o aluno se sinta motivado é um fator
determinante para o funcionamento de qualquer processo de ensino aprendizado
(Ferraz, 2019). Sendo assim, é notável que a motivação é um fator decisivo para que
possamos avaliar e encaixar o processo de ensino e aprendizado como um todo. É
necessário ter uma observação ativa, e compreender as necessidades e modos de
trabalhar com cada aluno, principalmente quando pensamos em uma fase tão sensível
a mudanças.
Para Camargo (2019), a motivação do professor e do aluno é um fator importante
do desenvolvimento e construção do conhecimento, sendo através dela em que se deve
19

encontrar um bom equilíbrio para o ensino e aprendizado e a ludicidade aplicada durante


as aulas, e dessa forma criar um vínculo com os alunos.

2.1 – Física no ensino fundamental.

É na fase do Ensino Fundamental, entre o 1º ano e o 9º ano que as crianças


entram na “fase dos por quês”, relacionando com a Física podemos descrever as
perguntas como questionamentos científicos. Os alunos já se questionam “por que as
coisas caem quando a jogamos para cima”, “por que ficamos parados se o mundo
gira”, dentre outras milhares de perguntas que demonstram que estão curiosos e
sedentos por informações. Pode ser dito que um dos focos de Ciências Naturais no
Ensino Fundamental é fazer com que os alunos compreendam o mundo e suas
transformações, e também notar o papel importantíssimo do homem no universo nessa
trajetória. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) s - PCN
(BRASIL, 2000, p. 24):
“[...] um conhecimento que colabora para a compreensão do mundo e suas
transformações, para reconhecer o homem como parte do universo e como indivíduos,
é meta que se propõe para o ensino da área na escola fundamental. A apropriação de
seus conceitos e procedimentos pode contribuir para o questionamento do que se vê
e ouve, para a ampliação das explicações acerca dos fenômenos da natureza, para a
compreensão e valorização dos modos de intervir na natureza e de utilizar seus
recursos, para a compreensão dos recursos tecnológicos que realizam essas
mediações, para a reflexão sobre questões éticas implícitas nas relações entre
Ciências, Sociedade e Tecnologia.”

É durante o estudo de Ciências que os alunos geram a capacitação de


compreender o mundo e as pessoas que vivem nele. É importante que o professor
ensine os alunos observarem, medirem e compararem dados (BRASIL, 1998).

Portanto, é fundamental oferecer meios de aperfeiçoamento da prática


pedagógica do professor das séries iniciais [...], a fim de tornar esse ensino mais
atraente para os alunos, a partir do resgate do gosto pela exploração, pela descoberta,
pela curiosidade. (MONTEIRO; TEIXEIRA, 2004, p.67).

De acordo com os PCN não há nenhum cronograma específico para o ensino


20

de física no ensino fundamental, levando isso em conta e também o dia a dia dos
alunos em meio a sociedade é possível que a física seja ensinada com
contextualizações e também através de experimentações. Sendo o primeiro contato
dos alunos com o mundo cientifico, ensinar da maneira em que desperte maior
interesse dos estudantes deixando- os curiosos, fazendo com que lidem diretamente
com os experimentos, observando os acontecimentos e a obtenção dos dados.
E como é o primeiro contato com a física, é importante que seja de maneira
diferente de como é feita hoje nas escolas (Monteiro, 2021), saindo da forma mais
tradicional nas escolas, onde o professor fica apenas fazendo anotações no quadro e
os estudantes apenas fazendo anotações e ouvindo, aulas cheias de contas e fórmulas
matemáticas para a forma experimental, onde o aluno lida diretamente com os
problemas e consegue entendem de uma forma bem melhor. A razão disso é que
muitos alunos sentem dificuldade de se conectar com a matéria, quando se veem
presos apenas a parte teórica, o que muitas vezes gera descontentamento ou
aborrecimento ao assistir as aulas.
Moreira (2018), aborda o fato de que muito ainda precisa ser feito para que o
ensino de física no ensino fundamental torne-se instigante, apesar das muitas
pesquisas sobre o assunto, a aplicação delas seja por limitações estruturais, ou
meramente pelo cronograma tradicionalista abordado em muitas escolas, ainda é
preciso mais espaço para elementos didáticos e lúdicos dentro do ensino. Afinal o uso
da experimentação é importante para melhorar o aprendizado.
Ricardo (2010), levanta o questionamento, de se realmente todos os alunos ali
presentes em sala de aula, são capazes de desenvolver o aprendizado sobre todos os
conteúdos que são ensinados, e a resposta, é que sim, mas é necessário pensar em
como exatamente se chegar em cada aluno, seu desenvolvimento pessoa, é diferente,
e dessa forma cada um vai possuir uma forma diferente de aprender. Quando pensamos
no ensino fundamental essas particularidades são ainda maiores, já que todos os
discentes ali presentes estão em uma fase de desenvolvimento, e nesse momento é
preciso se trabalhar continuamente a construção de conteúdo ao longo dos anos do
ensino médio, se criando uma bagagem de aprendizado que o aluno possa levar
consigo por algum tempo.
21

3- Importância do Uso de Experimentos

As atividades experimentais são um grande recurso de ensino e, de acordo com


Borges (2002), essas atividades envolvem manipulações, analises e interpretações de
dados. O PCN+ traz algumas informações sobre as atividades que envolvem
experimentos sendo elas as seguintes:
É indispensável que a experimentação esteja sempre presente ao longo de todo
o processo de desenvolvimento das competências em Física, privilegiando-se o fazer,
manusear, operar, agir, em diferentes formas e níveis. É dessa forma que se pode
garantir a construção do conhecimento pelo próprio aluno, desenvolvendo sua
curiosidade e o hábito de sempre indagar, evitando a aquisição do conhecimento
científico como uma verdade estabelecida e inquestionável. (BRASIL, 2002, p.84).
Ao realizar atividades experimentais, os alunos trocam de postura, tornam-se
mais participativos e conseguem compreender a importância dos processos: inicio:
onde coletam os dados, meio: realizam os cálculos e fim: resultados do objeto
estudado. As práticas de atividades experimentais permitem que os estudantes, além
de entenderem a teoria, participam e colaboram na construção do conhecimento.

