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TREINAMENTO FUNCIONAL
AVALIAÇÃO DE RESISTÊNCIA ABDOMINAL
Existem vários estudos que apresentam diferentes tipos de metodologias de treinamento, que
podem acarretar em melhorias significativas em seu público praticante, em diversos aspectos.
Dentre todos os distintos métodos de treino, há o treinamento funcional (TF), que pode trazer
benefícios para saúde das pessoas que o praticam, podendo melhorar alguns aspectos
emocionais, sociais, cognitivos, motores e até espirituais, gerando melhoras no
condicionamento físico, na força, na autoestima, na socialização e sobre a capacidade
intelectual, visando uma melhor qualidade de vida e minimizando a prevalência dos
indivíduos sedentários. O presente estudo avaliou a resistência de força abdominal em
mulheres que praticam o TF, pertencentes ao programa “Emagrecendo com Saúde”, no
Instituto Adventista de São Paulo, na cidade de Hortolândia (SP). Para realizar o estudo foram
aplicados testes físicos, utilizando colchonetes de ginástica e cronômetro. O teste consistiu em
realizar o número máximo de flexões do tronco em 1 minuto. O teste foi realizado nas
dependências da instituição, onde os indivíduos avaliados foram apenas mulheres com a faixa
etária de 20 a 50 anos. O projeto foi composto por 12 mulheres ativas, com idades de
38,58±8,80 anos. O avaliador realizou a contagem em voz alta. O aluno teve que realizar o
maior número de repetições completas em 1 minuto. Os valores foram anotados e passados
para o programa Excel ® versão 2010, para posteriormente ser realizada a análise estatística.
Os valores coletados foram comparados com os valores obtidos por Pollock e Wilmore
(1993), verificando o nível de aptidão física, mais precisamente, o nível de resistência de
força abdominal das participantes do projeto. O grupo avaliado atingiu o número de
24,75±8,44 repetições, indicando estar acima da média em comparação aos dados obtidos
pelos autores e utilizados como parâmetro de avaliação da resistência de força abdominal,
onde a média são 23 repetições em um minuto. Conclui-se que as participantes do grupo
obtiveram valores acima da média, em comparação com os valores utilizados como padrão de
análise da aptidão física, especificamente falando, da resistência de força abdominal, embora
não se saiba quais as melhorias no desempenho físico que são induzidas pelo TF dentro de um
tempo determinado, já que os avaliadores não verificaram se o treinamento funcional era
realizado exclusivamente pelas praticantes, além de não haver sido analisado o nível de
treinamento das praticantes anteriormente a prática do TF. Deverão ser realizados novos
estudos para verificar as reais mudanças obtidas através da prática do TF.
Palavras-chave: Aptidão física; Resistência Abdominal; Mulheres; Treinamento Funcional.
Existem diversos estudos que apresentam uma vasta gama de diferentes tipos de
treinamentos, que trazem vários benefícios para seus praticantes. Dentre todos esses métodos
de treinos, há o treinamento funcional que pode trazer diversos benefícios para saúde das
pessoas, podendo melhorar algumas capacidades emocionais, sociais e reduções de
incapacidades físicas assim melhorando o condicionamento físico, resistência e força assim
visando uma melhor qualidade de vida e minimizando os indivíduos do sedentarismo.
INTRODUÇÃO
Existe uma vasta gama de pesquisas feitas que analisam os efeitos e as mudanças
proporcionadas pelo aumento ou diminuição da resistência de força. Logo a seguir são citadas
algumas dessas pesquisas, mais especificamente, cinco estudos, que mostram uma análise das
mudanças causadas pelo aumento da resistência de força, pesquisas que verificaram por meio
de testes, a aptidão funcional de indivíduos que utilizaram como metodologia o treino de
resistência de força. Todas essas pesquisas tiveram como público alvo experimental,
mulheres, com exceção de dois estudos, que avaliaram a resistência de força em ambos os
sexos.
Em outro estudo de Gobbi et al. (2003, p. 77), eles verificaram os valores normativos
de aptidão funcional em mulheres de 60 a 70 anos. A amostra foi de 94 mulheres, com 64,9 ±
3,2 anos de idade, aparentemente saudáveis que realizavam atividades físicas regulares há
pelo menos seis meses, três vezes por semana e com duração de 60 minutos cada sessão,
residentes na cidade de Rio Claro/SP. Este estudo utilizou a mesma metodologia citada acima
eem sua avaliação da resistência de força. utilizou halteres de 1,814 kg. O objetivo do estudo
foi criar valores normativos para a população de 60 a 70 anos, que até o momento em que foi
realizado o teste, não existiam. A média encontrada para o teste de resistência de força foi 29
± 6 repetições e com isso foi criada uma base e estipulados os valores normativos pra idade de
60 a 70 anos, que o mínimo de repetições a serem realizadas é de 10 e o máximo é de 43
repetições.
Na mesma linha de estudo, porém com um público alvo diferente, Bergmann et al.
