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Nova Friburgo
Abril 2023
A IMPORTÂNCIA DE UTILIZAR MÉTODOS DIDÁTICOS PARA UM MELHOR
ENSINO-APRENDIZADO EM FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Nova Friburgo
Abril 2023
A IMPORTÂNCIA DE UTILIZAR MÉTODOS DIDÁTICOS PARA UM MELHOR
ENSINO-APRENDIZADO EM FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Banca Examinadora:
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Professor Dr. Roberto Câmara Zarco (CEFET/RJ) (orientador)
Nova Friburgo
Abril 2023
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do CEFET/RJ
DÉDICATORIA
A educação evoluiu muito ao longo do tempo e é notável que um dos tópicos mais
comuns abordados, é como tornar a educação mais atrativa para os alunos, já que é
notável que muitas matérias são vistas como desinteressantes, por parte dos discentes,
e muitas vezes esse pensamento afeta o aprendizado. Dessa forma é possível perceber
que muito disso é por conta da maneira como em muitos lugares a física ainda é
repassada, sendo que no ensino é comum que ela seja abordada apenas de forma
teórica, mesmo que muitos estudos estejam buscando novas maneiras de se
desenvolver o processo de ensino e aprendizado, a aplicação desses conceitos ainda
está aos poucos sendo introduzida as escolas ao longo dos anos. Dessa forma o
trabalho tem o objetivo de reforçar a importância do uso de métodos lúdicos, como
experimentos para o aprendizado de física, e como isso pode melhorar o desempenho
dos alunos.
Education has evolved a lot over time and it is notable that one of the most common
topics addressed is how to make education more attractive to students, since it is notable
that many subjects are seen as uninteresting by students, and often this thinking affects
learning. In this way, it is possible to perceive that much of this is due to the way in which
physics is still passed on in many places, and in teaching it is common for it to be
approached only theoretically, even though many studies are looking for new ways to
develop the teaching and learning process, the application of these concepts is still
slowly being introduced to schools over the years. In this way, the work aims to reinforce
the importance of using playful methods, such as experiments for learning physics, and
how this can improve student performance.
Introdução
É sobre essa visão que este trabalho visa investigar a importância dos métodos
lúdicos, e experimentos, para o aprendizado do aluno, analisando seus benefícios,
desafios, assim também como a sua forma de aplicação, e desse modo, propor
algumas maneiras de se trabalhar com experimentos nas escolas, para tornar o
aprendizado o melhor possível e consequentemente melhorar a capacidade do aluno.
Por meio deste trabalho, também analisar como esses métodos podem
influenciar no desenvolvimento do fator social, tanto entre os próprios alunos,
incentivando o trabalho em grupo, como na relação entre discente e docente.
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1- Referencial Teórico
pedir que descrevam a equação que relaciona a variação de sua posição no tempo e
é justamente esses fatos que a Física estuda, é ela que explica quantitativamente os
fenômenos observados. É necessário que o educador consiga fazer com que a teoria
seja entendida com fenômenos observáveis.
Existe em muitas instituições uma pressão, que cai sobre os docentes, que se
faz na ideia de apenas repassar os conteúdos propostos, de forma a trabalhar tudo
que é proposto pelos cronogramas, se importando mais com a quantidade que foi
trabalhada, do que com a qualidade do aprendizado, enquanto que a parte mais
essencial da ciência que são as explicações dos fenômenos ocorridos ficam omitidas
(Salgueiro, 2018). Quando o questionamento metafísico, a integração da física com a
natureza e a paixão pela descoberta estão interligados e integrados em sala de aula a
ciência passa a ser mais profunda deixando de ser apenas aplicações de métodos
científicos.
Segundo Borges (2005), mesmo sem os alunos tiverem tido contato com a
física, ela permite que eles despertem formas de pesquisas e de questionamentos
científicos. Borges também conta quando estudava, disse a sua professora que nem
todos precisam estudar física, e ela respondeu com argumentos:
[...] na ocasião que todos deveriam aprender física, pois, vivenciamos
fenômenos físicos cotidianamente em todas as nossas atividades e que, para
compreendermos o mundo, precisamos estudar física. Além disso, vivemos em mundo
com um ritmo desenfreado de transformações, quase todas elas ligadas ou
desencadeadas pelo desenvolvimento tecnológico. (BORGES, 2005, p. 05).
essa vivência se torna pouco prazerosa, tornando até uma frustação que o aluno acaba
carregando para o resto da vida.