“A utilização de aulas com demonstrações em Ciências, com ampla


participação coletiva, tem-se mostrado constituir em importante ferramenta para
despertar o interesse dos estudantes pelos fenômenos exibidos e pelos desafios em
conhecer os respectivos “porquês”. (SAAD, 2005, p. 07)

Para ensinar Física no Ensino Fundamental, um dos pontos principais é levar


em conta os conhecimentos prévios dos alunos. Tendo isso como ponto de partida, é
possível leva-los as teorias físicas possibilitando-os a entenderem diversos
fenômenos. Quando eles se envolvem realizando as atividades exercitam o trabalho
em grupo, as divisões de tarefas, e obedecem às regras dos procedimentos.
Moreira (2018), ressalta que entender a realidade dos alunos faz uma grande
diferença no processo de ensino e aprendizado, pois com isso é possível criar
atividades e interações que tenham mais ligação com os alunos presentes na turma,
dessa forma, podendo fazer com que seu interesse crença, levando para eles coisas
que estejam relacionadas ao seu cotidiano, ou sejam apreciadas por eles, como jogos
que eles já gostam. Mas também ressalta que o fator surpresa, e apresentar
22

brincadeiras novas, ideias diferentes, também são importantes, para que o interesse
seja mantido, no entanto é valido dizer que todo o processo de aprendizado com
experimentos deve ser cuidadoso, realizado sempre didaticamente, pensando nos
melhores resultados para o aprendizado.
Neto (2018), aborda o fato de que o uso de experimentos para o ensino de
física, constitui em um dos melhores métodos de ensino aplicados para a matéria.
Demonstrando em sua pesquisa que os experimentos tem um impacto positivo
significativo para o aprendizado da matéria, através deles os alunos conseguem
compreender conhecimento cientifico, de forma rápida, e significativa, compreendendo
a verdadeira importância daquela matéria, onde e como ela é aplicada, o que
exatamente ela muda em suas vidas, e dessa forma, podem sentir uma relação
agradável com a matéria.
De Sousa (2020) traz a luz que usar jogos lúdicos nos anos iniciais para o
aprendizado de ciências, é de grande importância, pois nessa época, os alunos ainda
estão em uma fase de experimentação, estão descobrindo o que gostam e o que não
gostam, como e por que querem ou não fazer alguma coisa. Então a aplicação de
jogos, experimentos e atividades de categoria lúdica, levanta pra nós de uma forma
geral, que é possível integrar conhecimento desde cedo, desde que seja feito da forma
correta, alguns pequenos jogos podem ser instigadores, assim como a produção de
pequenos experimentos simples, levando sempre em consideração a idade dos alunos
em questão.
O uso dessas ferramentas, ajuda a prender a atenção dos alunos que
conseguem por sua vez tirar muito mais proveito do conteúdo, principalmente os
alunos do ensino fundamental, costumeiramente, tendem a buscar mais informação
através das brincadeiras, das ideias apresentadas, e com isso, construir uma
informação bem estruturada na sua mente (De Paula Dornel, 2022). É importante frisar
que sempre que mostramos um experimento, estamos fazendo com que a pessoa
consiga vislumbrar bem o que foi explicado já que normalmente quando se para na
explicação teórica apenas, o aluno pode apenas imaginar ou ter uma ideia vaga do
funcionamento, mas partir de uma observação ativa, e participação na produção, o
aluno consegue construir em sua mente o real funcionamento daquela atividade.
Até mesmo quando pensamos em ensino remoto, em uma época como a
pandemia, é possível destacar que os elementos lúdicos são importantes pra aumentar
a capacidade de aprendizado dos alunos (Gonçalves, 2021). Pois através disso é
possível diminuir a dispersão de informação que acontece por conta das limitações de
23

se estar por traz de uma tela, recuperando parte da interatividade professor aluno,
devendo sempre se pensar na formação do aluno protagonista, que faz parte das aulas
e atua durante elas como um agente ativo.

3.1 – Benefícios de realizar atividades com experimentos.

É notório que há vários benefícios no processo de aprendizagem quando utiliza-


se experimentos como meio de ensino, um grande exemplo é a atuação ativa dos
alunos no processo das atividades o que permite a eles entenderem melhor os estudos
teóricos que foram ensinados durante as aulas e também maior interesse deles a
identificarem o dinamismo e fenômenos científicos que ocorrem, usando até a
matemática para chegar a conclusão das atividades.
É fundamental que o professor tenha como principal função o caráter de um
mediador, envolvendo totalmente os alunos, dando-os autoridade e mantendo a
atividade como o maior desafio (Dos Santos, 2018). O professor tem que ser sempre
claro e autônomo para que as tarefas sejam realizadas com mais facilidade. É preciso
que o professor se fundamente com dois critérios: fazer com que os métodos que forem
usados sejam totalmente proveitosos e sempre envolver os alunos de forma consciente
e organizada.
Da Silva (2019), demonstra ao longo de seus estudos, que as experimentações,
trabalhadas de forma correta, podem mudar completamente a maneira com a qual os
alunos enxergam a matéria, além de que esse tipo de atividade aproxima o professor
e o aluno, de forma que esses podem se sentir mais confortáveis durante sua
presença. Além disso, os experimentos passam uma compreensão pratica do
funcionamento das teorias que eles aprendem, demonstrando onde realmente a física
é usada, o que muitas vezes aumenta o interesse, e o senso de importância que os
alunos sentem nesse momento.
Silva (2018), reforça que o uso de experimentos traz consigo um aumento na
taxa de aprendizado, possibilitando verdadeiras melhorias no processo de aprendizado
dos alunos, é comum que o uso desse tipo de método, traga benefícios, tanto na
conexão aluno professor como no desenvolvimento do processo cognitivo. Durante a
fase da infância e começo da adolescência, a criança encontra numa fase de descobrir,
experimentar, e com isso o uso da pratica, ajuda na retenção da memória, assim como
facilita a atenção da criança que pode aprender realizando brincadeiras, como se fosse
um momento comum do seu cotidiano, aproveitando com os amigos. Conduzir esse
24

tipo de experimento permite que os alunos se sintam mais ligados a matéria.


