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Sumário

MODELOS PRÁTICOS
1. Escritura Pública de Inventário (Modelo 1)........................................................................3
2. Escritura Pública de Inventário (Modelo 2)........................................................................8
3. Escritura Pública de Inventário (Modelo 3)......................................................................11
4. Modelo de Escritura Pública de Divórcio em Conformidade com a EC/66 ....................14
5. Contrato de união estável (Modelo1)...............................................................................16
6. Contrato de união estável (Modelo 2)..............................................................................19
7. Petição de Certidão de Teor da Decisão - artigo 517, NCPC ..........................................22
8. Escritura Pública de Divisão e Demarcação ....................................................................26
9. Escritura Pública de Demarcação ....................................................................................27
10. Requerimento de Ata Notarial........................................................................................28
11. Ata Notarial .....................................................................................................................30
12. Ata Notarial de Usucapião Extrajudicial.........................................................................32
13. Requerimento de Notificação ........................................................................................37
14. Notificação Extrajudicial .................................................................................................39
15. Contrato de Compra e Venda com Alienação Fiduciária ..............................................41
16. Acordo Extrajudicial Trabalhista.....................................................................................44

PROVIMENTOS E RESOLUÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE


JUSTIÇA
1. Provimento nº 72 de 27/06/2018 - Quitação ou renegociação de dívidas protestadas
...............................................................................................................................................52
2. Provimento nº 65, de 14/12/2017 - Procedimento da Usucapião Extrajudicial nos
Serviços Notariais e de Registro de Imóveis ........................................................................56
3. Provimento nº 56, de 14/07/2016 - Obrigatoriedade de consulta ao Registro Central
de Testamentos On-line (RCTO)............................................................................................67
4. Provimento nº 53, de 16/05/2016 - Averbação da sentença estrangeira de divórcio
consensual ............................................................................................................................69
5. Provimento nº 51, de 22/09/2015 - Averbação de carta de sentença expedida após
homologação de sentença estrangeira relativa a divórcio ou separação judicial .............71
6. Provimento nº 30, de 16/04/2013 - Protesto de cheques ............................................72
7. Resolução nº 35, de 24/04/2007 - Inventário, Partilha, Divórcio e Separação
Extrajudiciais .........................................................................................................................75
Procedimento Extrajudicial

MODELOS PRÁTICOS
Procedimento Extrajudicial

1. Escritura Pública de Inventário (Modelo 1)

Escritura pública de inventário e partilha dos bens que compõem o espólio de


_____________________________.

A _________________ de _________________ do ano dois mil e


_________________ (__/__/_____), no Município e Comarca de
_________________, Estado de Minas Gerais, República Federativa do Brasil,
neste _________________ Tabelionato de Notas, sito à Praça
_________________, _________________ CEP _________________,
telefone (___)_________________,_________________(e-mail e endereço
eletrônico), perante mim,

Tabelião, comparecem:

1) VIÚVA MEEIRA: (qualificação completa – art. 215, § 1º, III, CC); e

2) HERDEIROS: 2.1) (qualificação completa – art. 215, § 1º, III, CC)

2.2) (qualificação completa – art. 215, § 1º, III, CC)

2.3) (qualificação completa – art. 215, § 1º, III, CC)

e como interveniente, que assiste a toda a lavratura do ato: Dr. ____________,


(qualificação completa – art. 215, § 1º, III, CC).

Reconheço-lhes a identidade e a capacidade jurídica para este ato. As partes


declaram, sob as penas da lei:

1) AUTOR DA HERANÇA: que faleceu na Santa Casa de Misericórdia desta


cidade, no dia _________________, conforme Certidão de Óbito expedida em
_________________, pelo Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais
desta Comarca, extraída do livro _________________, o de cujus
_____________, o qual era brasileiro, casado, produtor rural, domiciliado nesta
cidade, onde residia na Rua da ________, nº _____, Bairro _________, CEP
00000-000, filho de _______ e _________, nascido em _________________,
no dia _________________, CI/RG _________________, expedida em
_________________, CPF/MF _________________, CTPS
_________________, expedida pela DRT/MG em _________________;

2) DA NOMEAÇÃO DA INVENTARIANTE: as partes nomeiam a viúva-meeira


inventariante, conferindo-lhe os poderes para representar o espólio judicial ou
extrajudicialmente e administrar todos os seus bens, bem como para contratar
advogado, a fim de defender os interesses do espólio em juízo, ativa ou
Procedimento Extrajudicial
passivamente, e ela declara aceitar o encargo, compromissando-se de cumpri-
lo fielmente e prestar contas quando solicitado pelos interessados,
esclarecendo que tem ciência da responsabilidade civil e penal de todas as
declarações que forem prestadas.

3) DA INEXISTÊNCIA DE TESTAMENTO E HERDEIROS MENORES OU


INCAPAZES: a inventariante declara que o de cujus faleceu sem deixar
testamento ou qualquer outra disposição com eficácia post mortem, e que
todos os herdeiros são capazes;

4) DOS BENS QUE COMPÕEM O ACERVO HEREDITÁRIO: o acervo


hereditário é composto pelos seguintes bens:

4.1) IMÓVEIS:

4.1.1) (descrevê-los completamente, mencionando matrícula e cartório de


registro em que estiver registrado, número de cadastro no Incra (CCIR) e na
Secretaria da Receita Federal (Nirf) – para os rurais – e número de cadastro na
Prefeitura Municipal – para os urbanos)

4.1.2)

4.1.3)

4.1.4)

4.2) MÓVEIS: 4.2.1)

4.2.2)

4.2.3)

4.2.4)

4.3) SEMOVENTES: 4.3.1)

4.3.2)

4.3.3)

4.3.4)

5) DA INEXISTÊNCIA DE DÍVIDAS: a inventariante declara que não existem


obrigações a serem satisfeitas pelo espólio;

6) DA PARTILHA: as partes acordam a partilha dos bens da seguinte forma:

6.1) PRIMEIRO PAGAMENTO FEITO À VIÚVA-MEEIRA


___________________, no espólio dos bens deixados por falecimento de
___________________, no valor de R$___________________. Haverá para o
Procedimento Extrajudicial
seu pagamento o seguinte:

6.1.1) 50% (cinquenta por cento) do imóvel

6.1.2)

6.1.3)

6.1.4)

6.2) SEGUNDO PAGAMENTO FEITO AO HERDEIRO ___________________,


no espólio dos bens deixados por falecimento de ___________________, no
valor de R$___________________. Haverá para o seu pagamento o seguinte:

6.2.1)

6.2.2)

6.2.3)

6.2.4)

6.3) TERCEIRO PAGAMENTO FEITO À HERDEIRA ___________________,


no espólio dos bens deixados por falecimento de ___________________, no
valor de R$___________________. Haverá para o seu pagamento o seguinte:

6.3.1)

6.3.2)

6.3.3)

6.3.4)

Apresentados os seguintes documentos, que ficam arquivados:

1) Declaração de Bens e Direitos, com homologação do pagamento do ITCD,


no valor de R$________________, através do Documento de Arrecadação
Estadual (DAE), autenticado mecanicamente pela agência local do
________________, em __/________________/2007, sob o n.
________________, subscrita pelo Chefe da Administração Fazendária local,
_________________ – MASP _________________, datada de
__/________________/2007;

2) certidão negativa municipal, datada de __/________________/2007;

3) certidão descritiva da matrícula ________________, em que consta o


seguinte: “

4) CCIR, emitido pelo INCRA, referente ao exercício 2003/2004/2005, quitado,


Procedimento Extrajudicial
do qual se extraem os seguintes elementos previstos na Lei nº 4.947, de
06/abril/1966, art. 22, § 6º, I a V e Instrução Normativa do INCRA n. 26, de
28/novembro/2005, anexo I, item 5: nome do imóvel: ________________;
código: ________________; localização: ________________; município sede
do imóvel: ________________: UF: ________________; FMP (ha):
________________; nome do detentor: ________________; nacionalidade:
brasileira; nº certificação planta/memorial: (em branco);

5) comprovante de quitação do ITR, exercício de 2006; e

6) Certidão Negativa de Débitos de Imóvel Rural, capturada, via Internet, no


endereço eletrônico da Secretaria da Receita Federal, emitida às
________________ horas do dia __/________________/2007, válida até
__/________________/2007, código de controle ________________, onde
consta que a ________________, com área de ________________ha, está
identificada na Secretaria da Receita Federal sob o n. ________________.

O INTERVENIENTE, acima identificado, na posição de advogado comum das


partes, declara que prestou assistência jurídica às partes e acompanhou a
lavratura desta escritura, conferindo os valores e a correção da partilha.
Finalmente, as partes declaram, sob as penas da lei:

1) que todas as declarações prestadas nesta escritura são verdadeiras;

2) que os bens declarados se encontram livres de ônus reais, ações reais e


pessoais reipersecutórias, dívidas em geral, tributos e débitos condominiais;

3) que não se enquadram nas restrições da Lei nº 8.212/91, estando


dispensados de apresentar certidões negativas do INSS e da Secretaria da
Receita Federal;

4) que requerem ao(à) Oficial(a) do Serviço de Registro Imobiliário competente


a prática de todos os atos registrais em sentido amplo; e

5) que aceitam esta escritura em todos os seus termos. As exigências legais e


fiscais inerentes à legitimidade do ato foram cumpridas. E por ser essa a
vontade das partes, lavro esta escritura que, depois de lida, outorgam e
assinam, tudo perante mim, ______________(_________________),
escrevente, que digito. Eu, ______________(_________________), tabelião,
subscrevo, dou fé e assino, em público e raso.

Em teste da verdade.

Outorgante 1

Outorgante 2
Procedimento Extrajudicial
Advogado

Tabelião
Procedimento Extrajudicial
2. Escritura Pública de Inventário (Modelo 2)

ESCRITURA PÚBLICA DE INVENTÁRIO E PARTILHA DOS BENS QUE COM-


PÕEM O ESPÓLIO DE _____________________________

A _________________ de _________________ do ano dois mil e


_________________ (__/__/200__), no Município e Comarca de
_________________, Estado de Minas Gerais, República Federativa do Brasil,
neste _________________ Tabelionato de Notas, sito à Praça
_________________, _________________ CEP _________________, telefo-
ne (___)_________________,_________________(e-mail e endereço eletrôni-
co), perante mim, Tabelião, comparecem: 1) VIÚVA MEEIRA: (qualificação
completa – art. 215, § 1º, III, CC); e 2) HERDEIROS: 2.1) (qualificação
completa – art. 215, § 1º, III, CC); 2.2) (qualificação completa – art. 215, § 1º,
III, CC) e 2.3) (qualificação completa – art. 215, § 1º, III, CC), e como
interveniente, que assiste a toda a lavratura do ato: Dr............, (qualificação
completa – art. 215, § 1º, III, CC). Reconheço-lhes a identidade e a capacidade
jurídica para este ato. As partes declaram, sob as penas da lei:

1) AUTOR DA HERANÇA: que faleceu na Santa Casa de Misericórdia


desta cidade, no dia _________________, conforme Certidão de Óbito
expedida em _________________, pelo Serviço de Registro Civil das Pessoas
Naturais desta Comarca, extraída do livro _________________, o de cujus,
FULANO DE TAL, o qual era brasileiro, casado com _____________________,
sob o regime de ____________________, cuja celebração se deu em
_________________(conforme Certidão de Casamento expedida em
________________, pelo Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais de
________________, extraída do livro __________, folha __________, termo
número ____________), produtor rural, domiciliado nesta cidade, onde residia
na Rua__________, N_______, Bairro_________, CEP _______, filho de
AAAAAAA e BBBBBB, nascido em _________________, no dia
_________________, CI/RG _________________, expedida em
_________________, CPF/MF _________________, CTPS
_________________, expedida pela DRT/MG em _________________;

2) DA NOMEAÇÃO DA INVENTARIANTE: as partes nomeiam a viúva-me-


eira inventariante, conferindo-lhe os poderes para representar o espólio judicial
ou extrajudicialmente e administrar todos os seus bens, bem como para con-
tratar advogado, a fim de defender os interesses do espólio em juízo, ativa ou
passivamente, e ela declara aceitar o encargo, compromissando-se de cumpri-
lo fielmente e prestar contas quando solicitado pelos interessados,
esclarecendo que tem ciência da responsabilidade civil e penal de todas as
declarações que forem prestadas.

3) DA INEXISTÊNCIA DE TESTAMENTO E HERDEIROS MENORES OU


INCAPAZES: a inventariante declara que o de cujus faleceu sem deixar testa-
mento ou qualquer outra disposição com eficácia post mortem, e que todos os
herdeiros são capazes;

4) DOS BENS QUE COMPÕEM O ACERVO HEREDITÁRIO: o acervo he-


Procedimento Extrajudicial
reditário é composto pelos seguintes bens: 4.1) IMÓVEIS: 4.1.1) (descrevê-los
completamente, mencionando matrícula e cartório de registro em que estiver
registrado, número de cadastro no Incra (CCIR) e na Secretaria da Receita
Federal (Nirf) – para os rurais – e número de cadastro na Prefeitura Municipal –
para os urbanos), 4.1.2) (...), 4.1.3) (...), 4.1.4) (...), 4.2) MÓVEIS: 4.2.1) (...),
4.2.2) (...), 4.2.3) (...), 4.2.4) (...), 4.3) SEMOVENTES: 4.3.1) (...), 4.3.2) (...),
4.3.3) (...), 4.3.4) (...);

5) DA INEXISTÊNCIA DE DÍVIDAS: a inventariante declara que não exis-


tem obrigações a serem satisfeitas pelo espólio;

6) DO MANDATO OUTORGADO AO INTERVENIENTE: a viúva-meeira e


os herdeiros nomeiam como mandatário o Dr. ______________, com poderes
especiais para assinar eventual sobrepartilha, bem como para retificar
quaisquer erros ou omissões e ratificar os demais dados desta escritura, em
quaisquer tabelionatos de notas, podendo ainda representá-los perante os
órgãos públicos, a fim de recolher tributos e requerer a sua homologação,
assinando os documentos necessários, podendo (ou sendo vedado)
substabelecer;

7) DA PARTILHA: as partes acordam a partilha dos bens da seguinte


forma: 7.1) PRIMEIRO PAGAMENTO FEITO À VIÚVA-MEEIRA
___________________, no espólio dos bens deixados por falecimento de
___________________, no valor de R$_________________. Haverá para o
seu pagamento o seguinte: 7.1.1) 50% (cinquenta por cento) do imóvel (...),
7.1.2) (...), 7.1.3) (...), 7.1.4) (...), 7.2) SEGUNDO PAGAMENTO FEITO AO
HERDEIRO ___________________, no espólio dos bens deixados por
falecimento de ___________________, no valor de R$___________________.
Haverá para o seu pagamento o seguinte: 7.2.1) (...), 7.2.2) (...), 7.2.3) (...),
7.2.4) (...), 7.3) TERCEIRO PAGAMENTO FEITO À HERDEIRA
____________, no espólio dos bens deixados por falecimento de
___________________, no valor de R$___________________. Haverá para o
seu pagamento o seguinte: 7.3.1) (...), 7.3.2) (...), 7.3.3) (...), 7.3.4) (...).

Apresentados os seguintes documentos, que ficam arquivados por meio de


_________________(classificador específico ou próprio de escrituras de
inventário, microfilmagem, ou gravação eletrônica de dados): 1) Declaração de
Bens e Direitos, com homologação do pagamento do ITCD, no valor de
R$________________, através do Documento de Arrecadação Estadual
(DAE), autenticado mecanicamente pela agência local do ________________,
em __/________________/2014, sob o n. ________________, subscrita pelo
Chefe da Administração Fazendária local, _________________ – MASP
_________________, datada de __/________________/2014; 2) certidão ne-
gativa municipal, datada de __/________________/2014; 3) certidão descritiva
da matrícula ________________, em que consta o seguinte: “(...)”; 4) CCIR,
emitido pelo INCRA, referente ao exercício ____/____/____, quitado, do qual
se extraem os seguintes elementos previstos na Lei 4.947, de 06/abril/1966,
art. 22, § 6º, I a V e Instrução Normativa do INCRA n. 26, de
28/novembro/2005, anexo I, item 5: nome do imóvel: ________________;
código: ________________; localização: ________________; município sede
do imóvel: ________________: UF: ________________; FMP (ha):
Procedimento Extrajudicial
________________; nome do detentor: ________________; nacionalidade:
brasileira; nº certificação planta/memorial: (em branco); 5) comprovante de
quitação do ITR, exercício de _____; 6) Certidão Negativa de Débitos de
Imóvel Rural, capturada, via Internet, no endereço eletrônico da Secretaria da
Receita Federal, emitida às ________________ horas do dia
__/________________/2014, válida até __/___________/2014, código de
controle ________________, onde consta que a ________, com área de
________________ha, está identificada na Secretaria da Receita Federal sob
o n. ________________; 7) certidão negativa municipal, datada de
__/_________/2014; 8) certidão negativa de débitos estaduais, expedida pela
________________, em ________________; e 9) Certidão conjunta negativa
de débitos relativos a tributos federais e à dívida ativa da União, capturada, via
Internet, no endereço eletrônico da Secretaria da Receita Federal, em nome de
___________________, emitida às ____________ horas do dia
__/__________/2014, válida até __/________/2014, código de controle
_______.

O INTERVENIENTE, acima identificado, na posição de advogado comum


das partes, declara que prestou assistência jurídica às partes e acompanhou a
lavratura desta escritura, conferindo os valores e a correção da partilha. Final-
mente, as partes declaram, sob as penas da lei: 1) que todas as declarações
prestadas nesta escritura são verdadeiras; 2) que os bens declarados se en-
contram livres de ônus reais, ações reais e pessoais reipersecutórias, dívidas
em geral, tributos e débitos condominiais; 3) que não se enquadram nas restri-
ções da Lei 8.212/91, estando dispensados de apresentar certidões negativas
do INSS e da Secretaria da Receita Federal; 4) que requerem ao(à) Oficial(a)
do Serviço de Registro Imobiliário competente a prática de todos os atos
registrais em sentido amplo; e 5) que aceitam esta escritura em todos os seus
termos. As exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade do ato foram
cumpridas. Emitida a Declaração sobre Operações Imobiliárias (DOI). E por ser
essa a vontade das partes, lavro esta escritura que, depois de lida, outorgam e
assinam, tudo perante mim, ______________(_________________),
escrevente, que digito. Eu, ______________(_________________), tabelião,
subscrevo, dou fé e assino, em público e raso.

Em testemunho da verdade.

Outorgante 1

Outorgante 2

Advogado

Tabelião
Procedimento Extrajudicial
3. Escritura Pública de Inventário (Modelo 3)

ESCRITURA PÚBLICA DE INVENTÁRIO NEGATIVO DOS BENS QUE COM-


PÕEM O ESPÓLIO DE _____________________________

A _________________ de _________________ do ano dois mil e


_________________ (__/__/200__), no Município e Comarca de
_________________, Estado de Minas Gerais, República Federativa do Brasil,
neste ________ Tabelionato de Notas, sito à Praça _________________,
_________________ CEP _________, telefone
(___)_________________,_________(e-mail e endereço eletrônico), perante
mim, Tabelião, comparecem: 1) VIÚVA MEEIRA: (qualificação completa – art.
215, § 1º, III, CC); e 2) HERDEIROS: 2.1) (qualificação completa – art. 215, §
1º, III, CC), 2.2) (qualificação completa – art. 215, § 1º, III, CC), 2.3)
(qualificação completa – art. 215, § 1º, III, CC), e como interveniente, que
assiste a toda a lavratura do ato: Dr. FULANO DE TAL, (qualificação completa
– art. 215, § 1º, III, CC). Reconheço-lhes a identidade e a capacidade jurídica
para este ato. As partes declaram, sob as penas da lei:

1) DE CUJUS: que faleceu na Santa Casa de Misericórdia desta cidade, no


dia _________________, conforme Certidão de Óbito expedida em
_________________, pelo Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais
desta Comarca, extraída do livro _________________, o de cujus
______________, o qual era brasileiro, casado com _____________________,
sob o regime de ____________________, cuja celebração se deu em
_________________(conforme Certidão de Casamento expedida em
________________, pelo Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais de
________________, extraída do livro __________, folha __________, termo
número ____________), produtor rural, domiciliado nesta cidade, onde residia
na Rua da Boa Morte, 111, Bairro da Viagem Eterna, CEP 38190-000, filho de
AAAAAAA e BBBBBB, nascido em _________________, no dia
_________________, CI/RG _________________, expedida em
_________________, CPF/MF _________________, CTPS
_________________, expedida pela DRT/MG em _________________;

2) DA NOMEAÇÃO DA INVENTARIANTE: as partes nomeiam a viúva-


meeira inventariante, conferindo-lhe os poderes para representar o espólio
judicial ou extrajudicialmente e administrar todos os seus bens, bem como para
contratar advogado, a fim de defender os interesses do espólio em juízo, ativa
ou passivamente, e ela declara aceitar o encargo, compromissando-se de
cumpri-lo fielmente e prestar contas quando solicitado pelos interessados,
esclarecendo que tem ciência da responsabilidade civil e penal de todas as
declarações que forem prestadas.

