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DEDICATÓRIA

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APERSENTAÇÃO

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

ICMS – Imposto Sobre Circulação De Mercadorias e Serviços


EFD – Escrituração Fiscal Digital
CIAP – Controle de Crédito do Ativo Permanente
CFOP – Código Fiscal de Operações e. Prestação
CST – Código da Situação Tributária
FCP – Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza
DESTDA – Declaração do Simples Nacional relativa à Substituição Tributária e
ao Diferencial de Alíquota
ST – Substituição Tributária
NF-e – Nota Fiscal Eletrônica
NFC-e – Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica
CT-e – Conhecimento de Transporte Eletrônico
MDF-e – Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais
Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 20
2. FATO GERADOR ............................................................................................................ 21
3. DA INCIDÊNCIA E DA NÃO-INCIDÊNCIA ................................................................. 22
3.1 Operações Relativas À Circulação De Mercadorias........................................... 23
3.2 Operações Consideradas Saídas Do Estabelecimento................................... 26
3.3. Presunção De Realização Da Operação ............................................................... 27
3.4 Prestações De Serviços De Transporte ................................................................. 27
3.5. Prestações De Serviços De Comunicação. ......................................................... 27
3.6. Diferencial De Alíquotas. .......................................................................................... 28
4. DEFINIÇÃO DE CONTRIBUINTE E NÃO CONTRIBUINTE .................................... 29
4.1 Conceito De Contribuinte .......................................................................................... 30
4.2 Tipos De Contribuintes .............................................................................................. 31
4.3 Produtor Rural ............................................................................................................. 32
4.4. Responsabilidade Solidária ..................................................................................... 32
4.5. Transportador .............................................................................................................. 33
4.6. Armazéns Gerais e Depositários ............................................................................ 33
4.7. Entrepostos Aduaneiros e Afins ............................................................................ 34
4.8. Outros Responsáveis Solidários............................................................................ 34
4.9. Responsabilidade Por Substituição ...................................................................... 36
4.10 Cadastro De Contribuinte........................................................................................ 36
4.10.1. Obrigatoriedade da inscrição no cadastro de contribuintes ......................... 36
4.10.2. Produtor Rural...................................................................................................... 38
4.10.3. Documento de identificação eletrônico (DIE) ................................................. 38
4.10.4. Contribuinte substituto tributário ....................................................................... 39
4.10.5. Requerimento da inscrição no cadastro de contribuintes ............................. 40
4.10.6. Dispensa de inscrição estadual ........................................................................ 40
4.10.7 Composição numérica da inscrição estadual .................................................. 41
4.10.8 Documentos para exibição ao fisco................................................................... 41
4.10.9 Manutenção de inscrição única.......................................................................... 42
4.10.10. Obrigações específicas dos contribuintes prestadores de transporte ..... 43
4.10.11 Inscrição de imóvel rural ................................................................................... 45
4.10.12 Inscrição para edificações unifamiliares ......................................................... 45
4.10.13 Inscrição para atacadistas e varejistas de combustível ............................... 46
5. DA BASE DE CÁLCULO................................................................................................ 47
5.1 Operações Específicas .............................................................................................. 48
5.2 Importação..................................................................................................................... 51
5.3 Presunção de omissão de saídas ou de prestações ......................................... 52
5.4 Inclusão do IPI na base de cálculo ......................................................................... 54
5.5 Utilização De Pauta Fiscal ......................................................................................... 54
6. DAS ALÍQUOTAS ............................................................................................................ 59
6.1 Operações Internas. Regra Geral ............................................................................ 59
6.2 Operações Interestaduais ......................................................................................... 60
6.3 Operações Destinadas A Empresas De Construção Civil ................................ 60
6.4. Operações Internas. Alíquotas Diferenciadas .................................................... 61
6.4.1 Produtos sujeitos à alíquota de 7% ..................................................................... 61
6.4.2. Operações realizadas por estabelecimentos industriais destinadas a
microempresas, empresas de pequeno porte e ambulantes .................................... 61
6.4.3 Produtos sujeitos à alíquota de 25% ................................................................... 62
6.4.4 Alíquota De 38% ..................................................................................................... 63
6.4.5 Fundo De Combate À Pobreza. Alíquota Específica ........................................ 63
7. ANTECIPAÇÃO TRIBUTÁRIA PARCIAL ................................................................... 68
7.1 Fato Gerador ................................................................................................................. 68
7.2. Base de cálculo ........................................................................................................... 69
7.3. Regra para o cálculo da antecipação parcial ...................................................... 70
7.3.1. Operação entre: Regime Normal para Regime Normal .................................. 70
7.3.2. Operação entre: Regime Normal para Simples Nacional ............................... 71
7.3.3. Operação entre: Simples Nacional para Simples Nacional ............................ 71
7.3.4. Operação entre: Simples Nacional para Regime Normal ............................... 71
7.4. Glosa Fiscal ................................................................................................................. 73
7.5. Benefício para microempresas e empresas de pequeno porte ..................... 73
7.6 Devolução de Mercadoria .......................................................................................... 73
7.7 Consignação Mercantil x Antecipação Parcial .................................................... 74
7.8. Prazo de recolhimento .............................................................................................. 74
7.9 Inaplicabilidade ...................................................................................................... 76
7.10. Crédito ......................................................................................................................... 76
7.10.1 Conta Corrente Fiscal .......................................................................................... 76
7.10.2 Simples Nacional................................................................................................. 77
7.11 Lançamento Da Escrituração Fiscal Digital (EFD) ........................................... 78
8 ARMAZÉM GERAL ....................................................................................................... 79
8.1. Estabelecimento ......................................................................................................... 79
8.2. Normas estabelecidas aos armazéns gerais....................................................... 79
8.3. Remessa e retorno de mercadorias do estabelecimento do contribuinte
com destino a armazém geral, ambos localizados neste Estado. ........................ 80
8.3.1. Remessa de mercadoria para armazém geral ................................................. 80
8.3.2. Retorno de mercadoria depositada em armazém geral .................................. 81
8.4. Remessa e retorno de mercadoria depositada em armazém geral, com
destinos a estabelecimento diverso do depositante, ambos situados neste
estado. ................................................................................................................................... 81
8.4.1. Procedimentos do depositante ............................................................................ 81
8.4.2. Procedimentos do armazém geral ...................................................................... 82
8.5. Remessa e retorno de mercadorias depositadas em armazém geral situado
em unidade da federação diversa daquela do estabelecimento depositante
com destino a outro estabelecimento. ......................................................................... 83
8.5.1. Procedimentos do depositante ............................................................................ 83
8.5.2. Procedimentos do armazém geral ...................................................................... 84
8.5.3. Procedimentos do destinatário ............................................................................ 85
8.6. Saída de mercadorias para entrega em armazém geral situado na mesma
unidade da federação do estabelecimento destinatário, este será considerado
depositante. ......................................................................................................................... 85
8.6.1. Procedimentos do remetente .............................................................................. 85
8.6.2. Procedimentos do depositante ............................................................................ 86
8.7. Saídas de mercadorias para entrega em armazém geral situado em
unidade da federação diversa daquela do estabelecimento destinatário, este
será considerado depositante, devendo o remetente. ............................................. 87
8.7.1. Procedimentos do remetente .............................................................................. 87
8.7.2. Procedimentos do armazém geral ...................................................................... 88
8.7.3. Procedimentos do depositante ............................................................................ 89
8.8. Transmissão da propriedade de mercadorias, quando estas
permanecerem no armazém geral, sendo este situado na mesma unidade da
federação do estabelecimento depositante e transmitente .................................... 89
8.8.1. Procedimentos do depositante ............................................................................ 89
8.8.2. Procedimentos do armazém geral ...................................................................... 91
8.8.3. Procedimentos do adquirente.............................................................................. 91
8.9. Transmissão da propriedade de mercadorias, quando estas
permanecerem em armazém geral situado em unidade da federação diversa
daquela do estabelecimento depositante e transmitente. ...................................... 92
8.9.1. Procedimentos do depositante ............................................................................ 92
8.9.2. Procedimentos do armazém geral ...................................................................... 93
8.9.3. Procedimentos do adquirente.............................................................................. 95
9. BONIFICAÇÃO DE MERCADORIAS ............................................................................. 95
9.1. Conceito .................................................................................................................... 95
9.2. Fato gerador................................................................................................................. 96
9.3. Base de cálculo do imposto .................................................................................... 96
9.4. Substituição tributária............................................................................................... 97
9.5. Diferencial de alíquotas ........................................................................................ 98
9.6. Tratamento ao Simples Nacional ........................................................................... 98
9.7. CFOP’s. ......................................................................................................................... 99
10. BRINDES ........................................................................................................................... 99
10.1. O que é brinde? .................................................................................................. 99
10.2. Escrituração do brinde. .................................................................................. 100
10.3. Saída do brinde ................................................................................................. 100
10.4. CFOP e CST ....................................................................................................... 101
10.5. Distribuição de brinde fora do estabelecimento ...................................... 101
10.6. Simples Nacional .............................................................................................. 102
10.7. Emissão De Nota Fiscal Para Transporte Dos Brindes.......................... 102
10.8. Dispensa De Emissão De Documento Fiscal De Entrega............................ 102
11 CANCELAMENTO DE NOTA FISCAL ......................................................................... 103
11.1. O prazo para cancelamento ........................................................................... 103
11.2. Cancelamento dentro do prazo .................................................................... 103
11.3. Cancelamento fora do prazo 24 horas ........................................................ 103
12. CARTA DE CORREÇÃO .......................................................................................... 104
12.1. Legislação .......................................................................................................... 104
12.2. Definição ............................................................................................................. 104
12.3. Erros passíveis de correção.......................................................................... 105
12.4. Forma de emissão ............................................................................................ 105
12.5. Transmissão da carta de correção eletrônica .......................................... 106
12.6. Prazo para emissão da carta de correção eletrônica ............................. 106
12.7. Inicio da obrigatoriedade da carta de correção eletrônica ................... 107
13. CANCELAMENTO DO CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRÔNICO ... 107
13.1. Procedimentos para o cancelamento ............................................................... 107
13.2 Anulação De Valores Relativos Ao Conhecimento De Transporte
Eletrônico ........................................................................................................................... 108
13.3 Procedimentos adotados pelo tomador contribuinte do ICMS................... 108
13.4 Procedimentos Adotados Pelo Tomador Não Contribuinte Do ICMS ....... 109
13.5 Procedimentos adotados pelo transportador .................................................. 109
13.6. Prazo para a realização da anulação de valores............................................ 110
13.7. Inaplicabilidade da anulação de valores .......................................................... 111
14. NOTA FISCAL DE VENDA A CONSUMIDOR ELETRÔNICA (NFC-e) ............... 111
14.1 Conceito E Documentos Substituídos............................................................... 111
14.2 Obrigatoriedade ....................................................................................................... 112
14.3. Dispensa e vedação............................................................................................... 112
14.4. Adesão ...................................................................................................................... 113
14. 5. Emissão E Transmissão ...................................................................................... 114
14.5.1. Documento Auxiliar da NFC-e (DANFE NFC-e) .......................................... 115
14. 5.2. Contingência ..................................................................................................... 116
14.5.3. Cancelamento .................................................................................................... 117
14.6. Venda De Combustível.......................................................................................... 118
15. CIAP................................................................................................................................... 118
15.1. Procedimentos .................................................................................................. 118
15.2. Cálculo da parcela............................................................................................ 119
15.3. Modelo do CIAP ................................................................................................ 120
15.4. Preenchimento do CIAP ................................................................................. 122
15.5. Preenchimento na EFD ................................................................................... 124
15.6 Direito Ao Crédito .................................................................................................... 126
15.7 Vedação Ao Aproveitamento Do Crédito .......................................................... 127
15.8 Lançamento Da Aquisição No Registro De Entradas .................................... 127
15.9 Particularidades quanto ao aproveitamento do Crédito ............................... 127
16. CONSERTO ..................................................................................................................... 128
16.1. Conceito de conserto ...................................................................................... 128
16.1.1 Não incidência do ICMS e sujeição da operação ao ISS ............................ 129
16.1.2 Condição para a suspensão do ICMS ............................................................ 129
16.2. Fluxo fiscal ......................................................................................................... 130
16.2.1. Remessa para conserto ................................................................................... 130
16.2.2. Retorno ............................................................................................................... 131
16.2.3. Aplicação de partes e peças pelo prestador do serviço.............................. 131
16.2.4. Cobrança do conserto ...................................................................................... 131
16.2.5. Simples nacional ............................................................................................... 132
16.3. Nota fiscal........................................................................................................... 132
16.3.1. Remessa para conserto ................................................................................... 132
16.3.2. Retorno de conserto ......................................................................................... 133
16.4. Escrituração....................................................................................................... 134
16.4.1. Escrituração pelo remetente............................................................................ 134
16.4.2. Escrituração pelo estabelecimento que realizou o conserto ...................... 134
17. CONSIGNAÇÃO INDUSTRIAL .................................................................................... 135
17.1. Conceito de consignação industrial ........................................................... 135
17.2. Remessa de mercadoria em consignação ..................................................... 135
17.3. Reajuste de preço ............................................................................................ 136
17.4. Devolução simbólica da mercadoria utilizada no processo industrial
136
17.5. Faturamento....................................................................................................... 137
17.6. Devolução física mercadorias não utilizadas ........................................... 138
17.7. Escrituração fiscal ........................................................................................... 139
17.7.1. Pelo consignante ............................................................................................... 139
17.7.2. Pelo Consignatário ............................................................................................ 140
17.8. Simples nacional ................................................................................................... 140
17.9. Fluxo fiscal ......................................................................................................... 141
18. CONSIGNAÇÃO MERCANTIL ..................................................................................... 141
18.1. Conceito de consignação mercantil ............................................................ 141
18.2. Remessa de mercadoria em consignação................................................. 142
18.3. Reajuste de preço ............................................................................................ 143
18.4. Venda da mercadoria ...................................................................................... 143
18.4.1. Nota fiscal de venda pelo consignatário ........................................................ 144
18.4.2. Devolução simbólica ao consignante ............................................................. 144
18.5. Faturamento da mercadoria pelo consignante ........................................ 145
18.6. Devolução da mercadoria .............................................................................. 146
18.7. Simples nacional .............................................................................................. 146
19. CST ICMS ......................................................................................................................... 147
19.1. O CST ICMS........................................................................................................ 147
19.2. Utilização ............................................................................................................ 147
19.2.1. Descrição ............................................................................................................ 148
19.3. CST no registro de entradas ......................................................................... 150
19.4. Simples Nacional .............................................................................................. 151
19.4.1. Descrição ............................................................................................................ 151
19.5. CST no registro de entradas do simples nacional .................................. 155
20. DENÚNCIA ESPONTÂNEA .......................................................................................... 155
20.1. Base legal ............................................................................................................ 156
20.2. Objetivo da denúncia ...................................................................................... 157
20.3. Efeitos da denúncia ......................................................................................... 157
20.4. Aplicação ............................................................................................................ 157
20.5. Procedimentos .................................................................................................. 158
20.6. Verificação.......................................................................................................... 158
20.7. Realizar a denúncia.......................................................................................... 159
21. DESENVOLVE ................................................................................................................. 159
21.1. Finalidade do desenvolve .............................................................................. 159
21.2. Diferimento do ICMS........................................................................................ 160
21.2.1. Ativo imobilizado................................................................................................ 161
21.2.2. Fornecimento de insumos................................................................................ 161
21.2.3. Importações........................................................................................................ 161
21.3. Aquisições de contribuintes beneficiados pelo desenvolve ................ 162
21.4. Dilação do prazo para recolhimento do ICMS .......................................... 162
21.5. Encargos incidentes nos recolhimentos com prazos dilatados ......... 164
21.6. Possibilidade de redução do valor médio do saldo devedor ............... 165
21.7. Recolhimento do ICMS com benefício ............................................................ 166
21.8. Habilitação ao programa ................................................................................ 166
21.9. Projetos que não poderão ser beneficiados pelo desenvolve ............. 167
21.10. Obrigações do contribuinte beneficiado ....................................................... 168
21.11. Prazo para fruição do benefício ....................................................................... 168
21.12. Tabelas para cálculos do benefício ............................................................... 169
22. DEPÓSITO FECHADO................................................................................................... 172
22.1. Conceito de depósito fechado ...................................................................... 172
22.2. Não incidência do ICMS.................................................................................. 172
22.3. Remessa de mercadoria para depósito fechado ..................................... 173
22.4. Retorno da mercadoria ao estabelecimento depositante...................... 174
22.5. Saída do depósito fechado com destino a estabelecimento diverso do
depositante ........................................................................................................................ 174
22.6. Entrega de mercadoria em depósito fechado, por conta e ordem do
destinatário ........................................................................................................................ 175
22.7. Optantes pelo simples nacional ................................................................... 176
23. DEVOLUÇÃO................................................................................................................... 177
23.1. Devolução de mercadoria por pessoa obrigada à emissão de
documentos fiscais ......................................................................................................... 177
23.2. Devolução de mercadoria por produtor, extrator ou pessoa não
obrigada à emissão de notas fiscais .......................................................................... 178
23.3. Retorno de mercadoria não entregue ao destinatário............................ 179
23.4. Devolução de mercadoria sujeita à substituição tributária .................. 180
23.5. CFOP’s das operações de entradas ............................................................ 181
23.6. CFOP’s das operações de saídas ................................................................ 185
24. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS............................................................................ 188
24.1 Diferencial de alíquotas ...................................................................................... 188
24.2. Incidência ........................................................................................................... 188
24.3. Base de cálculo........................................................................................................... 189
24.3.1. Redução de base de cálculo ........................................................................... 189
24.4. Cálculo do diferencial......................................................................................... 190
24.5. Dispensa do pagamento ................................................................................. 191
24.6. Crédito do ICMS ................................................................................................ 191
24.7. Documento de origem com incorreção ...................................................... 192
24.8. Recolhimento do diferencial ......................................................................... 192
24.8.1 Conta Corrente ................................................................................................... 192
24.8.1 Simples Nacional ................................................................................................ 193
24.9. Devolução ........................................................................................................... 194
24.10 Prazo de recolhimento ......................................................................................... 194
25. ESTORNO DO CRÉDITO DO ICMS ............................................................................ 195
25.1 Hipóteses do estorno do ICMS ......................................................................... 195
25.1.1 Operação subsequente isenta ou não tributada ........................................... 195
25.1.2. Utilização em finalidade alheia à atividade (uso ou consumo) .................. 195
25.1.3. Perecimento, deterioração, perda ou furto da mercadoria ......................... 195
25.1.4. Operação subsequente com redução de base de cálculo ......................... 196
25.1.5. Mercadorias de objeto de locação ou arrendamento a terceiros .............. 196
25.2. Determinando do valor a ser estornado..................................................... 196
25.3. Emissão de nota fiscal .................................................................................... 197
25.4. Estorno estende-se aos serviços vinculados........................................... 197
25.5. Período do estorno .......................................................................................... 198
26 FUNDO ESTADUAL DE COMBATE À POBREZA .................................................... 198
26. 1 Fundo a pobreza do estado da Bahia ............................................................... 198
26.2. Mercadorias sujeitas ao FCP......................................................................... 199
26.2.1 Lista de Mercadorias.......................................................................................... 199
26.3. Exemplo de cálculo................................................................................................ 200
26.4. Recolhimento .................................................................................................... 201
27. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA .......................................................... 202
27.1 Da industrialização por encomenda ................................................................... 202
27.2. Da remessa e do retorno ................................................................................ 203
27.2.1. Remessa para industrialização ....................................................................... 203
27.2.2. Retorno da industrialização dentro do prazo ................................................ 203
27.2.3. Diferimento no retorno ...................................................................................... 203
27.2.4. Retorno da industrialização fora do prazo..................................................... 204
27.3. Vedações da suspensão ................................................................................ 204
27.3.1. Leite in natura para Sergipe ............................................................................ 205
27.3.2. Semi-árido baiano ............................................................................................. 206
27.3.3. Autorização do fisco do Estado signatário .................................................... 206
27.4. Simples Nacional .............................................................................................. 207
27.5. Mercadoria não aplicada no processo ....................................................... 207
28. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA POR CONTA E ORDEM DE
TERCEIROS ........................................................................................................................... 207
28.1. Conceito .............................................................................................................. 207
28.2. Fornecedor e industrializador ....................................................................... 208
28.3. Mais de um estabelecimento industrializador .......................................... 210
28.4. Fluxograma da operação................................................................................ 211
28.5. Nota fiscal remessa simbólica ...................................................................... 211
29 LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E PAPEL DESTINADO À SUA IMPRESSÃO
................................................................................................................................................... 212
29.1 Definição de livros para fins de aplicação da norma..................................... 212
29.2. Imunidade constitucional prevista .................................................................. 213
29.3. Legislação Estadual ........................................................................................ 213
29.5. Imunidade para livros, jornais periódicos e papel destinado à sua
impressão x mídias eletrônicas.................................................................................... 214
30. VENDA INTERESTADUAL PARA NÃO CONTRIBUNTE.................................. 215
30.1 As Alterações Dadas Pela Emenda Constitucional 87/2015 ........................ 215
30.2 Tributação Na Origem ............................................................................................ 216
30.3 Tributação No Destino ........................................................................................... 217
30.4. Prestações de serviço de transporte. Disposições específicas ................ 217
30.5. Simples Nacional .................................................................................................... 217
30.6. Crédito ....................................................................................................................... 218
30.7. Recolhimento. Responsabilidade e forma....................................................... 218
30.8. Inscrição auxiliar .................................................................................................... 220
30.9 Emissão Do Documento Fiscal............................................................................ 220
31. NF-E NAS VENDAS PARA NÃO CONTRIBUINTE .................................................. 222
31.1. Destino da operação.............................................................................................. 222
31.2. Tipo de atendimento ........................................................................................ 224
31.3. Tipo de contribuinte ........................................................................................ 225
31.4. CFOP .................................................................................................................... 226
32. NOTA FISCAL COMPLEMENTAR .............................................................................. 226
32.1. O que é nota fiscal complementar ............................................................... 227
32.2. Quando emitir nota fiscal de complemento .................................................... 227
32.3. Como preencher uma NF-e complementar ............................................... 227
33 NOTA FISCAL AVULSA ................................................................................................. 229
33.1. Emissão da Nota fiscal avulsa ...................................................................... 229
33.2. Forma de emissão ............................................................................................ 230
33.3. Indicações necessárias .................................................................................. 230
33.4. Destinação das vias ......................................................................................... 232
33.5. Incidência do ICMS sobre as mercadorias e sobre o transporte ........ 232
33.6. Destaque do ICMS ............................................................................................ 233
33.7. Dispensa de emissão da Nota fiscal avulsa .............................................. 233
34. NACIONAL E O DIFAL NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS DESTINADAS A
NÃO CONTRIBUINTES ........................................................................................................ 234
34.1. DIFAL em operações interestaduais destinadas a não contribuintes 235
34.2. Inaplicabilidade quando o remetente for optante pelo simples nacional
235
34.3. Nota fiscal eletrônica ....................................................................................... 237
34.4. DeSTDA ............................................................................................................... 237
35. PREENCHIMENTO DA DeSTDA ................................................................................. 238
35.1. Obrigatoriedade ................................................................................................ 238
35.2. Prazo de entrega............................................................................................... 239
35.3. Retificação do arquivo .................................................................................... 239
35.4. Do preenchimento ............................................................................................ 239
35.5. Abas de informações ...................................................................................... 240
35.5.1. Definição de substituto tributário .................................................................... 240
35.6. Aba ST – Substituto Tributário ..................................................................... 241
35.6.1. ICMS-ST operações subsequentes: .............................................................. 241
35.6.2. ICMS-ST operações antecedentes ................................................................ 241
35.6.3. ICMS-ST operações concomitantes............................................................... 242
35.6.4. ICMS-ST ref. A combustíveis. ......................................................................... 242
35.7. ICMS Entrada ..................................................................................................... 242
35.7.1. Antecipação com encerramento: .................................................................... 243
35.7.2. Antecipação sem encerramento: .................................................................... 243
35.7.3. Diferencial de alíquotas .................................................................................... 244
35.8. Certificação Digital ........................................................................................... 244
35.9. Empresa sem movimentação ........................................................................ 244
36. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA..................................................................................... 244
36.1. Conceito .............................................................................................................. 245
36.2. Quando se aplica .............................................................................................. 245
36.3. Responsabilidade do recolhimento............................................................. 246
36.4. Como se aplica.................................................................................................. 246
36.4.1. Operações internas ........................................................................................... 246
36.4.2. Aquisições interestaduais sem Protocolo ou Convênio .............................. 248
36.5. Saída subsequente .......................................................................................... 248
36.5.1. Saída subsequente interna .............................................................................. 248
36.6. Saída subsequente interestadual ...................................................................... 250
36.6.1. Com Convênio ou Protocolo entre os Estados............................................. 250
36.6.2. Sem Convênio ou Protocolo entre os Estados ............................................. 253
36.6. Simples Nacional .............................................................................................. 254
37. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NO SERVIÇO DE TRANSPORTE ....................... 255
37.1. A Substituição Tributária ............................................................................... 255
37.2. Substituição tributária no serviço de transporte ..................................... 255
37.2.1. Autônomo ou por empresa transportadora não inscrita .............................. 255
37.2.2. Repetidas prestações de serviço vinculadas a contrato ............................. 256
37.2.3. Repetidas prestações de serviço vinculadas a contrato (Pessoas) .......... 257
37.2.4. Inaplicabilidade .................................................................................................. 258
37.3. Documentos fiscais ............................................................................................ 258
38 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA SOBRE AS FARMÁCIAS, DROGARIAS E CASAS
DE PRODUTOS NATURAIS ................................................................................................ 259
38.1. Definição de substituição tributária ............................................................ 259
38.2. Recolhimento do ICMS-ST para farmácia .................................................. 260
38.3. Distinção do insumo para serviço e insumo para venda. ..................... 261
38.4. Casos práticos .................................................................................................... 261
39. TRANSPORTADORA..................................................................................................... 262
39.1. Conceitos............................................................................................................ 262
39.2. Serviço de transporte ...................................................................................... 263
39.3. Tributação geral ................................................................................................ 263
39.3.1. Isenção ............................................................................................................... 264
39.3.2. Créditos fiscais .................................................................................................. 264
39.3.3. Proporção dos créditos .................................................................................... 265
39.3.4. Crédito presumido ............................................................................................. 266
39.4. Documento fiscal ................................................................................................ 266
39.5. Simples Nacional .............................................................................................. 267
40. VENDA À ORDEM .......................................................................................................... 267
40.1. Conceituação..................................................................................................... 268
40.2 Venda Original .......................................................................................................... 268
40.3. Operação ............................................................................................................ 268
40.4.1. Procedimento Cliente (Adquirente Original) ................................................. 268
40.4.2. Procedimentos Fornecedor ............................................................................. 269
40.5. Fluxograma .............................................................................................................. 270
40.6. Operações com peças .......................................................................................... 270
40.7. SIMPLES NACIONAL ............................................................................................. 270
41. VENDA PARA ENTREGA FUTURA............................................................................ 271
41.1 Faturamento Antecipado ....................................................................................... 272
41.1.1 A Entrega Efetiva Da Mercadoria .................................................................... 272
41.2. Notas Fiscais: .................................................................................................... 273
41.2.1. Nota Fiscal de Venda (Simples Faturamento) .............................................. 273
41.2.2. Nota Fiscal da Circulação da mercadoria ..................................................... 273
41.3. Cupom Fiscal..................................................................................................... 274
41.4. Fluxograma .............................................................................................................. 274
41.5. Simples Nacional .............................................................................................. 274
41.6. Substituição Tributária ................................................................................... 275
41.7 ESCRITURAÇÃO DAS NOTAS FISCAIS ............................................................ 276
41.7.1. Escrituração pelo remetente............................................................................ 276
41.7.2. Escrituração pelo destinatário ......................................................................... 276
42 DEVOLUÇÃO E RETORNO DE MERCADORIA NÃO ENTREGUE ...................... 277
42.1 Introdução ................................................................................................................. 277
42.2. Conceito.................................................................................................................... 277
42.3. Devolução de mercadoria .................................................................................... 278
42.4. Base de cálculo....................................................................................................... 278
42.5 Direito ao crédito ..................................................................................................... 279
42.6 Diferencial de alíquotas ......................................................................................... 279
42.7 Recusa da mercadoria ........................................................................................... 280
42.8 Penalidades............................................................................................................... 281
42.9 Mercadorias com substituição tributária .......................................................... 281
42.10 Devolução por não contribuinte........................................................................ 282
42.11 Nota Fiscal Avulsa................................................................................................... 283
42.12. Códigos Fiscais de Operações ........................................................................ 284
43. MOSTRUÁRIO ................................................................................................................. 286
43.1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 286
43.2. CONCEITO DE MOSTRUÁRIO ............................................................................. 286
43.3. DIFERENÇAS ENTRE MOSTRUÁRIO E OUTRAS OPERAÇÕES................ 287
43.3.1. Mostruário x amostras grátis ........................................................................... 287
43.3.2. Mostruário x degustação .................................................................................. 289
43.3.3. Mostruário x demonstração ............................................................................. 289
43.3.4. Mostruário x remessa para treinamento ........................................................ 289
43.3.5. Mostruário x remessas para exposição ou feira........................................... 290
43.3.6. Mostruário x remessas para venda fora do estabelecimento .................... 291
43.4 Suspensão................................................................................................................. 291
43.4.1. Diferencial de alíquotas. EC n° 87/2015........................................................ 291
43.5. Obrigações Acessórias. Emissão De Documentos Fiscais ........................ 292
43.5.1. Nota fiscal de remessa ..................................................................................... 292
43.5.2. Nota fiscal de retorno........................................................................................ 293
43.6. Inobservância Do Prazo De Retorno ................................................................. 295
43.6.1 Emissão do documento fiscal complementar pelo remetente..................... 295
43.6.2. Cálculo do imposto. Atualização monetária .................................................. 296
43.6.3. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD) pelo remetente ........................ 296
43.7. Venda De Mostruários........................................................................................... 298
43.8. Simples Nacional .................................................................................................... 299
44 AMOSTRA GRÁTIS ......................................................................................................... 299
44.1 Conceito ..................................................................................................................... 299
44.2 Isenção Do ICMS ..................................................................................................... 300
44.3 Operações Com Amostras Tributadas .............................................................. 301
44.4. Importação ............................................................................................................... 301
44.5. Emissão Da Nota Fiscal ........................................................................................ 302
44.6. Escrituração Fiscal ................................................................................................ 302
45. INSCRIÇÃO AUXILIAR .................................................................................................. 303
45.1. Introdução ................................................................................................................ 303
45.2. Da Substituição Tributária – Conceitos ........................................................... 303
45.3. Inscrição Do Contribuinte De Outro Estado ................................................... 304
45.4. Indeferimento Do Pedido...................................................................................... 305
45.5. Do Recolhimento Do ICMS ST ............................................................................ 305
45.6. Das Obrigações Acessórias ................................................................................ 306
46. TRANSPORTE DE PESSOAS...................................................................................... 307
46. 1. Introdução ............................................................................................................... 307
46. 2. Local Da Prestação ............................................................................................... 307
46. 3. Alíquota .................................................................................................................... 307
46. 4. CRÉDITO DO IMPOSTO ....................................................................................... 307
46. 5. Crédito Presumido ................................................................................................ 308
46. 6. Regime de apuração em função da receita bruta ......................................... 309
46. 6.1. Dispensa do Diferencial de Alíquotas ........................................................... 310
46.7. Utilização da nota fiscal de serviço de transporte modelo 7...................... 311
46.8. Redução da base de cálculo do ICMS .............................................................. 311
46.9. Modelo de nota fiscal de transporte (modelo 7) ............................................ 312
47. PNEUS USADOS ............................................................................................................ 313
47. 1 Introdução ................................................................................................................ 313
47. 2. Conceito De Isenção ............................................................................................ 313
47. 3. Condição Para Concessão De Isenção ........................................................... 314
47. 4. Valores Contemplados Pela Isenção ............................................................... 315
47. 5. Pneus Usados. Isenção Do ICMS...................................................................... 315
47. 5.1. Requisitos para a fruição do benefício ......................................................... 315
47. 5.2. Inaplicabilidade do benefício .......................................................................... 316
47. 5.3. Vigência do benefício ...................................................................................... 316
47. 6. Vedação Ao Crédito .............................................................................................. 316
47. 7. Simples Nacional. Inaplicabilidade Do Benefício ......................................... 317
47. 8. Emissão Do Documento Fiscal ......................................................................... 317
47. 9. Lançamento Na Escrituração Fiscal Digital (Efd) ......................................... 319
48. OPERAÇÃO COM ATIVO PERMANENTE E BENS USADOS .............................. 320
48.1. Introdução ................................................................................................................ 320
48. 2. Não Incidência ICMS ........................................................................................... 320
48. 3. Transferências Internas. Isenção...................................................................... 320
48. 4. Transferências Interestaduais. Crédito Presumido ..................................... 320
48. 5. Remessas Internas Para Prestação De Serviço. Isenção........................... 321
48. 6. Remessas Interestaduais Para Prestação De Serviço. Suspensão ......... 321
48. 7. Devolução. Recuperação Dos Créditos .......................................................... 322
48. 8. Bens Usados. Redução De Base De Cálculo ................................................. 322
49. ORDEM DE COLETA ..................................................................................................... 323
49.1 Introdução ................................................................................................................. 323
49.2. Obrigatoriedade ...................................................................................................... 324
49.3. Indicações Mínimas Na Ordem De Coleta ....................................................... 324
49.4. Momento Da Emissão ........................................................................................... 325
49.5. Destinação das vias da ordem de coleta ......................................................... 325
49.6. Recebimento da carga no estabelecimento transportador......................... 326
49.7. Retorno de mercadoria ou bem não entregue ao destinatário .................. 326
49.8. Dispensa da emissão da ordem de coleta ....................................................... 326
49.9. Dispensa da escrituração da ordem de coleta ............................................... 327
49.10. Operações Interestaduais .................................................................................. 327
49.11. Modelo da ordem de coleta de cargas ........................................................... 328
49.12 Solicitação............................................................................................................... 328
50 REMESSA OU RETORNO DE LOCAÇÃO DE BENS............................................... 329
50.1 ICMS/Não Incidência............................................................................................... 329
50.2 Acobertamento da Operação ............................................................................... 329
50.3 Emissões pelo locador não contribuinte .......................................................... 330
50 .4 CST PIS E COFINS ................................................................................................. 331
50.5 CST DE ICMS ............................................................................................................ 331
51. REMESSA PARA TESTE .............................................................................................. 331
51.1. Conceito.................................................................................................................... 332
51.2. Amparo Legal .......................................................................................................... 332
51.3. Incidência Do ICMS ................................................................................................ 332
51.4. Alíquotas Aplicáveis E Benefícios Fiscais ...................................................... 333
51.5 Operações internas................................................................................................. 333
51.6. Operações interestaduais .................................................................................... 333
51.7. Base De Cálculo ..................................................................................................... 334
51.8. Emissão Do Documento Fiscal .......................................................................... 334
51.9. Substituição Tributária ......................................................................................... 335
51.10 Simples Nacional................................................................................................... 335
52. ZONA FRANCA DE MANAUS E ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO ........................ 336
52.1. Introdução ................................................................................................................ 336
52.2. Áreas Que Compõem ............................................................................................ 336
52.3. Isenção do ICMS ..................................................................................................... 336
52.4. CONDIÇÃO PARA A APLICAÇÃO DA ISENÇÃO ............................................ 337
52.5. Inaplicabilidade Da Isenção................................................................................. 337
52.6. Manutenção Da Isenção ....................................................................................... 337
52.7. Manutenção Do Crédito Apropriado Na Aquisição ....................................... 338
52.8. Documentos fiscais ............................................................................................... 339
52.9. Internamento da mercadoria ............................................................................... 340
52.9.1. Obrigações do remetente ................................................................................ 340
52.9.2. Procedimentos do transportador .................................................................... 341
52.9.3. Procedimentos do destinatário........................................................................ 342
52.9.4. Formalização do ingresso e procedimentos junto à Suframa .................... 342
52.9.5. Não formalização do ingresso ......................................................................... 344
52.10. Mercadoria reintroduzida no mercado interno............................................. 345
53. MANIFESTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS FISCAIS – MDF-e ................... 346
53.1. Introdução ................................................................................................................ 346
53. 2. Conceito do MDF-e ............................................................................................... 346
53.3. Contribuintes obrigados ao MDF-e ................................................................... 347
53.4. Hipóteses de emissão do MDF-e........................................................................ 347
53.5. Vedações ao estabelecimento emissor de MDF-e......................................... 348
53. 6. Leiaute do MDF-e .................................................................................................. 349
53.6.1. Software para a emissão do MDF-e............................................................... 349
53.6.2. Notas Técnicas acerca do MDF-e .................................................................. 349
53.7. Indicações necessárias no MDF-e ..................................................................... 349
53.7.1. Adoção de séries............................................................................................... 350
53.8. Webservices ............................................................................................................ 350
53.9. Transmissão do arquivo digital .......................................................................... 351
53.10. Requisitos para a concessão da autorização de uso do MDF-e ............. 352
53.11 resultado da análise dos requisitos para a concessão da autorização de
uso do MDF-e .................................................................................................................... 352
53.11.1 Rejeição do arquivo ......................................................................................... 353
53.11.2. Concessão da autorização de uso ............................................................... 353
53.12 Documento auxiliar do MDF-E – DAMDFE ..................................................... 354
53.12 1. Características do DAMDFE ......................................................................... 355
53.12 2. Indicações necessárias no DAMDFE .......................................................... 355
53.13 Emissão Em Contingência.................................................................................. 355
53.14. Cancelamento do MDF-E.................................................................................... 356
53.15. Encerramento do MDF-e .................................................................................... 357
1. INTRODUÇÃO

O Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e


sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS), de que tratam o art. 155, inciso II, §§ 2º e 3º, da
Constituição da República Federativa do Brasil e a Lei Complementar nº 87, de
13 de setembro de 1996 onde dispõem das regras que as unidades federadas
devem seguir para vigorar leis sobre tal imposto, é de competência dos Estados
e do Distrito Federal. Uma das principais características do ICMS refere-se à sua
base de cálculo. Não à forma ou ao valor como é calculada, semelhantes na
maioria dos tributos, mas aos elementos que a compõe.

Na base de cálculo do ICMS já está contido o valor do próprio imposto,


sendo por isso denominado de imposto por dentro. Uma vez que ele está incluso
na sua própria base de cálculo, a alíquota efetivamente aplicada é maior do que
a estabelecida em lei. Falamos assim em alíquota nominal e alíquota real.

A constituição Federal de 1988 estabeleceu que o ICMS poderá ser


seletivo em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços (art. 155,
§ 2º, inc.III), facultando, assim, o seu uso com função extrafiscal. Como por
exemplo, para certos alimentos básicos, como arroz e feijão, o ICMS tem
alíquota menor. Já no caso de produtos considerados supérfluos, como, por
exemplo, cigarros, cosméticos e perfumes, cobram-se o percentual maior.

O ICMS é um imposto não cumulativo, compensando-se o valor devido


em cada operação ou prestação com o montante cobrado anteriormente. Em
cada etapa da circulação de mercadorias e em toda prestação de serviço sujeita
ao ICMS deve haver emissão de documento fiscal. Esses documentos serão
escriturados nos livros fiscais para que o imposto possa ser calculado pelo
contribuinte e arrecadado pelo Estado.

O ICMS é não cumulativo, compensando-se o débito pelas saídas tributadas com


o crédito fiscal pelas entradas de matéria prima, material secundário,
intermediário, mercadorias para revenda, material de embalagem, bens
destinados ao ativo permanente ou prestações de serviços de transporte

20
interestadual, intermunicipal ou de comunicação, no período, observando as
suas regras devidas. (CF, art. 155, §2º, inc. I).

2. FATO GERADOR

O fato gerador é a situação prevista em lei, de forma abstrata, que


ocorre em concreto na vida real. Cada imposto, taxa, contribuição e demais
tributos tem o seu fato gerador, e todos eles só podem ser cobrados a partir da
existência dele. Dessa forma, o fato gerador consiste em uma situação definida
pelo legislador que, executada por uma pessoa, obriga-a a doar parte de seu
patrimônio ao Estado.

Na legislação do ICMS, uma das hipóteses previstas é a saída de


mercadoria de estabelecimento do contribuinte, ainda que para outro do mesmo
titular, alcançando inclusive, o fornecimento de alimentação de bebidas em
bares, restaurantes e estabelecimentos similares.

Também está prevista na legislação tributária como hipótese de


incidência as prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal,
por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores, e prestações
onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração,
a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a
ampliação de comunicação de qualquer natureza.

Há a incidência também, sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do


exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual
do imposto, qualquer que seja a sua finalidade.

Logo, de acordo com o art. 1º da Lei 7.014/1996, ICMS tem como fatos
geradores:

I - a realização de operações relativas à circulação de mercadorias;

II- a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal;

III - a prestação de serviços de comunicação.

21
3. DA INCIDÊNCIA E DA NÃO-INCIDÊNCIA

De acordo com o art. 2º da Lei 7.014/1996, o ICMS incide sobre:

I - a realização de operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o


fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por bares,
restaurantes, hotéis e estabelecimentos similares, incluídos os serviços
prestados;

II - o fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: sujeitos ao imposto


sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar
aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual;

- a entrada, no território deste Estado, de lubrificantes e combustíveis líquidos ou


gasosos derivados de petróleo e de energia elétrica oriundos de outra unidade
da Federação, quando não destinados à comercialização, industrialização,
produção, geração ou extração (LC 87/96 e 102/00)

IV - as operações e prestações interestaduais que destinem mercadorias, bens


e serviços a consumidor final localizado neste Estado, contribuinte ou não do
imposto;

Nesta situação a responsabilidade pelo recolhimento do imposto


correspondente à diferença entre a alíquota interna e interestadual caberá ao:

Destinatário localizado neste Estado, quando este for contribuinte do imposto,


inclusive se optante pelo Simples Nacional;

Remetente e o prestador localizados em outra unidade da Federação,


inclusive se optante pelo Simples Nacional, quando o destinatário não for
contribuinte do imposto/

V - a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior por pessoa física ou


jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja
a sua finalidade, bem como a aquisição ou arrematação em licitação promovida
pelo poder público de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos
ou abandonados;

22
VI - a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por
qualquer via ou meio, inclusive gasoduto, oleoduto e aqueduto, de pessoas,
bens, mercadorias ou valores;

VII - a prestação onerosa de serviços de comunicação, por qualquer meio,


inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a
repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;

VIII - o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no


exterior.

São irrelevantes para caracterização do fato gerador:

I - a natureza jurídica da operação ou prestação de serviço de que resultem


quaisquer das hipóteses previstas neste artigo;

II - o título jurídico pelo qual a mercadoria ou bem esteja na posse do respectivo


titular;

III- a validade jurídica da propriedade ou da posse do instrumento utilizado na


prestação do serviço;

IV - o cumprimento de exigências legais, regulamentares ou administrativas,


referentes às operações ou prestações;

V - o resultado financeiro obtido com a operação ou com a prestação do serviço,


exceto o de comunicação.

Considera-se mercadoria, para efeitos de aplicação da legislação do


ICMS, qualquer bem móvel, novo ou usado, suscetível de circulação econômica,
inclusive semoventes, energia elétrica, mesmo quando importado do exterior
para uso ou consumo do importador ou para incorporação ao ativo permanente
do estabelecimento.

3.1 Operações Relativas À Circulação De Mercadorias

Nas operações internas, interestaduais e de importação, considera-se


ocorrido o fato gerador do ICMS no momento:

23
- da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, inclusive em caso
de transferência, assim entendida a remessa de mercadoria de um
estabelecimento para outro do mesmo titular;

- da saída de ouro, na operação em que este deixar de ser ativo financeiro ou


instrumento cambial;

- da transmissão a terceiro da propriedade de mercadoria depositada em


armazém geral ou em depósito fechado, na unidade da Federação do
transmitente;

- da transmissão da propriedade de mercadoria ou bem adquiridos no País ou


de título que os represente, quando a mercadoria ou o bem não transitarem pelo
estabelecimento do transmitente;

- da saída decorrente da desincorporação de bem do ativo permanente,


ressalvadas as disposições expressas em contrário;

- da saída, de estabelecimento industrializador ou prestador de serviço, em


retorno ao do encomendam-te ou com destino a pessoa diversa por ordem do
encomendante, de mercadoria submetida a processo de industrialização ou
serviço que não implique prestação de serviço compreendido na competência
tributária municipal, relativamente ao valor acrescido, ainda que a
industrialização não envolva aplicação ou fornecimento de qualquer insumo,
tratando-se de objetos destinados a industrialização ou comercialização, que
tenham sido submetidos a recondicionamento, acondicionamento, pintura,
beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização,
corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres; produtos recebidos de
terceiros para industrialização, com ou sem aplicação de mercadorias; bens
móveis que tenham sido submetidos a lustração, quando o serviço não for
prestado ao usuário final do objeto lustrado; pneus submetidos a recauchutagem
ou regeneração, quando o serviço não for prestado ao usuário final;

- do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por


restaurantes, bares, cafés, lanchonetes, cantinas, hotéis e estabelecimentos
similares, incluídos os serviços prestados;

24
- do fornecimento de mercadoria, pelo prestador do serviço, nos casos de
prestações de serviços não compreendidos na competência tributária dos
Municípios, como definida em lei complementar, inclusive nos casos em que,
embora o serviço conste na Lista de Serviços, a natureza do serviço ou a forma
como for contratado ou prestado não corresponda à descrição legal do fato
gerador do tributo municipal, tais como fornecimento de material, pelo prestador
do serviço, na instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equipamentos;
fornecimento de material, pelo prestador do serviço, na montagem industrial,
inclusive de conjuntos industriais; fornecimento de tapetes e cortinas, pelo
prestador do serviço de colocação; fornecimento de material, exceto o de
aviamento, por alfaiates, modistas e costureiros, ainda que a prestação do
serviço seja feita diretamente ao usuário final, na confecção de artigos de
vestuário e outros produtos de alfaiataria e costura; demais hipóteses de
prestações de serviços não especificados por lei complementar como sendo da
competência tributária dos Municípios, sempre que houver fornecimento de
mercadoria pelo prestador;

- do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços compreendidos na


competência tributária dos Municípios, em que, por indicação expressa de lei
complementar, o fornecimento de materiais se sujeitar à incidência do ICMS;

- da entrada, no território do Estado da Bahia, de lubrificantes e combustíveis


líquidos ou gasosos derivados de petróleo e de energia elétrica oriundos de outra
unidade da federação, quando não destinados a comercialização,
industrialização, produção, geração ou extração;

- do desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior (na


hipótese de entrega de mercadorias ou bem importados do exterior antes do
desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste momento,
devendo a autoridade responsável, salvo disposição em contrário, exigir a
comprovação do pagamento do imposto);

- da aquisição ou arrematação em licitação pública de mercadoria ou bem


importados do exterior e apreendidos ou abandonados.

25
3.2 Operações Consideradas Saídas Do Estabelecimento

Considera-se:

- Saída do estabelecimento a mercadoria constante no estoque final na data do


encerramento de suas atividades, a menos que se trate de sucessão;

- Saída do estabelecimento de quem efetuar o abate a carne e todos os produtos


resultantes do abate de gado em matadouros públicos ou particulares, não
pertencentes ao abatedor;

- Saída do estabelecimento do depositante situado em território baiano a


mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado do próprio
contribuinte, no Estado da Bahia, no momento da saída da mercadoria do
armazém geral ou do depósito fechado para estabelecimento diverso daquele
que a tiver remetido para depósito, ainda que a mercadoria não tenha transitado
pelo estabelecimento, ou no momento da transmissão da propriedade da
mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado;

- Como tendo entrado e saído do estabelecimento do importador, do arrematante


ou do adquirente em licitação promovida pelo poder público, neste Estado, a
mercadoria estrangeira saída de repartição aduaneira ou fazendária com destino
a estabelecimento diverso daquele que a tiver importado, arrematado ou
adquirido;

- Saída do estabelecimento do autor da encomenda a mercadoria que for


remetida pelo executor da industrialização diretamente a terceiro adquirente ou
a estabelecimento diverso daquele que a tiver mandado industrializar;

- Como tendo entrado e saído do estabelecimento do contribuinte que transmitir


a propriedade de mercadoria ou bem adquiridos no País ou de título que os
represente, nas vendas à ordem, quando a mercadoria ou bem não transitar pelo
estabelecimento do transmitente.

26
3.3. Presunção De Realização Da Operação

Presume-se a ocorrência de operações ou de prestações tributáveis sem


pagamento do imposto, a menos que o contribuinte comprove a improcedência
da presunção, sempre que a escrituração indicar:

Saldo credor de caixa;


Suprimento a caixa de origem não comprovada;
Manutenção, no passivo, de obrigações já pagas ou inexistentes;
Entradas de mercadorias ou bens não registradas;
Valores de vendas inferiores aos informados por instituições financeiras
e administradoras de cartões de crédito;

3.4 Prestações De Serviços De Transporte

Nas prestações de serviços de transporte de pessoas, passageiros,


bens, mercadorias ou valores, executadas por pessoas físicas ou jurídicas,
ocorre o fato gerador do ICMS no momento:

Do início da prestação de serviço de transporte interestadual e


intermunicipal, por qualquer via ou meio, inclusive gasoduto, oleoduto ou
aqueduto, de pessoas, bens, mercadorias ou valores;
Do ato final da prestação de serviço de transporte iniciada no exterior.

Considera-se serviço de transporte iniciado no exterior aquele vinculado


a contrato de transporte internacional, ainda que haja transbordo,
subcontratação ou redespacho, inclusive em se tratando de transporte
intermodal.

3.5. Prestações De Serviços De Comunicação.

Nas prestações de serviços de comunicação de qualquer natureza, por


qualquer processo, ocorre o fato gerador do ICMS no momento:

27
- da prestação onerosa de serviço de comunicação de qualquer natureza,
inclusive na geração, emissão, transmissão, retransmissão, repetição,
ampliação ou recepção de comunicação, por qualquer meio ou processo, ainda
que iniciada ou prestada no exterior;

- do recebimento, pelo destinatário, neste Estado, de serviço de comunicação


prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

- do recebimento no estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço


prestado por meio de satélite;

Sendo o serviço de comunicação prestado mediante ficha, cartão ou


assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador no momento em que a
concessionária ou a permissionária prestadora do serviço:

- forneça ao usuário ou a terceiro intermediário os instrumentos necessários à


sua prestação por meio exclusivamente de terminal de uso público;

- reconheça ou ative créditos passíveis de utilização exclusivamente em terminal


de uso particular;

3.6. Diferencial De Alíquotas.

Para efeitos de pagamento da diferença de alíquotas, ocorre o fato


gerador do ICMS no momento:

- da entrada, no estabelecimento de contribuinte, de mercadoria ou bem oriundos


de outra unidade da Federação, quando destinados a uso, consumo ou ativo
permanente do próprio estabelecimento;

- da utilização ou recepção, por contribuinte, de serviço de transporte ou de


comunicação cuja prestação tiver sido iniciada em outra unidade da Federação,
quando o serviço não estiver vinculado a operação ou prestação subsequentes.

Não são considerados materiais de uso ou consumo as mercadorias ou


materiais adquiridos por prestador de serviços para emprego ou aplicação na
prestação de serviços de qualquer natureza.

28
4. DEFINIÇÃO DE CONTRIBUINTE E NÃO
CONTRIBUINTE

A Lei Kandir define que contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica,


que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial,
operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior.

Outras hipóteses de contribuintes

É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem


habitualidade ou intuito comercial:

– importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade;

– seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha


iniciado no exterior;

– adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados;

– adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo


e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à
comercialização ou à industrialização.

Ressalte-se que a Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo


pagamento do imposto e acréscimos devidos pelo contribuinte ou responsável,
quando os atos ou omissões daqueles concorrerem para o não recolhimento do
tributo.

29
A Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário
a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que
assumirá a condição de substituto tributário.

A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente


sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes,
concomitantes ou subsequentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre
alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens
e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte
do imposto.

Não há uma previsão expressa em legislação quanto a definição de não


contribuinte, mas em regra o não contribuinte será toda e qualquer pessoa física
que não pretende circular mercadorias em grande quantidade, pessoa jurídica
que não possui inscrição estadual, órgãos públicos que não possui inscrição
estadual ou então mesmo possuindo não tem característica de contribuinte, e
empresas de construção civil de acordo com a legislação de cada estado.

4.1 Conceito De Contribuinte

Contribuinte do ICMS é qualquer pessoa física ou jurídica que realize,


com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de
circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual
e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior.

É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem


habitualidade ou intuito comercial:

- importe mercadoria ou bem do exterior, qualquer que seja a sua finalidade;

- seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha


iniciado no exterior;

- adquira ou arremate em licitação mercadoria ou bem apreendidos ou


abandonados;

30
- adquira de outra unidade da Federação lubrificantes e combustíveis líquidos ou
gasosos derivados de petróleo e energia elétrica, quando não destinados a
comercialização, industrialização, produção, geração ou extração (LC 87/96 e
102/00) (Lei nº 7710/00).

4.2 Tipos De Contribuintes

Incluem-se entre os contribuintes:

• - o industrial;
• - o comerciante;
• - o produtor rural;
• - o gerador de energia;
• o extrator de substâncias vegetais, animais, minerais ou fósseis;

- o prestador de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal, inclusive


tratando-se de empresa concessionária ou permissionária de serviço público de
transporte;

- o prestador de serviços de comunicação, inclusive tratando-se de


concessionário ou permissionário de serviço público de comunicação;

- a concessionária ou permissionária de serviço público de energia elétrica;

- a cooperativa;

- a sociedade civil de fim econômico;

- a sociedade civil de fim não econômico que explore estabelecimento de


extração de substância mineral ou fóssil, de produção agropecuária ou industrial,
ou que comercialize mercadorias que para esse fim adquira ou produza;

- os órgãos da administração pública, as entidades da administração indireta e


as fundações instituídas e mantidas pelo poder público que pratiquem operações
ou prestações de serviços relacionadas com a exploração de atividades
econômicas regidas pelas normas a que estejam sujeitos os empreendimentos
privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas;

31
- a instituição financeira e a seguradora;

- o prestador de serviço não compreendido na competência tributária dos


Municípios, que envolva fornecimento de mercadoria;

- o prestador de serviço compreendido na competência tributária dos Municípios,


que envolva fornecimento de mercadoria com incidência do ICMS indicada em
lei complementar;

- o restaurante, bar, café, lanchonete, cantina, hotel e estabelecimentos similares


que efetuem o fornecimento de alimentação, bebidas ou outras mercadorias;

- os partidos políticos e suas fundações, os templos de qualquer culto, as


entidades sindicais de trabalhadores, as instituições de educação ou de
assistência social, sem fins lucrativos, que realizem operações ou prestações
não relacionadas com suas finalidades essenciais;

- qualquer pessoa ou entidade mencionada nos incisos anteriores que, na


condição de consumidor ou usuário final, adquira bens ou serviços em operação
ou prestação interestadual.

4.3 Produtor Rural

O produtor rural e o extrator equiparam-se a comerciante ou a industrial,


sendo constituído como pessoa jurídica.

O produtor rural e o extrator equiparam-se a comerciante, se


comercializam seus produtos fora do estabelecimento produtor ou extrator.

4.4. Responsabilidade Solidária

A responsabilidade solidária implica em considerar solidariamente


responsáveis pelo pagamento do imposto e demais acréscimos legais devidos
pelo contribuinte de direito pessoas envolvidas com a operação. Vejamos alguns
tipos de responsabilidade solidária:

32
4.5. Transportador

São responsáveis solidários os transportadores em relação às


mercadorias:

- que entregarem a destinatário diverso do indicado na documentação fiscal


correspondente;

- procedentes de outra unidade da Federação sem destinatário certo no território


baiano;

- que forem negociadas no território baiano durante o transporte;

- que aceitarem para transporte ou que conduzirem sem documentação fiscal


comprobatória de sua procedência ou destino, ou acompanhadas de
documentação fiscal inidônea;

- que entregarem ao destinatário sem a comprovação do pagamento do imposto


devido por antecipação tributária, quando assumirem a condição de fiel
depositário.

4.6. Armazéns Gerais e Depositários

São responsáveis solidários os armazéns gerais e os depositários a


qualquer título:

- nas saídas de mercadorias depositadas neste Estado por contribuinte de outra


unidade da Federação;

- nas transmissões da propriedade de mercadorias depositadas neste Estado


por contribuinte de outra unidade da Federação;

- quando receberem para depósito ou quando derem saída de mercadorias sem


a documentação fiscal exigível ou com documentação fiscal inidônea.

33
4.7. Entrepostos Aduaneiros e Afins

São responsáveis solidários o entreposto aduaneiro, o armazém


alfandegado ou, conforme o caso, a empresa comercial exportadora, inclusive
“trading”, o consórcio de exportadores ou de fabricantes formado para fins de
exportação ou qualquer outro estabelecimento, ainda que da mesma empresa,
que tenham efetuado:

- saída de mercadoria para o exterior sem a documentação fiscal


correspondente;

- saída de mercadoria estrangeira com destino ao mercado interno sem a


documentação fiscal correspondente, ou com destino a estabelecimento diverso
daquele que a tiver importado ou adquirido, ou destinada a contribuinte não
localizado;

- reintrodução no mercado interno de mercadoria recebida com o fim específico


de exportação.

4.8. Outros Responsáveis Solidários

São ainda considerados responsáveis solidários:

- o leiloeiro, o comissário, o síndico, o liquidante e o inventariante, em relação às


operações sujeitas ao pagamento do imposto, realizadas por seu intermédio em
leilões, concordatas, falências, liquidações, inventários e arrolamentos;

- qualquer pessoa física ou jurídica, em relação às mercadorias que detiver para


comercialização, industrialização ou simples entrega desacompanhadas da
documentação fiscal exigível ou com documentação fiscal inidônea;

- o representante, o mandatário e o gestor de negócios, em relação às operações


feitas por seu intermédio;

34
- os estabelecimentos beneficiadores ou industrializadores, nas saídas de
mercadorias recebidas para beneficiamento ou industrialização, quando
destinadas a pessoa ou a estabelecimento que não sejam os de origem;

- o adquirente em relação às mercadorias recebidas de pessoas físicas ou


jurídicas não obrigadas a emissão de documento fiscal;

- as empresas interdependentes, nos casos de falta de pagamento do imposto


pelo contribuinte, em relação às operações ou prestações em que intervierem ou
em decorrência de omissão de que forem responsáveis;

- os condomínios e os incorporadores em relação às mercadorias ou bens neles


encontrados desacompanhados da documentação fiscal exigível ou com
documentação fiscal inidônea;

- a empresa de transporte e a de comunicação cobradora do serviço, mediante


convênio entre este Estado e as demais unidades da Federação, em relação à
prestação efetivada por mais de uma empresa.

- o fabricante de equipamentos de controle fiscal, o credenciado pela Secretaria


da Fazenda a neles intervir, ou qualquer pessoa ou empresa que disponibilizar
equipamentos de controle fiscal que possibilitem ao usuário a alteração indevida
de valores neles registrados;

- qualquer pessoa ou empresa que forneça, divulgue ou utilize programa de


processamento de dados que permita ao contribuinte a alteração indevida de
valores registrados em equipamentos de controle fiscal;

- o contribuinte substituído que realizar operação interestadual com combustíveis


derivados do petróleo e com álcool etílico anidro combustível - AEAC e B100,
pelo recolhimento do imposto devido à unidade federada de destino, inclusive
seus acréscimos legais, se este não tiver sido objeto de retenção e recolhimento,
por qualquer motivo, ou se a operação não tiver sido informada ao responsável
pelo repasse;

- a empresa ou pessoa promotora de exposição ou feira que requeira,


expressamente, o seu credenciamento na forma regulamentar;

- todos os estabelecimentos do mesmo titular.

35
4.9. Responsabilidade Por Substituição

São sujeitos passivos por substituição as pessoas que se enquadrarem nas


situações de substituição tributária por diferimento (artigo 343 do RICMS/BA), ou
nos casos de substituição tributária por antecipação (artigos 353 e 380 do
RICMS/BA).

4.10 Cadastro De Contribuinte

Nos termos do art. 1º do RICMS/BA o Cadastro de Contribuintes do ICMS


do Estado da Bahia (CAD-ICMS) tem por finalidade a identificação, localização
e classificação do sujeito passivo e respectivos titulares, sócios, responsáveis
legais, condôminos e contabilistas, habilitando o contribuinte ao exercício de
direitos decorrentes do cadastramento.

