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CENTRO DE ENSINO

SUPERIOR VALE DO
PARNAIBA
CURSO:
BACHARELADO EM DIREITO
DIREITO PENAL IV – PARTE
ESPECIAL
PROFESSORA: LAYZA
MACIEL
ANO: 2021.2 SEMESTRE: 6˚

ATIVIDADE QUALITATIVA
ESTUDO DIRIGIDO: ARTS. 312 a 327
Aluno: Rafael Fontes Lima
Matricula: 19103094

Teresina, 21 de novembro de 2021


Sumário
 Peculato...............................................................................................1

        Peculato culposo..................................................................................2

        Peculato mediante erro de outrem........................................................3

        Inserção de dados falsos em sistema de informações ......................4

        Modificação ou alteração não autorizada de sistema de ......................5

            Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento...................6

        Emprego irregular de verbas ou rendas pública.........................................7

        Concussão.........................................................................................................8

            Corrupção passiva.............................................................................................9

            Facilitação de contrabando ou descaminho....................................................10

            Prevaricação...........................................................................................................11

        Condescendência criminosa...................................................................................12

        Advocacia administrativa.......................................................................................13

            Violência arbitrária..................................................................................................14

        Abandono de função...............................................................................................15

            Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado................................16

        Violação de sigilo funcional....................................................................................17

            Violação do sigilo de proposta de concorrência.....................................................18

        Funcionário público....................................................................................................19

Art. 312 - Peculato


1. BEM JURÍDICO TUTELADO;
O patrimônio público e o particular que esteja sob a guarda ou custódia da Administração e
a probidade administrativa.

2. SUJEITOS DO CRIME;
O sujeito ativo será apenas o funcionário público que praticar as condutas típicas atuando
em razão do seu cargo ou da função pública que exerce, logo, trata-se de um crime próprio,
sendo que, o peculato de uso, assim como ocorre no crime de furto de uso, não configura o
crime (fato atípico) pela ausência do animus de apropriação (elemento subjetivo especial).
Sujeito passivo: O Estado, sempre. Algumas vezes o bem pertence a particular. Nesses
casos,
haverá dois sujeitos passivos: o Estado e o particular.

3. CONSUMAÇÃO OU TENTATIVA;
Trata-se de crime material que se consuma com a efetiva apropriação do bem, ou com o
desvio, gerando prejuízo concreto para a vítima, ou para a Administração Pública, sendo a
tentativa plenamente possível já que as condutas são plurissubsistentes e podem ser
fracionadas

4. REGIME;
Fechado. Rito: Ordinário, Pena: Reclusão, de 2 a 12 anos e multa.
Mas quando é Peculato Culposo que consta no § 2º poderá ser aberto ou semiaberto. Rito:
Sumaríssimo, Pena: detenção, de três meses a um ano.

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Não!

6. JURISPRUDÊNCIA

● TJ-ES - Apelação APL00021830720088080020 (TJ-ES) Jurisprudência • Data de


publicação: 07/04/2011

EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - PECULATO - ARTIGO 312 DO CÓDIGO PENAL -


APELO PARCIALMENTE PROVIDO. 1) Comprovado que o apelante desviou recursos de
Órgão Público do qual era Diretor, em benefício de terceiros, dando-lhe destinação diversa
da finalidade que lhe é precípua, configura a conduta do apelante o crime de peculato,
capitulado no art. 312 do CP:2) Apelo improvido.

Art. 313 - Peculato mediante erro de outrem


1. BEM JURÍDICO TUTELADO;
A moralidade da Administração Pública, bem como o patrimônio público e o particular.

2. SUJEITOS DO CRIME;
Sujeito ativo: Qualquer funcionário público.
Sujeito passivo: O Estado e a pessoa prejudicada pela conduta.

3. CONSUMAÇÃO OU TENTATIVA;
Consumação: Quando o agente passa a se comportar como dono do objeto que recebeu
por erro.
Tentativa: Como nas demais hipóteses de peculato doloso, é admissível.

4. REGIME;
Fechado, Rito: Ordinário, Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Não!

6. JURISPRUDÊNCIA

● TJ-MG - Habeas Corpus Criminal HC10000190070334000 MG (TJ-MG)


Jurisprudência • Data de publicação: 22/02/2019

EMENTA: HABEAS CORPUS - AMEAÇA - AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DO


ARTIGO 313 DO CÓDIGO PENAL - CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. É
descabida a prisão preventiva quando não estiverem presentes os requisitos do artigo 313
do Código de Processo Penal. Presente a gravidade concreta, necessária é a imposição de
medidas cautelares diversas da prisão para a garantia da ordem pública, em sintonia com
os princípios da necessidade e da adequação.

Art. 313 - A Inserção de dados falsos em sistema de informações

1. BEM JURÍDICO TUTELADO;


A preservação dos bancos de dados da Administração Pública.