Picanço (2021), denota os benefícios do uso de experimentos para o estudo
relacionado a pessoas surdas, nas quais, o uso desse tipo de atividade lúdica,
demonstra também uma melhoria no aprendizado, já que através da observação, e
demonstração pratica do conteúdo, facilita com que esses alunos se conectem ao tema
proposto, sentindo-se mais inseridos dentro da aula e consequentemente podem
absorver mais informação de uma maneira orgânica, facilitando um aprendizado efetivo.

3.2 – Desenvolvimento e participação dos alunos nas atividades.

Para poder desenvolver as tarefas com êxito e maior aproveitamento é


essencial que os alunos participem, pois é com a participação deles que será possível
para o professor ensinar a matéria da disciplina, além dos alunos serem elementos
fundamentais durante os experimentos, pois sempre estarão envolvidos de maneira
direta com o trabalho, sendo quem realmente está fazendo aquela atividade (Pereira,
2019), Dessa forma é correto afirmar que é indispensável que haja um roteiro com as
etapas das atividades, com todos os passos a serem compridos, todos os dados que
devem ser apanhados, a partir de qual momento os resultados começarão a aparecer
e qual será a conclusão da atividade.
A execução dessas tarefas possibilita que os estudantes criem a capacidade
de se desenvolverem através de atividades em grupo, através das regras e etapas a
serem compridas, fazendo com que cada indivíduo em sala adquira experiência
individual a partir de atividades realizadas em coletivo.
É importante não deixar que as atividades experimentais se tornem rotineiras,
apenas uma série de instruções onde os alunos acabam realizando de forma
mecânica, sem estabelecerem ligações com os conteúdos a serem aprendidos. É
necessário fazer com que os alunos encarem essas tarefas de uma maneira mais livre
e comovente, que entendam e consigam fazer ligação com o seu cotidiano (Cachapuz,
Praia, GilPérez, Carrascosa, e Martínez-Terrades, 2001, apud CUNHA et al., 2012).
Quando o ensinamento é totalmente imposto pelo professor, onde somente ele
fala, exerce e tem razão, quando os alunos não tem oportunidades de serem ativos,
esse ensino acaba sendo caracterizado como incompleto, ou pouco rico (Pedrosa de
Jesus, Teixeira-Dias e Watts, 2003, apud CUNHA et al., 2012).
De acordo com Lopes (2010 apud CUNHA et al., 2012) o professor pode dar a
autonomia aos alunos com breves atos como:
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(a) Disponibilizando mais tempo para que a atividade seja realizada com
calma possibilitando que os alunos se envolvam mais;
(b) Dar maior ajuda quando apenas estiverem com grandes dificuldades,
auxiliando de forma com quem pensem mais;
(c) Dar mais independência aos alunos, fazendo com que eles se ajudem
entre eles, trocando ideias em grupo;
(d) Deixar com que os alunos falem e exponham suas ideias sem interrompe-
los, deixar que falem e expressem seus pensamentos, entre outros.
É importante que o professor deixe claro desde o início o que vai ser realizado,
para que fique mais fácil os alunos se envolverem e não acabarem tornando a aula
confusa. É importante deixar o objetivo claro para que o aprendizado seja bem
sucedido, pois se os alunos não souberem ou se não entenderem do que se trata eles
não se envolverão nas atividades.
Admiral (2021), demonstra que para a participação da turma é importante
delimitar corretamente como o trabalho vai acontecer, para que eles consigam entender
e se adaptar a tudo que é proposto, se o trabalho for em grupo, é interessante que se
dívida o número de integrantes pensando sempre em quantos membros precisam
ativamente ter uma função, é sempre necessário que todos os membros exerçam
alguma importância no desenvolvimento do trabalho

3.3 – Aplicação dos estudos teóricos.

Por meio da realização de tarefas com experimentos, é possível verificar que


os conhecimentos teóricos estudados em sala de aula são ensinados por meios de
aplicações práticas. É necessário que o professor torne o ambiente de sala de aula
mais agradável, para que os alunos se sintam bem-vindos, interessados e motivados
a assimilarem os conhecimentos, pois é na sala de aula que passam o maior período
de tempo, por isso a necessidade de deixa-las mais atraente.
Esse ambiente de estudos deve ser positivo, da maneira em que os alunos se
sintam a vontade de participarem das atividades, dos trabalhos, a aprenderem e
refletirem. Mesmo que o professor coloque cem por cento de sua dedicação e interesse
em ensinar, nem sempre ele conseguirá construir esse ambiente positivo e tornar o
aprendizado eficaz (Santos, 2022). A vezes nem o professor mais dedicado consegue
controlar alguns grupos de alunos. Ou seja, o professor é fundamental, porém tem que
haver um conjunto, ele não é tudo, é apenas a chave desse conjunto. Não basta
26

apenas ele ter todo o conhecimento cientifico.