4.10.1. Obrigatoriedade da inscrição no cadastro de contribuintes

Conforme dispões art. 2º do RICMS/BA, inscrever-se-ão no Cadastro de


Contribuintes, antes de iniciarem suas atividades:

a) na condição de MICROEMPRESA, o contribuinte que se enquadre como tal


nos termos do Capítulo II da Lei Complementar Federal nº 123/2006, inclusive o
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL - MEI, definido como tal nos termos do
§ 1º do art. 18-A da Lei Complementar Federal nº 123/2006;

b) na condição de EMPRESA DE PEQUENO PORTE, o contribuinte que se


enquadre como tal nos termos do Capítulo II da Lei Complementar Federal nº
123/2006;

c) na condição de SUBSTITUTO, os contribuintes de outra unidade da


Federação que efetuarem remessas de mercadorias sujeitas ao regime de
substituição tributária para contribuintes estabelecidos no Estado da Bahia,

36
observado o disposto em convênios e protocolos dos quais a Bahia seja
signatária;

d) na condição de NORMAL, os demais contribuintes que não se enquadrem nas


opções anteriores.

Ressalta-se que o contribuinte, ressalvados os casos em que seja


dispensada a inscrição cadastral, terá que inscrever cada estabelecimento,
ainda que filial, sucursal, agência, depósito, fábrica ou qualquer outro, sob pena
de ser considerado clandestino, independente de realizarem operações sujeitas
a imunidade ou não incidência.

Em relação ao acima disposto não são considerados estabelecimentos


diversos:

1 - dois ou mais imóveis urbanos contíguos que tenham comunicação interna;

2 - os vários pavimentos de um mesmo imóvel ou as salas contíguas de um


mesmo pavimento, quando as atividades sejam exercidas pela mesma pessoa;

3 - os veículos vinculados a estabelecimento cadastrado;

4 - os canteiros de obras vinculados a estabelecimento cadastrado, desde que


nos mesmos não se desenvolva atividade geradora de obrigação tributária
principal do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ou do Imposto sobre
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviço
de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).

Salienta-se que é vedada a concessão de mais de uma inscrição em um


mesmo endereço, salvo se isso não dificultar a fiscalização relativa ao
cumprimento das obrigações tributárias. Ainda, não será concedida inscrição em
um mesmo endereço quando houver comunicação interna entre os
estabelecimentos.

Facultar-se-á ao fisco:

1 - autorizar inscrição a pessoa jurídica legalmente constituída cujas instalações


físicas do estabelecimento se encontrem em fase de implantação;

37
2 - exigir a qualquer tempo a comprovação da compatibilidade entre a atividade
econômica e:

- o capital social integralizado;

- as instalações físicas do estabelecimento, salvo se, pela tipicidade da natureza


das operações, não devam as mercadorias por ali transitar;

- a capacidade econômico-financeira do titular ou sócio, observada a


participação do mesmo no capital declarado.

4.10.2. Produtor Rural

Fica facultada ao produtor ou extrator rural, não constituído como pessoa


jurídica, a inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS, na condição de
Produtor Rural, ficando dispensado do cumprimento das demais obrigações
acessórias, exceto em relação à emissão de Nota Fiscal, modelo 1-A, para
registro de suas operações.

No tocante ao produtor rural e o extrator, estes deverão se constituir como


pessoa jurídica se industrializarem a própria produção agropecuária ou extrativa.

Será concedida apenas uma inscrição nas situações a seguir elencadas:

a) - no caso de propriedades rurais contíguas situadas no mesmo Município,


considerando-se o local da sede para efeito de circunscrição fiscal;

b) - no caso de imóvel rural situado em território de mais de um Município deste


Estado, considerando-se o contribuinte sediado no Município em que estiver a
maior área da propriedade.

4.10.3. Documento de identificação eletrônico (DIE)

O Documento de Identificação Eletrônico (DIE), nos termos do art. 21 do


RICMS/BA é o documento que servirá como identificação do estabelecimento
demonstrará a situação cadastral do contribuinte no momento de sua impressão.

38
Todo contribuinte promover transação comercial com outro estabelecimento, é
responsável pela verificação de sua situação cadastral via internet.

Quanto a forma de obtenção, será emitido em seu inteiro teor ou na forma


de extrato, mediante acesso público no endereço eletrônico
“http://www.sefaz.ba.gov.br” e conterá, no mínimo, as seguintes indicações:

I - o número de registro no CNPJ (MF);

II - o número de inscrição estadual;

III - o nome ou razão social;

IV - o logradouro, número, complemento, bairro, município, UF, CEP e telefone;

V - código e descrição da atividade econômica;

VI - a condição cadastral;

VII - a forma de pagamento;

VIII - a situação cadastral vigente;

IX - a data da situação cadastral;

X - a data da consulta.

4.10.4. Contribuinte substituto tributário

Nos termos do art. 5º do RICMS/BA, o contribuinte que solicitar inscrição


no CAD-ICMS do Estado da Bahia como substituto tributário deverá remeter os
seguintes documentos à Gerência de Substituição Tributária - GERSU, da
Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia:

a) estimativa anual das vendas para o Estado da Bahia;

b) registro ou autorização de funcionamento expedido por órgão competente


pela regulação do respectivo setor de atividade econômica;

c) declaração de imposto de renda dos sócios nos 3 últimos exercícios.

39
O número da inscrição obtida como contribuinte substituto tributário
deverá constar em todos os documentos dirigidos ao Estado da Bahia, inclusive
nos documentos emitidos a título de arrecadação.

4.10.5. Requerimento da inscrição no cadastro de contribuintes

A inscrição, alteração e a desabilitação no CAD-ICMS, nos termos do art.


3º RICMS/BA, será requerida, tratando-se de pessoa jurídica, por meio dos
formulários eletrônicos, preenchidos e gerados com o uso de programa aplicativo
disponibilizado pela Secretaria da Receita Federal, na forma prevista na
legislação federal relativa ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ.

A obtenção do programa aplicativo e o envio dos formulários referidos


serão efetuados via Internet, mediante acesso à página da Secretaria da Receita
Federal, no endereço eletrônico “http://www.receita.fazenda.gov.br”.

Em se tratando de contribuintes não constituídos como pessoa jurídica,


a inscrição, a alteração e a desabilitação no CAD-ICMS será requerida junto a
repartição fazendária mediante preenchimento do Documento de Informação
Cadastral - DIC.

4.10.6. Dispensa de inscrição estadual

Fica dispensado de inscrição estadual’ o estabelecimento no qual seja


desenvolvida exclusivamente atividade auxiliar, assim entendida, a atividade de
apoio administrativo ou técnico exercida no âmbito da empresa, voltada à criação
das condições necessárias para o exercício de suas atividades principal e
secundárias.

40
4.10.7 Composição numérica da inscrição estadual

O número de inscrição do contribuinte no Cadastro Estadual baiano será


constituído de 7 sete algarismos, em sequência direta, correspondendo ao
número básico da inscrição e 2 algarismos, que servirão de dígitos verificadores.

O número de inscrição do contribuinte é inalterável enquanto for julgado


conveniente à administração fazendária, não devendo ser preenchido o que se
vagar.

4.10.8 Documentos para exibição ao fisco

O contribuinte deverá manter no estabelecimento, para verificação pelo


fisco das informações cadastrais, fotocópia dos documentos a seguir elencados:

- Cédula de identidade dos administradores e, conforme o caso, do titular, dos


sócios ou dos principais acionistas;

- Contrato de locação ou documento que autorize a utilização do imóvel ou que


comprove sua propriedade;

- Comprovante de endereço dos administradores e, conforme o caso, do titular,


dos sócios ou dos principais acionistas;

- Contrato social, registro de empresário, estatuto ou ata de constituição da


sociedade, com prova de estarem arquivados no órgão de registro competente;

- Contrato social ou da ata de constituição da sociedade civil, com prova de estar


o instrumento devidamente registrado no cartório de Registro de Títulos e
Documentos de Pessoas Jurídicas, tratando-se de sociedade civil não sujeita a
registro na Junta Comercial do Estado da Bahia;

- Título de nomeação expedido pela Junta Comercial do Estado da Bahia,


quando se tratar de leiloeiro;

41
- Publicação, no Diário Oficial, do ato de criação, tratando-se de órgão da
administração pública, entidade da administração indireta ou fundação instituída
e mantida pelo poder público.

Tratando-se de empresas enquadradas na Classificação Nacional de


Atividades Econômicas sob os códigos 4682-6/00 - comércio atacadista de gás
liquefeito de petróleo (GLP); 4681-8/01 - comércio atacadista de álcool
carburante, biodiesel, gasolina e demais derivados de petróleo, exceto
lubrificantes, não realizado por transportador retalhista (T.R.R.); 4681-8/02 -
comércio atacadista de combustíveis realizado por transportador retalhista
(T.R.R.); 4731-8/00 - comércio varejista de combustíveis para veículos
automotores, além dos documentos acima elencados, os documentos previstos
no art. 19 do RICMS/BA.

A autenticidade das fotocópias será comprovada pelo contribuinte


mediante exibição dos respectivos originais, para efeito de conferência, que será
efetuada pelo servidor encarregado, dispensada essa formalidade se a fotocópia
já houver sido previamente autenticada.

4.10.9 Manutenção de inscrição única

Admite-se a manutenção de uma única inscrição, representando todos


os estabelecimentos da mesma empresa situados neste Estado, tratando-se de:

a) - empresa prestadora de serviços de transporte rodoviário, aéreo, ferroviário


ou aquaviário, intermunicipal, interestadual ou internacional, de cargas, de
passageiros, de turistas ou de outras pessoas;

b) - empresas prestadoras de serviços de telecomunicação relacionadas em ato


da COTEPE (Convênios. ICMS126/98 e 30/99);

c) - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA), Companhia


Hidroelétrica do São Francisco (CHESF) e demais empresas concessionárias de
serviço público de energia elétrica deste Estado, bem como empresas
relacionadas no Anexo I do Ajuste SINIEF 28/89;

42
d) - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), na sede da sua Diretoria
neste Estado;

e) - Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), sendo uma inscrição para


as operações vinculadas à Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e
outra englobando as operações relacionadas com o Mercado de Opções, as
resultantes de Empréstimos do Governo Federal com Opção de Venda (EGF -
COV), bem como as referentes a atos decorrentes da securitização prevista na
Lei Federal nº 9.138, de 29 de novembro de 1995 (Conv. ICMS 124/98);

f) - Empresa Baiana de Águas e Saneamento S. A. (EMBASA).

4.10.10. Obrigações específicas dos contribuintes prestadores de transporte

A empresa prestadora de serviços de transporte que optar pela


manutenção de inscrição única deverá cumprir as seguintes obrigações
estabelecidas pelo art. 1º do RICMS/BA:

1. Providenciar que cada estabelecimento, seja matriz, filial, agência, ponto


de venda ou veículo, emita o documento Resumo de Movimento Diário,
de acordo com a distribuição efetuada pelo estabelecimento
centralizador, anotada no livro Registro de Utilização de Documentos
Fiscais e Termos de Ocorrências, sendo que:

- o Resumo de Movimento Diário destina-se à escrituração do Registro de


Saídas;

- no Resumo de Movimento Diário devem ser relacionados os documentos


fiscais emitidos pelos diversos estabelecimentos;

- o Resumo de Movimento Diário deve ser enviado pelo estabelecimento


emitente para o estabelecimento centralizador, no prazo de 3 dias, contado da
data de sua emissão;

- o documento referido neste inciso será emitido diariamente, em 2 vias: a 1ª via


será enviada pelo emitente ao estabelecimento centralizador, para escrituração

43
do Registro de Saídas e a 2ª via ficará em poder do emitente, para exibição ao
fisco;

2. Indicar, no campo “Observações” ou no verso da Autorização para


Impressão de Documentos Fiscais, mesmo que por meio de códigos, os
locais onde serão emitidos os Bilhetes de Passagem ou os
Conhecimentos de Transporte;
3. Manter o controle da distribuição dos Bilhetes de Passagem e dos
Conhecimentos de Transporte para os diversos locais de emissão;
4. Centralizar os registros e as informações fiscais, devendo manter à
disposição do fisco estadual os documentos relativos a todos os locais
envolvidos;
5. Apresentar a Declaração e Apuração Mensal do ICMS (DMA) e sua
Cédula Suplementar (CS-DMA), na forma e prazos previstos na
legislação, declarando o valor total das prestações efetuadas e do ICMS,
por Município, levando em consideração o local da ocorrência do fato
gerador do imposto, independentemente do ponto de linha inicial, em se
tratando de transporte de passageiros.

As empresas de transporte de passageiros que optarem pela


manutenção de Inscrição Estadual Única poderão emitir, por unidade da
Federação, o Resumo de Movimento Diário na sede da empresa, mesmo que
fora do território baiano, com base em demonstrativo de venda de Bilhetes
emitidos pelas agências, filiais, pontos de venda ou veículos, devendo sua
escrituração ser efetuada até o dia 10 do mês seguinte.

Os demonstrativos de venda de Bilhetes, acima referidos, emitidos pelas


agências, filiais, pontos de venda ou veículos, utilizados como suporte para
elaboração dos Resumos de Movimento Diário, terão numeração e seriação
controladas pela empresa transportadora, e deverão ser conservados por
período não inferior a 5 exercícios completos.

Quando o transportador de passageiros remeter blocos de Bilhetes de


Passagem para serem vendidos em outra unidade federada, o estabelecimento
remetente deverá anotar no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais
e Termos de Ocorrências os números inicial e final dos Bilhetes de Passagem e

44
dos formulários de Resumo de Movimento Diário, bem como o local onde serão
emitidos, os quais, após serem emitidos pelo estabelecimento localizado na
outra unidade da Federação, deverão retornar ao estabelecimento de origem
para serem escriturados no livro Registro de Saídas, no prazo de 5 dias, contado
da data de sua emissão.

No caso de empresa transportadora que opte pelo Simples Nacional,


observar-se-ão as disposições relativas ao Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições - Simples Nacional, dispostas no
Capítulo XV, Seção IV.

4.10.11 Inscrição de imóvel rural

Especificamente há de ser observadas na concessão de Inscrição


Estadual de um imóvel rural, no tocante a sua área de extensão, as seguintes
particularidades:

- Quando a área abranger o território de mais de um município deste Estado,


considerar-se-á o contribuinte circunscrito no município em que estiver situada a
maior área da propriedade;

- Quando a área abranger parte do território baiano e parte do território de outra


unidade da Federação considerar-se-á estabelecimento autônomo a parte
localizada na Bahia.

Ainda, ressalta-se que na hipótese de existir mais de um contribuinte


pessoa jurídica explorando economicamente uma mesma propriedade rural,
para cada um deles será exigida uma inscrição estadual.

4.10.12 Inscrição para edificações unifamiliares

Nos termos do art. 4º do RICMS/BA, poderá ser concedida, em


edificações unifamiliares, a inscrição de microempresa ou empresa de pequeno

45
porte, desde que sua localização seja compatível com o uso residencial segundo
os critérios da legislação municipal

4.10.13 Inscrição para atacadistas e varejistas de combustível

Tratando-se de empresas enquadradas na Classificação Nacional de


Atividades Econômicas/Fiscal (CNAE-Fiscal) sob os códigos 4682-6/00 -
comércio atacadista de gás liquefeito de petróleo (GLP); 4681-8/01 - comércio
atacadista de álcool carburante, biodiesel, gasolina e demais derivados de
petróleo, exceto lubrificantes, não realizado por transportador retalhista (T.R.R.);
4681-8/02 - comércio atacadista de combustíveis realizado por transportador
retalhista (T.R.R.); 4731-8/00 - comércio varejista de combustíveis para veículos
automotores, não será concedida inscrição a requerente:

De cujo quadro de administradores ou sócios participe pessoa física ou


jurídica que, nos 05 (cinco) anos que antecederam a data do pedido de
inscrição, tenha sido administrador de empresa que não tenha liquidado
débitos estaduais nem cumprido obrigações decorrentes do exercício de
atividade regulamentada pela ANP;
Que não apresente garantia, real ou fidejussória, em montante arbitrado
pelo fisco, suficiente para fazer jus às obrigações tributárias pelo período
mínimo de doze meses;
Na hipótese de qualquer dos sócios, administradores ou responsáveis
legais pela empresa tenha sido condenado por crime contra a ordem
tributária, em qualquer unidade da Federação;
Quando a empresa tenha débitos inscritos em dívida ativa, em qualquer
unidade da Federação e cuja exigibilidade não esteja suspensa.

Ainda, ressalta-se que a concessão de inscrição dos estabelecimentos


tratados neste artigo ficará condicionada ao cumprimento pelo contribuinte das
regras estabelecidas pela ANP.

46
5. DA BASE DE CÁLCULO

A base de cálculo do ICMS, nas operações internas e interestaduais


realizadas por comerciantes, industriais, produtores, extratores e geradores, na
saída de mercadoria e na transmissão de sua propriedade, será o valor da
operação.

Na falta do valor da operação, devem ser adotados os seguintes critérios


em relação à base de cálculo do imposto:

- o preço corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do


local da operação ou, na sua falta, no mercado atacadista regional, caso o
remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia;

- o preço FOB de estabelecimento industrial a vista, caso o remetente seja


industrial. Será adotado o preço efetivamente cobrado pelo estabelecimento
remetente na operação mais recente, ou, caso o remetente não tenha efetuado
venda de mercadoria, o preço corrente da mercadoria ou de sua similar no
mercado atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado
atacadista regional.

- o preço FOB de estabelecimento comercial a vista, nas vendas a outros


comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante. Será adotado o
preço efetivamente cobrado pelo estabelecimento remetente na operação mais
recente, ou, caso o remetente não tenha efetuado venda de mercadoria, o preço
corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do local da
operação ou, na falta deste, no mercado atacadista regional. Se o
estabelecimento remetente não efetuar vendas a outros comerciantes ou
industriais, ou, em qualquer caso, se não houver mercadoria similar, a base de
cálculo será equivalente a 75% do preço de venda corrente no varejo.

47
5.1 Operações Específicas

Arrendamento mercantil: na operação de arrendamento mercantil, ao ser


exercida a opção de compra pelo arrendatário antes do final do contrato, bem
como na hipótese de contrato celebrado em desacordo com a legislação federal,
a operação da arrendadora será equiparada a uma venda a prazo, e a base de
cálculo será o valor total da operação, ou seja, o montante das contraprestações
pagas durante a vigência do arrendamento, acrescido da parcela paga a título
de preço de aquisição.

DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS: a base de cálculo do ICMS é o valor


da operação ou prestação na unidade federada de origem, constante no
documento fiscal, e o imposto a ser pago será o valor resultante da aplicação,
sobre essa base de cálculo, do percentual equivalente à diferença entre a
alíquota prevista para as operações ou prestações internas neste Estado,
segundo a espécie de mercadoria, e a alíquota interestadual prevista na
legislação da unidade da Federação de origem.

Entrada de energia elétrica, de petróleo e de lubrificantes e combustíveis


líquidos ou gasosos derivados de petróleo, no Estado da Bahia, quando oriundos
de outra unidade da Federação e não destinados a comercialização,
industrialização, produção, geração ou extração: a base de cálculo é o valor da
operação de que decorrer a entrada.

Fornecimento de alimentação: no fornecimento de alimentação, bebida


ou outra mercadoria por bar, restaurante ou por qualquer estabelecimento que
explore tal atividade, a base de cálculo é o valor total da operação,
compreendendo o fornecimento da mercadoria e a prestação do serviço.

Fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: no


fornecimento de mercadoria com prestação de serviços não compreendidos na
competência tributária dos Municípios, a base de cálculo será o valor total da
operação, compreendendo o valor da mercadoria e o dos serviços prestados. Já
no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços compreendidos na
competência tributária dos Municípios e com indicação de incidência do imposto

48
de competência estadual prevista em lei complementar, a base de cálculo é o
preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada.

Importação de serviço de comunicação: no recebimento, pelo


destinatário, de serviço de comunicação prestado no exterior, a base de cálculo
é o valor da prestação do serviço, acrescido, se for o caso, de todos os encargos
relacionados com a sua utilização.

Importação de serviço de transporte: na prestação de serviço de


transporte iniciada no exterior, a base de cálculo é o preço do serviço, excluída
a parcela integrante do valor da operação constante no documento de
importação.

Industrialização por encomenda: na saída de mercadoria efetuada


pelo industrial ou pelo prestador do serviço, em retorno ao estabelecimento que
a tiver remetido para industrialização ou beneficiamento, a base de cálculo é o
valor acrescido relativo à industrialização, assim entendido o valor total cobrado
pelo executor da industrialização, abrangendo o preço das mercadorias ou
insumos empregados, mão-de-obra e demais importâncias cobradas do
encomendante ou a ele debitadas.

Licitação promovida pelo poder público: na aquisição ou arrematação


em licitação pública de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos
ou abandonados, a base de cálculo é o valor da arrematação ou da aquisição,
acrescido dos valores do Imposto sobre a Importação, do IPI e de todas as
despesas cobradas do adquirente ou a ele debitadas.

Prestação de serviços de transporte: na execução de serviço de


transporte interestadual ou intermunicipal, a base de cálculo é o preço do serviço,
ou, na prestação sem preço determinado, o valor usual ou corrente, assim
entendido o praticado na praça do prestador do serviço, ou, na sua falta, o
constante de tabelas baixadas pelos órgãos competentes.

49
Prestação de serviços de transporte para estabelecimento
interdependente: quando o serviço de transporte for prestado por
estabelecimento pertencente ao mesmo titular da mercadoria alienada ou por
outro estabelecimento de empresa que com aquele mantiver relação de
interdependência, se o valor do frete cobrado exceder os níveis normais de
preços em vigor no mercado local para serviço semelhante, constantes em
tabelas elaboradas pelos órgãos competentes, o valor excedente será
considerado como parte do preço da mercadoria.

Prestação de serviços de comunicação: na geração, emissão,


transmissão ou retransmissão, repetição, ampliação ou recepção de
comunicação de qualquer natureza, por qualquer processo, ainda que iniciada
ou prestada no exterior, a base de cálculo é o preço do serviço, ou, nas
prestações sem preço determinado, o valor usual ou corrente, assim entendido
o praticado na praça do prestador do serviço, ou, na sua falta, o constante de
tabelas baixadas pelos órgãos competentes. Incluem-se também na base de
cálculo do imposto, quando for o caso, os valores cobrados a título de acesso,
adesão, ativação, habilitação, disponibilidade, assinatura e utilização dos
serviços, bem como aqueles relativos a serviços suplementares e facilidades
adicionais que otimizem ou agilizem o processo de comunicação,
independentemente da denominação que lhes seja dada.

Prestação de serviços de comunicação não-medidos: na prestação


de serviços não medidos de televisão por assinatura, via satélite, ou de serviços
de provimento de acesso à internet, cujo preço do serviço seja cobrado por
períodos definidos, na hipótese de apenas o tomador ou o prestador estiver
localizado no Estado da Bahia, a base de cálculo do ICMS devido ao Estado da
Bahia corresponderá a 50% do preço cobrado do assinante (disposição não
válida para os Estados do Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Tocantins e ao Distrito Federal).

Transferência, em operações internas: a base de cálculo é o preço de


aquisição ou o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria, ou
o custo da mercadoria, quando produzida, gerada, extraída ou fabricada pelo
próprio estabelecimento.

50
Transferência, em operações interestaduais: a base de cálculo é o
valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria, ou o custo da
mercadoria produzida, assim entendido a soma do custo da matéria-prima,
material secundário, acondicionamento e mão-de-obra, ou, tratando-se de
mercadoria não industrializada, o seu preço corrente no mercado atacadista do
estabelecimento remetente.

Venda para entrega futura: a base de cálculo é o valor constante no


contrato, quando celebrado concomitantemente com o documento fiscal emitido
para fins de faturamento, devidamente atualizado a partir do vencimento da
obrigação comercial até a data da efetiva saída da mercadoria. Na falta de
contrato, a base de cálculo será definida conforme visto no tópico 2 desta
matéria.

Vendas para a CONAB/PGPM: na saída de mercadoria decorrente de


operação de venda aos encarregados da execução da política de preços
mínimos (CONAB/PGPM), a base de cálculo é o valor fixado pela autoridade
federal competente, considerando-se nele já incluído o valor do ICMS.

5.2 Importação

A base de cálculo do ICMS nas entradas ou aquisições de mercadorias


ou bens procedentes do exterior é a soma das seguintes parcelas:

- o valor da mercadoria ou bem constante nos documentos de importação (o


valor fixado pela autoridade aduaneira para base de cálculo do Imposto sobre a
Importação, nos termos da lei aplicável, substituirá o preço declarado);

- o Imposto sobre a Importação;

- o Imposto sobre Produtos Industrializados;

- o Imposto sobre Operações de Câmbio;

- Quaisquer outros impostos, taxas e contribuições, além de despesas


aduaneiras cobradas ou debitadas ao adquirente, relativas ao adicional ao frete

51
para renovação da marinha mercante, armazenagem, capatazia, estiva,
arqueação e multas por infração.

Sempre que o valor da operação estiver expresso em moeda estrangeira,


será feita sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do
fato gerador. O preço expresso em moeda estrangeira será convertido em
moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada no cálculo do imposto
sobre a importação, sem qualquer acréscimo ou devolução posterior se houver
variação cambial até o pagamento efetivo do preço.

5.3 Presunção de omissão de saídas ou de prestações

A base de cálculo do ICMS, nos casos de presunção de omissão de


saídas ou de prestações, nas hipóteses de saldo credor de caixa, de suprimento
de caixa de origem não comprovada, de passivo fictício ou inexistente e de
entradas ou pagamentos não registrados na escrituração, é o valor do saldo
credor de caixa ou do suprimento de origem não comprovada, ou do exigível
inexistente, ou dos pagamentos ou do custo das entradas não registrados,
conforme o caso, que corresponderá ao valor da receita não declarada.

Na hipótese de omissão de entradas apurada pelo Fisco por meio de


levantamento quantitativo de estoque a base de cálculo será:

a) o custo médio das compras no último mês de aquisição da mesma espécie de


mercadoria no período considerado;

b) inexistindo aquisição da mercadoria no período fiscalizado, o custo médio


unitário constante do inventário final do período considerado;

c) inexistindo estoque final da mercadoria no período fiscalizado, o custo médio


unitário constante do inventário inicial do período considerado;

52
d) inexistindo estoque inicial da mercadoria no período fiscalizado, o preço médio
das saídas praticado pelo contribuinte no último mês em que a mercadoria
houver sido comercializada no período fiscalizado, deduzido da margem de valor
adicionado constante no inciso I do § 1º do art. 22 da Lei 7.014/1996;

e) quando o custo unitário não for conhecido, o custo médio praticado por outro
estabelecimento da mesma praça, em relação ao último mês do período objeto
do levantamento.

Nos casos de apuração de omissão de saídas apurada pelo Fisco por


meio de levantamento quantitativo de estoque, a base de cálculo do ICMS é:

I - o preço médio das saídas praticado pelo contribuinte no último mês em que a
mercadoria houver sido comercializada no período fiscalizado;

II - inexistindo documentos fiscais relativos às saídas das mercadorias no


período fiscalizado:

a) o custo médio das entradas no último mês em que a mercadoria houver sido
adquirida no período fiscalizado, acrescido da margem de valor adicionado
constante no inciso I do § 1º do art. 22 da Lei 7.014/1996;

b) inexistindo documento fiscal de aquisição das mercadorias no período


fiscalizado:

- o custo médio unitário constante do inventário final do período considerado,


acrescido da margem de valor adicionado constante no inciso I do § 1º do art. 22
da Lei 7.014/1996;

- inexistindo inventário final do período considerado, o custo médio unitário


constante do inventário inicial do referido período, acrescido da margem de valor
adicionado constante no inciso I do § 1º do art. 22 da Lei 7.014/1996;

c) quando não forem conhecidos os valores mencionados nos itens anteriores,


o preço médio praticado em outro estabelecimento da mesma praça, em relação
ao último mês do período objeto do levantamento.

53
Na hipótese de falta de comprovação da saída de mercadoria do território
estadual pelo proprietário, transportador ou condutor do veículo a base de
cálculo será o valor da mercadoria.

5.4 Inclusão do IPI na base de cálculo

Não integra a base de cálculo do ICMS o montante do IPI quando a


operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado a
industrialização ou a comercialização, configurar fato gerador de ambos os
impostos.

Assim, nos casos em que a mercadoria seja destinada a consumo pelo


adquirente, o IPI deve necessariamente compor a base de cálculo do ICMS.

Outro caso em que o IPI é incluído na base de cálculo do ICMS é na


operação de importação, conforme visto no tópico específico deste tipo de
operação.

O IPI também será incluído na base de cálculo do ICMS nas devoluções


de mercadorias, caso na aquisição ou recebimento tiver o imposto federal
integrado a base de cálculo do ICMS.

5.5 Utilização De Pauta Fiscal

A base de cálculo do ICMS poderá ser fixada mediante pauta fiscal, de


acordo com a média de preços praticada no Estado, para efeito de pagamento
do imposto, quando o preço declarado pelo contribuinte for inferior ao de
mercado ou quando for difícil a apuração do valor real da operação ou prestação,
nas seguintes hipóteses:

- nas operações com produtos agropecuários e com produtos extrativos animais,


vegetais e minerais;

54
- nas operações com tábuas, barrotes, ripas, ripões, compensados, madeirite e
outras madeiras serradas ou fendidas longitudinalmente, mesmo aplainadas ou
polidas;

- nas operações com blocos, tijolos, telhas, manilhas, ladrilhos e outros produtos
de uso em construção civil em cuja fabricação seja utilizada como matéria-prima
argila ou barro cozido;

- nas operações com sucatas, fragmentos, retalhos ou resíduos de materiais;

- nas operações com cervejas, chopes, refrigerantes, bebidas energéticas e


águas minerais e gasosas;

- nas prestações de serviços de transporte por transportador autônomo ou em


veículo de empresa transportadora não inscrita no Estado da Bahia, nas
hipóteses de ausência ou inidoneidade do documento fiscal ou quando não for
aplicável o regime de substituição tributária;

- nas operações com produtos comestíveis resultantes do abate de aves e gado


bovino, bufalino e suíno, em estado natural, refrigerados, congelados,
defumados, secos ou salgados, inclusive charque.

A pauta fiscal é fixada mediante ato do Superintendente de


Administração Tributária da Secretaria da Fazenda. A listagem dos produtos é
feita em módulos distintos, de acordo com o gênero das mercadorias, indicando,
sempre, se o preço é por atacado ou a varejo, devendo a ordenação, em cada
módulo, obedecer à ordem alfabética de cada espécie de mercadoria.

Relativamente aos serviços de transporte, a pauta fiscal contém


indicação expressa de que, na fixação dos preços, já esteja sendo levada em
conta a dedução do crédito presumido. Os preços fixados em pauta fiscal dizem
respeito apenas aos valores dos serviços, não sendo aplicáveis quando se tratar
de mercadorias vendidas a preço CIF e transportadas em veículo do próprio

55
remetente, se o valor das mercadorias por ele declarado for superior ao preço
de pauta.

A pauta fiscal para as operações com cervejas, chopes, refrigerantes,


bebidas energéticas e águas minerais e gasosas é adotada, unicamente, para
fins de antecipação ou substituição tributária.

A pauta fiscal é publicada, sempre que possível, na íntegra, mesmo


quando houver sido objeto apenas de alteração parcial. A a pauta fiscal produz
efeitos 5 dias após a sua publicação, se prazo maior não for estipulado no ato
que a aprovar, salvo nas operações com café ou quando o novo preço for inferior,
hipóteses em que sua aplicação será a partir da publicação do ato.

Na aplicação da pauta fiscal, o imposto será lançado, sempre, pela pauta


fiscal, nas operações com gado, sucatas, fragmentos, retalhos ou resíduos de
materiais, blocos, tijolos, telhas e combogós de uso em construção civil em cuja
fabricação seja utilizada como matéria-prima argila ou barro cozido.

Nas operações com produtos agropecuários e extrativos, somente será


adotada pauta fiscal se efetuadas por produtor ou extrator não equiparado a
comerciante ou a industrial ou por pessoa não inscrita no cadastro estadual,
ressalvadas as operações com gado e carvão vegetal.

Salvo o valor da pauta fiscal estabelecido como parâmetro para


determinação da base de cálculo referente à substituição ou antecipação
tributária, cujo custo do frete já está incluído no referido valor, ou outra disposição
em contrário, os preços das mercadorias constantes em pauta fiscal são
considerados FOB.

Havendo discordância em relação ao valor fixado em pauta fiscal, caberá


ao contribuinte comprovar a exatidão do valor por ele indicado, que prevalecerá
como base de cálculo, caso em que o documento fiscal deverá ser visado pela
autoridade responsável pela unidade de fiscalização ou pelo Auditor Fiscal em
exercício em plantão fiscal, posto fiscal ou unidade móvel de fiscalização.

56
Nas operações interestaduais, a adoção de pauta fiscal dependerá da
celebração de convênio ou protocolo entre a Bahia e as unidades da Federação
envolvidas, para definição dos critérios de fixação dos respectivos valores.

O art. 17 da Lei 7.014/1996 a base de cálculo do ICMS serão as seguintes:

- Será o valor da operação nas seguintes saídas:

1: saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para


outro estabelecimento do mesmo titular ;

2: saída de ouro

3: transmissão a terceiro da propriedade de mercadoria depositada em


armazém geral ou em depósito fechado, na UF do transmitente, e;

4: transmissão da propriedade de mercadoria ou bem adquiridos no País ou


de título que os represente, quando a mercadoria ou o bem não transitarem pelo
estabelecimento do transmitente.

- Será o valor da operação, compreendendo a mercadoria e o serviço:

1: no fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por bares,


restaurantes, hotéis e estabelecimentos similares.

Nos casos de fornecimento de mercadoria com prestação de serviços, a base de


cálculo será:

a) o valor total da operação, abrangendo o valor do serviço e das


mercadorias fornecidas;

57
b) o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada.

- Na industrialização por encomenda a base de cálculo do ICMS será o


valor acrescido relativo à industrialização ou serviço, abrangendo mão-de-obra,
insumos aplicados e despesas cobradas do encomendante.

- Na importação de mercadorias do exterior, a soma das seguintes


parcelas:

a) o valor da mercadoria ou bem constante nos documentos de importação;

b) o imposto sobre a importação;

c) o imposto sobre produtos industrializados;

d) o imposto sobre operações de câmbio;

e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras


cobradas ou debitadas ao adquirente, relativas ao adicional ao frete para
renovação da marinha mercante, armazenagem, capatazia, estiva, arqueação e
multas por infração.

- No caso de aquisição em licitação pública de mercadoria ou bem


importados do exterior e apreendidos ou abandonados, o valor da operação
acrescido do valor dos impostos de importação e sobre produtos industrializados
e de todas as despesas cobradas ou debitadas ao adquirente;

- Na prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de


comunicação, o preço do serviço;

Na a prestação de serviço de transporte iniciada no exterior, o preço do serviço,


excluída a parcela eventualmente integrante do valor da operação;

58
No recebimento de serviço de comunicação prestado no exterior ou cuja
prestação se tenha iniciado no exterior, o valor da prestação do serviço,
acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilização;

- Para o diferencial de alíquotas, na aquisição de bem destinado ao ativo


ou material de uso e consumo, ou na utilização de serviço não vinculado a
operação ou prestação subsequente, o valor da operação ou prestação na
unidade federada de origem, acrescido do valor do IPI, frete e demais despesas
cobradas, devendo o montante do ICMS relativo à diferença de alíquotas integrar
a base de cálculo.

- Na hipótese de contrato mercantil de venda para entrega futura de


mercadoria o valor constante no contrato, quando celebrado concomitantemente
com o documento fiscal emitido para fins de faturamento, devidamente
atualizado a partir do vencimento da obrigação comercial até a data da efetiva
saída da mercadoria.

6. DAS ALÍQUOTAS

6.1 Operações Internas. Regra Geral

No Estado da Bahia, a regra geral quanto à alíquota é de 18%.

Aplica-se a alíquota interna nas seguintes hipóteses:

- nas operações e prestações internas, em que os remetentes ou prestadores e


os destinatários das mercadorias, bens ou serviços estejam situados neste
Estado;

- nas operações e prestações em que os destinatários das mercadorias ou os


tomadores dos serviços estejam localizados em outra unidade da Federação e
não sejam contribuintes do imposto;

59
- nas entradas, no território do Estado, de lubrificantes e combustíveis líquidos
ou gasosos derivados de petróleo de outra unidade da Federação, quando não
destinados à comercialização, industrialização, produção, geração ou extração;

- nas operações de importação de mercadorias ou bens do exterior;

- nas operações de arrematação de mercadorias ou bens importados do exterior


e apreendidos ou abandonados;

- nas prestações de serviços de transporte iniciadas no exterior, vinculadas a


contrato de transporte internacional;

- nas prestações de serviços de comunicação iniciadas ou prestadas no exterior.

- no abastecimento de combustíveis, no fornecimento de lubrificantes, na venda


de componentes e no emprego de partes, peças e outras mercadorias no
conserto ou reparo de veículo de fora do Estado em trânsito pelo território baiano.

6.2 Operações Interestaduais

Aplica-se a alíquota de 12% nas operações e prestações interestaduais


que destinem mercadorias, bens ou serviços de transporte ou de comunicação
a contribuintes do imposto.

Aplica-se a alíquota de 4% nas prestações interestaduais de transporte


aéreo de passageiro, carga e mala postal, quando tomadas por contribuintes ou
a estes destinadas.

6.3 Operações Destinadas A Empresas De Construção Civil

Somente será aplicada a alíquota de 12% nas operações e prestações


interestaduais destinadas a empresa de construção civil contribuinte do ICMS se
esta fornecer ao remetente cópia reprográfica devidamente autenticada do
“Atestado de Condição de Contribuinte do ICMS”, conforme modelo anexo ao
Convênio ICMS 137/02, que terá validade de até 1 ano.

60
Nos demais casos, a empresa de construção civil será considerada não
contribuinte, aplicando-se a alíquota de 17% nas operações interestaduais.

6.4. Operações Internas. Alíquotas Diferenciadas

Nas operações com os produtos relacionados a seguir, não se aplica-se a


alíquota de 18% nas operações internas, valendo as alíquotas abaixo citadas.

6.4.1 Produtos sujeitos à alíquota de 7%

Aplica-se a alíquota de 7% nas operações internas com as seguintes


mercadorias:

arroz;
feijão;
milho;
macarrão (macarrão propriamente dito, massas para sopa, espaguete,
talharim, massas para lasanha);
sal de cozinha;
farinha e fubá de milho (fubá de milho propriamente dito, fubá ou flocos
de milho pré-cozido, creme de milho, flor de milho);
farinha de mandioca.

6.4.2. Operações realizadas por estabelecimentos industriais destinadas a


microempresas, empresas de pequeno porte e ambulantes

Aplica-se também a alíquota de 7% nas saídas de mercadorias de


quaisquer estabelecimentos industriais situados no Estado cujo imposto seja
calculado pelo regime normal de apuração, destinadas a microempresas,
empresas de pequeno porte e ambulantes, quando inscritas como tais no
cadastro estadual. Tal regra não vale para mercadorias efetivamente

61
enquadradas no regime de substituição tributária ou para as mercadorias
consideradas supérfluas (vide próximo subitem desta matéria).

Equipara-se a estabelecimento industrial a filial atacadista que exerça o


comércio de produtos industrializados por outro estabelecimento da mesma
empresa.

O estabelecimento industrial ou a este equiparado obriga-se a repassar


para o adquirente, sob a forma de desconto, o valor aproximadamente
correspondente ao benefício resultante da adoção da alíquota de 7% em vez da
de 17%, devendo a redução constar expressamente no respectivo documento
fiscal.

6.4.3 Produtos sujeitos à alíquota de 25%

Aplica-se a alíquota de 25% aos produtos considerados supérfluos, que


são os seguintes:

- fumo (tabaco) e seus derivados manufaturados;


- bebidas alcoólicas (exceto cervejas, chopes, aguardentes de cana ou de
melaço e outras aguardentes simples);
- ultraleves e suas partes e peças;
- embarcações de esporte e recreio, e artigos ou equipamentos aquáticos
para divertimento ou esporte;
- óleo diesel, gasolina automotiva (NCM 2710.11.59) e álcool etílico anidro
combustível (AEAC);
- jóias (exceto artigos de bijuteria ou “michelin”);
- perfumes (extratos) e águas-de-colônia, inclusive colônia e deocolônia -
NBM/SH 3303.00.10 e 3303.00.20 -, exceto: lavanda (NBM/SH 3303),
seiva-de-alfazema (NBM/SH 3303), óleos essenciais (NBM/SH 3301),
substâncias odoríferas e suas preparações (NBM/SH 3302), preparações
para barbear (NBM/SH 3307.10.00), desodorantes corporais simples e
antiperspirantes (NBM/SH 3307.20.0100), sais perfumados para banhos
(NBM/SH 3307.30.00), preparações para perfumar ou desodorizar

62
ambientes (NBM/SH 3307.4), sachês, depilatórios e papéis perfumados
(NBM/SH 3307.90.00), produtos de beleza, cosméticos e artigos de
maquilagem, inclusive bronzeadores, anti-solares e produtos para
manicuros e pedicuros (NBM/SH 3304), xampus, laquês e outras
preparações capilares (NBM/SH 3305);
- energia elétrica - NCM 2716;
- pólvoras, explosivos, artigos de pirotecnia e outros materiais inflamáveis
(exceto dinamite e explosivos para emprego na extração mineral ou na
construção civil, foguetes de sinalização, foguetes e cartuchos contra
granizo e semelhantes, fogos de artifício e fósforos), a saber:
- serviços de radiodifusão sonora e de som e imagem, telefonia, telex, fax
e outros serviços de telecomunicações, inclusive serviço especial de
televisão por assinatura. Produtos sujeitos à

6.4.4 Alíquota De 38%

Aplica-se a alíquota de 38% às operações com armas e munições, exceto


as destinadas às Polícias Civil e Militar e às Forças Armadas.

6.4.5 Fundo De Combate À Pobreza. Alíquota Específica

As alíquotas incidentes nas operações e prestações com as mercadorias


e serviços a seguir indicados, serão acrescidas de dois pontos percentuais,
passando a ser:

19% (dezenove por cento), nas operações com álcool etílico hidratado
combustível (AEHC), cerveja e chope;
27% (vinte e sete por cento) nas operações e prestações com os
produtos e serviços relacionados no subitem 5.3 desta matéria, exceto
óleo diesel, cigarros enquadrados nas classes fiscais I, II e III pela
legislação federal do IPI, fornecimento de energia elétrica destinada ao
consumo residencial inferior a 150 kwh mensais, e prestações de serviços
de telefonia prestados mediante ficha ou cartão;

63
40% (quarenta por cento) nas operações com armas e munições.

O recolhimento do imposto correspondente aos dois pontos


percentuais será efetuado em conta corrente específica vinculada ao Fundo
Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza.

AS ALÍQUOTAS DE ICMS SÃO AS SEGUINTES CONFORME OS


ARTIGOS 15 E 16 DA LEI 7.014/1996:

NCM Descrição Alíquota


* Alíquota Geral 18%
* Arroz 7%
* Feijão 7%
* Milho 7%
* Macarrão 7%
* Sal de cozinha 7%
* Farinha 7%
* Fubá de milho 7%
* Farinha de mandioca 7%
Mercadorias saídas de estabelecimentos industriais situados no
* Estado da Bahia,destinadas a empresas de pequeno porte, 7%
microempresas e ambulantes, inscritas no cadastro estadual
* Cigarros, cigarrilhas, charutos e fumos industrializados 28%+2%
* Bebidas alcoólicas - inclusive cerveja e chope 25%+2%
* Ultraleves e suas partes e peças: asas-delta 25%+2%
* Ultraleves e suas partes e peças: balões e dirigíveis 25%+2%
Ultraleves e suas partes e peças: partes e peças de asas-delta, balões e
* 25%+2%
dirigíveis
* Embarcações de esporte e recreio, esquis aquáticos e jet-esquis 25%+2%
* Óleo diesel 25%
* Gasolina 28%
* Álcool etílico anidro combustível (AEAC) 25%+2%
* Álcool etílico hidratado combustível (AEHC) 18%+2%
Jóias (não incluídos os artigos de bijuteria): de metais preciosos ou de
* 25%+2%
metais folheadosou chapeados de metais preciosos

64
Jóias (não incluídos os artigos de bijuteria): de pérolas naturais ou
* cultivadas, de pedras preciosas ou semipreciosas, de pedras sintéticas ou 25%+2%
reconstituídas
Perfumes (extratos) e águas-de-colônia, inclusive colônia e deocolônia
* (exceto lavanda,seiva-de-alfazema, loções após-barba e 25%+2%
desodorantes corporais simples ou antiperspirantes)
* Energia elétrica 25%+2%
Energia elétrica destinada ao consumo residencial inferior a 150 kwh
* 25%
mensais

Pólvoras propulsivas, estopins ou rastilhos, cordéis detonantes,


escorvas (cápsulas fulminantes), espoletas, bombas, petardos, busca-pés,
* 25%+2%
estalos de salão e outros fogossemelhantes, foguetes, cartuchos, exceto:
dinamite e explosivos para emprego na extração ou construção,
foguetes de sinalização, foguetes e cartuchos contra granizo e
semelhantes, fogos de artifício e fósforos

Serviços de telefonia, telex, fax e outros serviços de telecomunicações,


* 26%+2%
inclusive serviço especial de televisão por assinatura
Caminhões-tratores comuns, caminhões, ônibus, ônibus-leitos e chassis com
8701.20.00 motores para caminhões e para veículos da posição 8702, para ônibus e para 12%
microônibus
Caminhões-tratores comuns, caminhões, ônibus, ônibus-leitos e chassis com
8702.10.00 motores para caminhões e para veículos da posição 8702, para ônibus e para 12%
microônibus
Caminhões-tratores comuns, caminhões, ônibus, ônibus-leitos e chassis com
8704.21 motores(exceto caminhão de peso em carga máxima igual ou inferior a 3,9
ton)
Caminhões-tratores comuns, caminhões, ônibus, ônibus-leitos e chassis com
8704.22 motores para caminhões e para veículos da posição 8702, para ônibus e para 12%
microônibus
Caminhões-tratores comuns, caminhões, ônibus, ônibus-leitos e chassis com
8704.23 motores para caminhões e para veículos da posição 8702, para ônibus e para 12%
microônibus
Caminhões-tratores comuns, caminhões, ônibus, ônibus-leitos e chassis com
motores para caminhões e para veículos da posição 8702, para ônibus e para
8704.31 12%
microônibus (exceto caminhão de peso em carga máxima igual ou inferior a
3,9 ton)
Caminhões-tratores comuns, caminhões, ônibus, ônibus-leitos e chassis com
8704.32 motores para caminhões e para veículos da posição 8702, para ônibus e para 12%
microônibus
Caminhões-tratores comuns, caminhões, ônibus, ônibus-leitos e chassis com
8706.00.10 motores para caminhões e para veículos da posição 8702, para ônibus e para 12%
microônib
Caminhões-tratores comuns, caminhões, ônibus, ônibus-leitos e chassis com
8706.00.90 motores para caminhões e para veículos da posição 8702, para ônibus e para 12%
microônibus

65
Veículos novos: veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais,
incluindo o motorista, com motor de pistão, de ignição por compressão
8702.10.00 12%
(diesel ou semidiesel), com volume interno de habitáculo, destinado a
passageiros e motorista, superior a 6m3, mas inferior a 9m3
Veículos novos: outros veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou
8702.90.90 mais, incluindo o motorista, com volume interno de habitáculo, destinado a 12%
passageiros e motorista, superior a 6m3, mas inferior a 9m3
Veículos novos: automóveis com motor explosão, de cilindrada não
8703.21.00 12%
superior a 1000cm3

Veículos novos: automóveis com motor explosão, de cilindrada superior a


1000cm3, mas não superior a 1500cm3, com capacidade de transporte de
8703.22.10 12%
pessoas sentadas inferior ou igual a 6, incluído o condutor (exceto carro
celular)

Veículos novos: outros automóveis com motor explosão, de


8703.22.90 cilindrada superior a 1000cm3, mas não superior a 1500cm3 (exceto 12%
carro celular)
Veículos novos: automóveis com motor explosão, de cilindrada
superior a 1500cm3, mas não superior a 3000cm3, com capacidade de
8703.23.10 transporte de pessoas sentadas inferior ou igual a 6, incluído o condutor 12%
(exceto carro celular, carro funerário e automóveis decorrida)
Veículos novos: outros automóveis com motor explosão, de
8703.23.90 cilindrada superior a 1500cm3, mas não superior a 3000cm3 12%
(exceto carro celular, carro funerário e automóveis de corrida)
Veículos novos: automóveis com motor explosão, de cilindrada
superior a 3000cm3,com capacidade de transporte de pessoas sentadas
8703.24.10 12%
inferior ou igual a 6, incluído o condutor (exceto carro celular, carro
funerário e automóveis de corrida)
Veículos novos: outros automóveis com motor explosão, de
8703.24.90 cilindrada superior a 3000cm3 (exceto carro celular, carro funerário e 12%
automóveis de corrida)
Veículos novos: automóveis com motor diesel ou semidiesel, de
cilindrada superior a 1500cm3, mas não superior a 2500cm3, com
8703.32.10 12%
capacidade de transporte de pessoas sentadas inferior ou igual a 6,
incluído o condutor (exceto ambulância, carro celular e carro funerário)
Veículos novos: outros automóveis c/motor diesel ou semidiesel, de
8703.32.90 cilindrada superior a 1500cm3, mas não superior a 2500cm3 (exceto 12%
ambulância, carro celular e carro funerário)
Veículos novos: automóveis c/motor diesel ou semidiesel, de cilindrada
superior a 2500cm3, com capacidade de transporte de pessoas sentadas
8703.33.10 12%
inferior ou igual a 6, incluído o condutor (exceto carro celular e carro
funerário)
Veículos novos: outros automóveis c/motor diesel ou semidiesel, de
8703.33.90 12%
cilindrada superior a 2500cm3 (exceto carro celular e carro funerário)
Veículos novos: veículos automóveis para transporte de mercadorias,
de peso em carga máxima não superior a 5 ton, chassis c/motor diesel
8704.21.10 12%
ou semidiesel e cabina (exceto caminhão de peso em carga máxima
superior a 3,9 ton)

66
Veículos novos: veículos automóveis para transporte de mercadorias,
de peso em carga máxima não superior a 5 ton, c/motor diesel ou
8704.21.20 12%
semidiesel com caixa basculante (exceto caminhão de peso em carga
máxima superior a 3,9 ton)
Veículos novos: veículos automóveis para transporte de mercadorias,
de peso em carga máxima não superior a 5 ton, frigoríficos ou
8704.21.30 12%
isotérmicos c/motor diesel ou semidiesel (exceto caminhão de peso em
carga máxima superior a 3,9 ton)
Veículos novos: outros veículos automóveis para transporte de
mercadorias, de peso emcarga máxima não superior a 5 ton c/motor
8704.21.90 12%
diesel ou semidiesel (exceto: carro-forte p/transporte de valores e
caminhão de peso em carga máxima superior a 3,9 ton)

Veículos novos: veículos automóveis para transporte de mercadorias, de peso


8704.31.10 em carga máxima não superior a 5 ton, c/motor a explosão, chassis e cabina 12%
(exceto caminhão de peso em carga máxima superior a 3,9 ton)
Veículos novos: veículos automóveis para transporte de mercadorias, de peso
8704.31.20 em carga máxima não superior a 5 ton, c/motor explosão/caixa basculante 12%
(exceto caminhão de peso em carga máxima superior a 3,9 ton)
Veículos novos: veículos automóveis para transporte de mercadorias, de peso
8704.31.30 em carga máxima não superior a 5 ton, frigoríficos ou isotérmicos c/motor 12%
explosão (exceto caminhão de peso em carga máxima superior a 3,9 ton)
Veículos novos: outros veículos automóveis para transporte de mercadorias, de
peso em carga máxima não superior a 5 ton, com motor a explosão (exceto:
8704.31.90 12%
carro-forte para transporte de valores e caminhão de peso em carga máxima
superior a 3,9 ton)
Veículos novos: motocicletas (incluindo os ciclomotores) e outros ciclos
8711 12%
equipadoscom motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais
Armas e munições (exceto as destinadas às Polícias Civil e Militar e às
* 38%
Forças Armadas)
* Isotônicos, energéticos e refrigerantes 18%+2%
* Cerveja e chope não alcoólicos 18%+2%
3304.1 Cosméticos: Produtos de maquiagem para os lábios 18%+2%
3304.20.1 Cosméticos: Sombra, delineador, lápis para sobrancelhas e rímel 18%+2%
3304.20.9 Cosméticos: Outros produtos de maquiagem 18%+2%
Cosméticos: Preparações para manicuros e pedicuros, incluindo
3304.3 18%+2%
removedores de esmaltes à base de acetona
Cosméticos: Pós, incluindo os compactos para maquilagem (exceto talco e
3304.91 18%+2%
polvilho com ou sem perfume)
Cosméticos: Cremes de beleza e cremes nutritivos; loções tônicas;
3304.99.1 18%+2%
incluídos os Esfoliantes
Cosméticos: Outros produtos de beleza ou de maquiagem preparados e
preparações para conservação ou cuidados da pele (exceto medicamentos),
3304.99.9 18%+2%
incluindo os bronzeadores (exceto as preparações anti-solares e os cremes para
assadura)
Cosméticos: Preparações para ondulação ou alisamento, permanentes, dos
3305.2 18%+2%
cabelos
3305.3 Cosméticos: Laquês para o cabelo, incluídos os fixadores e gel fixador 18%+2%

67
Cosméticos: Tinturas para o cabelo temporária, progressiva e permanente,
3305.9 incluídos os tonalizantes e xampus colorantes; outras preparações capilares, 18%+2%
incluindo máscaras e finalizadores, excluindo condicionadores
3307.3 Cosméticos: Sais perfumados e outras preparações para banhos 18%+2%
Cosméticos: Depilatórios, inclusive ceras; papéis perfumados e papéis
3307.9 impregnados ou revestidos de cosméticos; pastas (ouates) ,feltros e falsos 18%+2%
tecidos impregnados, revestidos ou recobertos de perfume ou de cosméticos
Cosméticos: Água oxigenada 10 a 40 volumes, incluídas as cremosas
2847 18%+2%
exceto osprodutos de uso medicinal
4818.2 Cosméticos: Lenços de desmaquiar 18%+2%

7. ANTECIPAÇÃO TRIBUTÁRIA PARCIAL

Neste tópico iremos discorrer sobre os procedimentos na antecipação


Tributária do ICMS no Estado da Bahia, para as Empresas optantes pelo
Simples Nacional.

O instituto da Antecipação Tributária é a operação de adiantamento


parte do imposto, que não encerra a fase de tributação da mercadoria.

Em se tratando de empresa optante do Simples Nacional, o imposto


será calculado na forma prevista no art. 321 §1 do RICMS/12, quando será
cobrada a diferença entre as alíquotas interna e interestadual.

7.1 Fato Gerador

Conforme previsto no artigo 12-A da Lei n° 7.014/96, será devido o


recolhimento da antecipação parcial do imposto nas aquisições
interestaduais de mercadorias para fins de comercialização, pelo próprio
adquirente baiano, independente do regime de apuração adotado.

Salienta-se que o referido recolhimento não encerra a fase de


tributação, ou seja, a saída subsequente com a mesma mercadoria que
ensejou o referido recolhimento, será, em regra, objeto de nova tributação,
tendo em vista a circulação da mesma.

68
Cabe mencionar ainda, que a obrigatoriedade de recolhimento da
antecipação parcial, antes da entrada no território da Bahia, se aplica as
mercadorias procedentes de outra Unidade da Federação destinadas a
Microempreendedor Individual (MEI), de que trata o artigo 18-A da Lei
Complementar n° 123/2006, nos termos do artigo 332, inciso III, alínea “e” do
RICMS/BA.

Então para ocorrência da antecipação parcial devem ocorrer tais parâmetros


abaixo:

• Operação Interestadual

• Para fins de comercialização / Revenda

Obs.: Não Existe Previsão Legal em âmbito da constituição federal e na Lei


Kandir.

7.2. Base de cálculo

A base de cálculo da Antecipação Parcial é o valor total da operação


constante no documento fiscal, incluindo o IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados), quando houver na operação, o valor do frete, se estiver
discriminado na nota fiscal, bem como demais despesas acessórias que
agreguem o valor do produto, a exemplo de seguro da mercadoria.

Conforme previsto no artigo 23, inciso III, da Lei n° 7.014/96, a base


de cálculo da antecipação parcial será o valor da operação interestadual
constante no documento fiscal de aquisição.

A base de cálculo da Antecipação Parcial é o valor total da operação


constante no documento fiscal, incluindo o IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados), quando houver na operação, o valor do frete, se estiver

69
discriminado na nota fiscal, bem como demais despesas acessórias que
agreguem o valor do produto, a exemplo de seguro da mercadoria

• Valor total da Operação (+)

• IPI (+)

• Frete - se estiver discriminado na nota fiscal (+)

• Seguro (+)

7.3. Regra para o cálculo da antecipação parcial

Conforme art. 12-A da Lei 7.014/1996, quando das aquisições


interestaduais de mercadorias para fins de comercialização efetuada por
contribuintes, inclusive pelas empresas optantes pelo Simples Nacional, deve-
se calcular a antecipação parcial, aplicando-se os cálculos sobre diferença entre
a alíquota interna e a interestadual.

[Alíquota Interna x Valor Total da Operação] (-) Imposto Destacado na Nota)

7.3.1. Operação entre: Regime Normal para Regime Normal

Normal para Regime Normal

A) Valor Total da Operação R$ 10.000,00


B) Alíquota Interestadual 7%
A x B) ICMS R$ 700,00
C) Alíquota Interna 18%
A x C-B) ICMS Antecipado R$ 1.100,00

70
7.3.2. Operação entre: Regime Normal para Simples Nacional

Regime Normal para Simples Nacional

A) Valor Total da Operação R$ 10.000,00


B) Alíquota Interestadual 7%
A x B) ICMS R$ 700,00
C) Alíquota Interna 18%
A x C-B) ICMS Antecipado R$ 1.100,00

7.3.3. Operação entre: Simples Nacional para Simples Nacional

Conforme art. 321, VII, b, do RICMS/BA e Parecer Tributário


17.375/2011, nos casos de mercadorias adquiridas por Empresas optantes pelo
Simples Nacional com destino à Empresas optantes pelo Simples Nacional, o
ICMS devido por antecipação parcial será calculado por base as alíquotas
aplicáveis às demais pessoas jurídicas.

Simples Nacional para Simples Nacional

A) Valor Total da Operação R$ 10.000,00


B) Alíquota Interestadual Presumido de 7%
A x B) ICMS R$ 700,00
C) Alíquota Interna 18%
A x C-B) ICMS Antecipado R$ 1.100,00

7.3.4. Operação entre: Simples Nacional para Regime Normal

De acordo com o Parecer 31/2012, nas aquisições interestaduais de


mercadorias promovidas por empresa inscrita na condição de normal junto a
fornecedor optante do Simples Nacional, o valor correspondente à antecipação

71
parcial do imposto, corresponderá ao montante resultante da aplicação da
alíquota interna sobre o valor da operação (base de cálculo prevista no inciso IX
do art. 61), deduzido do imposto informado no documento fiscal de aquisição,
relativo à alíquota da faixa que o remetente, optante do Simples Nacional,
efetivamente recolheu. Assim, no calculo da antecipação parcial do ICMS, nas
operações especificadas nessa hipótese, será deduzido o percentual do ICMS
informado pelo contribuinte remetente no campo “dados adicionais” do
documento fiscal.

Simples Nacional para Normal

A) Valor Total da Operação R$ 10.000,00


B) Alíquota Interestadual Remetente Simples Nacional não destaca
C) Crédito de ICMS conforme Art.
23 Da 2,56%
LC 123/2006 (exemplo)
D) Alíquota Interna 18%
E) (A x C) Crédito devido a ser utilizado R$ 256,00
F) (A x D – E) ICMS Antecipado R$ 1.544,00

Art. 23, LC 123/2006 § 2º A alíquota aplicável ao cálculo do crédito de


que trata o § 1º deste artigo deverá ser informada no documento fiscal e
corresponderá ao percentual de ICMS previsto nos Anexos I ou II desta Lei
Complementar para a faixa de receita bruta a que a microempresa ou a empresa
de pequeno porte estiver sujeita no mês anterior ao da operação.