2. SUJEITOS DO CRIME;
Sujeito ativo: Cuida-se de crime próprio, cometido apenas pelo funcionário autorizado a
trabalhar com o sistema de dados.
Sujeito passivo: O Estado e as pessoas, eventualmente, prejudicadas pela conduta.

3. CONSUMAÇÃO OU TENTATIVA;
Consumação: Trata-se de crime formal, que se consuma no momento da conduta típica,
ainda
que o agente não obtenha a vantagem almejada.
Tentativa: É possível.

4. REGIME;
Fechado, Rito: Ordinário, Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Não!

6. JURISPRUDÊNCIA

● TJ-RS - Apelação Crime ACR70062147640 RS (TJ-RS) Jurisprudência • Data de


publicação: 07/05/2015

CÓDIGO PENAL. ARTIGO 313-A DO CÓDIGO PENAL. EXISTÊNCIA DO FATO E


AUTORIA. Réu, credenciado junto ao DETRAN/RS, que inseriu dados falsos, alterou e
excluiu indevidamente dados corretos no sistema informatizado da Administração Pública,
com o fim de obter vantagem indevida de vítimas envolvidas em acidente de carro, ou seja,
valores a mais do que os
estabelecidos na tabela do órgão público, sob pena de não devolver os automóveis
PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO.Condenado o réu, em outro processo, pelo delito previsto no
art. 316 do CP, ou seja, a obtenção de vantagem indevida, a conduta do art. 313-A resulta
absorvida, pois foi o mecanismo utilizado para garantir esta vantagem indevida absolvição
mantida. APELO DO MINISTÉRIO PÚBLICO IMPROVIDO. UNÂNIME.

Art. 313 - B Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações

1. BEM JURÍDICO TUTELADO;


A preservação dos sistemas de informações e programas de informática da Administração.

2. SUJEITOS DO CRIME;
Sujeito ativo: Qualquer funcionário público. Ao contrário do dispositivo anterior, não é
necessário que se trate de funcionário autorizado a trabalhar no sistema de informações.
Sujeito passivo: O Estado e as pessoas que, eventualmente, sejam prejudicadas pela
conduta.

3. CONSUMAÇÃO OU TENTATIVA;
A consumação se dá com a simples prática das condutas previstas no tipo, não havendo
qualquer fim específico desejado, e nenhum resultado concreto sequer previsto (crime de
mera conduta), sendo que a tentativa é possível, mas de difícil ocorrência.

4. REGIME;
Fechado. Rito: Sumário, Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Sim.

6. JURISPRUDÊNCIA
● TJ-DF-20150110719087 DF0021039-59.2015.8.07.0001 (TJ-DF)
Jurisprudência • Data de publicação: 30/10/2017

PENAL. INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES.


CONDENAÇÃO. RECURSO DA DEFESA. PLEITO DESCLASSIFICATORIO PARA O
CRIME PREVISTO NO ARTIGO 313-B DO CÓDIGO PENAL. INVIABILIDADE.
DOSIMETRIA. REDUÇÃO DA PENA AQUEM DO MÍNIMO LEGAL. SÚMULA 231 DO STJ.
NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. 1. Inviável o pleito desclassificatório formulado
pela defesa, quando demonstrado que o apelante inseriu dados falsos em sistema de
informações do BRB - Banco de Brasília -, no caso horas extras que não tinha cumprido,
gerando um prejuízo patrimonial de R$ 22.293,35 (vinte e dois mil, duzentos e noventa e
três reais e trinta e cinco centavos) à referida instituição bancária. 2. Nos termos do
Enunciado da Súmula 231 do C. Superior Tribunal de Justiça, a incidência de circunstância
atenuante não pode conduzir à fixação da pena em patamar aquém do mínimo legal
previsto para o crime. 3. Negado provimento ao recurso.

Art. 314 - Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento

1. BEM JURÍDICO TUTELADO;


A regularidade da Administração Pública no sentido da preservação dos livros ou
documentos confiados à guarda de funcionários públicos

2. SUJEITOS DO CRIME;
Sujeito ativo: Trata-se de crime próprio, que só pode ser cometido pelo funcionário
responsável pela guarda do livro ou documento.
Sujeito passivo: O Estado e, eventualmente, o particular que tem documento sob a guarda
da
Administração.

3. CONSUMAÇÃO OU TENTATIVA;
Consumação Com o extravio ou inutilização, ainda que parcial e independentemente de
qualquer outro resultado. Já na modalidade sonegar, o crime se consuma no instante em
que o agente deveria fazer a entrega e, intencionalmente, não o faz. No extravio e na
sonegação, o crime é permanente.
Tentativa Não é admissível apenas na modalidade omissiva (sonegar).