Levando isso em conta, é preciso que o professor use a metodologia
investigação-ação (e.g. Cohen, Manion e Morrison, 2010 apud CUNHA et al., 2012),
através dela ele melhorará o próprio desempenho profissional através da sua atuação
letiva. Nesse modo investigação é preciso levar em conta tudo que precisa ser mudado
em suas aulas, todos os pontos que precisam de melhora, organizar a forma que se
planeja fazer essas melhorias, fazer testes e reflexões sobre os atos a serem mudados,
alterar o planejamento se necessário e avaliar se as modificações foram proveitosas.
Essa investigação tem como princípio os estudos de Engle e Conant (2002
apud CUNHA et al., 2012), que diz que é preciso encorajar os estudantes; dar-lhes
autoridade deixando serem mais ativos; responsabiliza-los nas boas maneiras em sala
de aula; e preparar os materiais necessários.
Conforme o professor vai se relacionando com os seus alunos, criando o
ambiente positivo, fazendo perguntas, elogiando, valorizando cada passo realizado
pelos alunos, automaticamente os resultados espontâneos vindo dos alunos é positivo,
sendo assim o resultado acadêmico melhor.
Sabe-se que a metodologia de ensino através da utilização de experimentos
não é comum, então é preciso que os professores tenham atenção ao conciliar o
método de ensino tradicional e essa nova estratégia de aprendizado, pois apesar de
que quando bem utilizada ela tenha grandes benefícios, sua aplicação precisa ser
realizada de maneira eficiente, ou é possível que se tenha na verdade um efeito oposto,
gerado pela aplicação errônea dos métodos estudados (Santos, 2018). É preciso que
o professor esteja receptível a novos métodos de avaliações, não deixando totalmente
de lado as listas de exercícios, as aulas de apresentação e nem as provas escritas.
“A ciência não pode ser ensinada como um dogma inquestionável. Um ensino
da ciência que não ensine a pensar, a refletir, a criticar, que substitua a busca de
explicações convincentes pela fé na palavra do mestre, pode ser tudo menos um
verdadeiro ensino da ciência. É antes de mais nada um ensino de obediência cega
incorporado numa cultura repressiva.” (SCHATZMAN, 1973 apud MEDEIROS; FILHO,
2000, p. 108).

Neto (2019), relembra que uma das partes mais importantes quando falamos
de elementos lúdicos é entendermos sua aplicação. O professor deve estar sempre
com a mente bem focada na realização do trabalho, administrando para que o
aprendizado aconteça de forma coerente, e também, deve envolver-se nos
27

experimentos, ajudando, e trabalhando junto doas alunos, mas sempre deixando que
eles interajam entre si, para que o trabalho em grupo aconteça entre eles, tornando
assim toda a experiencia dinâmica, sem perder o foco no aprendizado, algo que se
bem executado, tanto pode melhorar as relações interpessoais dos alunos, como o
ambiente daquela classe como um todo.
Gutiérrez-Araujo (2020), entende que existe uma diferença muito grande entre a
teoria e pratica, em função de que as teorias precisam de experiencia para serem
devidamente aplicadas, então muitas vezes, os profissionais, possuem receio em
aplicar metodologias lúdicas, seja por algum resultado prévio passado, ou por
simplesmente não se sentir preparado, de fato hoje, ainda se vê grande importância em
treinar-se profissionais para que possuam conhecimento e confiança para aplicar esse
tipo de estratégia de ensino
28

4- Desafios de realizar atividades experimentais

Os desafios para realizar atividades com experimentos não são muito diferentes
dos desafios que podemos encontrar para realização de aulas expositivas tradicionais.
A única diferença é que uma aula experimental irá exigir mais preparação do professor
e mais dedicação, para que o que seja experimentado tenha relação com os conteúdos
a serem apresentados em sala de aula.
Costa (2019), traz a luz o fato de que um dos problemas ao se preparar aulas
experimentais, é que elas requerem um maior esforço por parte do educador, tanto na
atenção que ele tem de manter, quanto com as preparações previas, mas além disso,
é notável o fato de que é preciso se ter um cuidado com a seleção de temas, e com o
contexto dos locais em que se está tentando sempre se inserir no ambiente em que os
alunos trabalham.
Ferreira (2019), descreve a importância de se observar a realidade em que a
escola a qual está se dando aula esteja inserida, esse fato advém por que, nem sempre,
existem materiais disponíveis, e nesse caso, existem soluções baratas, que podem ser
conseguidas através da escola, ou de forma fácil, o que podem ser boas maneiras de
contornar ambientes que possuam pouca estrutura oferecida para os professores e
alunos.

4.1 – Motivação do professor e do aluno.

De acordo com Vigotski (GASPAR, 2014, p.176), o pensamento se procede da


motivação. Seguindo esta ideia pode-se verificar que a motivação está relacionada
então com o processo de ensino e aprendizagem. Tanto os alunos quanto os
professores não conseguirão obter conhecimento sem motivação. No dicionário Aurélio
da língua Portuguesa, a palavra conhecimento é explicada como o:

“ato ou efeito de conhecer / informação ou noção adquiridas pelo estudo ou


pela experiência” (FERREIRA, 2001, p.176).

Quando os professores estão motivados a desenvolverem aulas práticas de


acordo com os assuntos a serem tratados na disciplina, a probabilidade dos alunos se
sentirem motivados e sentirem-se valorizados é bem maior. Quando os alunos sentem-
se motivados, eles tendem a se esforçarem a entender os conteúdos aplicados, quanto
mais alunos em uma sala estiverem focados e interessados, mais a turma inteira se
29

sente assim e todos se sentiram recompensados (GASPAR, 2014, p.180).


Felber (2018), propõe que é importante que os professores e alunos estejam
em sintonia par a realização de atividades experimentais, a razão disso é que trata-se
de um trabalho cooperativo de duas vias, com isso, é importante sempre pensar que
os alunos devem se sentir instigados a participar, gostem e entendam a aula, mas
acima de tudo é preciso que o professor saiba como gerenciar bem uma aula lúdica,
tirando proveito do máximo que puder daquela aula, e conseguindo dessa forma variar
entre as formas mais clássicas de se aplicar o conteúdo e os instrumentos lúdicos.
De Moura (2019), denota que é importante trazer sempre trabalhos que
interessem as duas partes, demonstrar interesse pelo que os alunos estão fazendo,
assim como, também se interessar pelos jogos propostos, pelas ideias apresentadas,
pois através do engajamento que pode ser gerado a partir da animação do professor,
os alunos podem se sentir instigados e inseridos naquele ambiente, o que mostra que
é importante se ter um trabalho cooperativo nesse sentido, o uso de materiais e práticas
lúdicas, requer que exista um bom relacionamento do professor e dos alunos, assim
como todos os envolvidos de fato estejam inteirados do assunto, pois só assim o
conhecimento pode ser devidamente bem construído.