3) DA INEXISTÊNCIA DE TESTAMENTO E HERDEIROS MENORES OU


INCAPAZES: a inventariante declara que o de cujus faleceu sem deixar testa-
mento ou qualquer outra disposição com eficácia post mortem, e que todos os
herdeiros são capazes;
Procedimento Extrajudicial
4) DA INEXISTÊNCIA DE BENS A PARTILHAR E DÍVIDAS DO ESPÓLIO:
a inventariante declara que o de cujus faleceu sem deixar bens corpóreos ou
incorpóreos a partilhar, bem como que não existem obrigações a serem
satisfeitas pelo espólio;

5) DO MANDATO OUTORGADO AO INTERVENIENTE: a viúva-meeira e


os herdeiros nomeiam como mandatário o Dr. ______________, com poderes
especiais para assinar eventual sobrepartilha, bem como para retificar
quaisquer erros ou omissões e ratificar os demais dados desta escritura.
Apresentados os seguintes documentos, que ficam arquivados por meio de
_________________(classificador específico ou próprio de escrituras de
inventário, microfilmagem, ou gravação eletrônica de dados): 1) Declaração de
Bens e Direitos, com homologação do pagamento do ITCD, no valor de
R$________________, através do Documento de Arrecadação Estadual
(DAE), autenticado mecanicamente pela agência local do ___________, em
__/________________/2014, sob o n. ________________, subscrita pelo
Chefe da Administração Fazendária local, _________________ – MASP
_______________, datada de __/________________/2014; 2) certidão
negativa municipal, datada de __/________________/2014; 3) certidão
negativa de débitos estaduais, expedida pela ________________, em
__________; e 4) Certidão conjunta negativa de débitos relativos a tributos
federais e à dívida ativa da União, capturada, via Internet, no endereço
eletrônico da Secretaria da Receita Federal, em nome de
___________________, emitida às ____________ horas do dia
__/__________/2014, válida até __/________/2014, código de controle
_______________.

O INTERVENIENTE, acima identificado, na posição de advogado comum


das partes, declara que prestou assistência jurídica às partes e acompanhou a
lavratura desta escritura, conferindo-a em todos os seus termos. Finalmente, as
partes declaram, sob as penas da lei: 1) que todas as declarações prestadas
nesta escritura são verdadeiras; 2) que não se enquadram nas restrições da
Lei 8.212/91, estando dispensados de apresentar certidões negativas do INSS
e da Secretaria da Receita Federal; e 3) que aceitam esta escritura em todos
os seus termos, tal como está redigida. As exigências legais e fiscais inerentes
à legitimidade do ato foram cumpridas. E por ser essa a vontade das partes,
lavro esta escritura que, depois de lida, outorgam e assinam, tudo perante mim,
______________(____________), escrevente, que digito. Eu,
______________ (_______), tabelião, subscrevo, dou fé e assino, em público e
raso.

Em testemunho da verdade.

Outorgante 1

Outorgante 2
Procedimento Extrajudicial

Advogado

Tabelião
Procedimento Extrajudicial
4. Modelo de Escritura Pública de Divórcio em Conformidade com
a EC/66

S A I B A M tantos quantos esta Pública Escritura de DIVÓRCIO bastante virem


que, aos .......dias do mês de ......... do ano dois mil e .........., neste CARTÓRIO
DE TABELIONATO DE NOTAS, localizado na Rua ............. nº ...., Bairro .....,
nesta cidade e Comarca de ......, Estado de .................., República Federativa
do Brasil, inscrito no CNPJ-MF sob o nº ............./........, cujos serviços me foram
regularmente delegados pelo poder Público Estatal, perante mim,
.............................., Notário, em pleno e estável exercício da titularidade nesta
Serventia, compareceram como outorgantes e reciprocamente outorgados:
OUTORGANTES e como INTERVENIENTE ASSISTENTE: o Dr.
(ASSISTENTES DAS PARTES), todos identificados pelos documentos
apresentados e cuja capacidade jurídica reconheço e dou fé. Então, me foi dito
sob as penas da lei, pelos outorgantes e reciprocamente outorgados,
acompanhados de seu advogado constituído, o ora ASSISTENTE, para realizar
o seu DIVÓRCIO, sem partilha de bens nos termos seguintes: 1.- DO
CASAMENTO.- os outorgantes e reciprocamente outorgados contraíram
matrimônio no dia ....., conforme assento feito sob nº ....., às fls. ...., do livro .....,
nos termos da certidão emitida neste cartório, sob o regime patrimonial de
Comunhão ......, (com Escritura Pública de Convenção com Pacto Antenupcial
lavrada neste Cartório (ou nome do cartório) a folha nº ... do livro ... em ....); 2.-
DA INEXISTÊNCIA DE FILHOS MENORES E INCAPAZES:- que os
outorgantes e reciprocamente outorgados declaram que não possuem filhos
menores ou incapazes.............; 3.- DOS REQUISITOS DO DIVÓRCIO: que,
não desejando mais os outorgantes e reciprocamente outorgados manter o
vínculo conjugal, declaram, de sua espontânea vontade, livre de qualquer
coação, sugestão ou induzimento, fazendo gozo do que dispõe a Lei Federal nº
11.441 de 04 de janeiro de 2007, publicado no Diário da Justiça da União de 05
de janeiro de 2007, e de acordo com a Emenda Constitucional nº 66 que deu
nova redação ao § 6º do art. 226 da Constituição Federal, publicado no Diário
Oficial da União de nº 133, no dia 14 de julho de 2010, o seguinte: 3.1.- que,
não havendo nenhuma possibilidade de reconciliação, restando infrutífera
quaisquer tentativas propostas por este Tabelião de Notas, que lhes advertiu
inclusive sobre as consequências desta manifestação de vontade, livremente e
sem hesitações, permanecem no propósito de se divorciarem
consensualmente, por meio desta escritura pública; 3.2.- DA DISSOLUÇÃO DO
VÍNCULO MATRIMONIAL: Assim, resolvem divorciar-se, com fundamento no
artigo 1.580 do Código Civil Brasileiro, alterado pela Emenda Constitucional
antes citada; 4.- DO ACONSELHAMENTO E ASSISTÊNCIA JURÍDICA:- Pelo
assistente, advogado constituído pelos outorgantes e reciprocamente
outorgados, me foi dito que, tendo ouvido ambas as partes, aconselhou e
advertiu-as também das consequências do divórcio. As partes declararam
perante o assistente jurídico e este tabelião de notas estarem convictas de que
a dissolução do casamento é a melhor solução para ambos. 5.- DO
DIVÓRCIO:- assim, em cumprimento ao pedido e vontade dos outorgantes e
reciprocamente outorgados, atendidos os requisitos legais, pela presente
escritura, nos termos do artigo 1.571, IV, do Código Civil e 733 do Código de
Procedimento Extrajudicial
Processo Civil, fica dissolvido o vínculo conjugal entre eles, que passam a ter o
estado civil de DIVORCIADOS EXTRAJUDICIALMENTE; 6.- EFEITOS DO
DIVÓRCIO: em decorrência deste divórcio fica extinto todos os direitos e
deveres do casamento. 7.- DO NOME DOS CÔNJUGES: Em virtude do
divórcio, a mulher (ou ambos) voltou(ram) a usar o seu nome de solteira(o) (s),
ou seja: “.........”; 8.- DA PENSÃO ALIMENTÍCIA: os outorgantes e
reciprocamente outorgados DISPENSAM pensão alimentícia. (ou se fizeram
acordo, mencionar); 9. - DOS BENS: as partes declaram não possuírem bens
objeto de partilha (se possuírem, a redação muda, mencionar os bens e a
forma de partilha, observar se não vai haver torna. ou divisão desigual. Neste
caso vai gerar o ITBI ou ITCD, calculado sobre a diferença). 10.-
DOCUMENTOS E CERTIDÕES - apresentaram-me por fim, os seguintes
documentos e certidões adiante mencionados que ficam devidamente
arquivados: Certidão de casamento e cópia dos documentos de identificação
das partes; 11.- DO INTERVENIENTE - O interveniente acima identificado na
posição de advogado dos outorgantes e reciprocamente outorgados, declara
que prestou assistência jurídica aos outorgantes e reciprocamente outorgados
e acompanhou a lavratura desta escritura, inclusive assistindo a proposta de
reconciliação, que fora recusada, ouvido deles a declaração de estarem
convictos quanto a este DIVÓRCIO, não tendo oposição alguma a fazerem,
dão-na, por boa, firme, valiosa, declarando-me que são verdadeiras todas as
informações aqui prestadas, respondendo civil e criminalmente pela veracidade
das mesmas. 12.- as partes requerem e autorizam desde já, ao Oficial de
Registro Civil das Pessoas Naturais, a efetuar o necessário registro e
averbação para que conste no respectivos livros, o presente DIVÓRCIO,
passando as partes ao estado civil de DIVORCIADOS
EXTRAJUDICIALMENTE e, por ser esta a vontade das partes, lavro esta
escritura, que depois de lida e achada conforme assinam, tudo perante mim
Tabelião de Notas que a redigi, subscrevo, dou fé e assino, em público e raso.
Procedimento Extrajudicial
5. Contrato de união estável (Modelo1)

Por este instrumento particular de União Estável, nova forma familiar


reconhecida pela Constituição Federal de 1988 (art. 226) e pela Lei n° 9278/96,
firmado neste município de ____________, no Estado de _____________, tem
de um lado O(A) CONVIVENTE, (nome do(a) convivente 1), (nacionalidade),
(profissão), (estado civil), portador da carteira de identidade n° ___________,
inscrito no C.P.F. sob o n° _________________, e de outro O(A)
CONVIVENTE, (nome do(a) convivente 2), (nacionalidade), (profissão), (estado
civil), portador da carteira de identidade n° ___________, inscrito no C.P.F. sob
o n° _________________, ambos com residência e domicílio fundados na
__________________, n° _______, (bairro/complemento/etc.), no município de
______________________, Estado de _________________, ambos
signatários, maiores e capazes, em pleno gozo de suas faculdades mentais, de
acordo com suas vontades, estipulam e se obrigam, reciprocamente, às regras
abaixo ajustadas:

Cláusula I – Do termo

Os Conviventes declaram que vivem em União Estável, de forma pública,


contínua, duradoura e com objetivo de constituição familiar desde
___/____/______.

Cláusula II – Do patrimônio

Todos os bens adquiridos onerosamente após o termo apontado na Cláusula I,


fruto do esforço mútuo dos Conviventes, pertencerão a ambos, em partes
iguais, ainda que em nome de apenas um deles.

Parágrafo primeiro: Não haverá comunhão patrimonial entre os Conviventes


quanto aos bens e direitos adquiridos a título gratuito e os sub-rogados em seu
lugar.

Parágrafo segundo: Todos os bens e direitos particulares de cada Convivente,


adquiridos antes do termo declarado na Cláusula I não se comunicarão, em
hipótese alguma, com os bens adquiridos na vigência da união estável.

Parágrafo terceiro: Pertencem a ambos o Conviventes todos os bens móveis


que compõem o imóvel onde os Contratantes fixarem domicílio.

Cláusula III – Dos deveres

Os Conviventes, reciprocamente, concordam e se obrigam a ter a União


Estável que aqui se estipula respaldada na lealdade, fidelidade, respeito,
assistência e, ainda, na guarda, sustento e educação da prole.

Cláusula IV – Da extinção do contrato


Procedimento Extrajudicial
O presente contrato será extinto por:

I – Rescisão unilateral ou bilateral, caso haja violação de quaisquer das


cláusulas e condições firmadas neste instrumento.

II – Resilição unilateral ou bilateral, mediante declaração por escrito.

III – Pela morte de um dos Conviventes.

Parágrafo primeiro: Em todos os casos anteriores, proceder-se-á a partilha


conforme o acordado na Cláusula II.

Cláusula V – Do prazo

O contrato é de prazo indeterminado.

Cláusula VI – Aditamentos e alterações

Eventuais aditamentos ou alterações do presente instrumento deverão ser


feitas por escrito, estando ambos os Conviventes acordados, devendo o
instrumento ser assinado, por ambos, bem como por duas testemunhas, com
firma reconhecida e levado a registro no Cartório de Registro de Títulos e
Documentos desta comarca.

Cláusula VII – Eleição de foro

Fica eleito o foro de _______________ para dirimir eventual lide originária do


presente contrato.

E, por estarem justas e contratadas, as partes assinam este contrato, em duas


vias idênticas, juntamente com as duas testemunhas abaixo arroladas, a que
tudo presenciaram.

________________, __/___/______ . ______________________

Convivente 1 ______________________

Convivente 2______________________

Testemunhas:

Nome:_________________________________

RG: _____________________________

Endereço: ________________________

Assinatura: _______________________
Procedimento Extrajudicial

Nome:_________________________________

RG: _____________________________

Endereço: ________________________

Assinatura: _______________________
Procedimento Extrajudicial
6. Contrato de união estável (Modelo 2)

Por este Instrumento Particular de União Estável com fulcro na Constituição


Federal, art. 226, Código Civil, art. 1.723 a 1.727, e Lei Federal nº 9.278/96,
nesta Cidade de ………., Estado de……….., tem de um lado Fulano de Tal,
brasileiro, ……….(divorciado, solteiro, separado judicialmente, viúvo, casado e
separado de fato), ………(profissão), RG nº …………, CPF nº………, residente
na ……..(endereço completo), doravante denominado de COMPANHEIRO, e
de outro Beltrana de Tal, brasileira, …………(divorciada, solteira, separada
judicialmente, viúva, casada e separada de fato), ………..(profissão), RG nº
………., CPF nº …….., residente na ……..(endereço completo), doravante
denominada de COMPANHEIRA, ambos os signatários, que declaram para
todos os fins legais e a quem interessar possa que reconhecem em sua relação
afetiva uma união estável, visto que têm entre si uma relação pública, contínua
e duradoura há … anos, e o fazem como companheiros com o desejo e
objetivo de constituição de uma família, caracterizando, portanto, união estável,
prevista nos artigos 1.723 a 1.727 do Código Civil e na Lei n. 9.278/96; que
assim, assumem civil e criminalmente toda e qualquer responsabilidade pelas
declarações que ora fazem. E ainda que contratam entre si, as cláusulas e
condições abaixo ajustadas:

Cláusula primeira: Os companheiros afirmam que a relação teve início em


__/__/____.

Cláusula segunda: Os companheiros reconhecem mutuamente os deveres de


lealdade, respeito e consideração mútuos, além de assistência moral e material
recíproca, e de guarda, sustento e educação dos filhos comuns;

Cláusula terceira: Os companheiros declaram que possuem os seguintes filhos


comuns (com datas de nascimento de cada um deles), e, a existência de filhos
exclusivos anteriores à relação, de Fulano de Tal (com nome e datas de
nascimento de cada um deles), e, de Beltrana de Tal (com nome e datas de
nascimento de cada um deles).

Cláusula quarta: Os companheiros optam pelo (tal regime de bens) a reger a


união estável.;

Cláusula quinta: Os companheiros residem na cidade de (…), na rua (…), nº


(…), Bairro (…) (endereço residencial completo, sendo que podem residir no
mesmo endereço ou em endereços diferentes, vale dizer, podem residir juntos
ou separados).

Cláusula sexta: Fulano de Tal é proprietário dos seguintes bens particulares


anteriores à união estável (descrição sumária dos bens), e, Beltrana de Tal é
proprietária dos seguintes bens particulares anteriores à união estável
(descrição sumária dos bens)

Cláusula sétima: Os companheiros são proprietários dos seguintes bens


comuns, (ou seja, adquiridos por ambos mercê de esforço comum), quais
sejam, (descrição sumária dos bens)
Procedimento Extrajudicial
Cláusula oitava: Os companheiros declaram ter mútua dependência
econômica.

Cláusula nona: Os companheiros declaram ser mutuamente, um em relação ao


outro, responsáveis por providências em tratamentos de saúde, inclusive para
decisão de desligar equipamentos que mantêm artificialmente a vida e doar
órgãos.;

Cláusula décima: Os companheiros indicam mutuamente, um em relação ao


outro, como a pessoa de confiança para manter-se no hospital como
acompanhante, ao seu lado, em caso de perda da consciência e
impossibilidade de manifestar a própria vontade;

Cláusula décima primeira: Os companheiros declaram a necessidade de


estarem presentes em atos de transmissão imobiliária ou estabelecimento de
ônus real sobre a coisa imóvel. Ou seja, em casos de compra, alienação ou
oneração de bens imóveis, podendo um representar o outro através de
procuração por instrumento público. Na aquisição imobiliária serão
condôminos; na alienação, comparecerão ambos com o fito de dispor dos
direitos de propriedade;

Cláusula décima segunda: Os companheiros de comum acordo ora


estabelecem que quando um dentre eles, ou ambos, não mais desejar a
permanência da união estável, impõe-se a obrigação de distratar
amigavelmente este contrato no foro extrajudicial; faculta-se a um dos
companheiros a denúncia unilateral do contrato de união estável, impondo-se a
obrigação de notificação do outro companheiro, isso caso ocorra, por parte
deste, a hipótese de recusa para o comparecimento e distrato mútuo.

Cláusula décima terceira: Os companheiros indicam as duas testemunhas infra


qualificadas e firmadas e declaram serem as mesmas conhecedoras da união
estável, e em assim sendo, neste ato, as mesmas declaram serem verdadeiras
as declarações ora procedidas e efetivamente existente a união estável entre
Fulano de Tal e Beltrana de Tal, já qualificados. Testemunha 1: (qualificação);
Testemunha 2: (qualificação).

Cláusula décima quinta: Os companheiros visando estabelecer segurança


jurídica e dar publicidade ao contrato, se comprometem a, em cinco dias,
registrar o presente contrato de declaração de união estável no Cartório do
Registro de Títulos e Documentos e no Livro E do Cartório do Primeiro Ofício
de Registro Civil de Pessoas Naturais da Comarca; e, caso haja distrato,
também se comprometem a, em cinco dias contados da data do mesmo,
registrá-lo no Cartório de Registro de Títulos e Documentos, assim como no
Cartório do Primeiro Ofício da Comarca, Livro E.

Cláusula décima sexta: Os companheiros, para solucionar eventuais


controvérsias, indicam o foro da cidade de …, comarca de …

E, por se acharem assim, justos e contratados, as partes assinam o presente


contrato em duas vias de igual teor e forma e para um só fim de direito, na
Procedimento Extrajudicial
presença das testemunhas abaixo que a tudo assistiram.

(Cidade), (dia), (mês) e (ano)

Assinatura dos companheiros e das testemunhas


Procedimento Extrajudicial
7. Petição de Certidão de Teor da Decisão - artigo 517, NCPC

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA


CÍVEL DO FORO ____________________ DO ESTADO DE
_________________

Proc. nº. NNNNNNN-DD-AAAA-J.TR.OOOO

AÇÃO DE ______________________1

____________________________, já qualificada nos autos, por seu advogado


e bastante procurador que esta subscreve, nos autos do processo em epígrafe,
que executa contra _______________________________________ já
qualificado nos autos, vem, respeitosamente há presença de Vossa Excelência,
em conformidade com a R. sentença em quantia certa, proferida em
__/___/____, constante das folhas ___ e ___ publicada no Diário Oficial em
__/__/_____, para REQUERER que sejam expedidas as CERTIDÕES DE
TEOR DA DECISÃO, em consonância com o disposto no artigo 517 do NCPC,
da R. sentença, e transitada em julgado em ___/___/____ , conforme certidão
dos autos constante nas folhas _____, proveniente do processo principal nº
NNNNNNN-DD-AAAA-J.TR.OOOO, tendo seus valores apurados e
homologados em sede de liquidação nas folhas ______ em consonância com
artigo 523, NCPC.