Nas escolas públicas esse ensino é ainda mais precário, pois não há
laboratórios, os professores são extremamente desvalorizados, não há recursos
tecnológicos, salas inadequadas e baixa remuneração dos professores o que fazem
os alunos se desinteressarem ainda mais para se tornarem profissionais de magistério.
(GATTI, 2009) (TARTUCE; NUNES; ALMEIDA, 2010) além dos professores na maioria
das vezes não receberem apoio das autoridades dentro do colégio, evidenciando um
desprestigio político-institucional. (SBF, 1970, p. 14).
De acordo com o relatório da SBF (1970) podemos concluir que o esforço que
os professores fazem para ensinar em relação ao resultado é muito baixo, as aulas
para os alunos são consideradas desinteressantes, o número de informações fornecido
é muito grande de tal forma que é impossível que os alunos abstraem total quantidade
de conhecimento, os professores na maioria das vezes não trazem situações do
cotidianos fazendo com que o ensino se torne livresco e acadêmico, a disciplina é
severa, sendo desagradável para o professor e para o aluno, as avaliações são feitas
visando apenas o conhecimento, que na maioria das vezes é baixo.
Muitas vezes é possível se observar que existe uma falta de observação que
aborde as maneiras com as quais o aprendizado pode funcionar, os métodos
avaliativos como descritos, muitas vezes abordam uma única forma de construir
conhecimento e não são muitas vezes capazes de medir e compreender os tipos de
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inteligência apresentados pelos alunos (Silva, 2019). Esse tipo de abordagem também
se mostra problemática, pelo fato de que é necessário tentar avaliar os alunos de
maneira diferentes, mas supervalorização das notas muitas vezes gera um
desinteresse pelo aprendizado efetivo, causando por si, um interesse muito mais voltar
em apenas conseguir “passar de ano”.
Goi (2019), aborda que hoje, deve-se ter um tratamento cuidadoso quando
falamos da formação de professores de ciências, onde hoje, é preciso cada vez mais
trabalhar para que se tenham professores preparados, que compreendam a
importância do uso de métodos lúdicos aplicados para tornar o ensino e aprendizado
de ciências cada vez mais eficiente com o passar do tempo, de forma a que possamos
aos poucos ver uma melhoria na educação aplicada, principalmente na transição do
ensino fundamental para o médio.
Menegoto (2008), aborda que muitos alunos possuem uma visão negativa da
disciplina de física, em geral isso está relacionado a uma falta de interesse relacionada
aos assuntos abordados, onde muitos não enxergam a utilidade, e relação dela com
seu cotidiano, é possível no entanto observar que parte disso vem da forma como a
física é ensinada, geralmente focando em aulas teóricas, com experimentação e
aplicação ausente, ou com aplicações pouco usadas, isso muitas vezes gera um
descontentamento do aluno que encara a matéria como muitos questionários, cálculos,
e pouca compreensão de como ela funciona, ou mesmo para que serve, algo que
muitas vezes desmotiva os alunos a entenderem e sentirem vontade de estudar a
matéria.
Franco (2018), aborda como o ensino de física ainda precisa de mais aplicação
pratica dos métodos desenvolvidos através das pesquisas realizadas, comentando
como é importante que a física passe a evoluir como matéria e sua forma de ensinar ela
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2- Ensino Fundamental
aproxima da transição.
O ensino fundamental e médio devem sempre ser visto como partes separadas
de um todo, e não individualmente como duas frações indistintas, o conhecimento deve
ser construído de maneira continua, e dessa maneira, também deve ser durante o
ensino fundamental ao longo dos anos, já que esse acompanha o crescimento e
desenvolvimento do aluno, que precisa se sentir realmente instigado naquele
ambiente, já que grande parte de sua base, costumes, e capacidades pode ser
explorada e desenvolvida nessa fase de sua escolaridade (Fernandes, 2018). Por
conta disso, é possível dizer que é necessário sempre pensar como duas coisas
complementares, que devem estabelecer conhecimentos e trabalhar entre si, para que
se tenha um real funcionamento eficiente para os alunos, aprenderem de verdade os
assuntos e como melhorar suas próprias habilidades, fazendo com que elas construam
um auto conhecimentos.