O contribuinte optante pelo regime simples nacional, conforme indicado


artigo 57, parágrafo 2°, inciso II da Resolução CGSN n° 94/2011, na emissão do
documento fiscal, não utiliza os campos relativos ao destaque da base de cálculo
do ICMS e o valor do ICMS.

Este contribuinte, somente indica valor equivalente ao seu débito de


ICMS, tributado através do PGDAS, no campo “informações complementares”
do documento fiscal, nos termos do artigo 58 da da Resolução CGSN n° 94/2011.

72
Desta forma, no cálculo da antecipação parcial, sendo o adquirente do
regime conta corrente fiscal, será deduzido o valor indicado, no campo
“informações complementares”, pelo emitente do documento fiscal.

7.4. Glosa Fiscal

O Decreto 14.213/2012 que dispõe sobre a glosa fiscal, foi revogado pelo
Decreto n° 18.219/2018, com efeitos a partir de 27/01/2018, logo, não será mais
aplicado para fins de cálculo.

7.5. Benefício para microempresas e empresas de pequeno


porte

Existe o benefício da redução no Imposto antecipado nas demais


operações de compras para comercialização, efetuadas pelas ME´s ou EPP´s,
haverá o direito a redução de 20% do valor do imposto devido, se o recolhimento
for feito no prazo regulamentar. (Art. 274 do RICMS/12).

7.6 Devolução de Mercadoria

Para mercadorias com antecipação parcial ainda não paga, abate da


apuração do valor a recolher; e para mercadorias com antecipação parcial já
paga tratando-se de contribuinte:

que apure o imposto pelo regime de conta corrente fiscal de apuração,


creditasse do valor pago a título de antecipação parcial;
optante pelo Simples Nacional – deverá solicitar restituição;
optante pelo benefício previsto no artigo 267, inciso VI do RICMS/BA,
aprovado pelo Decreto n.º 13.780/12, deverá solicitar restituição.

Nota: É imprescindível que o contribuinte emita nota fiscal de devolução.

73
7.7 Consignação Mercantil x Antecipação Parcial

A consignação mercantil é a operação em que uma empresa,


denominada consignante, remete a mercadoria a uma segunda empresa,
denominada consignatário, para que este procure efetuar a venda destas
mercadorias.

Nos contratos de consignação mercantil, a venda da mercadoria, do


consignante ao consignatário, somente se efetiva no momento em que o
consignatário efetua a venda desta mercadoria recebida anteriormente em
consignação.

Ou seja, o consignatário recebe a mercadoria em consignação, e, somente


quando vender a mercadoria a seus clientes, é que esta mercadoria será
faturada, pelo consignante, contra o consignatário.

Nas operações interestaduais o estado da Bahia com atividade


preventiva, para redução da evasão fiscal cobra a antecipação parcial das
operações de consignação. Então para âmbito da antecipação parcial segue as
regras de cálculos citados no item anterior.

Incide a antecipação parcial normalmente; se a mercadoria não for


vendida e for devolvida, segue as regras de devolução constantes no quesito
anterior.

7.8. Prazo de recolhimento

O contribuinte regularmente inscrito no Cadastro de Contribuinte do


ICMS do Estado da Bahia

– CAD-ICMS, poderá efetuar o recolhimento do imposto por antecipação, até o


dia 25 do mês subsequente ao da data de emissão do MDF-e vinculado ao
documento fiscal, exceto nos seguintes casos:

74
• Importação de combustíveis derivados de petróleo, Açúcar, Farinha de
trigo, Mistura de farinha de trigo, Trigo em grãos, Charque, Jerked beef, Enchidos
(embutidos), Produtos comestíveis resultantes do abate de aves e gado bovino,
bufalino, suíno, caprino e ovino.

Para este prazo, o estabelecimento deve preencher cumulativamente os


requisitos indicados a seguir:

I – possua estabelecimento em atividade no Estado da Bahia há mais de 06


meses e já tenha adquirido mercadoria de outra unidade da Federação;

II – não possua débito inscrito em Dívida Ativa, a menos que a sua


exigibilidade esteja suspensa;

III – esteja adimplente com o recolhimento do ICMS;

IV – esteja dia com as obrigações acessórias e atenda regularmente as


intimações fiscais

(Art. 332 § 2º do RICMS/BA, Decreto 13.780 de 16/03/2012).

A exceção ao disposto acima ocorre no caso de o contribuinte estiver


descredenciado e não realizar o pagamento antes da mercadoria entrar no
território baiano, hipótese em que a em antecipação será exigida de ofício, no
Posto Fiscal. Neste caso deve-se recolher o imposto no ato da saída da
mercadoria conforme alínea “b” do inciso III do art. 332 do RICMS/BA.

Código de Receita:

• No código 2175 – ICMS Antecipação Parcial.

• No código 2183 – ICMS Antecipação Tributária de descredenciados.

75
7.9 Inaplicabilidade

Não será devido o recolhimento da antecipação parcial nas entradas de


bens ou mercadorias para industrialização, como também não será devido o
recolhimento nas entradas para uso, consumo ou ativo imobilizado, pois em
ambas as situações não é caracterizado o fato gerador deste recolhimento.Frisa-
se que neste último caso, nas entradas para uso, consumo ou ativo imobilizado,
será devido o recolhimento do diferencial de alíquotas, previsto no artigo 4°,
inciso XV, daLei n° 7.014/96. Desta forma, o recolhimento diferencial de
alíquotas ou da antecipação parcial, será definido pela finalidade que será
aplicada a mercadoria ou bem.

De acordo com o artigo 12-A, § 1°, da Lei n° 7.014/96, também não será devido
o recolhimento da antecipação parcial em relação às mercadorias, cujas
operações internas sejam acobertadas por isenção, não-incidência ou ainda
antecipação ou substituição tributária, que encerre a fase de tributação.

Não haverá o recolhimento da antecipação parcial do ICMS nas seguintes


hipóteses:

Mercadorias isentas ou imunes

Mercadorias que sejam enquadrados na substituição tributaria

Mercadoria destinas ao ativo fixo ou para uso e consumo (DIFAL)

Mercadoria não destinadas á comercialização

7.10. Crédito

7.10.1 Conta Corrente Fiscal

Nos termos do artigo 309, inciso II, do RICMS/BA, o valor do ICMS


recolhido a título de antecipação parcial, poderá ser aproveitado como crédito,
pelo contribuinte cujo imposto seja apurado pelo regime conta-corrente fiscal, no
período em que ocorrer o recolhimento.

76
Caso o pagamento da antecipação parcial tenha ocorrido no mês de
junho, por exemplo, o lançamento do crédito vai ocorrer na própria apuração do
mesmo mês, no caso do mês de junho.

No entanto, caso o imposto não seja apropriado no próprio mês, de


acordo com o artigo 314 do RICMS/BA, poderá ocorrer no mês subsequente em
que se verificar:

a) a entrada da mercadoria ou a aquisição de sua propriedade;

b) o direito à utilização do crédito.

A escrituração do crédito fora dos períodos aludidos no parágrafo anterior


dependerá de autorização do titular da repartição fazendária da circunscrição do
contribuinte, conforme previsto no artigo 315 do RICMS/BA.

7.10.2 Simples Nacional

Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes


pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos
relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.

§ 1º As pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela legislação tributária


não optantes pelo Simples Nacional terão direito a crédito correspondente ao
ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercadorias de microempresa ou
empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, desde que
destinadas à comercialização ou industrialização e observado, como limite, o
ICMS efetivamente devido pelas optantes pelo Simples Nacional em relação a
essas aquisições.

§ 2º A alíquota aplicável ao cálculo do crédito de que trata o § 1º deste artigo


deverá ser informada no documento fiscal e corresponderá ao percentual de
ICMS previsto nos Anexos I ou II desta Lei Complementar para a faixa de receita
bruta a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita no
mês anterior ao da operação.

77
§ 3º Na hipótese de a operação ocorrer no mês de início de atividades da
microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, a
alíquota aplicável ao cálculo do crédito de que trata o § 1º deste artigo
corresponderá ao percentual de ICMS referente à menor alíquota prevista nos
Anexos I ou II desta Lei Complementar.

§ 4º Não se aplica o disposto nos §§ 1º a 3º deste artigo quando:

I - a microempresa ou empresa de pequeno porte estiver sujeita à tributação do


ICMS no Simples Nacional por valores fixos mensais;

II - a microempresa ou a empresa de pequeno porte não informar a alíquota de


que trata o § 2º deste artigo no documento fiscal;

III - houver isenção estabelecida pelo Estado ou Distrito Federal que abranja a
faixa de receita bruta a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte
estiver sujeita no mês da operação.

IV - o remetente da operação ou prestação considerar, por opção, que a alíquota


determinada na forma do caput e dos §§ 1o e 2o do art. 18 desta Lei
Complementar deverá incidir sobre a receita recebida no mês.

§ 5º Mediante deliberação exclusiva e unilateral dos Estados e do Distrito


Federal, poderá ser concedido às pessoas jurídicas e àquelas a elas
equiparadas pela legislação tributária não optantes pelo Simples Nacional
crédito correspondente ao ICMS incidente sobre os insumos utilizados nas
mercadorias adquiridas de indústria optante pelo Simples Nacional, sendo
vedado o estabelecimento de diferenciação no valor do crédito em razão da
procedência dessas mercadorias.

7.11 Lançamento Da Escrituração Fiscal Digital (EFD)

O valor devido a título de antecipação parcial será lançado no Registro


E111, como ajuste a débito, através do Código de Ajuste, da Tabela 5.1.1,
BA009999 - Outros débitos não especificados.

78
Em relação ao crédito, tratado no tópico 5 desta matéria, para este
aproveitamento o contribuinte deve efetuar o lançamento no Registro E111 com
o código BA020002 que tem como descrição “OUTROS CRÉDITOS - CRÉDITO
REFERENTE AO PAGAMENTO DA ANTECIPAÇÃO PARCIAL -
CONTRIBUINTES QUE APURAM O IMPOSTO PELO REGIME NORMAL - ART.
309, II DO RICMS”.

8 ARMAZÉM GERAL

8.1. Estabelecimento

Considera-se armazém geral o estabelecimento destinado à recepção,


manutenção e guarda de mercadorias ou bens de terceiros, mediante o
pagamento de uma tarifa pré- fixada ou de um percentual pelo serviço prestado
cobrado através do ISS (Lei Complementar 116/2003). Os procedimentos
comerciais dos armazéns gerais foram estabelecidos mediante a edição do
Decreto nº 1.102/1903, sendo ali instituídas as regras para o estabelecimento
dessas empresas, determinando os seus direitos e obrigações. Os armazéns
gerais estabelecidos sob essas regras estariam aptos para emitir dois
documentos especiais: “Nota Fiscal de mercadoria (ICMS)” e “Nota Fiscal de
Prestação de Serviço (ISS)”, instruções baseadas no capítulo XLVI do
RICMS/BA – “Artigo inicial: 460″.

8.2. Normas estabelecidas aos armazéns gerais

Os armazéns gerais não podem:

– estabelecer preferência entre os depositantes a respeito de qualquer serviço;

– recusar o depósito, exceto se:

• a mercadoria que se desejar armazenar não for tolerada pelo regulamento


interno;

79
• não houver espaço para sua acomodação;

• em virtude das condições em que ela se achar, puder danificar as já


depositadas.

– abater o preço marcado na tarifa em benefício de qualquer depositante;

– exercer o comércio de mercadorias idênticas as que se propõem receber em


depósito, e adquirir, para si ou para outrem, mercadorias expostas à venda em
seus estabelecimentos, ainda que seja a pretexto de consumo particular,

– emprestar ou fazer, por conta própria ou alheia, qualquer negociação sobre os


títulos que emitirem.

8.3. Remessa e retorno de mercadorias do estabelecimento do


contribuinte com destino a armazém geral, ambos localizados
neste Estado.

8.3.1. Remessa de mercadoria para armazém geral

Nas remessas de mercadorias do estabelecimento do contribuinte com


destino a armazém geral, ambos localizados neste estado, bem como em seus
retornos, será emitida nota fiscal contendo os requisitos exigidos e,
especialmente:

I – valor das mercadorias;

II – natureza da operação;

III –Não-incidência do ICMS conforme Art. 3º inciso VI alínea “a” da Lei


7.014/1996

CFOP a ser utilizado – Depositante para Armazém Geral – 5.905 – Remessa

80
8.3.2. Retorno de mercadoria depositada em armazém geral

Nos retornos mercadorias do estabelecimento do contribuinte com


destino a armazém geral, ambos localizados neste estado, bem como em seus
retornos, serão emitida nota fiscal contendo os requisitos exigidos e,
especialmente:

I – valor das mercadorias;

II – natureza da operação;

III –Não-incidência do ICMS conforme Art. 3º inciso VI alínea “a” da Lei


7.014/1996 CFOP a ser utilizado – Depositante para Armazém Geral – 5.906 –
Remessa

8.4. Remessa e retorno de mercadoria depositada em armazém


geral, com destinos a estabelecimento diverso do depositante,
ambos situados neste estado.

8.4.1. Procedimentos do depositante

Na saída de mercadoria depositada em armazém geral, com destino a


estabelecimento diverso do depositante, ainda que da mesma empresa, sendo
este e o estabelecimento depositante situados neste Estado, o estabelecimento
depositante emitirá nota fiscal em nome do destinatário, que conterá os
requisitos previstos e, especialmente:

I – o valor da operação;

II – a natureza da operação;

III – o destaque do ICMS, se devido;

81
IV – a indicação de que as mercadorias serão retiradas do armazém geral,
mencionando-se o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ,
deste.

O CFOP e a natureza da operação podem variar. Os principais códigos


utilizados são:

• 5.105/6.105 – Venda de produção do estabelecimento que não deva por


ele transitar

• 5.106/6.106 – Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros,


que não deva por ele transitar

• 5.155/6.155 – Transferência de produção do estabelecimento, que não


deva por ele transitar

• 5.156/6.156 – Transferência de mercadoria adquirida ou recebida de


terceiros, que não deva por ele transitar.

8.4.2. Procedimentos do armazém geral

O armazém geral, no ato da saída das mercadorias, emitirá nota fiscal


em nome do estabelecimento depositante, sem destaque do ICMS, que conterá
os requisitos previstos e, especialmente:

I – o valor das mercadorias, que corresponderá àquele atribuído por ocasião de


sua entrada no armazém geral;

II – a natureza da operação: CFOP 5.907 – “Retorno simbólico de armazém


geral”;

III – o número, a série e a data da emissão da nota fiscal emitida pelo


estabelecimento depositante, na forma do caput deste artigo;

IV – o nome do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no


CNPJ, do estabelecimento a que se destinarem as mercadorias.

82
As mercadorias serão acompanhadas no seu transporte pela nota fiscal emitida
pelo estabelecimento depositante.

8.5. Remessa e retorno de mercadorias depositadas em


armazém geral situado em unidade da federação diversa
daquela do estabelecimento depositante com destino a outro
estabelecimento.

8.5.1. Procedimentos do depositante

Na saída de mercadorias depositadas em armazém geral situado em


unidade da Federação diversa daquela do estabelecimento depositante com
destino a outro estabelecimento, ainda que da mesma empresa, o depositante
emitirá nota fiscal, que conterá os requisitos previstos e, especialmente:

I – o valor da operação;

II – a natureza da operação;

III – a indicação de que as mercadorias serão retiradas do armazém geral,


mencionando-se o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ,
deste.

O CFOP e a natureza da operação podem variar. Os principais códigos


utilizados são:

• 5.101/6.101 – Venda de produção do estabelecimento

• 5.102/6.102 – Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros

• 5.103/6.103 – Venda de produção do estabelecimento, efetuada fora do


estabelecimento

83
• 5.104/6.104 – Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros,
efetuada fora do estabelecimento

• 5.105/6.105 – Venda de produção do estabelecimento que não deva por


ele transitar

Na nota fiscal emitida pelo depositante, não será efetuado o destaque do ICMS.

8.5.2. Procedimentos do armazém geral

O armazém geral, no ato da saída das mercadorias, emitirá:

1º Nota fiscal em nome do estabelecimento destinatário, que conterá os


requisitos previstos e, especialmente:

a) o valor da operação, que corresponderá ao da nota fiscal emitida pelo


estabelecimento depositante, na forma do caput deste artigo;

b) a natureza da operação: “CFOP 5.923/6.923 – Outras saídas – remessa por


conta e ordem de terceiro”;

c) o número, a série e a data da nota fiscal emitida na forma do caput deste


artigo pelo estabelecimento depositante, bem como o nome do titular, o endereço
e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, deste;

d) o destaque do imposto, se devido, com a declaração: “O recolhimento do


ICMS é de responsabilidade do armazém geral”;

2º Nota fiscal em nome do estabelecimento depositante, sem destaque do ICMS,


que conterá os requisitos previstos e, especialmente:

a) o valor das mercadorias, que corresponderá àquele atribuído por ocasião


de sua entrada no armazém geral;

84
b) a natureza da operação: “6.907 – Outras saídas – retorno simbólico de
armazém geral”;

c) o número, a série e a data da nota fiscal emitida na forma do caput deste


artigo pelo estabelecimento depositante, bem como o nome do titular, o endereço
e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, deste;

d) o nome do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no


CNPJ, do estabelecimento destinatário, e o número, a série e a data da emissão
da nota fiscal referida no inciso I deste parágrafo.

As mercadorias serão acompanhadas em seu transporte pela Nota Fiscal com


CFOP 5.923/6.923.

8.5.3. Procedimentos do destinatário

O estabelecimento destinatário, ao receber as mercadorias, lançará no


Registro de Entradas a nota fiscal a que se refere o caput deste artigo,
acrescentando, na coluna “Observações”, o número, a série e a data da emissão
da nota fiscal a que alude o CFOP 5.923/6.923, bem como o nome do titular, o
endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do armazém geral, e
lançando, na coluna própria, quando admitido, o crédito do imposto recolhido
pelo armazém geral.

8.6. Saída de mercadorias para entrega em armazém geral


situado na mesma unidade da federação do estabelecimento
destinatário, este será considerado depositante.

8.6.1. Procedimentos do remetente

O remetente emitirá a nota fiscal de venda, tendo como destinatário o


estabelecimento depositante, contendo os seguintes dados:

85
a) como destinatário, o estabelecimento depositante;

b) o valor da operação;

c) o local da entrega, o endereço e os números de inscrição, estadual e no


CNPJ, do armazém geral, em “Informações Complementares”;

d) o destaque do valor do imposto, se devido.

e) a natureza da operação, que será conforme a venda que o remetente


estiver realizando. Portanto, seguem abaixo exemplos de códigos de CFOP que
poderão ser utilizados na operação:

O CFOP e a natureza da operação podem variar. Os principais códigos utilizados


são:

• 5.101/6.101 – Venda de produção do estabelecimento

• 5.102/6.102 – Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros

• 5.103/6.103 – Venda de produção do estabelecimento, efetuada fora do


estabelecimento

• 5.104/6.104 – Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros,


efetuada fora do estabelecimento

• 5.105/6.105 – Venda de produção do estabelecimento que não deva por


ele transitar

8.6.2. Procedimentos do depositante

O estabelecimento depositante deverá:

I – registrar a nota fiscal no Registro de Entradas;

II – emitir nota fiscal relativa à saída simbólica, fazendo constar o número e


a data do documento fiscal emitido pelo remetente; CFOP 5.934/6.934 –
Natureza da operação: “Remessa simbólica de mercadoria depositada em
armazém geral ou depósito fechado”.

86
III – remeter a nota fiscal mencionada acima para armazém geral.

Todo e qualquer crédito do ICMS, quando cabível, será conferido ao


estabelecimento depositante.

8.7. Saídas de mercadorias para entrega em armazém geral


situado em unidade da federação diversa daquela do
estabelecimento destinatário, este será considerado
depositante, devendo o remetente.

8.7.1. Procedimentos do remetente

Deverá emitir nota fiscal, que conterá os requisitos previstos e, especialmente:

a) como destinatário, o estabelecimento depositante;

b) o valor da operação;

c) a natureza da operação;

d) o local da entrega, o endereço e os números de inscrição, estadual e no


CNPJ, do armazém geral;

e) o destaque do ICMS, se devido;

O CFOP e a natureza da operação podem variar. Os principais códigos utilizados


são:

• 5.101/6.101 – Venda de produção do estabelecimento

• 5.102/6.102 – Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros

87
• 5.103/6.103 – Venda de produção do estabelecimento, efetuada fora do
estabelecimento

• 5.104/6.104 – Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros,


efetuada fora do estabelecimento

• 5.105/6.105 – Venda de produção do estabelecimento que não deva por


ele transitar

Deverá ainda, emitir nota fiscal para o armazém geral, a fim de


acompanhar o transporte das mercadorias, sem destaque do ICMS, que conterá
os requisitos previstos e, especialmente:

a) o valor da operação;

b) a natureza da operação: “Outras saídas – para depósito por conta e ordem


de terceiro”;

c) o nome do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no


CNPJ, do estabelecimento destinatário e depositante;

d) o número, a série e a data da emissão da nota fiscal referida


anteriormente.

CFOP: 6.923 – Remessa de mercadoria por conta e ordem de terceiros, em


venda à ordem ou em operações com armazém geral ou depósito fechado.

8.7.2. Procedimentos do armazém geral

O armazém geral deverá:

I – registrar a nota fiscal que tiver acompanhado as mercadorias no Registro de


Entradas;

88
II – anotar a data da entrada efetiva das mercadorias na nota fiscal referida
acima, remetendo-a ao estabelecimento depositante.

O armazém geral deverá acrescentar na coluna “Observações” do


Registro de Entradas, relativamente ao lançamento previsto acima, o número, a
série e a data da emissão da nota fiscal com o CFOP 6.923.

8.7.3. Procedimentos do depositante

O destinatário e depositante deverá emitir nota fiscal para o armazém


geral, relativa à saída simbólica, que conterá os requisitos previstos e,
especialmente:

I – o valor da operação;

II – a natureza da operação: CFOP 6.923: “Outras saídas – remessa para


armazém geral”;

III – o destaque do ICMS, se devido;

IV – a indicação de que as mercadorias foram entregues diretamente no


armazém geral, mencionando-se o número, a série e a data da nota fiscal 5.10X
pelo estabelecimento remetente, bem como o nome do titular, o endereço e os
números de inscrição, estadual e no CNPJ, deste.

8.8. Transmissão da propriedade de mercadorias, quando estas


permanecerem no armazém geral, sendo este situado na mesma
unidade da federação do estabelecimento depositante e
transmitente

8.8.1. Procedimentos do depositante

No caso de transmissão da propriedade de mercadorias, quando estas


permanecerem no armazém geral, sendo este situado na mesma unidade da

89
Federação do estabelecimento depositante e transmitente, este emitirá nota
fiscal para o estabelecimento adquirente, que conterá os requisitos previstos e,
especialmente:

I – O valor da operação;

II – A natureza da operação; “Vendas ou transferência de mercadorias que


não deva por ele transitar”;

O CFOP e a natureza da operação podem variar. Os principais códigos utilizados


são:

• 5.105/6.105 – Venda de produção do estabelecimento que não deva por


ele transitar

• 5.106/6.106 – Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros,


que não deva por ele transitar

• 5.155/6.155 – Transferência de produção do estabelecimento, que não


deva por ele transitar

• 5.156/6.156 – Transferência de mercadoria adquirida ou recebida de


terceiros, que não deva por ele transitar

III – O destaque do ICMS, se devido;

Deverá constar em dados adicionais, a indicação de que as mercadorias


se encontram depositadas em armazém geral, mencionando-se o endereço e os
números de inscrição, estadual e no CNPJ, deste.

90
8.8.2. Procedimentos do armazém geral

O armazém geral emitirá nota fiscal para o estabelecimento depositante


e transmitente, sem destaque do ICMS, que conterá os requisitos previstos e,
especialmente:

I – o valor das mercadorias, que corresponderá àquele atribuído por ocasião de


sua entrada no armazém geral;

II – a natureza da operação: “Outras saídas – retorno simbólico de armazém


geral”; CFOP 5.907

– “Retorno simbólico de armazém geral”;

III – o número, a série e a data da nota fiscal emitida pelo estabelecimento


depositante e transmitente, na forma do caput deste artigo;

IV – o nome do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no


CNPJ, do estabelecimento adquirente.

A nota fiscal que trata acima será enviada ao estabelecimento


depositante e transmitente, que deverá lançá-la no Registro de Entradas.

8.8.3. Procedimentos do adquirente

O estabelecimento adquirente deverá registrar a nota fiscal referida no


tópico 9.1, no Registro de Entradas.

O estabelecimento adquirente emitirá nota fiscal para o armazém geral,


sem destaque do ICMS, que conterá os requisitos previstos e, especialmente:

I – o valor das mercadorias, que corresponderá ao da nota fiscal emitida pelo


estabelecimento depositante e transmitente, na forma do caput deste artigo;

91
II – a natureza da operação: “Outras saídas – remessa simbólica para
armazém geral”; CFOP

5.934/6.934 – Natureza da operação: “Remessa simbólica de mercadoria


depositada em armazém geral ou depósito fechado”

III – o número, a série e a data da nota fiscal emitida pelo estabelecimento


depositante e transmitente, na forma do caput deste artigo, bem como o nome
do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, deste se
o estabelecimento adquirente estiver situado fora do território baiano, na nota
fiscal a que se refere o acima será efetuado o destaque do ICMS, de devido.

A nota fiscal a que se refere acima, será enviada ao armazém geral, que
deverá lançá-la no Registro de Entradas.

8.9. Transmissão da propriedade de mercadorias, quando


estas permanecerem em armazém geral situado em unidade da
federação diversa daquela do estabelecimento depositante e
transmitente.

8.9.1. Procedimentos do depositante

No caso de transmissão da propriedade de mercadorias, quando estas


permanecerem em armazém geral situado em unidade da Federação diversa
daquela do estabelecimento depositante e transmitente, este emitirá nota fiscal
para o estabelecimento adquirente, sem destaque do ICMS, que conterá os
requisitos previstos e, especialmente:

I – o valor da operação;

II – a natureza da operação;

92
O CFOP e a natureza da operação podem variar. Os principais códigos utilizados
são:

• 5.105/6.105 – Venda de produção do estabelecimento que não deva por


ele transitar

• 5.106/6.106 – Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros,


que não deva por ele transitar

• 5.155/6.155 – Transferência de produção do estabelecimento, que não


deva por ele transitar

• 5.156/6.156 – Transferência de mercadoria adquirida ou recebida de


terceiros, que não deva por ele transitar

III – a indicação de que as mercadorias se encontram depositadas em


armazém geral, mencionando-se o endereço e os números de inscrição,
estadual e no CNPJ, deste.

8.9.2. Procedimentos do armazém geral

O armazém geral emitirá:

I – nota fiscal para o estabelecimento depositante e transmitente, sem destaque


do ICMS, que conterá os requisitos previstos e, especialmente:

a) o valor das mercadorias, que corresponderá àquele atribuído por ocasião


de sua entrada no armazém geral;

b) a natureza da operação: “6.907 – Outras saídas – retorno simbólico de


armazém geral”;

93
c) o número, a série e a data da nota fiscal emitida pelo estabelecimento
depositante e transmitente, tratado no tópico 9.1 deste artigo;

d) o nome do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no


CNPJ, do estabelecimento adquirente;

II – nota fiscal para o estabelecimento adquirente, que conterá os requisitos


previstos e, especialmente:

a) o valor da operação, que corresponderá ao da nota fiscal emitida pelo


estabelecimento depositante e transmitente, na forma do caput deste artigo;

b) a natureza da operação: “5.923/6.923 – Outras saídas – transmissão da


propriedade de mercadorias por conta e ordem de terceiro”;

c) o destaque do ICMS, se devido;

d) o número, a série e a data da nota fiscal tratada no tópico 9.1 deste artigo
pelo estabelecimento depositante e transmitente, bem como o nome do titular, o
endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, deste.

A nota fiscal com o CFOP 6.907 deste artigo será enviada ao


estabelecimento depositante e transmitente, que deverá lançá-la no Registro de
Entradas.

A nota fiscal com o CFOP 5.923/6.923 será enviada ao estabelecimento


adquirente, que deverá lançá-la no Registro de Entradas, acrescentando-se, na
coluna “Observações”, o número, a série e a data da emissão da nota fiscal
referida no caput deste artigo, bem como o nome do titular, o endereço e os
números de inscrição, estadual e no CNPJ, do estabelecimento depositante e
transmitente.

94
8.9.3. Procedimentos do adquirente

O estabelecimento adquirente emitirá nota fiscal para o armazém geral,


sem destaque do ICMS, que conterá os requisitos previstos e, especialmente:

I – o valor da operação, que corresponderá ao da nota fiscal emitida pelo


estabelecimento depositante e transmitente, na forma do caput deste artigo;

II – a natureza da operação: “5.934/6.934 – Outras saídas – remessa simbólica


para armazém geral”;

III – o número, a série e a data da nota fiscal tratada no tópico 9.01 deste
artigo pelo estabelecimento depositante e transmitente, bem como o nome do
titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, deste.

Se o estabelecimento adquirente estiver situado em unidade da


Federação diversa daquela do armazém geral, na nota fiscal a que se refere
acima, será efetuado o destaque do ICMS, se devido.

A nota fiscal que se refere acima, será enviada ao armazém geral, que
deverá lançá-la no Registro de Entradas.

9. BONIFICAÇÃO DE MERCADORIAS

9.1. Conceito

Conforme comentado na obra Manual do ICMS Teoria e Prática, de


Deonísio Koch, Auditor-Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina (Curitiba,
Juruá Editora, 2012), “entende-se por bonificação o ato de o vendedor agraciar
o comprador de quantidade de mercadoria excedente àquela alcançada no
negócio mercantil. É a hipótese por exemplo, em que o contrato de compra e
venda tem por objetivo dez unidades de determinada mercadoria, mas o

95
fornecimento de uma quantidade maior, sendo o excesso sobre a mesma
espécie considerado como bonificação.”

9.2. Fato gerador

Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento da saída


de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro
estabelecimento do mesmo titular, de acordo com os artigo 1º e 2º da Lei nº
7.014/1996.

Salienta-se que a prática da operação em bonificação constitui


circunstância caracterizadora da materialidade da incidência do imposto
estadual, então denominado como ICMS.

Por fim, não menos importante o STF se posiciona à respeito do assunto:

“INCIDE O ICM SOBRE AS BONIFICAÇÕES EM MERCADORIAS NAS


VENDAS DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS, POIS, NA ESPÉCIE, OCORRE
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIA COM TRANSFERÊNCIA DE SUA
PROPRIEDADE, E GRAVAME FISCAL PARA O CONSUMIDOR.”

STF-RE 89.692,j. em 06.03.1979, decisão publicada no DJ de 04.05.1979,p.


3.522.

9.3. Base de cálculo do imposto

A base de cálculo do ICMS na saída de mercadoria é o valor da


operação, sendo que, na inexistência desse valor, no caso da operação de
doação, a base de cálculo do imposto é:

96
– o preço corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do
local da operação ou, na sua falta, no mercado atacadista regional, caso o
remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia;

– o preço FOB de estabelecimento industrial a vista, caso o remetente seja


industrial. Será adotado o preço efetivamente cobrado pelo estabelecimento
remetente na operação mais recente, ou, caso o remetente não tenha efetuado
venda de mercadoria, o preço corrente da mercadoria ou de sua similar no
mercado atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado
atacadista regional.

– o preço FOB de estabelecimento comercial a vista, nas vendas a outros


comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante. Será adotado o
preço efetivamente cobrado pelo estabelecimento remetente na operação mais
recente, ou, caso o remetente não tenha efetuado venda de mercadoria, o preço
corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do local da
operação ou, na falta deste, no mercado atacadista regional. Se o
estabelecimento remetente não efetuar vendas a outros comerciantes ou
industriais, ou, em qualquer caso, se não houver mercadoria similar, a base de
cálculo será equivalente a 75% do preço de venda corrente no varejo.

Base legal: artigo 17, §3 da Lei 7.014/1996.

9.4. Substituição tributária

A Constituição Federal em seu artigo 150, § 7º, determina como


substituição tributária, o regime jurídico mediante o qual se atribui a determinado
contribuinte a responsabilidade pelo recolhimento do imposto relativo a fato
gerador praticado por terceiro.

97
Tendo em vista que a bonificação de mercadoria seja considerada como
fato gerador do imposto propriamente dito, as regras de aplicação da substituição
tributária serão aplicadas normalmente caso a operação seja entre contribuintes,
com produto sujeito á substituição tributária e consequentemente com a
finalidade específica de revenda.

9.5. Diferencial de alíquotas

O Estado da Bahia determina em seu Regulamento do ICMS, ocorre a


incidência do diferencial de alíquotas nas seguintes operações:

– na entrada, no estabelecimento de contribuinte, de mercadoria ou bem


oriundos de outra unidade da Federação, quando destinados a uso, consumo ou
ativo permanente do próprio estabelecimento.

– na utilização ou recepção, por contribuinte, de serviço de transporte ou de


comunicação cuja prestação tiver sido iniciada em outra unidade da Federação,
quando o serviço não estiver vinculado a operação ou prestação subsequentes.

Ocorrendo os fatos acima, ocorre o fato gerador para a ocorrência do diferencial


de alíquotas.

Base legal: Artigo 4º inciso XV da Lei 7.014/1996.

9.6. Tratamento ao Simples Nacional

No tocante as operações em bonificação realizadas por empresas


optantes pelo regime especial do Simples Nacional, não haverá tributação do
ICMS no PGDAS.

98
Em regra geral, as empresas do Simples Nacional somente terão
tributação no PGDAS-D pelas receitas auferidas, e o contribuinte do Simples
Nacional emitirá documento fiscal somente para acobertar a circulação
utilizando-se o CFOP 5.910 / 6.910, juntamente com o CSOSN 400 – Não
tributada pelo Simples Nacional.

Não tributada pelo Simples Nacional


400

Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples


Nacional não sujeitas à tributação pelo ICMS dentro do Simples Nacional.

9.7. CFOP’s.

Entrada de bonificação, doação ou brinde


1.910

2.910

Classificam-se neste código as entradas de mercadorias recebidas a título de


bonificação, doação ou brinde.

Remessa em bonificação, doação ou brinde


5.910

6.910

Classificam-se neste código as remessas de mercadorias a título de bonificação,


doação ou brinde.

10. BRINDES

10.1. O que é brinde?

Considera-se brinde a mercadoria que, não constituindo objeto normal


da atividade do contribuinte, tiver sido adquirida para distribuição gratuita a
consumidor ou usuário final.

Assim, a aquisição de mercadorias destinadas a serem distribuídas como


brindes jamais poderá ser confundida com operações com amostras, ou mesmo

99
com bonificações de mercadorias – situações estas totalmente distintas das
operações com brindes

O artigo 388 do RICMS/BA (Decreto 13.780/2012) define-se como brinde


ou presente a mercadoria que, não constituindo objeto normal da atividade do
contribuinte, tiver sido adquirida para distribuição gratuita a consumidor ou
usuário final.

Como por exemplo: Uma empresa de bebidas que adquire camisetas para
entregar aos seus colaboradores. As camisetas não são de objeto de atividade
da empresa, por tanto é considerado brinde.

10.2. Escrituração do brinde.

O contribuinte que adquirir brindes para distribuição direta a consumidor


ou usuário final deverá seguir os termos do artigo 389 do RICMS/BA:

Lançar a nota fiscal emitida pelo fornecedor no Registro de Entradas,


com direito a crédito do imposto destacado no documento fiscal; na entrada
desta mercadoria, não há um CFOP especifico para entrada de mercadoria com
fins de brinde, daremos entrada no CFOP 1.949/2.949/3.949. (Outras operações
de entrada).

10.3. Saída do brinde

Para realizar a saída do brinde que foi dado entrada acima, deve-se
emitir, no mesmo período de apuração em que ocorrer a entrada da mercadoria
no estabelecimento, nota fiscal com lançamento do imposto, aplicando a alíquota
interna e tendo como base de cálculo o valor da mercadoria adquirida mais o IPI
eventualmente lançado pelo fornecedor e fazendo constar, no local destinado à
indicação do destinatário, os mesmos dados do emitente da nota fiscal, bem

100
como a seguinte expressão no corpo do documento fiscal: “Emitida nos termos
do art. 389 do RICMS” e manter de forma regular no registro de saídas

10.4. CFOP e CST

Irá realizar a saída com o CFOP especifico da operação CFOP


5.910/6.910, CST será 00 visto que a saída e tributada integramente.

Não irá se aplicar substituição tributária nesta saída, visto que, não se aplica
substituição tributária na saída para consumidor final ou já foi recolhido
anteriormente na venda.

Lembrado que, quando for à entrega de brinde ao consumidor ou usuário final,


é dispensada a emissão de nota fiscal na saída.

10.5. Distribuição de brinde fora do estabelecimento

O contribuinte que efetuar a remessa de brindes para distribuição fora do


estabelecimento diretamente a consumidor final ou outro estabelecimento da
mesma empresa, observará o seguinte:

I – Emitirá nota fiscal relativa a toda a remessa, sem destaque do ICMS,


mencionando:

a) a natureza da operação: “Remessa para distribuição de brindes”;

b) o número, a série, a data da emissão e o valor da nota fiscal referida no


inciso II deste artigo;

II – a nota fiscal referida no inciso I será lançada no Registro de Saídas apenas


nas colunas relativas ao número, série, data e “Observações”.

101
10.6. Simples Nacional

As remessas de brinde são operações de tratamento tributário especifico


para empresas de regime por apuração, tratando-se de empresas optante pelo
Simples Nacional, como não gera receita a remessa de brinde não será
considerada base de cálculo no PGDAS, sendo assim, as empresas optantes
pelo Simples Nacional não terão fato gerador do ICMS.

10.7. Emissão De Nota Fiscal Para Transporte Dos Brindes

Caso o contribuinte efetue o transporte de brinde ou de presente para


distribuição direta a consumidor ou a usuário final, deverá, quando da saída dos
brindes, emitir nota fiscal relativa a toda a carga transportada.

A natureza da operação desta nota fiscal será "Remessa para distribuição de


brindes".

Esta nota fiscal deverá conter a indicação do número, série, data e valor
da nota fiscal citada no tópico anterior desta matéria.

Caso o transporte seja efetuado através de veículo próprio, esta circunstância


deverá ser indicada no documento fiscal.

No tocante ao lançamento do desse documento fiscal, deverá ser


escriturado no Registro de Saídas apenas nas colunas relativas ao número,
série, data e “Observações”.

10.8. Dispensa De Emissão De Documento Fiscal De Entrega

Não será necessária a emissão de qualquer tipo de documento fiscal por


ocasião da distribuição dos brindes diretamente a consumidor ou usuário final.

102
11 CANCELAMENTO DE NOTA FISCAL

11.1. O prazo para cancelamento

O prazo para o cancelamento da NF-e é de 24 h, contado do momento


em que foi concedida a Autorização de Uso.

O cancelamento somente poderá ser efetuado quando não tenha


ocorrido a circulação da mercadoria ou a prestação de serviço ou ainda a
escrituração do documento.

Base legal: Artigo 92 do RICMS/BA.

11.2. Cancelamento dentro do prazo

O cancelamento da NF-e dentro prazo de 24 horas, a solicitação de


cancelamento poderá ser enviada normalmente.

Evento será no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.

11.3. Cancelamento fora do prazo 24 horas

Quando o cancelamento da NF-e não for realizado no prazo, o


contribuinte para regularizar os lançamentos, desde que a mercadoria não tenha
circulado, e assim deverá:

A Nota Fiscal Eletrônica deverá ser emitida nas entradas com os seguintes
CFOP´s:

CFOP 1.201/2.201 sem substituição tributária (quando remetente for


indústria)
CFOP 5.202/6.202 sem substituição tributária (quando remetente for
comércio)

103
CFOP 5.411/6.411 com substituição tributária (quando remetente for
indústria ou comércio)

Ambos em formulário próprio, com os dados do destinatário da nota fiscal


a ser cancelada e, na natureza de operação utilizar a descrição: “Cancelamento
Extemporâneo – Artigo 92 do RICMS/BA”.

Após o prazo de 24 horas após a emissão e desde que não tenha


ocorrido a circulação da mercadoria, fica admitida a emissão de Nota Fiscal de
entrada ou saída para regularização do quantitativo da mercadoria em estoque,
com destaque do imposto, se for o caso, desde que emitida no prazo de sessenta
dias da emissão da nota fiscal incorreta.

12. CARTA DE CORREÇÃO

12.1. Legislação

No Estado da Bahia o assunto está regulamentado pelo artigo 89, §§ 1º


e 2º do RICMS/BA.

12.2. Definição

A Carta de Correção Eletrônica – CC-e é um arquivo XML, e deverá ser


autorizada pela Secretaria da Fazenda Cláusula Terceira do Ajuste Sinief
007/2005.

O XML prevê um campo onde serão informadas as alterações solicitadas


na NF indicada. Os campos Originais não serão alterados. No Portal da Nota
Fiscal Eletrônica irá constar que para a Nota Fiscal há uma Carta de Correção
alterando os seus dados.

104
Por se tratar de documento fiscal eletrônico, será enviado através do
Arquivo “XML”, e consultado pelo recebedor através da Chave de acesso da nota
fiscal eletrônica.

12.3. Erros passíveis de correção

Conforme Convênio S/N de 15/1970 Art. 7º § 1º-A:

– Fica permitida a utilização de carta de correção, para regularização de erro


ocorrido na emissão de documento fiscal, desde que o erro não esteja
relacionado com:

1 – as variáveis que determinam o valor do imposto tais como: base de cálculo,


alíquota, diferença de preço, quantidade, valor da operação ou da prestação;

2 – a correção de dados cadastrais que implique mudança do remetente ou do


destinatário;

3 – a data de emissão ou de saída.”.

Conforme o Artigo 89 §10 do RICMS/BA, havendo mais de uma CC-e


para a mesma NF-e, o emitente deverá consolidar na última CC-e todas as
informações anteriormente retificadas.

12.4. Forma de emissão

Determina o § 7 do Artigo 89º do RICMS/BA, que a Carta de Correção


Eletrônica – CC-e deverá atender ao leiaute estabelecido em Ato COTEPE e ser
emitida com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil, contendo o CNPJ de

105
qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do
documento digital.

12.5. Transmissão da carta de correção eletrônica

A transmissão da Carta de Correção Eletrônica, será efetivada via


internet, por meio de Protocolo de segurança ou Criptografia (senhas).

Observar que o Protocolo acima referido não garante a validação das


informações contidas da Carta de Correção eletrônica.

O § 5º dispõe que a certificação da recepção da carta de correção eletrônica,


será efetuada mediante protocolo disponibilizado ao emitente, via Internet,
contendo, conforme o caso, a “chave de acesso”, o número da NF-e, a data e a
hora do recebimento da solicitação pelo fisco e o número do protocolo, podendo
ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da
Secretaria de Estado da Fazenda ou outro mecanismo de confirmação de
recebimento.

12.6. Prazo para emissão da carta de correção eletrônica

A Nota Técnica 2011.004, item 6.2 – Regra de validação da CC-e, indica


que o prazo máximo para emissão da CCe é de 720 horas (30 dias), porém,
estava contradizendo o Art. 138 e o Art 173 do Código Tributário Nacional, que
prevê o prazo de 5 anos por ser uma espécie de denúncia espontânea, logo,
esse prazo foi revogado.

Se analisar a versão mais recente do manual da Nota Fiscal eletrônica


(v. 6.0), não existe esse prazo.

106
12.7. Inicio da obrigatoriedade da carta de correção eletrônica

A partir de 1º de julho de 2012 não poderá ser utilizada carta de correção


em papel para sanar erros em campos específicos de NF-e, conforme dispõe o
Ajuste 10/2011 e do art. 89, § 2º.

13. CANCELAMENTO DO CONHECIMENTO DE


TRANSPORTE ELETRÔNICO

Após a concessão de autorização de uso do Conhecimento de


Transporte Eletrônico (CT-e), o emitente poderá solicitar o cancelamento do CT-
e, em prazo não superior a 168 horas, desde que não tenha iniciado a prestação
de serviço de transporte.

Base legal: cláusula décima quarta do Ajuste SINIEF nº 09/2007.

13.1. Procedimentos para o cancelamento

O cancelamento do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e)


somente poderá ser efetuado mediante pedido de cancelamento de CT-e,
transmitido pelo emitente à administração tributária que autorizou o CT-e.

Cada pedido de cancelamento do CT-e corresponderá a um único


Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), devendo atender ao leiaute
estabelecido no Manual de Orientação do Contribuinte (MOC).

O pedido de cancelamento do CT-e deverá ser assinado pelo emitente


com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infraestrutura de
Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), contendo o CNPJ do estabelecimento
emitente ou da matriz, a fim de garantir a autoria do documento digital.

A transmissão do pedido de cancelamento do CT-e será efetivada via


internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia, podendo ser

107
realizada por meio de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou
disponibilizado pela administração tributária.

A cientificação do resultado do pedido de cancelamento do CT-e será


feita mediante protocolo disponibilizado ao emitente, via internet, contendo,
conforme o caso, a "chave de acesso", o número do CT-e, a data e a hora do
recebimento da solicitação pela administração tributária da Unidade Federada
do contribuinte e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante
assinatura digital gerada com certificação digital da administração tributária ou
outro mecanismo de confirmação de recebimento.

Caso tenha sido emitida Carta de Correção Eletrônica (CC-e) relativa a


determinado Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), este não poderá
ser cancelado.

Base legal: cláusula décima quarta, §§ 1º ao 5º e 7º, do Ajuste SINIEF nº


09/2007.

13.2 Anulação De Valores Relativos Ao Conhecimento De


Transporte Eletrônico

Tratando-se de erro devidamente comprovado na emissão do


Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), e desde que não descaracterize
a prestação de serviço de transporte, o contribuinte poderá utilizar o
procedimento de anulação de valores relativos ao Conhecimento do Transporte
Eletrônico (CT-e), conforme o artigo 131, § 11, do RICMS/BA.

13.3 Procedimentos adotados pelo tomador contribuinte do


ICMS

Na hipótese de o tomador de serviço de transporte ser contribuinte do


ICMS, o procedimento adotado é o que segue abaixo:

108
a) emitir nota fiscal de saída, pelos valores totais do serviço e do ICMS,
consignando como natureza da operação “Anulação de valor relativo à aquisição
de serviço de transporte”, informando o número do Conhecimento de Transporte
Eletrônico (CT-e) emitido com erro, os valores anulados e o motivo, podendo
consolidar as informações de um mesmo período de apuração em um único
documento fiscal, devendo a primeira via do documento ser enviada ao
transportador.

O CFOP da nota fiscal será de acordo com a operação, ou seja, tratando-


se de prestações internas, interestaduais ou internacionais conforme abaixo:

Anulação de valor relativo à aquisição de


serviço de transporte Classificam-se neste
5.206 6.206 7.206 código as anulações correspondentes a
valores faturados indevidamente, decorrentes
das aquisições de serviços de transporte.

Base legal: artigo 131, § 11, inciso I, alínea “a”, do RICMS/BA.

13.4 Procedimentos Adotados Pelo Tomador Não Contribuinte


Do ICMS

Na hipótese de o tomador de serviço de transporte não ser contribuinte


do ICMS, deverá emitir declaração mencionando o número e a data de emissão
do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) emitido com erro, bem como
o motivo do erro, podendo consolidar as informações de um mesmo período de
apuração em uma ou mais declarações, sendo que tais declarações devem ser
enviadas ao transportador.

Base legal: artigo 131, § 11, inciso II, alínea “a”, do RICMS/BA.

13.5 Procedimentos adotados pelo transportador

Na hipótese de o tomador de serviço ser contribuinte do ICMS, o


transportador, após receber a nota fiscal referente à anulação de valores
relativos ao Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) deverá emitir um CT-

109
e substituto, referenciando o CT-e emitido com erro e consignando a expressão
“Este documento substitui o CT-e número e data em virtude de (especificar o
motivo do erro)”.

No caso de o tomador de serviço não ser contribuinte do ICMS, o


transportador após receber a declaração referente ao erro, deve emitir um
Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) de anulação para cada CT-e
emitido com erro, adotando os mesmos valores totais do serviço e do tributo,
consignando como natureza da operação “Anulação de valor relativo à prestação
de serviço de transporte”, informando o número do CT-e emitido com erro e o
motivo.

O CFOP será de acordo com a operação, ou seja, tratando-se de


prestações internas, interestaduais ou internacionais conforme abaixo:

Anulação de valor relativo à prestação de serviço


de transporte Classificam-se neste código as
1.206 2.206 3.206 anulações correspondentes a valores faturados
indevidamente, decorrentes de prestações de
serviços de transporte.

Pós emitir o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) de anulação,


o transportador deverá emitir um CT-e substituto, referenciando o CT-e emitido
com erro e consignando a expressão “Este documento substitui o CT-e número
e data em virtude de (especificar o motivo do erro)”.

Ademais, no caso de existência de crédito do ICMS decorrente do


procedimento de anulação de valores relativos à prestação de serviço de
transporte de cargas, o transportador somente poderá utiliza-lo após a emissão
do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) substituto. Base legal: artigo
131, § 11, incisos I, alínea “b”, e II, alíneas “b” e “c”, e § 12, do RICMS/BA.

13.6. Prazo para a realização da anulação de valores

110
O prazo para emissão do documento de anulação de valores será de 60
dias contados da data da autorização de uso do Conhecimento de Transporte
Eletrônico (CT-e) a ser corrigido.

Base legal: cláusula décima sétima, § 5º, do Ajuste SINIEF nº 09/2007.

13.7. Inaplicabilidade da anulação de valores

A anulação de valores relativa ao Conhecimento de Transporte Eletrônico


(CT-e) não se aplica na hipótese de erro passível de correção mediante carta de
correção ou emissão de documento fiscal complementar.

Base legal: artigo 131, § 14, do RICMS/BA e cláusula décima sétima, § 3º, do
Ajuste SINIEF nº 09/2007.

14. NOTA FISCAL DE VENDA A CONSUMIDOR


ELETRÔNICA (NFC-e)

14.1 Conceito E Documentos Substituídos

A Nota Fiscal de Venda a Consumidor Eletrônica (NFC-e) é um


documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente,
com o intuito de documentar as operações comerciais de venda presencial ou
venda para entrega em domicílio ao consumidor final (pessoa física ou jurídica)
em operação interna e sem geração de crédito de ICMS ao adquirente, tendo
em vista o que preceitua o artigo 107-A do RICMS/BA.

Art. 107-A. Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica - NFC-e, modelo 65, é


o documento de existência apenas digital, emitido e armazenado
eletronicamente para documentar operação interna destinada a consumidor
final, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e
autorização de uso pela Secretaria da Fazenda, antes da ocorrência do fato
gerador (Ajuste SINIEF 19/16).

111
A NFC-e substitui a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, bem
como o Cupom Fiscal emitido por Emissor de Cupom Fiscal (ECF), nos termos
dos incisos I e II do artigo 107-B do RICMS/BA.

Conforme o artigo 107-B, § 5°, do RICMS/BA, não serão concedidas


autorizações para:

a) uso de novos equipamentos ECF, mesmo que oriundos de transferência de


outro estabelecimento do mesmo contribuinte, a partir de 01.10.2017;

b) impressão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, a partir de


01.01.2019

14.2 Obrigatoriedade

A obrigatoriedade de emissão e uso da NFC-e, de acordo com o § 2° do


artigo 107-B do RICMS/BA, observará o seguinte cronograma:

a) 22.08.2017, em cada novo estabelecimento inscrito no Cadastro de


Contribuintes do ICMS do Estado da Bahia (CAD-ICMS);

b) 01.03.2018, nos estabelecimentos inscritos no CAD-ICMS que apurem o


imposto pelo regime de conta - corrente fiscal;

b) 01.01.2019, nos estabelecimentos de contribuintes optantes pelo Simples


Nacional e nas operações fora do estabelecimento.

14.3. Dispensa e vedação

Conforme o parágrafo único do artigo 107-A, é vedada a emissão de NFC-


e nas saídas de veículos e nas saídas destinadas a entidade da administração
pública.

A obrigatoriedade de emissão da NFC-e não se aplica:

a) nas operações promovidas por concessionárias de serviço público,


relacionadas com o fornecimento de água, energia elétrica e gás canalizado;

112
b) nas prestações de serviços de comunicação;

c) nas prestações de serviços de transporte de carga, valores e de passageiros;

d) nas operações realizadas por contribuintes que optem por emitir NF-e em
todas as operações;

e) nas operações realizadas por instituições de assistência social ou de


educação de que trata o inciso XI do artigo 265 do RICMS/BA;

f) aos contribuintes inscritos no cadastro de contribuintes do ICMS como


Microempreendedor Individual (MEI).

Base legal: Artigo 107-B, § 6°, do RICMS/BA.

14.4. Adesão

A adesão à NFC-e é realizada junto ao SEFAZ/BA, através do site


www.sefaz.ba.gov.br, seguindo os seguintes passos: Inspetoria Eletrônica >
Nota Fiscal > Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica > Empresário - como se
tornar emissor de NFC-e.

Após, o contribuinte deverá baixar a instrução para a configuração do seu


programa emissor e gerar o CSC - Código de Segurança do Contribuinte. Este
código é único para a empresa (CNPJ básico), devendo ser gerado um código
para uso no ambiente de homologação e outro para uso em produção (para este
ambiente, podem ser gerados até dois códigos).

Ao aderir à NFC-e, o contribuinte não mais poderá emitir Cupom Fiscal ou


Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2.

Fonte: Perguntas e Respostas NFC-e.

113
14. 5. Emissão E Transmissão

De acordo com o artigo 107-C do RICMS/BA a emissão e transmissão da


NFC-e deverão ser efetuadas por software, desenvolvido ou adquirido pelo
contribuinte, através da internet destinadas ao ambiente de produção da NFC-e,
disponibilizado pela SEFAZ, podendo o contribuinte utilizar plataformas moveis
para emissão da NFC-e, como por exemplo, smartphone ou tabletes.

A transmissão implica solicitação de concessão de Autorização de uso da


NFC-e, podendo resultar em rejeição, denegação ou autorização de uso, nos
termos do Ajuste SINIEF 07/2005.

O arquivo digital da NFC-e só poderá ser utilizado como documento fiscal


após ter sido concedida a respectiva Autorização de Uso pela SEFAZ, a qual
não implica validação das informações nela contida.

Segundo o artigo 107-D do RICMS/BA, a NFC-e deverá ser emitida


conforme padrões técnicos estabelecidos nos termos do Ajuste SINIEF 07/2005,
sendo obrigatório no preenchimento da NFC-e a informação da forma de
pagamento da transação comercial.

Nas operações com valor igual ou superior a R$ 10 mil ou entrega em


domicílio, deverá ser exigida a identificação do consumidor pelo CNPJ ou CPF
ou, tratando-se de estrangeiro, documento de identificação admitido na
legislação civil, conforme disposto no artigo 107-D, § 2° do RICMS/BA.

Na hipótese de pagamento com cartão de crédito ou débito, havendo


integração do sistema autorizador da venda com o programa emissor de NFC-e,
devem ser informados os dados da credenciadora e da autorização concedida,
nos termos do artigo 107-D § 4°, do RICMS/ BA.

Após a concessão da Autorização de Uso, a SEFAZ disponibilizará


consulta à NFC-e na internet pelo prazo decadencial, mediante informação da
chave de acesso ou leitura do “QR Code”, impresso na DANFE NFC-e.

A chave de acesso poderá ser enviada ao consumidor final no ato da


venda por meio de correio eletrônico (e-mail), sistema de mensagem curta

114
(SMS), publicação no site do contribuinte na internet, em área à qual o adquirente
possua acesso restrito, bem como sistema de mensagem instantânea para
celular, através da Internet.

O consumidor poderá optar por receber através de mensagem eletrônica


o código de acesso para consulta da NFC-e dispensando a impressão do
DANFE-NFC-e. Caso deseje receber o documento impresso poderá escolher por
recebê-lo na forma completa ou na forma simplificada, sem a discriminação dos
produtos adquiridos.

Outra mudança é a facilidade de consultar no site da SEFAZ a validade,


existência e autorização de uso da NFC-e referente à sua compra. A consulta
poderá ser feita na internet, similar ao que existe para a NF-e, utilizando a chave
de acesso, ou pela leitura do QR-Code impresso no DANFE NFC-e (Documento
Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) por intermédio de um smartphone ou tablet.

Conforme informado pelo site da SEFAZ/BA, para o caso de entrega em


domicílio, o DANFE NFC-e acompanhará a mercadoria em trânsito, fornecendo
outras informações básicas sobre a venda (emitente, destinatário, valores,
endereço de entrega, etc.).

A partir de 01.04.2016, nas emissões de NFC-e em que o pagamento seja


efetuado por cartão de crédito ou débito, será obrigatório informar se a transação
foi efetuada com POS ou com TEF, utilizando-se esta última opção, será
obrigatório a informação do CNPJ da Credenciadora e o código da autorização.

Base Legal / Fonte: Artigo 107-E, §§ 1° e 2° do RICMS/BA e Perguntas e


Respostas NFC-e.

14.5.1. Documento Auxiliar da NFC-e (DANFE NFC-e)

O Documento Auxiliar da NFC-e (DANFE NFC-e) é uma representação


simplificada da NFC-e. Tem as seguintes funções básicas:

115
a) conter a chave de acesso da NFC-e para que se consulte a regularidade da
mesma;

b) conter o QR-Code da NFC-e para que se consulte a regularidade da mesma,


a partir de um smartphone ou tablete.

O QR-Code é um código de barras bidimensional, que foi criado em 1994


pela empresa japonesa Denso-Wave, que significa “código de resposta rápida”
devido a capacidade de ser interpretado rapidamente.

A impressão do QR-Code no DANFE NFC-e tem a finalidade de facilitar a


consulta dos dados do documento fiscal eletrônico pelos consumidores,
mediante leitura com o uso de aplicativo leitor de QR-Code instalado em
smartphones ou tablets. Atualmente existem no mercado inúmeros aplicativos
gratuitos para smartphones que possibilitam a leitura de QR-Code.

De acordo com o artigo 107-F, §§ 1° e 2°, do RICMS/BA o DANFE NFC-


e deverá ser impresso conforme as especificações técnicas definidas em manual
próprio, disponível no Portal Nacional da NF-e: www.nfe.fazenda.gov.br, e
poderá ser impresso na forma resumida, a critério do consumidor final,
apresentando o valor total da venda, a forma de pagamento e valor pago, sem
código, a descrição, a quantidade e o preço de cada mercadoria adquirida ou
acrescido da relação de produtos adquiridos, com os respectivos códigos,
descrições, quantidades, preços unitários e total, e alíquota de ICMS de cada
produtos.

Frisa-se que conforme § 3° do artigo 107-D do RICMS/BA, é vedado o direito a


crédito de ICMS baseado em NFC-e.

14. 5.2. Contingência

Caso ocorram problemas técnicos e não seja possível transmitir a NFC-e


o contribuinte poderá operar em contingência, desde que gere arquivos
indicando este tipo de emissão, em conformidade com o Manual de
Especificações Técnicas da Contingência Off-line para a NFC-e, disponibilizado

116
na internet na página http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal, informando que o
respectivo documento fiscal eletrônico foi emitido neste modo de contingência

Considerando que a emissão da NFC-e em contingência é exclusiva do


contribuinte e não depende de autorização do Fisco, o contribuinte deverá:

a) emitir o DANFE NFC-e em duas vias, sendo a primeira entregue ao


consumidor e a segunda arquivada no estabelecimento para eventual
apresentação ao Fisco, até que a NFC-e seja transmitida e autorizada, não
sendo admitida a sua impressão na forma resumida;

b) obter autorização da NFC-e até o 1° dia útil subsequente contado a partir de


sua emissão.

Base legal: Artigo 107-G do RICMS/BA

14.5.3. Cancelamento

O artigo 107-H do RICMS/BA determina que somente poderá ser


cancelada a NFC-e previamente autorizada e desde que ainda não tenha
ocorrido a saída da mercadoria do estabelecimento.

O prazo máximo para cancelamento da NFC-e é de até 24 horas, após a


concessão de autorização de uso.

O cancelamento da NFC-e deverá ser feito por meio da WEB Service de


eventos, devendo ser autorizado pela SEFAZ.

