O documento discute a importância do reconhecimento da contribuição da literacia familiar no desenvolvimento infantil. Aponta que a cultura do imediatismo e o acompanhamento familiar escasso prejudicam a formação da criança. Defende que o MEC deve promover oficinas e palestras para educar os pais e estimular o desenvolvimento da criança de forma integral.
O documento discute a importância do reconhecimento da contribuição da literacia familiar no desenvolvimento infantil. Aponta que a cultura do imediatismo e o acompanhamento familiar escasso prejudicam a formação da criança. Defende que o MEC deve promover oficinas e palestras para educar os pais e estimular o desenvolvimento da criança de forma integral.
O documento discute a importância do reconhecimento da contribuição da literacia familiar no desenvolvimento infantil. Aponta que a cultura do imediatismo e o acompanhamento familiar escasso prejudicam a formação da criança. Defende que o MEC deve promover oficinas e palestras para educar os pais e estimular o desenvolvimento da criança de forma integral.
“RECONHECIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO DA LITERACIA FAMILIAR NO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL” – 198º REDAÇÃO ANUAL ENEM -
2022 A teoria da Coesão Social, delineada pelo sociólogo francês Émile Durkheim, afirma a necessidade de harmonia entre as instituições para o pleno funcionamento do corpo social. Entretanto, tal teoria não tem sido vista em metodologias práticas, uma vez que há a falta de reconhecimento da contribuição da literacia familiar no desenvolvimento infantil – com a coesão entre escola e família em trabalho conjunto. Isso ocorre, seja pela cultura do imediatismo, seja pelo acompanhamento familiar escasso.
Diante desse cenário, é válido retomar o aspecto supracitado quanto à cultura do
imediatismo contemporâneo. Nesse contexto, é indiscutível que, no mundo, cada vez mais pais têm usado as telas como “chupetas digitais” para controlar os filhos ao invés de usarem esse tempo para atividades lúdicas e educacionais – como a leitura – que favorecem a cognição infantil. Em consonância com tal tese, segundo a Organização Mundial da Saúde, o uso de telas na primeira infância por muito tempo prejudica a formação sociocognitiva da criança. Sob essa perspectiva, tal ação demonstra a presença da cultura do imediatismo nos núcleos familiares, a qual é uma solução paliativa – e prejudicial – para a distração do jovem, apesar de sua eficácia efêmera. Logo, há uma ausência de reconhecimento de tamanha importância do órgão familiar na formação criativa da cria e do impacto que sua falta causa no desenvolvimento da mesma.
Ademais, é essencial citar o acompanhamento familiar escasso, visto que é um
empecilho no letramento infantil. Sob esse contexto, é indubitável que, no dia a dia, os responsáveis têm passado menos tempo com a sua prole em prol do trabalho. Concomitante com essa tese, é possível trazer a teoria da Sociedade do Desempenho, do filósofo sul-coreano Byung Chul Han, a qual afirma que se vive em uma sociedade na qual há a busca incessante pelo sucesso, ou seja, os pais deixam de estar com os filhos para trabalhar. Nessa perspectiva, em tempos líquidos, o ato de deixar suas tarefas de lado – o que não vem acontecendo – para estar exclusivamente com a criança, confere a ela o sentimento de confiança e amor. Por conseguinte, é notável que tal lacuna na literacia parental promove uma ausência sentimental na vida da criança – ausência essa que compromete o processo sociocognitivo-infantil.
Nota-se, portanto, a necessidade de promover o reconhecimento da contribuição da
literacia familiar no desenvolvimento infantil. Para tal, é intrínseco que o MEC – em parceria com escolas locais – promova o letramento socioemocional para educar os pais no acompanhamento de seus filhos. Tal medida deve ser realizada por meio de oficinas e palestras com especialistas de diversas áreas – como tecnologia e saúde -, a fim de estimular e desenvolver a confiança parental, e, assim, promover um maior desenvolvimento infantil. Dessa forma, o pensamento de Durkheim será gradualmente aplicado.