(2005, p. 55) verificaram a alteração anual no crescimento e na aptidão física relacionada à
saúde de escolares. A amostra era de 61 estudantes de ambos os sexos (31 meninos e 30
meninas), selecionados de forma não aleatória voluntária, que realizaram o teste por dois anos
consecutivos, dessa forma, no primeiro ano as crianças tinham 10 anos, no segundo tinham 11
anos, respectivamente. O objetivo deste estudo era reunir informações sobre crescimento e
aptidão física, bem como suas alterações no período de um ano e compará-las com os critérios
de saúde. No teste de resistência de força localizada (abdominal), que consiste na realização
do maior número de flexões do tronco em decúbito dorsal durante o tempo de um minuto, as
meninas com 10 anos de idade e uma média de 146,8±7,15 cm de altura e 38,4±7,63 kg, de
massa corporal, tiveram uma média de 21,3±6,28 repetições e, novamente realizando esse
mesmo teste no ano seguinte, as meninas agora com 11 anos de idade, atingiram uma média
de 154,2±7,99 cm e 42,2±7,33 kg, respectivamente, e realizaram 26,3±6,52 repetições, sendo
44,4% o número de meninas de 10 anos e 66,7% o número das meninas com 11 anos,
respectivamente. Esses valores indicam que a maior parte da turma está abaixo dos padrões
considerados saudáveis de aptidão física.
Mantendo a mesma linha de estudo, Lustosa et al. (2010, p.153) analisaram os efeitos
de um programa de treinamento funcional no equilíbrio postural de idosas da comunidade. A
amostra foi de sete mulheres com idade de 71±8,1 anos, de Belo Horizonte, sedentárias, cujos
nomes estavam na lista de espera para atendimento fisioterápico. As sessões de treinamento
foram realizadas com a frequência de três vezes na semana, com o tempo de 50 minutos por
sessão, durante oito semanas, totalizando 24 sessões. As variáveis avaliadas foram: o
equilíbrio estático unipodálico e o índice de Lawton, que consiste na avaliação funcional de
desempenho em atividades instrumentais da vida diária (AIVD), sendo verificados os
seguintes parâmetros: sentar e levantar; caminhada; equilíbrio; e, por fim, coordenação.
Foram feitas avaliações pré-treinamento e pós-treinamento, que consistiam na análise de
equilíbrio unipodálico, com as mãos na cintura, durante o maior tempo possível, sendo
realizado com ambos os membros inferiores (membro inferior esquerdo = MIE e membro
inferior direito = MID) e a pontuação de 0 a 30 no índice de Lawton. O resultado final, depois
de 8 semanas de sessões de treinamento funcional, foi de 5,9±3,3 segundos com os MID,
antes do programa, e 7,1±4,1 segundos, depois do programa de treinamento funcional. O
apoio com os MIE, também antes e depois do programa de treinamento, trouxeram mudanças,
de 4,6±2,8 segundos antes das 8 semanas de sessões de treino funcional, para 5,7±4,3
segundos, após o término das sessões de treinamento. Já no índice de Lawton, os resultados
passaram de 27,3±2,6 antes, para 29,0±0,8 depois de dois meses realizando o treino funcional
específico, concluindo-se então que houve uma melhora significativa na qualidade de vida, no
desempenho das AIVD e no equilíbrio postural da população que realizou o treinamento
funcional, corroborando os resultados do teste de Leal et al (2009).
METODOLOGIA
Este estudo foi realizado com 12 mulheres, com idades de 38,58± 8,80, do programa
“Emagrecendo com Saúde”, no Instituto Adventista de São Paulo/Hortolândia/SP, onde foi
verificado o nível de capacidade de resistência de força, dos músculos abdominais. As
participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, com as
informações sobre a pesquisa. Após a ciência do aluno, foi realizado o teste. Foram utilizados
colchonetes de ginástica e cronômetro. O teste consistiu em realizar o número máximo de
flexões do tronco em 1 minuto. O teste foi realizado nas dependências da instituição. A
avaliada posicionou-se em decúbito dorsal sobre o colchonete, com os joelhos flexionados aos
90 graus e com os braços cruzados sobre o tórax. O avaliador fixou os pés do estudante ao
solo. Ao sinal, o aluno iniciou os movimentos de flexão do tronco até tocar com os cotovelos
nas coxas, retornando a posição inicial (não foi necessário tocar com a cabeça no colchonete a
cada execução). O avaliador realizou a contagem em voz alta. O aluno teve que realizar o
maior número de repetições completas em 1 minuto. Os valores foram anotados e passados
para o programa Excel, versão 2010, para posteriormente ser realizada a análise estatística.
RESULTADOSS
Os dados da tabela I são referentes aos dados obtidos por Pollock e Wilmore (1993),
que são indicativos de um desempenho fraco até uma performance excelente no teste de
avaliação abdominal, no qual se entende que o indivíduo está bem ou mal
condicionado.Descrever a tabela antes e
Tabela I
Acima da
Idade Excelente Média Abaixo da Média Fraco
Média
15 – 19 42 36 a 41 32 a 35 27 a 31 -26
20 – 29 36 31 a 35 25 a 30 21 a 24 -20
30 – 39 29 24 a 28 20 a 23 15 a 19 -14
40 – 49 25 20 a 24 15 a 19 07 a 14 -6
50 – 59 19 12 a 18 05 a 11 03 a 04 -2
60 – 69 16 12 a 15 04 a 11 02 a 03 -1
Fonte: Pollock, M. L. & Wilmore J. H., 1993 (a tabela é original dos autores ou foi modificada? Se sim,
precise colocar que foi adaptada)
Tabela II
De acordo com os dados da tabela II, em comparação com a tabela I (tabela nacional de
avaliação da resistência abdominal), o resultado da avaliação mostra que o número de
repetições foi acima da média, indicando que as mulheres que praticam o treinamento
funcional, possuem um bom nível de resistência abdominal.
DISCUSSÃO
Portanto, podemos afirmar que o perfil das mulheres do programa emagreça com saúde, está
dentro do padrão desejado.
REFERÊNCIAS