No Manual de Orientação do Contribuinte, disponível no portal nacional


da NF-e (www.nfe.fazenda.gov.br), o contribuinte poderá encontrar o Layout do
arquivo de solicitação de cancelamento de NFC-e.

Salienta-se que a Carta de Correção Eletronica (CC-e), não poderá ser utilizada
para correção de NFC-e.

117
14.6. Venda De Combustível

O artigo 107-I, incisos I e II, do RICMS/BA estabelece que o programa


emissor do documento fiscal eletrônico deverá estar integrado com o sistema de
controle de cada bico de abastecimento, para que na emissão da NFC-e na
venda de combustível conste as seguintes informações:

a) dos números de identificação:

1 - do bico utilizado no abastecimento.

2 - da bomba e do tanque ao qual o bico está interligado.

b) dos valores do encerrados no início e no final do abastecimento

15. CIAP

15.1. Procedimentos

Conforme os artigos 229 a 230 do RICMS/BA (Decreto 13.780/2012) O


contribuinte, ao adquirir um bem para o ativo permanente, terá direito a se
apropriar do crédito do ICMS em quarenta e oito avos por mês, devendo a
primeira fração de quarenta e oito ser lançada no mês em que ocorrer a entrada
no estabelecimento.

O montante do crédito a ser apropriado será obtido multiplicando-se o


valor total do respectivo crédito pelo fator igual a um quarenta e oito avos da
relação entre o valor das operações de saídas e prestações tributadas e o total
das operações de saídas e prestações do período, equiparando-se às tributadas,
para fins deste inciso, as saídas e prestações com destino ao exterior.

118
15.2. Cálculo da parcela

Para calcular a parcela do ICMS a ser creditada pelo contribuinte deverá


utilizar os seguintes valores:

a) valor total do ICMS do bem do ativo imobilizado adquirido no período,


incluído o valor do ICMS-ST, se for o caso, acrescido do valor do ICMS do frete
e do ICMS referente ao diferencial de alíquotas.

b) valor total das saídas tributadas, sendo incluídas as operações com


suspensão, diferimento e substituição tributária, observando que as operações
de exportação serão consideradas como tributadas;

c) valor total das saídas para exportação, observando que as operações de


exportação serão consideradas como tributadas;

d) valor total das operações isentas ou não tributadas, que será deduzida do
total das saídas tributadas e não será incluída no cálculo do fator

e) valor total do faturamento do período sem nenhuma dedução;

O valor do ICMS – Substituição Tributária será incluído no valor total do


ICMS do período, observando os seguintes procedimentos:

a) Na aquisição de fornecedor na condição de substituto tributário –


utilizar o valor do ICMS da operação própria e do ICMS-ST destacado
no documento fiscal;

b) Na aquisição de fornecedor na condição de substituído – utilizar o valor


do ICMS-ST informado no campo “Informações Complementares da
nota fiscal, caso não tenha esta informação poderá aplicar a alíquota
interna sobre o valor da operação para determinar o valor a se creditar.

119
Exemplo:

A) Valor do ICMS R$ 10.000,00


B) saídas tributadas R$ 40.000,00
C) Saídas para exportação R$ 20.000,00
D) Saídas isentas R$ 15.000,00
E) Saídas totais (A+B+C) R$ 70.000,00

No cálculo do Fator será aplicado a seguinte fórmula:

Fator = [(B+C)] E x 1/48

Aplicando a fórmula teremos:

Fator = [ (40.000+20.000) / 70.000] x 1/48

Fator = [60.000/ 70.000] x 1/48

Fator = 0,8571 x 1/48

Fator = 0,0178

Cálculo do valor do Crédito = Fator x A

Crédito = 0,0178 x R$ 10.000,00

Crédito = R$ 178,57

15.3. Modelo do CIAP

De acordo com o Ajuste SINIEF 8/97 o modelo a ser aplicado para o


controle de crédito do ICMS, em relação ao ativo imobilizado, é o seguinte:

CONTROLE DE CRÉDITO DE ICMS DO ATIVO PERMANENTE – CIAP


IDENTIFICAÇÃO

120
121
15.4. Preenchimento do CIAP

Para o preenchimento deverá seguir as regras de acordo com o Ajuste


SINIEF 08/1997:

I – Campo “Nº de Ordem”: o número atribuído ao documento, que será


sequencial por bem;

II – Quadro 1 – “Identificação”: destina-se à identificação do contribuinte e


do bem, contendo os seguintes campos

a) “Contribuinte”: o nome do contribuinte;

b) “Inscrição”: o número da inscrição estadual do estabelecimento;

c) “Bem”: a descrição do bem, modelo, números da série e da plaqueta de


identificação, se houver;

III – quadro 2 – “Entrada”: as informações fiscais relativas à entrada do bem,


contendo os seguintes campos:

a) “Fornecedor”: o nome do fornecedor;

b) “nº da Nota Fiscal”: o número do documento fiscal relativo à entrada do


bem;

c) “nº do LRE”: o número do livro Registro de Entradas em que foi escriturado


o documento fiscal;

d) “Folha do LRE”: o número da folha do livro Registro de Entradas em que foi


escriturado o documento fiscal;

e) “Data da Entrada”: a data da entrada do bem no estabelecimento do


contribuinte;

f) “Valor do Crédito”: o valor do crédito total do imposto a ser apropriado


relativo à aquisição, acrescido, quando for o caso, do ICMS correspondente ao

122
serviço de transporte e ao pagamento da diferença de alíquotas, vinculados à
aquisição do bem;

IV – Quadro 3 – “Saída”: as informações fiscais relativas à saída do bem,


contendo os seguintes campos:

a) “nº da Nota Fiscal”: o número do documento fiscal relativo à saída do bem;

b) “Modelo”: o modelo do documento fiscal relativo à saída do bem;

c) “Data da Saída”: a data da saída do bem do estabelecimento do


contribuinte;

V – quadro 4 – “Controle da Apropriação Mensal do Crédito”: destina-se à


escrituração, nas colunas sob os títulos correspondentes do 1º ao 48º mês, o
montante do crédito a ser apropriado que será o obtido multiplicando-se o valor
total do respectivo crédito pelo fator igual a um quarenta e oito avos da relação
entre o valor das operações de saídas e prestações tributadas e o total das
operações de saídas e prestações do período, equiparando-se às tributadas,
para fins deste inciso, as saídas e prestações com destino ao exterior, contendo
os seguintes campos:

a) “Mês/ano”: o mês e o ano objeto de escrituração;

b) “Totais”: o valor total das saídas e das prestações realizadas em cada


mês;

c) “Tributadas”: o valor das saídas e das prestações realizadas em cada


mês;

d) “% Saídas/ Prest.Tributadas”: o resultado da relação entre o valor das


operações de saídas e prestações tributadas e o total das operações de saídas
e prestações do período;

e) “Crédito Possível”: o valor correspondente ao resultado da divisão do crédito


total por quarenta e oito;

f) “Mês”: quantidade de dias total do mês;

123
g) “Pro rata die”: quantidade de dias que o bem ficou em uso em cada mês;

h) “Crédito/mês”: o valor decorrente da divisão do “Crédito possível” pela


quantidade de dias “Mês”, multiplicado pela quantidade de dias “Pró rata die”;

i) “Saldo crédito”: o valor decorrente da subtração dos valores dos


“Crédito/mês” do “Valor do Crédito”;

VI – Quadro 5 – “Cancelamento do Saldo por Alienação/Baixa ou Decurso de


Prazo” corresponde ao saldo de crédito existente na data da alienação, baixa,
ou após decorridos os 48 meses.

15.5. Preenchimento na EFD

No EFD, irá preencher as informações no Bloco G do EFD ICMS-IPI

Bloco G “CIAP” tem como objetivo demonstrar o cálculo da parcela do


crédito de ICMS apropriada no mês, decorrente da entrada de mercadorias
destinadas ao ativo imobilizado, conforme previsto no art. 20, § 5º, da Lei
Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996.

Irá abrir o registro G110, e preencher os seguintes campos:

Data inicial apuração: Data inicial da apuração do arquivo digital cujo está
transmitido.

Data final apuração: Data final da apuração do arquivo digital cujo está
transmitido.

Saldo Inicial do ICMS do CIAP: Valor total do CIAP sem a divisão das 48
parcelas.

124
Somatório das parcelas de ICMS: Total de parcelas, desta vez dividido
pelas 48 vezes.

Valor do somatório das saídas tributadas/exportação: Valor total da


base de cálculo calculada.

Valor total de saídas: Total do valor Contábil calculado.

Índice de participação do somatório das saídas


tributadas/exportação: Percentual calculado pela divisão da base de cálculo
pelo valor contábil.

Parcela de ICMS a ser apropriada: Valor da parcela dividida pelo percentual.

Valor de outras parcelas: Crédito CIAP extemporâneo, escriturado no


registro G126.

Para escriturar o próximo registro obrigatório (G125 Movimentação do bem) será


necessário antes cadastrar os bens no registro 0300, 0500 e 0600.

Registro 0300 Bens/Componentes do Ativo Imobilizado

Responsável pelo cadastro de todos bens do Ativo Imobilizado, se decidir


(e deve) aproveitar o crédito do CIAP, terá que informar os dados mensalmente
neste registro.

Registro 0500 Plano de Contas

Qual plano de contas que fui utilizado neste ativo imobilizado? Caso tenha
alguma dúvida sobre este registro, deixe um comentário que estarei auxiliando
em sua escrituração.

Registro 0600 Centro de Custos

Neste registro você deve informar a qual grupo pertence seu Imobilizado,
se é um Veículo, Equipamento, entre outros.

125
No registro G110 é informado os valores totais com todos bens reunidos
com direito ao crédito, no registro G125 será informado toda movimentação de
bens individualmente, informando seus respectivos valores

Logo em seguida do registro G125 temos dois registros, o G126 (Outros


créditos CIAP) deve ser utilizado para a escrituração do crédito de CIAP
extemporâneo, caso não tenha aproveitado anteriormente e o registro G130
(Identificação do Documento) aqui informaremos todos os dados da Nota Fiscal
onde se originou o crédito do CIAP.

Para finalizar a escrituração do Bloco G temos um último registro


obrigatório, o G140 (Identificação do Item) fica logo abaixo do registro G130, nele
deve ser escriturado novamente o item, mas ao invés de buscar os dados do
registro 0300 iremos buscar no registro 0200, se ainda não possui seu item
cadastrado lá, siga o caminho abaixo para cadastrar.

Para finalizar, deve informar a apuração sobre o crédito a ser aproveitado


no registro E110 e E111.

No Estado da Bahia, deve ser utilizado o ajuste BA020003 (OUTROS


CRÉDITOS - AQUISIÇÃO DE ATIVO IMOBILIZADO - CIAP - CONTROLE DO
CRÉDITO MENSAL - ART. 309, VII, §2º DO RICMS)

15.6 Direito Ao Crédito

O contribuinte faz jus à apropriação do crédito relativo às aquisições de


bens destinados ao ativo imobilizado, assim entendidos os bens destinados à
manutenção das atividades do estabelecimento.

Além do imposto destacado no documento fiscal, o contribuinte poderá


ainda se creditar do imposto pago a título de diferencial de alíquotas e do serviço
de transporte relativo à aquisição do bem.

O aproveitamento do crédito será efetuado em 48 parcelas mensais, conforme


veremos adiante.

126
15.7 Vedação Ao Aproveitamento Do Crédito

Não conferem ao adquirente direito a crédito a aquisição de bens alheios


à atividade do estabelecimento.

Desta forma, bens adquiridos para utilização em atividades


administrativas não conferem ao adquirente direito ao aproveitamento do crédito.

O mesmo se aplica a veículos adquiridos para utilização por diretores ou


administradores. No que tange aos veículos, admite-se o aproveitamento do
crédito no caso de veículos destinados às atividades de produção, comércio,
veículos destinados à entrega de mercadorias vendidas, veículos a serem
utilizados por vendedores.

15.8 Lançamento Da Aquisição No Registro De Entradas

Nas entradas reais ou simbólicas de bens do ativo permanente, os


documentos fiscais serão lançados no Registro de Entradas, sob o título "ICMS
- Valores Fiscais", nas colunas "Operações ou Prestações sem Crédito do
Imposto".

15.9 Particularidades quanto ao aproveitamento do Crédito

O uso do crédito relativo às entradas de bens destinados ao ativo


imobilizado e respectivo serviço de transporte fica sujeito as seguintes
disposições:

- a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avos por mês, devendo
a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no
estabelecimento;

- em cada período de apuração do imposto, não será admitido o creditamento


em relação à proporção das operações de saídas ou prestações isentas ou não

127
tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações efetuadas no
mesmo período;

- o montante do crédito a ser apropriado será o obtido multiplicando-se o valor


total do respectivo crédito pelo fator igual a um quarenta e oito avos da relação
entre o valor das operações de saídas e prestações tributadas e o total das
operações de saídas e prestações do período, equiparando-se às tributadas,
para fins deste inciso, as saídas e prestações com destino ao exterior;

- O quociente de um quarenta e oito avos serão proporcionalmente aumentados


ou diminuídos, pro rata die, caso o período de apuração seja superior ou inferior
a um mês;

- Na hipótese de alienação dos bens do ativo permanente, antes de decorrido o


prazo de quatro anos, contados, da data de sua aquisição, não será admitido, a
partir da data da alienação, o creditamento de que trata este parágrafo em
relação à fração que corresponderia ao restante do quadriênio;

- Serão objeto de outro lançamento, além do lançamento em conjunto com os


demais créditos, para efeito da compensação, através do CIAP - Controle de
Crédito do Ativo Permanente

- Ao final do quadragésimo oitavo mês contado da data da entrada do bem no


estabelecimento, o saldo remanescente do crédito será cancelado.

16. CONSERTO

16.1. Conceito de conserto

Considera-se concerto as saídas de máquinas, equipamentos,


ferramentas ou objetos de uso do contribuinte, bem como de suas partes e
peças, com destino a outro estabelecimento que prestará o efetivo serviço de
conserto junto ao bem remetido para esse fim. Ainda, condição para
caracterização da operação é que os produtos remetidos para conserto retornem
ao estabelecimento de origem.

128
16.1.1 Não incidência do ICMS e sujeição da operação ao ISS

São suspensas da incidência do ICMS as remessas internas e


interestaduais para conserto, restauração, recondicionamento, manutenção,
revisão, lubrificação ou limpeza ou operações similares, bem como nos
respectivos retornos, reais ou simbólicos, ocorrem com suspensão da incidência
do imposto (ressalvada a incidência quanto ao valor adicionado e às partes,
peças e outras mercadorias fornecidas pelo prestador do serviço), desde que
observados os requisitos estabelecidos no artigo 280, inciso I do RICMS/BA.

Em relação às partes e peças novas empregadas na manutenção ou reparo,


normalmente serão objeto de tributação pelo ICMS, conforme determinado no
subitem 14.01 da Lista de Serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003,
entretanto, salientamos que as peças e partes aplicadas aos serviços, por força
do próprio item 14.01, estão sujeitas ao ICMS, conforme segue:

Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto,


restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos,
aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto
peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS), conforme item 14.01,
da Lei Complementar nº 116/2003.

Dessa forma, no tocante aos procedimentos a serem adotados quando da


saída, em operação interna ou interestadual, de partes, peças e componentes
de uso de máquinas, equipamentos, utensílios, ferramentas e objetos de uso do
contribuinte, bem como de suas partes e peças destinados à aplicação em
serviços de assistência técnica, manutenção e reparo de nacionais ou
estrangeiras, inclusive na hipótese de mercadoria, deverá ser observada a
legislação acima citada.

16.1.2 Condição para a suspensão do ICMS

A suspensão é condicionada a que as mercadorias ou bens retornem real


ou simbolicamente ao estabelecimento de origem, dentro de 180 dias, contados

129
da data da saída, se nesse prazo não for realizada a transmissão de sua
propriedade, sendo que esse prazo poderá ser prorrogado duas vezes, por igual
período, em face de requerimento escrito do interessado, dirigido à repartição
fiscal a que estiver vinculado, desde que atendidas às condições estabelecidas
no § 1º, artigo 280, inciso I, do RICMS/BA.

Decorrido o prazo estipulado de 180 dias, salvo prorrogação autorizada


pelo fisco, sem que ocorra a transmissão da propriedade ou o retorno da
mercadoria ao estabelecimento de origem, real ou simbólico será exigido o
imposto devido por ocasião da saída originária, sujeitando-se o recolhimento,
mesmo espontâneo, à atualização monetária e aos acréscimos moratórios.

Considera-se encerrada a fase de suspensão da incidência do imposto,


com a verificação de qualquer das seguintes situações:

- o recebimento em retorno real ou simbólico da mercadoria ou bem ao


estabelecimento de origem;

- a transmissão da propriedade da mercadoria ou bem, pelo estabelecimento de


origem, estando ainda em poder do destinatário;

- o não atendimento da condição de retorno, no prazo regulamentar.

16.2. Fluxo fiscal

16.2.1. Remessa para conserto

Conforme disposto no artigo 280, inciso I, do RICMS/BA, é suspenso o


ICMS na saída de mercadoria ou bem, destinados a conserto ou reparo, total ou
parcial.

A suspensão não se aplicará nas operações interestaduais com sucatas


ou com produtos primários de origem animal, vegetal ou mineral, salvo quando
for celebrado protocolo entre a Bahia e a unidade federada envolvida na
operação.

130
16.2.2. Retorno

É suspenso o pagamento do ICMS na saída de mercadoria em retorno ao


estabelecimento de origem.

A mercadoria deverá retornar no prazo de 180 dias, contados da data da


saída do estabelecimento autor da encomenda, sendo que esse prazo poderá
ser prorrogado até duas vezes, por igual período, em face de requerimento
escrito do interessado, dirigido à repartição fiscal a que estiver vinculado.

Decorrido o prazo previsto na legislação para o retorno, a saída será


considerada definitiva, para fins de tributação, devendo o encomendam-te
recolher o imposto até o primeiro dia útil subsequente ao vencimento dos
referidos prazos devidamente atualizado e adicionado dos acréscimos
moratórios incidentes a partir da data da remessa das mercadorias destinadas à
conserto.

16.2.3. Aplicação de partes e peças pelo prestador do serviço

Quando na prestação de serviço de conserto de mercadorias houver


fornecimento de materiais, esses estarão sujeitos ao ICMS.

De acordo com a Lei Complementar 116/2003, a operação de conserto


está no campo de incidência do ISS, exceto o fornecimento de material que ficam
sujeitos ao ICMS, de competência dos Estados.

16.2.4. Cobrança do conserto

Conforme definido no artigo 1º, da Lei Complementar 116/2003, o fato


gerador do ISS ocorre em toda a prestação do serviço remunerada, constante
do Anexo da referida Lei, ainda que tais serviços não constituam atividade
preponderante do prestador.

131
Portanto, sempre que o serviço prestado estiver descrito na Lista anexa à Lei
Complementar 116/2003, haverá efetivamente um serviço, cabendo emissão de
nota fiscal de prestação de serviço, com cobrança de ISS e detalhamento do que
foi prestado, lembrando que se trata de imposto de competência municipal.

16.2.5. Simples nacional

Remessa para conserto não se configura receita para o contribuinte


optante pelo Simples Nacional, que apura seus impostos de acordo com as
receitas auferidas. Portanto nas remessas e nos retornos de conserto, emitirá a
nota fiscal sem destaque do imposto e utilizará o código CSOSN 400 para não
sofrer a tributação no DAS.

A prestação de serviço de conserto será tributada pelo ISS, porém não


terá o destaque do imposto na nota fiscal, pois sofrerá a tributação no DAS.
Quanto ao fornecimento de mercadorias aplicadas ao serviço, terá a incidência
do ICMS e assim como o conserto, não terá o destaque na nota fiscal, exceto
quando o produto tiver a incidência da substituição tributária, caso em que
deverá haver o destaque do imposto em campo próprio.

16.3. Nota fiscal

16.3.1. Remessa para conserto

Para documentar o trânsito dos bens destinados a conserto, o contribuinte


deverá emitir Nota Fiscal para esse fim com o código da situação fiscal – CST
(50) e CFOP 5.915/6.915 e em dados adicionais informar a base legal da
suspensão: artigo 280 inciso I, do RICMS/BA.

132
Já o estabelecimento que recebe a mercadoria ou bem para conserto dará
entrada com o CFOP 1.915/2.915.

No caso das empresas do simples nacional, a nota fiscal deverá ser


emitida com o código CSOSN 400.

16.3.2. Retorno de conserto

No retorno da mercadoria enviada para conserto, deverá ser emitida nota


fiscal com o código da situação fiscal – CST (50) com o CFOP 5.916/6.916. Em
dados adicionais deverá constar, além da base legal da suspensão do imposto,
prevista no artigo 280, inciso I do RICMS/BA, o número, a série, a data de
emissão e o valor da nota fiscal emitida pelo estabelecimento de origem, ou seja,
a nota de remessa.

Já o estabelecimento que enviou a mercadoria ou bem para conserto,


quando a receber em retorno, dará entrada utilizando o CFOP 1.916/2.916:

No caso das empresas do Simples Nacional, a nota fiscal deverá ser


emitida com o código CSOSN 400.

Se o responsável pelo conserto, manutenção ou similar estiver


dispensado da emissão de nota fiscal, o estabelecimento de origem emitirá, no
retorno das mercadorias ou dos bens, nota fiscal de entrada, mencionando
número, série e data da nota fiscal da remessa para o conserto, conforme o
artigo 107 do RICMS/BA.

Com relação ao valor cobrado a título de conserto, deverá ser emitida uma
nota fiscal de serviço, sendo que a prestação se sujeita à incidência do ISS, na
forma prevista na legislação do Município onde se encontra estabelecido o
prestador.

No fornecimento de partes e peças pela oficina de conserto, o prestador


deverá emitir nota fiscal de venda da mercadoria. Poderá, nesse caso, ser
utilizada a mesma nota fiscal de retorno, hipótese em que será emitida com dois
códigos CFOP, um de retorno da mercadoria recebida para conserto (5.916 ou

133
6.916), e o outro para a cobrança das peças fornecidas no conserto (5.101,
5.102, ou 5.405, se a mercadoria foi tributada anteriormente por substituição
tributária). Nesse caso, deverá ter o destaque do imposto, indicando como
destinatário o proprietário da mercadoria, cuja base de cálculo será o preço da
peça.

Poderá ainda, se possuir autorização da SEFAZ como regime especial,


emitir uma nota fiscal conjugada para a cobrança do serviço e dos materiais
aplicados a ele.

16.4. Escrituração

16.4.1. Escrituração pelo remetente

Pelo estabelecimento remetente:

– ICMS – “Operações sem débito imposto” – Valor Contábil e Outras; Pelo


estabelecimento destinatário:

– ICMS – “Operações sem crédito do imposto” – Valor Contábil e Outras.

16.4.2. Escrituração pelo estabelecimento que realizou o conserto

Pelo estabelecimento que realizou o conserto:

– ICMS – “Operações sem débito do imposto” – Valor Contábil e Outras


(referente ao valor do bem anteriormente recebido);

– ICMS – “Operações com débito do imposto” – (referente ao material


empregado).

134
17. CONSIGNAÇÃO INDUSTRIAL

17.1. Conceito de consignação industrial

Entende-se por consignação industrial a operação na qual ocorre


remessa, com preço fixado, de mercadoria com a finalidade de integração ou
consumo em processo industrial, em que o faturamento dar-se-á quando da
utilização dessa mercadoria pelo destinatário.

Art. 335 do Regulamento do ICMS/BA (Decreto 13.780/2012)

17.2. Remessa de mercadoria em consignação

O estabelecimento consignante que estiver remetendo mercadorias a


título de consignação industrial, emitirá nota fiscal contendo, o seguinte:

-natureza da operação: "Remessa em Consignação Industrial";

-CFOP:

5.917 Remessa de mercadoria em consignação mercantil ou industrial


Classificam-se neste código as remessas de mercadorias a título de
6.917
consignação mercantil ou industrial.

- Destaque do ICMS e do IPI, quando devidos pela mercadoria;

- No campo "Informações Complementares": "A nota fiscal de faturamento será


emitida, englobando todas as remessas das mercadorias em consignação
utilizadas na industrialização durante o período de apuração".

135
17.3. Reajuste de preço

No caso de haver reajuste de preço, o estabelecimento consignante, após


a remessa em consignação, emitirá nota fiscal complementar, contendo, além
dos demais requisitos, o seguinte:

- Natureza da operação: "Reajuste de Preço em Consignação Industrial";


- CFOP:

- Base de cálculo: o valor do reajuste;

- Destaque do ICMS e do IPI, quando devidos;

- no campo "Informações Complementares": "Reajuste de Preço de Mercadoria


Remetida em Consignação - NF n° ....., de ...../..../........".

17.4. Devolução simbólica da mercadoria utilizada no processo


industrial

O consignatário deverá emitir, no último dia de cada mês, Nota Fiscal


globalizada com os mesmos valores atribuídos por ocasião do recebimento das
mercadorias efetivamente utilizadas ou consumidas no seu processo produtivo,
observados os seguintes requisitos: - CFOP:

Devolução simbólica de mercadoria vendida ou utilizada em


5.919 processo industrial, recebida anteriormente em consignação
mercantil ou industrial

136
-
Classificam-se neste código as devoluções simbólicas de mercadorias
6.919 vendidas ou utilizadas em processo industrial, que tenham sido
recebidas anteriormente a título de consignação mercantil ou industrial.

Valor: o valor da mercadoria simbolicamente devolvida;

- No campo "Informações Complementares", a expressão: "Devolução (parcial


ou total) Simbólica de Mercadoria Recebida em Consignação - NF n° ...., de
..../..../....".

Esta nota fiscal não terá destaque de ICMS.

17.5. Faturamento

O estabelecimento consignante emitirá nota fiscal no último dia de cada


mês ou diariamente, se for o caso, sem destaque do imposto, contendo além dos
requisitos exigidos, os seguintes dados:

- Natureza da operação: "Venda";

- CFOP:

Venda de produção do estabelecimento remetida anteriormente


5.111
em consignação industrial

Classificam-se neste código as vendas efetivas de produtos


6.111 industrializados no estabelecimento remetidos anteriormente a título de
consignação industrial.

- valor da operação: o valor correspondente ao preço da mercadoria


efetivamente vendida, neste incluído, quando for o caso, o valor relativo ao
reajuste do preço;

137
- no campo "Informações Complementares", a seguinte expressão:
"Simples Faturamento de Mercadoria em Consignação Industrial - NF n° ..., de
..../..../...." e, se for o caso, "Reajuste de Preço - NF n° ..., de .../.../....".

17.6. Devolução física mercadorias não utilizadas

O estabelecimento consignatário, ao efetuar a devolução de mercadoria


recebida em consignação, deverá emitir nota fiscal, contendo além dos requisitos
exigidos, os seguintes dados:

- Natureza da operação: "Devolução de Mercadoria em Consignação Industrial"

- CFOP:

Devolução simbólica de mercadoria vendida ou utilizada em


5.919 processo industrial, recebida anteriormente em consignação
mercantil ou industrial

Classificam-se neste código as devoluções simbólicas de mercadorias


6.919 vendidas ou utilizadas em processo industrial, que tenham sido
recebidas anteriormente a título de consignação mercantil ou industrial.

- valor: o valor da mercadoria efetivamente devolvida, sobre o qual foi pago


o imposto

- destaque do ICMS e indicação do Imposto sobre Produtos


Industrializados (IPI): os mesmos valores debitados por ocasião da remessa em
consignação;

138
- no campo "Informações Complementares", a expressão: "Devolução
(parcial ou total) de Mercadoria Recebida em Consignação - NF n° ...., de
..../..../....".

17.7. Escrituração fiscal

17.7.1. Pelo consignante

a.1) A nota fiscal nº 000001, de 21/08/2015, relativa à saída de


mercadoria a título de consignação industrial, de que trata o subitem 3.1, será
escriturada nas colunas próprias do Livro Registro de Saídas;

a.2) Considerando o exposto no subitem 3.3, o consignante fará a


escrituração da nota fiscal, nº 000002, de 21/08/2015, relativa à devolução
simbólica de mercadorias em consignação industrial, apenas nas colunas
“Documento Fiscal” e “Observações” do Livro Registro de Entradas;

a.3) A nota fiscal nº 000003, de 21/08/2015, será escriturada pelo


consignante no Livro Registro de Saídas, apenas nas colunas “Documento
Fiscal” e “Observações”, apondo nesta a expressão “Venda em Consignação
Industrial - NF nº ..., de .../.../...”;

a.4) O consignante registrará a nota fiscal nº 000004, de 21/08/2015,


relativa à devolução física de mercadorias em consignação industrial, nas
colunas próprias do Livro Registro de Entradas, creditando-se do valor do
imposto, quando admitido.

139
17.7.2. Pelo Consignatário

b.1) A nota fiscal nº 000001, de 21/08/2015, será escriturada nas colunas


próprias do Livro Registro de Entradas, creditando-se do valor do imposto,
quando permitido;

b.2) Considerando o exposto no subitem 3.3, o consignatário fará a


escrituração da nota fiscal nº 000002, de 21/08/2015, no Livro Registro de
Saídas, relativa à devolução simbólica de mercadorias em consignação
industrial, apenas nas colunas “Documento Fiscal” e “Observações”;

b.3) O consignatário registrará a nota fiscal nº 000003, de 21/08/2015, no


Livro Registro de Entradas, apenas nas colunas “Documento Fiscal” e
“Observações”, apondo nesta a expressão “Compra em Consignação Industrial
- NF nº ... de .../.../...”;

b.4) O consignatário registrará a nota fiscal nº 000004, de 21/08/2015,


relativa à devolução física de mercadorias em consignação industrial, nas
colunas próprias do Livro Registro de Saídas. 0

17.8. Simples nacional

As empresas do regime Simples Nacional, de que trata a Lei


Complementar Nº 123/2006, deverão seguir os mesmos procedimentos
abordados anteriormente, no que cabem as empresas do Simples Nacional, não
devem, em hipótese alguma, destacar o ICMS nos documentos fiscais que
emitirem.

A tributação no Simples Nacional ocorrerá no momento em que emitidas


às notas fiscais do faturamento efetivo das mercadorias enviadas anteriormente
em consignação, eis que, de acordo com o artigo 18, parágrafo 4º, da Lei
Complementar Nº 123/2006, e Resolução CGSN Nº 94/2011, a tributação é
apurada quanto da ocorrência de receita por parte do contribuinte, e, na
consignação mercantil, tem-se a receita no momento em que a mercadoria é
faturada contra o consignatário.

140
No momento da emissão da nota fiscal de faturamento que o consignante
indicará na nota fiscal, no campo "Informações Complementares", os valores que
poderão ser apropriados como crédito pelo consignatário, caso este seja optante
pelo regime normal de tributação, de acordo com as regras constantes da
Resolução CGSN º 94/2011, com suas alterações.

17.9. Fluxo fiscal

18. CONSIGNAÇÃO MERCANTIL

18.1. Conceito de consignação mercantil

A consignação mercantil é a operação em que uma empresa, denominada


consignante, remete a mercadoria a uma segunda empresa, denominada
consignatário, para que este procure efetuar a venda destas mercadorias.

Nos contratos de consignação mercantil, a venda da mercadoria, do consignante


ao consignatário, somente se efetiva no momento em que o consignatário efetua
a venda desta mercadoria recebida anteriormente em consignação.

141
Ou seja, o consignatário recebe a mercadoria em consignação, e,
somente quando vender a mercadoria a seus clientes, é que esta mercadoria
será faturada, pelo consignante, contra o consignatário.

Importante que se frise que a legislação fiscal não estabelece um prazo


máximo para o retorno ou efetivação da operação, nos contratos de consignação
mercantil. Assim, o prazo em que a mercadoria permanece em poder do
consignatário em função do contrato de consignação mercantil é livremente
firmado entre as partes contratantes.

Neste tipo de contrato, normalmente é estabelecido que, caso o


consignatário não venda as mercadorias recebidas em consignação mercantil,
estas podem ser devolvidas ao consignatário, a qualquer tempo ou em um
determinado lapso de tempo pré-estabelecido entre as partes contratantes, sem
qualquer ônus ao consignatário.

Art. 334 do Regulamento do ICMS/BA (Decreto 13.780/2012), e também


o Ajuste SINIEF nº 02/1993 e suas alterações.

18.2. Remessa de mercadoria em consignação

Na remessa das mercadorias em consignação mercantil, o consignante


deverá emitir uma Nota Fiscal que conterá, além dos demais requisitos exigidos,
as seguintes informações:

– Natureza da Operação: “Remessa em Consignação Mercantil”;

– CFOP: 5.917, em se tratando de operações internas, ou 6.917, em se tratando


de operações interestaduais;

– Valor das mercadorias: o preço de venda firmado entre o consignante e o


consignatário;

Na nota fiscal relativa à remessa, deverá ocorrer o destaque do ICMS, se


for devido a mercadoria.

142
18.3. Reajuste de preço

Ocorrendo reajuste do preço firmado por ocasião de remessa das


mercadorias em consignação mercantil, o consignante deverá emitir nota fiscal
complementar, nos seguintes termos:

– Natureza da Operação: “Reajuste de Preço de Mercadoria em Consignação”;

– CFOP: 5.917, em se tratando de operações internas, ou 6.917, em se tratando


de operações interestaduais;

– Base de cálculo: o valor do reajuste;

– Destaque regular do ICMS, se devido;

– No campo “Informações Complementares”, deve ser mencionada a expressão:


“Reajuste de preço de mercadoria em consignação – Nota Fiscal nº______, de
___/___/___”, referenciando à remessa originária da mercadoria.

Também no quadro “Descrição dos Produtos”, deverão ser indicados os


valores dos reajustes, tanto em relação ao valor unitário quanto em relação ao
valor total dos produtos que forem objeto de reajuste

18.4. Venda da mercadoria

A venda da mercadoria pelo consignatário implica na emissão de três


notas fiscais, sendo duas pelo consignatário (uma de venda da mercadoria, e
outra de devolução simbólica ao consignante), e uma pelo consignante,
faturando a mercadoria ao consignatário.

143
18.4.1. Nota fiscal de venda pelo consignatário

Na venda da mercadoria recebida em consignação, o consignatário


deverá emitir Nota Fiscal de venda.

A natureza da operação é: “Venda de Mercadoria Recebida em Consignação”.

O CFOP será 5.115, em operações internas, ou 6.115, em operações


interestaduais.

Esta nota fiscal conterá o destaque regular do ICMS.

18.4.2. Devolução simbólica ao consignante

A devolução simbólica ocorrerá quando a mercadoria anteriormente


enviada em consignação mercantil for efetivamente vendida pelo consignatário.

O consignatário emitirá nota fiscal indicando as quantidades efetivamente


vendidas, contendo, no campo Natureza da Operação, a expressão: “Devolução
simbólica de mercadoria recebida em consignação”.

O CFOP é o 5.919, em se tratando de operações internas, ou o 6.919, em


se tratando de operações interestaduais.

No campo “Informações complementares”, deve ser indicada a expressão


“Nota fiscal emitida em função de venda de mercadoria recebida em consignação
pela NF nº …, de…/…/…..”.

Lembrando que, embora o Regulamento do ICMS da Bahia não mencione


a obrigatoriedade de emissão desta nota fiscal de devolução simbólica, entende-
se que a mesma deve ser emitida, em função do disposto no Ajuste SINIEF nº
09/2008.

144
18.5. Faturamento da mercadoria pelo consignante

Ocorrendo a venda efetiva da mercadoria para o consignatário, o


consignante emitirá Nota Fiscal, sem destaque do ICMS.

Tratando-se de mercadoria de produção própria, esta nota fiscal será emitida


com o CFOP 5.113, em se tratando de operação internas, ou 6.113, em se
tratando de operação interestadual. A natureza da operação é “Venda de
produção do estabelecimento remetida anteriormente em consignação
mercantil”.

Já no caso de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, a nota fiscal


será emitida com o CFOP 5.114, em se tratando de operação internas, ou 6.114,
em se tratando de operação interestadual. A natureza da operação é “Venda de
mercadoria adquirida ou recebida de terceiros remetida anteriormente em
consignação mercantil”.

Na nota fiscal relativa ao faturamento, o valor deverá corresponder ao preço da


mercadoria efetivamente vendida, neste incluído, quando for o caso, o valor
relativo ao reajuste de preço.

No campo “Dados Adicionais”, deverá constar a expressão: “Simples


faturamento de mercadoria em consignação

– Nota Fiscal nº……, de …/…/…

– Reajuste de preço – Nota Fiscal nº…, de…/…/…”.

Nas operações com mercadorias em que houve o destaque do IPI quando


da remessa em consignação, este valor deverá ser indicado na nota fiscal de
faturamento.

145
18.6. Devolução da mercadoria

Encerrado o contrato de contrato mercantil, seja devido a um prazo pré-


fixado, seja devido a livre acordo entre as partes, o consignatário deverá emitir
Nota Fiscal para devolver efetivamente as mercadorias que não foram vendidas.

A natureza da operação desta nota fiscal é “Devolução de Mercadoria


Recebida em Consignação Mercantil”. O CFOP é o 5.918, em se tratando de
operação interna, ou 6.918, em se tratando de operação interestadual.

No campo “Informações Complementares”, o consignatário deverá fazer constar


a expressão:

“Devolução ( parcialou total) de mercadoria em consignação

– NotaFiscal nº……, de……/……/……”.

18.7. Simples nacional

As empresas do regime Simples Nacional, de que trata a Lei


Complementar nº 123/2006, deverão seguir os mesmos procedimentos descritos
nos tópicos anteriores, no que cabíveis – lembrando que as empresas do
Simples Nacional não devem, em hipótese alguma, destacar o ICMS nos
documentos fiscais que emitirem.

A tributação no Simples Nacional ocorrerá no momento em que emitidas


as notas fiscais do faturamento efetivo das mercadorias enviadas anteriormente
em consignação, eis que, de acordo com o artigo 18, parágrafo 4º, da Lei
Complementar 123/2006, e Resolução CGSN nº 51/2008, a tributação é apurada
quanto da ocorrência de receita por parte do contribuinte, e, na consignação
mercantil, tem-se a receita no momento em que a mercadoria é faturada contra
o consignatário.

Assim, é no momento da emissão da nota fiscal de faturamento que o


consignante indicará na nota fiscal, no campo “Informações Complementares”,

146
os valores que poderão ser apropriados como crédito pelo consignatário, caso
este seja optante pelo regime normal de tributação, de acordo com as regras
constantes da Resolução CGSN º 94/2011, com suas alterações.

19. CST ICMS

19.1. O CST ICMS

Com as obrigações assessórias (EFD) é necessário o conhecimento de


escrituração de documento. Um deles é o CST (Código de situação tributária),
neste código o imposto nos traz a informação de como foi realizada a sua
tributação, se teve redução, isenção entre outros.

Nesta matéria iremos descrever como realizar o preenchimento do CST


em relação ao ICMS.

Os CSTs do ICMS estão listados no Anexo do Convênio sem número e


1970, que também não traz qualquer indicação quanto à utilização.

Porém, apenas traz seu código e descrição, sem o entendimento, iremos


abaixo, descrever em que circunstâncias que será utilizado cada CST.

19.2. Utilização

Os CSTs para operações são:

147
19.2.1. Descrição

00: Tributada Integralmente

Este CST se utiliza quando a mercadoria for tributada integralmente pelo


ICMS, sem quais quer benefícios fiscais sobre o ICMS.

10: Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária

Utilizado quando a mercadoria é tributada integralmente pelo ICMS e


ainda como substituto da substituição tributária quando destacado na nota fiscal.

148
20: Com redução de base de cálculo

Para operações onde o Estado concede o benefício fiscal de reduzir a


base de cálculo onde será tributado o ICMS sem alterar a alíquota.

30: Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição


tributária

Para operações onde tem o benéfico de isenção interestadual, porem no


Estado destinatário se solicita o recolhimento da substituição tributária, como por
exemplo, a gasolina, onde tem isenção de ICMS de acordo coma Lei Kandir (Lei
complementar 87/1996 Art. 3º inciso III), mas, tem a exigência da substituição
tributária conforme Convênio 110/2007.

40: Isenta

Para as operações onde o produto a operação é isento de ICMS por


regulamentação do Estado.

41: Não tributada

Para as operações onde o produto ou operação é não tributado pelo ICMS


por regulamentação da Constituição Federal.

50: Suspensão

Quando há a suspensão do ICMS, regulamentado pelo Estado e


geralmente com prazo determinado para a remessa e retorno da mercadoria,
como por exemplo, a remessa para industrialização por encomenda.

149
51: Diferimento

Nas operações onde o Estado concede o diferimento total ou parcial do


ICMS na operação e/ou produto.

Nota: O diferimento do ICMS consiste na postergação do imposto, onde


saída não será tributada, não causando ônus tributário ao remetente, assim, o
destinatário não irá aproveitar do crédito do imposto, causando assim o
recolhimento total do ICMS.

60: ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária

Esse CST é utilizando quando realizar uma saída interna de um produto


onde já recebeu ele com o ICMS de substituição tributária já recolhido, neste
CST não há tributação de ICMS.

70: Com redução da base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição


tributária

Utilizado quando a mercadoria ou operação é tributada é beneficiada no


Estado com redução de base de cálculo de ICMS da operação própria e com
tributação da substituição tributária quando destacado na nota fiscal.

90: Outras

Utilizado quando a tributação do ICMS não acompanha nenhuma das descrições


citadas acima.

19.3. CST no registro de entradas

O CST no registro de entrada, deve obedecer ao caminho inverso da


descrição do CST da saída, e ainda com enfoque no declarante.

150
Em outras palavras, o CST que tributa “integralmente”, que é o 00, se for
registrado no livro de entradas, significa que irá tomar esse crédito
“integralmente”. Se a saída foi com redução, aplicando o CST de 20, e registrar
com 20, está declarando que está tomando o crédito de forma parcial, pois está
com redução, e assim por diante.

Também, não pode se esquecer de que o foco é o declarante, sendo


assim, se o CST da NF está com 00, porém, não irá se creditar desse imposto,
deve registar com 90, visto que esse ICMS entrará em “outros”, sem crédito.

Outro exemplo é o CST 10 “tributado integralmente com Substituição


tributária”, se a aquisição for para revenda de um substituído tributária, o CST de
entrada será 60 e não 10, visto que o declarante é substituído e não substituto.

19.4. Simples Nacional

Os optantes pelo Simples Nacional irão utilizar CSOSN – Código de


Situação da Operação do Simples Nacional conforme anexo I do Ajuste SINIEF
7/2005:

19.4.1. Descrição

101 – Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito:

Classificam-se neste código as operações que permitem a indicação do


percentual do ICMS que é pago na faixa de faturamento do anexo que é tributado
no PGDAS. O código 101 é utilizado onde a operação tenha a do ICMS no regime
Simples Nacional, na hipótese do destinatário fazer jus à apropriação do crédito
do ICMS, sendo assim, só se aplica caso o destinatário seja regime normal.
Conforme o artigo 23 da Lei Complementar nº 123/2006, as empresas do
Simples Nacional poderão transferir os créditos do ICMS, efetivamente devido e
recolhido no DAS, às empresas do regime normal de apuração, desde que as

151
mercadorias adquiridas por elas sejam destinadas à comercialização ou
industrialização.

Nas vendas devem ser mencionado esse código, independente do regime


do destinatário, visto que, a aplicação do crédito, é única e exclusivamente de
interesse do destinatário, se ele o fizer jus, poderá se creditar do informado em
dados adicionais, caso contrário, basta ele não se creditar, porém, o remetente
sempre deve disponibilizar a permissão, conforme art. 23 §§ 1º a 3º da Lei
Complementar 123/2006.

102 – Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito

Classificam-se neste código as operações que são tributadas


normalmente no PGDAS, porém não permitem o crédito ao adquirente e nas
vendas para pessoas físicas.

Exemplo: Utilizado quando empresa sujeita a tributação do ICMS por valores


fixos mensais, conforme art. 23, § 4º, inciso I da Lei Complementar 123/2006.

103 – Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta:

Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo


Simples Nacional contemplados com isenção concedida para faixa de receita
bruta nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006.

No Estado da Bahia, as microempresas optantes pelo Simples Nacional


cuja receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do período de
apuração não ultrapasse R$ 180 mil são isentas do ICMS (artigo 277 do
RICMS/BA). Nestes casos, em que tenhamos a isenção do ICMS determinada
pela receita bruta do emitente, será utilizado o código 103.

152
201 – Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e com
cobrança do ICMS por substituição tributária:

O código 201 será utilizado pelo contribuinte na condição de substituto


tributário, com o ICMS tributado normalmente no PGDAS e com ICMS-ST com
destaque em NF, e com aproveitamento de crédito, porém, não há possibilidade
na legislação para utilização deste CSOSN. Visto que, sendo a operação sujeita
ao regime da substituição tributária, não terá tributação do ICMS nas operações
subsequentes. Mas, há o entendimento que o código 201 será utilizado na
hipótese da operação ser destinada a revendedor que seja optante pelo regime
normal de apuração. Assim, caso, posteriormente, o contribuinte substituído faça
jus ao ressarcimento do ICMS, se a legislação do Estado permitir que tal
procedimento seja por meio do aproveitamento do crédito, este já estará indicado
no documento fiscal relativo à operação realizada pelo contribuinte substituto.

202 – Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com


cobrança do ICMS por substituição tributária:

Classificam-se neste código as operações que não permitem


aproveitamento de crédito de ICMS devido pelo Simples Nacional, com o ICMS
tributado normalmente no PGDAS e com ICMS-ST com destaque em NF, que
não interfira no código 201.

203 – Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta e


com cobrança do ICMS por substituição tributária:

Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo


Simples Nacional contemplados com isenção para faixa de receita bruta nos
termos da Lei Complementar nº 123, de 2006, e com cobrança do ICMS por
substituição tributária. O código 203 será utilizado pelo contribuinte na condição

153
de substituto tributário, caso este contribuinte enquadre-se na isenção do ICMS
pela faixa de receita bruta.

300 – Imune:

Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo


Simples Nacional contempladas com imunidade do ICMS.

O código 300 refere-se a operações imunes de tributação pelo ICMS, no


Simples Nacional, tais como operações com livros, jornais, periódicos e o papel
destinado à sua impressão, e operações destinadas ao exterior (exportações).

400 – Não tributada pelo Simples Nacional:

Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples


Nacional, onde não ocorre o fato gerador nas regras do art. 13 da Lei
Complementar 123/2006. Como as empresas do Simples Nacional apuram seus
impostos de acordo com as receitas auferidas, em operações que não envolvam
receita, o ICMS não será tributado.

Exemplo: Remessa para industrialização por encomenda, remessa em


demonstração, remessa para conserto, e as operações realizadas a título
gratuito (amostras, bonificações, doações, brindes).

500 – ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária (substituído)


ou por antecipação:

Classificam-se neste código as operações sujeitas exclusivamente ao


regime de substituição tributária na condição de substituído tributário ou no caso
de antecipações. Será utilizado o código 500 sempre que o contribuinte optante
pelo Simples Nacional, emitente da nota, esteja na condição de substituído,

154
tendo o ICMS referente à operação recolhido anteriormente, por substituição
tributária ou por antecipação.

900 – Outros:

Classificam-se neste código as demais operações que não se enquadrem


nos códigos 101, 102,103, 201, 202, 203, 300, 400 e 500. O código 900 será
utilizado nos casos que não se enquadrem nos códigos anteriores.

Exemplos: Importação (O ICMS é pago fora do regime Simples Nacional,


diretamente ao Estado), Diferimento do ICMS, conforme determinação da
legislação estadual.

Conforme nota no Anexo I do Ajuste SINIEF 7/2005, o CSOSN é valido


apena para nota fiscal eletrônica, se utilizar o modelo 1 ou 1-A, utiliza-se o CST.

19.5. CST no registro de entradas do simples nacional

Já as empresas do Simples Nacional, por não operarem no regime de


crédito x débito do ICMS.

Utilizará os seguintes CST para seu livro de entrada:

90: Quando a mercadoria não tiver ICMS-ST

60: Quando a mercadoria tiver ICMS-ST e for o substituído da cadeia tributária

20. DENÚNCIA ESPONTÂNEA

Nesta matéria, iremos tratar sobre a denúncia espontânea, que se trata


de instrumento utilizado para exclusão da responsabilidade do contribuinte em
virtude da prática de irregular pelos contribuintes perante a legislação tributária,

155
seja referente ao recolhimento de tributos ou a inobservância do cumprimento
de obrigações acessórias.

20.1. Base legal

O uso da denúncia espontânea, para evitar eventuais penalidades


relativas a infrações tributárias praticadas pelo contribuinte Baiano, está
autorizada pelo artigo 138 do Código Tributário Nacional – CTN:

Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia


espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do
pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do
depósito da importância arbitrada pela autoridade
administrativa, quando o montante do tributo dependa de
apuração.

Parágrafo único. “Não se considera espontânea a denúncia


apresentada após o início de qualquer procedimento
administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a
infração.”

E autorizado pelo Estado pelo artigo 95 do Decreto 7.629/1999:

Art. 95. No caso de o contribuinte, antes do início de qualquer


procedimento fiscal, procurar espontaneamente a repartição
fazendária de sua circunscrição para comunicar irregularidade
ou recolher tributo não pago na época própria, observar-se-á o
seguinte:

156
20.2. Objetivo da denúncia

A denúncia espontânea tem por objetivo a regularização de atos ilícitos


tributários oriundos do descumprimento de obrigações principais e acessórias,
excluindo as infrações.

20.3. Efeitos da denúncia

Com a realização da denúncia dentro dos requisitos legais, o contribuinte


que o fizer, terá a extinção da responsabilidade da infração, causado pelo
descumprimento da obrigação tributária principal ou acessória.

A denúncia espontânea tem caráter de confissão de dívida. Caso seja


formulada antes do início de qualquer procedimento administrativo ou
fiscalização referente à infração cometida, a aplicabilidade de multa ao
contribuinte será excluída.

A denúncia espontânea não se aplica em relação à falta de entrega no


prazo regulamentar de declaração de obrigação tributária pelo sujeito passivo
em documentos de informações econômico-fiscais previstos na legislação, bem
como à falta de recolhimento do tributo nele informado.

20.4. Aplicação

Só terá efeitos a denúncia, quando tiver a intenção de se “auto delatar”


realizando a confissão da infração e apresentar os procedimentos para correção
do mesmo.

157
20.5. Procedimentos

Primeiramente, a repartição fazendária orientará o sujeito passivo no


preenchimento do instrumento de denúncia espontânea, que será devidamente
protocolizado;

A denúncia espontânea será instruída, quando for o caso, com:

A discriminação do débito;

O comprovante do recolhimento do tributo, acrescido da atualização monetária


e dos acréscimos moratórios cabíveis;

O requerimento de parcelamento com os elementos exigidos pela legislação, se


o débito for parcelado; ou

A prova do cumprimento da obrigação acessória a que se referir.

O contribuinte que denunciar espontaneamente o seu débito terá o prazo de até


5 (cinco) dias úteis, contado da sua protocolização, para quitá-lo ou providenciar
o pedido de parcelamento e efetuar o pagamento da parcela inicial, sob pena de,
decorridos 30 (trinta) dias, ter o débito inscrito em Dívida Ativa.

20.6. Verificação

Recebida a denúncia espontânea, a fiscalização efetuará:

A simples conferência do débito recolhido pelo contribuinte ou que tenha


sido objeto de pedido de parcelamento. Se for constatada posteriormente
diferença a favor do fisco, entre o débito apurado e o recolhido, o valor da
diferença será cobrado mediante Auto de Infração.

O levantamento do débito quando o montante depender de apuração.


Será lavrado Termo de Ocorrência, no qual, além dos requisitos convencionais,
deverá conter o cálculo do débito para, no prazo de 5 (cinco) dias da entrega do

158
termo, ser efetuado o pagamento ou requerido o parcelamento da quantia que
exceder ao valor do depósito administrativo.

Vencido o prazo de que trata acima sem que haja pagamento ou pedido
de parcelamento, ficará sem efeito a denúncia espontânea, devendo ser lavrado
o Auto de Infração, relativamente ao valor não depositado.

Caso não aceite o valor determinado ou arbitrado pelo fisco, o sujeito


passivo poderá efetuar o pagamento do que entender devido, com os acréscimos
tributários cabíveis, no prazo fixado no inciso I deste parágrafo, e impugnar a
diferença existente, caso venha a ser autuado.

Todos os fatos ocorridos na empresa devem ser registrados no livro


Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência –
RUDFTO, modelo 6, bem como o ato da denúncia espontânea.

20.7. Realizar a denúncia

A denúncia deve ser realizada em modelo próprio, disponibilizado pela


secretaria da Fazenda do Estado da Bahia.

21. DESENVOLVE

Neste tópico, iremos abordar sobre os procedimentos a serem adotados


pelos contribuintes para utilizar dos benefícios dados pelo Programa de
Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica do Estado da Bahia –
DESENVOLVE.

21.1. Finalidade do desenvolve

O Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica do


Estado da Bahia – DESENVOLVE, instituído pela Lei nº 7.980/2001,

159
regulamentado pelo Decreto 8.205/2002, tem por objetivos de longo prazo
complementar e diversificar a matriz industrial e agroindustrial do Estado,
mediante diretrizes que tenham como foco:

– o fomento à instalação de novos empreendimentos industriais ou


agroindustriais e à expansão, reativação ou modernização de empreendimentos
industriais ou agroindustriais já instalados;

– a desconcentração espacial dos adensamentos industriais e formação de


adensamentos industriais nas regiões com menor desenvolvimento econômico
e social;

– a integração e a verticalização das cadeias produtivas essenciais ao


desenvolvimento econômico e social e à geração de emprego e renda no Estado;

– o desenvolvimento tecnológico dos processos produtivos e assimilação de


novas tecnologias;

– a interação da empresa com a comunidade em que pretenda atuar;

– a geração de novos produtos ou processos e redução de custos de produtos


ou processos já existentes;

– prevenção dos impactos ambientais dos projetos e o relacionamento da


empresa com o ambiente.

21.2. Diferimento do ICMS

Aqui será demonstrado as operações que terão o diferimento do ICMS


dentro do Programa “DESENVOLVE”, porém, cabe orientar o leitor que ao
diferimento de que trata este programa traz são regras especificas, e será
aplicada desde que e as operações previstas no Regulamento do ICMS que com
ele não conflitarem.

160
21.2.1. Ativo imobilizado

Ficam diferidos o lançamento e o pagamento do ICMS relativo às


aquisições de bens destinados ao ativo fixo, efetuadas por contribuintes
habilitados mediante resolução do Conselho Deliberativo do DESENVOLVE,
para o momento de sua desincorporação, nas seguintes hipóteses:

a) nas operações de importação de bens do exterior;

b) nas operações internas relativas às aquisições de bens produzidos neste


Estado;

c) nas aquisições de bens em outra unidade da Federação, relativamente ao


diferencial de alíquotas;

21.2.2. Fornecimento de insumos

Ficam diferidos o lançamento e o pagamento do ICMS relativo às


operações internas referentes ao fornecimento de insumos “in natura” de origem
agropecuária e extrativa mineral, indicados em Resolução do Conselho do
Programa, a contribuintes habilitados ao DESENVOLVE, para o momento da
saída subsequente dos produtos resultantes da industrialização.

21.2.3. Importações

Ficam diferidos o lançamento e o pagamento do ICMS relativo às


importações do exterior de escória de titânio e de enxofre classificados nos
códigos 8108.30.00, 2614.00.90 e 2503.00.10 da NCM/SH, respectivamente,
promovidas por contribuintes enquadrados na Classificação Nacional de
Atividades Econômicas/Fiscal (CNAE-FISCAL) sob o código 2419-8/00,
habilitados ao DESENVOLVE, para o momento da saída dos produtos
resultantes da industrialização.

161
Ficam diferidos o lançamento e o pagamento do ICMS relativo às
operações de importação e às aquisições internas, desde que produzidos neste
Estado, de partes, peças, máquinas e equipamentos, destinados a integrarem
projetos industriais, efetuadas por empresas contratadas por contribuintes
habilitados ao Programa Desenvolve, bem como às subsequentes saídas
internas por elas realizadas, inclusive em relação às mercadorias, acima citadas,
adquiridas de outras unidades da Federação, desde que tenham como destino
final o ativo imobilizado do contribuinte contratante.

21.3. Aquisições de contribuintes beneficiados pelo desenvolve

Os contribuintes destinatários das mercadorias cujas operações estejam


sujeitas ao regime de diferimento do imposto deverão providenciar junto a
Secretaria da Fazenda habilitação específica para operar com o referido regime.

Aplica-se ao diferimento estabelecido pelo Desenvolve as regras previstas


no Regulamento do ICMS que com ele não conflitarem.

As empresas contratadas, após efetivarem a entrega dos bens


contratados, poderão transferir para o contribuinte contratante o crédito
eventualmente acumulado em decorrência daquele tratamento tributário.

A transferência e a utilização de créditos acumulados pelos contribuintes


obedecerão a critérios definidos em Regime Especial.

21.4. Dilação do prazo para recolhimento do ICMS

O Conselho Deliberativo do DESENVOLVE poderá conceder dilação de


prazo de até 72 meses para o pagamento de até 90% do saldo devedor mensal

162
do ICMS, relativo às operações próprias, gerado em razão dos investimentos
constantes dos projetos aprovados pelo Conselho Deliberativo.

O prazo e o percentual serão definidos de acordo com o índice de


aderência do projeto à matriz de desenvolvimento industrial do Estado, conforme
gradação estabelecida na Tabela I, disposta ao final desta matéria, determinado
com base nas diretrizes do Plano Plurianual e nos seguintes indicadores:

– Repercussão do projeto na geração de empregos diretos e indiretos e na


multiplicação da renda;

– Capacidade de desconcentração espacial dos adensamentos industriais,


favorecendo a regionalização do desenvolvimento;

– Integração e verticalização de cadeias produtivas e de comercialização,


inclusive para o Exterior;

– Vocação para o desenvolvimento regional e sub-regional, em especial das


regiões mais pobres;

– Grau de desenvolvimento tecnológico dos processos produtivos e de


assimilação de novas tecnologias;

– Responsabilidade da empresa quanto a aspectos de interesse social na


comunidade em que pretenda atuar;

– Prevenção do impacto ambiental do projeto e o relacionamento da empresa


com o ambiente.

Não se aplicará a dilação de prazo do pagamento do saldo devedor do


ICMS nas saídas internas de mercadorias destinadas a outro estabelecimento
da mesma empresa ou para estabelecimento de empresa interdependente para
comercialização quando a operação subsequente da mercadoria for uma
exportação para o exterior.

163
21.5. Encargos incidentes nos recolhimentos com prazos
dilatados

Sobre cada parcela do ICMS com prazo de pagamento dilatado, incidirão


encargos financeiros correspondentes à taxa anual de juros de longo prazo,
estabelecida na Resolução do Conselho

Deliberativo do DESENVOLVE que conceder o incentivo, de acordo com a


gradação constante da Tabela II disposta ao final desta matéria, apurados pela
seguinte fórmula:

Ji = Si-1 x [1+ (1-D) x TJi-1]1/12 –1,

Onde:

Ji = juros capitalizáveis no mês;

Si-1 = saldo devedor do mês anterior, correspondente a soma das parcelas de


ICMS incentivado mais os juros acumulados até o mês anterior;

D = percentual de desconto da taxa de juros atribuída ao projeto

TJi-1 = taxa anual de juros de longo prazo, fixada na Resolução que conceder o
incentivo, vigente no mês anterior.

No caso de empreendimentos já instalados, a parcela do saldo devedor


mensal do ICMS passível de incentivo corresponderá ao valor que exceder à
média mensal dos saldos devedores apurados em até 24 meses anteriores ao
do pedido de incentivo, atualizada pela variação acumulada do IGP-M.

A atualização monetária tomará por base a variação anual do IGP-M e


será procedida a cada período de 12 meses contados do mês do pedido de
incentivo.

164
Para efeito de cálculo do valor a ser incentivado com a dilação do prazo
de pagamento, deverá ser excluída a parcela do imposto resultante da adição de
2% às alíquotas do ICMS, prevista no artigo 16-A da lei nº 7.014/96 para
constituir o Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza.

Para efeitos do valor da parcela a ser incentivada, na hipótese de o


contribuinte realizar investimentos que resultem em substituição de, no mínimo,
75% da planta de produção, com utilização de maquinários e equipamentos
novos, será equiparado a novo empreendimento.