4.2 – Tempo para preparar e realizar atividades práticas.

A preparação de aulas práticas leva tempo e estudo, porque é preciso fazer


pesquisas sejam em livros, internet ou artigos. É necessário pesquisar equipamentos,
materiais e espaços disponíveis para conseguir realizar as atividades. Para que as
aulas sejam proveitosas o suficiente para que os alunos adquiram conhecimento, é
necessário dispor de um certo tempo de aula. Para isso, o professor deve fazer o
planejamento desde o início do ano letivo para que não comprometa outras futuras
atividades a serem realizadas (Fonseca, 2018). O que se mostra um dos maiores
desafios, é que é preciso se ter uma quantidade grande de cuidados pré estabelecidos
antes de aplicar uma aula desse tipo, além disso o professor tem de estar sempre
disposto a ser flexível, e se adaptar a maneira como a turma lidar com o experimento
apresentado.
Durante o planejamento que o professor deve verificar se será necessário
dividir em grupos, usar uma ou mais aulas, levar dois ou mais experimentos. O
professor tem que ter a consciência que para realizar uma aula prática exige mais
30

tempo tanto de preparo quanto de realização do que uma aula expositiva tradicional, e
além disso, deve-se avaliar se todos os materiais estão disponíveis, e quanto será
necessário para sua realização (Colombo, 2019). Dessa forma, é importante que ele
previamente reserve os ambientes, e faça checagem de tudo que vai precisar, tanto
quando preparar o seu plano de aula quanto quando estiver próximo da realização do
experimento, para evitar que faltem materiais ou espaço disponível.
De Sousa (2021), reforça a ideia de que o tempo de preparação muitas vezes
pode ser uma das dificuldades quando se pensa em produzir aulas práticas, a ideia do
uso de métodos lúdicos requer preparação dos professores, e por conta disso, é
importante que esses aprendam mais isso em sua formação acadêmica, já que ao terem
um contato maior de forma previa com os métodos utilizados pode-se dizer que se torna
mais fácil preparar e aplicar os experimentos. De preferência deve-se ter uma
preparação que parte desde o começo do ano letivo, trabalhando uma ideia do que quer
abordar em cada aula, e assim já possuir um roteiro prévio, que possa ser adaptado a
realidade dos alunos no momento.
31

5- Teoria da Aprendizagem Significativa

A Teoria da Aprendizagem Significativa foi desenvolvida por David Paul


Ausubel para que auxiliasse o desempenho dos professores em sala de aula. Ele tinha
um grande destaque nas áreas de psicologia, área em que se formou e fez doutorado.
A teoria desenvolvida por David tem foco cognitivista pois é baseada nos
fundamentos de organização de cognição, onde procura dar valor ao conhecimento e
o entender das informações, buscando entende-las ao invés de apenas grava-las.
Essa teoria preza valorizar os conhecimentos que as pessoas já carregam em seu
caráter cognitivo, buscando sempre interagir as novas informações obtidas com os
conhecimentos prévios que já tinham, buscando sempre a construção individual.
Então, essas informações que estão na estruturação cognitiva das pessoas funcionam
como apoio para formar e estruturar novos conhecimentos. No ensino tradicional os
alunos são considerados como tabulas rasas, mas pelo o contrário, cada aluno já
possui suas concepções relacionadas a Física, que são caracterizadas como
Concepções Espontâneas ou Concepções Alternativas, que as vezes, mesmo depois
do professor explicar a matéria eles continuam com essas concepções. É uma
característica que os alunos carregam geneticamente que fica estática nas cognições
deles (AUSUBEL, 1978, p.88).
É preciso que o professor fique atento então tanto nas respostas que os alunos
apresentam quanto nos questionamentos que fazem, para que o professor consiga
entender as estruturas cognitivas existentes em cada aluno. É um grande desafio para
os professores conseguirem identificar a estruturação cognitiva dos alunos pois só
identificando que os professores vão conseguir fazer com que os alunos cheguem no
aprendizado desejado.
Para David, quando o professor consegue fazer essa identificação ele
consegue ensinar seus alunos de forma mecânico-repetitiva ou através das
descobertas, pois através da aprendizagem significativa os conceitos são retidos com
mais facilidade e os alunos lembram por mais tempo.
Na visão de David, a aprendizagem mecânica é o modo em que os
conhecimentos são apenas armazenados nos alunos, sem fazer nenhum tipo de
ligação com conhecimentos prévios, da forma em que o aprendizado passado fique
solto, que talvez seja necessário em algum momento do ensinamento. Já a
aprendizagem significativa é o processo em que o indivíduo compreende e guarda boa
parte das informações relacionadas a qualquer área de conhecimento.
32

Relacionando as colocações de David e as aulas com atividades experimentais,


ele diz que as aulas seguidas de regras e monótonas desenvolvidas sejam em sala de
aula ou em laboratórios, não irão ter sucesso em nenhum aprendizado. Ele também
diz que não adianta ter laboratórios cheios de aparatos ou materiais que atendam
apenas as demandas dos currículos desejados ou apenas para causar boas
impressões, pois essas situações não garantem nada que irão ter aprendizagem
significativa.
É necessário que o professor leve para as aulas questionamentos para saber
os conhecimentos mínimos carregados pelos alunos, criando então um embate com
os conhecimentos já trazidos dos alunos com o conhecimento cientifico.
Moreira utilizando as citações de David, escreveu que: “[...] o fator mais
importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aluno já sabe. Descubra isso
e ensine-o de acordo” (AUSUBEL apud MOREIRA, 1999; p. 163).
Para realizar atividades experimentais é necessário fazer com que o
conhecimento seja relacionado a conceitos sociais, históricos e culturais. Fazendo com
que os alunos desenvolvam capacidade de raciocínio sem nenhuma memorização de
nenhum conceito ou fórmulas.
33