4. REGIME;
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Não.

6. JURISPRUDÊNCIA

● TRF-1 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO RSE 45708020134013307 (TRF-1)


PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. CRIMES DE
RESPONSABILIDADE. EX-PREFEITO. ARTIGO 1°, VII, DO DECRETO-LEI 201 /67 C/C
ARTIGO 314 DO CÓDIGO PENAL TÉRMINO DO MANDATO ANTES DO PRAZO FINAL
PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS. DENÚNCIA. REJEIÇÃO. 1. O crime previsto no inciso
VII do art. 1° do Decreto-Lei 201/67 consuma-se ao fim do lapso temporal fixado para a
efetiva prestação de contas. 2. A Segunda Seção desta Corte considera ausente a justa
causa para o exercício da ação penal quando o término do mandato de prefeito antecede o
prazo final para a entrega da prestação de contas. (Precedentes) 3. Recurso em sentido
estrito não provido.

Art. 315 - Emprego irregular de verbas ou rendas públicas

1. BEM JURÍDICO TUTELADO;


A regularidade da Administração Pública, sob o prisma da necessidade de aplicação dos
recursos públicos de acordo com os termos da lei.

2. SUJEITOS DO CRIME;
Sujeito ativo: Pode ser apenas o funcionário público que tem poder de disposição de verbas
ou rendas públicas. Tratando-se, entretanto, de prefeito municipal, a conduta se amolda ao
art. 1o, III, do Decreto-lei n. 201/67.
Sujeito passivo: O Estado, representado pela entidade pública titular da verba ou renda
desviada.

3. CONSUMAÇÃO OU TENTATIVA;
Consumação: Com o efetivo emprego irregular da verba ou renda pública, ainda que não
haja
prejuízo para o erário. Trata-se de crime formal.
Tentativa: Se houver mera indicação ou destinação irregular, cuja execução acaba sendo
impedida, o crime considera-se tentado.

4. REGIME;
Aberto ou semiaberto, Rito: Sumaríssimo, Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Sim.

6. JURISPRUDÊNCIA

Art. 316 - Concussão

1. BEM JURÍDICO TUTELADO;


A moralidade da Administração Pública quanto a seu normal funcionamento.

2. SUJEITOS DO CRIME;
Sujeito ativo: Qualquer funcionário público. Trata-se de crime próprio. Não é necessário que
o funcionário esteja trabalhando no momento da exigência. O próprio tipo diz que ele pode
estar fora da função (horário de descanso, férias, licença) ou, até mesmo, nem tê-la
assumido (quando já passou no concurso ou já foi eleito, mas ainda não tomou posse, por
exemplo). O que é necessário é que a exigência diga respeito à função pública e as
represálias a ela se refiram. Se o crime for cometido por policial militar, estará configurado o
crime do art. 305 do Código Penal Militar, que é igualmente chamado de concussão.
Sujeito passivo: O Estado e a pessoa contra quem é dirigida a exigência. Como na
concussão o
O funcionário público faz uma ameaça explícita ou implícita, a pessoa ameaçada é
considerada vítima e, caso venha a entregar o dinheiro exigido, não comete corrupção ativa,
uma vez que somente o terá feito por ter se sentido constrangida.

3. CONSUMAÇÃO OU TENTATIVA;
No momento em que a exigência chega ao conhecimento da vítima, independentemente da
efetiva obtenção da vantagem visada pelo agente. Trata-se de crime formal. A obtenção da
vantagem é mero exaurimento. Não desnatura o crime, portanto, a devolução posterior da
vantagem (mero arrependimento posterior — art. 16 do CP) ou a ausência de prejuízo. ata
posterior, mas aciona policiais que prendem o funcionário em flagrante no dia em que iria
receber o dinheiro, temos crime consumado. Não se trata de crime impossível porque o
delito já havia se consumado com a exigência feita em data anterior. Tampouco se trata de
flagrante provocado, pois não houve qualquer provocação, ou seja, ninguém induziu o
funcionário a fazer a exigência. De ver-se, entretanto, que não há situação de flagrância, já
que o delito havia se consumado no dia anterior. O fato de policiais terem presenciado a
entrega dos valores ao funcionário serve apenas como prova do crime; mas, se tiverem
dado voz de prisão em flagrante aofuncionário, este deve ser relaxado por ser ilegal. Em tal
caso, poderá ser decretada a prisão preventiva do funcionário, se presentes os requisitos
legais.
Tentativa: É possível. Exs.:
a) o funcionário pede para terceiro fazer a exigência à vítima, mas ele morre antes de
encontrá-la;
b) uma carta contendo a exigência se extravia.