21.6. Possibilidade de redução do valor médio do saldo


devedor

De acordo com o valor dos investimentos em aquisição de máquinas e


equipamentos e o percentual de aumento efetivo de capacidade de produção,
resolução do Conselho Deliberativo do DESENVOLVE poderá reduzir o valor
médio do saldo devedor apurado, nos percentuais e prazos fixados a seguir:

Ocorrendo investimento de valor superior ao valor das máquinas e equipamentos


constantes no último balanço anual da empresa beneficiada e aumento mínimo
de 75% da sua capacidade de produção:

a) 30% no primeiro e segundo ano do prazo de fruição;

b) 27,50% no terceiro e quarto ano do prazo de fruição;

c) 25% no quinto e sexto ano do prazo de fruição.

Ocorrendo investimento de valor superior a 80% do valor das máquinas e


equipamentos constantes no último balanço anual da empresa beneficiada e
aumento mínimo de 60% da sua capacidade de produção:

a) 24% no primeiro ano do prazo de fruição;

b) 20% no segundo ano do prazo de fruição;

165
c) 16% no terceiro ano do prazo de fruição;

d) 12% no quarto ano do prazo de fruição.

21.7. Recolhimento do ICMS com benefício

O recolhimento do ICMS pelo beneficiário do DESENVOLVE obedecerá


às normas vigentes na legislação do imposto.

As parcelas do imposto cujo prazo tenha sido dilatado serão recolhidas


até o dia 20 do mês de vencimento.

O contribuinte que usufruir dos incentivos do DESENVOLVE informará


mensalmente à Secretaria da Fazenda o valor de cada parcela mensal cujo
prazo de pagamento tenha sido dilatado, valendo a informação como confissão
do débito.

A informação constará de documento específico cujo modelo será


estabelecido em ato do Secretário da Fazenda.

21.8. Habilitação ao programa

Preliminarmente a empresa apresentará Carta Consulta de Investimento à


Secretaria Executiva do Conselho, com as informações básicas do projeto e de
acordo com modelo a ser aprovado pelo Conselho Deliberativo.

Após a resposta à Carta-Consulta de Investimento, a empresa que pretenda


habilitar-se aos benefícios do Programa deverá apresentar à Secretaria
Executiva do Conselho Deliberativo do

– Requerimento dirigido ao Presidente do Conselho, solicitando a sua


habilitação;

166
– Projeto completo do empreendimento;

– Certidão de arquivamento, na Junta Comercial, dos atos constitutivos da


empresa, bem como da sua última alteração;

O projeto a ser apresentado pela empresa deverá obedecer às


especificações técnicas do roteiro aprovado por esse Conselho.

A empresa que apresentar certidão, ou documentação equivalente, que


comprove ter sido o projeto aprovado por banco de desenvolvimento, poderá
optar por modelo simplificado de projeto, como for definido em Resolução do
Conselho Deliberativo.

21.9. Projetos que não poderão ser beneficiados pelo


desenvolve

Não poderão ser habilitados aos benefícios do DESENVOLVE:

Os projetos que se refiram a implantação, ampliação ou modernização


não previstos em protocolos de intenção firmados com o Governo do Estado.

As empresas que estejam inadimplentes em suas obrigações com o


Tesouro do Estado, com decisão definitiva em âmbito administrativo sem
exigibilidade suspensa, ou que não tenham cumprido as exigências de
preservação do meio-ambiente, estabelecidas por Resolução do Conselho
Estadual de Proteção Ambiental – CEPRAM.

Os empreendimentos que se enquadrem nas seguintes hipóteses:

a) indústrias que utilizem carvão vegetal, ou indústrias beneficiadoras de


madeira, em que os insumos, em ambos os casos, não provenham de
reflorestamento próprio ou de terceiros, com projetos aprovados pelo Instituto
Brasileiro do Meio-Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA;

167
b) projetos de mineração que incorporem processo de lavra rudimentar ou
garimpo;

c) outros, a critério do Conselho Deliberativo do DESENVOLVE.

As empresas beneficiárias de outros incentivos governamentais que, a


critério do Conselho Deliberativo do Programa, sejam considerados
incompatíveis com o DESENVOLVE.

21.10. Obrigações do contribuinte beneficiado

A manutenção dos incentivos é condicionada à comprovação contábil e


física da integral realização do investimento projetado, comprovada por laudo de
inspeção emitido pela Secretaria Executiva do DESENVOLVE, e, quando
necessária, com assistência do DESENBAHIA.

A empresa beneficiada com incentivos do DESENVOLVE obriga-se, a


encaminhar à Secretaria Executiva, anualmente, o balanço geral e, até 31.07 de
cada ano, a previsão do recolhimento do ICMS para o ano seguinte.

Permitir aos técnicos credenciados pela Secretaria Executiva do


Conselho, eventual fiscalização na empresa e inspeção em suas instalações
físicas, bem como remeter todas as informações e documentos que lhe forem
solicitados.

A empresa habilitada que não recolher ao Tesouro do Estado, na data


regulamentar, a parcela do ICMS não sujeita à dilação de prazo, perderá o direito
ao benefício em relação à parcela incentivada naquele mês.

21.11. Prazo para fruição do benefício

O prazo de fruição dos incentivos será de até 12 anos, com termo inicial
fixado na Resolução do Conselho Deliberativo do Programa, observadas as

168
características do empreendimento e o enquadramento nas classes de dilação
de prazo de pagamento estabelecidas na Tabela I disposta abaixo.

No caso de remessa interestadual para industrialização, somente incidirão


sobre a parcela produzida na Bahia, salvo situações excepcionais por
deliberação do Conselho.

21.12. Tabelas para cálculos do benefício

Tabela I

Percentuais de ICMS com dilação de prazo e de desconto pela antecipação do


pagamento da parcela, segundo a classe de enquadramento

Percentual de desconto por


Prazo de Prazo de Percentual antecipação do pagamento
Classe de
Fruição Fruição do ICMS
enquadramento
(em anos) (em anos) dilatado Percentual do
Data do pagamento
desconto

Até o dia 20 do mês


subsequente ao dia
90%
ocorrência do fato
gerador

Até o dia 20 do 12°


mês subsequente 40%
I 12 6 90%
ao dia ocorrência do
fato gerador

Até o dia 20 do 24°


mês subsequente 20%
ao da ocorrência do
fato gerador

Até o dia 20 do mês


Até o 10º subsequente ao da
II ano
6 80%
ocorrência do fato
80%
gerador

169
Até o dia 20 do 12°
mês subsequente 40%
ao da ocorrência do
fato gerador
Até o dia 20 do 24°
mês subsequente
ao da ocorrência do 20%
fato gerador

Até o dia 20 do mês


subsequente ao da
ocorrência do fato 80%
gerador

Até o dia
20 do 12° mês
Até o 11° 6 70% subsequente ao da 40%
ocorrência do fato
gerador

Até o dia 20 do 24°


mês subsequente
20%
ao da ocorrência do
fato gerador

Até o dia 20 do mês


subsequente ao da
ocorrência do fato 80%
gerador

Até o dia
20 do 12° mês
Até o 12º
6 50% subsequente ao da 40%
ano
ocorrência do fato
gerador

Até o dia 20 do 24°


mês subsequente
20%
ao da ocorrência do
fato gerador

Até o dia 20 do mês


subsequente ao da
Até o 8º ocorrência do fato
III ano
6 70% 80%
gerador

170
Até o dia
20 do 12° mês
subsequente ao da 40%
ocorrência do fato
gerador

Até o dia 20 do 24°


mês subsequente
20%
ao da ocorrência do
fato gerador

Até o dia 20 do mês


subsequente ao da
ocorrência do fato 80%
gerador

Até o dia
20 do 12° mês
Até o 9º
6 60% subsequente ao da 40%
ano
ocorrência do fato
gerador

Até o dia 20 do 24°


mês subsequente
20%
ao da ocorrência do
fato gerador

Até o dia 20 do mês


subsequente ao da
ocorrência do fato 80%
gerador

Até o dia
20 do 12° mês
Até o 10º
6 40% subsequente ao da 40%
ano
ocorrência do fato
gerador

Até o dia 20 do 24°


mês subsequente
20%
ao da ocorrência do
fato gerador

171
Tabela II

Percentual de desconto da Taxa de Juros, segundo indicadores parciais de


aderência

Subíndice de Percentual de Desconto


Indicadores Parciais
aderência da TJLP
Desconcentração espacial
em relação à RMS IDE>5 20%
Atividade econômica
desenvolvida IAE>5 15%
Geração de novos
empregos IGE>5 15%

22. DEPÓSITO FECHADO

22.1. Conceito de depósito fechado

Depósito fechado é o estabelecimento que o contribuinte mantém


exclusivamente apenas para armazenagem, não é efetuadas compras nem
vendas de mercadorias.

No Estado da Bahia, as operações com depósito fechado, está regulamentada


pelo artigo 460 a 463 do RICMS/BA.

22.2. Não incidência do ICMS

Não há incidência do ICMS conforme artigo 3º inciso VI da Lei 7.014/1996


cabe nas saídas de mercadorias ou bens com destino a depósito fechado do
próprio contribuinte, situado no Estado da Bahia. E também se aplica na saída
do depósito fechado em retorno ao estabelecimento depositante.

172
22.3. Remessa de mercadoria para depósito fechado

Na saída de mercadorias com destino a Depósito Fechado do próprio


contribuinte, localizado no Estado Baiano, o estabelecimento depositante deverá
emitir Nota Fiscal com os requisitos exigidos, e com as seguintes indicações:

– CFOP: 5.905;

– Natureza da operação: “Remessa para Depósito Fechado”;

– Valor das mercadorias;

– Dispositivos legais: Suspensão do IPI conforme Art. 482 do RIPI e Não há


incidência do ICMS conforme artigo 3º inciso VI da Lei 7.014/1996;

Esta Nota Fiscal deverá ser escriturada no livro Registro de Saídas, nas
colunas próprias para lançamento sem débito dos impostos (IPI e ICMS).

Na entrada das mercadorias, o Depósito Fechado deverá:

– Escriturar a Nota Fiscal emitida pelo estabelecimento depositante, no livro


Registro de Entradas, nas colunas próprias para lançamento sem crédito dos
impostos (IPI e ICMS);

– Armazenar, separadamente, as mercadorias de cada estabelecimento


depositante, de modo a permitir a verificação das respectivas quantidades;

– Lançar, em separado, no livro Registro de Inventário, os estoques de cada


estabelecimento depositante, por ocasião do balanço.

173
22.4. Retorno da mercadoria ao estabelecimento depositante

Na saída de mercadorias em retorno ao estabelecimento depositante,


remetidas por depósito fechado, o depósito fechado emitirá Nota Fiscal com os
requisitos previstos e, especialmente:

– CFOP: 5.906;

– Valor das mercadorias;

– A natureza da operação: “Outras saídas – retorno de depósito fechado”;

– A indicação do dispositivo legal: Retorno de Mercadoria conforme a NF XXX


de XX/XX/XXXX Não há incidência do ICMS conforme artigo 3º inciso VI da Lei
7.014/1996;

22.5. Saída do depósito fechado com destino a estabelecimento


diverso do depositante

Na saída de mercadorias armazenadas em depósito fechado, com destino


a outro estabelecimento, ainda que da mesma empresa, o estabelecimento
depositante emitirá Nota Fiscal a nota fiscal relativa à operação, com os
requisitos previstos na legislação, e, em especial:

– CFOP: 5.905;

– O valor da operação;

– A natureza da operação;

– O destaque do ICMS, se devido;

– A indicação de que as mercadorias serão retiradas do depósito fechado,


mencionando-se o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do
depósito;

174
– A indicação, no campo “Informações Complementares”, da data de sua efetiva
saída, o número, a série e a data da emissão da Nota Fiscal de retorno simbólico,
emitida pelo depósito fechado.

O depósito fechado, no ato da saída das mercadorias, emitirá Nota


Fiscal em nome do estabelecimento depositante, sem destaque do ICMS,
que conterá:

– CFOP: 5.907;

– O valor das mercadorias, que corresponderá àquele atribuído por ocasião de


sua entrada no depósito fechado;

– A natureza da operação: “Outras saídas – retorno simbólico de depósito


fechado”;

– o número, a série e a data da Nota Fiscal emitida pelo estabelecimento


depositante;

– O nome do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ,


do estabelecimento a que se destinarem as mercadorias.

As mercadorias serão acompanhadas, no seu transporte, pela Nota Fiscal


emitida pelo estabelecimento depositante.

22.6. Entrega de mercadoria em depósito fechado, por conta e


ordem do destinatário

Na saída de mercadorias para entrega em depósito fechado, por conta e


ordem do estabelecimento destinatário, sendo este e o depósito fechado
situados no Estado da Bahia e desde que pertençam à mesma empresa, o
estabelecimento destinatário será considerado depositante. O remetente deverá
emitir Nota Fiscal, que conterá os requisitos previstos e indicará:

– como destinatário, o estabelecimento depositante;

175
– No quadro “Dados Adicionais”, no campo “Informações Complementares”, o
local da entrega, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do
depósito fechado.

O depósito fechado deverá registrar a Nota Fiscal que tiver acompanhado


as mercadorias, no Registro de Entradas, e anotar a data da entrada efetiva das
mercadorias na Nota Fiscal, remetendo-a ao estabelecimento depositante. O
depósito fechado deverá acrescentar na coluna “Observações” do Registro de
Entradas o número, a série e a data da emissão da Nota Fiscal de remessa
simbólica, emitida pelo estabelecimento depositante.

O estabelecimento depositante deverá registrar a Nota Fiscal, no Registro


de Entradas, dentro de 10 dias, contados da data da entrada efetiva das
mercadorias no depósito fechado. Todo e qualquer crédito do ICMS, quando
cabível, será conferido ao estabelecimento depositante.

O depositante deverá emitir Nota Fiscal relativa à saída simbólica, dentro


de 10 dias, contados da data da entrada efetiva das mercadorias no depósito
fechado, seguindo a mesma sistemática contida no tópico 3 desta matéria,
mencionando, ainda, o número e a data do documento fiscal emitido pelo
remetente. Esta Nota Fiscal deverá ser remetida ao depósito fechado dentro de
5 dias, contados da respectiva emissão.

22.7. Optantes pelo simples nacional

Os contribuintes optantes pelo Simples Nacional que mantiverem depósito


fechado deverão elaborar, mensalmente, um demonstrativo das remessas de
mercadorias para o depósito fechado e dos retornos ao estabelecimento
depositante, com especificação, em ambos os casos, dos números das Notas
Fiscais de remessa e de retorno, que ficará à disposição do fisco, durante 5 anos.

Os valores das Notas Fiscais de remessa para depósito fechado, e seus


respectivos retornos, não serão computados na apuração da receita bruta anual.

176
23. DEVOLUÇÃO

23.1. Devolução de mercadoria por pessoa obrigada à emissão


de documentos fiscais

Ao devolver mercadorias que tenham entrado no estabelecimento, a


qualquer título, o contribuinte ou pessoa obrigada à emissão de Nota Fiscal
emitirá uma nota fiscal, com destaque do imposto, se for o caso, para devolver
a mercadoria e para possibilitar a utilização do crédito fiscal pelo estabelecimento
de origem, quando admitido, mencionando, nele, o motivo da devolução, o
número, a série e a data do documento fiscal originário, e ainda o valor total ou
o relativo à parte devolvida, conforme o caso, sobre o qual será calculado o
imposto.

Na devolução, devem ser tomadas como base de cálculo e alíquota as


mesmas consignadas no documento originário, a não ser que este tenha sido
emitido de forma irregular, com imposto destacado a mais, hipótese em que a
base de cálculo e a alíquota a serem aplicadas serão aquelas que deveriam ter
sido utilizadas corretamente.

Na hipótese de devolução de mercadoria cuja entrada tenha ocorrido sem


utilização de crédito fiscal pelo recebedor, será permitido a este creditar-se do
ICMS lançado na Nota Fiscal de devolução, desde que em valor igual ao do
imposto lançado no documento originário.

No caso de devolução de mercadorias ou bens adquiridos para uso,


consumo ou ativo permanente, já tendo sido paga a diferença de alíquotas, o
valor correspondente será recuperado mediante lançamento no quadro “Crédito
do Imposto – Estornos de Débitos” do Registro de Apuração do ICMS, pelo valor
nominal, com a observação “Diferença de alíquotas – mercadoria devolvida”, a
menos que o imposto relativo à diferença de alíquotas já tenha sido utilizado
como crédito.

177
23.2. Devolução de mercadoria por produtor, extrator ou
pessoa não obrigada à emissão de notas fiscais

O estabelecimento que receber, em virtude de garantia, troca,


inadimplemento do comprador ou desfazimento do negócio, mercadoria
devolvida por produtor ou extrator ou por qualquer pessoa física ou jurídica não
considerada contribuinte ou não obrigada à emissão de Nota Fiscal poderá
creditar-se do imposto debitado por ocasião da saída da mercadoria, desde que
haja prova inequívoca da devolução.

Entende-se por:

– Garantia, a obrigação assumida pelo remetente ou fabricante de substituir ou


consertar a mercadoria se esta apresentar defeito;

– Troca, a substituição de mercadoria por uma ou mais da mesma espécie ou de


espécie diversa, desde que de valor não inferior ao da substituída.

O estabelecimento recebedor deverá:

– Emitir Nota Fiscal, na entrada das mercadorias, mencionando o número, a


série, a subsérie e a data do documento fiscal originário, e o valor total ou o
relativo à parte devolvida, sobre o qual será calculado o imposto a ser creditado,
se for o caso;

– Obter, na Nota Fiscal citada acima ou em documento apartado, declaração


assinada pela pessoa que efetuar a devolução, com indicação do motivo da
devolução, fazendo constar a espécie e o número do seu documento de
identidade;

178
– Lançar a Nota Fiscal no livro Registro de Entradas, consignando os respectivos
valores nas colunas “ICMS – Valores Fiscais” e “Operações ou Prestações com
Crédito do Imposto”, quando for o caso.

A Nota Fiscal de entrada servirá para acompanhar a mercadoria em seu


transporte até o estabelecimento de origem.

Tratando-se de devoluções ocorridas no estabelecimento, o contribuinte


poderá, mediante autorização do inspetor fazendário, emitir uma única nota fiscal
de entrada englobando todas as devoluções ocorridas durante a semana.

23.3. Retorno de mercadoria não entregue ao destinatário

O estabelecimento que receber, em retorno, mercadoria que por qualquer


motivo não tiver sido entregue ao destinatário deverá:

– Emitir Nota Fiscal, por ocasião da entrada, com menção dos dados
identificativos do documento fiscal originário: número, série, data da emissão e
valor da operação; conforme Art. 107 inciso I do RICMS/BA

– Lançar a Nota Fiscal emitida no livro Registro de Entradas, consignando os


respectivos valores nas colunas “ICMS – Valores Fiscais” e “Operações ou
Prestações com Crédito do Imposto”, quando for o caso;

– Manter arquivada a 1ª via da Nota Fiscal emitida por ocasião da saída;

– Anotar a ocorrência na via presa ao bloco ou em documento equivalente;

– Exibir ao fisco, quando exigidos, todos os elementos, inclusive contábeis,


comprobatórios de que a importância eventualmente debitada ao destinatário
não tenha sido recebida.

O transporte da mercadoria em retorno será acompanhado pela própria


Nota Fiscal originária, em cuja 1ª via deverá ser feita observação, antes de se
iniciar o retorno, pela pessoa indicada como destinatária ou pelo transportador,

179
quanto ao motivo de não ter sido entregue a mercadoria: recusa de recebimento,
falta de localização do endereço, mercadoria fora das especificações,
estabelecimento fechado ou inacessível, ou outro qualquer, devendo a
mencionada observação ser feita, sempre que possível, no quadro “Dados
Adicionais”, no campo “Informações Complementares”, ou, não havendo espaço
suficiente, no quadro “Dados do Produto”.

O Conhecimento de Transporte originário poderá servir para acobertar a


prestação de retorno ao remetente, desde que, antes de se iniciar o retorno, seja
feita observação dessa circunstância nas 1ªs vias dos documentos relativos à
carga e à prestação do serviço.

23.4. Devolução de mercadoria sujeita à substituição tributária

Nas hipóteses de devolução ou de desfazimento de negócio relativo a


mercadorias recebidas com imposto retido e nos demais casos em que houver
necessidade de fazer-se o ressarcimento do imposto retido, já tendo este sido
recolhido, adotar-se-ão os seguintes procedimentos:

– o adquirente emitirá Nota Fiscal para acompanhar as mercadorias a serem


devolvidas ao fornecedor, calculando o imposto correspondente à saída em
função da mesma base de cálculo e da mesma alíquota constantes na Nota
Fiscal de origem, total ou parcialmente, conforme o caso;

– a Nota Fiscal emitida na forma do inciso anterior terá como natureza da


operação

“Devolução” ou “Desfazimento do negócio”, conforme o caso, devendo ser feita


anotação, no quadro “Dados Adicionais”, no campo “Informações
Complementares”, acerca do número, da série e da data da Nota Fiscal de
origem.

180
23.5. CFOP’s das operações de entradas

1.201 / 2.201 / 3.201 – Devolução de venda de produção do estabelecimento -


Classificam-se neste código as devoluções de vendas de produtos
industrializados ou produzidos pelo próprio estabelecimento, cujas saídas
tenham sido classificadas como “Venda de produção do estabelecimento”.

1.202 / 2.202 / 3.202 – Devolução de venda de mercadoria adquirida ou recebida


de terceiros – Classificam-se neste código as devoluções de vendas de
mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros, que não tenham sido objeto
de industrialização no estabelecimento, cujas saídas tenham sido classificadas
como “Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros”.

2.203 – Devolução de venda de produção do estabelecimento, destinada à Zona


Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio – Classificam-se neste código
as devoluções de vendas de produtos industrializados ou produzidos pelo
próprio estabelecimento, cujas saídas foram classificadas, respectivamente, nos
códigos 5.109 ou 6.109 – “Venda de produção do estabelecimento, destinada à
Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio”.

2.204 – Devolução de venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros,


destinada à Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio – Classificam-
se neste código as devoluções de vendas de mercadorias adquiridas ou
recebidas de terceiros, cujas saídas foram classificadas, respectivamente, nos
códigos 5.110 ou 6.110 – “Venda de mercadoria adquirida ou recebida de
terceiros, destinada à Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio”.

3.211 – Devolução de venda de produção do estabelecimento sob o regime de


“drawback” – Classificam-se neste código as devoluções de vendas de produtos
industrializados pelo estabelecimento sob o regime de “drawback”.

181
1.410 / 2.410 – Devolução de venda de produção do estabelecimento em
operação com produto sujeito ao regime de substituição tributária – Classificam-
se neste código as devoluções de produtos industrializados ou produzidos pelo
próprio estabelecimento, cujas saídas tenham sido classificadas como “Venda
de produção do estabelecimento em operação com produto sujeito ao regime de
substituição tributária”.

1.411 / 2.411 – Devolução de venda de mercadoria adquirida ou recebida de


terceiros em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição
tributária – Classificam-se neste código as devoluções de vendas de
mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros, cujas saídas tenham sido
classificadas como “Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em
operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária”.

3.503 – Devolução de mercadoria exportada que tenha sido recebida com fim
específico de exportação – Classificam-se neste código as devoluções de
mercadorias exportadas por “trading company”, empresa comercial exportadora
ou outro estabelecimento do remetente, recebidas com fim específico de
exportação, cujas saídas tenham sido classificadas no código 7.501 –
“Exportação de mercadorias recebidas com fim específico de exportação”.

1.504 / 2.504 – Entrada decorrente de devolução de mercadoria remetida com


fim específico de exportação, adquirida ou recebida de terceiros – Classificam-
se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas ou recebidas de
terceiros remetidas a “trading company”, a empresa comercial exportadora ou a
outro estabelecimento do remetente, com fim específico de exportação, cujas
saídas tenham sido classificadas, respectivamente, nos códigos 5.502 ou 6.502

182
– “Remessa de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, com fim
específico de exportação”.

1.505 / 2.505 – Entrada decorrente de devolução simbólica de mercadorias


remetidas para formação de lote de exportação, de produtos industrializados ou
produzidos pelo próprio estabelecimento – Classificam-se neste código as
devoluções simbólicas de mercadorias remetidas para formação de lote de
exportação, cujas saídas tenham sido classificadas no código 5.504 ou 6.504 –
“Remessa de mercadorias para formação de lote de exportação, de produtos
industrializados ou produzidos pelo próprio estabelecimento”.

1.506 / 2.506 – Entrada decorrente de devolução simbólica de mercadorias,


adquiridas ou recebidas de terceiros, remetidas para formação de lote de
exportação – Classificam-se neste código as devoluções simbólicas de
mercadorias remetidas para formação de lote de exportação em armazéns
alfandegados, entrepostos aduaneiros ou outros estabelecimentos que venham
a ser definidos na legislação tributária, efetuadas pelo estabelecimento
depositário, cujas saídas tenham sido classificadas no código 5.505 ou 6.505 –
“Remessa de mercadorias, adquiridas ou recebidas de terceiros, para formação
de lote de exportação”.

1.553 / 2.553 / 3.553 – Devolução de venda de bem do ativo imobilizado –


Classificam-se neste código as devoluções de vendas de bens do ativo
imobilizado, cujas saídas tenham sido classificadas, respectivamente, nos
códigos 5.551, 6.551 ou 7.551 – “Venda de bem do ativo imobilizado”.

1.660 / 2.660 – Devolução de venda de combustível ou lubrificante destinado à


industrialização subsequente – Classificam-se neste código as devoluções de
vendas de combustíveis ou lubrificantes, cujas saídas tenham sido classificadas

183
como “Venda de combustível ou lubrificante destinado à industrialização
subsequente”.

1.661 / 2.661 – Devolução de venda de combustível ou lubrificante destinado à


comercialização

– Classificam-se neste código as devoluções de vendas de combustíveis ou


lubrificantes, cujas saídas tenham sido classificadas como “Venda de
combustíveis ou lubrificantes para comercialização”.

1.662 / 2.662 – Devolução de venda de combustível ou lubrificante destinado a


consumidor ou usuário final – Classificam-se neste código as devoluções de
vendas de combustíveis ou lubrificantes, cujas saídas tenham sido classificadas
como “Venda de combustíveis ou lubrificantes por consumidor ou usuário final”.

1.918 / 2.918 – Devolução de mercadoria remetida em consignação mercantil ou


industrial – Classificam-se neste código as entradas por devolução de
mercadorias remetidas anteriormente a título de consignação mercantil ou
industrial.

1.919 / 2.919 – Devolução simbólica de mercadoria vendida ou utilizada em


processo industrial, remetida anteriormente em consignação mercantil ou
industrial – Classificam-se neste código as entradas por devolução simbólica de
mercadorias vendidas ou utilizadas em processo industrial, remetidas
anteriormente a título de consignação mercantil ou industrial.

184
23.6. CFOP’s das operações de saídas

5.201 / 6.201 / 7.201 – Devolução de compra para industrialização ou produção


rural – Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas
para serem utilizadas em processo de industrialização ou produção rural, cujas
entradas tenham sido classificadas como “1.101 ou 2.101 – Compra para
industrialização ou produção rural”.

5.202 / 6.202 / 7.202 – Devolução de compra para comercialização –


Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas para
serem comercializadas, cujas entradas tenham sido classificadas como “Compra
para comercialização”.

5.210 / 6.210 / 7.210 – Devolução de compra para utilização na prestação de


serviço – Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas
para utilização na prestação de serviços, cujas entradas tenham sido
classificadas, respectivamente, nos códigos 1.126, 2.126 ou 3.126 – “Compra
para utilização na prestação de serviço”.

7.211 – Devolução de compras para industrialização sob o regime de “drawback”


– Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas para
serem utilizadas em processo de industrialização sob o regime de “drawback” e
não utilizadas no referido processo, cujas entradas tenham sido classificadas no
código 3.127 – “Compra para industrialização sob o regime de “drawback””.

5.410 / 6.410 – Devolução de compra para industrialização ou produção rural em


operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária –
Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas para
serem utilizadas em processo de industrialização ou produção rural cujas
entradas tenham sido classificadas como “Compra para industrialização ou

185
produção rural em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição
tributária”.

5.411 / 6.411 – Devolução de compra para comercialização em operação com


mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária – Classificam-se neste
código as devoluções de mercadorias adquiridas para serem comercializadas,
cujas entradas tenham sido classificadas como “Compra para comercialização
em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária”.

5.412 / 6.412 – Devolução de bem do ativo imobilizado, em operação com


mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária – Classificam-se neste
código as devoluções de bens adquiridos para integrar o ativo imobilizado do
estabelecimento, cuja entrada tenha sido classificada, respectivamente, nos
códigos 1.406 ou 2.406 – “Compra de bem para o ativo imobilizado cuja
mercadoria está sujeita ao regime de substituição tributária”.

5.413 / 6.413 – Devolução de mercadoria destinada ao uso ou consumo, em


operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária –
Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas para uso
ou consumo do estabelecimento, cuja entrada tenha sido classificada,
respectivamente, nos códigos 1.407 ou 2.407 – “Compra de mercadoria para uso
ou consumo cuja mercadoria está sujeita ao regime de substituição tributária”.

5.503 / 6.503 – Devolução de mercadoria recebida com fim específico de


exportação – Classificam-se neste código as devoluções efetuadas por “trading
company”, empresa comercial exportadora ou outro estabelecimento do
destinatário, de mercadorias recebidas com fim específico de exportação, cujas
entradas tenham sido classificadas, respectivamente, nos códigos 1.501 ou
2.501 – “Entrada de mercadoria recebida com fim específico de exportação”.

186
5.553 / 6.553 / 7.553 – Devolução de compra de bem para o ativo imobilizado –
Classificam-se neste código as devoluções de bens adquiridos para integrar o
ativo imobilizado do estabelecimento, cuja entrada foi classificada,
respectivamente, nos códigos 1.551, 2.551 ou 3.551 – “Compra de bem para o
ativo imobilizado”.

5.556 / 6.556 / 7.556 – Devolução de compra de material de uso ou consumo –


Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias destinadas ao uso
ou consumo do estabelecimento, cuja entrada tenha sido classificada,
respectivamente, nos códigos 1.556, 2.556 ou 3.556 – “Compra de material para
uso ou consumo”.

5.660 / 6.660 – Devolução de compra de combustível ou lubrificante adquirido


para industrialização subsequente – Classificam-se neste código as devoluções
de compras de combustíveis ou lubrificantes adquiridos para industrialização do
próprio produto, cujas entradas tenham sido classificadas como “Compra de
combustível ou lubrificante para industrialização subsequente”.

5.661 / 6.661 – Devolução de compra de combustível ou lubrificante adquirido


para comercialização – Classificam-se neste código as devoluções de compras
de combustíveis ou lubrificantes adquiridos para comercialização, cujas entradas
tenham sido classificadas como “Compra de combustível ou lubrificante para
comercialização”.

5.662 / 6.662 – Devolução de compra de combustível ou lubrificante adquirido


por consumidor ou usuário final – Classificam-se neste código as devoluções de
compras de combustíveis ou lubrificantes adquiridos para consumo em processo
de industrialização de outros produtos, na prestação de serviços ou por usuário

187
final, cujas entradas tenham sido classificadas como “Compra de combustível ou
lubrificante por consumidor ou usuário final”.

5.918 / 6.918 – Devolução de mercadoria recebida em consignação mercantil ou


industrial – Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias recebidas
anteriormente a título de consignação mercantil ou industrial.

5.919 / 6.919 – Devolução simbólica de mercadoria vendida ou utilizada em


processo industrial, recebida anteriormente em consignação mercantil ou
industrial – Classificam-se neste código as devoluções simbólicas de
mercadorias vendidas ou utilizadas em processo industrial, que tenham sido
recebidas anteriormente a título de consignação mercantil ou industrial.

24. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS

24.1 Diferencial de alíquotas

O diferencial serve principalmente por dois motivos, competitividade no


mercador interno e cofre público Estadual.

No caso da competitividade, é que nos casos de preço interno as


mercadorias já estão tributadas com alíquota de ICMS integral, causando assim
um aumento no valor da mercadoria interna comparando a compra interestadual.

Já os cofres públicos, recebem essa diferença de alíquotas, assim,


obtendo mais fonte de recursos para suas obras e investimentos.

24.2. Incidência

Ocorre a incidência do diferencial de alíquotas nas seguintes operações,


conforme Art. 4º inciso

188
XV da Lei 7.014/1996:

– na entrada, no estabelecimento de contribuinte, de mercadoria ou bem


oriundos de outra unidade da Federação, quando destinados a uso, consumo ou
ativo permanente do próprio estabelecimento.

– na utilização ou recepção, por contribuinte, de serviço de transporte ou de


comunicação cuja prestação tiver sido iniciada em outra unidade da Federação,
quando o serviço não estiver vinculado a operação ou prestação subsequentes.

Ocorrendo os fatos acima, ocorre o fato gerador para a ocorrência do


diferencial de alíquotas.

24.3. Base de cálculo

A base de cálculo do ICMS, para efeito do pagamento da diferença de


alíquotas, é o valor da operação ou prestação na unidade federada de origem,
acrescido do valor do IPI, frete e demais despesas cobradas, devendo o
montante do ICMS relativo à diferença de alíquotas integrar a base de cálculo.
(Art. 17 inciso XI Lei 7.014/1996).

24.3.1. Redução de base de cálculo

Para fins de pagamento da diferença de alíquotas, o imposto a pagar será


o valor resultante da aplicação do percentual equivalente à diferença entre a
alíquota interna e a interestadual, sobre o valor da operação ou prestação, não
devendo ser considerada qualquer redução da base de cálculo relativa à
operação interna prevista na legislação tributária estadual.

Sendo assim, apenas as tratativas diferenciadas em convênios podem ser


seguidas, como por exemplo, a do Convênio 52/1991 de máquinas e
equipamentos agrícolas e industriais.

189
Nas operações com máquinas, aparelhos, equipamentos e implementos
agrícolas de que trata o Convênio ICMS nº 52/91, o destinatário dos produtos
reduzirá a base de cálculo do imposto de tal forma que a carga tributária total
corresponda aos percentuais estabelecidos nos referidos dispositivos, para as
respectivas operações internas. Prorrogado, até 30.04.20, pelo Conv. ICMS
133/19.

24.4. Cálculo do diferencial

§ 6º Nos casos do inciso XI do caput deste artigo, o imposto


a pagar será o valor resultante da aplicação da (1) alíquota
interna sobre base de cálculo obtida a partir da retirada da
carga tributária da operação interestadual e (2) inclusão da
carga tributária interna sobre o valor da mercadoria,
subtraindo-se desse resultado o valor do imposto destacado
no documento fiscal. (Art. 17 inciso XI Lei 7.014/1996).

O valor do imposto a ser recolhido corresponde ao diferencial de alíquotas


é entre a alíquota interna e a interestadual, levando como base de cálculo
previsto no item 5 destas matérias.

Exemplo:

[(valor da operação – alíquota interestadual) / (1 – alíquota interna da UF


de destino em número decimal)] x alíquota interna da UF de destino

1. [(100 – 12%) / (1 – 0,18)] x 18% =


2. (88 / 0,82) x 18% =
3. 107,32 x 18% = 19,32

Deste resultado, deve-se abater o imposto próprio do remetente, que no caso


em tela, seria:

100 x 12% = 12

190
Assim, chegamos a um DIFAL de:

19,32 – 12 = 7,32

Se o remetente for optante pelo Simples Nacional, e não vier ICMS na nota fiscal,
poderá utilizar um crédito presumido da operação interestadual da devida
alíquota como se a empresa não fosse optante pelo Simples Nacional conforme
Art. 57 do RICMS/BA.

Caso a alíquota interna do produto for igual ou inferior à alíquota interna


da mercadoria, não terá diferencial de alíquota.

24.5. Dispensa do pagamento

Estão dispensadas do pagamento do diferencial de alíquotas, as


empresas ME e EPP, independentemente de ser empresa do Simples Nacional
ou não, ao pagamento do diferencial de alíquotas nas aquisições de bens para
ativo imobilizado, porém, nas aquisições para uso ou consumo, será recolhido
normalmente conforme disposto no Art. 272 inciso I do RICMS/BA.

24.6. Crédito do ICMS

O contribuinte tem direito ao crédito do imposto, conforme art. 309, inciso


VII, do RICMS/BA, referente ao diferencial de alíquotas:

a) desde 01/11/1996, em relação à entrada de mercadoria destinada à


integração no Ativo Imobilizado, desde que não alheia à atividade do
estabelecimento;

b) somente a partir de 01/01/2020, em relação à entrada de mercadoria


destinada a uso ou consumo do estabelecimento.

191
Sendo assim, terá crédito do diferencial pago, apenas em relação ao ativo
imobilizado que faz parte da atividade da empresa, que esse valor, integral o
valor total de crédito apurado no CIAP, em 48 parcelas.

24.7. Documento de origem com incorreção

É devido o pagamento do diferencial de alíquotas se, no documento fiscal


de origem, não houver o destaque do imposto por erro ou omissão, bem como
em virtude de não-incidência ou de isenção reconhecidas ou concedidas sem
amparo constitucional pela unidade federada de origem.

Nestes casos, para o cálculo da diferença a ser paga, será utilizada a


alíquota interna do Estado da Bahia, em comparação com a alíquota prevista na
legislação da unidade federada de origem para as operações ou prestações
interestaduais.

Se houver destaque do ICMS a mais ou a menos no documento fiscal, em


razão de erro na aplicação da alíquota ou na determinação da base de cálculo,
será levado em conta o valor corretamente calculado pela legislação da unidade
federada de origem para as operações ou prestações interestaduais.

24.8. Recolhimento do diferencial

24.8.1 Conta Corrente

Conforme art. 305 §4º inciso III do RICMS/BA, o diferencial de alíquotas,


para empresas de regime de conta corrente, entra como débito de ICMS na conta
gráfica como “Diferencial de alíquotas” e entrará para apuração do imposto.

Registro E111 da EFD-ICMS/IPI (Sped-Fiscal)

192
24.8.1 Simples Nacional

Nos casos de empresa de regime Simples Nacional, nas aquisições para


uso ou consumo, deverá ser recolhido até o dia 25 do mês subsequente ao da
entrada da mercadoria no estabelecimento, conforme art. 332 inciso III item I do
RICMS/BA.

193
24.9. Devolução

No caso de devolução de mercadorias ou bens adquiridos para uso,


consumo ou ativo permanente, já tendo sido paga a diferença de alíquotas, o
valor correspondente será recuperado mediante lançamento no quadro “Crédito
do Imposto – Estornos de Débitos” do Registro de Apuração do ICMS, pelo valor
nominal, com a observação “Diferença de alíquotas – mercadoria devolvida”, a
menos que o imposto relativo à diferença de alíquotas já tenha sido utilizado
como crédito.

No caso das empresas do Simples Nacional, deve buscar em um


processo administrativo para se restituir do valor do diferencial.

24.10 Prazo de recolhimento

Os contribuintes sujeitos ao regime normal de apuração do imposto


incluirão o valor da diferença de alíquotas no cômputo dos débitos fiscais do
período.

O pagamento da diferença de alíquotas será feito até o dia 20 do mês


seguinte ao da entrada da mercadoria no estabelecimento pelos seguintes
contribuintes:

- contribuintes que optarem pelo regime de apuração em função da receita bruta,


tais como restaurantes, churrascarias, pizzarias, lanchonetes, bares, padarias,
pastelarias, confeitarias, doçarias, bombonerias, sorveterias, casas de chá, lojas
de "delicatessen", serviços de "buffet", hotéis, motéis, pousadas, fornecedores
de refeições e outros serviços de alimentação que optarem pelo regime de
apuração em função da receita bruta;

- Estabelecimentos industriais do ramo de vestuário, calçados e artefatos de


tecidos; produtores e extratores não equiparados a comerciantes ou a
industriais; contribuintes dispensados de escrituração fiscal.

194
- Empresas de construção civil inscritas no cadastro estadual na condição de
contribuintes especiais, na aquisição interestadual de bem do ativo imobilizado,
bem de uso ou material de consumo, quando indevidamente inscritas na
condição de contribuintes especiais em vez de na condição de contribuintes
normais.

25. ESTORNO DO CRÉDITO DO ICMS

25.1 Hipóteses do estorno do ICMS

25.1.1 Operação subsequente isenta ou não tributada

O art. 30, inciso I da Lei 7.014/1996 menciona que deverá se estornado o crédito
do Imposto as operações cujas saídas subsequentes não sejam tributadas.

Obedecendo ao princípio da não-cumulatividade, não poderá haver o crédito se


não houver o débito, consoante dispositivo acima mencionado.

25.1.2. Utilização em finalidade alheia à atividade (uso ou consumo)

Segundo a retro referida letra da Lei, deverá ser estornado o crédito em


relação às mercadorias ou bens adquiridos, que vierem a serem utilizados em
fim alheios à atividade do estabelecimento “Uso ou consumo”.

25.1.3. Perecimento, deterioração, perda ou furto da mercadoria

Ainda, sempre que as mercadorias sofrerem perecimento, sinistro,


deterioração ou forem objeto de quebra anormal, furto, roubo ou extravio,
inclusive no caso produtos resultantes da industrialização, extração ou geração
o contribuinte deverá efetuar o estorno do imposto creditado.

195
25.1.4. Operação subsequente com redução de base de cálculo

Deverá realizar o estorno proporcional a tributação da saída, aquelas


mercadorias cuja saída seja beneficiada com redução de base de cálculo do
imposto, conforme disposto no art. 312, § 1º do RICMS/BA.

25.1.5. Mercadorias de objeto de locação ou arrendamento a terceiros

Devem ser estornados os créditos relativos a mercadorias que forem


adquiridas de contribuinte industrial que tiver obtido aprovação técnica para
fruição de incentivo fiscal concedido por este Estado, no valor que exceder ao
imposto devido na saída subsequente da mesma mercadoria, conforme
expresso no art. 312, V, do RICMS/BA.

25.2. Determinando do valor a ser estornado

Quando for determinar do valor a ser estornado, deve-se observar o artigo 312
§ 5º do RICMS/BA:

– Quando não for conhecido o seu valor exato, será calculado mediante a
aplicação da alíquota vigente no momento da entrada ou da aquisição da
mercadoria ou da utilização do serviço, sobre o preço mais recente do mesmo
tipo de mercadoria ou serviço;

– não sendo possível precisar a alíquota vigente no momento da entrada ou da


aquisição da mercadoria ou da utilização do serviço, ou se as alíquotas forem
diversas em razão da natureza das operações ou prestações, aplicar-se-á a
alíquota das operações ou prestações preponderantes, se possível identificá-las,
ou a média das alíquotas relativas às diversas operações de entrada ou às
prestações contratadas, vigentes à época do estorno;

196
– quando houver mais de uma aquisição ou prestação e não for possível
determinar a qual delas corresponde a mercadoria ou o serviço, o crédito a ser
estornado deverá ser calculado mediante a aplicação da alíquota vigente na data
do estorno, sobre o preço mais recente da aquisição do mesmo tipo de
mercadoria ou do serviço tomado.

25.3. Emissão de nota fiscal

Conforme Artigo 83 inciso IX do RICMS/BA, será emitida nota fiscal com


a denominação “Estorno de crédito”, explicitando-se, no corpo do referido
documento, a origem do lançamento, bem como o cálculo do seu valor,
destacando a respectiva importância no Registro de Apuração do ICMS, no
último dia do mês, no quadro “Débito do Imposto – Estornos de Créditos”.

Na hipótese de ocorrer perecimento, deterioração, perda ou furto da mercadoria,


a nota fiscal será emitida com o CFOP 5.927.

Em outras hipóteses onde a legislação determina o estorno do crédito as


quais não estejam relacionadas com o item anterior, deverá utilizar para emissão
da nota fiscal o CFOP 5.949.

25.4. Estorno estende-se aos serviços vinculados

A obrigatoriedade do estorno do crédito estende-se ao imposto incidente


sobre as prestações de serviços de transporte e de comunicação relacionados
com mercadoria que vier a ter qualquer das destinações ou ocorrências de
estorno do crédito como previsto no artigo 83 inciso IX do RICMS/BA.

197
25.5. Período do estorno

Se for necessário o estorno em função da operação subsequente ser


isenta ou não tributada, o estorno deverá ser efetuado no mesmo período da
saída da mercadoria ou do bem.

26 FUNDO ESTADUAL DE COMBATE À POBREZA

26. 1 Fundo a pobreza do estado da Bahia

O Fundo Estadual de Combate à Pobreza foi instituído pela Emenda


Constitucional 31/2000, que incluiu o art. 82 no Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT), os Estados e o Distrito Federal devem
instituir em seus territórios o adicional de até 2% na alíquota do ICMS de alguns
produtos.

Conforme a mesma emenda, o Fundo Estadual de Combate à Pobreza e às


Desigualdades Sociais deveria vigorar até o ano de 2010, contudo, a Emenda
Constitucional 67/2010 prorrogou por prazo indeterminado.

No Estado da Bahia tem regulamentado o fundo a pobreza através das seguintes


legislações:

Lei nº 12.038/2010 – Altera o artigo 16-A da Lei nº 7.014, de 4 de dezembro de


1996, que trata do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).

Portaria SEFAZ nº 133/2002. – Dispõe sobre o recolhimento, em


separado, do ICMS vinculado ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da
Pobreza.

198
26.2. Mercadorias sujeitas ao FCP

No Estado da Bahia, o Fundo Estadual de Combate e Erradicação da


Pobreza (FUNCEP) está regulamentado no art. 16-A à Lei 7.014/1996. Os
procedimentos fiscais para o recolhimento e demais regras encontra-se na
Portaria SEFAZ nº 133/02.

26.2.1 Lista de Mercadorias

199
26.3. Exemplo de cálculo

Segue um exemplo de diferencial com o fundo a pobreza:

Iremos buscar o fundo a pobreza primeiramente:

Base do ICMS: R$ 1.000,00


Base do ICMS * %FCP
R$ 1.000,00 * 2,00%
FCP: R$ 20,00

Para o diferencial segue o seguinte:

200
Base do ICMS * ((%Alíquota do ICMS interna – %Alíquota do ICMS
interestadual)

R$ 1.000,00 * ((18,00% – 12,00%)

R$ 1.000,00 * 6,00%

Diferencial = R$ 60,00

Partilha do diferencial no ano de 2016, prevê 40%, para o destino, neste


caso será recolhido ao Estado da Bahia R$ 24,00 de diferencial +R$ 20,00 de
fundo a pobreza, gerando assim, um valor a recolher de R$ 44,00 que deve ser
pago.

26.4. Recolhimento

No recolhimento dos valores arrecadados diariamente, as agências


centralizadoras dos bancos arrecadadores, exceto as do Banco Bradesco S.A.,
emitirão o Documento de Repasse de Arrecadação – DRA específico, no código
DAE 2036, para creditamento na Subconta SEFAZ nº 19.346-1, BA SCU SEFAZ
ICMS, no Banco Bradesco S.A, pelo seu total.

No caso de operações interestaduais destinadas ao Estado da Bahia, o


percentual correspondente ao Fundo de Combate à Pobreza poderá ser
recolhido em GNRE distinto, com a utilização dos códigos de receita a seguir
indicados:

ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Operação – Código 10012-9

ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Apuração – Código 10013-7

201
27. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA

27.1 Da industrialização por encomenda

Possui caracterização de operação de industrialização por encomenda, a


saída, promovida por estabelecimento “autor da encomenda ou encomendante”,
para outro estabelecimento industrial, a fim de que, que este execute o processo
de industrialização e, posteriormente, efetue o seu retorno.

Considera-se industrialização as operações definidas no artigo 4° do


RIPI/2010, isto é, o estabelecimento que modifique a natureza, o funcionamento,
o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para
consumo, de que resulte produto tributado, ainda que de alíquota zero ou isento,
tais como:

a) transformação - a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos


intermediários, importe na obtenção de espécie nova;

b) beneficiamento - a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer


forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do
produto;

c) montagem - a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que


resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma
classificação fiscal;

d) acondicionamento ou reacondicionamento - a que importe em alterar a


apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em
substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas
ao transporte da mercadoria;

e) renovação ou recondicionamento - a que, exercida sobre produto usado ou


parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o
produto para utilização.

202
27.2. Da remessa e do retorno

A remessa e o retorno de mercadoria para industrialização por


encomenda estão amparados pela suspensão do ICMS, conforme o disposto no
art. 280 inciso I e §4 inciso do RICMS/BA (Decreto 13.780/12)

27.2.1. Remessa para industrialização

A remessa para industrialização ocorrerá com o CFOP 5.901/6.901 com


o ICMS suspenso (CST 50) e com as informações em “Dados Adicionais”
(Suspensão do ICMS conforme Art. 280 inciso I do RICMS/BA)

Será cobrado o ICMS normalmente se ultrapassar o prazo de 180 dias e


não tiver sido feito o retorno, o ICMS será devido desde a data original da
mercadoria, inclusive com os acréscimos legais, sendo que esse prazo poderá
ser prorrogado até duas vezes, por igual período, em face de requerimento
escrito do interessado, dirigido à repartição fiscal a que estiver vinculado.

27.2.2. Retorno da industrialização dentro do prazo

A operação de retorno da industrialização por encomenda também está


amparada pela suspensão do ICMS, em relação aos insumos que foram
remetidos para industrialização pelo encomendante, na forma dos artigos 280,
§4º do RICMS/BA, porém a valor da industrialização será tributado normalmente
pelo ICMS conforme retro da mesma lei no inciso II.

O CFOP a ser utilizado na NF de retorno dos insumos será 5.902/6.902


(Suspenso) e, nas operações de cobrança dos serviços, o CFOP 5.124/6.124
(Tributado).

27.2.3. Diferimento no retorno

203
O ICMS no CFOP 5.124, tem o diferimento do ICMS nas saídas, em
retorno real ou simbólico ao estabelecimento de origem, de mercadorias
remetidas para industrialização, beneficiamento, conserto ou processos
similares em estabelecimento de terceiro por conta do remetente, relativamente
ao valor acrescido, desde que o autor da encomenda e o estabelecimento
executor da industrialização ou serviço sejam situados neste Estado e que as
mercadorias se destinem a comercialização ou industrialização, conforme o art.
286 inciso XX do RICMS/BA, porém o mesmo teve estar habilitado para utilizar
o diferimento.

27.2.4. Retorno da industrialização fora do prazo

Quando ocorrer o retorno fora do prazo, para regularizar da operação, o


autor da encomenda (encomendante) deverá emitir Nota Fiscal Complementar
de ICMS, onde o industrializador terá direito ao crédito. E o industrializador ao
efetuar o retorno da mercadoria, será tributado normalmente.

27.3. Vedações da suspensão

O ICMS suspensão prevista no art. 280 do RICMS/BA, não se aplica nas


operações interestaduais com sucatas ou com produtos primários de origem
animal, vegetal ou mineral, salvo quando for celebrado protocolo entre a Bahia
e a unidade federada envolvida na operação.

Também não será aplicado nas saídas em retorno de couros e peles


destinadas ao remetente do gado para abate, ficando o estabelecimento
abatedor responsável pelo pagamento do imposto, tomando por base de cálculo
o valor definido em pauta fiscal, exceto quando, autorizado pelo remetente do
gado, for enviado para um curtume neste estado, habilitado para operar no
regime de diferimento.

204
27.3.1. Leite in natura para Sergipe

Por força do Protocolo 45/2016, o leite in natura, mesmo sendo um


produto de origem animal, poderá ser aplicado à suspensão do ICMS, quando a
remessa para industrialização for oriundo da região do semi-árido baiano, para
fins de industrialização no Estado da Sergipe, da qual deverá resultar o produto
denominado leite longa vida – UHT.

A suspensão fica condicionada à prévia autorização do fisco dos Estados


signatários que, em regime especial a ser requerido pelo interessado, poderá
permitir a este a adoção do tratamento tributário previsto neste Protocolo.

E também que o retorno do produto industrializado ao estabelecimento


autor da encomenda no prazo de 90 (noventa) dias, contados da data da
respectiva saída, prorrogável por igual prazo, a critério do fisco dos Estados
signatários.

A suspensão aqui prevista, aplica-se, igualmente, ao retorno, real ou


simbólico, ao estabelecimento encomendante, do produto resultante da
industrialização.

Na remessa de leite in natura para o estabelecimento industrializador, o


estabelecimento encomendante emitirá nota fiscal, sem destaque do valor do
ICMS, na qual indicará:

I – como natureza da operação, a expressão “Remessa para Industrialização por


Encomenda”;

II – no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES”, a expressão


“Suspensão do ICMS – Protocolo ICMS 45/16”.

Na saída do produto resultante da industrialização em retorno real ou


simbólico, o estabelecimento industrializador deverá emitir nota fiscal, com
destaque do valor do ICMS sobre o valor cobrado do autor da encomenda, tendo
como destinatário o estabelecimento de origem, na qual indicará:

205
I – como natureza da operação, a expressão “Retorno de Industrialização por
Encomenda”;

II – no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES”, a expressão


“Suspensão do ICMS – Protocolo ICMS 45/16”.

27.3.2. Semi-árido baiano

Denominada “Território de Identidade Bacia do Jacuípe”, que compreende


os municípios de Baixa Grande, Capela do Alto Alegre, Gavião, Ipirá, Mairi, Nova
Fátima, Pé de Serra, Pintadas, Quixabeira, Riachão do Jacuípe, São José do
Jacuípe, Serra Preta, Várzea da Roça e Várzea do Poço.

27.3.3. Autorização do fisco do Estado signatário

A autorização deverá ocorrer em solicitação do Estado de Sergipe para


operar com a suspensão do ICMS, previsto no Protocolo 45/2016.

Conforme o art. 133 do RICMS/SE, o pedido de Regime Especial de


Tributação, contendo a identificação do contribuinte, será apresentado em 2
(duas) vias na repartição fazendária do domicílio fiscal do requerente ou no
Protocolo Geral da Secretaria de Estado da Fazenda, instruído com os seguintes
documentos:

• Declaração de regularidade de recolhimento do ICMS fornecida pela


Unidade Federada na qual o requerente tenha domicílio fiscal;

• Cópia autenticada do contrato social ou do ato constitutivo da empresa e


alterações, se for o caso;

• Cópia autenticada do instrumento procuratório nos casos em que o pedido


ou a assinatura do Termo de Acordo não possa ser efetuado pelo representante
legal da empresa.

206
27.4. Simples Nacional

Conforme Art. 18 da Lei complementar 123/2006, o Simples Nacional tem suas


tributações por receita. Sendo assim:

Simples Nacional Encomendante: Não há receita na remessa e retorno de


industrialização, ou seja, não há tributação.

Simples Nacional Industrializador: Só será tributado o material aplicado e a


mão de obra (CFOP 5.124/6124), pois está tendo receita sobre esta operação.

27.5. Mercadoria não aplicada no processo

Para os insumos recebidos para industrialização e não aplicados no


referido processo poderá ser emitida a nota fiscal conforme segue:

CFOP da operação será 5.903/6.903: Retorno industrialização por


encomenda

No campo de Dados adicionais da nota fiscal deverá ser informado:

ICMS suspenso, conforme Art 280, inciso I, do RICMS/BA, Decreto nº


13.780/2012” e “Retorno da NF nº……, de …/…/…, no valor de R$………..,
referente ao material não aplicado na industrialização”.

28. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA POR


CONTA E ORDEM DE TERCEIROS

28.1. Conceito

A melhor definição de industrialização é proporcionada pelo artigo 4º do


Regulamento do IPI, Decreto 7.212/2.010.

207
Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a natureza,
o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou
o aperfeiçoe para consumo, tal como:

1 – A que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe


na obtenção de espécie nova (transformação);

2 – a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o


funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto
(beneficiamento);

3 – a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um


novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal
(montagem);

4 – a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da


embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem
colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou
reacondicionamento); ou

5 – a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto


deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização
(renovação ou recondicionamento).

São irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização, o


processo utilizado para obtenção do produto e a localização e condições das
instalações ou equipamentos empregados.

28.2. Fornecedor e industrializador

Em conformidade com o art. 280 §§ 1 a 4 do RICMS /BA, nas operações


em que um estabelecimento mandar industrializar mercadoria, com fornecimento
de matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem, adquiridos
de outro, os quais, sem transitar pelo estabelecimento adquirente, forem

208
entregues pelo fornecedor diretamente ao estabelecimento industrializador,
observar-se-á:

1 – o estabelecimento fornecedor deverá:

a) emitir nota fiscal em nome do estabelecimento adquirente, a qual, além


das exigências previstas, conterá o nome, o endereço e os números de inscrição,
estadual e no CNPJ do estabelecimento em que os produtos serão entregues,
bem como a circunstância de que se destinam à industrialização;

b) efetuar na nota fiscal referida na alínea anterior o destaque do valor do


imposto, quando devido, que será aproveitado como crédito pelo adquirente, se
for o caso;

c) emitir nota fiscal, sem destaque do valor do imposto, para acompanhar o


transporte da mercadoria ao estabelecimento industrializador, onde, além das
exigências previstas, constará o número, a série, sendo o caso, e a data da
emissão da nota fiscal referida na alínea “a”, o nome, o endereço e os números
de inscrição, estadual e no CNPJ, do adquirente, por cuja conta e ordem a
mercadoria será industrializada;

2 – o estabelecimento industrializador deverá:

a) emitir nota fiscal, na saída do produto industrializado com destino ao


adquirente, autor da encomenda, na qual, além das exigências previstas,
constará o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ,
do fornecedor e o número, a série, sendo o caso, e a data da emissão da nota
fiscal referida na alínea “c” do inciso anterior, bem como o valor da mercadoria
recebida para industrialização, o valor das mercadorias empregadas e o total
cobrado pelo industrializador do autor da encomenda, referente ao serviço e
peças ou materiais por este eventualmente fornecidas;

b) efetuar na nota fiscal referida na alínea anterior, sendo o caso, o destaque


do valor do imposto sobre o valor total cobrado do autor da encomenda, que será
por este aproveitado como crédito, quando de direito.

209
28.3. Mais de um estabelecimento industrializador

Se a mercadoria transitar por mais de um estabelecimento


industrializador, antes da entrega ao adquirente, autor da encomenda, cada
industrializador deverá:

1 – emitir nota fiscal para acompanhar o transporte da mercadoria ao


industrializador seguinte, sem destaque do imposto, contendo, além das
exigências previstas:

a) a indicação de que a remessa se destina à industrialização por conta e


ordem do adquirente, autor da encomenda, que será qualificado nessa nota
fiscal;

b) a indicação do número, da série, sendo o caso, e da data da nota fiscal,


do nome, do endereço e dos números de inscrição, estadual e no CNPJ, do seu
emitente, pela qual for recebida a mercadoria;

2 – emitir nota fiscal em nome do estabelecimento adquirente, autor da


encomenda, contendo, além das exigências previstas:

a) a indicação do número, da série, sendo o caso, e da data da nota fiscal,


do nome, do endereço e dos números de inscrição, estadual e no CNPJ, do seu
emitente, pela qual for recebida a mercadoria;

b) a indicação do número, da série, sendo o caso, e da data da nota fiscal


referida no inciso anterior;

c) o valor da mercadoria recebida para industrialização, e o valor total


cobrado do autor da encomenda, destacando deste o valor da mercadoria
empregada;

210
d) o destaque do valor do imposto, sobre o valor total cobrado do autor da
encomenda, sendo o caso, que será por este aproveitado como crédito, quando
de direito.

28.4. Fluxograma da operação

28.5. Nota fiscal remessa simbólica

Frequente nos depararmos com as problemáticas deste tema, envolvendo


emissões de notas fiscais de remessa simbólica, pelo remetente referente à
mercadoria que foi remetida para industrialização diretamente pelo seu
fornecedor.

Em nenhum momento a legislação traz sobre uma remessa simbólica,


porém, nada impede de fazer, neste caso, se for uma operação interna não há
necessidade de realizar, agora, se for uma operação interestadual, onde o
Estado onde está operando existe, nada impede de realizar a emissão desta NF.

211
29 LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E PAPEL
DESTINADO À SUA IMPRESSÃO

29.1 Definição de livros para fins de aplicação da norma

A Lei 10.753/2003 instituiu a “Política Nacional do Livro”.

Salienta-se em seu artigo 2º, especificamente, temos a definição de livro,


qual seja: “considera-se livro, a publicação de textos escritos em fichas ou folhas,
não periódica, grampeada, colada ou costurada, em volume cartonado,
encadernado ou em brochura, em capas avulsas, em qualquer formato e
acabamento”.