6- Proposta Metodológica

É importante ter atenção e cuidado ao escolher o conteúdo que será ministrado


com experimento, pois não basta apenas realizar a aula com os experimentos, tem que
ter uma metodologia significa e também um objetivo logico (Silva, 2019). Por isso é
muito importante que se tenha uma preparação muito bem estabelecida, um roteiro
pratico, e seja possível de fato tirar o maior proveito dessa aula, mas sem tirar o
contexto de diversão, sendo importante aplicar um equilíbrio entre o aprendizado e a
diversão proporcionada por esses artifícios.
De acordo com Lima (2012), realizar aulas experimentais nas aulas expositivas
já estimulou várias análises e discussões com a intenção de melhorar o aprendizado
em física, fazendo com que cada vez mais o ensino se torne mais atrativo e diferente.
Para isso, os experimentos que serão realizados têm que ter a ver com o conteúdo
programado, com a contextualização correta e sempre lembrando de utilizar as
linguagens cientificas para que os alunos já fiquem familiarizados com a ciência, e
quanto mais o conteúdo estiver de acordo com o ambiente e a sociedade que o aluno
está inserido, mais fácil do aluno adquirir conhecimento.
Junior (2021), reforça a ideia de sempre se trabalhar nas aulas lúdicas,
conteúdos que os alunos já tenham algum contato prévio, não necessariamente o
saibam, mas é importante que eles conheçam e entendam o que estão fazendo, por
isso na preparação, deve-se levar em conta maneiras de se estruturar e estabelecer o
conhecimento necessário para que o aluno compreenda corretamente o que está
sendo praticado. Por isso, é importante que o professor reserve um tempo para
preparar o cenário ideal com os alunos.
Setlik (2019), aborda também sobre como a interdisciplinaridade é importante
para o aprendizado, o uso da escrita e da leitura, é de suma importância para que o
aluno desenvolva a capacidade de interpretação, ensinar ao aluno a linguagem, faz com
que ele seja capaz de compreender melhor os textos aplicados, e consequentemente
gerar melhores repostas, o que faz com que exercícios lúdicos, pensando na ideia de
leitura, e escrita, para desenvolver compreensão de textos relacionados a física, sejam
uma atividade interessante, desde que isso seja trabalhado de uma maneira correta,
pode ajudar a melhorar a compreensão das questões abordadas.

6.1 – Relacionando experimentos e o cotidiano.


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Uma das questões mais importantes na aplicação de métodos lúdicos é que


seja possível fazer uma ligação com o cotidiano dos alunos, segundo Ferreira (2020)
usar ideias que se relacionem com o dia a dia dos estudantes, sendo abordado como
uma das partes do conteúdo da aula experimental a ser realizado, para isso deve ser
levado em conta tudo que o aluno vive e vê no dia a dia, pois dessa forma ele pode se
sentir mais inserido naquele contexto, devemos pensar em como trabalhar o aluno
protagonista, e não apenas ele como um observador passivo.
A Física é dividida em Mecânica, Termologia, Movimento Ondulatório, Óptica,
Eletricidade e Física Moderna. Então para que os estudantes não cheguem no Ensino
Médio assustados por não saberem a mínima ideia do que se trata a física, ou com
nenhum interesse e nenhuma noção do conteúdo que será estudado, foi separado uma
aula introdutória experimental dos primeiros cinco principais temas a serem tratados no
currículo de física para que esse primeiro contato com a matéria não seja aterrorizante
e amedrontador como vem sendo de costume, e para que os estudantes vejam que a
Física não é nenhum bicho de sete cabeças.

6.1.1 – A Mecânica. Experimento de Inercia: A moeda e o copo.

A Mecânica Clássica é dividida em Cinemática e Dinâmica, ela que é


responsável por estudar os movimentos dos corpos. Quem começou os estudos de
mecânica foi o cientista Isaac Newton. Para um primeiro contato com a Física, é bom
começar questionando os alunos o que eles acham sobre movimento dos corpos, todo
mundo já se questionou um dia por que quando estamos dentro de um ônibus e ele
freia ou acelera, as pessoas tem impulsos para frente ou para trás. Esse fato ocorre
devido ao fenômeno chamado Inércia, que é a primeira lei descrita pelo Isaac Newton.
E essa lei diz que: Todo corpo tende a permanecer em repouso ou em movimento
constante, desde que não haja sobre ele alguma força contrária (pode-se mostrar para
os alunos que força é aquilo que é capaz de colocar um objeto em movimento, por
exemplo, com uma bolinha pode ser mostrado que quando aplicado uma força sobre
ela, ela começa a se mover). Assim, consegue-se entender os impulsos que ocorrem
dentro do ônibus. Quando o veículo freia, as pessoas tendem a continuar em
movimento pra frente e quando acelera novamente, tendem a ficar paradas, por isso o
deslocamento para trás.
Um experimento simples e fácil que pode caracterizar a inércia é a moeda no
35

copo:

Matérias:
- Um copo
- Um pedaço de papelão
- Uma moeda

Montagem:
Coloque o pedaço de papelão por cima do copo de maneira em que tape a boca
do copo e a moeda por cima, no centro do papelão. Conforme mostra na figura 1.

Figura 1: Demonstração de experimento- Inércia


Fonte:
https://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/fernandacardoso/Leis%20de%20Newton.ht
m

Procedimento metodológico:
Com o experimento montado em cima da mesa, bata no papelão de modo em
que ele se desloque para as laterais, poderá ser notado que a moeda não se move
junto com o papelão e cai dentro do copo. Fazendo a relação do experimento com o
exemplo citado do ônibus, quando o motorista acelera o veículo, assim como a moeda
tendeu a continuar parada, os passageiros também tendem a continuar parados por
isso a sensação de serem impulsionados para trás. Com mais tempo de aula, pode ser
mostrado para os alunos também, que se não fosse a força de atrito, o papelão também
continuaria em movimento. Aproveitar também para falar sobre a existência da força
magnética e gravitacional e explicar um pouco sobre elas.
Dando um pouco mais de continuidade no assunto de mecânica e também no
36

exemplo de ônibus, pode ser entrado no assunto de referencial para se tratar do que
está em repouso ou o que está em movimento. O professor pode questionar os alunos
de quem está em movimento em ralação ao ponto de ônibus e quem está em movimento
em relação a todos que estão dentro do ônibus.