Na fase do Ensino Fundamental, os alunos também desenvolvem parte de suas
habilidades sociais, criam ligação com as pessoas, e é nesse momento em que eles
podem ter o maior desenvolvimento do pensamento crítico, que deve ser trabalhado e
construído, para que o aluno seja capaz de entender e discernir o que está lendo por
conta própria (Genovese, 2019), e é através desse que se pode trazer uma boa
bagagem cultural e social, desde sua base. Assim como desenvolver seu
conhecimento e habilidades psicológicas como um todo, um bom trabalho nessa
época, pode fazer com que o aluno tenha uma boa auto percepção, conheça seus
limites, e saiba analisar o que lê, ouve ou assiste, assim não apenas absorvendo
informações, mas sabendo como desenvolver seus pensamentos em torno disso.
Ainda além disso é importante entender como se instigar, a motivação pra ler,
aprender, entender e o desenvolvimento de um pensamento crítico é um processo
longo, assim como adquirir o habito de ler, estudar, e sentir a vontade de ir atrás de
novos assuntos, novas ideias, onde fazer com que o aluno se sinta motivado é um fator
determinante para o funcionamento de qualquer processo de ensino aprendizado
(Ferraz, 2019). Sendo assim, é notável que a motivação é um fator decisivo para que
possamos avaliar e encaixar o processo de ensino e aprendizado como um todo. É
necessário ter uma observação ativa, e compreender as necessidades e modos de
trabalhar com cada aluno, principalmente quando pensamos em uma fase tão sensível
a mudanças.
Para Camargo (2019), a motivação do professor e do aluno é um fator importante
do desenvolvimento e construção do conhecimento, sendo através dela em que se deve
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de física no ensino fundamental, levando isso em conta e também o dia a dia dos
alunos em meio a sociedade é possível que a física seja ensinada com
contextualizações e também através de experimentações. Sendo o primeiro contato
dos alunos com o mundo cientifico, ensinar da maneira em que desperte maior
interesse dos estudantes deixando- os curiosos, fazendo com que lidem diretamente
com os experimentos, observando os acontecimentos e a obtenção dos dados.
E como é o primeiro contato com a física, é importante que seja de maneira
diferente de como é feita hoje nas escolas (Monteiro, 2021), saindo da forma mais
tradicional nas escolas, onde o professor fica apenas fazendo anotações no quadro e
os estudantes apenas fazendo anotações e ouvindo, aulas cheias de contas e fórmulas
matemáticas para a forma experimental, onde o aluno lida diretamente com os
problemas e consegue entendem de uma forma bem melhor. A razão disso é que
muitos alunos sentem dificuldade de se conectar com a matéria, quando se veem
presos apenas a parte teórica, o que muitas vezes gera descontentamento ou
aborrecimento ao assistir as aulas.
Moreira (2018), aborda o fato de que muito ainda precisa ser feito para que o
ensino de física no ensino fundamental torne-se instigante, apesar das muitas
pesquisas sobre o assunto, a aplicação delas seja por limitações estruturais, ou
meramente pelo cronograma tradicionalista abordado em muitas escolas, ainda é
preciso mais espaço para elementos didáticos e lúdicos dentro do ensino. Afinal o uso
da experimentação é importante para melhorar o aprendizado.
Ricardo (2010), levanta o questionamento, de se realmente todos os alunos ali
presentes em sala de aula, são capazes de desenvolver o aprendizado sobre todos os
conteúdos que são ensinados, e a resposta, é que sim, mas é necessário pensar em
como exatamente se chegar em cada aluno, seu desenvolvimento pessoa, é diferente,
e dessa forma cada um vai possuir uma forma diferente de aprender. Quando pensamos
no ensino fundamental essas particularidades são ainda maiores, já que todos os
discentes ali presentes estão em uma fase de desenvolvimento, e nesse momento é
preciso se trabalhar continuamente a construção de conteúdo ao longo dos anos do
ensino médio, se criando uma bagagem de aprendizado que o aluno possa levar
consigo por algum tempo.