E, portanto, são equiparados a Livros, de acordo com o parágrafo único,


deste artigo 2º da referida Lei citada acima:

– fascículos, publicações de qualquer natureza que representem parte de livro;-


materiais avulsos relacionados com o livro, impressos em papel ou em material
similar;

– Roteiros de leitura para controle e estudo de literatura ou de obras didáticas

– álbuns para colorir, pintar, recortar ou armar;

– Atlas geográficos, históricos, anatômicos, mapas e cartogramas;

– Textos derivados de livro ou originais, produzidos por editores, mediante


contrato de edição celebrado com o autor, com a utilização de qualquer suporte;

– Livros em meio digital, magnético e ótico, para uso exclusivo de pessoas com
deficiência visual;

– Livros impressos no Sistema “Braile”.

212
29.2. Imunidade constitucional prevista

A Constituição Federal de 1988 determina imunidade tributária para a


circulação de Livros, jornais ou periódicos.

Base Legal: art.150, Inciso VI, “d”, Constituição Federal

Não menos importante, a imunidade tem por objetivo estimular a


proximidade da população brasileira aos meios de divulgação da cultura,
incentivando principalmente o estudo, promovendo o incremento ao nível
educacional da sociedade brasileira.

29.3. Legislação Estadual

A legislação estadual da Bahia traz em seu artigo 3º, inciso I, da Lei nº


7.014/1996 a não incidência do ICMS, nas circulações de Livros, Jornais e
Periódicos, vejamos:

“Subseção II

Da Não-Incidência

“Art. 3° O imposto não incide sobre:

I – livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua


impressão, inclusive o serviço de transporte dos
mesmos;”

29.4. Simples nacional

Quando falamos sobre os contribuintes amparados pelo regime de


tributação Simples Nacional, essa questão não se difere.

Aos contribuintes optantes pelo Simples Nacional, que possuem a


atividade de comercialização, industrialização de livros, jornais, periódicos e

213
utilizam o papel destinado à sua impressão; deverão ao preencher no PGDAS
da seguinte forma:

– Após informar o valor das receitas: indicar a imunidade do ICMS nas colunas
próprias, para que o percentual do ICMS não seja incluído no cálculo do imposto.
Desta forma, a previsão de imunidade virá a vedar a geração de receita para fins
de recolhimento de ICMS.

29.5. Imunidade para livros, jornais periódicos e papel destinado


à sua impressão x mídias eletrônicas

Como dispõe o artigo 150, VI, alínea “d” da Constituição federal de 1.988,
verificamos;

Artigo 150. Sem prejuízo de outras garantias


asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(…)
VI – instituir impostos sobre:
(…)
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua
impressão.

Entende-se pelo dispositivo que, qualquer livro ou periódico, como


também o papel utilizado para a sua impressão, sem ressalvas, serão imunes
aos impostos do Fisco.

Com isso, não adianta argumentar que a edição do livro seja pequena,
que a obra tenha características especiais ou mesmo que o papel não seja o
mais apropriado para a impressão. Isto porque provado o destino que lhe seja
dado, estar-se-á diante de uma imunidade tributária.

Por muito tempo, a verificou-se que existem várias jurisprudências


restritivas ao uso do disposto para mídias eletrônicas, entendendo-se portanto
que a imunidade só deveria abranger os livros, jornais e periódicos e o papel

214
destinado a sua impressão, através de uma interpretação extremamente literal
da norma, e neste caso considerando que o contribuinte seja pleiteando
imunidade indica-se que este deve realizar consulta formal ao fisco vislumbrando
sua aplicabilidade.

30. VENDA INTERESTADUAL PARA NÃO


CONTRIBUNTE

Abordaremos as alterações na Constituição Federal decorrentes da


Emenda Constitucional n° 87/2015, que altera a competência para cobrança do
ICMS nas operações e prestações interestaduais destinadas a não contribuintes
do ICMS.

30.1 As Alterações Dadas Pela Emenda Constitucional 87/2015

A Emenda Constitucional n° 87/2015, publicada no DOU de 17.04.2015,


altera os incisos VII e VIII do § 2° do artigo 155 da Constituição Federal.

O referido artigo 155 dispõe quanto aos tributos de competência dos


Estados e do Distrito Federal, enquanto o § 2° versa especificamente acerca do
ICMS.

Com relação aos incisos VII e VIII, alterados pela citada EC 87/2015,
delimitam a competência para cobrança do ICMS em operações e prestações
que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto,
localizado em outro Estado.

Com as alterações, parte do valor do ICMS devido nas operações e


prestações destinadas a não contribuintes passará a ser recolhido em favor da
Unidade da Federação de destino. Anteriormente, o ICMS era recolhido
integralmente no Estado de origem da operação.

215
Para fins de melhor visualização, no quadro a seguir, transcrevemos a
redação dos dispositivos legais modificados, antes e após as alterações
decorrentes da EC 87/2015:

30.2 Tributação Na Origem

Com a alteração do texto do inciso VII do § 2° do artigo 155 da


Constituição Federal, nas operações interestaduais destinadas a não
contribuintes do ICMS, deverá ser aplicada a alíquota interestadual cabível.

As alíquotas interestaduais, previstas nas Resoluções do Senado Federal


n° 22/89 e 13/2012, são as seguintes:

a) 4%, em relação às mercadorias importadas ou com Conteúdo de Importação


superior a 40%;

b) 7%, nas operações originárias dos Estados das regiões Sul e Sudeste (exceto
o Estado do Espírito Santo) com destino a Estados das regiões Norte, Nordeste
e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo (ressalvado o disposto na alínea
“a”, logo acima);

c) 12%, nas demais operações.

216
30.3 Tributação No Destino

Tendo em vista as alterações dadas pela Emenda Constitucional n°


87/2015, passará a ser pago à Unidade da Federação de destino o valor do ICMS
correspondente ao diferencial de alíquotas, considerando-se para tanto a
alíquota interna da Unidade da Federação de destino, em contraponto à alíquota
interestadual aplicável à operação, que será de 4%, 7% ou 12%, conforme visto
no tópico 4 da presente matéria.

30.4. Prestações de serviço de transporte. Disposições


específicas

Especificamente em relação às prestações de serviço de transporte, o §


2° da cláusula segunda do Convênio ICMS 93/2015 indica que se considera
Unidade Federada de destino aquela onde tenha fim a prestação.

O § 3° da mesma cláusula estabelece que não cabe o recolhimento quando o


transporte for efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem
(cláusula CIF - Cost, Insurance and Freight).

30.5. Simples Nacional

As disposições quanto ao recolhimento de parte do imposto devido em


favor da Unidade da Federação de destino aplicam-se aos contribuintes optantes
pelo Simples Nacional, conforme expresso na cláusula nona do Convênio ICMS
93/2015. Todavia, o referido convênio não indicou de que forma se dá o cálculo
pelas empresas optantes por tal regime.

Frisa-se que o Despacho CONFAZ n° 35/2016 (DOU de 11.03.2016)


comunica que foi suspensa a eficácia da cláusula nona por força de decisão do
Supremo Tribunal Federal, concedida em sede liminar na Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADIN) n° 5.464, até o julgamento final da ação.

217
Desta forma, não poderá mais ser exigido o recolhimento do diferencial
de alíquotas em favor do Estado de destino (e nem da parcela da partilha em
favor do Estado de origem, por consequência), nas operações interestaduais
destinadas a não contribuintes do ICMS, na hipótese de o remetente ser optante
pelo Simples Nacional.

30.6. Crédito

O crédito relativo às operações e prestações anteriores deve ser deduzido


do débito correspondente ao imposto devido à unidade federada de origem,
conforme indicado na cláusula terceira do Convênio ICMS 93/2015.

30.7. Recolhimento. Responsabilidade e forma

A responsabilidade pelo recolhimento do ICMS correspondente ao


diferencial de alíquotas, em favor da Unidade da Federação de destino, foi
atribuída expressamente ao remetente, em se tratando de operações destinadas
a não contribuintes.

O assunto encontra-se disciplinado no artigo 155, § 2°, inciso VIII, alínea


“b”, da Constituição Federal, em sua nova redação dada pela Emenda
Constitucional n° 87/2015.

Segundo a cláusula quarta do Convênio ICMS 93/2015, o recolhimento


deve ser efetuado por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos
Estaduais (GNRE) ou outro documento de arrecadação, de acordo com a
legislação da unidade federada de destino, por ocasião da saída do bem ou do
início da prestação de serviço, em relação a cada operação ou prestação. O
documento de arrecadação deve mencionar o número do respectivo documento
fiscal e acompanhar o trânsito do bem ou a prestação do serviço.

O Ajuste SINIEF 11/2015, alterou o Convênio SINIEF 06/89,


acrescentando os códigos de receita da Guia Nacional de Recolhimento de
Tributos Estaduais On-Line (GNRE On-Line), para fins de recolhimento do ICMS

218
devido nas operações interestaduais destinadas a consumidor final não
contribuinte, em decorrência da Emenda Constitucional n° 87/2015, e ao ICMS
destinado ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza, os quais transcrevemos a
seguir:

a) ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por Operação Código


10010-2;

b) ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por Apuração Código


10011-0;

c) ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Operação Código 10012-9;

d) ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Apuração Código 10013-7.

A cláusula quinta do Convênio ICMS 93/2015 indica que, a critério da


Unidade Federada de destino e conforme dispuser a sua legislação tributária,
pode ser exigida ou concedida ao contribuinte localizado na unidade federada
de origem inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS - ficando dispensado
de nova inscrição estadual ou distrital o contribuinte que já possua inscrição na
condição de substituto tributário na Unidade Federada de destino.

Na hipótese de o contribuinte já possuir inscrição na condição de


contribuinte substituto em outra Unidade Federada, o imposto relativo ao
recolhimento do ICMS correspondente ao diferencial de alíquotas, em favor da
Unidade da Federação de destino, deverá ser efetuado no prazo previsto no
respectivo convênio ou protocolo que dispõe da substituição tributária.

Já para o contribuinte não inscrito como substituto tributário, que solicitar


a inscrição estadual para atender as disposições do Convênio ICMS 93/2015,
este deverá efetuar o recolhimento do diferencial de alíquotas, em favor da
Unidade da Federação de destino até o décimo quinto dia do mês subsequente
à saída do bem ou ao início da prestação de serviço.

A inadimplência do contribuinte inscrito em relação ao imposto devido ou


a irregularidade de sua inscrição estadual ou distrital faculta à unidade federada
de destino exigir que o imposto seja recolhido antecipadamente.

219
Cumpre mencionar que o Convênio ICMS 09/2016 alterou o Convênio
ICMS 152/2015, estabelecendo que o contribuinte remetente, desde que em
31.12.2015 encontre-se inscrito na unidade federada de origem, poderá, em
relação aos fatos geradores que ocorrerem no período de 01.01.2016 a
30.04.2016, independentemente de ser inscrito na unidade federada de destino,
recolher o imposto devido ao destino até o décimo quinto dia do mês
subsequente à saída do bem ou ao início da prestação de serviço.

As disposições supramencionadas não se aplicam aos Estados de


Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso,
Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Sergipe e Tocantins.

30.8. Inscrição auxiliar

Conforme mencionado do tópico anterior, a cláusula quinta do Convênio


ICMS 93/2015 indica que, a critério da Unidade Federada de destino e conforme
dispuser a sua legislação tributária, pode ser exigida ou concedida ao
contribuinte localizado na unidade federada de origem inscrição no Cadastro de
Contribuintes do ICMS - ficando dispensado de nova inscrição estadual ou
distrital o contribuinte que já possua inscrição na condição de substituto tributário
na Unidade Federada de destino.

Até 30.06.2016 as Unidades Federadas concederão inscrição no


Cadastro de Contribuintes do ICMS de forma simplificada, ficando dispensada a
apresentação de documentos, nos termos da cláusula terceira do Convênio
ICMS 152/2015.

30.9 Emissão Do Documento Fiscal

Segundo a cláusula oitava do Convênio ICMS 93/2015, a escrituração das


operações e prestações de serviço, bem como o cumprimento das respectivas
obrigações acessórias, devem ser disciplinadas em ajuste SINIEF, que deverá

220
conter regramento específico acerca da forma de emissão dos documentos
fiscais, de modo a identificar corretamente a partilha do ICMS entre as Unidades
da Federação envolvidas na operação.

Os Códigos Fiscais de Operação (CFOP) utilizados nas operações de


venda são o 6.107 (produção própria) e o 6.108 (mercadoria adquirida de
terceiros). Já em relação ao serviço de transporte, o CFOP mais comum nas
prestações destinadas a não contribuintes do ICMS é o 6.357.

CFOP Descrição

Venda de produção do estabelecimento, destinada a não contribuinte

6.107
Classificam-se neste código as vendas de produtos industrializados ou produzidos por estabelecimento de produtor rural,
destinadas a não contribuintes. Quaisquer operações de venda destinadas a não contribuintes deverão ser classificadas
neste código.

Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, destinada a não contribuinte

6.108
Classificam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros para industrialização ou
comercialização, que não tenham sido objeto de qualquer processo industrial no estabelecimento, destinadas a não
contribuintes. Quaisquer operações de venda destinadas a não contribuintes deverão ser classificadas neste código.

Prestação de serviço de transporte a não contribuinte

6.357
Classificam-se neste código as prestações de serviços de transporte a pessoas físicas ou a pessoas jurídicas não indicadas
nos códigos anteriores.

Importante salientar que, em relação aos documentos fiscais


normalmente utilizados para venda a não contribuinte, como o cupom fiscal, a
nota fiscal de venda a consumidor e a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica
(NFC-e), considerando a regra pertinente à partilha do imposto entre os estados,
necessariamente haverá a necessidade de identificação do destinatário,
especificamente quanto a seu endereço.

Caso o remetente possua inscrição como substituto tributário na Unidade


da Federação de destino, o número de tal inscrição deve ser aposto em todos

221
os documentos dirigidos à unidade federada de destino, inclusive nos
respectivos documentos de arrecadação.

A Nota Técnica NF-e 2015.003-v1.60, de dezembro/2015, traz as novas


regras no que se refere à parametrização, à emissão e às regras de validação
da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), considerando as alterações dadas pela
Emenda Constitucional n° 87/2015. Com relação ao Conhecimento de
Transporte Eletrônico (CT-e), o assunto foi abordado pelas Nota Técnica CT-e
2015.003, de setembro/2015 e Nota Técnica CT-e 2015.004, de novembro/2015.

31. NF-E NAS VENDAS PARA NÃO CONTRIBUINTE

Devido às diversas alterações feitas realizadas no layout da NF-e,


diversas dúvidas tem surgido devido a algumas rejeições da Sefaz no envio do
schema XML para aprovação da Nota Fiscal eletrônica.

Sendo assim, este tópico orienta o leitor sobre os procedimentos que deve
ser atentado na emissão de uma NF-e quando for realizar uma venda para um
consumidor final não contribuinte do ICMS.

31.1. Destino da operação

Neste campo, é referente a versão 3.10 da NF-e, alterada pela NT


2013.005, onde há as seguintes opções de preenchimento:

1 = Operação interna (Notas para dentro do Estado);

2 = Operação interestadual (Notas para fora do Estado);

3 = Operação com exterior (Notas para fora do país).

Onde traz a seguinte regra de validação:

222
“Se operação Interna no Estado (tag:idDest = 1) e operação não é com
Consumidor final:

– UF de destino difere da UF do emitente

Exceção: Se a tag UFCons (id:LA06) foi informada com a mesma UF do


emitente não se aplica esta regra (NT 2013/005)”

Ou seja, quando se tratar de operações onde o destinatário é do mesmo


estado do emitente (idDest = 1, operação interna). A UF do destinatário deve ser
IGUAL a UF do emitente. Existe uma exceção quando se trata de NF de
Combustíveis e é informado a tag UFCons.

Nos casos de venda para consumidor final não contribuinte de outro


Estado, onde a venda foi presencial, ou seja, foi até o estabelecimento fazer a
compra e a retirada, deve preencher a UF do comprador do outro Estado, se
mesmo assim, estive dando o erro:

“773 – Rejeição: Operação Interna e UF de destino difere da UF do


emitente”, deve analisar o preenchimento do tipo de atendimento.

223
31.2. Tipo de atendimento

Implementada pela mesma NT referenciada acima, quando realiza a


venda para consumidor final, deve ser preenchido o campo “Indicação de
operação com Consumidor Final, Indicação de atendimento presencial”.

Este campo, tem as seguintes opções:

0=Não se aplica (por exemplo, para a Nota Fiscal complementar ou de ajuste);

1=Operação presencial;

2=Operação não presencial, pela Internet;

3=Operação não presencial, Teleatendimento;

4=NFC-e em operação com entrega em domicílio;

9=Operação não presencial, outros.

Nota: Para a NFC-e, somente são aceitas as opções 1 e 4.

Este campo se refere em indicar a presença do comprador no


estabelecimento comercial no momento da operação, sendo assim, poderá
mencionar quando para consumidor final com retira no estabelecimento ou não.

Conforme tratado no tópico 2 desta matéria, quando realizar uma venda


para consumidor final não contribuinte do ICMS, onde, a venda foi feita de modo
presencial, e apenas a moradia do comprador é em outro Estado, irá preencher
o seguinte:

Destino da operação: 2 = Operação interestadual (Notas para fora do Estado);

224
Tipo de atendimento: 1=Operação presencial;

31.3. Tipo de contribuinte

O campo “Tipo de Contribuinte”, é onde será informado se a pessoa é


Contribuinte ICMS (Neste caso é obrigatório a informação da Inscrição
Estadual), Contribuinte ISENTO ou Não Contribuinte.

Nas vendas para não contribuintes ou para exportação deve informar


como tipo de contribuinte o 9 “não contribuinte”.

225
31.4. CFOP

Nas vendas para consumidor final não contribuinte do ICMS, existem


CFOP próprios para essa emissão, não devendo ser aplicado nenhum outro
CFOP, apenas os lista os abaixo:

32. NOTA FISCAL COMPLEMENTAR

Este tópico pretende apresentar ao leitor os procedimentos para emissão


de ma nora fiscal complementar de ICMS, além das possibilidades de emissão
da NF-e, quando é possível a emissão e como deve ser feito o preenchimento.

226
32.1. O que é nota fiscal complementar

A Nota Fiscal Complementar é a nota emitida para acrescentar dados e


valores antes não informados no documento fiscal original. Ela pode ser
complementar de valor, quantidade ou ICMS.

32.2. Quando emitir nota fiscal de complemento

A nota complementar deve ser emitida nos seguintes casos:

• Reajuste do preço em qualquer circunstância que implique em aumento do


valor original pago;

• Quando o valor do contrato de câmbio de uma exportação acarretar aumento


do valor da operação na nota;

• Para regularizar uma nota por alguma diferença de preço ou de quantidade de


mercadoria no período de apuração do imposto daquela operação.

32.3. Como preencher uma NF-e complementar

Veja em detalhes o que colocar em cada campo para preencher sua nota
fiscal complementar:

• Natureza da Operação: Descreva o que é que a nota está a complementar,


como “Complemento de tributo”, “Complemento de preço” ou “Complemento de
quantidade”, O CFOP de dentro da tela do produto deve permanecer o mesmo
enviado na nota a ser complementada.

• Dados do Destinatário/Remetente: Nesse campo é inserido o nome, endereço,


CNPJ do contribuinte ao qual foi impressa a NFe que está sendo
complementada.

227
• Dados do Imposto: Informe apenas o que está sendo complementado,
contabilizando somente a diferença da nota original.

• Código do Produto: utilizar o mesmo código da nota emitida com erro.

• Quantidade = 0 (zero) ou a quantidade a ajustar

• Valor total = 0 (zero) ou valor a ajustar

• Código de Situação Tributária = utilizar o mesmo código da nota emitida com


erro.

• Modalidade de determinação da Base de cálculo = „Valor da operação‟.

• BC ICMS = Valor do ICMS a complementar, referente ao item ou 0 (zero) caso


não seja complemento de ICMS

• Alíquota ICMS = 100. Obs.: campo será preenchido somente para permitir a
validação da NF-e; ou 0 (zero) caso não seja complemento de ICMS

• Valor do ICMS = Valor do ICMS a complementar, referente ao item; ou 0 (zero)


caso não seja complemento de ICMS- BC ICMS ST = Valor do ICMS ST a
complementar, referente ao item ou 0 (zero) caso não seja complemento de
ICMS ST

• Alíquota ICMS ST = 100. Obs.: campo será preenchido somente para permitir
a validação da NF-e; ou 0 (zero) caso não seja complemento de ICMS ST

• Valor do ICMS ST = Valor do ICMS ST a complementar, referente ao item; ou


0 (zero) caso não seja complemento de ICMS ST Cálculo do Imposto.

• Base de Cálculo ICMS = Valor do ICMS a complementar ou ou 0 (zero) caso


não seja complemento de ICMS

• Valor do ICMS = Valor do ICMS a complementar ou 0 (zero) caso não seja


complemento de ICMS

• Base de Cálculo ICMS ST = Valor do ICMS ST a complementar ou ou 0 (zero)


caso não seja complemento de ICMS ST

• Valor do ICMS ICMS ST = Valor do ICMS ST a complementar ou 0 (zero) caso


não seja complemento de ICMS ST

228
• Valor Total dos Produtos = Valor dos produtos, caso seja complemento de valor
ou 0 (zero) caso seja outro tipo de complemento

• Valor total da Nota Fiscal = Valor dos produtos, caso seja complemento de
valor; ou Valor do ICMS ST, caso exista complemento de ST; ou 0 (zero) caso
seja outro tipo de complemento;

• NCM: Conforme Nota Técnica 2014/004, se for complemento de ICMS, deve


utilizar o NCM 0000.00.00, caso for de valor da mercadoria, deve utilizar o NCM
da mercadoria.

• Dados do Transportador: A modalidade de frete deve ser informada como frete


por conta do emitente = 0.

• Dados Adicionais / Informações Complementares: Preencher conforme o


regulamento.

33 NOTA FISCAL AVULSA

Neste tópico iremos discorrer sobre o assunto “Nota Fiscal Avulsa” no


Estado da Bahia.

A Nota Fiscal Avulsa é utilizada quando um não contribuinte, por algum


motivo, precisa realizar um transporte de mercadoria e necessita de um
documento fiscal hábil para a operação.

33.1. Emissão da Nota fiscal avulsa

Poderá ser emitida a Nota Fiscal avulsa nas hipóteses previstas no Art
193 do RICMS/BA.

I – nas saídas de mercadorias ou bens efetuadas por produtores rurais ou


extratores, não constituídos como pessoa jurídica ou, por outros contribuintes,

229
quando não possuírem nota fiscal própria, inclusive nas entradas de mercadorias
ou bens procedentes do exterior;

II – nas saídas de mercadorias ou bens de repartições públicas, inclusive


autarquias federais, estaduais ou municipais, quando não obrigadas à emissão
de notas fiscais, bem como nas entradas de mercadorias ou bens procedentes
do exterior;

III – na circulação de mercadorias ou bens efetuada por pessoas não


inscritas no cadastro de contribuintes, inclusive por particulares;

IV – na regularização do trânsito de mercadoria ou da prestação de serviço que


tiver sido objeto de ação fiscal, inclusive no caso de complementação do imposto
destacado a menos em documento fiscal;

V – para documentar a prestação de serviços de transporte intermunicipal,


interestadual ou internacional, quando o serviço for prestado por transportador
autônomo ou em veículo de empresa transportadora não inscrita neste Estado,
não tendo sido feita a retenção ou antecipação do imposto, se devido; e

VI – nas saídas de mercadorias ou bens efetuadas por Microempreendedor


Individual-MEI.

33.2. Forma de emissão

A nota fiscal avulsa será emitida mediante acesso ao endereço eletrônico


http://www.sefaz.ba.gov.br ou nas repartições fazendárias.

33.3. Indicações necessárias

A Nota Fiscal Avulsa conterá as seguintes indicações, conforme art. nº 195 do


RICMS/BA:

230
I – a denominação: “NOTA FISCAL AVULSA” (impressa tipograficamente,
dispensando-se a obrigatoriedade, caso a emissão seja feita por sistema
eletrônico de processamento de dados);

II – o número de ordem e o número da via (impressa tipograficamente,


dispensando-se a obrigatoriedade, caso a emissão seja feita por sistema
eletrônico de processamento de dados);

III – o nome e o endereço do remetente e/ou do prestador, conforme o caso;


IV – a data da emissão;

V – a data da efetiva saída da mercadoria;

VI – o nome e o endereço do destinatário da mercadoria e/ou do tomador do


serviço, conforme o caso;

VII – a natureza da operação ou prestação;

VIII – a discriminação da mercadoria, a quantidade, a unidade, a espécie, a


qualidade, a marca, o tipo e demais elementos que permitam sua perfeita
identificação e a especificação do serviço, se for o caso;

IX – o valor da operação e/ou da prestação, as respectivas bases de cálculo, as


alíquotas aplicadas e o imposto devido relativamente a cada fato gerador;

X – o nome e o endereço da empresa transportadora ou do transportador


autônomo;

XI – o número da placa do veículo, o Município e a unidade da Federação do


emplacamento, no caso de transporte rodoviário, ou outro elemento
identificativo, nos demais casos;

XII – no rodapé do formulário, as seguintes indicações:

a) O nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ do


impressor do documento;

b) A data e a quantidade da impressão;

231
c) O número de ordem do primeiro e do último documento impresso, e respectiva
série e subsérie, quando for o caso;

d) O número da Autorização para Impressão de Documentos Fiscais; e

e) O número do regime especial concedido para emissão de documentos fiscais,


quando for o caso (impressas tipograficamente, dispensando-se a
obrigatoriedade, caso a emissão seja feita por sistema eletrônico de
processamento de dados); e

XIII – no campo “Reservado ao Fisco”, a fixação da data limite para emissão do


documento, a indicação “00/00/00.” Caberá à Gerência de Informações
Econômico-Fiscais autorizar a impressão da Nota Fiscal Avulsa, de emissão
exclusiva da Secretaria da Fazenda.

33.4. Destinação das vias

Quanto ao número de vias e à sua destinação, a impressão e emissão da


Nota Fiscal Avulsa serão feitas de acordo com as disposições concernentes à
Nota Fiscal, sendo que, quando a emissão for por processamento de dados:

a) as vias serão impressas em papel comum, vedado o uso de papel jornal; e

b) os dados relativos à emissão da Nota Fiscal Avulsa serão armazenados no


Sistema de Emissão de Nota Fiscal Avulsa – SENF, para fins de controle da
fiscalização.

33.5. Incidência do ICMS sobre as mercadorias e sobre o


transporte

Na hipótese de incidência simultânea do imposto relativo às mercadorias


e ao serviço de transporte, a Nota Fiscal Avulsa conterá, além do valor da
operação, a indicação do frete respectivo.

Se o transporte das mercadorias estiver sendo efetuado em veículo do próprio


vendedor ou remetente, a parcela do frete entra na base de cálculo do ICMS:

232
a) sendo tributada a operação, a alíquota aplicável sobre o montante será a
relativa às mercadorias, cabendo apenas a extração de um documento de
arrecadação;

b) sendo a operação isenta ou não tributada, não haverá imposto a pagar.

33.6. Destaque do ICMS

Conforme artigo nº 198 do RICMS/BA, havendo destaque do ICMS na


Nota Fiscal Avulsa, esta somente produzirá efeitos fiscais se estiver
acompanhada do documento de arrecadação correspondente, que a ela faça
referência explícita.

Em seu §1º há a dispensa do pagamento do ICMS destacado na nota fiscal


avulsa, na hipótese de devolução de mercadoria, devendo ser anexado o
documento originário.

A emissão da nota fiscal avulsa não implica, necessariamente, no


reconhecimento da legalidade da situação fiscal, podendo o fisco, a qualquer
tempo, em face da constatação de qualquer irregularidade, exigir o imposto
devido com acréscimos moratórios e penalidades cabíveis.

33.7. Dispensa de emissão da Nota fiscal avulsa

É dispensada a emissão de Nota Fiscal Avulsa, tratando-se de


imposto a ser pago por transportador autônomo ou por empresa transportadora
não inscrita neste Estado:

a) – estando a mercadoria acobertada por Nota Fiscal emitida sem retenção


do imposto sobre o frete, inclusive nas hipóteses em que não seja aplicável a
sujeição passiva por substituição; e

233
b) – sempre que, tanto o remetente como o destinatário, não sejam
contribuintes do imposto.

Nas hipóteses acima, o documento de arrecadação deverá conter, além


dos demais requisitos exigidos no artigo nº 195 do mesmo regulamento, as
seguintes informações, ainda que no verso:

I – o nome do contratante ou tomador do serviço, seu endereço e números de


inscrição estadual e no CNPJ ou CPF, conforme o caso;

II – a placa do veículo e a unidade da Federação, no caso de transporte


rodoviário, ou outro elemento identificativo, nos demais casos;

III – o preço do serviço, a base de cálculo do imposto e a alíquota aplicada;


IV – o valor do imposto;

V – o número, a série e a data do documento fiscal que acobertar a circulação


das mercadorias ou bens, ou a identificação das mercadorias ou bens, na
ausência daquele documento; e

VI – os locais de início e fim da prestação do serviço.

A escrituração e a utilização do crédito fiscal pelo contratante ou tomador


do serviço, quando for o caso, serão feitas com base no documento de
arrecadação.

34. NACIONAL E O DIFAL NAS OPERAÇÕES


INTERESTADUAIS DESTINADAS A NÃO
CONTRIBUINTES

Este tópico versa a respeito da inaplicabilidade do Diferencial de Alíquota


em operações interestaduais destinadas a não contribuintes e promovidas por
contribuintes optantes pelo regime do Simples Nacional, tomando por base o
inciso VII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal de 1988, o Convênio ICMS
93/2015 e o Despacho Executivo CONFAZ 35/2016.

234
34.1. DIFAL em operações interestaduais destinadas a não
contribuintes

Até 31 de dezembro de 2015, as operações interestaduais destinadas a


não contribuintes eram tributadas conforme os elementos quantificadores,
inclusive a alíquota, previstos para operações internas ocorridas na Unidade
Federada de origem da operação, cabendo a esta o recolhimento de todo o ICMS
debitado.

A partir de 1º de janeiro de 2016, com a entrada em vigor da Emenda


Constitucional 87/2015, esta sistemática mudou. Desde então, as operações
interestaduais destinadas a não contribuintes são tributadas pela alíquota
interestadual que seria aplicável em uma operação destinada a contribuinte,
cabendo à Unidade Federada de destino o diferencial entre sua alíquota interna
e a alíquota interestadual aplicável à operação.

Esta nova sistemática foi regulamentada pelo Convênio ICMS 93/2015.

Tal convênio, em sua cláusula nona, determina que tal sistemática se


estendia às operações em que o promovente seja optante pelo Simples
Nacional.

34.2. Inaplicabilidade quando o remetente for optante pelo


simples nacional

No que tange a aplicabilidade desta sistemática em operações


promovidas por contribuintes optantes pelo Simples Nacional, tal determinação
desencadeou uma grande e acalorada discussão no mundo jurídico, levando a
Ordem dos Advogados do Brasil a ingressar com a Ação Direta de
Inconstitucionalidade – ADI n° 5464, questionando a constitucionalidade da
cláusula nona do referido Convênio CONFAZ.

O foco maior da discussão foi o texto constitucional que atribui à Lei


Complementar a condição de instrumento jurídico hábil para a criação e a

235
majoração de tributos, bem como para dispor sobre o tratamento tributário
especial a ser dispensado às pequenas e microempresas.

A Corte acolheu liminarmente as alegações da OAB, determinando que


fosse suspensa provisoriamente a aplicabilidade da cláusula nona do Convênio
ICMS 93/2015, que, conforme antedito, estendia a aplicabilidade de tal convênio
às empresas optantes pelo regime simplificado.

Tal decisão liminar foi confirmada por meio do Despacho do Secretário


Executivo CONFAZ n° 35/2016, transcrito abaixo:

DESPACHO DO SECRETÁRIO-EXECUTIVO

Em 10 de março de 2016

Publicado no DOU de 11.03.16

Nº 035 – O Secretário-Executivo do Conselho Nacional de Política Fazendária –


CONFAZ, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pelo inciso IX, do
art. 5º do Regimento deste Conselho, comunica por este ato, que o Supremo
Tribunal Federal concedeu medida cautelar ad referendum do Plenário
suspendendo a eficácia da cláusula nona do Convênio ICMS nº 93/15, editado
pelo CONFAZ, publicado na Seção 1, página 20, do Diário Oficial da União de
21 de setembro de 2015, até o julgamento final da ação.

MANUEL DOS ANJOS MARQUES TEIXEIRA

236
34.3. Nota fiscal eletrônica

Diante da necessidade de se informar, na NF-e, o valor devido, na


operação, a título de diferencial de alíquotas, o layout foi atualizado de forma a
incluir campos que suportassem tais informações, criando-se, para isso, na aba
de tributos, a denominação “ICMS em Operações Interestaduais”, com campos
a serem preenchidos obrigatoriamente em operações interestaduais em que o
destinatário fosse identificado como não contribuinte.

Com a suspensão de exigibilidade do DIFAL nas operações interestaduais


destinadas a não contribuintes em que o remetente seja optante pelo Simples
Nacional, instaurou-se um novo problema, pois tais contribuintes, apesar de
dispensados do recolhimento do DIFAL, precisavam calculá-lo para fins de
destaque em campos próprios da NF-e, sob pena de não conseguirem validar
os respectivos documentos fiscais.

Tal distorção foi sanada com a publicação da versão 1.93 da Nota Técnica
2015.003, que alterou a regra de validação NA01-20 (preenchimento dos
campos “ICMS em Operações Interestaduais” quando o destinatário for indicado
como não contribuinte) para não aplicar a validação quando o emitente for
optante do Simples Nacional (CRT=1).

34.4. DeSTDA

Outra obrigação acessória afetada com a suspensão da exigibilidade do


DIFAL em operações interestaduais destinadas a não contribuintes promovidas
por contribuintes optantes pelo Simples Nacional, foi a DeSTDA.

Na versão trazida no Manual Oficial da DeSTDA, consta uma terceira aba,


além da dedicada à substituição tributária e à dedicada às entradas
interestaduais, que seria dedicada exatamente às operações interestaduais
destinadas a não contribuintes.

Ocorre, entretanto, que, diferentemente do que ocorreu com a NF-e, o


layout da DeSTDA com tais informações constando como obrigatórias, sequer

237
chegou a ser lançado. Quando a SEDIF foi liberada para download, esta terceira
aba, constante do manual da SEDIF, já não compunha seu layout.

Assim, hodiernamente, se consultarmos o Manual disponível no site


www.sedif.ba.gov.br, ainda encontraremos esta aba e as orientações para seu
respectivo preenchimento, enquanto que, na prática, o programa já é baixado
sem que a mesma sequer apareça para quem for preencher o arquivo.

35. PREENCHIMENTO DA DeSTDA

Nesta matéria iremos analisar as disposições sobre os valores que devem


ser preenchidos na DeSTDA, quais informações devem ir nas abas de ICMS
substituto e ICMS entrada, dentro dessas abas, o que são esses campos e quais
valores devem ser apurados ali.

Os optantes pelo Simples Nacional, exceto os impedidos de recolher o


ICMS no regime por ter ultrapassado o sublimite estadual e os
microempreendedores individuais, deverão apresentar, mensalmente, a
Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquotas e Antecipação
(DeSTDA).

35.1. Obrigatoriedade

Regulamentado pelo Decreto n° 16.738/2016, acrescentando o art. 263-B


do RICMS/BA, os contribuintes optantes pelo Simples Nacional deverão
apresentar, relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1° de janeiro
de 2016, a Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquotas e
Antecipação - DeSTDA, nos termos previstos no Ajuste SINIEF 12/15.

A obrigatoriedade estabelecida acima aplica-se a todos estabelecimentos


do contribuinte, inclusive àqueles em que o contribuinte está inscrito em outra
unidade da Federação como substituto tributário.

238
35.2. Prazo de entrega

O arquivo digital da DeSTDA deverá ser enviado até o dia 28 (vinte e oito)
do mês subsequente ao encerramento do período de apuração, ou quando for o
caso, até o primeiro dia útil imediatamente seguinte.

35.3. Retificação do arquivo

O contribuinte poderá retificar a DeSTDA da seguinte forma:

a) até o dia 28 do mês subsequente ao encerramento do período de


apuração, ou quando for o caso, até o primeiro dia útil imediatamente seguinte,
independentemente de autorização da administração tributária;

b) após o dia 28 do mês subsequente ao encerramento do período de


apuração, ou quando for o caso, até o primeiro dia útil imediatamente seguinte,
conforme estabelecido pela Unidade Federada à qual deva ser prestada a
informação. A retificação será efetuada mediante envio de outro arquivo para
substituição integral do arquivo digital da DeSTDA regularmente recebida pela
administração tributária, sendo observados os mesmos procedimentos para
verificação e validação do arquivo original.

35.4. Do preenchimento

O contribuinte deverá observar, para o preenchimento da DeSTDA, as


orientações do Manual do Usuário, disponibilizado junto ao aplicativo,
observando-se que o contribuinte que possuir mais de um estabelecimento, seja
filial, sucursal, agência, depósito, fábrica ou outro qualquer, deverá prestar as
informações relativas à DeSTDA em arquivo digital individualizado por
estabelecimento, exceto nos casos em que os estabelecimentos sejam

239
localizados na mesma Unidade Federada e haja disposição em Convênio,
Protocolo ou Ajuste que preveja escrituração fiscal centralizada.

A geração e o envio do arquivo digital não dispensam o contribuinte da


guarda dos documentos que deram origem às informações nele constantes, na
forma e prazos estabelecidos pela legislação aplicável.

35.5. Abas de informações

Ao iniciar o preenchimento da DeSTDA, irá se deparar com duas abas:

ST – Substituto Tributário, e;

ICMS Entrada.

35.5.1. Definição de substituto tributário

Substituto Tributário é aquele responsável por reter e recolher o imposto


incidente nas operações subsequentes. Também deverão recolher o ICMS das
próprias operações e que inclua obrigações acessórias. Em outras palavras, é
recolhida antecipadamente a alíquota da substituição tributária e posteriormente
cobrado do cliente o valor da ST somado ao valor dos produtos. Ou seja, o
imposto a recolher em relação à ST será o valor da diferença entre o imposto
que foi calculado, tendo por base a aplicação da alíquota estabelecida para as
operações internas levando em consideração a base de cálculo definida para a
ST, e o devido na operação do próprio contribuinte remetente.

240
Vale destacar que na saída da mercadoria do estabelecimento
responsável pela retenção, deverá ser emitido documento fiscal e o fato
escriturado no Livro Registro de Saída à operação. No momento que o bem sair
do estabelecimento adquirente, o contribuinte passará à condição de substituído,
devendo emitir nota fiscal sem destaque do imposto.

35.6. Aba ST – Substituto Tributário

Na aba ST – Substituto Tributário, temos as seguintes informações:

35.6.1. ICMS-ST operações subsequentes:

Deve informar o valor total do ICMS-ST recolhido dentro do período


informado das operações subsequentes, no caso, o ICMS-ST, quando há o
destaque em nota fiscal.

Lembrando que não é neste campo que é preenchido as “aquisições” de


mercadorias com ICMS-ST, onde a guia de pagamento “GNRE/DAE”, sai no
nome do destinatário. Esse ICMS pago é um ICMS de entrada, que será em
outro campo, que será abordado no próximo tópico deste artigo.

35.6.2. ICMS-ST operações antecedentes

O ICMS-ST das operações antecedentes, é também chamada de


substituição “para trás” ou “regressiva”, ocorre quando o imposto a ser recolhido
é relativo a fato gerador passado, ou seja, à operação, ou à prestação, que já
ocorreu. É o que ocorre no “diferimento”, onde a responsabilidade pelo
recolhimento do imposto devido pelo remetente se transfere para o adquirente

241
da mercadoria e, cumulativamente, adia-se o termo inicial do prazo de
recolhimento do imposto devido.

Sendo assim, deve informar o valor total do ICMS deferido recolhido


dentro do período.

35.6.3. ICMS-ST operações concomitantes

O ICMS-ST operações concomitantes acontece quando duas operações


ou prestações ocorrem simultaneamente, e um dos sujeitos passivos substitui o
outro relativamente à obrigação tributária principal, que é no caso de uma
subcontratação por exemplo.

Logo, deve informar o valor total do ICMS dessas operações onde foi o
responsável pelo recolhimento desse ICMS recolhido dentro do período.

35.6.4. ICMS-ST ref. A combustíveis.

Neste campo será informado basicamente nos mesmos padrões que o


campo “ICMS-ST operações subsequentes”, com apenas a diferença que, será
lançado aqui quando a mercadoria for combustível, devido seus aspectos
tributários e modalidades de cálculos serem bem especificas.

35.7. ICMS Entrada

Abaixo da UF do Estado vai o totalizador, não é preenchido nota a nota.

242
.

35.7.1. Antecipação com encerramento:

Deve informar o valor total do ICMS-ST recolhido dentro do período


informado das operações subsequentes, no caso, o ICMS-ST nas aquisições,
quando a mercadoria chega sem ICMS-ST recolhido por falta de Protocolo ou
Convênio nas operações interestaduais, recolhe o ICMS-ST.

35.7.2. Antecipação sem encerramento:

Na antecipação sem encerramento da tributação exige-se apenas parte


do tributo devido na operação que se presume, razão porque ela também é
chamada de antecipação parcial.

E porque é parcial, não encerra a tributação, de modo que o restante do


tributo deverá ser recolhido oportunamente, quando da ocorrência efetiva do fato
gerador.

Essa antecipação é o diferencial de alíquotas que é recolhido em alguns


Estados quando for aquisição interestadual para revenda ou como insumo
industrial.

243
35.7.3. Diferencial de alíquotas

O diferencial de alíquotas é a diferença da alíquota interestadual e


alíquota interna da mercadoria no estado de destino, aplicado entre contribuintes
do ICMS quando a mercadoria é adquirida para integrar o ativo da empresa ou
for utilizada como uso e consumo.

35.8. Certificação Digital

Para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica da


DeSTDA, as informações serão prestadas em arquivo com assinatura digital do
contribuinte ou seu representante legal, certificada por entidade credenciada
pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. O contribuinte
dispensado da emissão de documentos fiscais eletrônicos poderá, em
substituição ao uso da certificação digital, gerar sem assinatura digital e
transmitir a DeSTDA, sem exigência de certificação digital, mediante utilização
de código de acesso e senha.

Cabe ressaltar que a critério da unidade federada, o uso de código de


acesso e senha também poderá ser dispensado.

35.9. Empresa sem movimentação

O optante do Simples, para informar valores zerados, deve selecionar a


opção “sem dados informados” quando do preenchimento da DeSTDA, caso não
existam pagamentos de ST, DIFAL e antecipação a declarar.

36. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

244
Neste tópico, iremos tratar sobre as regras gerais da Substituição
tributária do ICMS.

36.1. Conceito

A substituição tributária é, antes de tudo uma antecipação de fato gerador


de uma etapa que, via de regra, ainda vai ocorrer.

Inicialmente, a previsão constitucional para a aplicação do regime de


Substituição Tributária encontra-se no parágrafo 7º do artigo 150 da Constituição
Federal, o qual prevê que o Estado pode designar um contribuinte responsável
pelo pagamento de imposto cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido.

Neste caso, seria uma troca de responsabilidade, onde o remetente da


mercadoria é o responsável pelo recolhimento da tributação de toda cadeia
tributária até o consumidor final.

Para que uma determinada mercadoria esteja sujeita ao regime de


Substituição Tributária, basta que a legislação interna determine. As disposições
comuns a este Regime, os Estados devem relatar as mercadorias de acordo com
o que prevê o Convênio 52/2017, apenas aquelas mercadorias podem estar
enquadradas no regime, porém, cabe orientar o leitor que não todas são
obrigadas a estar no regime.

36.2. Quando se aplica

Após a busca da mercadoria na regulamentação interna no Estado de


destino das mercadorias, podemos observar várias mercadorias e suas
respectivas NCM´s.

No caso irá se aplicar a ST sobre as operações de compras interestaduais


onde não havia protocolo ou convenio entre os Estados e nas operações
internas.

245
Irá se aplicar exatamente nesta questão, quando o NCM da mercadoria
estiver juntamente ligado com sua descrição e utilidade, caso a descrição seja
outra ou a sua utilidade for totalmente diferente daquela colocada na descrição
do anexo, não irá se aplica a substituição tributária.

36.3. Responsabilidade do recolhimento

A responsabilidade do recolhimento dará os seguintes fatores:

Nas operações internas, a responsabilidade do recolhimento é do


contribuinte alienante.

Nas operações interestaduais, quando definidos em protocolos ou


convênios, a responsabilidade é do contribuinte alienante de Estado de origem
da mercadoria, das mercadorias constantes na regulamentação interna.

No caso de operações internas que não tenha recebido a mercadoria com


a ST ou em aquisições interestaduais sem produtos ou convênios, por
responsabilidade solidária irá recair sobre o destinatário da mercadoria.

36.4. Como se aplica

36.4.1. Operações internas

No caso de operações internas, terá duas situações, por pauta fiscal ou MVA.

No caso da MVA, será aplicado uma margem de valor agregado sobre o


valor da operação mais o montante dos valores de seguro, de frete e de outros
encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço.

Sobre essa base irá aplicar a alíquota interna da mercadoria e após


realizar com dedução do ICMS da operação própria.

246
Exemplo:

MVA: 30%

Valor da operação R$ 100,00

Alíquota da mercadoria: 18%

ICMS própria da operação: R$ 17,00 (R$ 100 * 18%)

ICMS da substituição tributária: R$ 5,40 (R$ 100 * 30% “MVA” = R$ 130,00


* 18% “alíquota da mercadoria” = R$ 24,40 – R$ 18,00 (ICMS próprio da
operação))

No caso da pauta, a base de cálculo da substituição tributária será a


quantidade vezes a pauta, e o valor devido por ST, será a base de cálculo do
ICMS vezes a alíquota interna com dedução do ICMS da operação própria.

Exemplo:

Pauta R$ 1,23 por unidade

Valor da operação R$ 100,00

Quantidade 100

Alíquota da mercadoria: 18%

ICMS própria da operação: R$ 18,00 (R$ 100 * 18%)

ICMS da substituição tributária: R$ 4,14 (R$ 1,23 * 100 = R$ 123,00 * 18% = R$


22,14

– R$ 18,00 (ICMS próprio da operação))

247
36.4.2. Aquisições interestaduais sem Protocolo ou Convênio

No caso de aquisições interestaduais sem protocolo ou convênio, a


primeira coisa que deve se observar se a mercadoria tem pauta, se a mercadoria
tem pauta, se aplica a mesma regra acima, utilizando como base de cálculo a
pauta, aplicando a alíquota interna do Estado de destino e deduzindo o ICMS
destacado em nota fiscal.

Caso não tenha pauta e o ICMS ST não foi recolhido anteriormente, deve-
se recolher o ICMS ST na sistemática informada o item anterior (4.1) deduzindo
a base de cálculo da ST o ICMS da nota fiscal de Entrada.

No caso de a Nota Fiscal ser de empresas optantes pelo Simples


Nacional e por esse motivo, não vem o ICMS para dedução, pode utilizar um
crédito presumido para a dedução, que seria a alíquota interestadual.

Esses cálculos não se aplicam no caso de aquisição para uso ou


consumo. Neste caso, deverá ser calculado ao invés do MVA ou a pauta, o
diferencial de alíquotas.

36.5. Saída subsequente

36.5.1. Saída subsequente interna

O contribuinte substituído, na operação subsequente que realizar com


mercadoria recebida com imposto retido ou antecipado, emitirá documento fiscal,
sem destaque do imposto, que conterá, além dos demais requisitos exigidos, a
seguinte declaração, ainda que por meio de carimbo: “ICMS pago anteriormente
por substituição tributária”

Conforme previsto no artigo 292 do RICMS/BA, o contribuinte substituído,


na operação subsequente que realizar com mercadoria recebida com imposto
retido ou antecipado, emitirá documento fiscal, sem destaque do imposto, que
conterá, além dos demais requisitos exigidos, a seguinte declaração, ainda que
por meio de carimbo: “ICMS pago por substituição tributária”

248
Nas saídas, para este Estado, de mercadorias que já tiverem sido objeto
de antecipação ou substituição tributária, o documento fiscal poderá conter o
destaque do imposto, para aproveitamento como crédito fiscal pelo destinatário,
nas hipóteses a seguir indicadas, não podendo o destaque do imposto ter base
de cálculo superior à adotada para apuração do tributo efetivamente antecipado,
quando conhecida pelo emitente do documento fiscal, ou valor superior ao preço
de mercado das mercadorias, quando a base de cálculo do valor antecipado não
for por ele conhecida, observada, em qualquer caso, a alíquota aplicável,
devendo o remetente estornar o débito correspondente, no final do mês, no item
“008 - Estornos de Débitos” do Registro de Apuração do ICMS:

I - Mercadorias destinadas a outro estabelecimento para emprego como matéria-


prima, produto intermediário ou material de embalagem na industrialização de
produtos tributados, bem como para aplicação ou emprego na viabilização ou
desempenho da atividade comercial, da extração, da geração ou da prestação,
sendo estas tributadas;

II- Mercadorias destinadas a estabelecimento de produtor rural ou extrator


inscrito no CAD-ICMS na condição normal, para utilização como insumo;

III- mercadorias destinadas a fornecedores de refeições, restaurantes, cantinas,


bares, hotéis, motéis, pousadas e similares, para emprego no preparo de
refeições ou de produtos alimentícios sujeitos a tributação;

IV - Mercadorias destinadas a supermercados, para emprego no preparo ou


confecção de produtos sujeitos à tributação;

V - Combustíveis, lubrificantes e outras mercadorias destinadas a empresas de


transporte, para emprego em prestações de serviços tributadas pelo ICMS,
observada a ressalva constante no inciso III do caput do art. 270;

VI - Mercadorias ou serviços adquiridos por contribuinte para o ativo imobilizado.

249
Não sendo o documento fiscal emitido na forma acima poderá o
destinatário utilizar o crédito, nas aquisições efetuadas neste Estado, adotando
os seguintes procedimentos:

I - Emitir nota fiscal para este fim, tendo como natureza da operação
“Recuperação de crédito”, com o CFOP 1.949.

II - Indicar ou relacionar na nota fiscal o documento ou documentos de aquisição,


e calcular sobre o valor total o crédito a ser utilizado, pela alíquota vigente para
as operações internas, não podendo o destaque do imposto ter base de cálculo
superior ao preço de mercado das mercadorias.

Poderão ser utilizados como crédito fiscal, pelo destinatário, tanto o


imposto da operação normal destacado no documento como o imposto pago por
antecipação, sempre que o contribuinte receber mercadoria não incluída no
regime de substituição tributária, mas que, por qualquer circunstância, tiver sido
feita a cobrança antecipada do imposto.

36.6. Saída subsequente interestadual

36.6.1. Com Convênio ou Protocolo entre os Estados

Já é de direito, e é regulamentado de forma interna, que terá direito ao


ressarcimento do ICMS ST nas operações interestaduais para Estado signatário
de convênio ou protocolo que preveja a retenção do imposto pelo regime de
substituição tributária, se as mercadorias já tiverem sido objeto de retenção ou
antecipação do imposto, a fim de que não se configure duplicidade de
pagamento do tributo.

Conforme o art. 300 do RICMS/BA, nas operações interestaduais para


estado signatário de convênio ou protocolo que preveja a retenção do imposto
pelo regime de substituição tributária, se as mercadorias já tiverem sido objeto

250
de retenção ou antecipação do imposto, a fim de que não se configure
duplicidade de pagamento do tributo:

Primeiramente, o remetente utilizará como crédito fiscal o imposto


incidente na operação de aquisição mais recente das mesmas mercadorias, no
quadro “Crédito do Imposto - Outros Créditos” do Registro de Apuração do ICMS,
total ou proporcionalmente, conforme o caso;

Para efeito de ressarcimento do imposto anteriormente retido, o remetente


emitirá outra nota fiscal, exclusiva para esse fim, em nome do respectivo
fornecedor que tenha retido originariamente o imposto, contendo as seguintes
indicações, nos campos próprios, vedada qualquer indicação no campo
destinado ao destaque do imposto:

a) o nome, o endereço, o CNPJ e a inscrição estadual do fornecedor

b) como natureza da operação: “Ressarcimento de ICMS”

CFOP 5.603/6.603 - Ressarcimento de ICMS retido por substituição tributária

Classificam-se neste código os lançamentos destinados ao registro de


ressarcimento de ICMS retido por substituição tributária a contribuinte
substituído, efetuado pelo contribuinte substituto, nas hipóteses previstas na
legislação aplicável.

c) a identificação da nota fiscal de saída para estado signatário, que tiver


motivado o ressarcimento;

d) o número, a série, se houver, e a data do documento fiscal de aquisição da


mercadoria;

251
e) o valor do ressarcimento, que corresponderá ao valor do imposto retido,
constante na nota fiscal de aquisição correspondente à última entrada das
mercadorias total ou proporcionalmente, conforme o caso;

III - serão enviadas ao fornecedor:

a) cópia da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE)


referente ao recolhimento do ICMS-fonte na saída interestadual;

b) cópias reprográficas da nota fiscal de aquisição da mercadoria e da nota fiscal


de saída;

O estabelecimento fornecedor que, na condição de responsável por


substituição, houver efetuado a retenção do imposto, ao receber a 1ª via da nota
fiscal emitida para fins de ressarcimento, visada pelo órgão fazendário, poderá
deduzir o valor do imposto retido, do próximo recolhimento a ser feito à unidade
federada do contribuinte que tiver direito ao ressarcimento.

A nota fiscal de ressarcimento será escriturada:

a) pelo emitente, no Registro de Saídas, utilizando-se apenas as colunas


“Documentos Fiscais” e “Observações”, fazendo constar nesta a expressão
“Ressarcimento de imposto retido”;

b) pelo destinatário do documento, sendo estabelecido neste Estado, no


Registro de Apuração do ICMS, em folha destinada à apuração do imposto por
substituição tributária, no quadro

“Crédito do Imposto - Outros Créditos”, com a expressão “Ressarcimento de


imposto retido”.

252
Em substituição ao todos os procedimentos descritos anteriormente,
poderá o contribuinte utilizar como créditos fiscais ambas as parcelas do
imposto, o normal e o antecipado, total ou proporcionalmente, conforme o caso,
a serem lançados no quadro "Crédito do Imposto - Outros Créditos" do Registro
de Apuração do ICMS ou estornar o débito fiscal correspondente, relativo à
saída, destacado no documento fiscal, no quadro "Crédito do Imposto - Estornos
de Débitos" do Registro de Apuração do ICMS.

O valor do ICMS retido por substituição tributária a ser ressarcido não


poderá ser superior ao valor retido quando da aquisição do respectivo produto
pelo estabelecimento.

Quando for impossível determinar a correspondência do ICMS retido à


aquisição do respectivo produto, tomar-se-á o valor do imposto retido quando da
última aquisição do produto pelo estabelecimento, proporcional à quantidade
saída.

36.6.2. Sem Convênio ou Protocolo entre os Estados

De acordo com o art. 302 do RICMS/BA. na saída interestadual de


mercadoria que já tiver sido objeto de retenção ou antecipação do imposto, não
havendo convênio ou protocolo entre a Bahia e a unidade da Federação de
destino dispondo sobre a substituição tributária para a mesma espécie de
mercadoria, o contribuinte poderá utilizar como créditos fiscais ambas as
parcelas do imposto, o normal e o antecipado, total ou proporcionalmente,
conforme o caso, desde que comprove que a mercadoria foi entregue ao
destinatário ou estornar o débito fiscal correspondente, relativo à saída,
destacado no documento fiscal, no quadro “Crédito do Imposto

- Estornos de Débitos” do Registro de Apuração do ICMS.

O valor do imposto anteriormente antecipado poderá ser utilizado para


deduzir o imposto devido por antecipação tributária nas aquisições de outras
unidades federadas não signatárias de acordo com o Estado da Bahia, na forma
e condições estabelecidas em regime especial.

253
36.6. Simples Nacional

No caso de operações com empresas optantes pelo regime de


substituição tributária, seguirão as regras gerais aplicadas as empresas de
Regime Normal. Pois conforme o Art. 13 §1º da Lei Complementar 123/2006, a
substituição tributária do ICMS, é fora da sistemática do Simples Nacional, sendo
assim, aplica as regras gerais.

Conforme o art. 73 §1º do Processo Administrativo Fiscal – RPAF


(Decreto n° 7.629/1999), é assegurado ao contribuinte substituído o direito à
restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária,
correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar.

O fato presumido que a lei se referência, é a venda interna ao consumidor


final, como isso não correu na Bahia, fica assegurado o direito a restituição.

A restituição do indébito será feita em moeda corrente quando se tratar de


devolução de ICMS a contribuinte cujo imposto não seja calculado pelo regime
normal de apuração, no caso o Simples Nacional.

Nas situações em que a restituição do indébito deva ser feita em moeda


corrente, o processo, após a decisão final, será encaminhado à
Superintendência de Administração Financeira da Secretaria da Fazenda, para
os devidos fins.

São competentes para apreciar o pedido de restituição em caso de


devolução de ICMS, ITD, IPVA, Contribuição de Melhoria e Taxa na área do
Poder Executivo:

a) no âmbito da DAT Metro, o titular da Coordenação de Processos;

b) no âmbito da DAT Norte e DAT Sul, os titulares das Inspetorias.

Tratando-se de processo de competência do Inspetor Fazendário,


havendo decisão favorável à restituição de quantia superior a R$ 39.720,00
(trinta e nove mil setecentos e vinte reais), caberá recurso de ofício para o Diretor
de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda da circunscrição do sujeito
passivo.

254
37. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NO SERVIÇO DE
TRANSPORTE

Neste tópico iremos abordar quando se aplica a substituição no Estado da


Bahia. Iremos trazer as hipóteses de aplicabilidade pelo serviço.

37.1. A Substituição Tributária

A substituição tributária de mercadorias é antes de tudo, uma antecipação


do fato gerador de uma etapa que, via de regra, ainda vai ocorrer, por isso, o
nome de operação subsequente.

Nos casos de serviço de transporte, é a substituição da responsabilidade


do recolhimento do ICMS na prestação.

37.2. Substituição tributária no serviço de transporte

Neste caso de serviço, me refiro ao serviço de transporte intermunicipal e


interestadual, tributado pelo ICMS.

São sujeitas à substituição tributária por retenção as prestações de


serviços de transporte contratadas por contribuinte inscrito no Estado da Bahia
quando:

I – Realizadas por autônomo ou por empresa transportadora não inscrita neste


estado;

II – que envolva repetidas prestações de serviço vinculadas a contrato.

37.2.1. Autônomo ou por empresa transportadora não inscrita

No caso de autônomo ou por empresa transportadora não inscrita no


Estado da Bahia deverá a empresa contratante baiana:

255
1 – a nota fiscal emitida pelo contribuinte substituto (Contratante) deverá conter
no campo “informações complementares” a base de cálculo e o valor do imposto
retido referente ao serviço de transporte;

2 – o transportador autônomo e a empresa transportadora de outra unidade da


Federação não inscrita neste Estado ficam dispensados da emissão de
Conhecimento de Transporte;

3 – o sujeito passivo por substituição (Contratante), em sua escrita fiscal:

a) lançará o documento no Registro de Saídas, relativamente aos dados


correspondentes à operação própria;

b) na coluna “Observações”, na mesma linha do documento de que trata a


alínea “a” deste inciso, lançará os valores do imposto retido e da respectiva base
de cálculo, utilizando colunas distintas para essas indicações, sob o título comum
“Substituição Tributária”;

c) se o contribuinte utilizar sistema eletrônico de processamento de dados,


os valores relativos ao imposto retido e à respectiva base de cálculo serão
lançados na linha abaixo do lançamento da operação própria, sob o título comum
“Substituição Tributária” ou o código “ST”;

d) no final do mês, consignará o valor total do imposto retido no Registro de


Apuração do ICMS, no campo “observações”, fazendo constar a expressão
“Substituição Tributária-Serviço de Transporte”.