6.1.2 – Transferência de calor.

Quando se está em contato direto com um objeto, pode-se perceber o quanto


ele está quente ou frio. Está sensação está relacionada com a temperatura. Quando
um objeto está mais quente maior a temperatura do que de objetos mais frios. Porém,
essa sensação térmica é relativa, deve-se levar em conta a situação da sensibilidade
em que o corpo se encontra. Todos os objetos a volta provavelmente estão a mesma
temperatura, porém se colocar a mão na maçaneta e depois na porta a sensação será
que a maçaneta estará mais fria que a porta. Observa-se que a sensação térmica não
é parâmetro para medir temperatura e sim um material especifico, o termômetro.

Materiais:
- 1 bacia com água gelada
- 1 bacia com água morna
- 1 bacia com água quente

Procedimento metodológico:
Faça com que os alunos, um de cada vez, coloquem uma mão na bacia na água
quente e uma na água gelada, e em seguida as duas na bacia morna, conforme as
figuras 2 e 3. Ao serem questionados quais as sensações que sentem dirão que a água
morna parecerá mais fria ao colocar a mão que estava na água quente, e a que estava
na água fria parecerá mais quente. Isso mostra que a primeira perderá calor e a segunda
receberá calor. Ambas as mãos estarão igualando as temperaturas, ou seja, em busca
do equilíbrio térmico.
37

Figura 2: Demonstração de experiência: Sensação Térmica


Fonte: SAMPAIO, José Luiz; CALÇADA, Caio Sérgio. Física. 2.ed. São Paulo: Atual, 2005,
p. 165. vol. único.

Figura 3: Demonstração de experiência: Sensação térmica


Fonte: SAMPAIO, José Luiz; CALÇADA, Caio Sérgio. Física. 2.ed. São Paulo: Atual, 2005,
p. 165. vol. único.

6.1.3 – Telefone com fio.

Quando criança, praticamente todo mundo já brincou de telefone de latinha.


Esse meio de comunicação tem a ver com a física ondulatória. Onde o que uma pessoa
fala de um lado da latinha, dá pra ouvir do outro lado da latinha.

Materiais:
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- Copos descartáveis
- Barbante
- Lapiseira
- Agulha de costura

Procedimento metodológico:
Fazer um pequeno furo no fundo do copo com o auxílio da agulha, em seguida
passar o barbante e dar um nó para que ele não saia do copo. Fazer o mesmo na outra
extremidade do barbante com outro copo de modo que fique igual a figura 4.

Figura 3: Demonstração de experiência: Telefone com fio.


Fonte: http://respirandofisica.blogspot.com/2011/08/como-funciona-experiencia-do-telefone.html

Com o barbante esticado quando um aluno falar em uma extremidade o outro


ouvirá do outro lado, isso ocorrerá, pois, a propagação do som ocorre quando o fio está
totalmente esticado, acontece porque o som da voz é transformado em vibrações
através do barbante e quando chega na extremidade é novamente transformado em
som, fazendo com que o que foi dito de um lado consiga ser escutado de outro.

6.1.4 – Pente Reflexivo.

Todo mundo praticamente já se questionou do porquê as ambulâncias vem com


os adesivos contrários e nos retrovisores consegue-se ler perfeitamente. Esse
fenômeno é descrito como reflexão, onde a luz encontra um obstáculo e é rebatida.
Ela é definida em duas etapas a incidência onde o raio chega até o espelho e a reflexão
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que é o raio que sai do espelho, os ângulos formados entre a incidência e o espelho e
a reflexão e o espelho devem ser iguais.

Materiais:
-Espelho
-Pente
-Papel
-Lápis

Procedimento metodológico:
Colocar um espelho em uma posição vertical com a mesa, e na frente colocar
o pente com os dentes do pente encostados na mesma superfície. Coloque uma
lanterna que faça com que a sombra produzida pelo pente atinja o espelho fazendo
sombra na superfície, tanto quanto a luz incide no espelho, quanto refletem conforme
na figura 5.
Colocar o papel em baixo para riscar as trajetórias dos raios que refletem, sendo
possível notar que os ângulos de incidência e reflexão são iguais.

Figura 5: Demonstração de experiência: Espelho e pente


Fonte: http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/opt03.htm

6.1.5 – Bexigas carregadas.


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Muitas pessoas já viram, quando mais novas, ou acompanhando alguém no


parquinho, alguma criança descendo no escorrega e quando descendo ficando com os
cabelos arrepiados, esse fenômeno acontece porque ao escorregar gera atrito entre
os corpos, e com isso ocorre troca de elétrons de um corpo para o outro, deixando um
corpo positivo e outro negativo, sabe-se se cargas iguais se repelem então como os
fios de cabelos são finos eles tendem a se repelir, ficando arrepiados.

Materiais:
- 2 bexigas
- Pedaço de linha
- 1 vareta
- Blusa de lã

Procedimento metodológico:
Encha as bexigas e amarre cada extremidade da ponta da linha conforme a
figura 6.

Figura 5: Demonstração de experiência: Bexigas eletrizadas (1)


Fonte: https://www.museulight.com.br/aprenda-brincando/faca-
voce/bexigas-separadas

Com a vareta deixe as duas penduradas de forma com que uma encoste
na outra conforme a figura 7. Esfregue bastante as duas bexigas em uma blusa
de lã conforme a figura 8 e solte-as, pode-se notar conforme a figura 9 que elas
se afastam. Isso acontece pois quando são esfregadas elas ficam com a mesma
carga estática, então tendem a se afastarem uma da outra.
41

Figura 7: Demonstração de experiência: Bexigas eletrizadas (2)


Fonte: https://www.museulight.com.br/aprenda-brincando/faca-voce/bexigas-separadas

Figura 8: Demonstração de experiência: Bexigas eletrizadas (3)


Fonte: https://www.museulight.com.br/aprenda-brincando/faca-voce/bexigas-separadas
42

Figura 9: Demonstração de experiência: Bexigas eletrizadas (4)


Fonte: https://www.museulight.com.br/aprenda-brincando/faca-voce/bexigas-separadas

6.1.6 – Escolhendo experimentos.