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brincadeiras novas, ideias diferentes, também são importantes, para que o interesse
seja mantido, no entanto é valido dizer que todo o processo de aprendizado com
experimentos deve ser cuidadoso, realizado sempre didaticamente, pensando nos
melhores resultados para o aprendizado.
Neto (2018), aborda o fato de que o uso de experimentos para o ensino de
física, constitui em um dos melhores métodos de ensino aplicados para a matéria.
Demonstrando em sua pesquisa que os experimentos tem um impacto positivo
significativo para o aprendizado da matéria, através deles os alunos conseguem
compreender conhecimento cientifico, de forma rápida, e significativa, compreendendo
a verdadeira importância daquela matéria, onde e como ela é aplicada, o que
exatamente ela muda em suas vidas, e dessa forma, podem sentir uma relação
agradável com a matéria.
De Sousa (2020) traz a luz que usar jogos lúdicos nos anos iniciais para o
aprendizado de ciências, é de grande importância, pois nessa época, os alunos ainda
estão em uma fase de experimentação, estão descobrindo o que gostam e o que não
gostam, como e por que querem ou não fazer alguma coisa. Então a aplicação de
jogos, experimentos e atividades de categoria lúdica, levanta pra nós de uma forma
geral, que é possível integrar conhecimento desde cedo, desde que seja feito da forma
correta, alguns pequenos jogos podem ser instigadores, assim como a produção de
pequenos experimentos simples, levando sempre em consideração a idade dos alunos
em questão.
O uso dessas ferramentas, ajuda a prender a atenção dos alunos que
conseguem por sua vez tirar muito mais proveito do conteúdo, principalmente os
alunos do ensino fundamental, costumeiramente, tendem a buscar mais informação
através das brincadeiras, das ideias apresentadas, e com isso, construir uma
informação bem estruturada na sua mente (De Paula Dornel, 2022). É importante frisar
que sempre que mostramos um experimento, estamos fazendo com que a pessoa
consiga vislumbrar bem o que foi explicado já que normalmente quando se para na
explicação teórica apenas, o aluno pode apenas imaginar ou ter uma ideia vaga do
funcionamento, mas partir de uma observação ativa, e participação na produção, o
aluno consegue construir em sua mente o real funcionamento daquela atividade.
Até mesmo quando pensamos em ensino remoto, em uma época como a
pandemia, é possível destacar que os elementos lúdicos são importantes pra aumentar
a capacidade de aprendizado dos alunos (Gonçalves, 2021). Pois através disso é
possível diminuir a dispersão de informação que acontece por conta das limitações de
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se estar por traz de uma tela, recuperando parte da interatividade professor aluno,
devendo sempre se pensar na formação do aluno protagonista, que faz parte das aulas
e atua durante elas como um agente ativo.
(a) Disponibilizando mais tempo para que a atividade seja realizada com
calma possibilitando que os alunos se envolvam mais;
(b) Dar maior ajuda quando apenas estiverem com grandes dificuldades,
auxiliando de forma com quem pensem mais;
(c) Dar mais independência aos alunos, fazendo com que eles se ajudem
entre eles, trocando ideias em grupo;
(d) Deixar com que os alunos falem e exponham suas ideias sem interrompe-
los, deixar que falem e expressem seus pensamentos, entre outros.
É importante que o professor deixe claro desde o início o que vai ser realizado,
para que fique mais fácil os alunos se envolverem e não acabarem tornando a aula
confusa. É importante deixar o objetivo claro para que o aprendizado seja bem
sucedido, pois se os alunos não souberem ou se não entenderem do que se trata eles
não se envolverão nas atividades.