“___/__/____ - Trânsito em Julgado às partes - Proc. em Andamento


Certifico e dou fé que a r. sentença de fls. ___/___ transitou em julgado em
__/__/____. Nada Mais”

“Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a


protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para
pagamento voluntário previsto no art. 523.
§ 1º Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente apresentar certidão
de teor da decisão.
§ 2º A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida no prazo de 3
(três) dias e indicará o nome e a qualificação do exequente e do
executado, o número do processo, o valor da dívida e a data de decurso
do prazo para pagamento voluntário.”
“Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em
liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o
cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do
exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo
de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
§ 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito
será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de

1
GANGA, Marcos Ferraz. Disponível em https://marcosganga.jusbrasil.com.br/modelos-
pecas/595592058/modelo-de-peticao-de-certidao-de-teor-da-decisao-artigo-517-ncpc
Procedimento Extrajudicial
advogado de dez por cento.”

Para que a certidão atenda o disposto no parágrafo 2º do artigo 517 do NCP e


o disposto na lei 9.492/97, declara a seguir as informações necessárias, haja
vista a PLURALIDADE de CREDORES:

A) Certidão Exequente Principal:

EXEQUENTE: _______________________________, nacionalidade, estado


civil, profissão, portadora do RG nº. ______________ e inscrita junto ao
CPF/MF sob o nº. _________________, residente e domiciliada na ___
_________________________________, Vila _______, na cidade de
_______________ – ___, CEP:_________.

EXECUTADO: __________________________, nacionalidade, profissão,


portador da cédula de identidade RG nº _______________ e inscrito junto ao
CPF/MF sob o nº 148.43.628-29, residente e domiciliada na ___
_________________________________, Vila _______, na cidade de
_______________ – ___, CEP:_________. (com residência atual
desconhecida, mas com outorga para intimações ao seu bastante procurador:
Dr. ___________________________, OAB/SP nº _____, endereço profissional
a ____________________________________, bairro:_________,
cidade:___________, UF___, CEP:_____-___.)

VALOR DA DIVIDA: R$ _______________

R$ _____________ quantia certa fixada em sede de liquidação art. 523, caput.


R$ _____________ multa artigo 523, § 1º.

TRÂNSITO EM JULGADO artigo 517: __/__/_____

DECURSO DE PRAZO artigo 523: __/__/_____

B) Certidão Exequente Advogado – Honorários (AD EXITUM):

EXEQUENTE: _______________________________, nacionalidade, estado


civil, profissão, portadora do RG nº. ______________ e inscrita junto ao
CPF/MF sob o nº. _________________, residente e domiciliada na ___
_________________________________, Vila _______, na cidade de
_______________ – ___, CEP:_________.

EXECUTADO: __________________________, nacionalidade, profissão,


portador da cédula de identidade RG nº _______________ e inscrito junto ao
CPF/MF sob o nº 148.43.628-29, residente e domiciliada na ___
_________________________________, Vila _______, na cidade de
_______________ – ___, CEP:_________. (com residência atual
desconhecida, mas com outorga para intimações ao seu bastante procurador:
Procedimento Extrajudicial
Dr. __________________________, OAB/SP nº _________, endereço
profissional a _____________________________, bairro:___________,
cidade:___________, UF___, CEP:_____-___.)

VALOR DA DIVIDA: R$ _______________

R$ ___________quantia certa fixada em sede de liquidação art. 523, caput. R$


___________ honorários artigo 523, § 1º.

TRÂNSITO EM JULGADO artigo 517: __/__/_____

DECURSO DE PRAZO artigo 523: __/__/_____

C) Certidão Exequente Advogado - Sucumbência:

EXEQUENTE: _______________________________, nacionalidade, estado


civil, profissão, portadora do RG nº. ______________ e inscrita junto ao
CPF/MF sob o nº. _________________, residente e domiciliada na ___
_________________________________, Vila _______, na cidade de
_______________ – ___, CEP:_________.

EXECUTADO: __________________________, nacionalidade, profissão,


portador da cédula de identidade RG nº _______________ e inscrito junto ao
CPF/MF sob o nº 148.43.628-29, residente e domiciliada na ___
_________________________________, Vila _______, na cidade de
_______________ – ___, CEP:_________. (com residência atual
desconhecida, mas com outorga para intimações ao seu bastante procurador:
Dr. ___________________________, OAB/SP nº _________, endereço
profissional a ___________________________, bairro:___________,
cidade:___________, UF___, CEP:_____-___.)

VALOR DA DIVIDA: R$ _______________

TRÂNSITO EM JULGADO/DECURSO DE PRAZO: __/__/_____,

Deste modo, os Exequentes e credores dos montantes de direito, com valores


apurados em sede de liquidação artigos, 517 e 523 NCPC, requer ao Ilustre
Juízo que:

a) Seja intimado o Ilustre Patrono Dr. _____________________, que apresente


o endereço atualizado do EXECUTADO, para expedição das Certidões.

b) Na inércia do Patrono por prazo determinado por este Ilustre Juízo, que seja
considero o endereço do Patrono como a da EXECUTADA para emissão das
Certidões e intimações pelo tabelionato em consonância com a lei 9.492/97 nos
artigos 14 e 15. Inclusive a responsabilidade da ação de regresso por informar
endereço incorreto parágrafo 2º, artigo 15, Lei 9492/97.

c) Seja emitida a Certidão (A) do Exequente Principal


Procedimento Extrajudicial
________________________________ no valor de R$ _____________.

d) Seja emitida a Certidão (B) do Exequente Advogado referente a Honorários


_______________________________________ no valor de R$
____________.

e) Seja emitida a Certidão (C) do Exequente Advogado referente a


Sucumbência ______________________________________ no valor de R$
____________.

Anexo a presente petição segue a copia de R. Sentença do processo principal


com sua certidão de publicação bem como a R. Decisão dos valor em sede de
liquidação.

Termos em que,

Pede Deferimento.

Local e data.

Advogado OAB nº
Procedimento Extrajudicial
8. Escritura Pública de Divisão e Demarcação

ESCRITURA PÚBLICA DE DIVISÃO E DEMARCAÇÃO DE IMÓVEL RURAL,


QUEM ENTRE SI, FAZEM____ E OUTROS, COMO SEGUE:

SAIBAM todos quantos esta pública escritura virem, que

aos________, nesta cidade de ________, Estado de ____________, neste


Cartório do _____ Ofício, na Rua ________perante mim, Tabeliã,
compareceram partes, entre si justas e contratadas, a saber: como outorgantes
e reciprocamente outorgados, os Srs. (nome, qualificação, endereço e número
do CPF) reconhecidos como os próprios de mim, Tabeliã,- do que dou fé.- E
pelos outorgantes e reciprocamente outorgados acima nomeados e
qualificados me foi dito que, ________ que não desejando mais continuar com
o estado de comunhão em que se encontra o imóvel, resolveram, de comum
acordo, dividir o imóvel, a fim de que cada condômino passe a possuir o seu
próprio imóvel, dividido e demarcado____; para os trabalhos de demarcação e
divisão do imóvel, foram contratados os serviços profissionais do Engenheiro *,
que forneceu os Memoriais Descritivos que serão adiante transcritos, e que
ficarão arquivadas em Cartório, ficando como parte integrante e complementar
desta escritura; e, seguindo os referidos Memoriais, cada condômino fica
senhor e único de seu quinhão, pela maneira seguinte: _____. Dispensada a
apresentação do ITBI, por tratar-se a presente de ato declaratório e não
transmissivo.- Pelos outorgantes e reciprocamente outorgados acima
nomeados e qualificados, me foi que aceitavam esta escritura em seus
expressos termos, por estarem de acordo com as divisas, demarcações e
servidões dela constantes, e que dão, uns aos outros, plena, geral e rasa
quitação, transmitindo-se, reciprocamente, toda a posse, jus, domínio, direitos
e ação, que sobre os quinhões ora divididos e demarcados exerciam, a fim de
que cada quinhão fique pertencendo, exclusivamente, a seu proprietário;
obrigando-se, os outorgantes e reciprocamente outorgados referidos, a
fazerem a presente divisão e demarcação sempre boa, firme e valiosa a todo o
tempo, por si e seus sucessores; as benfeitorias existentes em cada quinhão,
ficarão pertencendo aos proprietários do mesmo. * Assim o disseram,- do que
dou fé. A pedido das partes, lavrei esta escritura, a qual, feita e lhes sendo lida,
a acharam em tudo conforme a sua vontade e ao que me foi declarado, a
aceitaram, outorgam e assinam, tudo perante mim, Tabeliã,- do que dou fé. Eu,
____________, Tabeliã, que lavrei a presente escritura no livro de notas
n.º_____ conferi, subscrevo e assino com as partes, encerrando o ato.
(assinatura da Tabeliã)
(local e data)
(assinatura dos outorgantes)
Procedimento Extrajudicial
9. Escritura Pública de Demarcação

Saibam todos quanto esta pública escritura virem, que aos____ dias do mês
de______ do ano de ______ nesta cidade de____ Estado de______, em
Cartório a______, às____ horas, perante mim, Tabelião, compareceram como
outorgantes e reciprocamente outorgados (nome, nacionalidade, estado civil,
profissão, endereço e número do CPF de todos as partes, bem como seus
cônjuges),os presentes reconhecidos como os próprios, por mim, Tabelião, do
que dou fé. E pelos mesmos me foi dito que: São senhores e legítimos
proprietários dos seguintes imóveis rurais, situado neste município, no bairro
denominado______, com a área de________, sem benfeitorias, com as
seguintes divisas e confrontações; imóvel esses adquiridos por força de
escrituras lavradas em data de________ nas notas do Cartório________ desta
Cidade e objeto do registro no______ no Cartório de Registro de Imóveis desta
Comarca; Que em vista de entendimento amigável firmado entre as partes, os
mesmos através de profissional habilitado, procederam à demarcação do
mencionado imóvel de modo a obter as divisas limítrofes de cada imóvel,
conforme se verifica do memorial descritivo apresentado pelas partes e que fica
fazendo parte integrante e inseparável da presente, onde constam as
respectivas linhas limítrofes dos mencionados imóveis rurais; Que as partes na
condição de confrontantes, aceitam a demarcação procedida, dando uns aos
outros plena e geral quitação de todos os negócios atinentes a tal demarcação,
pelo que desistem do direito a qualquer reclamação. Pelas partes me foi dito
que aceitavam esta escritura em todos seus termos por se achar a mesma de
pleno acordo com o ajustado e contratado entre si, pelo que pediram que lhes
lavrasse a presente escritura, que lhes sendo lida, acharam conforme, e foi
aceita em tudo por aqueles que, reciprocamente outorgaram e assinam, tudo
perante mim, Tabelião. Eu (assinatura) Tabelião, que lavrei a presente escritura
no Livro de Notas n.º____, às fls______, conferi, subscrevo e assino com as
partes, encerrando o ato.

(assinatura do Tabelião)

(local e data)

(assinatura dos outorgantes e reciprocamente outorgados)


Procedimento Extrajudicial
10. Requerimento de Ata Notarial

Ilustríssima Senhora Oficial do Cartório do RCPN e Notas de ______

Nome: __________, nacionalidade: _______________, Portador(a) da carteira


de identidade _____________, CPF: ________________, estado civil:
________________, convive em união estável: ( ) Sim ( ) Não,
profissão:________________, filho(a) de: ___________ e ____________,
residente e domiciliado(a) na _________________, número __________, no
bairro __________________, na cidade de ____________, estado
__________ telefone(s) _________________, e-mail ____________ OU ( )
não possui e-mail. *Dados necessários conforme Provimentos nº 61 e
65/CNJ/2017

Requer a Vossa Senhoria a lavratura de ata notarial de usucapião e, para


tanto, informa:
I - a modalidade da usucapião requerida e sua base legal ou
constitucional: _________________
II - a origem e as características da posse, a existência de edificação, de
benfeitoria ou de qualquer acessão no imóvel usucapiendo, com a
referência às respectivas datas de ocorrência: _________________
III - ( ) que o tempo de posse não está sendo somado à de possuidores
anteriores para completar o período aquisitivo; OU ( ) o tempo de posse
está sendo somado à de possuidores anteriores, cujo nome, estado civil e
qualificação que possui informa abaixo: ________________
IV - que adquiriu a posse da seguinte forma: (relatar em resumo o caso,
inclusive fazendo menção a justo título, se houver) __________
V - ( ) que a área onde se encontra o imóvel usucapiendo não possui
matrícula ou transcrição; OU ( ) que a área onde se encontra o imóvel
usucapiendo possui matrícula ou transcrição, que está no cartório
_______________, sendo o nº ________________, livro __________.
VI - que o valor atribuído ao imóvel usucapiendo é de _____________.
VII - que há o seguinte obstáculo para a transferência da propriedade por
escritura pública: __________.

Nestes termos, pede deferimento.

Local e data
Procedimento Extrajudicial

Assinatura(s) do(s) requerente(s)


Procedimento Extrajudicial
11. Ata Notarial

TABELIONATO DE NOTAS

_____ _______(a) _______ – Tabeliã(o) Ata Notarial Livro nº: _____ Folha nº:
_____ Protocolo nº: _____ ATA NOTARIAL SOLICITADA POR _________
SAIBAM todos quantos virem a presente ATA NOTARIAL que ao dia primeiro
do mês de _______ do ano de _____ (___/__/_______), às dez horas e quinze
minutos, nesta cidade de __________, Estado do __________, na sede do
Tabelionato de Notas, situado na rua _____, nº _____, bairro _____, perante
mim, (_______ _______), Tabelião, compareceu como solicitante a Sra.
_________, brasileira, estado civil, profissão, portadora da cédula de
identidade nº ______/SSP/UF e do CPF/MF nº _______, residente e
domiciliado na rua _______, nº ___, bairro _______, cidade _______. A
identidade e capacidade da parte para a prática deste ato foi identificada por
mim, Tabelião, mediante apresentação de documentos de identificação, do que
dou fé. Pela solicitante, foi‐me requerido que lavrasse a presente ATA
NOTARIAL, com fundamento no artigo 7º, inciso III, da Lei nº 8.935/94, que a
seguir passo a lavrar, para constatar os seguintes fatos e procedimentos, os
quais faço constar neste meu livro de Notas: 1) Às 15:15h mostra-me a
solicitante um computador portátil, tipo “laptop”, marca ___, modelo _____,
número de fábrica _____. 2) Este computador encontra‐se ligado à bateria, ali
constando uma página da internet já aberta _________. 3) Na referida página
consta uma mensagem postada por “_______”. 4) A mensagem de “_______”
diz: “Oi _______ Sou _______ do _______, moro em _______ e tenho
_________. Vou fazer ____________. Se você não se afastar, vai sofrer as
consequências”. 5) Em seguida, para confirmar os fatos e o endereço
apresentados, acessei a internet através do computador desta serventia,
digitando o endereço _________. 6) Na tela do computador desta serventia
apareceu a postagem de “_______”, dali constando: “Oi _______ Sou _______
do _______,. Vê se te afasta do _______. Se você não se afastar dele, vai
sofrer as consequências”. 7) Após, declarou a solicitante não ser de seu
interesse fossem relatadas as demais informações contidas na página da
internet. 8) Depois, cliquei no ícone localizado no canto superior direito e, após,
cliquei em sair. Pela solicitante foi‐me pedido que lavrasse esta ATA
NOTARIAL, sendo lida em voz alta perante ela, a qual achou‐a conforme, pelo
que a aceita, outorga e assina. Esta ATA NOTARIAL foi registrada no Livro de
Protocolo de escrituras sob o nº _____, em ___/__/_______. Dispensadas as
testemunhas, conforme preceitua o artigo 215, § 5º, do Código Civil Brasileiro,
em virtude da solicitante ter apresentado documentos oficiais de identificação.
Restaram cumpridas as exigências legais e fiscais. (a) _________ (cota). Nada
mais. Eu, (_______ _______), Tabelião, a fiz trasladar, conferi, subscrevo, dou
fé e assino. Selo: _____. FRC _____. FRJ _____. Emolumentos: R$ _____.
Total: R$ _____. (Cidade), 1º de _______ de _______. Em Test. _____ da
verdade. (_______ _______) – Tabelião.
Procedimento Extrajudicial
Procedimento Extrajudicial
12. Ata Notarial de Usucapião Extrajudicial

ATA NOTARIAL DE USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL, QUE SOLICITA

FULANO DE TAL, NA FORMA ABAIXO:

SAIBAM quantos este público instrumento de ATA NOTARIAL DE


USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL virem, que aos vinte e três dias do mês de
março do ano de dois mil e quinze (23/03/2015), em diligência ao endereço
residencial do SOLICITANTE FULANO DE TAL (qualificação completa), foi
requerida a lavratura da presente ATA NOTARIAL, nos termos do artigo 1.071,
inciso I, do novo Código de Processo Civil. Compareceu ainda neste ato na
qualidade de ADVOGADO do SOLICITANTE, DR. FULANO DE TAL,
brasileiro, casado, advogado inscrito na OAB/___ sob o nº ________, inscrito
no CPF/MF sob nº ______, com escritório profissional situado na Avenida
___________. Pelos solicitantes me foi dito sob pena de responsabilidade civil
e criminal, que todos os documentos foram apresentados nos originais para a
lavratura deste ato, e que esses são autênticos e verdadeiros. Os presentes
identificados e reconhecidos por mim, pela documentação pessoal que me foi
apresentada, de cujas identidades e capacidades jurídicas dou fé. E perante o
mesmo Tabelião, pela presente ATA NOTARIAL DE JUSTIFICAÇÃO DE
POSSE PARA FINS DE USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL, a fim de constituir
prova material com presunção de verdade, nos termos dos artigos 215 e
217, do Código Civil, que estabelecem: "Art. 215. A escritura pública, lavrada
em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública, fazendo prova plena e
Art. 217. Terão a mesma força probante os traslados e as certidões, extraídos
por tabelião ou oficial de registro, de instrumentos ou documentos lançados em
suas notas"; foi solicitado o comparecimento deste Tabelião de Notas ao
endereço residencial do SOLICITANTE, sendo ali constatado os seguintes
fatos: 1) desde a data de _________, o SOLICITANTE possui o imóvel urbano,
(se houver eventual contrato, recibo de compra e venda ou outro tipo de
documento particular que tenha procedido à transmissão dessa posse ao
solicitante dessa ata notarial é interessante citar: “conforme contrato particular
de compra e venda, firmado entre FULANO DE TAL em data de”); constituído
por um Lote nº ____, da quadra nº _______, situado no LOTEAMENTO
BAIRRO _______, nesta Cidade de __________, medindo a área de
360,00m2 (trezentos e sessenta metros quadrados), com as seguintes
confrontações e dimensões: frente, Avenida ________, numa linha de
Procedimento Extrajudicial
12,00m; fundos, lote nº _______, numa linha de 12,00m; lado direito, Lote
nº ______, numa linha de 30,00m; e lado esquerdo, lote nº ______, numa
linha de 30,00m; com inscrição imobiliária municipal sob o nº ______; 2)
que segundo informações prestadas pelos confrontantes do imóvel descrito
acima, identificados e reconhecidos por mim, pela documentação pessoal que
me foi apresentada, de cujas identidades e capacidades jurídicas dou fé: a)
dos fundos, Sr. FULANO DE TAL, (qualificação completa); b) do lado
direito, Sr. FULANO DE TAL, (qualificação completa); c) do lado esquerdo,
Sr. FULANO DE TAL, (qualificação completa), sendo todos
respectivamente proprietários do imóveis objetos das matrículas nºs
____, do Cartório de Registro Geral de Imóveis desta Comarca de ____; os
mesmos conhecem a pessoa do SOLICITANTE e informam que têm
conhecimento de que o mesmo tem a posse do imóvel acima descrito há mais
de _________ anos, sem qualquer interrupção ou oposição de terceiros e que
desconhecem a existência de quaisquer ações cíveis reais, pessoais ou
reipersecutórias ajuizadas em face do SOLICITANTE ou de qualquer membro
de sua família; 3) que o imóvel acima está localizado em área urbana na
Avenida _________, com área total de 360,00m2 (trezentos e sessenta metros
quadrados), medindo 12,00m de frente com a dita Avenida ________; ao lado
direito medindo 30,00; ao lado esquerdo medindo 30,00m; onde divide-se com
a propriedade de FULANO DE TAL, medindo 12,00m nos fundos; ao lado
direito divide-se com a propriedade de FULANO DE TAL; e pelo lado esquerdo
divide-se com a propriedade de FULANO DE TAL, tudo em conformidade com
a planta, memorial descritivo e anotação de responsabilidade técnica – ART,
apresentada nestas Notas; 4) que o referido imóvel é de propriedade
desconhecida ou pertence a FULANO DE TAL, conforme certidão
expedida pelo Cartório de Registro Geral de Imóveis da cidade de
_______-ES; 5) o SOLICITANTE declarou que nunca teve qualquer tipo de
contestação ou impugnação por parte de quem quer que seja, sendo a sua
posse mansa, pacífica e contínua e, portanto, sem oposição e ininterrupta
durante todo esse tempo de ____ anos, se inserindo na hipótese de usucapião
ordinário comum, nos termos do artigo 1242, do Código Civil Brasileiro; 6) que
o SOLICITANTE declara que a todo momento agiu como possuidor desde que
entrou para o imóvel agiu como se fosse o próprio dono, tendo nele
estabelecido moradia sua e de sua família; 7) que o SOLICITANTE não é
proprietário de nenhum outro imóvel (em alguns casos de usucapião a pessoa
pode ter outros imóveis. Ver o caso concreto), seja ele rural ou urbano e que
possuindo o referido imóvel por tempo suficiente para ensejar a prescrição
aquisitiva através do usucapião extrajudicial, informou que o valor venal do
imóvel junto à Prefeitura Municipal de ____ (ou o declarado pelo
SOLICITANTE) é de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). Pelo SOLICITANTE
me foi apresentando ainda, para comprovação do seu lapso temporal de posse,
os seguintes documentos: 1- CARNÊS E COMPROVANTES DE
PAGAMENTO DO IPTU DO IMÓVEL OU CERTIDÃO DO TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO DO IPTU (ou FORO ANUAL quando se tratar de domínio
útil ou imóvel aforado ou enfitêutico): Prefeitura Municipal de ____ - Estado
do ___ - Secretaria Municipal de Finanças - Documento de Arrecadação
Municipal – Exercícios de 2005 a 2015 - Parcela Única – em nome de FULANO
DE TAL, com o valor venal de R$ _____, sendo o valor total recolhido de R$
_________. 2- DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA: Declarações anuais
de imposto de renda apresentadas à Secretaria da Receita Federal do Brasil,
Procedimento Extrajudicial
dos exercícios de 2005 a 2015, onde o SOLICITANTE declarou ter a posse do
referido imóvel há mais 10 (dez) anos; 3- COMPROVANTES DE ENDEREÇO
DOS ÚLTIMOS 10 (DEZ) ANOS: Comprovantes de endereço em nome do
SOLICITANTE, relativos ao pagamento de água, energia e telefone,
comprovando a posse no imóvel por mais de ___ anos; 4- PLANTA
ATUALIZADA DO IMÓVEL COM ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
TÉCNICA: foi apresentada ainda a planta atualizada do imóvel, com memorial
descritivo e anotação de responsabilidade técnica – ART – CREA__ nº _____,
assinada pelo engenheiro responsável FULANO DE TAL, em data de
___________; 5- CERTIDÃO NEGATIVA DE FEITOS AJUIZADOS
RELATIVAS A AÇÕES CÍVEIS REAIS, PESSOAIS E REIPERSECUTÓRIAS:
expedida por meio eletrônico – Poder Judiciário do Estado do Espírito Santo -
Certidão nº ______, em data de _________. Certifica que, consultando a base
de dados do Sistema de Gerenciamento de Processos do Poder Judiciário do
Estado do Espírito Santo (E-Jud, SIEP, PROJUDI e PJe) até a presente data e
hora, nada consta contra o SOLICITANTE, conforme itens “e”, “f” e “g”: “e. A
presente certidão abrange todos os processos dos juizados especiais cíveis,
exceto os processos eletrônicos registrados no E-Procees, em funcionamento
nas comarcas de Vitória e Vila Velha; f. Em relação as comarcas da entrância
especial (Vitória/Vila Velha/Cariacica/Serra/Viana), as ações de: execução
fiscal estadual, falência e recuperação judicial, e auditoria militar, tramitam,
apenas, no juízo de Vitória; g. As ações de natureza cível abrangem inclusive
aquelas que tramitam nas varas de Órfãos e Sucessões (Tutela, Curatela,
Interdição,...), Execução Fiscal e Execução Patrimonial (observado o item f)”; 6-
CERTIDÃO NEGATIVA MUNICIPAL expedida por meio eletrônico -Prefeitura
Municipal de ______ - Secretaria Municipal de Finanças - Certidão sob nº
_____, referente ao imóvel devidamente inscrito nesta municipalidade sob nº
_______, datada de 21 de maio de 2015; 7- CERTIDÕES DE CITAÇÃO DE
AÇÕES REAIS, PESSOAIS E REIPERSECUTÓRIAS E DE ÔNUS REAIS EM
NOME DOS CONFRONTANTES: expedida pelo Cartório de Registro Geral de
Imóveis do 1º Ofício da Comarca de _____-ES, em data de _____. Pelo
ADVOGADO do SOLICITANTE me foi dito e declara por este ato notarial que
prestou assistência jurídica ao mesmo e que acompanhou integralmente a
lavratura da presente ATA NOTARIAL. Finalmente, o SOLICITANTE deste ato
declara, sob as penas da lei: 1) que todas as declarações prestadas nesta ATA
NOTARIAL são verdadeiras, sendo informado sobre as sanções cíveis e
criminais em caso de falsa declaração; 2) que requer e autoriza o Senhor
Oficial do Cartório de Registro Geral de Imóveis competente, a prática de todos
os atos registrais em sentido amplo, nos termos do artigo 1.071, do Código de
Processo Civil; 3) que o SOLICITANTE foi instruído por seu advogado de todos
os termos do artigo 1.071, do Código de Processo Civil, que prevê este
procedimento, nos seguintes termos: “Art. 1.071. O Capítulo III do Título V da
Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros Públicos), passa a
vigorar acrescida do seguinte art. 216-A: (Vigência) - “Art. 216-A. Sem prejuízo
da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial de
usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro de
imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo, a
requerimento do interessado, representado por advogado, instruído com: I - ata
notarial lavrada pelo tabelião, atestando o tempo de posse do requerente e
seus antecessores, conforme o caso e suas circunstâncias; II - planta e
memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova
Procedimento Extrajudicial
de anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho de
fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos reais e de outros direitos
registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula
dos imóveis confinantes; III - certidões negativas dos distribuidores da comarca
da situação do imóvel e do domicílio do requerente; IV - justo título ou
quaisquer outros documentos que demonstrem a origem, a continuidade, a
natureza e o tempo da posse, tais como o pagamento dos impostos e das
taxas que incidirem sobre o imóvel.”; e 4) que aceita esta ATA NOTARIAL em
todos os seus termos e conteúdo. CITAR OBRIGAÇÃO DE INFORMAÇÃO À
CENSEC? (Conforme artigo, 7º, do Provimento nº 18/2012, do Conselho
Nacional de Justiça, será procedido o cadastro do presente ato notarial no
prazo legal junto à CENSEC - Central Notarial de Serviços Eletrônicos
Compartilhados. CONSULTAR CNIB? (Conforme determina o art. 14, do
Provimento nº 39/2014, do Conselho Nacional de Justiça – Corregedoria
Nacional de Justiça, datado de 25 de Julho de 2014, assinado pelo Exmº. Sr.
Dr. Conselheiro Guilherme Calmon, Corregedor Nacional de Justiça em
exercício, foram realizadas buscas, na presente data, junto à Central Nacional
de Indisponibilidade de Bens - CNIB, não sendo encontrado qualquer anotação
de Indisponibilidade de Bens em nome do SOLICITANTE que impeçam a
lavratura deste ato, de acordo com Relatório de Consulta de Indisponibilidade
emitido às ______, do dia ________ – Códigos HASH: ___). ENVIAR DOI? (A
DOI referente ao presente instrumento será emitida regularmente e enviada à
SRF, no prazo estabelecido pela IN RFB nº 1.112 de 28/12/2010). As
exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade do ato foram cumpridas.
Sendo tão somente o que tinha a certificar, encerro a lavratura da presente
ATA NOTARIAL, nos termos dos artigos 6º e 7º, inciso III, da Lei Federal nº
8935/94 e dos artigos 364 e 365, inciso II, do Código de Processo Civil
Brasileiro, que estabelecem: "Art. 364. O documento público faz prova não só
da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o tabelião, ou o
funcionário declarar que ocorreram em sua presença. Art. 365. Fazem a
mesma prova que os originais: (...) II - os traslados e as certidões extraídas por
oficial público, de instrumentos ou documentos lançados em suas notas".
Lavrada a presente ATA NOTARIAL e lida em voz alta à parte, achou em tudo
conforme, aceitou e assina, comigo Tabelião, dispensada a presença de
testemunhas, consoante o Artigo 215, Parágrafo 5º, do Código Civil. Eu,
_________________________ Tabelião, que fiz digitar, subscrevo e assino
em público e raso. DOU FÉ. Selo Digital do Ato nº _________,
Emolumentos: Tab. 07, Item IV (R$____), Fundos (R$____), Total (R$____).

Em Testº _________ da verdade.

________________________________________

FULANO DE TAL – Tabelião


Procedimento Extrajudicial
Procedimento Extrajudicial
13. Requerimento de Notificação

AO TABELIÃO2

Eu, ________, brasileira, viúva, do lar, portadora do RG de número ________,


CPF ___________, residente no seguinte endereço _________________,
venho requerer a V.Sa., nos termos do art. 703, § 3º do Código de Processo
Civil, seja providenciada a NOTIFICAÇÃO de
____________________________, brasileira, solteira, do lar, identidade
____________, CPF ______________, que atualmente se encontra residindo
no endereço _______________________, para pagamento do débito existente
em virtude de locação.

A referida pessoa é locadora do imóvel de minha propriedade, conforme


contrato anexo, e está em débito pelo não pagamento até o presente momento
de 3 meses de aluguel, ou seja, aluguéis vencidos em 13 de janeiro, 13 de
fevereiro e 13 de março, sendo que dia 13 de abril vence mais um mês de
aluguel. O valor mensal do aluguel é de R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais)
mais o valor de R$ 58,70 (cinquenta e oito reais e setenta centavos)
correspondente ao IPTU.

Assim, já vencido até a presente data o valor de R$ 1.316,10 (hum mil


trezentos e dezesseis reais e dez centavos) e a vencer no dia 13 de abril o
valor de R$ 438,70 (quatrocentos e trinta e oito reais e setenta centavos).

Além disso, não foi providenciado junto à Cemig a troca do nome do


responsável pela conta de luz e por isso consta débito, em nome da ora
Requerente, junto à Cemig, correspondente ao imóvel locado, no valor,
conforme conta anexa, de R$ 311,45 (trezentos e onze reais e quarenta e cinco
centavos) vencidos até a presente data.

Desta forma, requer a V.Sa., conforme previsto no art. 703, § 3º, do Código de
Processo Civil, que NOTIFIQUE a referida pessoa para, no prazo de 5 (cinco)
dias, pagar o débito já vencido, qual seja, 1.627,55 (hum mil seiscentos e vinte
e sete reais e cinquenta e cinco centavos) ou, se o pagamento ocorrer após 13
de abril, quando já vencido o novo aluguel mensal, o valor de R$ 2.066,25 (dois
mil e sessenta e seis reais e vinte e cinco centavos) diretamente à ora
REQUERENTE, no seu endereço de residência, ou impugnar sua cobrança
perante esse Tabelionato, no endereço do Cartório, qual seja,
_______________________ alegando por escrito uma das causas previstas no
art. 704, do Código de Processo Civil.
2
ASSUMPÇÃO, Letícia; FARIA, Gustavo de. Novo CPC e o penhor legal em cartório de notas. Disponível
em https://www.anoreg.org.br/site/2019/03/21/artigo-o-novo-cpc-e-o-penhor-legal-em-cartorio-de-
notas-por-leticia-assumpcao-e-gustavo-de-faria/
Procedimento Extrajudicial
Não havendo o pagamento ou a impugnação, a REQUERENTE comparecerá
ao Cartório, querendo, para dar prosseguimento ao feito, com aformalização,
por escritura pública, da homologação do penhor legal dos objetos que
guarnecem o imóvel locado, conforme lista anexa e avaliação feita por
profissional da áreamoveleira, também anexa, QUANDO SERÃO PAGOS OS
EMOLUMENTOS CORRESPONDENTES.

Local e data.

Assinatura do requerente perante o tabelião ou com firma reconhecida


Procedimento Extrajudicial
14. Notificação Extrajudicial

NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL3

O TABELIÃO DE NOTAS ___________, COM ENDEREÇO


______________________, VEM, NA FORMA PREVISTA NO ART. 703, 3º,
DO NOVO CPC, NOTIFICAR:

NOTIFICADO: __________________________ (NOME E QUALIFICAÇÃO


COMPLETA, INCLUSIVE ENDEREÇO ONDE IRÁ SER CUMPRIDA A
NOTIFICAÇÃO)

em virtude de requerimento feito por:

REQUERENTE: __________________________ (NOME E QUALIFICAÇÃO


COMPLETA, INCLUSIVE ENDEREÇO)

TEOR DESTA NOTIFICAÇÃO

O NOTIFICANTE, que esta subscreve, vem, na forma prevista no art. 703, § 3º,
do Código de Processo Civil, notificar respeitosa e formalmente Vossa
Senhoria sobre os fatos que são expostos a seguir:

Vossa Senhoria é locadora do imóvel de propriedade de


____________________, conforme contrato anexo, e está em débito com a
locadora pelo não pagamento até o presente momento de 3 meses de aluguel,
ou seja, aluguéis vencidos em 13 de janeiro, 13 de fevereiro e 13 de março,
sendo que dia 13 de abril vence mais um mês de aluguel. O valor mensal do
aluguel é de R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais) mais o valor de R$ 58,70
(cinquenta e oito reais e setenta centavos) correspondente ao IPTU. Assim, já
vencido até a presente data o valor de R$ 1.316,10 (hum mil trezentos e
dezesseis reais e dez centavos) e a vencer no dia 13 de abril o valor de R$
438,70 (quatrocentos e trinta e oito reais e setenta centavos). Além disso,
Vossa Senhoria não providenciou junto à Cemig a troca do nome do
responsável pela conta de luz e por isso consta débito, em nome da
proprietária, junto à Cemig, correspondente ao imóvel locado, no valor,
conforme conta anexa, de R$ 311,45 (trezentos e onze reais e quarenta e cinco
centavos) vencidos até a presente data.

Segue na tabela abaixo a conta pormenorizada das despesas: ____

3
ASSUMPÇÃO, Letícia; FARIA, Gustavo de. Novo CPC e o penhor legal em cartório de notas. Disponível
em https://www.anoreg.org.br/site/2019/03/21/artigo-o-novo-cpc-e-o-penhor-legal-em-cartorio-de-
notas-por-leticia-assumpcao-e-gustavo-de-faria/
Procedimento Extrajudicial
Em razão das despesas acima, foi expedido em favor de Vossa Senhoriao
comprovante dos bens empenhados, nos exatos termos do art. 1.470 do
Código Civil. São estes:

Apesar de Vossa Senhoria ter sido comunicada por via telefônica (e-mail ou
notificação por Cartório de Títulos e Documentos) para receber o comprovante
supracitado, até o presente momento, __ horas após sua lavratura, não o fez.
Neste sentido, é lhe remetido em anexo o referido comprovante juntamente
com a presente notificação.

Desta forma, conforme previsto no art. 703, § 3º, do Código de Processo Civil,
fica Vossa Senhoria NOTIFICADA para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar o
débito já vencido, qual seja, 1.627,55 (hum mil seiscentos e vinte e sete reais e
cinquenta e cinco centavos) ou, se o pagamento ocorrer após 13 de abril,
quando já vencido o novo aluguel mensal, o valor de R$ 2.066,25 (dois mil e
sessenta e seis reais e vinte e cinco centavos) diretamente à Sra.
_________________, REQUERENTE, no seu endereço de residência, ou
impugnar sua cobrança perante esse TABELIÃO, no endereço do Cartório,
qual seja, ___________________________, alegando por escrito uma das
causas previstas no art. 704, do Código de Processo Civil, além de informar se
alguns dos bens empenhados são utilizados no exercício da empresa.

Informo que, nos termos do art. 704, § 4º, do Código de Processo Civil,
transcorrido o prazo sem manifestação do devedor, essa notária, ora
Notificante, formalizará a homologação do penhor legal dos objetos
relacionados no comprovante supracitado, por escritura pública.

LOCAL, DATA

ASSINATURA DO TABELIÃO

NOTA: Caso a parte opte por encaminhar o contrato de locação, o mesmo será
devidamente registrado no Ofício de Títulos e Documentos, nos termos do art.
381 do Código de Normas do Extrajudicial do Estado de Minas Gerais, assim
como do item 1º. do art. 129 da Lei n. 6.015/73).
Procedimento Extrajudicial
15. Contrato de Compra e Venda com Alienação Fiduciária

Por este instrumento particular, de um lado ___________. (denominação da


financiadora), CGC n.º __________. (inscrição no Ministério da Fazenda da
financiadora), com sede à ___________ n.º _________ (endereço completo da
financiadora), na cidade de __________, Estado de __________ (cidade e
Estado da sede da financiadora), de ora em diante chamada simplesmente de
FINANCIADORA e, de outro lado, __________. (nome completo do
financiado), nacionalidade ___________., profissão ___________, estado civil
__________, RG n.º __________, CIC n.º __________, residente e domiciliado
à __________ n.º _________ (endereço e dados do financiado, se pessoa
física; se pessoa jurídica, será, depois da denominação: endereço da sede,
cidade, Estado, CGC n.º), e ora em diante chamado simplesmente de
FINANCIADO, têm, entre si, como justo e contratado, o que se segue:

1º – O FINANCIADO adquiriu da vendedora __________ (denominação ou


razão social da firma vendedora do bem que será alienado), situada à
__________ n.º _______., na cidade de ___________., Estado de
___________. (endereço completo da vendedora do bem que será alienado),
CGC n.º __________ (CGC da vendedora) o seguinte bem __________.
(descrever o bem que será alienado), pelo valor de R$__________ (valor total
do bem adquirido).

2º – A FINANCIADORA entregará ao FINANCIADO, através de carta de crédito


(ou cheque, com detalhes do mesmo e banco contra o qual será emitido), o
valor de R$___________ (valor que será entregue ao financiado, também por
extenso), para utilizá-lo como pagamento de parte do preço do bem identificado
na cláusula anterior, valor esse que passará o FINANCIADO a dever, como
principal, à FINANCIADORA.

3º – O FINANCIADO, por este ato, confessa-se devedor da FINANCIADORA


pela quantia que dela neste ato recebeu, estipulada na cláusula anterior,
obrigando-se a pagá-la acrescida de: juros, comissões, correção monetária; do
valor do imposto sobre operações financeiras incidentes sobre este contrato;
das taxas de aceite e distribuição de letras de câmbio que constam deste
mesmo instrumento.