4. REGIME;
Fechado. Rito: Ordinário, Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Não.

6. JURISPRUDÊNCIA
● STF — 2a Turma — HC 74.009-0/MS — Rel. Min. Carlos Velloso — DJU 14-3-
1997

● TJ-RS APELAÇÃO CRIME ACR 70064397987 RS (TJ-RS)

CÓDIGO PENAL. ARTIGO 316 DO CÓDIGO PENAL. CONCUSSÃO. PRELIMINAR.


NULIDADE POR INÉPCIA DA INICIAL. A não precisão de certos dados do fato criminoso
não constitui nulidade quando prescindíveis para o esclarecimento do crime. Denúncia que
preenche os requisitos constantes no art. 41 do CPP. Preliminar rejeitada.EXISTÊNCIA DO
FATO E AUTORIA.Réu, que no desempenho das funções de Secretário Municipal de
Saúde, exigiu valores para fornecimento de
tubo de oxigênio a duas pessoas que dele dependiam para sobrevivência. PENA
PRIVATIVA DE LIBERDADE Basilar fixada ligeiramente acima do mínimo legal. Pequeno
aumento justificado na culpabilidade em razão do grau de reprovabilidade social da
conduta, tendo em vista que a exigência dos valores dizia respeito a bem necessário para
sobrevivência das vítimas.REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA inicial aberto na forma
do artigo 33, $2°, Icl do Código Penal. PENAS SUBSTITUTIVAS Viável a substituição, pois
presentes os requisitos do artigo 44 do Código Penal. Modalidades de prestação de
serviços à comunidade e prestação pecuniária.MULTA Cumulativa na espécie. Reduzido o
valor unitário da pena de multa, de 1/3 para 1/20 do salário mínimo vigente na época do
fato.APELO DEFENSIVO PARCIALMENTE PROVIDO. UNÂNIME.

Art. 317 - Corrupção passiva

1. BEM JURÍDICO TUTELADO;


A moralidade e probidade administrativa, bem como o normal funcionamento da
Administração Pública.

2. SUJEITOS DO CRIME;
Sujeito Ativo: Pode ser qualquer funcionário público. Trata-se de crime próprio. Não é
necessário que o funcionário esteja trabalhando no momento do delito. O próprio tipo diz
que ele pode estar fora da função (horário de descanso, férias, licença) ou, até mesmo, nem
tê-la assumido (quando já passou no concurso ou já foi eleito, mas ainda não tomou posse,
por exemplo). Se o crime for cometido por policial militar, estará configurado o crime de
corrupção passiva militar, descrito no art. 308 do Código Penal Militar.
Sujeito passivo: O Estado. Na hipótese de solicitação de vantagem, o particular também é
vítima

3. CONSUMAÇÃO OU TENTATIVA;
A consumação deste crime se dá independentemente de o funcionário retardar ou deixar de
praticar qualquer ato de ofício ou o praticar infringindo dever funcional (crime formal), e
pode ocorrer das seguintes formas:
a) solicitar: no momento em que a solicitação chega ao terceiro;
b) receber: com o efetivo recebimento da vantagem;
c) aceitar promessa: consuma-se com a simples aceitação pelo funcionário.
Tentativa:
a) solicitar: admite-se se o meio utilizado for o escrito;
b) receber: a tentativa é inadmissível;
c) aceitar promessa: admite-se também quando por escrito.
4. REGIME;
Fechado. Rito: Ordinário, Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

Forma privilegiada (art. 317, § 2º, do CP) - A pena será de 3 meses a 1 ano de detenção ou
multa, se o funcionário apenas deixa de praticar ou retarda o ato de ofício, cedendo a
pedido ou influência de outrem, neste caso, o agente não visa receber nenhuma vantagem,
mas apenas atender a pedidos.

Aberto ou semiaberto. Rito: Sumaríssimo.

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Não.

6. JURISPRUDÊNCIA

● TJ-ES - AP: 00113448620178080000, Relator: SÉRGIO LUIZ TEIXEIRA GAMA,


Data de Julgamento: 18/10/2017, SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação:
24/10/2017

EMENTA: DENÚNCIA. ARTIGO 317 DO CÓDIGO PENAL. 1. PRELIMINARES. 1.1.


AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. ATIPICIDADE DA CONDUTA. REJEIÇÃO. 1.2. INÉPCIA
DA INICIAL. ART. 41 DO CPP. AUSÊNCIA DE DOLO. INEXISTÊNCIA DE CONDUTA
TÍPICA. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. MATÉRIA QUE SE CONFUNDE COM O MÉRITO.
NÃO CONHECIMENTO. 2. MÉRITO. ART. 317 DO CP. CORRUPÇÃO PASSIVA.
INDÍCIOS DE AUTORIA E MATERIALIDADE. PROVAS TESTEMUNHAIS. VALIDADE.
SOLICITAÇÃO, PARA SI OU PARA OUTREM, DE VANTAGEM INDEVIDA A
EMPRESÁRIOS DA REGIÃO. 3. DENÚNCIA RECEBIDA. 1. Preliminar. 1.1. Ausência de
justa causa para a ação penal. A análise dos autos demonstra que houve a constatação, em
tese , de que dois servidores do Município de Itapemirim - um deles Secretário de
Comunicação e o outro Subsecretário de Meio Ambiente teriam se dirigido, no dia 19 de
abril de 2013, ou seja, após o Defendente ter tomado posse no cargo de Prefeito daquela
municipalidade, ao escritório de um empresário do ramo de areia da região, solicitando-lhe
a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Se não bastasse a existência de indícios de
autoria quanto a fato delitivo ocorrido após a assunção ao cargo de Prefeito Municipal, a
simples razão de outra conduta ter sido praticada em período anterior à posse do
Defendente como Prefeito Municipal não é motivo para arguir a respectiva atipicidade. Pelo
contrário, o delito do artigo 317 do Código Penal, que trata da corrupção passiva, é enfático
ao descrever a conduta solicitar ou receber [¿] ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, o que significa dizer que o tipo penal
pode ser praticado por indivíduos que ainda não assumiram cargo público na
Administração, no entanto se utilizam dela para obter vantagem indevida para si ou para
outrem. Preliminar rejeitada. 1.2. Preliminar. Inépcia da denúncia. Apesar de o Defendente
arguir que a peça inicial apresentada pelo membro do Parquet é inepta, ao argumento de
que não teria sido comprovado qualquer dolo por parte do denunciado, não existindo,
assim, conduta ilícita, é evidente que tal argumentação confunde-se diretamente com o
mérito da questão. Vale dizer, é no mérito que compete analisar, de maneira adequada, a
possibilidade de recebimento ou rejeição da denúncia ofertada em face do Defendente,
ocasião mais propícia à análise acerca da aptidão da denúncia, incluindo os requisitos e
pressupostos previstos no art. 41 do CPP, e da justa causa necessária para instaurar a
competente ação penal. Precedentes. Preliminar não conhecida. 2. Mérito. 2.1. A análise
dos autos, sobretudo a prova de caráter testemunhal, demonstra que a denúncia ministerial
obedeceu rigorosamente aos requisitos do mencionado artigo 41 do Código de Processo
Penal, qualificando o denunciado, relatando os elementos indispensáveis para a
demonstração da existência do crime em tese praticado, o que possibilita o exercício da
defesa, bem como os indícios suficientes para a deflagração da persecução penal, além de
indicar o tipo penal em que o Defendente estaria incurso. Ademais, defendem os Tribunais
Superiores que "[...] o exame da admissibilidade da denúncia se limita à existência de
substrato probatório mínimo e à validade formal da inicial acusatória" (Inq 3.113/DF,
Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 6/2/2015). (RHC 55.217/TO, Rel.
Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 05/03/2015, DJe 17/03/2015). 2.2.
Narrado o esquema de solicitação ilegal de dinheiro das vítimas para o benefício do
Defendente, seja a título de quitação de dívida com empresa jornalística, seja para
robustecer o caixa eleitoral de campanha, percebe-se que, num primeiro momento,
mediante o juízo precário que marca esta fase inicial do processo criminal, há a subsunção
das condutas ao tipo penal apontado. 2.3. A análise das declarações dos empresários que
foram supostamente vítimas da conduta do artigo 317 do Código Penal, percebe-se que, em
ambos os casos, houve a solicitação indevida de dinheiro em favor do denunciado. 2.4. O
recebimento da denúncia não implica em juízo de certeza, mas mero juízo de
admissibilidade, concedendo-se ao representante do Ministério Público a oportunidade de
comprovar as alegações da exordial ao longo da instrução criminal, sendo que, no caso em
exame, as alegações trazidas pelo Defendente, resumidamente no sentido de que as
investigações são lacunosas, imprecisas e inexistentes, constituem matéria de fato a ser
provada e que só pode ser decidida no curso do processo, sob o crivo do princípio do
contraditório. 2.5. Descabe se falar em violação aos princípios do contraditório e da ampla
defesa e tampouco em ocorrência de surpresa ou prejuízo, tendo em vista que a descrição
das condutas delitivas se subsumem inteiramente ao tipo penal contido na denúncia, e
sobre tal descrição fática é que o Respondente deve se defender, não lhe advindo, repita-
se, qualquer surpresa ou cerceamento de defesa. Em resumo, ante os indícios
apresentados pelo Parquet a apontar suficientemente a materialidade e a autoria do delito
tipificado no artigo 317 do Código Penal (corrupção passiva), tem-se como presente a justa
causa a ensejar o recebimento da presente denúncia. 3. Denúncia recebida.