Admiral (2021), demonstra que para a participação da turma é importante
delimitar corretamente como o trabalho vai acontecer, para que eles consigam entender
e se adaptar a tudo que é proposto, se o trabalho for em grupo, é interessante que se
dívida o número de integrantes pensando sempre em quantos membros precisam
ativamente ter uma função, é sempre necessário que todos os membros exerçam
alguma importância no desenvolvimento do trabalho
Neto (2019), relembra que uma das partes mais importantes quando falamos
de elementos lúdicos é entendermos sua aplicação. O professor deve estar sempre
com a mente bem focada na realização do trabalho, administrando para que o
aprendizado aconteça de forma coerente, e também, deve envolver-se nos
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experimentos, ajudando, e trabalhando junto doas alunos, mas sempre deixando que
eles interajam entre si, para que o trabalho em grupo aconteça entre eles, tornando
assim toda a experiencia dinâmica, sem perder o foco no aprendizado, algo que se
bem executado, tanto pode melhorar as relações interpessoais dos alunos, como o
ambiente daquela classe como um todo.
Gutiérrez-Araujo (2020), entende que existe uma diferença muito grande entre a
teoria e pratica, em função de que as teorias precisam de experiencia para serem
devidamente aplicadas, então muitas vezes, os profissionais, possuem receio em
aplicar metodologias lúdicas, seja por algum resultado prévio passado, ou por
simplesmente não se sentir preparado, de fato hoje, ainda se vê grande importância em
treinar-se profissionais para que possuam conhecimento e confiança para aplicar esse
tipo de estratégia de ensino
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Os desafios para realizar atividades com experimentos não são muito diferentes
dos desafios que podemos encontrar para realização de aulas expositivas tradicionais.
A única diferença é que uma aula experimental irá exigir mais preparação do professor
e mais dedicação, para que o que seja experimentado tenha relação com os conteúdos
a serem apresentados em sala de aula.
Costa (2019), traz a luz o fato de que um dos problemas ao se preparar aulas
experimentais, é que elas requerem um maior esforço por parte do educador, tanto na
atenção que ele tem de manter, quanto com as preparações previas, mas além disso,
é notável o fato de que é preciso se ter um cuidado com a seleção de temas, e com o
contexto dos locais em que se está tentando sempre se inserir no ambiente em que os
alunos trabalham.
Ferreira (2019), descreve a importância de se observar a realidade em que a
escola a qual está se dando aula esteja inserida, esse fato advém por que, nem sempre,
existem materiais disponíveis, e nesse caso, existem soluções baratas, que podem ser
conseguidas através da escola, ou de forma fácil, o que podem ser boas maneiras de
contornar ambientes que possuam pouca estrutura oferecida para os professores e
alunos.
tempo tanto de preparo quanto de realização do que uma aula expositiva tradicional, e
além disso, deve-se avaliar se todos os materiais estão disponíveis, e quanto será
necessário para sua realização (Colombo, 2019). Dessa forma, é importante que ele
previamente reserve os ambientes, e faça checagem de tudo que vai precisar, tanto
quando preparar o seu plano de aula quanto quando estiver próximo da realização do
experimento, para evitar que faltem materiais ou espaço disponível.
De Sousa (2021), reforça a ideia de que o tempo de preparação muitas vezes
pode ser uma das dificuldades quando se pensa em produzir aulas práticas, a ideia do
uso de métodos lúdicos requer preparação dos professores, e por conta disso, é
importante que esses aprendam mais isso em sua formação acadêmica, já que ao terem
um contato maior de forma previa com os métodos utilizados pode-se dizer que se torna
mais fácil preparar e aplicar os experimentos. De preferência deve-se ter uma
preparação que parte desde o começo do ano letivo, trabalhando uma ideia do que quer
abordar em cada aula, e assim já possuir um roteiro prévio, que possa ser adaptado a
realidade dos alunos no momento.
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6- Proposta Metodológica
copo:
Matérias:
- Um copo
- Um pedaço de papelão
- Uma moeda
Montagem:
Coloque o pedaço de papelão por cima do copo de maneira em que tape a boca
do copo e a moeda por cima, no centro do papelão. Conforme mostra na figura 1.
Procedimento metodológico:
Com o experimento montado em cima da mesa, bata no papelão de modo em
que ele se desloque para as laterais, poderá ser notado que a moeda não se move
junto com o papelão e cai dentro do copo. Fazendo a relação do experimento com o
exemplo citado do ônibus, quando o motorista acelera o veículo, assim como a moeda
tendeu a continuar parada, os passageiros também tendem a continuar parados por
isso a sensação de serem impulsionados para trás. Com mais tempo de aula, pode ser
mostrado para os alunos também, que se não fosse a força de atrito, o papelão também
continuaria em movimento. Aproveitar também para falar sobre a existência da força
magnética e gravitacional e explicar um pouco sobre elas.