4º – O valor globalizando o principal e encargos, fixados na cláusula anterior,


será pago pelo FINANCIADO em ________ (número de prestações)
prestações mensais, iguais e sucessivas, vencendo-se a primeira no dia ____
de ___________ de ______ (data de vencimento da primeira parcela), e todas
as demais em igual dia, em cada mês sucessivo após o vencimento da
primeira, totalizando saldo devedor de R$ __________. (valor total, soma de
todas as prestações a serem pagas).

5º – Como instrumento controlador do pagamento das prestações devidas pelo


FINANCIADO, a FINANCIADORA entregará ao FINANCIADO um carnê
contendo avisos-recibos, um para cada uma das prestações ajustadas na
Procedimento Extrajudicial
forma deste contrato, sendo que esse carnê deverá ser apresentado pelo
FINANCIADO no ato de pagamento de cada uma de suas prestações
__________. (indicar o local ou bancos onde o pagamento deverá ser
efetuado), sendo que a quitação se dará por autenticação mecânica,
correspondente a cada uma das prestações que houverem sido pagas.

6º – O FINANCIADO apresenta, como seus avalistas, que assinam também


este contrato__________(citar nome, CPF, endereço completo, nacionalidade,
estado civil, profissão e até telefone de cada um dos avalistas).

7º – Vencida e não paga qualquer da prestações do financiadora poderá sacar


uma letra de câmbio à vista contra o FINANCIADO pelo valor da prestação em
mora, levando-a a protesto ou, então, poderá a FINANCIADORA optar, a
qualquer tempo, pelo, procedimento da cláusula seguinte.

8º – Para utilização exclusivamente em caso de inadimplência, o FINANCIADO


emite a favor da FINANCIADORA uma Nota Promissória, pelo valor total de
sua obrigação, incluindo o principal e encargos, em vencimento expresso,
avalizada pelos avalistas nomeados na cláusula 6º. Se o FINANCIADO incidir
em impontualidade, insolvência ou infração de obrigação legal ou contratual, a
FINANCIADORA anotará na referida Nota Promissória o total das prestações
recebidas e a levará a protesto pelo saldo devedor que se considerará
antecipadamente vencido e exigível de pleno direito. Caberão à
FINANCIADORA os direitos e ações outorgados pelo Decreto-lei n.º 911/69 e
legislação posterior aplicável, ficando desde já investida dos necessários
poderes para retomar, vender e transferir aos compradores os bens dos quais,
por este contrato, se tornou proprietária fiduciária.

9º – Em garantia das obrigações principais e acessórias ora contratadas, o


FINANCIADO transfere ä FINANCIADORA, em alienação fiduciária, o bem
identificado na cláusula 1º deste instrumento e dos demais elementos
identificadores que ficam fazendo parte deste contrato.

10º – Para recomposição de seu Caixa, com os recursos que empregou para a
realização deste financiamento, a FINANCIADORA aceitará, a débito do
FINANCIADO, letras de câmbio ao portador, sacadas pela interveniente
___________(denominação do interveniente), colocando essas letras no
mercado de capitais, lastreadas pela Nota Promissória referida na cláusula 8º.

11º – Na ocorrência de mora do FINANCIADO, serão cobrados do mesmo, na


data da efetiva liquidação de seus débitos, encargos à taxa máxima que estiver
sendo praticada pela FINANCIADORA e que, em hipótese alguma, será inferior
às taxas estipuladas neste contrato e, se ajuizada a cobrança, o FINANCIADO
ficará, ainda, sujeito ao pagamento das custas, demais despesas e honorários
de advogado nunca inferiores a 10% sobre o valor da condenação.

12º – Excluso o caso de rescisão antecipada por inadimplência, a liuidação


deste contrato, antes de seu vencimento, fica condicionada à expressa
anuência da FINANCIADORA.

13º – A partes elegem como seu domicílio imutável, para a propositura de


Procedimento Extrajudicial
qualquer ação resultante deste contrato, a Comarca de________(denominação
da Comarca que se elege para domicílio imutável das partes).

Por estarem, assim, ajustadas, as partes assinam este contrato na


presença das testemunhas abaixo.

Local e data.

_____________

(FINANCIADO)

_____________

(FINANCIADORA)

Avalistas:

a)___________

b)___________

Testemunhas:

1º – ___________

Nome:

CPF:

Endereço:

2º – __________.

Nome:

CPF:

Endereço:
Procedimento Extrajudicial
16. Acordo Extrajudicial Trabalhista

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA_______ VARA


DO TRABALHO DA COMARCA DE___________________

[QUALIFICAÇÃO DO TRABALHADOR], e [QUALIFICAÇÃO DO


EMPREGADOR], neste ato representados por advogados distintos (docs. I e
II), vêm, respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos termos do que
consta no Capítulo III-A do Título X da CLT, arts. 855-B e seguintes, requerer,
em procedimento de jurisdição voluntária, a HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO
EXTRAJUDICIAL, que foi entabulado entre as partes de forma livre e
consciente, nos seguintes termos:

I - Requisitos formais essenciais

Excelência, conforme se pode constatar dos documentos ora anexados (docs. I


e II), o Trabalhador e a Empregadora estão representados por advogados
diferentes, estando o presente petitório sendo apresentado pelas partes em
conjunto, nos termos do art. 855-B, caput e parágrafo único.

II - Contexto fático da relação de emprego

O Trabalhador foi contratado com registro em CTPS através de contrato por


prazo [tipo de contrato], no dia [dia inicial do contrato], para exercer a função de
[profissão], tendo recebido como última e maior remuneração (salário base e
outras verbas salariais), o valor de R$ [valor da última remuneração].

No desempenho de seu ofício, o Trabalhador desenvolvia as seguintes


atividades:

[descrição das atividades]

O rompimento do contrato de trabalho ocorreu por dispensa [motivo da


dispensa], no dia [dia da dispensa], quando o trabalho foi efetivamente
Procedimento Extrajudicial
interrompido.

III - Quitação das verbas rescisórias

As partes informam que as verbas rescisórias referentes ao presente


contrato já foram corretamente adimplidas, conforme demonstra o incluso
TRCT, nos termos do art. 855-C do texto legal consolidado.

IV - Mediação

A realização do presente acordo teve a importante colaboração do Centro


Judiciário de Solução de Conflitos Individuais do TRT da [] Região o qual
promoveu atividades de cunho conciliatório entre as partes, conforme relatório
em anexo.

V - Pontos controvertidos e direitos transacionados

As partes justificam o procedimento adotado, Excelência, uma vez que


divergem com relação aos seguintes aspectos fáticos da relação contratual:

 Tempo de trabalho

As partes divergem com relação ao tempo de trabalho exercido em situação


compatível com o art. 3º da CLT.

Para o Trabalhador, o contrato de emprego foi iniciado no dia [], e terminado no


dia [], totalizando [] dias de trabalho, enquanto para a Empregadora a data
correta é [], totalizando [] dias.

 Motivo de desligamento

As partes divergem também com relação ao motivo de desligamento: enquanto


o Trabalhador entende ter ocorrido a modalidade de dispensa sem justa causa,
o Empregadpr entende ter ocorrido um pedido de demissão.

 O valor das verbas que compõem a remuneração;

As partes divergem com relação ao valor das verbas que devem compor a
remuneração para todos os efeitos legais.

A controvérsia cinge-se, basicamente, à integração de prêmios e gratificações


nas verbas rescisórias.

VI - Composição
Procedimento Extrajudicial
Através da intermediação de seus advogados, e do já citado Núcleo de
Mediação [], as partes conseguiram lograr êxito na composição amigável para
a quitação dos direitos decorrentes das situações de fato acima citadas.

A tabela abaixo demonstra a relação entre o entendimento de Trabalhador e


Empregadora quanto aos direitos que estão sendo transacionados, e a solução
resultante do acordo.

Direito/Suporte
Trabalhador Empregadora Acordo
Fático

Função pedreiro pedreiro pedreiro

Tempo 500 dias 300 dias 450 dias

Tipo de contrato indeterminado indeterminado indeterminado

Motivo de
dispensa demissão dispensa
desligamento

Última
R$ 1.500,00 R$ 1.800,00 R$ 1.650,00
remuneração

VII - Concessões mútuas e benefícios recíprocos

Na realização do presente acordo, Excelência, as partes cederam em suas


respectivas pretensões.

De um lado, o Trabalhador aceitou receber valor menor do que seria devido em


caso de procedência total da respectiva ação trabalhista, enquanto, de outro
lado, a Empregadora aceitou pagar valor maior do acredita ser devido pelos
direitos aqui transacionados.

A Empregadora, além disso, vem passando por situação financeira adversa,


conforme demonstram os inclusos documentos (docs.), estando, atualmente,
Procedimento Extrajudicial
em regime de recuperação judicial.

De forma que ambos saem da situação com benefícios que entendem


equivalentes: a Empregadora reduzindo o custo que teria com um longo
processo, e tendo maior segurança jurídica, e o Trabalhador pelo recebimento
certeiro e imediato, e evitando os riscos processuais de uma eventual
sucumbência.

VIII - Valor e condições do acordo

Para realizar a transação dos direitos de maneira equânime e transparente,


Excelência, as partes realizaram cálculos preliminares partindo de seus
respectivos entendimentos (doc. III do Trabalhador, e doc. IV da Empregadora).

O valor final do acordo, de R$ [], encontra-se próximo ao meio entre os dois


valores (R$ [] do Trabalhador, e R$ [] da Empregadora, conforme se pode notar
do gráfico em anexo (doc. V), representando um deságio (em relação ao
cálculo do Trabalhador), de apenas []%.

A Empregadora também já realizou o registro, a baixa, e demais anotações na


CTPS do Trabalhador, e está entregando nesta data as guias SD para
recebimento do seguro-desemprego, e documentos relativos ao saque do
FGTS.

IX - Data de pagamento

O pagamento será feito à vista, no dia ____, através de depósito na conta


bancária nº____, agência _____, da cidade de ____.

X - Comunicação de descumprimento

O Trabalhador fica responsável pela comunicação de eventual


descumprimento.

XI - Multa por descumprimento

Será devida multa de 50% sobre o valor deste acordo, em caso de


descumprimento de qualquer pagamento.

XII - Discriminação das verbas quitadas

O presente acordo coloca fim na relação de emprego e dá plena e geral


quitação sobre as seguintes verbas trabalhistas, nos seguintes valores, e com
as seguintes naturezas:
Procedimento Extrajudicial

Verba Valor Natureza

Aviso Prévio 6.500,00 Indenizatória

Salário 6.000,00 Salarial

Horas Extras 10.000,00 Salarial

Diferenças salariais 2.000,00 Salarial

Férias Vencidas 6.500,00 Indenizatória

Total Geral 31.000,00 -

Total Salariais 18.000,00 -

Total Indenizatórias 13.000,00 -

XII - Recolhimentos fiscais

Em decorrência das verbas quitadas nesta ação, conforme tabela anterior,


foram devidos recolhimentos previdenciários no montante de R$ [], já
devidamente efetuados pela Empregadora, conforme documentos em anexo
(doc. X).

XIV - Recolhimento de custas

As partes requerem que as custas sejam divididas pela metade, com a


concessão da Justiça Gratuita ao Trabalhador (eventualmente, pedir
também para a empregadora), tendo em vista que recebia salário de [] na
época do desligamento (menor, portanto, que o novo teto instituído pela Lei
13.467/17), além de estar atualmente desempregado.

A parte cabente à Empregadora já foi recolhida, conforme guia de custas em


Procedimento Extrajudicial
anexo.

O Gerador de Petições do Acordo Extrajudicial Trabalhista verifica o


atendimento dos requisitos e gera um modelo de petição adaptado ao caso
concreto.

XV - Requerimento final

Por todo exposto, requerem:

1. A homologação do presente acordo, nos termos e na forma expostos


neste petitório, com a dispensa do prazo recursal, ou então,
subsidiariamente, que seja designada audiência, nos termos do art. 855-
D da CLT;

2. A concessão da Justiça Gratuita para o trabalhador, nos termos acima


expostos, com a eventual oportunidade para a complementação com os
documentos que Vossa Excelência julgar necessários e aptos para
tanto;

3. A concessão da Justiça Gratuita para a Empregadora, nos termos acima


expostos, com a eventual oportunidade para a complementação com os
documentos que Vossa Excelência julgar necessários e aptos para
tanto;

4. A declaração de interrupção das prescrições bienal e quinquenal;

5. A extinção do presente com julgamento de mérito, após cumpridas as


condições contratuais;

Termos em que, dando ao presente procedimento o valor de R$_____ para


efeitos processuais,

Pede deferimento.

Trabalhador

RG:

Empregadora

CNPJ:

Advogado do Trabalhador - OAB/UF:


Procedimento Extrajudicial
Advogado da Empregadora - OAB/UF:
Procedimento Extrajudicial

PROVIMENTOS E
RESOLUÇÕES DO
CONSELHO NACIONAL DE
JUSTIÇA
Procedimento Extrajudicial
1. Provimento nº 72 de 27/06/2018 - Quitação ou renegociação
de dívidas protestadas

O CORREGEDOR NACIONAL DA JUSTIÇA, usando de suas atribuições


constitucionais, legais e regimentais e
CONSIDERANDO o poder de fiscalização e de normatização do Poder
Judiciário dos atos praticados por seus órgãos (art. 103-B, § 4º, I, II e III, da
Constituição Federal de 1988);
CONSIDERANDO a competência do Poder Judiciário de fiscalizar os serviços
extrajudiciais (arts. 103-B, § 4º, I e III, e 236, § 1º, da Constituição Federal);
CONSIDERANDO a competência da Corregedoria Nacional de Justiça de
expedir provimentos e outros atos normativos destinados ao aperfeiçoamento
das atividades dos serviços extrajudiciais (art. 8º, X, do Regimento Interno do
Conselho Nacional de Justiça);
CONSIDERANDO a obrigação dos serviços extrajudiciais de cumprir as
normas técnicas estabelecidas pelo Poder Judiciário (arts. 37 e 38 da Lei n.
8.935, de 18 de novembro de 1994);
CONSIDERANDO a incumbência do Conselho Nacional de Justiça de
consolidar uma política pública permanente de incentivo e aperfeiçoamento dos
mecanismos consensuais de solução de litígios (Resolução CNJ n. 125, de 29
de novembro de 2010);
CONSIDERANDO a necessidade de organização e uniformização de
procedimentos consensuais de solução de conflitos, a serem realizados, de
forma facultativa, pelos serviços extrajudiciais;
CONSIDERANDO as disposições do Código de Processo Civil, da Lei n.
13.140, de 26 de junho de 2015, e as sugestões e aquiescência da Comissão
de Acesso à Justiça e Cidadania (CAJC), do Conselho Nacional de Justiça,

RESOLVE:

Art. 1º Dispor sobre medidas de incentivo à quitação ou renegociação de


dívidas protestadas nos tabelionatos de protesto do Brasil.
Art. 2º As medidas de incentivo à quitação ou à renegociação de dívidas
protestadas nos tabelionatos de protesto serão medidas prévias e facultativas
aos procedimentos de conciliação e mediação e deverão observar os requisitos
previstos neste provimento.
Art. 3º As corregedorias-gerais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e
dos Territórios manterão em seu site listagem pública dos tabelionatos de
protesto autorizados a realizar as medidas de incentivo à quitação ou à
renegociação de dívidas protestadas e os procedimentos de conciliação e
mediação, indicando os nomes dos conciliadores e mediadores, de livre
escolha das partes.
• 1º O processo de autorização dos tabelionatos de protesto deverá ser
submetido ao Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de
Conflitos (NUPEMEC) dos tribunais e às corregedorias-gerais de justiça dos
Estados e do Distrito Federal e dos Territórios.
• 2º O processo de autorização mencionado no parágrafo anterior deverá ser
instruído com os seguintes documentos:
I – plano de trabalho, indicando a estrutura existente para a prestação de
serviço de conciliação e mediação;
Procedimento Extrajudicial
II – proposta de fluxograma do procedimento para a quitação ou a
renegociação de dívidas protestadas;
III – cópia dos certificados de capacitação dos conciliadores e mediadores, nos
termos da Resolução CNJ n. 125/2010.
Art. 4º As medidas de incentivo à quitação ou à renegociação de dívidas
protestadas nos tabelionatos de protesto serão consideradas fase antecedente
à possível instauração de procedimento de conciliação ou de mediação.
Parágrafo único. As mencionadas medidas serão adotadas pelos delegatários
ou por seus escreventes autorizados, e as sessões de conciliação e de
mediação deverão observar as regras dispostas no Provimento CN-CNJ n. 67,
de 26 de março de 2018.
Art. 5º O procedimento de incentivo à quitação ou à renegociação de dívidas
protestadas terá início mediante requerimento do credor ou do devedor,
pessoalmente no tabelionato onde foi lavrado o protesto; por meio eletrônico;
ou por intermédio da central eletrônica mantida pelas entidades representativas
de classe.
Parágrafo único. O procedimento não poderá ser adotado se o protesto tiver
sido sustado ou cancelado.
Art. 6º São requisitos mínimos para requerer medidas de incentivo à quitação
ou à renegociação de dívidas protestadas e procedimentos de conciliação e de
mediação:
I – qualificação do requerente, em especial, o nome ou denominação social,
endereço, telefone e e-mail de contato, número da carteira de identidade e do
cadastro de pessoas físicas (CPF) ou do cadastro nacional de pessoa jurídica
(CNPJ) na Secretaria da Receita Federal, conforme o caso;
II – dados suficientes da outra parte para que seja possível sua identificação e
convite;
III – a indicação de meio idôneo de notificação da outra parte;
IV – a proposta de renegociação;
V – outras informações relevantes, a critério do requerente.
Art. 7º Após o recebimento e protocolo do requerimento, se, em exame formal,
for considerado não preenchido algum dos requisitos previstos no artigo
anterior, o requerente será notificado, preferencialmente por meio eletrônico,
para sanar o vício no prazo de 10 (dez) dias.
1º Se persistir o não cumprimento de qualquer dos requisitos, o pedido será
rejeitado.
2º A inércia do requerente acarretará o arquivamento do pedido por ausência
de interesse.
Art. 8º No requerimento de medidas de incentivo à quitação ou à renegociação
de dívidas protestadas, o credor poderá conceder autorização ao tabelião de
protesto para:
I – expedir aviso ao devedor sobre a existência do protesto e a possibilidade de
quitação da dívida diretamente no tabelionato, indicando o valor atualizado do
débito, eventuais condições especiais de pagamento e o prazo estipulado;
II – receber o valor do título ou documento de dívida protestado, atualizado
monetariamente e acrescido de encargos moratórios, emolumentos, despesas
do protesto e encargos administrativos;
III – receber o pagamento, mediante condições especiais, como abatimento
parcial do valor ou parcelamento, observando-se as instruções contidas no ato
de autorização do credor;
IV – dar quitação ao devedor e promover o cancelamento do protesto.
Procedimento Extrajudicial
• 1º O valor recebido será creditado na conta bancária indicada pelo credor ou
será colocado a sua disposição no primeiro dia útil subsequente ao do
recebimento.
• 2º Os encargos administrativos referidos no inciso II do caput deste artigo
incidirão somente na hipótese de quitação on-line da dívida ou de pedido de
cancelamento por intermédio da central eletrônica mantida pelas entidades
representativas de classe, em âmbito nacional ou regional, e serão
reembolsados pelo devedor na forma e conforme os valores que forem fixados
pela entidade e informados à corregedoria-geral de justiça local.
• 3º Serão compreendidas como encargos administrativos as despesas com
compensação de boleto bancário, operação de cartão de crédito, transferências
bancárias, certificação digital (SDK, framework, certificado de atributo e de
carimbo de tempo) e outras que forem previstas em normas estaduais, desde
que indispensáveis para a prestação do serviço por meio da central
informatizada.
• 4º A autorização deverá ter prazo de vigência especificado, e o credor deverá
atualizar os dados cadastrais fornecidos, especialmente os bancários.
• 5º Se ajustado parcelamento da dívida, o protesto poderá ser cancelado após
o pagamento da primeira parcela, salvo existência de estipulação em contrário
no termo de renegociação da dívida.
Art. 9º A qualquer tempo, o devedor poderá formular proposta de pagamento
ao credor, caso em que será expedido aviso ao credor acerca das condições
da proposta, arcando o interessado com a eventual despesa respectiva.
Art. 10. O credor ou o devedor poderão requerer a designação de sessão de
conciliação ou de mediação, aplicando-se as disposições previstas no
Provimento CN-CNJ n. 67/2018.
Art. 11. Os tabelionatos de protesto do Brasil poderão firmar convênio com a
União, Estados, Distrito Federal e Municípios para adoção das medidas de
incentivo à quitação ou à renegociação de dívidas protestadas.
Art. 12. O convênio de que trata o artigo anterior, em âmbito nacional,
dependerá da homologação da Corregedoria Nacional de Justiça.
Parágrafo único. O Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil
(IEPTB/BR) formulará pedido de homologação à Corregedoria Nacional de
Justiça via PJe.
Art. 13. O convênio mencionado no art. 11 deste provimento, em âmbito local,
dependerá da homologação das corregedorias de justiça dos Estados ou do
Distrito Federal, às quais competirá:
I – realizar estudo prévio acerca da viabilidade jurídica, técnica e financeira do
serviço;
II – enviar à Corregedoria Nacional de Justiça cópia do termo celebrado em
caso de homologação, para disseminação de boas práticas entre os demais
entes da Federação.
Art. 14. Enquanto não editadas, no âmbito dos Estados e do Distrito Federal,
normas específicas relativas aos emolumentos, observadas as diretrizes
previstas pela Lei n. 10.169, de 29 de dezembro de 2000, aplicar-se-á às
medidas de incentivo à quitação ou à renegociação de dívidas protestadas a
tabela referente ao menor valor de uma certidão individual de protesto; às
conciliações e às mediações extrajudiciais, a tabela referente ao menor valor
cobrado na lavratura de escritura pública sem valor econômico, incidindo as
disposições previstas na Seção VII do Provimento CN-CNJ n. 67/2018.
Procedimento Extrajudicial
§ 1º O pagamento dos emolumentos pelas medidas de incentivo à quitação ou
à renegociação de dívidas e pelas conciliações e mediações extrajudiciais não
dispensará o pagamento de emolumentos devidos pelo eventual cancelamento
do protesto.
§ 2º Será vedado aos tabelionatos de protesto receber das partes qualquer
vantagem referente às medidas de incentivo à quitação ou à renegociação de
dívidas protestadas e às sessões de conciliação e de mediação, exceto os
valores previstos no art. 8º, II, deste provimento, os emolumentos previstos no
caput deste artigo e as despesas de notificação.
Art. 15. Será vedado aos tabelionatos de protesto estabelecer, em documentos
por eles expedidos, cláusula compromissória de conciliação ou de mediação
extrajudicial.
Art. 16. Aplica-se o disposto no art. 132, caput e § 1º, do Código Civil brasileiro
à contagem dos prazos, bem como as disposições do Provimento CN-CNJ n.
67/2018.
Art. 17. Este provimento entra em vigor na data de sua publicação,
permanecendo válidos os provimentos editados pelas corregedorias de justiça
no que forem compatíveis.

Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA


Procedimento Extrajudicial
2. Provimento nº 65, de 14/12/2017 - Procedimento da
Usucapião Extrajudicial nos Serviços Notariais e de Registro de
Imóveis

O Provimento nº 65 do CNJ, estabelece diretrizes para o procedimento da


usucapião extrajudicial nos serviços notariais e de registro de imóveis.

Art. 1º Estabelecer diretrizes para o procedimento da usucapião extrajudicial no


âmbito dos serviços notariais e de registro de imóveis, nos termos do art. 216-A
da LRP.

Art. 2º Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de


reconhecimento extrajudicial da usucapião formulado pelo requerente –
representado por advogado ou por defensor público, nos termos do disposto no
art. 216-A da LRP –, que será processado diretamente no ofício de registro de
imóveis da circunscrição em que estiver localizado o imóvel usucapiendo ou a
maior parte dele.

§ 1º O procedimento de que trata o caput poderá abranger a propriedade e


demais direitos reais passíveis da usucapião.

§ 2º Será facultada aos interessados a opção pela via judicial ou pela


extrajudicial; podendo ser solicitada, a qualquer momento, a suspensão do
procedimento pelo prazo de trinta dias ou a desistência da via judicial para
promoção da via extrajudicial.

§ 3º Homologada a desistência ou deferida a suspensão, poderão ser utilizadas


as provas produzidas na via judicial.

§ 4º Não se admitirá o reconhecimento extrajudicial da usucapião de bens


públicos, nos termos da lei.

Art. 3º O requerimento de reconhecimento extrajudicial da usucapião atenderá,


no que couber, aos requisitos da petição inicial, estabelecidos pelo art. 319 do
Código de Processo Civil – CPC, bem como indicará:

I – a modalidade de usucapião requerida e sua base legal ou constitucional;’

II – a origem e as características da posse, a existência de edificação, de


benfeitoria ou de qualquer acessão no imóvel usucapiendo, com a referência
às respectivas datas de ocorrência;

III – o nome e estado civil de todos os possuidores anteriores cujo tempo de


posse foi somado ao do requerente para completar o período aquisitivo;
Procedimento Extrajudicial
IV – o número da matrícula ou transcrição da área onde se encontra inserido o
imóvel usucapiendo ou a informação de que não se encontra matriculado ou
transcrito;

V – o valor atribuído ao imóvel usucapiendo.

Art. 4º O requerimento será assinado por advogado ou por defensor público


constituído pelo requerente e instruído com os seguintes documentos:

I – ata notarial com a qualificação, endereço eletrônico, domicílio e residência


do requerente e respectivo cônjuge ou companheiro, se houver, e do titular do
imóvel lançado na matrícula objeto da usucapião que ateste:

a) a descrição do imóvel conforme consta na matrícula do registro em caso de


bem individualizado ou a descrição da área em caso de não individualização,
devendo ainda constar as características do imóvel, tais como a existência de
edificação, de benfeitoria ou de qualquer acessão no imóvel usucapiendo;
b) o tempo e as características da posse do requerente e de seus
antecessores;
c) a forma de aquisição da posse do imóvel usucapiendo pela parte requerente;
d) a modalidade de usucapião pretendida e sua base legal ou constitucional;
e) o número de imóveis atingidos pela pretensão aquisitiva e a localização: se
estão situados em uma ou em mais circunscrições;
f) o valor do imóvel;
g) outras informações que o tabelião de notas considere necessárias à
instrução do procedimento, tais como depoimentos de testemunhas ou partes
confrontantes;
II – planta e memorial descritivo assinados por profissional legalmente
habilitado e com prova da Anotação da Responsabilidade Técnica – ART ou do
Registro de Responsabilidade Técnica – RTT no respectivo conselho de
fiscalização profissional e pelos titulares dos direitos registrados ou averbados
na matrícula do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes
ou pelos ocupantes a qualquer título;

III – justo título ou quaisquer outros documentos que demonstrem a origem, a


continuidade, a cadeia possessória e o tempo de posse;

IV – certidões negativas dos distribuidores da Justiça Estadual e da Justiça


Federal do local da situação do imóvel usucapiendo expedidas nos últimos
trinta dias, demonstrando a inexistência de ações que caracterizem oposição à
posse do imóvel, em nome das seguintes pessoas:

a) do requerente e respectivo cônjuge ou companheiro, se houver;


b) do proprietário do imóvel usucapiendo e respectivo cônjuge ou companheiro,
se houver;

c) de todos os demais possuidores e respectivos cônjuges ou companheiros,


se houver, em caso de sucessão de posse, que é somada à do requerente
para completar o período aquisitivo da usucapião;
Procedimento Extrajudicial
V – descrição georreferenciada nas hipóteses previstas na Lei n. 10.267, de 28
de agosto de 2001, e nos decretos regulamentadores;

VI – instrumento de mandato, público ou particular, com poderes especiais e


com firma reconhecida, por semelhança ou autenticidade, outorgado ao
advogado pelo requerente e por seu cônjuge ou companheiro;

VII – declaração do requerente, do seu cônjuge ou companheiro que outorgue


ao defensor público a capacidade postulatória da usucapião;

VIII – certidão dos órgãos municipais e/ou federais que demonstre a natureza
urbana ou rural do imóvel usucapiendo, nos termos da Instrução Normativa
Incra n. 82/2015 e da Nota Técnica Incra/DF/DFC n. 2/2016, expedida até trinta
dias antes do requerimento.

§ 1º Os documentos a que se refere o caput deste artigo serão apresentados


no original.

§ 2º O requerimento será instruído com tantas cópias quantas forem os


titulares de direitos reais ou de outros direitos registrados sobre o imóvel
usucapiendo e os proprietários confinantes ou ocupantes cujas assinaturas não
constem da planta nem do memorial descritivo referidos no inciso II deste
artigo.

§ 3º O documento oferecido em cópia poderá, no requerimento, ser declarado


autêntico pelo advogado ou pelo defensor público, sob sua responsabilidade
pessoal, sendo dispensada a apresentação de cópias autenticadas.

§ 4º Será dispensado o consentimento do cônjuge do requerente se estiverem


casados sob o regime de separação absoluta de bens.

§ 5º Será dispensada a apresentação de planta e memorial descritivo se o


imóvel usucapiendo for unidade autônoma de condomínio edilício ou
loteamento regularmente instituído, bastando que o requerimento faça menção
à descrição constante da respectiva matrícula.

§ 6º Será exigido o reconhecimento de firma, por semelhança ou autenticidade,


das assinaturas lançadas na planta e no memorial mencionados no inciso II do
caput deste artigo.

§ 7º O requerimento poderá ser instruído com mais de uma ata notarial, por ata
notarial complementar ou por escrituras declaratórias lavradas pelo mesmo ou
por diversos notários, ainda que de diferentes municípios, as quais descreverão
os fatos conforme sucederem no tempo.

§ 8º O valor do imóvel declarado pelo requerente será seu valor venal relativo
ao último lançamento do imposto predial e territorial urbano ou do imposto
territorial rural incidente ou, quando não estipulado, o valor de mercado
aproximado.
Procedimento Extrajudicial
§ 9º Na hipótese de já existir procedimento de reconhecimento extrajudicial da
usucapião acerca do mesmo imóvel, a prenotação do procedimento
permanecerá sobrestada até o acolhimento ou rejeição do procedimento
anterior.

§ 10. Existindo procedimento de reconhecimento extrajudicial da usucapião


referente a parcela do imóvel usucapiendo, o procedimento prosseguirá em
relação à parte incontroversa do imóvel, permanecendo sobrestada a
prenotação quanto à parcela controversa.

§ 11. Se o pedido da usucapião extrajudicial abranger mais de um imóvel,


ainda que de titularidade diversa, o procedimento poderá ser realizado por
meio de único requerimento e ata notarial, se contíguas as áreas.

Art. 5º A ata notarial mencionada no art. 4º deste provimento será lavrada pelo
tabelião de notas do município em que estiver localizado o imóvel usucapiendo
ou a maior parte dele, a quem caberá alertar o requerente e as testemunhas de
que a prestação de declaração falsa no referido instrumento configurará crime
de falsidade, sujeito às penas da lei.

§ 1º O tabelião de notas poderá comparecer pessoalmente ao imóvel


usucapiendo para realizar diligências necessárias à lavratura da ata notarial.

§ 2º Podem constar da ata notarial imagens, documentos, sons gravados em


arquivos eletrônicos, além do depoimento de testemunhas, não podendo
basear-se apenas em declarações do requerente.

§ 3º Finalizada a lavratura da ata notarial, o tabelião deve cientificar o


requerente e consignar no ato que a ata notarial não tem valor como
confirmação ou estabelecimento de propriedade, servindo apenas para a
instrução de requerimento extrajudicial de usucapião para processamento
perante o registrador de imóveis.

Art. 6º Para o reconhecimento extrajudicial da usucapião de unidade autônoma


integrante de condomínio edilício regularmente constituído e com construção
averbada, bastará a anuência do síndico do condomínio.

Art. 7º Na hipótese de a unidade usucapienda localizar-se em condomínio


edilício constituído de fato, ou seja, sem o respectivo registro do ato de
incorporação ou sem a devida averbação de construção, será exigida a
anuência de todos os titulares de direito constantes da matrícula.

Art. 8º O reconhecimento extrajudicial da usucapião pleiteado por mais de um


requerente será admitido nos casos de exercício comum da posse.

Art. 9º O requerimento, juntamente com todos os documentos que o instruírem,


será autuado pelo oficial do registro de imóveis competente, prorrogando-se os
efeitos da prenotação até o acolhimento ou rejeição do pedido.
Procedimento Extrajudicial
§ 1º Todas as notificações destinadas ao requerente serão efetivadas na
pessoa do seu advogado ou do defensor público, por e-mail.

§ 2º A desídia do requerente poderá acarretar o arquivamento do pedido com


base no art. 205 da LRP, bem como o cancelamento da prenotação.

Art. 10. Se a planta mencionada no inciso II do caput do art. 4º deste


provimento não estiver assinada pelos titulares dos direitos registrados ou
averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis
confinantes ou ocupantes a qualquer título e não for apresentado documento
autônomo de anuência expressa, eles serão notificados pelo oficial de registro
de imóveis ou por intermédio do oficial de registro de títulos e documentos para
que manifestem consentimento no prazo de quinze dias, considerando-se sua
inércia como concordância.

§ 1º A notificação poderá ser feita pessoalmente pelo oficial de registro de


imóveis ou por escrevente habilitado se a parte notificanda comparecer em
cartório.

§ 2º Se o notificando residir em outra comarca ou circunscrição, a notificação


deverá ser realizada pelo oficial de registro de títulos e documentos da outra
comarca ou circunscrição, adiantando o requerente as despesas.

§ 3º A notificação poderá ser realizada por carta com aviso de recebimento,


devendo vir acompanhada de cópia do requerimento inicial e da ata notarial,
bem como de cópia da planta e do memorial descritivo e dos demais
documentos que a instruíram.

§ 4º Se os notificandos forem casados ou conviverem em união estável,


também serão notificados, em ato separado, os respectivos cônjuges ou
companheiros.

§ 5º Deverá constar expressamente na notificação a informação de que o


transcurso do prazo previsto no caput sem manifestação do titular do direito
sobre o imóvel consistirá em anuência ao pedido de reconhecimento
extrajudicial da usucapião do bem imóvel.

§ 6º Se a planta não estiver assinada por algum confrontante, este será


notificado pelo oficial de registro de imóveis mediante carta com aviso de
recebimento, para manifestar-se no prazo de quinze dias, aplicando-se ao que
couber o disposto nos §§ 2º e seguintes do art. 213 e seguintes da LRP.

§ 7º O consentimento expresso poderá ser manifestado pelos confrontantes e


titulares de direitos reais a qualquer momento, por documento particular com
firma reconhecida ou por instrumento público, sendo prescindível a assistência
de advogado ou defensor público.

§ 8º A concordância poderá ser manifestada ao escrevente encarregado da


intimação mediante assinatura de certidão específica de concordância lavrada
no ato pelo preposto.
Procedimento Extrajudicial
§ 9º Tratando-se de pessoa jurídica, a notificação deverá ser entregue a
pessoa com poderes de representação legal.

§ 10. Se o imóvel usucapiendo for matriculado com descrição precisa e houver


perfeita identidade entre a descrição tabular e a área objeto do requerimento da
usucapião extrajudicial, fica dispensada a intimação dos confrontantes do
imóvel, devendo o registro da aquisição originária ser realizado na matrícula
existente.

Art. 11. Infrutíferas as notificações mencionadas neste provimento, estando o


notificando em lugar incerto, não sabido ou inacessível, o oficial de registro de
imóveis certificará o ocorrido e promoverá a notificação por edital publicado,
por duas vezes, em jornal local de grande circulação, pelo prazo de quinze dias
cada um, interpretando o silêncio do notificando como concordância.

Parágrafo único. A notificação por edital poderá ser publicada em meio


eletrônico, desde que o procedimento esteja regulamentado pelo tribunal.

Art. 12. Na hipótese de algum titular de direitos reais e de outros direitos


registrados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula do imóvel
confinante ter falecido, poderão assinar a planta e memorial descritivo os
herdeiros legais, desde que apresentem escritura pública declaratória de
únicos herdeiros com nomeação do inventariante.

Art. 13. Considera-se outorgado o consentimento mencionado no caput do art.


10 deste provimento, dispensada a notificação, quando for apresentado pelo
requerente justo título ou instrumento que demonstre a existência de relação
jurídica com o titular registral, acompanhado de prova da quitação das
obrigações e de certidão do distribuidor cível expedida até trinta dias antes do
requerimento que demonstre a inexistência de ação judicial contra o requerente
ou contra seus cessionários envolvendo o imóvel usucapiendo.

§ 1º São exemplos de títulos ou instrumentos a que se refere o caput:

I – compromisso ou recibo de compra e venda;

II – cessão de direitos e promessa de cessão;

III – pré-contrato;

IV – proposta de compra;

V – reserva de lote ou outro instrumento no qual conste a manifestação de


vontade das partes, contendo a indicação da fração ideal, do lote ou unidade, o
preço, o modo de pagamento e a promessa de contratar;

VI – procuração pública com poderes de alienação para si ou para outrem,


especificando o imóvel;

VII – escritura de cessão de direitos hereditários, especificando o imóvel;


Procedimento Extrajudicial
VIII – documentos judiciais de partilha, arrematação ou adjudicação.

§ 2º Em qualquer dos casos, deverá ser justificado o óbice à correta


escrituração das transações para evitar o uso da usucapião como meio de
burla dos requisitos legais do sistema notarial e registral e da tributação dos
impostos de transmissão incidentes sobre os negócios imobiliários, devendo
registrador alertar o requerente e as testemunhas de que a prestação de
declaração falsa na referida justificação configurará crime de falsidade, sujeito
às penas da lei.

§ 3º A prova de quitação será feita por meio de declaração escrita ou da


apresentação da quitação da última parcela do preço avençado ou de recibo
assinado pelo proprietário com firma reconhecida.

§ 4º A análise dos documentos citados neste artigo e em seus parágrafos será


realizada pelo oficial de registro de imóveis, que proferirá nota fundamentada,
conforme seu livre convencimento, acerca da veracidade e idoneidade do
conteúdo e da inexistência de lide relativa ao negócio objeto de regularização
pela usucapião.

Art. 14. A existência de ônus real ou de gravame na matrícula do imóvel


usucapiendo não impedirá o reconhecimento extrajudicial da usucapião.

Parágrafo único. A impugnação do titular do direito previsto no caput poderá


ser objeto de conciliação ou mediação pelo registrador. Não sendo frutífera, a
impugnação impedirá o reconhecimento da usucapião pela via extrajudicial.

Art. 15. Estando o requerimento regularmente instruído com todos os


documentos exigidos, o oficial de registro de imóveis dará ciência à União, ao
Estado, ao Distrito Federal ou ao Município pessoalmente, por intermédio do
oficial de registro de títulos e documentos ou pelo correio com aviso de
recebimento, para manifestação sobre o pedido no prazo de quinze dias.

§ 1º A inércia dos órgãos públicos diante da notificação de que trata este artigo
não impedirá o regular andamento do procedimento nem o eventual
reconhecimento extrajudicial da usucapião.

§ 2º Será admitida a manifestação do Poder Público em qualquer fase do


procedimento.

§ 3º Apresentada qualquer ressalva, óbice ou oposição dos entes públicos


mencionados, o procedimento extrajudicial deverá ser encerrado e enviado ao
juízo competente para o rito judicial da usucapião.

Art. 16. Após a notificação prevista no caput do art. 15 deste provimento, o


oficial de registro de imóveis expedirá edital, que será publicado pelo
requerente e às expensas dele, na forma do art. 257, III, do CPC, para ciência
de terceiros eventualmente interessados, que poderão manifestar-se nos
quinze dias subsequentes ao da publicação.
Procedimento Extrajudicial
§ 1º O edital de que trata o caput conterá:

I – o nome e a qualificação completa do requerente;

II – a identificação do imóvel usucapiendo com o número da matrícula, quando


houver, sua área superficial e eventuais acessões ou benfeitorias nele
existentes;

III – os nomes dos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados e


averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis
confinantes ou confrontantes de fato com expectativa de domínio;

IV – a modalidade de usucapião e o tempo de posse alegado pelo requerente;

V – a advertência de que a não apresentação de impugnação no prazo previsto


neste artigo implicará anuência ao pedido de reconhecimento extrajudicial da
usucapião.