● TJ-GO - APR: 03062940220148090091, Relator: DES. J. PAGANUCCI JR., Data


de Julgamento: 07/06/2017, SECAO CRIMINAL, Data de Publicação: DJ 2317 de
28/07/2017

EMENTA: EMBARGOS INFRINGENTES EM APELAÇÃO CRIMINAL. ACÓRDÃO NÃO


UNÂNIME. ARTIGO 317, DO CÓDIGO PENAL. ABSOLVIÇÃO. AUSÊNCIA DE DOLO
ESPECÍFICO. 1- Para a configuração do crime de corrupção passiva é preciso à
comprovação do dolo específico no momento de solicitar ou receber, para si ou para
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em
razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. Desse modo,
inexistindo o dolo específico, imperiosa a absolvição do embargante. 2- Embargos
infringentes providos.

Art. 318 - Facilitação de contrabando ou descaminho

1. BEM JURÍDICO TUTELADO;


A Administração Pública, no sentido de serem coibidos o contrabando e o descaminho.

2. SUJEITOS DO CRIME;
Sujeito ativo: Somente pode ser o funcionário público em cujas atribuições esteja inserida a
repressão ao contrabando ou descaminho.
Sujeito passivo: O Estado.

3. CONSUMAÇÃO OU TENTATIVA;
A consumação deste crime independe da efetiva ocorrência do contrabando ou descaminho
(crime formal), e a tentativa não é possível, via de regra, pois a conduta de facilitar é
unissubsistente e não pode ser fracionada, sendo que, quem vier a praticar o contrabando
ou descaminho facilitado responde pelos crimes previstos nos arts. 334-A e 334 do CP,
respectivamente.

4. REGIME;
Fechado. Rito: Ordinário, Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Não.

6. JURISPRUDÊNCIA

● TRF-3 - ApCrim: 00089509020164036119 SP, Relator: DESEMBARGADOR


FEDERAL JOSÉ LUNARDELLI, Data de Julgamento: 30/01/2020, DÉCIMA PRIMEIRA
TURMA, Data de Publicação: e-DJF3 Judicial 1 DATA:13/02/2020

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CRIMINAL. ARTIGO 334 DO


CÓDIGO PENAL. ARTIGO 318 DO CÓDIGO PENAL. OMISSÃO INEXISTENTE. MERO
INCONFORMISMO. INADEQUAÇÃO DA VIA RECURSAL. EMBARGOS CONHECIDOS E
NÃO PROVIDOS. 1. O aresto embargado mostra-se bem fundamentado, abordando,
devidamente, todas as questões aventadas pelo embargante em suas razões recursais,
inclusive no que concerne à nulidade do auto de prisão em flagrante e à pena de prestação
pecuniária. 2. Os dispositivos de lei elencados pelo embargante - 301; 302; 304, §§ 1º e 2º;
e 318, caput do Código de Processo Penal - foram abarcados no tópico que versa sobre a
nulidade do auto da prisão em flagrante, sendo desarrazoada a menção expressa de cada
um desses artigos, já que a insurgência trazida em sede recursal se encontra cabalmente
fundamentada. 3. No que toca ao artigo 45, § 1º, do Código Penal, a fixação da pena de
prestação pecuniária atendeu aos respectivos requisitos legais e foi, ainda, reduzida,
conforme pleito do embargante. 4. Por conseguinte, não há se falar em violação aos
dispositivos constitucionais explicitados nos embargos - 5º, LV e 93, IX - visto que, como
aludido, todas as alegações suscitadas pelo embargante em suas razões de apelação
foram satisfatoriamente analisadas, tanto que culminaram na redução do valor da pena de
prestação pecuniária que lhe fora imposta. 5. Assim, nenhuma eiva contém o julgado
embargado, já que decidiu de maneira clara e fundamentada a matéria, exaurindo a
prestação jurisdicional. Com isso, torna-se evidente o caráter infringente dos embargos
declaratórios, na medida em que pretende o embargante a mera rediscussão de temas já
devidamente apreciados no julgado embargado, não servindo, dessa forma, como a via
processual adequada para veicular o seu inconformismo, sem prejuízo de eventuais
recursos cabíveis. 6. No sistema processual vigente, os embargos de declaração não se
configuram como meio adequado à substituição da orientação dada pelo julgador, mas
possibilitam tão somente a sua integração, sendo que mesmo a oportuna utilização com o
fim de prequestionamento, amparada na Súmula 98 do Superior Tribunal de Justiça,
também pressupõe o preenchimento dos requisitos previstos no artigo 619 do Código de
Processo Penal. 7. Não tendo sido demonstrados vícios no acórdão embargado, que
decidiu clara e expressamente sobre todas as questões postas perante o órgão julgador,
sem quaisquer omissões, obscuridades, contradições ou ambiguidades, não merecem ser
providos os embargos declaratórios defensivos.