Dando um pouco mais de continuidade no assunto de mecânica e também no
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exemplo de ônibus, pode ser entrado no assunto de referencial para se tratar do que
está em repouso ou o que está em movimento. O professor pode questionar os alunos
de quem está em movimento em ralação ao ponto de ônibus e quem está em movimento
em relação a todos que estão dentro do ônibus.
Materiais:
- 1 bacia com água gelada
- 1 bacia com água morna
- 1 bacia com água quente
Procedimento metodológico:
Faça com que os alunos, um de cada vez, coloquem uma mão na bacia na água
quente e uma na água gelada, e em seguida as duas na bacia morna, conforme as
figuras 2 e 3. Ao serem questionados quais as sensações que sentem dirão que a água
morna parecerá mais fria ao colocar a mão que estava na água quente, e a que estava
na água fria parecerá mais quente. Isso mostra que a primeira perderá calor e a segunda
receberá calor. Ambas as mãos estarão igualando as temperaturas, ou seja, em busca
do equilíbrio térmico.
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Materiais:
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- Copos descartáveis
- Barbante
- Lapiseira
- Agulha de costura
Procedimento metodológico:
Fazer um pequeno furo no fundo do copo com o auxílio da agulha, em seguida
passar o barbante e dar um nó para que ele não saia do copo. Fazer o mesmo na outra
extremidade do barbante com outro copo de modo que fique igual a figura 4.
que é o raio que sai do espelho, os ângulos formados entre a incidência e o espelho e
a reflexão e o espelho devem ser iguais.
Materiais:
-Espelho
-Pente
-Papel
-Lápis
Procedimento metodológico:
Colocar um espelho em uma posição vertical com a mesa, e na frente colocar
o pente com os dentes do pente encostados na mesma superfície. Coloque uma
lanterna que faça com que a sombra produzida pelo pente atinja o espelho fazendo
sombra na superfície, tanto quanto a luz incide no espelho, quanto refletem conforme
na figura 5.
Colocar o papel em baixo para riscar as trajetórias dos raios que refletem, sendo
possível notar que os ângulos de incidência e reflexão são iguais.
Materiais:
- 2 bexigas
- Pedaço de linha
- 1 vareta
- Blusa de lã
Procedimento metodológico:
Encha as bexigas e amarre cada extremidade da ponta da linha conforme a
figura 6.
Com a vareta deixe as duas penduradas de forma com que uma encoste
na outra conforme a figura 7. Esfregue bastante as duas bexigas em uma blusa
de lã conforme a figura 8 e solte-as, pode-se notar conforme a figura 9 que elas
se afastam. Isso acontece pois quando são esfregadas elas ficam com a mesma
carga estática, então tendem a se afastarem uma da outra.
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Com isso, é possivel avaliar bem o que cada professor tem a sua
disposição, já que nem sempre é uma realidade possuir uma escola bem
estruturada, e com mecanismos sempre funcionais, então, é importante se
pensar que cada local vai ter recursos diferentes, em muitos momentos o uso de
ferramentas digitais como computadores e similares, pode se mostrar também
um eficaz aliado do aprendizado de uma maneira geral, já que atravez disso é
possivel, aplicar muitos tipos de experiencias visuais diferentes, para demonstrar
e auxiliar o processo do ensino e aprendizado, sempre devemos pensar na
integração dos processoas modernos, que vão surgindo com o tempo (Heck,
2017). É inegavel que hoje a tecnologia faz parte do dia a dia das pessoas, e
consequentemente ela se insere pouco a pouco no contexto educacional.
Considerações Finais
Referências
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teórico-metodológico da resolução de problemas na formação de professores de
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PENA, F.L.A. Por que, apesar do grande avanço da pesquisa acadêmica sobre ensino
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SILVA JÚNIOR, Arestides Pereira da; OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli de.
Estágio curricular supervisionado na formação de professores de educação física no
Brasil: uma revisão sistemática. Movimento, v. 24, p. 79-92, 2022.