§ 2º Os terceiros eventualmente interessados poderão manifestar-se no prazo


de quinze dias após o decurso do prazo do edital publicado.

§ 3º Estando o imóvel usucapiendo localizado em duas ou mais circunscrições


ou em circunscrição que abranja mais de um município, o edital de que trata o
caput deste artigo deverá ser publicado em jornal de todas as localidades.

§ 4º O edital poderá ser publicado em meio eletrônico, desde que o


procedimento esteja regulamentado pelo órgão jurisdicional local, dispensada a
publicação em jornais de grande circulação.

Art. 17. Para a elucidação de quaisquer dúvidas, imprecisões ou incertezas,


poderão ser solicitadas ou realizadas diligências pelo oficial de registro de
imóveis ou por escrevente habilitado.

§ 1º No caso de ausência ou insuficiência dos documentos de que trata o inciso


IV do caput do art. 216-A da LRP, a posse e os demais dados necessários
poderão ser comprovados em procedimento de justificação administrativa
perante o oficial de registro do imóvel, que obedecerá, no que couber, ao
disposto no § 5º do art. 381 e ao rito previsto nos arts. 382 e 383, todos do
CPC.

§ 2º Se, ao final das diligências, ainda persistirem dúvidas, imprecisões ou


incertezas, bem como a ausência ou insuficiência de documentos, o oficial de
registro de imóveis rejeitará o pedido mediante nota de devolução
fundamentada.

§ 3º A rejeição do pedido extrajudicial não impedirá o ajuizamento de ação de


usucapião no foro competente.
Procedimento Extrajudicial
§ 4º Com a rejeição do pedido extrajudicial e a devolução de nota
fundamentada, cessarão os efeitos da prenotação e da preferência dos direitos
reais determinada pela prioridade, salvo suscitação de dúvida.

§ 5º A rejeição do requerimento poderá ser impugnada pelo requerente no


prazo de quinze dias, perante o oficial de registro de imóveis, que poderá
reanalisar o pedido e reconsiderar a nota de rejeição no mesmo prazo ou
suscitará dúvida registral nos moldes dos art. 198 e seguintes da LRP.

Art. 18. Em caso de impugnação do pedido de reconhecimento extrajudicial da


usucapião apresentada por qualquer dos titulares de direitos reais e de outros
direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na
matrícula dos imóveis confinantes, por ente público ou por terceiro interessado,
o oficial de registro de imóveis tentará promover a conciliação ou a mediação
entre as partes interessadas.

§ 1º Sendo infrutífera a conciliação ou a mediação mencionada no caput deste


artigo, persistindo a impugnação, o oficial de registro de imóveis lavrará
relatório circunstanciado de todo o processamento da usucapião.

§ 2º O oficial de registro de imóveis entregará os autos do pedido da usucapião


ao requerente, acompanhados do relatório circunstanciado, mediante recibo.

§ 3º A parte requerente poderá emendar a petição inicial, adequando-a ao


procedimento judicial e apresentá-la ao juízo competente da comarca de
localização do imóvel usucapiendo.

Art. 19. O registro do reconhecimento extrajudicial da usucapião de imóvel rural


somente será realizado após a apresentação:

I – do recibo de inscrição do imóvel rural no Cadastro Ambiental Rural – CAR,


de que trata o art. 29 da Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012, emitido por
órgão ambiental competente, esteja ou não a reserva legal averbada na
matrícula imobiliária, fazendo-se expressa referência, na matrícula, ao número
de registro e à data de cadastro constantes daquele documento;

II – do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR mais recente, emitido


pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, devidamente
quitado;

III – de certificação do Incra que ateste que o poligonal objeto do memorial


descritivo não se sobrepõe a nenhum outro constante do seu cadastro
georreferenciado e que o memorial atende às exigências técnicas, conforme as
áreas e os prazos previstos na Lei n. 10.267/2001 e nos decretos
regulamentadores.

Art. 20. O registro do reconhecimento extrajudicial da usucapião de imóvel


implica abertura de nova matrícula.
Procedimento Extrajudicial
§ 1º Na hipótese de o imóvel usucapiendo encontrar-se matriculado e o pedido
referir-se à totalidade do bem, o registro do reconhecimento extrajudicial de
usucapião será averbado na própria matrícula existente.

§ 2º Caso o reconhecimento extrajudicial da usucapião atinja fração de imóvel


matriculado ou imóveis referentes, total ou parcialmente, a duas ou mais
matrículas, será aberta nova matrícula para o imóvel usucapiendo, devendo as
matrículas atingidas, conforme o caso, ser encerradas ou receber as
averbações dos respectivos desfalques ou destaques, dispensada, para esse
fim, a apuração da área remanescente.

§ 3º A abertura de matrícula de imóvel edificado independerá da apresentação


de habite-se.

§ 4º Tratando-se de usucapião de unidade autônoma localizada em


condomínio edilício objeto de incorporação, mas ainda não instituído ou sem a
devida averbação de construção, a matrícula será aberta para a respectiva
fração ideal, mencionando-se a unidade a que se refere.

§ 5º O ato de abertura de matrícula decorrente de usucapião conterá, sempre


que possível, para fins de coordenação e histórico, a indicação do registro
anterior desfalcado e, no campo destinado à indicação dos proprietários, a
expressão “adquirido por usucapião”.

Art. 21. O reconhecimento extrajudicial da usucapião de imóvel matriculado não


extinguirá eventuais restrições administrativas nem gravames judiciais
regularmente inscritos.

§ 1º A parte requerente deverá formular pedido de cancelamento dos gravames


e restrições diretamente à autoridade que emitiu a ordem.

§ 2º Os entes públicos ou credores podem anuir expressamente à extinção dos


gravames no procedimento da usucapião.

Art. 22. Estando em ordem a documentação e não havendo impugnação, o


oficial de registro de imóveis emitirá nota fundamentada de deferimento e
efetuará o registro da usucapião.

Art. 23. Em qualquer caso, o legítimo interessado poderá suscitar o


procedimento de dúvida, observado o disposto nos art. 198 e seguintes da
LRP.

Art. 24. O oficial do registro de imóveis não exigirá, para o ato de registro da
usucapião, o pagamento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis – ITBI,
pois trata-se de aquisição originária de domínio.

Art. 25. Em virtude da consolidação temporal da posse e do caráter originário


da aquisição da propriedade, o registro declaratório da usucapião não se
confunde com as condutas previstas no Capítulo IX da Lei n. 6.766, de 19 de
dezembro de 1979, nem delas deriva.
Procedimento Extrajudicial
Art. 26. Enquanto não for editada, no âmbito dos Estados e do Distrito Federal,
legislação específica acerca da fixação de emolumentos para o procedimento
da usucapião extrajudicial, serão adotadas as seguintes regras:

I – no tabelionato de notas, a ata notarial será considerada ato de conteúdo


econômico, devendo-se tomar por base para a cobrança de emolumentos o
valor venal do imóvel relativo ao último lançamento do imposto predial e
territorial urbano ou ao imposto territorial rural ou, quando não estipulado, o
valor de mercado aproximado;

II – no registro de imóveis, pelo processamento da usucapião, serão devidos


emolumentos equivalentes a 50% do valor previsto na tabela de emolumentos
para o registro e, caso o pedido seja deferido, também serão devidos
emolumentos pela aquisição da propriedade equivalentes a 50% do valor
previsto na tabela de emolumentos para o registro, tomando-se por base o
valor venal do imóvel relativo ao último lançamento do imposto predial e
territorial urbano ou ao imposto territorial rural ou, quando não estipulado, o
valor de mercado aproximado.

Parágrafo único. Diligências, reconhecimento de firmas, escrituras


declaratórias, notificações e atos preparatórios e instrutórios para a lavratura da
ata notarial, certidões, buscas, averbações, notificações e editais relacionados
ao processamento do pedido da usucapião serão considerados atos
autônomos para efeito de cobrança de emolumentos nos termos da legislação
local, devendo as despesas ser adiantadas pelo requerente.

Art. 27. Este provimento entra em vigor na data da sua publicação.


Procedimento Extrajudicial
3. Provimento nº 56, de 14/07/2016 - Obrigatoriedade de
consulta ao Registro Central de Testamentos On-line (RCTO)

A CORREGEDORA NACIONAL DE JUSTIÇA, Ministra NANCY


ANDRIGHI, no uso de suas atribuições legais e constitucionais;

CONSIDERANDO o poder de fiscalização e normatização pelo Poder


Judiciário segundo o disposto nos arts. 103-B, § 4º, I e III, e 236, § 1º,
da Constituição Federal de 1988, e no art. 8º, X, do Regimento
Interno do Conselho Nacional de Justiça;

CONSIDERANDO a necessidade de adoção de medidas uniformes


quanto à aplicação da Lei nº 11.441/2007 em todo o território
nacional;

CONSIDERANDO a regulamentação da Lei 11.441/2007 pela


Resolução CNJ 35/2007;

CONSIDERANDO a redação do art. 610 da Lei 13.105/2015 que


dispõe: “Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á
ao inventário judicial.”;

CONSIDERANDO a ausência de disciplina uniforme para o registro


da informação sobre a existência de testamento no processamento
dos inventários e partilhas judiciais, e na lavratura das escrituras de
inventários extrajudiciais pelos Tabelionatos de Notas do país;

CONSIDERANDO a significativa quantidade de testamentos, públicos e


cerrados, que não são respeitados pela ausência de conhecimento de
sua existência;

CONSIDERANDO que a CENSEC – Central Notarial de Serviços


Eletrônicos Compartilhados, instituída pelo Provimento 18/2012 da
Corregedoria Nacional de Justiça, possui dentre seus módulos de
informação, o Registro Central de Testamentos On-Line (RCTO), que
recepciona informações sobre testamentos públicos e instrumentos
de aprovação de testamentos cerrados lavrados em todo o Brasil;

RESOLVE:

Art. 1º. Os Juízes de Direito, para o processamento dos inventários e


partilhas judiciais, e os Tabeliães de Notas, para a lavratura das
escrituras públicas de inventário extrajudicial, deverão acessar o
Registro Central de Testamentos On-Line (RCTO), módulo de
informação da CENSEC – Central Notarial de Serviços
Compartilhados, para buscar a existência de testamentos públicos e
instrumentos de aprovação de testamentos cerrados.
Procedimento Extrajudicial
Art. 2º. É obrigatório para o processamento dos inventários e partilhas
judiciais, bem como para lavrar escrituras públicas de inventário
extrajudicial, a juntada de certidão acerca da inexistência de
testamento deixado pelo autor da herança, expedida pela CENSEC –
Central Notarial de Serviços Compartilhados.

Art. 3º. Este Provimento não revoga, no que forem compatíveis, as


normas editadas pelas Corregedorias Gerais da Justiça e pelos
Juízes Corregedores, ou Juízes competentes na forma da
organização local relativas à matéria.

Art. 4º. As Corregedorias Gerais de Justiça deverão dar ciência aos


responsáveis pelas unidades do serviço extrajudicial de notas deste
Provimento, bem como da obrigatoriedade de promover a
alimentação do Registro Central de Testamentos On-Line.

Art. 5º. Este Provimento entra em vigor na data de sua publicação.


Procedimento Extrajudicial
4. Provimento nº 53, de 16/05/2016 - Averbação da sentença
estrangeira de divórcio consensual

A CORREGEDORA NACIONAL DA JUSTIÇA, MINISTRA NANCY ANDRIGHI,


no uso de suas atribuições legais e constitucionais,
CONSIDERANDO o disposto no art. 236 da Constituição Federal de 1988, no
inciso XIV do art. 30 da Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994, no § 5º do art.
961 da Lei 13.105/2015, no inciso X do art. 8º do Regimento Interno do
Conselho Nacional de Justiça, e no inciso XI do art. 3º do Regulamento Geral
da Corregedoria Nacional de Justiça;
CONSIDERANDO a atual redação do § 5º do art. 961 do CPC de que “a
sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil,
independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça”;
CONSIDERANDO que conforme o disposto no § 1º do já citado art. 961 é
passível de homologação a decisão judicial definitiva, bem como a decisão não
judicial que, pela lei brasileira, teria natureza jurisdicional;
CONSIDERANDO a necessidade de uniformização em todo território nacional
da averbação da sentença estrangeira de divórcio consensual não homologada
pelo Superior Tribunal de Justiça;
CONSIDERANDO a necessidade de interpretação sistemática do disposto nos
arts. 960 a 965 do Código de Processo Civil com o disposto nos arts. 32 e 100
da Lei n. 6.015/1973, e no art. 10 do Código Civil;

RESOLVE:

Art. 1º. A averbação direta no assento de casamento da sentença estrangeira


de divórcio consensual simples ou puro, bem como da decisão não judicial de
divórcio, que pela lei brasileira tem natureza jurisdicional, deverá ser realizada
perante o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais a partir de 18 de
março de 2016.
• 1º. A averbação direta de que trata o caput desse artigo independe de prévia
homologação da sentença estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça e/ou
de prévia manifestação de qualquer outra autoridade judicial brasileira.
• 2º. A averbação direta dispensa a assistência de advogado ou defensor
público.
• 3º. A averbação da sentença estrangeira de divórcio consensual, que, além
da dissolução do matrimônio, envolva disposição sobre guarda de filhos,
alimentos e/ou partilha de bens – aqui denominado divórcio consensual
qualificado - dependerá de prévia homologação pelo Superior Tribunal de
Justiça.
Art. 2º. Para averbação direta, o interessado deverá apresentar, no Registro
Civil de Pessoas Naturais junto ao assento de seu casamento, cópia integral da
sentença estrangeira, bem como comprovação do trânsito em julgado,
acompanhada de tradução oficial juramentada e de chancela consular.
Art. 3º. Havendo interesse em retomar o nome de solteiro, o interessado na
averbação direta deverá demonstrar a existência de disposição expressa na
sentença estrangeira, exceto quando a legislação estrangeira permitir a
retomada, ou quando o interessado comprovar, por documento do registro civil
estrangeiro a alteração do nome.
Procedimento Extrajudicial
Art. 4º. Serão arquivados pelo Oficial de Registro Civil de Pessoas Naturais, em
meio físico ou mídia digital segura, os documentos apresentados para a
averbação da sentença estrangeira de divórcio, com referência do
arquivamento à margem do respectivo assento.
Art. 5º. Este Provimento não revoga as normas editadas pelas Corregedorias-
Gerais de Justiça, no que forem compatíveis.
Art. 6º. As Corregedorias-Gerais da Justiça deverão dar ciência desse
Provimento aos Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais dos seus
Estados.
Art. 7º. Este Provimento entrará em vigor na data de sua publicação.
MINISTRA NANCY ANDRIGHI
Procedimento Extrajudicial

5. Provimento nº 51, de 22/09/2015 - Averbação de carta de


sentença expedida após homologação de sentença estrangeira
relativa a divórcio ou separação judicial

A CORREGEDORA NACIONAL DA JUSTIÇA, MINISTRA NANCY ANDRIGHI,


no uso de suas atribuições legais e regimentais,
CONSIDERANDO o disposto no art. 236 da Constituição Federal de 1988, no
inciso XIV do art. 30 da Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994, no inciso X do
art. 8º do Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, e inciso XI do
art. 3º do Regulamento Geral da Corregedoria Nacional de Justiça;
CONSIDERANDO a necessidade de homologação das sentenças estrangeiras
pelo Superior Tribunal de Justiça para produzirem efeitos no Brasil (art. 105, I, i
da CF/88);
CONSIDERANDO a norma do art. 7º, § 6º do Decreto-Lei 4.657/42, que prevê
a possibilidade de que a homologação do divórcio produza efeito imediato;
CONSIDERANDO que a exigência de cumprimento ou execução da sentença
estrangeira homologada, nos termo do Código do Processo Civil, supõe o
interesse de agir na via judicial;

RESOLVE:
Artigo 1º. Ficam autorizados os Cartórios de Registros Civis de Pessoas
Naturais, a promoverem a averbação de Carta de Sentença de Divórcio ou
Separação Judicial, oriunda de homologação de sentença estrangeira pelo
Superior Tribunal de Justiça, independentemente de seu cumprimento ou
execução em Juízo Federal.
Artigo 2º. Este provimento entra em vigor na data de sua publicação.
Ministra NANCY ANDRIGHI
Procedimento Extrajudicial

6. Provimento nº 30, de 16/04/2013 - Protesto de cheques

O CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇA, Ministro Francisco Falcão, no uso


de suas atribuições legais e constitucionais;
CONSIDERANDO as notícias de protestos de cheques antigos, com valores
irrisórios, apresentados por terceiros, isoladamente ou em lote, sem a correta
indicação dos endereços dos respectivos emitentes;
CONSIDERANDO que os apresentantes dos títulos, em observância da boa-fé,
têm o dever de indicar os corretos endereços dos emitentes, para possibilitar
que sejam notificados pessoalmente para pagar seus débitos, ou para que
possam adotar as providências, judiciais ou extrajudiciais, eventualmente
cabíveis para a tutela dos direitos que entenderem possuir;
CONSIDERANDO a existência de legislações estaduais que diferem o
pagamento dos emolumentos para momento posterior à apresentação e
lavratura do protesto, o que permite a aquisição por terceiros de cheques
antigos, geralmente em lote e por baixos valores, e seu apontamento para
protesto sem cautela quanto à indicação dos corretos endereços dos
emitentes;
CONSIDERANDO a notícia de lavratura de protestos de cheques que tiveram
os pagamentos sustados em razão de comunicação de furto, de roubo, ou em
decorrência de extravio ou subtração no interior da instituição bancária ou
durante a remessa, pela instituição bancária, aos titulares das contas
bancárias;
CONSIDERANDO que o titular de um direito deve exercê-lo dentro dos limites
impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes (art. 188 do Código Civil), deve guardar nas relações contratuais o
princípio da boa-fé (art. 422 do Código Civil), e que a boa-fé é princípio que
norteia as relações de consumo;
CONSIDERANDO as medidas já adotadas por Corregedorias Gerais da
Justiça, com sucesso, para coibir fraudes e práticas ditadas por má-fé que
desvirtuam a finalidade do protesto de títulos e outros documentos de dívida;