37.2.2. Repetidas prestações de serviço vinculadas a contrato

Caso for substituição tributária por motivo de repetidas prestações de


serviço vinculadas a contrato, o sujeito passivo por substituição (Contratante):

1 – Fará constar na nota fiscal de saída de mercadorias:

256
a) declaração de que o ICMS sobre o serviço de transporte é de sua
responsabilidade;

b) a expressão, se for o caso: “Dispensa de emissão de conhecimento de


transporte a cada prestação, nos termos do § 4º do art. 298 do RICMS”;

2 – No final do mês, emitirá nota fiscal na qual constarão, especialmente, a base


de cálculo, o imposto retido e a expressão “Substituição tributária – serviços de
transporte”;

3 – Lançará em sua escrita fiscal:

a) o documento relativo à saída de mercadorias no Registro de Saídas,


relativamente aos dados correspondentes à operação própria;

b) na coluna “Observações”, na mesma linha do documento de que trata a


alínea “a” deste inciso, a informação de que o imposto relativo ao frete é de sua
responsabilidade;

c) o valor total do imposto retido no Registro de Apuração do ICMS, no


campo “observações”, fazendo constar a expressão “Substituição Tributária –
Serviço de Transporte”;

4 – Levará em conta, para fins de abatimento do imposto a ser retido, eventual


direito a crédito presumido relativo à prestação do serviço desde que o
transportador faça jus a tal benefício.

37.2.3. Repetidas prestações de serviço vinculadas a contrato (Pessoas)

Se for transporte de pessoas, o sujeito passivo por substituição (Contratante):

257
1 – No final do mês, emitirá nota fiscal na qual constarão, especialmente, a base
de cálculo, o imposto retido e a expressão “Substituição tributária – serviços de
transporte”;

2 – Lançará em sua escrita fiscal o valor total do imposto retido no Registro de


Apuração do ICMS, no campo “observações”, fazendo constar a expressão
“Substituição tributária – serviço de transporte”;

3 – Levará em conta, para fins de cálculo do imposto a ser retido, o regime de


apuração do imposto do transportador.

37.2.4. Inaplicabilidade

Não são sujeitas à substituição tributária as repetidas prestações de


serviço de transporte efetuadas por empresa inscrita na condição de
microempresa ou empresa de pequeno porte, optantes do Simples Nacional.

37.3. Documentos fiscais

Para empresa transportadora inscrita do Estado tenha a dispensa do


documento fiscal por operação, empresa deverá requerer do inspetor fazendário
do seu domicílio fiscal autorização nesse sentido.

Se a empresa tiver a dispensa poderá englobar num só Conhecimento de


Transporte, no final do mês, o montante das prestações verificadas no período,
sem destaque do imposto, devendo constar a expressão “Substituição tributária
– art. 298 do RICMS”.

Caso não tenha a dispensa a emissão dos Conhecimentos de Transporte


pela empresa transportadora, a cada prestação, será feita sem destaque do
imposto, neles devendo constar a expressão “Substituição tributária – art. 298
do RICMS”

Ainda a transportadora, fará constar a declaração expressa quanto ao


regime de tributação adotado pelo seu estabelecimento, informando se fez

258
opção pelo direito ao uso de créditos fiscais relativas a operações e prestações
tributadas ou se, ao contrário, optou pelo benefício da utilização de crédito
presumido ou fazer aquela declaração em instrumento à parte.

38 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA SOBRE AS


FARMÁCIAS, DROGARIAS E CASAS DE PRODUTOS
NATURAIS

No presente tópico iremos tratar sobre o recolhimento do ICMS-ST sobre


as farmácias, drogarias e casas de produtos naturais no Estado da Bahia de
acordo o Art. 294 do RICMS/BA

38.1. Definição de substituição tributária

A substituição tributária, conforme já tratado, configura-se pelo


recolhimento do ICMS por um contribuinte, denominado substituto, referente a
fatos geradores praticados por outros(s) contribuinte(s), denominados(s)
substituído(s).

Depende-se daí a constatação de que para haver a aplicação da


substituição tributária, faz-se necessário que a operação envolva dois
contribuintes, não sendo aplicável em operações destinadas ao consumidor final.

Outro requisito básico para aplicabilidade da substituição tributária é que


exista um tributo devido, ainda que presumidamente, por um outro contribuinte,
o substituído, para que seja atribuída a responsabilidade ao substituto.

Por fim, mas não menos importante, temos a necessidade de uma


previsão legal especifica impondo a responsabilidade pela substituição tributária
ao substituto, em relação àquela mercadoria.

259
38.2. Recolhimento do ICMS-ST para farmácia

As farmácias, drogarias e casas de produtos naturais, bem como suas


centrais de distribuição, farão o recolhimento do ICMS por antecipação nas
aquisições de produtos não alcançados pela substituição tributária, devendo, em
relação a essas mercadorias, utilizar as seguintes margens de valor agregado
nas aquisições internas, devendo ser ajustada nos termos do § 14 do art. 289
nos casos de aquisições interestaduais:

I – de 100% (cem por cento), tratando-se de aquisições de insumos para


manipulação de produtos no estabelecimento;

II – estipulada no § 17 do art. 289, nas aquisições para revenda

Art. 289 § 17 do RICMS/BA

I - gêneros alimentícios: 50%;

II - bebidas alcóolicas: 30%;

III - bebidas não alcóolicas: 70%;

IV - confecções, tecidos e artefatos de tecidos: 40%;

V - perfumarias, cosméticos e produtos de higiente pessoal: 60%;

VI - material de limpeza: 40%;

VII - artigos de armarinho: 90%;

VIII - ferragens, louças, vidros 40%;

IX - materiais elétricos: 60%;

X - Eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos: 20%;

XI - móveis: 50%;

XII - material de informática: 20%;

260
XIII - jóias, relógios e objetos de arte: 70%;

XIV - outras mercadorias: 40%.”; (NR)

Ajuste: “MVA ajustada = [(1+ MVA ST original) x (1 – ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1”

38.3. Distinção do insumo para serviço e insumo para venda.

A situação bem típica de questionamento sobre esta operação é em


relação aos insumos, pois um insumo para realização de um medicamento é
uma prestação de serviço e não uma revenda de uma mercadoria, logo, por qual
motivo o Estado colocaria um MVA sobre insumo de prestação de serviço?

Para analisar esta questão, temos que verificar os requisitos, no que irá
se considerar um serviço ou não, pois estes estabelecimentos fazem dois tipos
de operações, uma aquisição de insumos para medicamento estabelecimentos
ou sobre receitas onde o cliente vai no estabelecimento para solicitar.

38.4. Casos práticos

– Um cliente chega na farmácia e solicitar um remédio controlado, onde chega


com uma receita e a farmácia irá “manipular” tais insumos para seu cliente, e irá
vender o acabado, isso é insumo de prestação de serviço, não aplica MVA.

– Um cliente chega na farmácia com dor de cabeça, o estabelecimento lhe


oferece um medicamento próprio, onde ele mesmo comprou os insumos e
realizou a “fabricação” do mesmo pra o consumidor final, percebe ai que não
temos um serviço, e sim uma venda de mercadoria, neste caso temos a
aplicação do MVA de 100% sobre estes insumos.

261
39. TRANSPORTADORA

Nesta matéria iremos tratar sobre as operações de transportadoras no


Estado da Bahia, em relação às operações gerais, créditos tributários e
benefícios fiscais.

O serviço de transporte de cargas é aquele realizado por meio de veículos,


como motos, utilitários e caminhões. Podendo operar com transporte de cargas
fracionadas, esse tipo de serviço pode ser utilizado para o transporte de
mercadorias dos mais diversos tipos, sejam elas perecíveis ou de grande valor
agregado.

39.1. Conceitos

Em relação à prestação de serviço de transporte, será considerado:

• Conhecimento: é um documento fiscal emitido pelas transportadoras de


cargas para acobertar o trânsito das mercadorias (ou cargas) entre a localidade
de origem e a localidade de destino, ou seja, entre o remetente e o destinatário.
Para a própria empresa transportadora, esse documento é a sua Nota Fiscal, ou
seja, é o documento oficial usado para contabilizar as receitas e efetivar o
faturamento;

• Remetente: é a pessoa que promove a saída inicial da carga;

• Destinatário: é a pessoa a quem a carga é destinada;

• Tomador do serviço: é a pessoa que contratualmente é a responsável pelo


pagamento do serviço de transporte, podendo ser o remetente, o destinatário ou
um terceiro interveniente;

• Emitente: é o prestador de serviço de transporte que emite o documento fiscal


relativo à prestação do serviço de transporte;

• Expedidor: aquele que entregar a carga ao transportador para efetuar o serviço


de transporte

262
• Recebedor: aquele que deve receber a carga do transportador

• Subcontratação de serviço de transporte: é aquela firmada na origem da


prestação do serviço, por opção do prestador de serviço de transporte em não
realizar o serviço por meio próprio; e

• Redespacho: é o contrato entre transportadores em que um prestador de


serviço de transporte (redespachante) contrata outro prestador de serviço de
transporte (redespachado) para efetuar a prestação de serviço de parte do
trajeto.

39.2. Serviço de transporte

A contratação dos serviços de transporte pode ocorrer de formas diversas,


dependendo das necessidades do órgão contratante. Portanto, o órgão poderá
contratar os serviços com fornecimento exclusivamente de mão de obra
representada pelo condutor do veículo, com fornecimento apenas do veículo ou,
ainda, o órgão contratará os serviços de transporte, que incluirá veículos e
motoristas.

Não é considerado serviço de transporte à única e exclusiva locação do


veículo sem mão de obra.

As atividades de transportes, objeto desta matéria, são aquelas


caracterizadas como serviços de transporte privado, sob regime de fretamento.

39.3. Tributação geral

A tributação no serviço de transporte pode ser divido em duas hipóteses,


operações internas no Município e intermunicipal/interestadual.

As operações que ocorrem no limite Municipal, será tributado pelo ISS,


como é previsto no item 16.01 da Lei Complementar 116/2003, onde será emitido
uma nota fiscal de serviço da Prefeitura.

263
Já nas operações intermunicipais e interestaduais, é de competência
Estadual, tributada pelo ICMS conforme a Lei Complementar 87/1996, onde para
esse fato é emitido um conhecimento de transporte.

Vamos tratar abaixo as tributações mediante a cada operação:

39.3.1. Isenção

Com a publicação do Decreto 16.738/2016, os contribuintes baianos


ficaram com receio da previsão da isenção do transporte interno na Bahia, pois
a previsão legal prevista no o inciso XCIV do art. 265 do RICMS/BA foi revogada.

Porém, as prestações internas de serviços de transporte de carga


continuam dispensadas do lançamento e pagamento do ICMS, com fundamento
no art. 12, da Lei nº 8.534, de 13 de dezembro de 2002.

A exclusão do dispositivo no RICMS/BA, dispensando o imposto incidente


em tais prestações, tem como objetivo evitar duplicidade de comandos
normativos, não repetindo em regulamento as matérias já previstas em lei.

Logo, as operações que se limitam em território baiano, são amparadas


pela isenção do ICMS.

39.3.2. Créditos fiscais

A operação interna como é prevista no tópico acima, é amparada pela


isenção, neste caso, as operações interestaduais, são tributadas normalmente.

Sendo assim, como o ICMS é um imposto não cumulativo, que compensa


o tributo pago nas operações anteriores para serem compensados nas
operações subsequentes, os transportadores têm direito a créditos fiscais em
aquisições de combustíveis, lubrificantes, óleos, aditivos e fluidos.

Como esses combustíveis estão sujeitos ao regime de substituição


tributária, o documento de aquisição do combustível não apresenta o destaque
do ICMS para o crédito, para que o destinatário possa utilizar o crédito devido,

264
deverá emitir Nota Fiscal para este fim, conforme determina o art. 292, §º2 do
RICMS/BA, no CFOP 1.949, tendo como natureza da operação “Recuperação
de crédito”. Nesse sentido, na referida Nota Fiscal, indicará o documento ou
documentos de aquisição, e calculará sobre o valor total o crédito a ser utilizado
pela alíquota vigente para as operações internas, com aplicação de redução de
base de cálculo, quando estabelecida na legislação, não podendo o destaque do
imposto ter base de cálculo superior ao preço de mercado das mercadorias.

Em relação a aquisição de peças par o caminhão, isso não permite direito


a crédito, como é previsto no Parecer 22.886/2013:

(…) as aquisições de peças e partes de reposição,


destinadas à manutenção das máquinas e
equipamentos pertencentes ao ativo imobilizado da
Consulente, não geram direito ao crédito do ICMS, visto
que se caracterizam como materiais de uso e consumo
do estabelecimento, e não como insumos do processo
industrial, ou mesmo como partes integrantes do bem
originalmente adquirido.

39.3.3. Proporção dos créditos

Cabe orientar o leitor que, nas operações de uma transportadora onde,


parte das operações for interna (isenta) e parte interestadual (tributada) os
créditos do serviço de transporte devem ser proporcionais.

Por exemplo, se tem direito a um crédito de R$ 100,00, porém, 30% das suas
operações foram internas, deverá estornar R$ 30,00 dos seus créditos, e manter
apenas os R$ 70,00, que é a proporção das suas saídas tributadas.

265
39.3.4. Crédito presumido

O Convênio ICMS 106/1996, regulamentado no art. 270 inciso III alínea


“b” do RICMS/BA, permite aos estabelecimentos prestadores de serviço de
transporte um crédito de 20% (vinte por cento) do valor do ICMS devido na
prestação. O procedimento é opcional e é adotado, pelo contribuinte, em
substituição ao sistema não cumulativo do ICMS, tratado no tópico anterior de
tributação.

Exemplo

ICMS Devido pelo transportador: R$ 1.000,00

ICMS Crédito Presumido: 20% x R$ 1.000,00 = R$ 200,00

ICMS Líquido: R$ 1.000,00 – R$ 200,00 = R$ 800,00

O contribuinte que optar pelo benefício previsto não poderá aproveitar quaisquer
outros créditos.

A opção pelo crédito presumido deverá alcançar todos os


estabelecimentos do contribuinte localizados no território nacional e será
consignada no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrências de cada estabelecimento.

39.4. Documento fiscal

O CT-e, modelo 57, conforme o art. 127 do RICMS/BA deve ser emitido
pelos contribuintes previamente credenciados pela Secretaria da Fazenda do
Estado da Bahia, para acobertar a prestação de serviços de transporte
intermunicipal e interestadual de cargas, em substituição aos seguintes
documentos fiscais:

266
• CTRC, modelo 8;

• Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9;

• Conhecimento Aéreo, modelo 10;

• Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11;

• Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 27;

• Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7, quando utilizado em


transporte de cargas.

O CT-e deve ser emitido e armazenado exclusivamente em meio


eletrônico, tendo existência apenas digital, cuja validade jurídica é garantida pela
assinatura digital do emitente.

Todos os contribuintes prestadores de serviço de transporte de carga,


exceto MEI, ficam obrigados à emissão do CT-e conforme cláusula vigésima
quarta do Ajuste SINIEF 09/07.

Por ocasião da emissão do CT-e, o contribuinte deve imprimir o DACTE,


o qual deverá acompanhar a carga durante o transporte para facilitar a consulta
do CT-e que acoberta a prestação.

39.5. Simples Nacional

As empresas optantes pelo Simples Nacional irão tributar o da mesma


forma as operações internas, intermunicipais e interestaduais, visto que, essas
empresas não se usufruem de benefícios fiscais, tanto da isenção como o crédito
presumido, conforme o art. 23 da Lei Complementar 123/2006.

40. VENDA À ORDEM

Esta operação está prevista e tratada nos artigos 340 a 343 do Decreto
nº. 13.780/2012 (RICMS/BA).

267
40.1. Conceituação

A Venda à Ordem se caracteriza quando na operação da compra, o


adquirente solicita que a entrega da mercadoria seja feita em estabelecimento
diferente do constante na Nota Fiscal do adquirente original, geralmente por
razões comerciais, como economia de custo com frete, velocidade na entrega,
entre outras. A adjetivação de triangular está relacionada ao número de
documentos fiscais (NF) emitidas, posto que serão necessárias três NFs para a
perfeita caracterização da operação.

40.2 Venda Original

A venda original se caracteriza pela operação realizada entre o fornecedor


(vendedor remetente) e o adquirente original, cuja operação será concretizada
apenas pela emissão de documento fiscal, conforme demonstrado nos próximos
subtópicos, sem a entrega da mercadoria ao adquirente, com fundamento no
disposto no inciso II, alínea “b”, do artigo 340 do RICMS/BA

40.3. Operação

Conforme artigo 340 do RICMS/BA deve-se emitir duas notas fiscais pelo
fornecedor e uma nota fiscal pelo cliente adquirente original.

40.4.1. Procedimento Cliente (Adquirente Original)

O adquirente das mercadorias deverá emitir uma Nota Fiscal com o CFOP
5.120/6.120, em nome do destinatário da mercadoria (para o qual se destina a
mercadoria), com o destaque do ICMS, e neste mesmo documento, indicar em

268
dados adicionais, o nome, o CNPJ, e a I.E. do estabelecimento que irá efetuar a
remessa (fornecedor).

CFOP: 5.120/6.120 – Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros


entregue ao destinatário pelo vendedor remetente, em venda à ordem.

40.4.2. Procedimentos Fornecedor

O fornecedor deverá emitir duas Notas Fiscais:

Ao destinatário da mercadoria (local da entrega da mercadoria), com o


CFOP 5.923/6.923, sem o valor das mercadorias e sem o destaque do ICMS.

Deve-se constar na operação o termo Remessa por conta e ordem de


terceiro e em dados adicionais as informações da Nota Fiscal que o cliente irá
emitir para o destinatário (Número da NF, série e data de lançamento), bem
como as informações do adquirente. (Nome, CNPJ e I.E)

CFOP – 5.923/6.923 – Remessa de mercadoria por conta e ordem de terceiros,


em venda à ordem ou em operações com armazém geral ou depósito fechado.

Ao adquirente originário (quem comprou a mercadoria), com o CFOP


5.118/6.118, 5.119/6.119, com o destaque do ICMS devido.

Deve-se constar na operação o termo Remessa simbólico – venda à


ordem e em dados adicionais, o número da Nota Fiscal de remessa por conta e
ordem, a série e a data da emissão, bem como o número da Nota Fiscal de venda
ao destinatário, a série, a data da emissão e o valor da operação.

CFOP – 5.118 – Venda de produção do estabelecimento entregue ao


destinatário por conta e ordem do adquirente originário, em venda à ordem;

CFOP – 5.119 – Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros


entregue ao destinatário por conta e ordem do adquirente originário, em venda
à ordem.

269
40.5. Fluxograma

40.6. Operações com peças

Nas operações com peças, o fornecedor pode emitir uma Nota Fiscal com
destino à seguradora e como local de entrega, a oficina que irá efetuar o
conserto, nos termos do Art. 343 do RICMS/BA.

40.7. SIMPLES NACIONAL

A obrigatoriedade da Escrituração Fiscal Digital (EFD) não se aplica aos


contribuintes optantes pelo Simples Nacional, de acordo com o artigo 248 do
RICMS/BA.

Os procedimentos concernentes à operação de venda à ordem


apresentados nesta matéria serão aplicados também pelas empresas optantes
pelo Simples Nacional. No entanto, merecem destaque algumas particularidades
que deverão ser observadas por estas empresas, demonstradas nos parágrafos
seguintes.

270
Em relação aos documentos fiscais emitidos pelas empresas optantes
pelo Simples Nacional, não haverá destaque de imposto, tendo em vista o
disposto no inciso I do § 2º do artigo 57 da Resolução CGSN nº 94/2011, sendo
a tributação devida de acordo as receitas auferidas no período, com fundamento
no artigo 3º, § 1º, da Lei Complementar nº 123/2006.

Ressalta-se que as microempresas e as empresas de pequeno porte


optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação de créditos,
conforme prevê o artigo 23 da Lei Complementar nº 123/2006.

Cumpre destacar, ainda, que a empresa optante pelo Simples Nacional


efetuará o repasse do crédito correspondente ao ICMS incidente sobre a
operação, devido pelo Simples Nacional, no campo de “Informações
Complementares” da nota fiscal, na hipótese de o destinatário ser do regime
normal de tributação e destinar a mercadoria para industrialização ou
comercialização, observado o disposto no § 1° do artigo 56 da Resolução CGSN
n° 94/2011.

41. VENDA PARA ENTREGA FUTURA

Uma operação que comercialmente é bastante comum é a venda com tradição


futura.

A venda para entrega futura é uma operação em que o sujeito passivo,


contribuinte do ICMS, efetua a operação mercantil de venda de uma mercadoria,
produtos, mas não sendo efetivado sua entrega de forma imediata, ou seja, a
venda (Firmamento financeiro, criação de obrigação entre as partes) é realizada,
mas a entrega da mercadoria será em uma data futura.

Esta operação pode ser vista, como por exemplo, efetuar uma operação
de venda pelo qual o remetente não possua essa mercadoria disponível no
estoque; uma venda de um bem que será entregue por partes, os operações nas
quais ocorra vários transportes.

271
41.1 Faturamento Antecipado

Nos casos de venda para entrega futura, é facultada a emissão da Nota


Fiscal relativa ao simples faturamento, sendo vedado o destaque do ICMS no
momento do faturamento antecipado.

41.1.1 A Entrega Efetiva Da Mercadoria

Na Nota Fiscal relativa à entrega efetiva da mercadoria entregue


antecipadamente, deve o fornecedor fazer a indicação, no Campo "Dados
Adicionais", do número, série, se houver, e data da nota fiscal originária, bem
como o valor dos produtos e o destaque do ICMS relativo à operação.

São com base nestas informações que o adquirente da mercadoria, se for o


caso, apropriará o crédito do imposto relativamente a esta aquisição.

Importante observar que, diferentemente do ICMS, pode ocorrer do IPI ser


destacado antecipadamente, na nota fiscal relativa ao faturamento. No entanto,
ocorrerão casos em que o IPI compõe a base de cálculo do ICMS - salvo nos
casos em que a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto
destinado à industrialização ou à comercialização, configurar fato gerador de
ambos os impostos. Nestas hipóteses, a informação do IPI no documento fiscal
será necessária para que possa compor a base de cálculo do ICMS
corretamente.

272
41.2. Notas Fiscais:

41.2.1. Nota Fiscal de Venda (Simples Faturamento)

A Nota Fiscal de venda é o primeiro documento a ser emitido, onde


constará informações primordiais da operação como, o valor total da mercadoria,
o local do faturamento, operações financeiras e etc, não sendo ainda a nota que
irá acoberta a circulação da mercadoria.

No Decreto 13.780/2012, Art. 337 do RICMS/BA Diz “por ocasião da venda ou


faturamento, o ICMS somente será lançado por ocasião da efetiva saída da
mercadoria.”

O CFOP da venda de (Simples Faturamento), que traz a criação de uma


obrigação do remetente futuramente entregar o produto, será 5.922/6.922
(Lançamento Efetuado a Título de Simples Faturamento decorrente de Venda
para Entrega Futura), sem o destaque do ICMS, conforme Art. 337 do
RICMS/BA.

41.2.2. Nota Fiscal da Circulação da mercadoria

Conforme traz a redação do art. 338 inciso I do RICMS/BA, a nota Fiscal


na qual será destacado o ICMS será aquela emitida quando da efetiva circulação
da mercadoria, ou seja, na efetiva saída do estabelecimento. Nesta nota fiscal a
mercadoria pode ser entregue total ou parcialmente.

O CFOP desta remessa será 5.116/6.116 (Venda de Produção do


Estabelecimento Originada de Encomenda para Entrega Futura) ou 5.117/6.117
(Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, originada de
encomenda para entrega futura), com o destaque do ICMS.

273
41.3. Cupom Fiscal

Nas vendas de operação para entrega futura para um não contribuinte do


ICMS quando é emitido o Cupom Fiscal, segundo o Parecer 04112/2013, emite-
se, no ato do pagamento, um Comprovante Não Fiscal (o ECF contempla esse
documento) e, também, se for o caso, quando se tratar de pagamento com cartão
(documento denominado Comprovante de Crédito e Débito-CCD “TEF”, também
implementado no ECF).

No saída da mercadoria/bem para entrega ao comprador, emite-se o


Cupom Fiscal, colocando-se como meio de pagamento, o que definir para
“fechar” o Cupom.Nas entregas no domicílio do adquirente, poderá ser utilizado
o Cupom Fiscal.

41.4. Fluxograma

41.5. Simples Nacional

As empresas optantes pelo Simples Nacional poderá utilizar mesmo


critério citado na operação anterior, quando efetuar venda para entrega futura.
Também indicarão os mesmos CFOP´s.

274
Em relação a tributação, deverá seguir o que menciona o a SOLUÇÃO
DE CONSULTA N° 039, DE 28 DE FEVEREIRO DE 2007 – 10ª REGIÃO
FISCAL, que traz a seguinte situação:

ASSUNTO: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das


Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – Simples

VENDA PARA ENTREGA FUTURA. RECONHECIMENTO DA RECEITA.


REGIME DE COMPETÊNCIA.

No caso de venda para entrega futura, em que o contribuinte possui o bem


em estoque, a receita deverá ser computada no período de apuração da
operação, pois o bem já está disponível ao comprador e a vendedora passa a
ser mera depositária.

FATURAMENTO ANTECIPADO. RECONHECIMENTO DA RECEITA. REGIME


DE COMPETÊNCIA.

No caso de faturamento antecipado, em que o contribuinte não possui


ainda o bem, a receita deverá ser computada no período de apuração em que o
bem for produzido ou for adquirido, no caso de revenda, ficando disponível para
o comprador.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei n° 6.404, de 1976, art. 177 e art. 187, § 1°; Decreto-
Lei n° 1.598, de 1977, art. 7°, § 4°, e art. 67, inciso XI; RIR/99, art. 247, § 1°, e
art. 251; Instrução Normativa SRF n° 608, de 2006, art. 4°.

41.6. Substituição Tributária

Nas operações com mercadorias ou bens que estão sujeitas a sistemática


de recolhimento da substituição tributária, não há, na legislação vigente,
disposições quanto aos procedimentos a serem adotados, porém, como na sua
regra o ICMS ST é recolhido na primeira fase da operação, junto com a tributação
do ICMS próprio da operação, o ICMS-ST deverá ser destacado quando
efetivamente ocorre a circulação da mercadoria, com a indicação no documento
fiscal do CFOP 5.116/6.116 ou 5.117/6.117.

275
41.7 ESCRITURAÇÃO DAS NOTAS FISCAIS

41.7.1. Escrituração pelo remetente

A nota fiscal relativa ao faturamento antecipado deverá ser escriturada


normalmente no livro Registro de Saídas, nas colunas "Documento Fiscal",
"Valor Contábil" e "Outras".

A nota fiscal relativa à entrega efetiva da mercadoria será escriturada somente


nas colunas próprias, com a indicação, na coluna "Observações", do número,
da série, se for o caso, e da data do documento fiscal relativos à nota fiscal de
simples faturamento.

41.7.2. Escrituração pelo destinatário

Em relação ao adquirente, caso haja direito ao crédito do ICMS, o mesmo


somente poderá ser apropriado quando da entrada efetiva da mercadoria no
estabelecimento.

Desta forma, a nota fiscal relativa ao faturamento antecipado deverá ser


escriturada somente nas colunas "Valor Contábil" e "Observações".

Já em relação à nota fiscal de entrada efetiva da mercadoria, será


escriturada nas colunas próprias - "Documento Fiscal", "Valor Contábil" e "ICMS
- Valores Fiscais - Operações Com Crédito do Imposto", caso o adquirente faça
jus à apropriação do crédito do imposto, ou "Documento Fiscal", "Valor Contábil"
e "ICMS - Valores Fiscais - Operações Sem Crédito do Imposto - Outras", caso
o adquirente não faça jus à apropriação do crédito.

276
42 DEVOLUÇÃO E RETORNO DE MERCADORIA
NÃO ENTREGUE

42.1 Introdução

Nas relações comerciais é muito comum o desfazimento da operação,


baseado em motivos diversos como: inconsistência do pedido, qualidade
insatisfatória, não observância de prazo, entre outros. Essa rotina se dá por meio
da devolução física da mercadoria.

O Código de Defesa do Consumidor prevê em seu artigo 49 que o


consumidor pode desistir do contrato no prazo de 7 dias a contar de sua
assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a
contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do
estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
Exercitando o consumidor o direito de arrependimento, os valores pagos, a
qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato,
monetariamente atualizados.

No caso de o adquirente conseguir verificar a situação em desacordo no


momento de recebimento da mercadoria, poderá recusá-la, antes mesmo de
recebê-la.

Neste Roteiro trataremos dos procedimentos a serem observados nos


casos de devolução de mercadorias, ou mesmo recusa (mercadoria não
entregue), por contribuintes e não contribuintes da Bahia.

42.2. Conceito

O conceito conhecido de devolução de mercadoria é o da operação que


tenha por objeto anular todos os efeitos de uma operação anterior.

Portanto, como mencionado anteriormente, o cliente poderá utilizar-se da


operação de devolução, por qualquer irregularidade nas mercadorias ou mesmo
das condições contratadas, e desfazer o negócio.

277
A legislação tributária não dispõe sobre um prazo para que haja a
devolução, devendo ser estipulado entre as partes interessadas, salvo quando
se tratar de devolução realizada por não contribuinte do ICMS, no que se refere
à apropriação de crédito, conforme trataremos em tópico específico.

42.3. Devolução de mercadoria

Observe-se que para que a operação seja considerada como devolução,


o adquirente precisa ter recebido a mercadoria, ou seja, ter assinado o canhoto
de recebimento da Nota Fiscal emitida pelo fornecedor. No caso de o adquirente
ser contribuinte do ICMS, deverá escriturar a nota fiscal de recebimento no livro
Registro de Entradas e emitir nota fiscal de devolução para remeter a mercadoria
em retorno ao estabelecimento de origem.

No caso de assinado o canhoto por contribuinte do imposto, a mercadoria


não poderá retornar com a mesma nota relativa à remessa.

42.4. Base de cálculo

Como a devolução tem o intuito de "anular" a operação anterior, ou seja,


devolver a situação ao que era anteriormente à venda ou remessa da
mercadoria, deve ser tributada forma da remessa; por conseguinte, devem ser
utilizadas a mesma base de cálculo e a mesma alíquota, respeitando a
proporcionalidade das mercadorias devolvidas.

Observe-se que, tratando-se de operações interestaduais, deve-se utilizar


a mesma alíquota do recebimento.

Essa Nota é tributada ainda com o intuito de que o fornecedor possa se


creditar do ICMS referente à mercadoria que retornará a seu estoque.

278
42.5 Direito ao crédito

Quando o contribuinte que remeteu originariamente a mercadoria, a


recebe em devolução, deverá observar alguns requisitos para que possa
apropriar como crédito o valor do imposto debitado por ocasião da saída. O
direito ao crédito tem ligação direta com o destino da mercadoria, ou seja, a
primeira observação a ser feita é se a mercadoria irá retornar ao estoque para
ser revendida. Como o ICMS é um imposto não cumulativo, o destinatário da
devolução somente terá direito ao crédito quando a mercadoria for objeto de
nova saída tributada.

Portanto, se a devolução tiver sido feita por conta de algum defeito da


mercadoria, que a inutilize para o fim desejado, não há que se falar em crédito.

O documento fiscal que acobertar a devolução deve conter o motivo da


devolução, o número, a série e a data do documento fiscal originário, além do
valor total ou o relativo à quantidade devolvida, sobre o qual será calculado o
imposto.

Também será permitido o crédito do imposto ao adquirente da mercadoria


que não o tenha feito no momento de sua entrada no estabelecimento. Já que a
devolução deve seguir a mesma tributação da entrada, pelo próprio princípio da
não cumulatividade.

42.6 Diferencial de alíquotas

O estabelecimento que efetuar a devolução de mercadoria ou bens


adquiridos para uso, consumo ou ativo permanente, e que já tenha efetuado o
pagamento do diferencial de alíquotas, poderá recuperar esse valor lançando-o
no quadro "Crédito do Imposto - Estornos de Débitos" do livro Registro de
Apuração do ICMS. Deve ser lançado o valor nominal com a observação
"Diferença de alíquotas - mercadoria devolvida", exceto quando o imposto
relativo à diferença de alíquotas já tiver sido utilizado como crédito.

279
42.7 Recusa da mercadoria

Nos casos em que a mercadoria não chega a ser recebida pelo cliente; ou
seja, antes da assinatura do canhoto da nota fiscal, o adquirente percebe algum
motivo que justifique o não recebimento da mercadoria, e simplesmente a
recusa, não há a necessidade de se emitir um novo documento fiscal para
proceder ao retorno da mercadoria ao remetente. O retorno se dará com a
mesma nota fiscal que documentou a remessa, devendo ser mencionados os
motivos da recusa da mercadoria. Caso o próprio destinatário da mercadoria não
o faça, o transportador deverá consignar os motivos pelos quais a mercadoria
não foi entregue: recusa de recebimento, falta de localização do endereço,
mercadoria fora das especificações, estabelecimento fechado ou inacessível, ou
outro qualquer. Essa observação deverá ser feita, sempre que possível, no
quadro "Dados Adicionais", no campo "Informações Complementares", ou, não
havendo espaço suficiente, no quadro "Dados do Produto".

O Conhecimento de Transporte originário poderá servir para acobertar a


prestação de retorno ao remetente, desde que, antes de se iniciar o retorno, seja
feita observação dessa circunstância nas primeiras vias dos documentos
relativos à carga e à prestação do serviço.

O estabelecimento que receber de volta a mercadoria não entregue, por


recusa ou por qualquer outro motivo, para poder se recuperar do imposto
debitado na saída da mesma, terá que emitir uma nota fiscal de entrada, citando
os dados da nota fiscal que acobertou o transporte da mercadoria (número, série,
data da emissão e valor da operação).

Essa nota de entrada será escriturada no livro Registro de Entradas de


Mercadorias nas colunas "ICMS - Valores Fiscais" e "Operações com Crédito do
Imposto".

A primeira via da nota fiscal que acobertou o transporte da mercadoria


deverá ser arquivada pelo prazo regulamentar, nela sendo anotados os motivos
que justifiquem a não entrega da mercadoria. Devem ser arquivados, ainda,
todos os elementos, inclusive contábeis, que comprovem que a importância
eventualmente debitada ao destinatário não tenha sido recebida

280
42.8 Penalidades

Caso não sejam observados os procedimentos obrigatórios citados para


o retorno da mercadoria, deverá ser efetuado o estorno do crédito irregularmente
utilizado. Tanto o transmitente, quanto o destinatário podem ficar sujeitos ao
recolhimento do imposto, bem como às penalidades e aos acréscimos cabíveis.

42.9 Mercadorias com substituição tributária

Nas hipóteses de devolução ou de desfazimento de negócio relativo a


mercadorias recebidas com substituição tributária, já tendo o imposto sido
recolhido, o adquirente emitirá Nota Fiscal para acompanhar as mercadorias a
serem devolvidas ao fornecedor, calculando o imposto correspondente à saída
em função da mesma base de cálculo e da mesma alíquota constantes na Nota
Fiscal de origem, total ou parcialmente, conforme o caso. Essa Nota Fiscal terá
como natureza da operação "Devolução" ou "Desfazimento do negócio",
conforme o caso, devendo ser feita anotação, no quadro "Dados Adicionais", no
campo "Informações Complementares", acerca do número, da série e da data
da Nota Fiscal de origem.

Para fins de compensação do imposto o remetente estornará o débito


fiscal correspondente à Nota Fiscal de devolução no quadro "Crédito do Imposto
- Estornos de Débitos" do Registro de Apuração do ICMS. Em relação ao imposto
anteriormente retido, o remetente emitirá outra Nota

Fiscal, exclusiva para fins de ressarcimento, em nome do respectivo


fornecedor que tenha retido originariamente o imposto, contendo as seguintes
indicações, nos campos próprios, vedada qualquer indicação no campo
destinado ao destaque do imposto (Conv. ICMS 56/97) com os seguintes dados:

a) o nome, o endereço, o CGC e a inscrição estadual do fornecedor;

b) como natureza da operação: "Ressarcimento do ICMS";

c) a identificação da Nota Fiscal de sua emissão, que tiver motivado o


ressarcimento;

281
d) o número, a série, se houver, e a data do documento fiscal de aquisição da
mercadoria;

e) o valor do ressarcimento, que corresponderá ao valor do imposto


anteriormente antecipado, total ou proporcionalmente, conforme o caso;

f) a declaração: "Nota Fiscal emitida para efeito de ressarcimento, de acordo com


as cláusulas terceira e quarta do Convênio ICMS 81/93".

Deverão ser enviadas ao fornecedor a 1ª via da Nota Fiscal de


ressarcimento, bem como cópias dos documentos citados nas letras "c" e "d"
anterior. Este, por sua vez, poderá deduzir o valor do imposto retido do próximo
recolhimento a ser feito a este Estado ou à unidade federada do contribuinte que
tiver direito ao ressarcimento.

Poderá, também, o contribuinte que efetuar a devolução utilizar como


créditos fiscais ambas as parcelas do imposto, o normal e o antecipado,
constantes no documento de aquisição das mesmas mercadorias, total ou
proporcionalmente, conforme o caso, a serem lançados no quadro "Crédito do
Imposto - Outros Créditos" do Registro de Apuração do ICMS.

Outra hipótese é a de o contribuinte que efetuar a devolução estornar o


débito fiscal relativo à saída em devolução, destacado no documento fiscal, no
quadro "Crédito do Imposto - Estornos de Débitos" do Registro de Apuração do
ICMS.

O valor do ICMS retido por substituição tributária a ser ressarcido não


poderá ser superior ao valor retido quando da aquisição do respectivo produto
pelo estabelecimento.

42.10 Devolução por não contribuinte

A garantia é um instituto conhecido onde o remetente ou o fabricante da


mercadoria assume a responsabilidade de substituir ou consertar a mesma se
apresentar defeito. Já a troca é a substituição da mercadoria por uma ou mais

282
da mesma ou de espécie diversa, desde que de valor não inferior ao da
substituída.

Quando ocorrer devolução em virtude de troca, garantia, inadimplemento


do comprador ou desfazimento do negócio, por pessoa física ou jurídica não
contribuinte ou ainda não obrigada à emissão de documentos fiscais, o
estabelecimento que receber a mercadoria poderá se creditar do imposto
debitado na saída desde que haja prova inequívoca da devolução.

Para tanto o estabelecimento que receber a mercadoria em devolução


deverá:

a) emitir nota fiscal de entrada citando o número, a série, a data e o valor do


documento fiscal original, total ou parcial, conforme o caso, sobre o qual será
calculado o imposto a ser creditado;

b) na nota fiscal de entrada deve ter a assinatura da pessoa que promover a


devolução, mencionando o motivo da devolução, anotando a espécie e o número
do respectivo documento de identidade;

c) deve lançar a nota de entrada no livro Registro de Entradas de Mercadorias,


consignando os valores nas colunas "ICMS - Valores Fiscais - Operações com
Crédito do Imposto".

A mercadoria em seu retorno poderá ser acompanhada com a nota de


entrada do contribuinte que a está recebendo em devolução.

O contribuinte, através de autorização do inspetor fazendário, poderá


emitir uma única Nota Fiscal de entrada englobando toda as devoluções
ocorridas durante a semana.

42.11 Nota Fiscal Avulsa

Uma outra hipótese de devolução por não contribuintes ou por pessoas


não obrigadas à emissão de documento fiscal é utilizar a nota fiscal avulsa que

283
pode ser emitida através do endereço eletrônico www.sefaz.ba.gov.br, ou nas
Repartições Fazendárias.

42.12. Códigos Fiscais de Operações

Os contribuintes envolvidos em operações de devolução deverão utilizar


os Códigos Fiscais de Operações abaixo discriminados, conforme o caso, para
a emissão dos documentos fiscais e para a escrituração dos livros fiscais:

5.201/6.201/7.201 - Devolução de compra para industrialização ou produção


rural

Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas


para serem utilizadas em processo de industrialização ou produção rural, cujas
entradas tenham sido classificadas como "1.101 - Compra para industrialização
ou produção rural".

5.209/6.209 - Devolução de mercadoria recebida em transferência para


comercialização

Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias recebidas em


transferência de outro estabelecimento da mesma empresa, para serem
comercializadas.

5.209/6.209 - Devolução de mercadoria recebida em transferência para


comercialização

Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias recebidas em


transferência de outro estabelecimento da mesma empresa, para serem
comercializadas.

5.210/6.210/7.210 - Devolução de compra para utilização na prestação de


serviço

Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas


para utilização na prestação de serviços, cujas entradas tenham sido
classificadas no código "1.126 - Compra para utilização na prestação de serviço".

284
5.411/6.411 - Devolução de compra para comercialização em operação com
mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária

Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas


para serem comercializadas, cujas entradas tenham sido classificadas como
"Compra para comercialização em operação com mercadoria sujeita ao regime
de substituição tributária".

5.553/6.553/7.553 - Devolução de compra de bem para o ativo imobilizado

Classificam-se neste código as devoluções de bens adquiridos para


integrar o ativo imobilizado do estabelecimento, cuja entrada foi classificada no
código "1.551 - Compra de bem para o ativo imobilizado".

5.556/6.556/7.556 - Devolução de compra de material de uso ou consumo

Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias destinadas ao


uso ou consumo do estabelecimento, cuja entrada tenha sido classificada no
código "1.556 - Compra de material para uso ou consumo".

1.201/2.201/3.201 - Devolução de venda de produção do estabelecimento

Classificam-se neste código as devoluções de vendas de produtos


industrializados ou produzidos pelo próprio estabelecimento, cujas saídas
tenham sido classificadas como "Venda de produção do estabelecimento".

1.202/2.202/3.202 - Devolução de venda de mercadoria adquirida ou


recebida de terceiros

Classificam-se neste código as devoluções de vendas de mercadorias


adquiridas ou recebidas de terceiros, que não tenham sido objeto de
industrialização no estabelecimento, cujas saídas tenham sido classificadas
como "Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros".

1.208/2.208 - Devolução de produção do estabelecimento, remetida em


transferência

Classificam-se neste código as devoluções de produtos industrializados


ou produzidos pelo próprio estabelecimento, transferidos para outros
estabelecimentos da mesma empresa.

285
1.209/2.209 - Devolução de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros,
remetida em transferência

Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas ou


recebidas de terceiros, transferidas para outros estabelecimentos da mesma
empresa.

1.553/2.553/3.553 - Devolução de venda de bem do ativo imobilizado

43. MOSTRUÁRIO

43.1. INTRODUÇÃO

Desde já podemos observar que a legislação baiana é omissa as


operações referentes a mostruário, por essa observação os procedimentos a ser
realizado pelos contribuintes, será a aplicação dos procedimentos estabelecido
e previsto no ajuste SENIF 02/2018.

43.2. CONCEITO DE MOSTRUÁRIO

O conceito de mostruário você irá encontrar na cláusula terceira do Ajuste


SINIEF 02/2018:

Considera-se operação com mostruário a remessa de amostra de


mercadoria com valor comercial, a empregado ou representante, com o objetivo
de estes apresentarem o produto aos seus potenciais clientes.

Porém encontra-se previsto no § 1° da cláusula terceira do Ajuste SINIEF


02/2018, não se considera mostruário aquele formado por mais de uma peça
com características idênticas, tais como, mesma cor, mesmo modelo, espessura,
acabamento e numeração diferente.

Na situação do produto formado por mais de uma unidade, tais como,


meias, calçados, luvas, brincos, somente será considerado como mostruário se

286
composto apenas por uma unidade das partes que o compõem, conforme § 2°
da cláusula terceira do Ajuste SINIEF 02/2018.

43.3. DIFERENÇAS ENTRE MOSTRUÁRIO E OUTRAS


OPERAÇÕES

Em regra, é muito comum a realização, pelas empresas industriais e


comerciais, de operações de remessa de mercadorias a título de mostruário,
contudo, na prática, gera dúvida, relativamente a distinção entre essas
operações de saída: amostras grátis, degustação, demonstração, remessa para
treinamento, remessa para exposição ou feira e remessas para venda fora do
estabelecimento.

Assim, nos próximos subtópicos, serão apresentando as diferenças entre


as operações de mostruário e outras operações usualmente praticadas.

43.3.1. Mostruário x amostras grátis

Considerando o elencado no inciso XXI do artigo 265 do RICMS/BA, que


estabelece a isenção do imposto para amostra grátis, bem como estabelece os
requisitos para fins de aplicabilidade da isenção, pode-se considerar como
amostra grátis os fragmentos ou partes de qualquer mercadoria, desde que em
quantidade estritamente necessária para dar a conhecer a sua natureza, espécie
e qualidade, observadas as seguintes condições:

a) as saídas deverão ser feitas a título de distribuição gratuita, com indicação da


gratuidade do produto em caracteres impressos com destaque;

b) as quantidades não poderão exceder de 20% do conteúdo ou do número de


unidades da menor embalagem de apresentação comercial do mesmo produto,
para venda ao consumidor;

c) em se tratando de amostras de tecidos, não há restrições quanto à largura,


mas seu comprimento só será admissível até 0,45 m para os de algodão

287
estampado, e até 0,30 m para os demais, desde que contenham, em qualquer
caso, impressa tipograficamente ou a carimbo, a expressão “Sem valor
comercial”, dispensadas desta exigência as amostras cujo comprimento não
exceda de 0,25 m e 0,15 m, nas hipóteses supra, respectivamente;

d) tratando-se de amostras de calçados, estas deverão consistir em pés isolados


daquelas mercadorias, conduzidas por viajante de estabelecimento industrial,
devendo constar gravada no solado dos calçados a expressão “Amostra para
viajante”.

Ainda, nos termos da alínea “e” do inciso XXI do artigo 265 do RICMS/BA,
na hipótese de amostras grátis de produtos da indústria farmacêutica, a
distribuição deverá ser feita exclusivamente a médicos, veterinários e dentistas,
bem como a estabelecimentos hospitalares, observando-se que na hipótese de
saída de medicamento, será considerada amostra gratuita a que contiver:

a) quantidade suficiente para o tratamento de um paciente, tratando-se de


antibióticos;

b) da apresentação registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária


(ANVISA) e comercializada pela empresa:

1 - 100% da quantidade de peso, volume líquido ou unidades farmacotécnicas,


tratando-se de anticoncepcionais;

2 - no máximo, 50% da quantidade total de peso, volume líquido ou unidades


farmacotécnicas, nos demais casos;

3 - na embalagem, as expressões “AMOSTRA GRÁTIS” e “VENDA PROIBIDA”,


de forma clara e não removível;

4 - o número de registro com 13 dígitos correspondentes à embalagem original,


registrada e comercializada, da qual se fez a amostra;

5 - no rótulo e no envoltório, as demais indicações de caráter geral ou especial,


exigidas ou estabelecidas pelo órgão competente do Ministério da Saúde.

288
43.3.2. Mostruário x degustação

Inicialmente ressalta-se que não há disposição específica na legislação


do Estado da Bahia da definição de degustação. Dessa forma, em observação
ao Dicionário Aurélio, degustação tem como objetivo provar ou tomar gosto de
algo e avaliar pelo paladar o sabor de um produto, não ocorrendo o retorno para
o estabelecimento de origem.

Portanto, a diferença entre mostruário e degustação, é a de que a


degustação objetiva o consumo do produto, bem como provar o gosto e paladar,
não ocorrendo, necessariamente, o retorno para o estabelecimento de origem.

43.3.3. Mostruário x demonstração

Considera-se demonstração a operação pela qual o contribuinte remete


mercadorias a terceiros, em quantidade necessária para se conhecer o produto,
nos termos da cláusula segunda do Ajuste SINIEF 02/2018. Nesse caso, o
retorno da mercadoria deverá ser em até 60 dias para fruição da suspensão,
conforme prevê a cláusula quarta do Ajuste SINIEF 02/2018.

Portanto, observando o conceito de mostruário exposto no tópico 2 desta


matéria, a principal diferença entre mostruário e demonstração, é que o
mostruário se destina ao empregado ou representante do estabelecimento que
entregará ao cliente. Já a demonstração destina-se diretamente ao futuro cliente.

43.3.4. Mostruário x remessa para treinamento

Em se tratando de remessa para treinamento não há conceito específico


na legislação do Estado da Bahia. No entanto, por entendimento da cláusula
décima segunda do Ajuste SINIEF 02/2018, trata-se de remessa de mercadoria
a serem utilizadas em treinamentos sobre o uso das mesmas. Portanto, difere-
se da operação de mostruário, pois o objetivo deste é o conhecimento do produto
pelo cliente, para posterior aquisição.

289
As remessas para treinamento terão a mesma disposição das remessas
para mostruário em relação ao prazo de 90 dias, conforme prevê a cláusula
décima do Ajuste SINIEF 02/2018, sendo que esta operação também será com
o ICMS suspenso, desde que retorne no prazo mencionado.

43.3.5. Mostruário x remessas para exposição ou feira

As operações de remessas de mercadorias para simples exposição ao


público em feira de amostra, e posterior retorno, encontram-se previstas nos
artigos 416 a 418 do RICMS/BA.

Quanto ao conceito de exposição, tem o objetivo de "exibir por meio de


mostruários, ao conhecimento público, os produtos comerciais, industriais ou
artísticos de uma região, ou de vários lugares, com a intenção de mostrar ou
divulgar os progressos já conseguidos e estimular o desenvolvimento do
comércio e da indústria. Embora as exposições se difiram das feiras e dos
mercados, quando se permite que nelas se promovam operações de venda, é
costume qualificá-las como exposições-feiras", de acordo com De Plácido e Silva
(Vocabulário Jurídico. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p. 587).

Já feira, refere-se à "praça do mercado ou praça pública, institui-se


periodicamente em lugares e prazos determinados, para vendas gerais ou para
vendas de certos e determinados produtos", de acordo com De Plácido e Silva
(Vocabulário Jurídico. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p. 606.

Desta forma, tais operações diferem-se da operação de mostruário, pois


esta refere-se a remessa de mercadorias para determinados locais, possuindo
como alvo o público em geral, com o intuito comercial ou não, e a remessa de
mostruário, destina-se a ofertar por meio de funcionários e representantes
comerciais determinadas mercadorias.

290
43.3.6. Mostruário x remessas para venda fora do estabelecimento

Nos termos dos artigos 344 a 346 do RICMS/BA, a operação de remessa


para venda fora do estabelecimento consiste na saída de mercadorias remetidas
sem destinatário certo, através de veículo ou qualquer outro tipo de transporte,
a qual deverá ser documento fiscal na remessa para a venda fora do
estabelecimento, bem como na transmissão de propriedade da mercadoria,
sendo que as mercadorias não vendidas deverão retornar ao estabelecimento
de origem.

Portanto, a operação de remessa para venda fora do estabelecimento,


diferencia-se da operação de mostruário, pois o intuito desta operação e que os
referidos produtos sejam efetivamente comercializados e mostruário, no primeiro
momento, não é efetivamente comercializado, mas, sim destinado à exibição).

43.4 Suspensão

A cláusula décima do Ajuste SINIEF 02/2018 dispõe que é suspenso o


imposto incidente na saída de mercadoria remetida para mostruário, desde que
o retorno da mercadoria ao estabelecimento de origem seja até 90 dias contados
da data da saída, podendo ser prorrogado por igual período a critério do
Secretário da Fazenda.

43.4.1. Diferencial de alíquotas. EC n° 87/2015

Conforme previsto no parágrafo único da cláusula décima do Ajuste


SINIEF 02/2018, a suspensão aplicada nas remessas de mostruário irá
abranger, inclusive, o recolhimento do imposto correspondente à diferença entre
a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual, previsto na
Emenda Constitucional 87/2015 c/c o Convênio ICMS 93/2015, que trata sobre
as operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não
contribuinte do ICMS.

291
43.5. Obrigações Acessórias. Emissão De Documentos Fiscais

O contribuinte deve emitir nota fiscal sempre que promover a saída de


mercadoria ou entrar no seu estabelecimento mercadoria, ou bem, real ou
simbolicamente, nova ou usada, remetida a qualquer título por pessoa natural ou
jurídica não obrigada à emissão de documento fiscal, nos termos dos incisos I e
VI do artigo 83 do RICMS/BA.

43.5.1. Nota fiscal de remessa

Nos termos da cláusula décima primeira do Ajuste SINIEF 02/2018, na


saída de mercadoria destinada a mostruário o contribuinte observará o que
segue:

43.5.1.1 Emissão do documento fiscal pelo remetente

De acordo com a cláusula décima primeira do Ajuste SINIEF 02/2018, na


saída de mercadoria destinada a mostruário o contribuinte deverá emitir nota
fiscal sem destaque do imposto, indicando como destinatário o seu empregado
ou representante, que conterá, além dos demais requisitos, as seguintes
indicações:

a) no campo natureza da operação: Remessa de Mostruário;

b) no campo do CFOP: o código 5.912 tratando-se de operações internas, ou


6.912, caso a operação seja interestadual;

c) no campo relativo às Informações Adicionais, a expressão: "Imposto suspenso


nos termos do Ajuste SINIEF 02/18".

Frisa-se, que o trânsito de mercadoria destinada a mostruário, em todo o


território nacional, deverá ser efetuado com a nota fiscal de remessa desde que
a mercadoria retorne no prazo de 90 dias, nos termos do parágrafo único da
cláusula décima primeira do Ajuste SINIEF 02/2018.

292
43.5.1.2 Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)

O contribuinte obrigado à Escrituração Fiscal Digital (EFD) deverá


observar as regras de escrituração e de validação do Guia Prático da EFD,
conforme disposições do Ato COTEPE/ICMS 44/2018, preenchendo os
seguintes registros:

a) C100 (dados do documento fiscal), com os campos: VL_BC_ICMS,


ALIQ_ICMS e VL_ICMS, vazios;

b) C170 (discriminação dos itens), com os campos: VL_BC_ICMS, ALIQ_ICMS


e VL_ICMS, vazios.

Vale observar que o Registro C170 (itens do documento) é dispensado para as


Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), modelo 55, de emissão própria.

O Registro C190, o qual tem por objetivo representar a escrituração dos


documentos fiscais totalizando por CST, CFOP e Alíquota de ICMS, é
obrigatório, entretanto, posto que a nota fiscal de remessa para mostruário e sem
destaque do imposto, os campos correspondentes à alíquota do ICMS, valor do
ICMS e Base de cálculo do ICMS ficarão zerados.

As informações descritas no campo “informações complementares” da


nota fiscal serão indicadas no Registro C110 (informação complementar da nota
fiscal), utilizando o código de referência cadastrado no campo 02 do Registro
0450 (tabela de informação complementar do documento fiscal), com a seguinte
expressão, “no campo relativo às Informações Adicionais, a expressão: "Imposto
suspenso nos termos do Ajuste SINIEF 02/18".

43.5.2. Nota fiscal de retorno

Nos termos da cláusula décima terceira do Ajuste SINIEF 02/2018, no


retorno das mercadorias remetidas em mostruário, o contribuinte deverá emitir
nota fiscal relativa a entrada das mercadorias, conforme segue abaixo:

293
43.5.2.1 Emissão do documento fiscal pelo remetente

Assim sendo, no retorno das mercadorias remetidas em mostruário, o


contribuinte deverá emitir nota fiscal relativa a entrada das mercadorias, devendo
constar os seguintes requisitos:

a) no campo de identificação do destinatário: os dados do próprio emitente;

b) no campo natureza da operação, a expressão: "Retorno de mostruário";

c) no campo CFOP, o código 1.913 tratando-se de operações internas, ou o


2.913, no caso de operações interestaduais;

d) indicação da chave de acesso da nota fiscal emitida por ocasião da remessa


para mostruário ou treinamento;

e) no campo relativo às Informações Adicionais, "Imposto suspenso nos termos


do Ajuste SINIEF 02/18".

43.5.2.2 Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD).

Na Escrituração Fiscal Digital (EFD), de acordo com o Guia Prático EFD-


ICMS/IPI, o lançamento da nota fiscal de retorno de mostruário, será efetuado
nos Registros de Saída C100 (dados do documento fiscal), C170 (discriminação
dos itens), com os campos: VL_BC_ICMS, ALIQ_ICMS e VL_ICMS, vazios.

Quanto ao Registro C190 (analítico do documento fiscal), é obrigatório e


deve ser preenchido totalizando os Código da Situação Tributária (CST), Código
Fiscal de Operação e Prestação (CFOP) e alíquota de ICMS, entretanto, posto
que a nota fiscal de remessa para mostruário e sem destaque do imposto, os
campos correspondentes à alíquota do ICMS, valor do ICMS e Base de cálculo
do ICMS ficarão zerados.

Vale observar que o Registro C170 (itens do documento) é dispensado para as


Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), modelo 55, de emissão própria.

294
As informações descritas no campo “informações complementares” da
nota fiscal serão indicadas no Registro C110 (informação complementar da nota
fiscal), utilizando o código de referência cadastrado no campo 02 do Registro
0450 (tabela de informação complementar do documento fiscal), com a seguinte
expressão: "Imposto suspenso nos termos do Ajuste SINIEF 02/18”.

43.6. Inobservância Do Prazo De Retorno

Caso a mercadoria não retorne ao estabelecimento de origem em 90 dias,


ficará descaracterizada a não incidência do ICMS, considerando-se ocorrido o
fato gerador do imposto a data da saída da mercadoria remetida a título de
mostruário, nos termos do artigo 4°, inciso I, da Lei n° 7.014/96, sendo devida a
emissão da nota fiscal complementar, nos termos do inciso VI do artigo 83 do
RICMS/BA, conforme segue abaixo:

43.6.1 Emissão do documento fiscal complementar pelo remetente

A nota fiscal complementar deverá ser emitida observando as orientações


contidas na página 10 do Manual de preenchimento da NF-e.

Assim, o CFOP será o mesmo utilizado na nota fiscal de remessa para


mostruário, e o documento fiscal deve ser emitido com a observância das
seguintes indicações:

a) no campo natureza da operação: Nota Fiscal Complementar Remessa para


Mostruário, não retorno no prazo regulamentar;

b) no campo do CFOP: o código 5.912 ou 6.912, conforme o caso;

c) com destaque do ICMS;

b) no campo Informações Complementares: Mercadoria não retornou ao


estabelecimento no prazo regulamentar.

295
43.6.2. Cálculo do imposto. Atualização monetária

Caso o retorno não ocorra dentro do prazo regulamentar, conforme elenca


o subtópico 6 desta matéria, o contribuinte deverá emitir nota fiscal
complementar, nos termos do inciso VI do artigo 83 do RICMS/BA, e recolher o
imposto em Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais (DAE) separado,
conforme prevê o § 1° do artigo 83 do RICMS/BA.

Posto que o fato gerador do imposto é a saída da mercadoria, o imposto


será recolhido tomando como base a data da emissão da nota fiscal de remessa
para mostruário, entretanto, visto que o imposto é recolhido por apuração, o
vencimento será apenas no mês seguinte ao da saída da mercadoria do
estabelecimento, conforme dispõe o artigo 332, inciso I, alínea “a”, do
RICMS/BA.

Ressalta-se, entretanto, que, tendo em vista que a legislação não


determina o código de receita, entende-se que será no código de receita da
atividade econômica do contribuinte. Por exemplo, caso o estabelecimento
possuir atividade de comercio, será utilizado o código 0759 - ICMS COMERCIO.

Neste caso, visto que a regularização será efetuada após o período de apuração,
o pagamento do imposto declarados espontaneamente, ficará sujeito aos
acréscimos moratórios, nos termos do § 2° do artigo 102 da Lei n° 3.956/81.

43.6.3. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD) pelo remetente

A nota fiscal complementar emitida para a regularização das situações


previstas no inciso VI do artigo 83 do RICMS/BA deverá ser informada na
Escrituração Fiscal Digital (EFD), conforme Guia Prático da EFD, com o Código
da Situação do Documento (Campo COD_SIT, do registro C100), igual a 06 -
Documento Fiscal Complementar.

A nota fiscal complementar deve ser escriturada normalmente pelo


emitente (saída) com os valores de ICMS a debito, nos seguintes registros:

296
a) Registro C100 (dados do documento fiscal) os campos destinados à
informação da base de cálculo do ICMS e ao valor do ICMS (VL_BC_ICMS e
VL_ICMS respectivamente) serão preenchidos, conforme os valores destacados
no documento fiscal;

b) Registro C170 (itens do documento fiscal) terá seu preenchimento dispensado


em se tratando de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) de emissão própria, conforme
dispõe a exceção 2, constante no Registro C100 (dados do documento fiscal);

c) quanto ao Registro C190 (registro analítico do documento) serão informados


os documentos fiscais totalizados por CST, CFOP e alíquota de ICMS. Assim,
neste registro será informado o valor de operação, base de cálculo e valor do
ICMS para cada combinação de CST, CFOP e alíquota existente.

Considerando que a regularização é em virtude da inobservância do prazo


de retorno, o imposto devido deve ser pago em documento de arrecadação
distinto, consignando como período de referência o mês de emissão do
documento fiscal original.

