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Edição de textos

nacionais
DIFERENÇAS EM RELAÇÃO A TEXTOS ESTRANGEIROS

RESPONSABILIDADES DO EDITOR/PREPARADOR

DICAS PARA A COMUNICAÇÃO COM O AUTOR


Textos traduzidos
Produto mais “redondo”

► Produção de um novo livro a partir de uma obra já existente.

► O texto já teve o olhar mais crítico do editor + preparador de texto + revisor da edição
original.

► Produto teoricamente com os “furos” resolvidos.

► Os problemas que o preparador vai resolver são mais relacionados ao texto produzido
pelo tradutor: ele vai trabalhar em cima da adaptação que o tradutor preparou para o
português (embora possamos encontrar problemas de coesão e coerência na história
também).
Textos nacionais
Produto mais “bruto” (responsabilidade maior)

► Em geral, a única leitura mais profissional foi a do editor/publisher – a pessoa que


contrata o livro.

► Além da própria editora, o preparador é a principal rede de segurança do escritor.

► É com ele que o autor conta para corrigir erros de gramática e ortografia (principal
função, e as emendas podem ser feitas no próprio texto) e apontar furos na história,
assim como problemas de coesão e coerência (sugestões devem ser feitas em forma de
comentários educados; ver tópico “Comunicação direta com o autor”).
Comunicação com o autor
O fator humano

► Estamos lidando com o texto produzido por uma pessoa real, que tem
sentimentos e vulnerabilidades.

► Isso não nos exime da responsabilidade de corrigir os erros e apontar problemas


de coerência e coesão.

► Porém precisamos de muito tato ao falar sobre problemas no texto.


Dicas de comunicação com o autor
► Não queremos ofender a pessoa dizendo que o texto dela está ruim.

► Devemos sempre nos colocar no lugar do autor ao apontar um problema no texto:


como gostaríamos de ouvir aquela crítica?

► É importante adotar uma postura colaborativa e usar frases educadas nos


comentários, deixando claro, de forma sincera, que desejamos contribuir para a
qualidade do texto.

► Evitar simplesmente apontar problemas, fazendo afirmações como “Não está


fazendo sentido”. É mais produtivo dizer “Não entendi muito bem. Seria no
sentido de...? Podemos reescrever de forma que fique mais claro?”
(continuação)

► Sempre que possível, sugerir soluções: “Tive um pouco de dificuldade de entender


essa frase e gostaria de sugerir uma redação um pouco diferente: [incluir sugestão].
Acha que podemos seguir assim?”; “Poderíamos inverter a ordem dessa frase para o
sentido ficar mais claro? Minha sugestão seria [incluir sugestão]”

► Evitar dar “instruções” secas, como “Decidir entre essa coisa e aquela coisa”. É mais
produtivo dizer “Creio que seria melhor optar por essa coisa ou aquela coisa. Acha que
podemos seguir apenas com uma das duas?”

► Quando não conseguirmos sugerir uma solução, pedir para reescrever: “Não consegui
entender muito bem essa parte, porque [incluir explicação]. Acha que poderia escrever
de uma forma um pouco mais clara ou prefere manter assim?

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