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A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL BRASILEIRO

Na obra Utopia, do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na
qual o corpo social se ausenta de conflitos e problemas. No entanto, a realidade
contemporânea é díspar à que o autor prega, tendo em vista que a preservação do patrimônio
histórico cultural brasileiro se encontra fragilizado. Desse modo, é essencial analisar os
principais propulsores desse contexto hostil: a negligência governamental e a passividade
social.

Diante desse contexto, é lícito retomar o aspecto supracitado quanto ao descaso


governamental. De acordo com o teórico político Thomas Hobbes, o Estado é responsável por
garantir o bem-estar da sociedade. As autoridades governamentais, todavia, vão de encontro
com a ideia de Hobbes, uma vez que possuem um papel inerte em relação a preservação do
patrimônio cultural e, por consequência disso, devido às falhas na fiscalização legislativa – a
exemplo da Lei Rouanet - e proteção de objetos culturais, os monumentos históricos ainda
estão sendo tratados com descaso e sujeitos à vandalismos. Logo, fica claro como a
inoperância do governo colabora na fragilização do patrimônio brasileiro.

Ademais, é importante ressaltar a imobilidade social como promotora do problema.


Nesse sentido, o sociólogo Georg Simmel, delineia o conceito de “Indivíduo Blasé”, o qual se
configura como um indivíduo indiferente às mazelas ao seu redor. Consoante a esse
pensamento, percebe-se que falta de conservação patrimonial encontra um forte alicerce na
estagnação social. Essa situação ocorre, porque, a sociedade não se movimenta em prol da
erradicação dessa problemática, pelo contrário, ela adquire uma posição individualista por não
reconhecer importância da preservação da cultura na construção de uma memória e
identidade de um povo. Dessa forma, nota-se como o descaso da sociedade contribui no
impasse em questão.

Nota-se, portanto, a necessidade de sanar a questão da preservação do patrimônio


histórico cultural no contexto brasileiro. Para tal, é intrínseco que o Estado – principal
promotor da harmonia social – elabore um plano de ação que proporcione a efetividade
legislativa, mediante a fiscalização de leis por parte do Poder Legislativo, a fim de proteger,
fiscalizar, restaurar e preservar monumentos históricos culturais. Em paralelo, cabe, ainda, o
apoio da mídia televisiva - comunicadora de massas – na informação civil acerca da relevância
de se mobilizar em prol desse cenário. Por fim, com essas medidas, será possível alcançar a
Utopia de More.

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