RESOLVE;
Art. 1º O cheque poderá ser protestado no lugar do pagamento, ou no domicílio
do emitente, e deverá conter a prova da apresentação ao banco sacado e o
motivo da recusa de pagamento, salvo se o protesto tiver por finalidade instruir
medidas contra o estabelecimento de crédito.
Art. 2º É vedado o protesto de cheques devolvidos pelo banco sacado por
motivo de furto, roubo ou extravio de folhas ou talonários, ou por fraude, nos
casos dos motivos números 20, 25, 28, 30 e 35, da Resolução 1.682, de
31.01.1990, da Circular 2.313, de 26.05.1993, da Circular 3.050, de
02.08.2001, e da Circular 3.535, de 16 de maio de 2011, do Banco Central do
Brasil, desde que os títulos não tenham circulado por meio de endosso, nem
estejam garantidos por aval.
1º A pessoa que figurar como emitente de cheque referido no caput deste
artigo, já protestado, poderá solicitar diretamente ao Tabelião, sem ônus, o
cancelamento do protesto tirado por falta de pagamento, instruindo o
requerimento com prova do motivo da devolução do cheque pelo Banco
sacado. O Tabelião, sendo suficiente a prova apresentada, promoverá, em até
Procedimento Extrajudicial
30 dias, o cancelamento do protesto e a comunicação dessa medida ao
apresentante, pelo Correio ou outro meio hábil.
2º Existindo nos cheques referidos no caput deste artigo endosso ou aval, não
constarão nos assentamentos de serviços de protesto os nomes e números do
CPF dos titulares da respectiva conta corrente bancária, anotando-se nos
campos próprios que o emitente é desconhecido e elaborando-se, em
separado, índice pelo nome do apresentante.
Art. 3º Quando o cheque for apresentado para protesto mais de um ano após
sua emissão será obrigatória a comprovação, pelo apresentante, do endereço
do emitente.
1º Igual comprovação poderá ser exigida pelo Tabelião quando o lugar de
pagamento do cheque for diverso da comarca em que apresentado (ou do
município em que sediado o Tabelião), ou houver razão para suspeitar da
veracidade do endereço fornecido.
2º A comprovação do endereço do emitente, quando a devolução do cheque
decorrer dos motivos correspondentes aos números 11,12, 13, 14, 21, 22 e 31,
previstos nos diplomas mencionados no art. 2º, será realizada mediante
apresentação de declaração do Banco sacado, em papel timbrado e com
identificação do signatário, fornecida nos termos do artigo 6º da Resolução nº
3.972, de 28 de abril de 2011, do Banco Central do Brasil. Certificando o
Banco sacado que não pode fornecer a declaração, poderá o apresentante
comprovar o endereço do emitente por outro meio hábil.
3º Devolvido o cheque por outro motivo, a comprovação do endereço poderá
ser feita por meio da declaração do apresentante, ou outras provas
documentais idôneas.
Art. 4º Na hipótese prevista no art. 3º deste Provimento, o apresentante de
título para protesto preencherá formulário de apresentação, a ser arquivado na
serventia, em que informará, sob sua responsabilidade, as características
essenciais do título e os dados do devedor.
1º O formulário será assinado pelo apresentante ou seu representante legal, se
for pessoa jurídica, ou, se não comparecer pessoalmente, pela pessoa que
exibir o título ou o documento de dívida para ser protocolizado, devendo
constar os nomes completos de ambos, os números de suas cédulas de
identidade, de seus endereços e telefones.
2º Para a recepção do título será conferida a cédula de identidade do
apresentante, visando a apuração de sua correspondência com os dados
lançados no formulário de apresentação.
3º Sendo o título exibido para recepção por pessoa distinta do apresentante ou
de seu representante legal, além de conferida sua cédula de identidade será o
formulário de apresentação instruído com cópia da cédula de identidade do
apresentante, ou de seu representante legal se for pessoa jurídica, a ser
arquivada na serventia.
4º Onde houver mais de um Tabelião de Protesto, o formulário de
apresentação será entregue ao distribuidor de títulos, ou ao serviço de
distribuição de títulos.
5º O formulário poderá ser preenchido em duas vias, uma para arquivamento e
outra para servir como recibo a ser entregue ao apresentante, e poderá conter
outras informações conforme dispuser norma da Corregedoria Geral da Justiça,
ou do Juiz Corregedor Permanente ou Juiz competente na forma da
organização local.
Procedimento Extrajudicial
Art. 5º O Tabelião recusará o protesto de cheque quando tiver fundada
suspeita de que o endereço indicado como sendo do devedor é incorreto.
Parágrafo único. O Tabelião de Protesto comunicará o fato à Autoridade
Policial quando constatar que o apresentante, agindo de má-fé, declarou
endereço incorreto do devedor.
Art. 6º Nos Estados em que o recolhimento dos emolumentos for diferido para
data posterior à da apresentação e protesto, o protesto facultativo será
recusado pelo Tabelião quando as circunstâncias da apresentação indicarem
exercício abusivo de direito. Dentre outras, para tal finalidade, o Tabelião
verificará as seguintes hipóteses:
I. cheques com datas antigas e valores irrisórios, apresentados, isoladamente
ou em lote, por terceiros que não sejam seus beneficiários originais ou emitidos
sem indicação do favorecido;
II. indicação de endereço onde o emitente não residir, feita de modo a
inviabilizar a intimação pessoal.
Parágrafo único. Para apuração da legitimidade da pretensão, o Tabelião
poderá exigir, de forma escrita e fundamentada, que o apresentante preste
esclarecimentos sobre os motivos que justificam o protesto, assim como
apresente provas complementares do endereço do emitente, arquivando na
serventia a declaração e os documentos comprobatórios que lhe forem
apresentados.
Art. 7º A recusa da lavratura do protesto deverá ser manifestada em nota
devolutiva, por escrito, com exposição de seus fundamentos.
Parágrafo único. Não se conformando com a recusa, o apresentante poderá
requerer, em procedimento administrativo, sua revisão pelo Juiz Corregedor
Permanente, ou pelo Juiz competente na forma da organização local, que
poderá mantê-la ou determinar a lavratura do instrumento de protesto.
Art. 8º As declarações e documentos comprobatórios de endereço previstos
neste Provimento poderão ser arquivados em mídia eletrônica ou digital,
inclusive com extração de imagem mediante uso de "scanner", fotografia ou
outro meio hábil.
Art. 9º Este Provimento não revoga as normas editadas pelas Corregedorias
Gerais da Justiça e pelos Juízes Corregedores, ou Juízes competentes na
forma da organização local, para o protesto de cheque, no que forem
compatíveis.
Art. 10. As Corregedorias Gerais da Justiça deverão dar ciência deste
Provimento aos Juízes e aos responsáveis pelas unidades do serviço
extrajudicial de protesto de títulos e documentos.
Art. 11. Este Provimento entrará em vigência na data de sua publicação.

Ministro FRANCISCO FALCÃO


Procedimento Extrajudicial
7. Resolução nº 35, de 24/04/2007 - Inventário, Partilha, Divórcio
e Separação Extrajudiciais

A PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, no uso de suas


atribuições constitucionais e regimentais, e tendo em vista o disposto no art.
19, I, do Regimento Interno deste Conselho, e
CONSIDERANDO que a aplicação da Lei nº 11.441/2007 tem gerado muitas
divergências;
CONSIDERANDO que a finalidade da referida lei foi tornar mais ágeis e menos
onerosos os atos a que se refere e, ao mesmo tempo, descongestionar o Poder
Judiciário;
CONSIDERANDO a necessidade de adoção de medidas uniformes quanto à
aplicação da Lei nº 11.441/2007 em todo o território nacional, com vistas a
prevenir e evitar conflitos;
CONSIDERANDO as sugestões apresentadas pelos Corregedores-Gerais de
Justiça dos Estados e do Distrito Federal em reunião promovida pela
Corregedoria Nacional de Justiça;
CONSIDERANDO que, sobre o tema, foram ouvidos o Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil e a Associação dos Notários e Registradores
do Brasil;

RESOLVE:

Seção I
DISPOSIÇÕES DE CARÁTER GERAL
Art. 1º Para a lavratura dos atos notariais de que trata a Lei nº 11.441/07, é
livre a escolha do tabelião de notas, não se aplicando as regras de
competência do Código de Processo Civil.
Art. 2° É facultada aos interessados a opção pela via judicial ou extrajudicial;
podendo ser solicitada, a qualquer momento, a suspensão, pelo prazo de 30
dias, ou a desistência da via judicial, para promoção da via extrajudicial.
Art. 3º As escrituras públicas de inventário e partilha, separação e divórcio
consensuais não dependem de homologação judicial e são títulos hábeis para
o registro civil e o registro imobiliário, para a transferência de bens e direitos,
bem como para promoção de todos os atos necessários à materialização das
transferências de bens e levantamento de valores (DETRAN, Junta Comercial,
Registro Civil de Pessoas Jurídicas, instituições financeiras, companhias
telefônicas, etc.)
Art. 4º O valor dos emolumentos deverá corresponder ao efetivo custo e à
adequada e suficiente remuneração dos serviços prestados, conforme
estabelecido no parágrafo único do art. 1º da Lei nº 10.169/2000, observando-
se, quanto a sua fixação, as regras previstas no art. 2º da citada lei.
Art. 5º É vedada a fixação de emolumentos em percentual incidente sobre o
valor do negócio jurídico objeto dos serviços notariais e de registro (Lei nº
10.169, de 2000, art. 3º, inciso II).
Art. 6º A gratuidade prevista na Lei n° 11.441/07 compreende as escrituras de
inventário, partilha, separação e divórcio consensuais.
Art. 7º Para a obtenção da gratuidade de que trata a Lei nº 11.441/07, basta a
simples declaração dos interessados de que não possuem condições de arcar
Procedimento Extrajudicial
com os emolumentos, ainda que as partes estejam assistidas por advogado
constituído.
Art. 8º É necessária a presença do advogado, dispensada a procuração, ou do
defensor público, na lavratura das escrituras decorrentes da Lei 11.441/07,
nelas constando seu nome e registro na OAB.
Art. 9º É vedada ao tabelião a indicação de advogado às partes, que deverão
comparecer para o ato notarial acompanhadas de profissional de sua
confiança. Se as partes não dispuserem de condições econômicas para
contratar advogado, o tabelião deverá recomendar-lhes a Defensoria Pública,
onde houver, ou, na sua falta, a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.
Art. 10. É desnecessário o registro de escritura pública decorrente da Lei n°
11.441/2007 no Livro "E" de Ofício de Registro Civil das Pessoas Naturais,
entretanto, o Tribunal de Justiça deverá promover, no prazo de 180 dias,
medidas adequadas para a unificação dos dados que concentrem as
informações dessas escrituras no âmbito estadual, possibilitando as buscas,
preferencialmente, sem ônus para o interessado.

Seção II
DISPOSIÇÕES REFERENTES AO INVENTÁRIO E À PARTILHA
Art. 11. É obrigatória a nomeação de interessado, na escritura pública de
inventário e partilha, para representar o espólio, com poderes de inventariante,
no cumprimento de obrigações ativas ou passivas pendentes, sem
necessidade de seguir a ordem prevista no art. 990 do Código de Processo
Civil.
Art. 12. Admitem-se inventário e partilha extrajudiciais com viúvo(a) ou
herdeiro(s) capazes, inclusive por emancipação, representado(s) por
procuração formalizada por instrumento público com poderes especiais.
vedada a acumulação de funções de mandatário e de assistente das partes
(excluído pela Resolução nº 179, de 03.10.13)
Art. 13. A escritura pública pode ser retificada desde que haja o consentimento
de todos os interessados. Os erros materiais poderão ser corrigidos, de ofício
ou mediante requerimento de qualquer das partes, ou de seu procurador, por
averbação à margem do ato notarial ou, não havendo espaço, por escrituração
própria lançada no livro das escrituras públicas e anotação remissiva.
Art. 14. Para as verbas previstas na Lei n° 6.858/80, é também admissível a
escritura pública de inventário e partilha.
Art. 15. O recolhimento dos tributos incidentes deve anteceder a lavratura da
escritura.
Art. 16. É possível a promoção de inventário extrajudicial por cessionário de
direitos hereditários, mesmo na hipótese de cessão de parte do acervo, desde
que todos os herdeiros estejam presentes e concordes.
Art. 17. Os cônjuges dos herdeiros deverão comparecer ao ato de lavratura da
escritura pública de inventário e partilha quando houver renúncia ou algum tipo
de partilha que importe em transmissão, exceto se o casamento se der sob o
regime da separação absoluta.
Art. 18. O(A) companheiro(a) que tenha direito à sucessão é parte, observada a
necessidade de ação judicial se o autor da herança não deixar outro sucessor
ou não houver consenso de todos os herdeiros, inclusive quanto ao
reconhecimento da união estável.
Procedimento Extrajudicial
Art. 19. A meação de companheiro(a) pode ser reconhecida na escritura
pública, desde que todos os herdeiros e interessados na herança,
absolutamente capazes, estejam de acordo.
Art. 20. As partes e respectivos cônjuges devem estar, na escritura, nomeados
e qualificados (nacionalidade; profissão; idade; estado civil; regime de bens;
data do casamento; pacto antenupcial e seu registro imobiliário, se houver;
número do documento de identidade; número de inscrição no CPF/MF;
domicílio e residência).
Art. 21. A escritura pública de inventário e partilha conterá a qualificação
completa do autor da herança; o regime de bens do casamento; pacto
antenupcial e seu registro imobiliário, se houver; dia e lugar em que faleceu o
autor da herança; data da expedição da certidão de óbito; livro, folha, número
do termo e unidade de serviço em que consta o registro do óbito; e a menção
ou declaração dos herdeiros de que o autor da herança não deixou testamento
e outros herdeiros, sob as penas da lei.
Art. 22. Na lavratura da escritura deverão ser apresentados os seguintes
documentos: a) certidão de óbito do autor da herança; b) documento de
identidade oficial e CPF das partes e do autor da herança; c) certidão
comprobatória do vínculo de parentesco dos herdeiros; d) certidão de
casamento do cônjuge sobrevivente e dos herdeiros casados e pacto
antenupcial, se houver; e) certidão de propriedade de bens imóveis e direitos a
eles relativos; f) documentos necessários à comprovação da titularidade dos
bens móveis e direitos, se houver; g) certidão negativa de tributos; e h)
Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR, se houver imóvel rural a ser
partilhado.
Art. 23. Os documentos apresentados no ato da lavratura da escritura devem
ser originais ou em cópias autenticadas, salvo os de identidade das partes, que
sempre serão originais.
Art. 24. A escritura pública deverá fazer menção aos documentos
apresentados.
Art. 25. É admissível a sobrepartilha por escritura pública, ainda que referente a
inventário e partilha judiciais já findos, mesmo que o herdeiro, hoje maior e
capaz, fosse menor ou incapaz ao tempo do óbito ou do processo judicial.
Art. 26. Havendo um só herdeiro, maior e capaz, com direito à totalidade da
herança, não haverá partilha, lavrando-se a escritura de inventário e
adjudicação dos bens.
Art. 27. A existência de credores do espólio não impedirá a realização do
inventário e partilha, ou adjudicação, por escritura pública.
Art. 28. É admissível inventário negativo por escritura pública.
Art. 29. É vedada a lavratura de escritura pública de inventário e partilha
referente a bens localizados no exterior.
Art. 30. Aplica-se a Lei n.º 11.441/07 aos casos de óbitos ocorridos antes de
sua vigência.
Art. 31. A escritura pública de inventário e partilha pode ser lavrada a qualquer
tempo, cabendo ao tabelião fiscalizar o recolhimento de eventual multa,
conforme previsão em legislação tributária estadual e distrital específicas.
Art. 32. O tabelião poderá se negar a lavrar a escritura de inventário ou partilha
se houver fundados indícios de fraude ou em caso de dúvidas sobre a
declaração de vontade de algum dos herdeiros, fundamentando a recusa por
escrito.
Procedimento Extrajudicial
Seção III
DISPOSIÇÕES COMUNS À SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO CONSENSUAIS
Art. 33. Para a lavratura da escritura pública de separação e de divórcio
consensuais, deverão ser apresentados: a) certidão de casamento; b)
documento de identidade oficial e CPF/MF; c) pacto antenupcial, se houver; d)
certidão de nascimento ou outro documento de identidade oficial dos filhos
absolutamente capazes, se houver; e) certidão de propriedade de bens imóveis
e direitos a eles relativos; e f) documentos necessários à comprovação da
titularidade dos bens móveis e direitos, se houver.
Art. 34. As partes devem declarar ao tabelião, no ato da lavratura da escritura,
que não têm filhos comuns ou, havendo, que são absolutamente capazes,
indicando seus nomes e as datas de nascimento.
Parágrafo único. As partes devem, ainda, declarar ao tabelião, na mesma
ocasião, que o cônjuge virago não se encontra em estado gravídico, ou ao
menos, que não tenha conhecimento sobre esta condição. (Incluído pela
Resolução nº 220, de 26.04.2016)
Art. 35. Da escritura, deve constar declaração das partes de que estão cientes
das conseqüências da separação e do divórcio, firmes no propósito de pôr fim
à sociedade conjugal ou ao vínculo matrimonial, respectivamente, sem
hesitação, com recusa de reconciliação.
Art. 36. O comparecimento pessoal das partes é dispensável à lavratura de
escritura pública de separação e divórcio consensuais, sendo admissível ao(s)
separando(s) ou ao(s) divorciando(s) se fazer representar por mandatário
constituído, desde que por instrumento público com poderes especiais,
descrição das cláusulas essenciais e prazo de validade de trinta dias.
Art. 37. Havendo bens a serem partilhados na escritura, distinguir-se-á o que é
do patrimônio individual de cada cônjuge, se houver, do que é do patrimônio
comum do casal, conforme o regime de bens, constando isso do corpo da
escritura.
Art. 38. Na partilha em que houver transmissão de propriedade do patrimônio
individual de um cônjuge ao outro, ou a partilha desigual do patrimônio comum,
deverá ser comprovado o recolhimento do tributo devido sobre a fração
transferida.
Art. 39. A partilha em escritura pública de separação e divórcio consensuais
far-se-á conforme as regras da partilha em inventário extrajudicial, no que
couber.
Art. 40. O traslado da escritura pública de separação e divórcio consensuais
será apresentado ao Oficial de Registro Civil do respectivo assento de
casamento, para a averbação necessária, independente de autorização judicial
e de audiência do Ministério Público.
Art. 41. Havendo alteração do nome de algum cônjuge em razão de escritura
de separação, restabelecimento da sociedade conjugal ou divórcio
consensuais, o Oficial de Registro Civil que averbar o ato no assento de
casamento também anotará a alteração no respectivo assento de nascimento,
se de sua unidade, ou, se de outra, comunicará ao Oficial competente para a
necessária anotação.
Art. 42. Não há sigilo nas escrituras públicas de separação e divórcio
consensuais.
Art. 43. Na escritura pública deve constar que as partes foram orientadas sobre
a necessidade de apresentação de seu traslado no registro civil do assento de
casamento, para a averbação devida.
Procedimento Extrajudicial
Art. 44. É admissível, por consenso das partes, escritura pública de retificação
das cláusulas de obrigações alimentares ajustadas na separação e no divórcio
consensuais.
Art. 45. A escritura pública de separação ou divórcio consensuais, quanto ao
ajuste do uso do nome de casado, pode ser retificada mediante declaração
unilateral do interessado na volta ao uso do nome de solteiro, em nova
escritura pública, com assistência de advogado.
Art. 46. O tabelião poderá se negar a lavrar a escritura de separação ou
divórcio se houver fundados indícios de prejuízo a um dos cônjuges ou em
caso de dúvidas sobre a declaração de vontade, fundamentando a recusa por
escrito.

Seção IV
DISPOSIÇÕES REFERENTES À SEPARAÇÃO CONSENSUAL
Art. 47. São requisitos para lavratura da escritura pública de separação
consensual: a) um ano de casamento; b) manifestação de vontade espontânea
e isenta de vícios em não mais manter a sociedade conjugal e desejar a
separação conforme as cláusulas ajustadas; c) ausência de filhos menores não
emancipados ou incapazes do casal; d) inexistência de gravidez do cônjuge
virago ou desconhecimento acerca desta circunstância; e e) assistência das
partes por advogado, que poderá ser comum. (Redação dada pela Resolução
nº 220, de 26.04.2016)
Art. 48. O restabelecimento de sociedade conjugal pode ser feito por escritura
pública, ainda que a separação tenha sido judicial. Neste caso, é necessária e
suficiente a apresentação de certidão da sentença de separação ou da
averbação da separação no assento de casamento.
Art. 49. Em escritura pública de restabelecimento de sociedade conjugal, o
tabelião deve: a) fazer constar que as partes foram orientadas sobre a
necessidade de apresentação de seu traslado no registro civil do assento de
casamento, para a averbação devida; b) anotar o restabelecimento à margem
da escritura pública de separação consensual, quando esta for de sua
serventia, ou, quando de outra, comunicar o restabelecimento, para a anotação
necessária na serventia competente; e c) comunicar o restabelecimento ao
juízo da separação judicial, se for o caso.
Art. 50. A sociedade conjugal não pode ser restabelecida com modificações.
Art. 51. A averbação do restabelecimento da sociedade conjugal somente
poderá ser efetivada depois da averbação da separação no registro civil,
podendo ser simultâneas.

Seção V
DISPOSIÇÕES REFERENTES AO DIVÓRCIO CONSENSUAL
Art. 52. Os cônjuges separados judicialmente, podem, mediante escritura
pública, converter a separação judicial ou extrajudicial em divórcio, mantendo
as mesmas condições ou alterando-as. Nesse caso, é dispensável a
apresentação de certidão atualizada do processo judicial, bastando a certidão
da averbação da separação no assento do casamento. (Redação dada pela
Resolução nº 120, de 30.09.2010)
Art. 54. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Ministra ELLEN GRACIE


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