É importante perceber como os experimentos selecionados devem


pensar na realidade em que se está, nesse caso por exemplo, é notavel que a
maioria aqui apresentados possuem uma facil utilização, precisando de uma
quantidade de materias pequenas e em maioria de facil obensão, englobando
assim facilmente as materias, e também envolvendo os alunos de forma integral,
para que eles se sintam parte do processo estabelecido na aula (Alves, 2005).
Assim, sempre deve-se entender que os experimentos realizados precisam
conversar com a realidade dos alunos e da escola em questão para que seja
possivel se ter um ambiente bem estruturado, aconchegante, e que instiga os
alunos em uma busca pelo conhecimento, trazendo assim um local ideal para a
aprendizagem, claro que tudo depende da maneira com que esses experimentos
são administrados, e por isso é importante que se tenha uma boa preparação
antes de qualquer uso.

Com isso, é possivel avaliar bem o que cada professor tem a sua
disposição, já que nem sempre é uma realidade possuir uma escola bem
estruturada, e com mecanismos sempre funcionais, então, é importante se
pensar que cada local vai ter recursos diferentes, em muitos momentos o uso de
ferramentas digitais como computadores e similares, pode se mostrar também
um eficaz aliado do aprendizado de uma maneira geral, já que atravez disso é
possivel, aplicar muitos tipos de experiencias visuais diferentes, para demonstrar
e auxiliar o processo do ensino e aprendizado, sempre devemos pensar na
integração dos processoas modernos, que vão surgindo com o tempo (Heck,
2017). É inegavel que hoje a tecnologia faz parte do dia a dia das pessoas, e
consequentemente ela se insere pouco a pouco no contexto educacional.

Peixoto (2020), aborda hoje a tecnologia como uma forma de facilitação,


que pode ser usada como um recurso ludico para se inserir no dia a dia dos
alunos, já que ela proporciona uma facil imersão e de certo modo consegue
43

fornecer de maneira rapida muitos recursos praticos, como jogos educativos,


acesso rapido a informações e elementos que podem influenciar positicamente
o aprendizado. No entanto o seu uso deve ser sabiamente dosado, já que
também existe muito espaço para dispersão nesses casos.
44

Considerações Finais

É notável como um dos maiores desafios enfrentados para tornar o ensino


eficiente, é que seja possível adotar métodos lúdicos como um dos caminhos para o
aprendizado, pois através deles, é possível se conectar com os alunos e assim ter maior
proveito do que está sendo abordado.
No entanto, hoje ainda é incomum que tais métodos sejam realmente
eficientemente aplicados, tal qual é preciso existir uma maior preparação dos
profissionais para que esses sejam capazes de aplicar corretamente métodos lúdicos
na sala de aula, já que isso não se mostra uma tarefa fácil, é algo que requer um preparo
prévio e conhecimento para uma aplicação eficiente.
Mas é possível concluir, que se aplicados corretamente os métodos lúdicos tem
uma importante função no desenvolvimento do aprendizado para crianças e
adolescente, trazendo benefícios, sociais e psicológicos para o seu desenvolvimento a
longo prazo, que pode não só fazer com que eles adquiram prazer em estudar a matéria
proposta, como eles se sintam instigados a entender e buscar conhecimentos por conta
própria.
É necessário que se trabalhe com o aluno protagonista, ou seja, o aluno que está
inserido nas atividades e de fato faz parte do desenvolvimento da aula, ou seja, ele faz
parte do que está vendo, não sendo apenas um observador passivo, mas sim,
desenvolvendo a aula em conjunto com seus colegas e com o professor. O que torna
mais fácil para que o professor consiga se inserir na realidade da turma, e
consequentemente, preparar coisas melhores, que se encaixem correntemente dentro
da vivencia, gostos e peculiaridades dos alunos aos quais ensina.
No entanto é importante que o professor demonstre preparo, tenha em mente
exatamente o que ele quer trabalhar, e saiba conduzir toda a interação, para que o efeito
não seja invertido, e consiga alcançar positivamente os alunos, gerando bons
resultados, uma má aplicação, feita apenas para cumprir tabela, ou sem um preparo
adequado, pode ter efeitos negativos, e por isso é necessário que exista um preparo
dos profissionais, para que eles sejam capacitados a aplicar os métodos ludico-
didaticos, tornando o aprendizado muito mais orgânico.
Concluísse então por meio deste trabalho, que o uso de jogos, experimentos, e
elementos lúdicos no geral, funciona muito bem como uma maneira de gerar conexão
entre os alunos, trazendo diversos benefícios, como melhoria no aprendizado,
45

desenvolvimento de uma maior interação social entre os alunos, e melhorando a


interação e proximidade entre o professor e os estudantes, tornando o processo de
ensino mais orgânico.
Principalmente para os alunos do ensino fundamental, pois é nessa fase em que
os alunos estão desenvolvendo seus gostos, e hábitos, adicionando novas coisas ao
seu cotidiano e consequentemente, também é nesse ponto em que surge aversão a
muitas coisas, não quer dizer que após essa fase eles não sejam capazes de mudar
seus gostos, e aprender novos hábitos, mas é mais difícil conseguir mudar a perspectiva
de alguém que já não goste da matéria.
Com isso, denota-se a importância de trabalhar com os alunos nessa fase, e
demonstrar que o aprendizado de física, pode ser divertido, e assim, fazer com que o
aprendizado se torne saudável, e efetivo de fato, gerando um ambiente escolar positivo,
e consequentemente mais propenso ao aprendizado, sendo papel do professor criar
esse cenário através da experiencia ludico-didatica, usando as ferramentas que tem a
sua disposição de forma eficiente, para que futuramente os alunos tenham mais
facilidade com a matéria, e sejam familiarizados com os assuntos de forma positiva..
46

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