Art. 319- Prevaricação

1. BEM JURÍDICO TUTELADO;


A moralidade na Administração Pública, no sentido de ser preservado o princípio da
impessoalidade administrativa, evitando-se retaliações ou favorecimentos por parte de
funcionários públicos no desempenho de suas funções.

2. SUJEITOS DO CRIME;
Sujeito ativo: Qualquer funcionário público.
Sujeito passivo: O Estado e a pessoa eventualmente prejudicada pela ação ou omissão
funcional.

3. CONSUMAÇÃO OU TENTATIVA;
A consumação ocorre quando o funcionário retarda, omite ou pratica o ato ilegal (crime
formal), enquanto a tentativa será admitida nas condutas comissivas de “praticar ou retardar
ato ilegal”, sendo inadmissível na conduta omissiva de “deixar de praticar” e também em
certas hipóteses de “retardar” quando isto ocorrer por omissão.

4. REGIME;
Aberto ou Semiaberto. Rito: Sumaríssimo. Pena - detenção, de três meses a um ano, e
multa.

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Sim.
6. JURISPRUDÊNCIA

● TJ-AP - APELAÇÃO APL 00408083020168030001 AP (TJ-AP)


Jurisprudência • Data de publicação: 28/03/2017

PENAL. PREVARICAÇÃO. ARTIGO 319, DO CÓDIGO PENAL. ELEMENTO SUBJETIVO


DO TIPO. AUSÊNCIA. ABSOLVIÇÃO. APELO NÃO PROVIDO. 1) Para que se realize o
tipo penal imputado na denúncia, não basta que o ato seja praticado contra expressa
disposição de lei, porque até aí, presente apenas o elemento objetivo da infração penal,
sendo necessária também que se comprove a presença do elemento subjetivo. Destarte, se
faz necessário que os atos praticados decorram de motivação a "satisfação de sentimento
ou interesse pessoal", não sendo, in casu, sequer descrito na denúncia, tampouco
evidenciado pelas provas dos autos, em que consistiria o suposto sentimento ou interesse
pessoal do acusado. Portanto, ausentes os elementos suficientes a confirmar a denúncia, a
absolvição é medida que se impõe, nos termos do artigo 386, inciso VI do CPP. Neste
sentido: "PREVARICAÇÃO - Acusação de que o réu, Delegado de Polícia, não instaurava
inquéritos policiais para satisfazer sentimento pessoal de não ter a investigação fiscalizada
pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário - Quadro revelador da ausência do elemento
subjetivo do tipo penal incriminador - Prova de que o agir não era revestido da vontade de
"satisfação de sentimento pessoal" - Comprovação da ausência de circunstância elementar
do tipo - Absolvição pela atipicidade da conduta (art. 386, III, do CPP )- Recurso do
Ministério Público improvido e apelo defensivo provido - (voto n. 31300)". (TUSP, Relator
(a): Newton Neves; Comarca: Ribeirão Preto; Órgão julgador: 16ª Câmara de Direito
Criminal; Data do julgamento: 31/01/2017; Data de registro: 01/02/2017); "Apelação
ministerial - Prevaricação - Absolvição com espeque no art. 386, Ill, do CPP - Desfecho que
se sustenta - Clara ausência do elemento subjetivo, imprescindível à caracterização do
delito - Recurso desprovido." (TISP, Relator (a): Ivan Sartori; Comarca: Paraguaçu Paulista;
Órgão julgador: 4ª Câmara de Direito Criminal; Data do julgamento: 15/09/2015; Data de
registro: 21/09/2015). 2) Apelo conhecido e não provido. 3) Sentença mantida.

Art 320. Condescendência criminosa

1. BEM JURÍDICO TUTELADO


A Administração Pública sua moralidade e regularidade administrativa

2. SUJEITOS DO CRIME
a) ativo. Funcionário público

b) passivo. O Estado

3. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA

Consumação. Com a omissão


Tentativa. Inadmissível porque o delito é omissivo próprio.

4. REGIME
Aberto. Rito sumaríssimo. Pena: detenção de quinze dias a um mês, ou multa

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Sim

6. JURISPRUDÊNCIA
 TJ-RS HC 71000903161 RS -Data da publicação 21/02/2006

Para a configuração do delito previsto no art. 320 do CP deve-se ter como


pressuposto o cometimento de infração administrativa ou penal no exercício do cargo.
Logo, necessária decisão transitada em julgado dando conta do cometimento
de uma infração ou crime –in casu, a prática de peculato e advocacia
administrativa pelo oficial reservante. (TJRS –HC nº 71000903161 –rel. Martinha Terra
Salomon –j. 21-2-2006)
Art. 320 Advocacia administrativa

1. BEM JURÍDICO TUTELADO


Administração pública

2. SUJEITOS DO CRIME
Sujeito Ativo: por se tratar de um crime próprio ou especial, só pode ser acometido
por funcionário público, entretanto, admite-se a participação de um particular se
houver o induzimento, instigação ou auxílio segundário.
Sujeito Passivo: é o Estado, Administração Pública em sentido amplo.

3. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
O crime se consuma com o simples patrocínio pelo funcionário público no
interesse privado ou alheio, independentemente da efetiva obtenção de benefício ao
particular.
Caracteriza-se por crime formal, de consumação antecipada ou resultado cortado.
A tentativa é possível. Por exemplo, um funcionário público que encaminha para
seu colega de repartição um ofício patrocinando interesse particulares de um
terceiro, no entanto, o referido documento não chega ao seu destino pois foi
extraviado ao chegar ao sei destino.

4. REGIME
Aberto. Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. Parágrafo único - Se o interesse é
ilegítimo: Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Sim

6. JURISPRUDÊNCIA
 Superior tribunal de justiça STJ. Apn 74 ES 1994/0003843-7
Art. 322 Violência arbitrária

1. BEM JURÍDICO TUTELADO


Administração pública

2. SUJEITOS DO CRIME
O funcionário público é o sujeito ativo do delito, admitindo-se a coautoria do
particular. Ainda segundo Luiz Regis Prado (2002), o Estado e aquele que sofre a
violência arbitrária são sujeitos passivos do crime.

3. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Consumasse com a prática da violência

4. REGIME
Aberto ou semiaberto. Pena detenção de seis meses a três anos, além da pena
correspondente a violência

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Sim

6. JURISPRUDÊNCIA

 TJ-MG Rec em sentido estrito 1791366-07.2010.8.13.0024 MG

Art. 323 Abandono de função

1. BEM JURÍDICO TUTELADO


Administração Pública

2. SUJEITOS DO CRIME
Sujeito ativo: Trata-se de crime próprio, sendo cometido por funcionário público
investido no cargo
Sujeito passivo: Estado

3. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Consumação: Ocorre com o efetivo abandono do cargo público, por tempo
juridicamente relevante
Tentativa: É crime omissivo próprio e, por este motivo, não é admitida.

4. REGIME
Aberto o semiaberto Pena - detenção, de um a três anos, e multa

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Sim
6. JURISPRUDÊNCIA
 TJ-SP Apelação cível AC 1054372-24.2017.8.26.0053 SP 1054372-
24.2017.8.26.0053

Art. 324 Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado

1. BEM JURÍDICO TUTELADO


Administração pública

2. SUJEITOS DO CRIME
Sujeito ativo: Deve ser cometido por funcionário público, exceto na segunda
modalidade, onde o autor continua exercendo sem autorização
Sujeito passivo: O Estado

3. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Consumação: Ocorre com o primeiro ato de ofício indevido
Tentativa: Admite-se, mas é de difícil configuração

4. REGIME
Aberto Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Sim

6. JURISPRUDÊNCIA
 TJ-AP APL 0001695-87.2012.8.03.0008 AP
data 20/10/15

Art. 325 Violação de sigilo funcional

1. BEM JURÍDICO TUTELADO


Administração pública

2. SUJEITOS DO CRIME
Sujeito ativo: Funcionário público que tem ciência do fato em razão do cargo e que
este fato deve permanecer em silêncio
Sujeito passivo: Estado
3. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Consumação: Consuma-se com o conhecimento do segredo por terceiro
Tentativa: Admite-se na facilitação e na revelação, desde que esta última não seja
oral.

4. REGIME
Aberto ou semiaberto Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Não

6. JURISPRUDÊNCIA
 Superior tribunal de justiça agravo regimental no recurso STJ AgRg no AREsp
0002128-30.2007.4.03.6110 SP 2017/0008512-4

Art. 320 Violação do sigilo de proposta de concorrência

1. BEM JURÍDICO TUTELADO


Administração pública

2. SUJEITOS DO CRIME
Sujeito ativo: Crime comum, pode ser qualquer pessoa, até mesmo o funcionário
público incompetente ou investido em outra função (agente pratica ato de forma
ilegítima, pois não tem competência)
Sujeito passivo: Estado

3. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Consumação: Consuma-se com o ato de ofício que o agente não pode fazer.
Tentativa: Teoricamente é admissível

4. REGIME
Aberto. Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. Rito ordinário

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?


Não

6. JURISPRUDÊNCIA
 TJ-SC Habes CorpusHC 4020836-19.2019.8.24.0000 Capital 4020836-
19.2019.8.24.0000
Art. 327 Funcionário público

1. BEM JURÍDICO TUTELADO


Administração pública

2. SUJEITOS DO CRIME
Funcionário público

3. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA

4. REGIME

5. CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?

6. JURISPRUDÊNCIA
 STF RHC: 110513 RJ

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