Assim, o contribuinte emissor da nota fiscal complementar deverá


informar os registros a seguir:

d) Registro C110: (informação complementar da nota fiscal), o contribuinte


deverá criar um “código da informação complementar do documento fiscal”, no
registro 0450, para identificar os dados do Documento de Arrecadação Estadual
(DAE) que será informado no registro C112;

e) Registro C112: (documento de arrecadação referenciado), informar o


Documento de Arrecadação da Receita Estadual (DAE), referente ao imposto
pago relativo à nota fiscal complementar, no campo 04 [NUM_DAE] - Número do
documento de arrecadação, informar o número do DAE, apenas os números.

Ainda, conforme Guia Prático da EFD, em relação à NF-e complementar, deverá


ser observado, dentre as demais orientações, o disposto na exceção 3, conforme
descrito abaixo:

Exceção 3: Notas Fiscais Complementares e Notas Fiscais Complementares


escrituradas extemporaneamente (campo COD_SIT igual a “06” ou “07”): nesta

297
situação, somente os campos REG, IND_EMIT, COD_PART, COD_MOD,
COD_SIT, NUM_DOC, CHV_NFE e DT_DOC são de preenchimento obrigatório,
devendo ser preenchida a data de efetiva saída, para os contribuintes das UF
que utilizam a data de saída para a apuração. Os demais campos são
facultativos (se forem preenchidos, inclusive com valores iguais a zero, serão
validadas e aplicadas as regras de campos existentes). O registro C190 é
sempre obrigatório e deve ser preenchido. Os demais campos e registros filhos
do registro C100 serão informados, quando houver informação a ser prestada.
Se for informado o registro C170 o campo NUM_ITEM deve ser preenchido.

Todavia, tendo em vista que o débito da nota fiscal complementar será


lançado na escrituração, a fim de que não se configure duplicidade de
pagamento do tributo, em observação ao princípio da cumulatividade nos termos
do artigo 27 da Lei n° 7.014/96, o contribuinte deverá proceder o seguinte ajuste
na apuração:

a) Registro E111: Ajuste da Apuração do ICMS, no campo 02 [COD_AJ_APUR]


- Código do ajuste da apuração conforme tabela 5.1.1, haja visto não existir
código específico por entendimento deverá informar o código de ajuste de
apuração, de outros créditos: BA 029999;

BA029999 OUTROS CRÉDITOS OCORRÊNCIAS NÃO ESPECIFICADAS


ANTERIORMENTE - ICMS 01072013

b) no Registro E112: informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS


e o Registro E113: identificações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS -
identificação dos documentos fiscais.

43.7. Venda De Mostruários

O Ajuste SINIEF 02/2018 não veda a realização de comercialização com


mercadorias remetidas para mostruário.

298
Dessa forma, entende-se que tais produtos possam ser comercializados
normalmente desde que, para efeitos tributários, seja observada a tributação
aplicável à mercadoria, conforme o regime em que o remetente está enquadrado.

43.8. Simples Nacional

Conforme previsto na cláusula décima quarta, alínea “b”, do Ajuste SINIEF


02/2018, as indicações específicas para as operações de mostruário aplicam-se,
também, nas efetuadas por contribuintes optantes do Regime Especial Unificado
de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte - "Simples Nacional".

Lembrando que para efeito de recolhimento dos tributos abrangidos pelo


Simples Nacional, será considerada a receita bruta auferida pelo contribuinte,
sendo está o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta
própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta
alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais
concedidos, nos termos previstos no artigo 2°, inciso II, da Resolução CGSN n°
140/2018.

Assim, as operações de mostruário não caracterizam obtenção de receita.

44 AMOSTRA GRÁTIS

A amostra grátis é um recurso bastante utilizado pelos estabelecimentos,


com o intuito de darem conhecimento de seus produtos aos possíveis
compradores. Observadas determinadas condições essa distribuição gratuita
poderá usufruir benefício fiscal tanto do ICMS quanto do IPI.

44.1 Conceito

299
Tanto para a legislação do ICMS como para a do IPI, será considerada
"amostra grátis" a mercadoria distribuída com diminuto ou nenhum valor
comercial, desde que em quantidade estritamente necessária para dar
conhecimento de sua natureza, sua espécie e qualidade.

O Regulamento da Bahia é mais específico em mencionar que amostras


são os fragmentos ou partes de qualquer mercadoria, igualmente em quantidade
estritamente necessária para dar a conhecer a sua natureza, espécie e
qualidade.

Diferencia-se da bonificação, pois, nesta, são concedidas mercadorias em


quantidade maior que a efetivamente adquirida, equivalendo a um desconto.

Não confunde também com as operações com brindes - que são


mercadorias que, não constituindo objeto normal da atividade do contribuinte,
tiverem sido adquiridas com a finalidade específica de distribuição gratuita a
consumidor ou usuário final.

44.2 Isenção Do ICMS

São isentas do ICMS as remessas e os recebimentos de amostras grátis


nas saídas e nos recebimentos de amostras grátis de produto de diminuto ou
nenhum valor comercial, assim considerados os fragmentos ou partes de
qualquer mercadoria, desde que em quantidade estritamente necessária para
dar a conhecer a sua natureza, espécie e qualidade.

Somente serão consideradas amostras grátis as que atendam aos seguintes


requisitos:

- as saídas deverão ser feitas a título de distribuição gratuita, com indicação da


gratuidade do produto em caracteres impressos com destaque;

- as quantidades não poderão exceder de 20% do conteúdo ou do número de


unidades da menor embalagem de apresentação comercial do mesmo produto,
para venda ao consumidor;

300
- em se tratando de amostras de tecidos, não há restrições quanto à largura, mas
seu comprimento só será admissível até 0,45m para os de algodão estampado,
e até 0,30m para os demais, desde que contenham, em qualquer caso, impressa
tipograficamente ou a carimbo, a expressão "Sem valor comercial", dispensadas
desta exigência as amostras cujo comprimento não exceda de 0,25m e 0,15m,
nas hipóteses supra, respectivamente;

- tratando-se de amostras de calçados, estas deverão consistir em pés isolados


daquelas mercadorias, conduzidas por viajante de estabelecimento industrial,
devendo constar gravada no solado dos calçados a expressão "Amostra para
viajante";

- na hipótese de amostras grátis de produtos da indústria farmacêutica, a


distribuição deverá ser feita exclusivamente a médicos, veterinários e dentistas,
bem como a estabelecimentos hospitalares.

44.3 Operações Com Amostras Tributadas

Nada impede que sejam distribuídas amostras grátis em situações em que


não se aplique o benefício da isenção, conforme visto no tópico anterior.

Nestes casos, a operação deverá ser regularmente tributada. A base de


cálculo será, nos termos do § 3º da Lei 7.014/1996:

- o preço corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do


local da operação ou, na sua falta, no mercado atacadista regional, caso o
remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia;

- o preço FOB de estabelecimento industrial a vista, caso o remetente seja


industrial;

- o preço FOB de estabelecimento comercial a vista, nas vendas a outros


comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante;

44.4. Importação

301
Aplica-se a isenção também nas entradas de amostras, sem valor
comercial e sem cobrança do Imposto sobre a Importação, procedentes do
exterior, como tais definidas pela legislação federal que outorga a isenção do
Imposto sobre a Importação.

44.5. Emissão Da Nota Fiscal

Nas saídas de mercadorias como amostra grátis sujeitas à isenção, o


contribuinte deverá emitir a nota fiscal, além do preenchimento dos dados do
emitente e do destinatário, com as seguintes especificações que seguem:

- Natureza da operação: "Amostra grátis”;

- CFOP: 5.911, em operações internas, ou 6.911, em operações interestaduais;

- A descrição normal dos produtos concedidos como amostra;

- CST - Código de Situação Tributária: 040, para mercadoria nacional; 140, para
mercadoria estrangeira importada diretamente; 240, para mercadoria estrangeira
adquirida no mercado interno;

- "Dados adicionais": deve ser consignada a seguinte expressão "Operação


isenta do ICMS, conforme o artigo 265, XXI do RICMS/BA".

Caso a amostra grátis seja tributada, o contribuinte deverá emitir Nota Fiscal
seguindo os mesmos requisitos acima, mas com destaque do imposto, e sem a
expressão da isenção no campo "Dados Adicionais".

44.6. Escrituração Fiscal

A escrituração fiscal relativamente às operações de saída de amostra


grátis (isentas tanto do ICMS quanto do IPI) será feita no livro Registro de
Saídas, devendo ser utilizadas as colunas "Documento Fiscal", "Valor Contábil"

302
e "ICMS - Operações Sem Débito do Imposto - Isentas e Não-Tributadas",
conforme estabelece o artigo 218 do RICMS/BA.

O contribuinte que receber mercadorias a título de amostra grátis deverá


escriturar a respectiva nota fiscal em seu livro Registro de Entradas, com o CFOP
1.911 ou 2.911. O documento fiscal será registrado nas colunas "Documento
Fiscal", "Valor Contábil" e "ICMS - Operações Sem Crédito do Imposto - Isentas
e Não-Tributadas", conforme estabelece o artigo 217 do RICMS/BA.

45. INSCRIÇÃO AUXILIAR

45.1. Introdução

Neste boletim verificaremos os procedimentos necessários para que o


substituto tributário estabelecido em outra Unidade da Federação e que realize
operações com destino à Bahia requeira sua inscrição neste Estado, bem como
os reflexos advindos deste cadastro, como, por exemplo, a data de recolhimento
do ICMS e às obrigações acessórias vinculadas.

45.2. Da Substituição Tributária – Conceitos

Regra geral, aquele que promover a circulação de mercadorias e/ou


prestação de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal ou de
comunicação será o responsável pelo pagamento do ICMS. Entretanto a
substituição tributária é o regime pelo qual a responsabilidade pelo ICMS devido
em relação às operações ou prestações de serviços é atribuída a um terceiro.

Daí surge o conceito de substituição tributária que é a transferência da


responsabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária a terceiro que não
praticou o fato gerador, mas possui vinculação indireta com o contribuinte.

Na substituição tributária existem duas figuras:

303
a) a do contribuinte substituto, que é alguém que substitui outra coisa ou pessoa,
ou seja, aquele que, embora não tenha relação direta com a obrigação tributária,
torna-se responsável pelo cumprimento de determinada obrigação em
decorrência de norma legal a ele imposta; e

b) a do contribuinte substituído, que é aquele cuja atribuição de responsabilidade


pelo recolhimento do imposto relativo à operação que pratica foi transferida a
terceiro que possua relação com a operação.

45.3. Inscrição Do Contribuinte De Outro Estado

De acordo com o artigo 5º do RICMS/BA, o contribuinte substituto


estabelecido em outra unidade da Federação deverá inscrever-se no CCICMS
do estado da Bahia, deverá remeter os seguintes documentos à Gerência de
Substituição Tributária - GERSU, da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia:

1- Estimativa anual das vendas para o Estado da Bahia;

2- Registro ou autorização de funcionamento expedido por órgão competente


pela regulação do respectivo setor de atividade econômica;

3 - Declaração de imposto de renda dos sócios nos 03 (três) últimos exercícios.

O número da inscrição obtida na forma deste artigo deverá constar em todos os


documentos dirigidos a este Estado, inclusive nos de arrecadação.

Nota: Se não for concedida a inscrição estadual ao sujeito passivo por


substituição ou esse não a providenciar, deverá ele efetuar o recolhimento do
imposto devido ao Estado destinatário, em relação a cada operação, por ocasião
da saída da mercadoria de seu estabelecimento por meio de GNRE, devendo
uma via acompanhar o transporte da mercadoria. Nesta hipótese, deverá ser
emitida uma GNRE distinta para cada um dos destinatários, constando no campo
“Informações Complementares” o número da nota fiscal a que se refere o
respectivo recolhimento.

304
45.4. Indeferimento Do Pedido

Dar-se-á a inaptidão da inscrição, por iniciativa da repartição fazendária


quando o contribuinte substituto estabelecido em outra unidade da Federação:
(Art.27, IX RICMS/BA):

a) deixar de recolher o ICMS retido por substituição tributária;

b) deixar de remeter, por dois meses consecutivos ou alternados, arquivo


eletrônico com o registro fiscal das operações interestaduais;

c) deixar de entregar, por dois meses consecutivos ou alternados, arquivo


eletrônico com a Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS -
Substituição Tributária - GIA-ST;

d) deixar de informar, por dois meses consecutivos ou alternados, a não


realização de operações sob o regime de substituição tributária.

45.5. Do Recolhimento Do ICMS ST

Obtida a inscrição de substituto tributário no cadastro de contribuintes do


estado da Bahia, o imposto será recolhido até o dia 9 do mês subsequente ao
da operação.

De acordo com o art.295, §2°, RICMS/BA e conforme já adiantado em


nota feita no item 3 deste boletim, o contribuinte substituto, estabelecido em outro
Estado, quando não possuir inscrição de contribuinte no estado da deverá
recolher o imposto devido por substituição tributária por ocasião da saída da
mercadoria de seu estabelecimento, caso em que o transporte deverá ser
acompanhado pela GNRE.

Caso o contribuinte substituto não tenha feito à retenção do imposto ou efetuá-


la em valor inferior ao devido, deverá o adquirente da mercadoria efetuar o
recolhimento do imposto, conforme prevê o art. 332, RICMS/BA:

“Art. 332. O recolhimento do ICMS será feito:

305
...

III - antes da entrada no território deste Estado, de mercadorias procedentes de


outra unidade da Federação ou do exterior, observado o disposto nos §§ 2º e 3º
deste artigo:

...

a) enquadradas no regime de substituição tributária por antecipação,


relativamente ao imposto correspondente à operação ou operações
subsequentes;

...

1 - o contribuinte substituto não fizer a retenção do imposto ou efetuá-la em valor


inferior ao estabelecido no acordo. ”

Pela regra do dispositivo supracitado, portanto, cabe o recolhimento do imposto


na qualidade de responsável solidário, ao adquirente localizado no território
baiano, sempre que o contribuinte substituto de outra unidade federada,
signatário de Protocolo ou Convênio, não efetuar o imposto devido por
substituição.

45.6. Das Obrigações Acessórias

O contribuinte substituto estabelecido em outra unidade da Federação


deverá remeter ao fisco baiano:

Até o 15° (décimo quinto) dia do mês subsequente, arquivo eletrônico


(SINTEGRA) com o registro fiscal das operações efetuadas no mês com
destinatários estabelecidos neste Estado, conforme art.260, RICMS/BA; e

·A Guia Nacional de Informação e Apuração ICMS Substituição Tributária (GIA -


ST) esta será remetida à SEFAZ mensalmente, até o dia 10, pelos sujeitos
passivos por substituição, inscritos no cadastro estadual na condição de
Contribuinte Substituto. (Ajuste SINIEF 04/93).

306
46. TRANSPORTE DE PESSOAS

46. 1. Introdução

O serviço de transporte de passageiros pode ser realizado no âmbito


municipal, intermunicipal ou interestadual, através de veículo próprio ou afretado,
por período determinado ou então como turismo.

46. 2. Local Da Prestação

O local da prestação do serviço de transporte, para efeito de cobrança do


ICMS e da definição do estabelecimento responsável, é:

- o local onde tenha início a prestação de serviço interna ou interestadual,


observadas as seguintes situações especiais:

a) no caso de transporte de passageiros, sendo a venda dos Bilhetes de


Passagem efetuada em outra unidade da Federação, considera-se local da
prestação o da unidade federada onde se inicie a prestação do serviço;

b) é considerado local de início da prestação de serviço de transporte de


passageiros aquele onde se inicie trecho de viagem indicado no Bilhete de
Passagem, exceto, no transporte aéreo, nos casos de escalas ou conexões.

46. 3. Alíquota

A alíquota interna incidente na prestação de serviço de transporte de


pessoas é de 18%, conforme previsto no artigo 15, I da Lei 7.014/1996.

46. 4. CRÉDITO DO IMPOSTO

Constitui direito ao crédito fiscal do estabelecimento, para compensação


com o tributo devido em operações ou prestações subsequentes e para fins de
apuração do imposto a recolher, salvo disposição em contrário:

307
- o valor do imposto anteriormente cobrado, relativo às aquisições ou
recebimentos reais ou simbólicos de combustíveis, lubrificantes, óleos, aditivos
e fluidos, desde que efetivamente utilizados na prestação de serviços de
transporte intermunicipal e interestadual;

46. 5. Crédito Presumido

São concedidos os seguintes créditos presumidos do ICMS, para fins de


compensação com o tributo devido em operações ou prestações subsequentes
e de apuração do imposto a recolher:

- aos prestadores de serviços de transporte, como opção do contribuinte, em


substituição ao aproveitamento de créditos fiscais relativos a operações e
prestações tributadas para apuração do imposto pelo sistema de compensação
(débito/crédito), com a ressalva de que o contribuinte que optar pela utilização
do benefício não poderá utilizar quaisquer outros créditos fiscais, salvo exceções
expressas, sendo que:

a) nas prestações internas de serviço de transporte aéreo e nas prestações


interestaduais de serviço de transporte aéreo tomadas por não contribuinte do
imposto, o crédito presumido será calculado de forma que a carga tributária seja
correspondente a 8%;

b) nas prestações internas ou interestaduais de serviços de transporte


rodoviário, aquaviário ou ferroviário efetuadas por empresas transportadoras ou
por transportadores autônomos, o crédito presumido será de 20% do valor do
ICMS devido nas prestações;

c) relativamente à opção pelo direito ao uso de créditos fiscais relativos a


operações e prestações tributadas ou pelo benefício da utilização do crédito
presumido:

1 - o contribuinte lavrará "Termo de Opção" no Registro de Utilização de


Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, na parte destinada à transcrição
de ocorrências fiscais, consignando:

308
1.1 - o nome, a firma ou razão social, a inscrição estadual, o número no CNPJ,
a data a partir da qual fará a opção, e a declaração expressa do regime a ser
adotado;

1.2 - que a opção pelo crédito presumido alcançará todos os estabelecimentos


localizados no território nacional;

2 - tendo o contribuinte optado por um dos regimes de tributação, não deve a


partir daí haver alternância de regime dentro do mesmo exercício;

3 - a escrituração dos documentos fiscais, no Registro de Entradas, pelo tomador


do serviço, poderá ser feita com a simplificação de que cuidam:

3.1 - tendo optado pela utilização dos créditos fiscais relativos às aquisições de
mercadorias e serviços;

4 - o prestador de serviço não obrigado à inscrição cadastral ou à escrituração


fiscal fará a apropriação do crédito previsto no próprio documento de
arrecadação.

46. 6. Regime de apuração em função da receita bruta

Para o cálculo do ICMS relativo às prestações de serviço de transporte


intermunicipal e interestadual de pessoas, o prestador de serviços de transporte
poderá optar pelo regime de apuração em função da receita bruta, observado o
seguinte:

- o enquadramento de um dos estabelecimentos da empresa sujeitará os demais,


situados no Estado da Bahia, à apuração do imposto pelo regime em função da
receita bruta;

- o contribuinte que pretender optar pelo tratamento tributário previsto nesta


seção deverá formalizar a sua opção;

- a fruição do tratamento tributário fica condicionada à celebração de acordo


entre o contribuinte e o Estado da Bahia, representado pelo Diretor de
Administração tributária do domicílio fiscal do contribuinte;

309
- o imposto será pago mensalmente aplicando-se o percentual de 5% sobre o
valor da receita bruta mensal;

- considera-se receita bruta mensal o valor das receitas auferidas, no mês, com
a prestação de serviço de transporte passageiros oneradas pelo ICMS;

- não será computado na receita bruta mensal as prestações sujeitas ao regime


de substituição tributária, hipótese em que o substituto tributário calculará o
imposto com base no regime sumário de apuração;

- é vedada a utilização de quaisquer créditos fiscais vinculados às prestações


objeto do regime de apuração previsto nesta seção.

46. 6.1. Dispensa do Diferencial de Alíquotas

Para os contribuintes optantes pelo Regime de Tributação em Função da


Receita Bruta, não é devido o imposto referente à diferença de alíquotas
relativa à aquisição, em outra unidade da federação, de bens destinados
ao ativo imobilizado;
é devido o imposto referente à diferença de alíquotas pela aquisição, em
outra unidade da federação, de bens de uso ou material de consumo, que
será recolhido em documento de arrecadação, separadamente do
utilizado para pagamento do imposto apurado com base no regime de que
cuida este artigo;
Os contribuintes enquadrados no regime escriturarão os livros Registro
de Saídas e Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrências e Registro de Apuração do ICMS;
Os contribuintes enquadrados no regime de apuração escriturarão o Livro
Registro de Saídas com base no Resumo do Movimento Diário (Anexo 37
do RICMS/BA), sob pena de desenquadramento do regime.

310
46.7. Utilização da nota fiscal de serviço de transporte modelo
7

A Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7 (anexo 24 do RICMS),


será emitida, antes do início da prestação do serviço, por agência de viagem ou
por transportador, sempre que executar, em veículo próprio ou afretado, serviço
de transporte intermunicipal, interestadual ou internacional de pessoas, tal como
do tipo turismo ou fretamento por período determinado.

É considerado veículo próprio, além do que se achar registrado em nome


do prestador do serviço, aquele que estiver locado ou qualquer outra forma para
utilização nas suas prestações de serviços.

Nas hipóteses deste artigo, a Nota Fiscal de Serviço de Transporte será


emitida em relação a cada veículo e a cada viagem contratada.

No caso de excursão com contrato individual referente a cada passageiro,


será facultada a emissão de uma única Nota Fiscal de Serviço de Transporte,
por veículo.

46.8. Redução da base de cálculo do ICMS

CONVÊNIO ICMS 218/19, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2019

Cláusula primeira Ficam os Estados da Bahia, Maranhão,


Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul
autorizados a reduzir a base de cálculo do Imposto sobre
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação - ICMS incidente nas
prestações de serviço de transporte intermunicipal de
pessoas, passageiros ou não, em até 80% (oitenta por
cento).

311
Institui-se o Decreto Nº 19.384 DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019, que altera
algumas especificações trazidas pelo Decreto 13.780, de 16 de março de 2012.

Art. 267. É reduzida a base de cálculo do ICMS, em opção à


utilização de quaisquer outros créditos fiscais:

I - das prestações internas de serviços de transporte de


pessoas, de forma que a carga tributária seja equivalente a
3,60% (três inteiros e sessenta centésimos por cento),
observado o seguinte (Conv. ICMS 218/19):

46.9. Modelo de nota fiscal de transporte (modelo 7)

312
47. PNEUS USADOS

47. 1 Introdução

As disposições acerca das operações com pneus usados, mesmo que


recuperados de abandono, que tenham como objetivo sua reciclagem,
tratamento ou disposição final ambientalmente adequada, encontram-se
previstas no artigo 265, inciso LXXXVII, do RICMS/BA, aprovado pelo Decreto
n° 13.780/2012, e no Convênio ICMS 33/2010.

47. 2. Conceito De Isenção

313
Conforme De Plácido e Silva (Vocabulário Jurídico. Rio de Janeiro:
Forense, 2007, p. 780), “isenção consiste na dispensa, na imunidade, ou seja, a
concessão atribuída a alguma coisa ou pessoa, para que se possa livrar,
esquivar ou se desobrigar de algum encargo, que a todos pesa, ou para que se
livre de qualquer obrigação”.

Em regra, a isenção consiste em um benefício caracterizado na dispensa


da responsabilidade do recolhimento do ICMS.

Na seara do ICMS, a isenção significa a inexigibilidade do crédito


tributário, sendo condicionada ao cumprimento de certos requisitos, conforme
prevê o artigo 175, inciso I, do Código Tributário Nacional, aprovado pela Lei n°
5.172/66.

47. 3. Condição Para Concessão De Isenção

Conforme estabelece o artigo 155, § 2°, inciso XII, alínea “g”, da


Constituição Federal, compete à lei complementar regular a forma como serão
concedidas isenções, e outros incentivos e benefícios fiscais.

Deste modo, o artigo 1° da Lei Complementar n° 24/75, manteve o texto


original do artigo 155, §2°, inciso XII, alínea “g”, da Constituição Federal,
estabelecendo que as isenções do imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de
convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal.

Segundo as regras do artigo 2°, § 2°, da Lei Complementar n° 24/75, a


concessão de benefícios fiscais dependerá sempre de decisão unânime dos
Estados representados, através de convênios que serão celebrados em reuniões
para as quais tenham sido convocados representantes de todos os Estados e do
Distrito Federal, sob a presidência de representantes do Governo Federal.

Desta maneira, a isenção nas operações com pneus usados, mesmo que
recuperados de abandono, que tenham como objetivo sua reciclagem,

314
tratamento ou disposição final ambientalmente adequada, está prevista no
Convênio ICMS 33/2010.

47. 4. Valores Contemplados Pela Isenção

Nas operações com pneus usados, a isenção será aplicada sobre a base
de cálculo do ICMS, ou seja, sobre o valor da operação, conforme o artigo 17,
inciso I, da Lei n° 7.014/96.

Deste modo, segundo as regras do artigo 17, § 1°, inciso II, da Lei n°
7.014/96, integram a base de cálculo do imposto os valores correspondentes a
seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como
descontos concedidos sob condição, e o frete, caso o transporte seja efetuado
pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem e seja cobrado em separado.

Portanto, a isenção será aplicada sobre todos os valores que integram a


base de cálculo do ICMS, ou seja, se uma determinada mercadoria é
comercializada por R$ 100,00, e se são cobradas despesas com o frete, no valor
de R$ 50,00, e com seguro, no valor de R$ 50,00, a base de cálculo do ICMS
será R$ 200,00, segundo as regras do artigo 17, § 1°, inciso II, da Lei n° 7.014/96.
Deste modo, a isenção contemplará os R$ 200,00.

47. 5. Pneus Usados. Isenção Do ICMS

Segundo as regras do artigo 265, inciso LXXXVII, do RCIMS/BA, as


saídas de pneus usados, mesmo que recuperados de abandono, que tenham
como objetivo sua reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente
adequada, são isentas do ICMS.

47. 5.1. Requisitos para a fruição do benefício

315
Conforme o artigo 265, inciso LXXXVII, alíneas “a” e “b”, do RCIMS/BA,
para a fruição do benefício da isenção nas operações com pneus usados, o
contribuinte deverá:

a) emitir, diariamente, documento fiscal para documentar o recebimento de


pneus usados, quando o remetente não for contribuinte obrigado à emissão de
documento fiscal, consignando no campo “INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES” a seguinte expressão: “Produtos usados isentos do
ICMS, coletados de consumidores finais - Convênio ICMS 33/10”;

b) emitir documento fiscal para documentar a saída dos produtos coletados,


consignando no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” a seguinte
expressão: “Produtos usados isentos do ICMS nos termos do Convênio ICMS
33/10”.

47. 5.2. Inaplicabilidade do benefício

Segundo as regras do artigo 265, inciso LXXXVII, do RCIMS/BA, a


isenção não se aplica quando a saída for destinada à remoldagem,
recapeamento, recauchutagem ou processo similar.

47. 5.3. Vigência do benefício

Conforme disposto no artigo 265, inciso LXXXVII, do RCIMS/BA, o


benefício da isenção nas operações com pneus usados, mesmo que
recuperados de abandono, que tenham como objetivo sua reciclagem,
tratamento ou disposição final ambientalmente adequada, não possui prazo
determinado de vigência, sendo aplicado, portanto, por prazo indeterminado.

47. 6. Vedação Ao Crédito

316
Tratando-se de aquisições para comercialização, quando a operação de
saída subsequente não for tributada ou estiver isenta do imposto, é vedado o
crédito relativo à entrada da mercadoria no estabelecimento do contribuinte,
conforme o artigo 310, inciso II, do RICMS/BA.

47. 7. Simples Nacional. Inaplicabilidade Do Benefício

Em relação às operações com pneus usados, mesmo que recuperados


de abandono, que tenham como objetivo sua reciclagem, tratamento ou
disposição final ambientalmente adequada, praticadas por empresas optantes
pelo Simples Nacional, não serão aplicáveis os benefícios fiscais, tendo em vista
que o artigo 320 do RICMS/BA estabelece que as empresas optantes pelo
Simples Nacional não poderão utilizar qualquer valor a título de incentivo fiscal,
e que o artigo 36, parágrafo único, da Resolução CGSN n° 94/2011 veda a
utilização de quaisquer alterações em bases de cálculo, alíquotas e percentuais
ou outros fatores que alterem o valor de imposto ou contribuição apurado na
forma do Simples Nacional.

Deste modo, considerando que as empresas optantes pelo Simples


Nacional são tributadas de acordo com a receita auferida, nos termos do artigo
3°, § 1°, da Lei Complementar n° 123/2006, tais empresas estarão sujeitas a
tributação quando auferirem receita decorrente das operações realizadas com
pneus usados, mesmo que recuperados de abandono, que tenham como
objetivo sua reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente
adequada, sendo a operação tributada de acordo com o enquadramento da
empresa nos Anexos da Lei Complementar n° 123/2006.

47. 8. Emissão Do Documento Fiscal

317
Nos termos do artigo 83, incisos I e III, do RICMS/BA, o contribuinte deve
emitir nota fiscal sempre que promover a saída de mercadoria ou entrar no seu
estabelecimento mercadoria, ou bem, real ou simbolicamente, nova ou usada,
remetida a qualquer título por pessoa natural ou jurídica não obrigada à emissão
de documento fiscal.

Desta maneira, para acobertar as operações com pneus usados, mesmo


que recuperados de abandono, que tenham como objetivo sua reciclagem,
tratamento ou disposição final ambientalmente adequada, o contribuinte deve
emitir diariamente nota fiscal de entrada, para documentar o recebimento de
pneus usados, quando o remetente não for contribuinte obrigado à emissão de
documento fiscal, consignando no campo "Informações Complementares" a
seguinte expressão: "Produtos usados isentos do ICMS, coletados de
consumidores finais - Convênio ICMS 33/10.", conforme o artigo 265, inciso
LXXXVII, alínea “a”, do RCIMS/BA.

Deverá, ainda, emitir a nota fiscal para documentar a saída dos produtos
coletados, com os seguintes requisitos, conforme o artigo 265, inciso LXXXVII,
alínea “b”, do RCIMS/BA:

a) o quadro "Emitente" deve conter a indicação do nome ou da razão social do


remetente, bem como o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica (CNPJ) ou no Cadastro de Pessoa Física (CPF) do Ministério da
Fazenda, o endereço, a Unidade da Federação e o número de inscrição
estadual;

b) o campo "Natureza da Operação" deve conter a indicação da operação, ou


seja, venda, doação, bonificação, etc;

c) o quadro “Destinatário” deve conter a indicação o nome ou da razão social dos


fabricantes, importadores, dos terceiros repassadores ou do consumidor final,
bem como o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
(CNPJ) ou no Cadastro de Pessoa Física (CPF) do Ministério da Fazenda, o
endereço, a Unidade da Federação e o número de inscrição estadual;

d) o CFOP 5.101/6.101 (venda de produção do estabelecimento), caso a


operação seja promovida pelo fabricante, ou o 5.102/6.102 (Venda de

318
mercadoria adquirida ou recebida de terceiros), tratando-se de operação
realizada por comerciantes;

e) o CST X40, ou seja, isenção do ICMS;

f) no campo "Informações Complementares", deve haver a indicação “produtos


isentos do ICMS nos termos do Convênio ICMS 33/2010”.

47. 9. Lançamento Na Escrituração Fiscal Digital (Efd)

Segundo as disposições do Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital


(EFD), versão 2.0.17, qualquer situação de exceção na tributação do ICMS, tal
como a operação isenta, deverá ser informada no arquivo digital, indicando-se o
respectivo dispositivo legal, sendo que as informações deverão ser prestadas
sob o enfoque do declarante.

Deste modo, na Escrituração Fiscal Digital (EFD) as notas fiscais de


entrada e saída relativas a operações amparadas pela isenção serão informadas
nos Registros C100 (registro da nota fiscal), C170 (itens da nota fiscal) e C190
(registro analítico da nota fiscal), sendo que os campos destinados à informação
da base de cálculo do ICMS e ao valor do ICMS (VL_BC_ICMS e VL_ICMS) não
serão informados nos Registros C100 e C170. No entanto, caberá o
preenchimento dos campos “base de cálculo do ICMS” e “valor do ICMS” no
Registro C190, os quais serão preenchidos com zero.

Tratando-se de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55, de emissão


própria, não caberá o preenchimento do Registro C170 (itens do documento
fiscal), tendo em vista a exceção 2, constante na página 34 do Guia Prático da
Escrituração Fiscal Digital (EFD), versão 2.0.17.

No Registro C110, que se refere às informações complementares da nota


fiscal, deve ser justificado o benefício fiscal utilizado que gerou o não destaque
do imposto. No entanto, como será exigido o código da informação
complementar do documento fiscal, no campo 02 do Registro C110, faz-se

319
necessário o cadastro no Registro 0450, tabela de informação complementar do
documento fiscal.

48. OPERAÇÃO COM ATIVO PERMANENTE E BENS


USADOS

48.1. Introdução

E constantes as operações com ativos imobilizados e bens usados, e


muita dúvida gira em torno de como se comporta o ICMS perante tal operação.

48. 2. Não Incidência ICMS

Nas operações de saídas de bens integrados no ativo permanente, não


há incidência do ICMS, desde que tenham sido objeto de uso, no próprio
estabelecimento, por mais de um ano, antes da desincorporação. A não
incidência está prevista no artigo 3º, inciso VII, da Lei nº 7.014/96.

48. 3. Transferências Internas. Isenção

São isentas do ICMS as remessas internas, entre estabelecimentos de


uma mesma empresa, de bens integrados ao ativo permanente.

A isenção está prevista no artigo 265, inciso XXII, alínea “a”, do RICMS/BA.

48. 4. Transferências Interestaduais. Crédito Presumido

As operações de transferência entre estabelecimentos da mesma


empresa, em operações interestaduais, serão regularmente tributadas.

320
Entretanto, o Estado da Bahia concede um crédito presumido ao
contribuinte baiano, no valor correspondente à diferença apurada, se, do cotejo
entre os débitos e os créditos, resultar saldo devedor.

O benefício está previsto no artigo 269, inciso I, do RICMS/BA.

48. 5. Remessas Internas Para Prestação De Serviço. Isenção

São isentas do ICMS as remessas internas e os retornos, de bens


integrados ao ativo permanente, bem como de moldes, matrizes, gabaritos,
padrões, chapelonas, modelos e estampas, para prestação de serviços fora do
estabelecimento, desde que devam retornar ao estabelecimento de origem, ou
com destino a outro estabelecimento inscrito como contribuinte, para serem
utilizados na elaboração de produtos encomendados pelo remetente, desde que
devam retornar ao estabelecimento de origem.

A isenção está prevista no artigo 265, inciso XXIII, do RICMS/BA.

48. 6. Remessas Interestaduais Para Prestação De Serviço.


Suspensão

É suspensa a incidência do ICMS nas saídas interestaduais de bens do ativo


imobilizado, bem como de materiais para industrialização ou prestação de
serviços fora do estabelecimento, ou com destino a outro estabelecimento
inscrito como contribuinte, para serem utilizados na elaboração de produtos
encomendados pelo remetente.

A suspensão está prevista no artigo 280, inciso II, do RICMS/BA.

De igual forma, é suspensa a incidência do ICMS nas saídas interestaduais de


bens integrados ao ativo permanente, bem como de moldes, matrizes, gabaritos,
padrões, chapelonas, modelos e estampas, para industrialização ou prestação
de serviços fora do estabelecimento, ou com destino a outro estabelecimento
inscrito como contribuinte, para serem utilizados na elaboração de produtos

321
encomendados pelo remetente, desde que devam retornar ao estabelecimento
de origem, dentro do prazo de 180 dias, contado da saída efetiva.

Esta suspensão está prevista no artigo 280, inciso XVI, do RICMS/BA.

48. 7. Devolução. Recuperação Dos Créditos

Na hipótese de devolução de mercadoria cuja entrada tenha ocorrido sem


utilização de crédito fiscal pelo recebedor, será permitido a este creditar-se do
ICMS lançado na nota fiscal de devolução, desde que em valor igual ao do
imposto lançado no documento originário.

É o caso da compra de bem para o ativo imobilizado, eis que o crédito é


apropriado em 48 parcelas, e a nota fiscal de entrada é lançada sem crédito do
imposto.

Ocorrendo a devolução do bem, a operação será regularmente tributada,


mas o contribuinte fará jus à recuperação do crédito.

O aproveitamento encontra-se garantido no artigo 452 do RICMS/BA.

No caso de devolução de bens adquiridos para o ativo permanente, já


tendo sido paga a diferença de alíquotas, o valor correspondente será
recuperado mediante lançamento no quadro “Crédito do Imposto - Estornos de
Débitos” do Registro de Apuração do ICMS, pelo valor nominal, com a
observação “Diferença de alíquotas - mercadoria devolvida”, a menos que o
imposto relativo à diferença de alíquotas já tenha sido utilizado como crédito.

A recuperação do diferencial de alíquotas está prevista no artigo 453 do


RICMS/BA.

48. 8. Bens Usados. Redução De Base De Cálculo

É reduzida a base de cálculo saídas de máquinas, aparelhos, motores,


móveis e vestuários usados.

322
A base de cálculo é reduzida em 80% - tributando-se, portanto, 20% do
valor da operação.

A redução da base de cálculo só se aplicará às mercadorias adquiridas


ou recebidas anteriormente na condição de usadas e quando a operação de que
houver decorrido a sua entrada não tiver sido onerada pelo imposto ou quando,
sobre a referida operação, o imposto tiver sido calculado também sobre base de
cálculo reduzida, sob o mesmo fundamento.

Na saída de mercadoria usada, tendo esta sido objeto de revisão,


conserto ou aplicação de peças, partes, acessórios ou equipamentos, a redução
da base de cálculo sobre o valor da operação de saída dispensa o contribuinte
do pagamento do imposto sobre as peças, partes, acessórios e equipamentos
aplicados na mercadoria, desde que não haja utilização dos créditos fiscais
correspondentes às mercadorias aplicadas ou que seja estornado o respectivo
valor, não sendo dispensado o tributo devido por terceiro que eventualmente haja
prestado o serviço de revisão ou conserto com fornecimento de mercadorias.

Não se aplica a redução da base de cálculo em se tratando de


mercadorias cujas entradas e saídas não se realizarem mediante a emissão de
documentos fiscais próprios ou deixarem de ser regularmente escrituradas nos
livros fiscais pertinentes.

O benefício aplica-se também às operações com salvados de sinistro


realizadas por empresas seguradoras.

A redução de base de cálculo está prevista no artigo 268, inciso I, do


RICMS/BA.

49. ORDEM DE COLETA

49.1 Introdução

A Ordem de Coleta de Cargas, modelo 20, é utilizada pelo


estabelecimento transportador que executar serviço de coleta de cargas no
endereço do remetente.

323
No Estado da Bahia, a Ordem de Coleta de Cargas está prevista nos Artigos
165 a 168 do RICMS/BA.

49.2. Obrigatoriedade

São obrigados à emissão da Ordem de Coleta de Cargas, modelo 20, os


estabelecimentos transportadores que executarem o serviço de coleta de
cargas, no endereço do remetente.

Base Legal: Artigo 165 do RICMS/BA.

49.3. Indicações Mínimas Na Ordem De Coleta

A Ordem de Coleta conterá, no mínimo, as seguintes indicações:

a) a denominação “Ordem de Coleta de Carga”;

b) o número de ordem, série e subsérie e o número da via;

c) o local e data da emissão;

d) a identificação do emitente: o nome, o endereço e os números de inscrição,


estadual e no cadastro geral de contribuintes;

e) a identificação do cliente: o nome e o endereço;

f) a quantidade de volumes a serem coletados;

g) o número e data do documento fiscal que acompanha a mercadoria ou bem;

h) a assinatura do recebedor;

i) o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CGC, do


impressor do documento, a data e a quantidade de impressão, o número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas séries e
subséries e o número da autorização para impressão dos documentos fiscais.

324
A denominação, o número de ordem, a série e subsérie e o número da
via, a identificação do emitente: o nome, o endereço e os números de inscrição
estadual e no CGC e o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e
no CGC, do impressor do documento, a data e a quantidade de impressão, o
número de ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas
séries e subséries e o número da autorização para impressão dos documentos
fiscais, serão impressas.

A Ordem de Coleta de Cargas será de tamanho não inferior a 14,8 x 21 cm, em


qualquer sentido.

Base Legal: Artigo 71, § 1 do Convênio SINIEF 06/1989.

49.4. Momento Da Emissão

A Ordem de Coleta de Cargas será emitida antes da coleta da mercadoria


ou bem, e destina-se a documentar o trânsito ou transporte, intra ou
intermunicipal, no Estado da Bahia, da carga coletada, do endereço do
remetente até o do transportador, onde será emitido o respectivo conhecimento
de transporte.

Quando a carga for retirada de local diverso do endereço do remetente,


essa circunstância será mencionada na Ordem de Coleta de Cargas ou,
conforme o caso, no campo “Observações” do Conhecimento de Transporte,
devendo ser, ainda, indicados os dados identificativos do estabelecimento ou da
pessoa em cujo endereço for feita a coleta, tais como nome, números de
inscrição, estadual e no CNPJ, ou CPF, e endereço.

Base Legal: Artigos 166 e 167 do RICMS/BA.

49.5. Destinação das vias da ordem de coleta

A Ordem de Coleta de Cargas será emitida, no mínimo, em três vias, que


terão a seguinte destinação:

325
a) a 1ª via acompanhará a mercadoria coletada desde o endereço do remetente
até o do transportador, devendo ser arquivada após a emissão do respectivo
conhecimento de carga;

b) a 2ª via será entregue ao remetente;

c) a 3ª via ficará presa ao bloco, para exibição ao fisco.

Base Legal: Artigo 168 do RICMS/BA.

49.6. Recebimento da carga no estabelecimento transportador

Quando do recebimento da carga no estabelecimento do transportador


que promoveu a coleta, será emitido, obrigatoriamente, o conhecimento de
transporte correspondente a cada carga coletada.

Base Legal: Artigo 71, § 5 do Convênio SINIEF 06/1989.

49.7. Retorno de mercadoria ou bem não entregue ao


destinatário

No retorno de mercadoria ou bem, por qualquer motivo não entregue ao


destinatário, o Conhecimento de Transporte original servirá para acobertar a
prestação de retorno ao remetente, desde que observado o motivo no seu verso,
sendo dispensada a emissão da Ordem de Coleta de Cargas nesta prestação.

Base Legal: Artigo 72 do Convênio SINIEF 06/1989.

49.8. Dispensa da emissão da ordem de coleta

Não há necessidade de emissão de nova Ordem de Coleta de Cargas,


nas operações de transbordo de cargas, tendo em vista é um serviço realizado
por empresa transportadora, ainda que com a intervenção de outro
estabelecimento (da mesma empresa) situado na mesma ou em outra unidade

326
da Federação, condicionando o serviço à utilização de veículos próprios, e que
no documento fiscal respectivo sejam mencionados o local do transbordo e as
condições que o ensejaram, hipótese em que não será emitido um novo
Conhecimento de Transporte para acobertar a prestação.

Base Legal: Artigo 446 do RICMS/BA.

49.9. Dispensa da escrituração da ordem de coleta

Conforme mencionado anteriormente, a Ordem de Coleta de Cargas,


modelo 20, tem por finalidade acobertar o trânsito de mercadoria do
estabelecimento remetente até o estabelecimento do transportador, em
operações internas, hipótese em que no momento em que a carga chegar ao
estabelecimento do transportador, deverá ser emitido o Conhecimento de
Transporte referente ao transporte que deverá ser realizado, devendo constar
como início do transporte o endereço do remetente, além da indicação do
número da Ordem de Coleta de Cargas utilizado.

Portanto, ao chegar à carga na transportadora, a 1ª via da Ordem de


Coleta de Cargas deverá ser arquivada, pois o transportador está obrigado à
emissão do Conhecimento do Transporte, que além de acompanhar o trânsito
da mercadoria até o destinatário, terá a finalidade de cobrança, hipótese em que
a Ordem de Coleta de Cargas não será escriturada no livro Registro de Saídas
do Transportador.

Base Legal: Artigo 168 do RICMS/BA e Artigo 71, § 5 do Convênio SINIEF


06/1989.

49.10. Operações Interestaduais

Tendo em vista que a Ordem de Coleta de Cargas, destina-se a


documentar o trânsito ou transporte, intra ou intermunicipal, no Estado da Bahia,
da carga coletada, do endereço do remetente até o do transportador, onde será
emitido o respectivo conhecimento de transporte, nas operações interestaduais

327
de coleta de cargas, não será emitida a Ordem de Coleta de Cargas, por falta de
previsão legal, hipótese em que será emitido o respectivo Conhecimento de
Transporte para acobertar tal prestação.

Base Legal: Artigo 166 do RICMS/BA.

49.11. Modelo da ordem de coleta de cargas

49.12 Solicitação

Site da SEFAZ: https://www.sefaz.ba.gov.br/

328
50 REMESSA OU RETORNO DE LOCAÇÃO DE BENS

50.1 ICMS/Não Incidência

Primeiro temos que observar os campos de incidência do imposto, que


está previsto no art. 3 da Lei Ordinária 7.014/96, e a Locação de Bens imóveis
e/ou moveis, não é campo de incidência, dessa forma percebemos que a base
legal para não tributação do ICMS sobre a Locação é amparada pelo próprio art.
3° da Lei Ordinária 7.014/96.

Art. 3º O imposto não incide sobre:

XVI - demais situações em que não se configure o fato


gerador do imposto

50.2 Acobertamento da Operação

Caso o locador seja contribuinte do ICMS, é recomendável que, para


acobertar o transporte do bem até o estabelecimento ou domicílio do locatário,
seja emitida uma nota fiscal.

Esta nota fiscal deverá conter a descrição do bem, e será emitida com o
CFOP 5.949, em operações internas, ou 6.949, em operações interestaduais.
Será indicado, no campo "Dados Adicionais" da nota fiscal, o fundamento legal
que dá amparo à não incidência do imposto.

Da mesma forma, quando do retorno do bem, caso o locatário seja


contribuinte do ICMS, deverá emitir nota fiscal para acobertar o transporte de
bem de volta ao locador. Caso o locatário não seja contribuinte, é o próprio
locador que emitirá uma nota fiscal de entrada para documentar o retorno em
questão.

Caso ambos os envolvidos na operação não sejam contribuintes do ICMS,


recomenda-se a emissão de nota fiscal avulsa para acobertar a remessa e o
posterior retorno do bem, nos termos do que determinam os artigos 193 ao 198
do RICMS/BA.

329
50.3 Emissões pelo locador não contribuinte

Na hipótese pelo qual o locador do bem não é contribuinte do ICMS, deverá


emitir uma nota fiscal avulsa para acobertamento do transporte do bem, nos
parâmetros dos artigos 193 ao 198 do RICMS/BA.

CFOP 5949 - Remessa de locação de bens.


CFOP 6949 - Remessa de locação de bens.

Nota Fiscal de Retorno do Bem

CFOP 5949 - Retorno de locação de bens.


CFOP 6949 - Retorno de locação de bens.

CST 041
CST IPI=99 (Outras Saída)
CST do PIS/COFINS = 49 (Outras operações de saída).

Dados adicionais:

Retorno de Locação do (Discrição do Bem) com Devolução prevista para dia


00/00/0000 – ICMS não tributado conforme RICM – BA Art. 3º O imposto não
incide :XVI - demais situações em que não se configure o fato gerador do
imposto.

330
50 .4 CST PIS E COFINS

O CST do PIS/COFINS = 08, significa "Operação sem incidência da


Contribuição" e deve ser utiliza nas operações específicas que tenha de fato
este amparo legal definida na Legislação do PIS/COFINS, ou seja, que tenha
benefício fiscal suportado por um dispositivo legal.

Como na prática, não existe na Legislação um dispositivo legal específico


que determine a não incidência das referidas contribuições, nas operações de
Remessa para Locação e por esta, não ser geradora de receitas, portanto, fora
da incidência do imposto, é por este motivo deve ser utilizado o CST = 49 (Outras
Operações de Saída)

50.5 CST DE ICMS

Primeiramente, lançaremos o CRT = 3 – Regime Normal, tendo


como CFOP. 5.949, levaremos em consideração a Origem da Mercadoria, que
no nosso Ex.= 0 “Nacional”, teremos assim o CST ICMS = 041 (Não tributada),
CST IPI=99 (Outras Saída) e CST do PIS/COFINS = 49 (Outras operações de
saída).

51. REMESSA PARA TESTE

No âmbito estadual, não existem disposições específicas aplicáveis à operação


de remessa para teste, utilizando-se, assim, as normas gerais das operações de
circulação de mercadoria.

331
51.1. Conceito

Conforme o Vocabulário Jurídico, de De Plácido e Silva (Rio de Janeiro,


Editora Forense, 2007, pg. 1.194), remessa para teste importa na entrega pelo
remetente ao destinatário de mercadoria ou bem, para vistoria, inspeção, análise
ou exame.

Desta forma, a remessa para teste consiste no envio de uma mercadoria


ou bem, para que a mesma seja examinada, analisada pelo destinatário, estando
condicionada ou não ao posterior retorno.

51.2. Amparo Legal

No âmbito estadual, não existem regras específicas dedicadas à operação


de remessa para teste, sendo utilizadas as normas gerais aplicáveis às demais
operações de circulação de mercadorias, conforme já indicado.

Desta forma, ocorre a utilização, por analogia, dos procedimentos do


Ajuste SINIEF 08/2008, que dispõe sobre as remessas de mercadorias
destinadas à demonstração e mostruário.

51.3. Incidência Do ICMS

Nos termos do artigo 1º da Lei nº 7.014/96, o ICMS incide sobre a


operação relativa à circulação de mercadoria, ocorrendo o fato gerador de tal
imposto na saída de mercadoria, a qualquer título, de estabelecimento de
contribuinte, ainda que em transferência para outro estabelecimento do mesmo
titular, nos termos do artigo 4º, inciso I, Lei nº 7.014/96, conforme abaixo:

Art. 2º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no


momento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte,


ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular;

332
51.4. Alíquotas Aplicáveis E Benefícios Fiscais

Na operação de remessa para teste, a tributação será de acordo com a


mercadoria ou bem.

Desta forma, se tais produtos possuírem benefícios fiscais, estes serão


utilizados na operação.

51.5 Operações internas

Nas operações internas, não possuindo a mercadoria ou bem benefícios


fiscais ou alíquota diferenciada, a tributação ocorre pela alíquota da regra geral
de 17%, conforme expresso no artigo 15, inciso I, alínea “a”, da Lei nº 7.014/96.

51.6. Operações interestaduais

As operações interestaduais de remessa para teste, não possuindo a


mercadoria ou bem benefícios fiscais, serão regularmente tributadas, mediante
a aplicação da alíquota interestadual correspondente, de acordo com o Estado
do destinatário da mercadoria ou bem, desde que contribuinte do imposto.

As alíquotas aplicáveis estão previstas no artigo 15, incisos II e III, da Lei nº


7.014/96, quais sejam:

a) 12%, nas operações interestaduais destinadas a contribuintes;

b) 4%, tratando-se de mercadorias ou bens importados do exterior, ou


industrializados, com conteúdo de importação superior a 40%, assim
considerado o percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela
importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da
mercadoria ou bem.

333
Caso o destinatário não seja contribuinte do imposto, deverá ser calculado o
imposto mediante a aplicação da alíquota interna prevista no Estado da Bahia.

51.7. Base De Cálculo

Nas operações de remessa para teste, a base de cálculo é o valor da


mercadoria ou bem remetidos para teste, conforme prevê o artigo 17, inciso I, da
Lei nº 7.014/96.

Entretanto, caso o contribuinte desconheça tal valor, deverá observar os


procedimentos abaixo, conforme o artigo 17, § 3º, da Lei nº 7.014/96:

a) o preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no mercado atacadista do


local da operação, ou, na sua falta, no mercado atacadista regional, caso o
remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia;

b) o preço FOB estabelecimento industrial à vista, caso o remetente seja


industrial;

c) o preço FOB estabelecimento comercial à vista, nas vendas a outros


comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante.

51.8. Emissão Do Documento Fiscal

A legislação fiscal não aponta expressamente a forma de emissão do


documento fiscal para acobertar a operação de remessa para teste.

Entretanto, de acordo com os artigos 83, inciso I, e 101, do RICMS/BA, os


estabelecimentos, inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS, emitirão nota
fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55, sempre que
promoverem a saída de mercadoria.

334
Desta forma, como na operação de remessa para teste são aplicáveis as
normas gerais utilizadas nas operações de circulação de mercadoria, entende-
se que o documento fiscal deve ser emitido com o destaque do ICMS,
considerando os benefícios fiscais que a referida mercadoria ou bem possuir,
bem como utilizando-se do CFOP 5.949/6.949, em virtude de não haver código
fiscal de operação específico para a remessa para teste.

Por sua vez, no tocante ao Código de Situação Tributária (CST), será de


acordo com a tributação da mercadoria ou bem.

51.9. Substituição Tributária

De acordo com o artigo 150, § 7º, da Constituição Federal, a lei poderá


atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia
paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

Desta forma, nas remessas para teste, não ocorrendo operações


subsequentes com as mercadorias ou bens, não haverá a incidência do ICMS
relativo à substituição tributária.

Entretanto, caso a operação de remessa para teste esteja vinculada a


uma operação subsequente, será recolhido o ICMS por substituição tributária,
de acordo com a tributação prevista para a mercadoria.

51.10 Simples Nacional

Conforme entendimento do artigo 3º da Lei Complementar n° 123/2006,


tendo em vista que as empresas optantes pelo Simples Nacional recolhem seus
tributos de acordo com a receita auferida, a operação de remessa para teste não
será considerada tributada, uma vez que a empresa não está auferindo receita,
nos termos do artigo 18 da Lei Complementar n° 123/2006.

335
Desta forma, não será tributada no PGDAS, hipótese em que o
contribuinte, ao emitir a nota fiscal de remessa para teste, deverá utilizar o
CSOSN 400, qual seja não tributada pelo Simples Nacional.

52. ZONA FRANCA DE MANAUS E ÁREAS DE LIVRE


COMÉRCIO

52.1. Introdução

Os contribuintes que realizam operações com contribuintes localizados na


Zona Franca de Manaus poderão ter o benefício da Isenção do ICMS, nesta
matéria trataremos dos procedimentos que os contribuintes devem seguir acerca
do assunto.

52.2. Áreas Que Compõem

Compõe às Áreas de Livre Comércio de Macapá e Santana, no Estado do


Amapá, Bonfim e Boa Vista, no Estado de Roraima, Guajaramirim, no Estado de
Rondônia, Tabatinga, no Estado do Amazonas, e Cruzeiro do Sul e Brasiléia,
com extensão para o Município de Epitaciolância, no Estado do Acre.

52.3. Isenção do ICMS

São isentas do ICMS as operações de que decorram saídas de produtos


industrializados de origem nacional para a Zona Franca de Manaus e outras
áreas da Amazônia.

336
52.4. CONDIÇÃO PARA A APLICAÇÃO DA ISENÇÃO

São isentas do ICMS as operações com produtos industrializados de


origem nacional, nas saídas para comercialização ou industrialização na Zona
Franca de Manaus, exceto armas, munições, perfumes, fumo, bebidas aloólicas,
automóveis de passageiros e açúcar de cana.

Salvo disposição em contrário, o benefício é condicionado a que o


estabelecimento destinatário esteja situado no Município de Manaus.

O estabelecimento remetente deverá abater do preço da mercadoria o


valor equivalente ao imposto que seria devido se não houvesse a isenção,
indicado expressamente na Nota Fiscal.

A isenção é condicionada à comprovação da entrada efetiva dos produtos


no estabelecimento destinatário.

52.5. Inaplicabilidade Da Isenção

As mercadorias cujas operações sejam favorecidas pela isenção, quando


saírem do Município de Manaus e de outras áreas em relação às quais seja
estendido o benefício, perderão o direito àquela isenção, hipótese em que o
imposto devido será cobrado pelo Estado da Bahia, com os acréscimos legais
cabíveis, salvo se o produto tiver sido objeto de industrialização na Zona Franca
de Manaus.

52.6. Manutenção Da Isenção

O benefício e as condições dispostas anteriormente ficam estendidos às


operações de saídas dos referidos produtos para comercialização ou
industrialização:

337
a) Nas Áreas de Livre Comércio de Macapá e Santana, no Estado do Amapá.

b) Nas Áreas de Livre Comércio de Bonfim e Boa Vista, no Estado de Roraima.

c) Na Área de Livre Comércio de Guajaramirim, no Estado de Rondônia.

d) Na Área de Livre Comércio de Tabatinga, no Estado do Amazonas.

e) A partir de 26/07/94, nos Municípios de Rio Preto da Eva e Presidente


Figueiredo, no Estado do Amazonas.

f) Nas Áreas de Livre Comércio de Cruzeiro do Sul e Brasiléia, com extensão


para o Município de Epitaciolândia, no Estado do Acre.

Prevalecerá a isenção nas saídas dos referidos produtos com a


destinação prevista neste artigo por intermédio de estabelecimentos que
operarem exclusivamente no comércio exterior, bem como de armazéns
alfandegados e entrepostos aduaneiros, desde que situados na Bahia, sendo
que se tornará exigível o imposto nos casos em que as mercadorias não forem
entregues no destino mencionado neste artigo, quando ocorrer a perda das
mercadorias ou quando estas forem reintroduzidas no mercado interno, salvo em
caso de retorno ao estabelecimento de origem, sujeitando-se o recolhimento,
mesmo espontâneo, aos acréscimos legais, para cujo cálculo tomar-se-á por
base a data prevista para o recolhimento correspondente ao mês em que tiver
sido realizada a operação.

52.7. Manutenção Do Crédito Apropriado Na Aquisição

Com relação ao crédito apropriado na aquisição da mercadoria, a


legislação não faz menção quanto a manutenção do crédito.

É entendimento desta Consultoria, que em função da venda isenta


destinada a Zona Franca de Manaus, ser obrigatório dar o desconto no mesmo
valor do benefício da isenção na operação, neste caso é direito do contribuinte
manter o crédito apropriado na aquisição da mercadoria.

338
Neste caso, recomenda-se que seja feita Consulta Tributária para a
Secretaria da Fazenda de circunscrição do contribuinte, e mediante a resposta
obtida, manterá ou estornará o crédito apropriado pela aquisição da mercadoria.

52.8. Documentos fiscais

Na saída de produtos industrializados de origem nacional remetidos a


contribuinte do ICMS localizado na Zona Franca de Manaus e outras áreas da
Amazônia com isenção do imposto, atendidos os critérios e condições previstos
para cada caso, a Nota Fiscal será emitida, no mínimo, em 5 vias, que terão a
seguinte destinação:

- A 1ª via, depois de visada previamente pela repartição fiscal deste Estado a


que estiver vinculado o contribuinte remetente, acompanhará as mercadorias e
será entregue ao destinatário.

- A 2ª via ficará presa ao bloco, para exibição ao fisco.

- A 3ª via, devidamente visada, acompanhará as mercadorias e será destinada


a fins de controle da Secretaria da Fazenda do Estado do Amazonas.

- A 4ª via será retida pela repartição do fisco estadual no momento do "visto".

- A 5ª via, devidamente visada, acompanhará as mercadorias até o local de


destino, devendo ser entregue, com uma via do Conhecimento, à
Superintendência da Zona Franca de Manaus.

Quanto ao CFOP, será utilizado o código 6.109, tratando-se de


mercadoria de produção própria, ou o código 6.110, tratando-se de mercadoria
adquirida ou recebida de terceiros.

339
52.9. Internamento da mercadoria

A regularidade fiscal das operações destinadas às regiões incentivadas é


efetivada, mediante a formalização do ingresso e a formalização do internamento
da mercadoria.

A formalização do ingresso ocorre por meio do sistema eletrônico


instituído pela SUFRAMA, chamado SINAL.

52.9.1. Obrigações do remetente

O contribuinte que pretender efetuar remessa de mercadorias para a Zona


Franca de Manaus ou outras áreas da Amazônia com o benefício de isenção
observará o seguinte:

Até 30/09/03, mediante autorização do Inspetor Fazendário do seu


domicílio fiscal, poderá ser dispensado do “visto”.

A partir de 01/10/03 deverá solicitar credenciamento prévio junto à


Inspetoria Fazendária do seu domicílio fiscal, ficando dispensado o “visto”.

Os documentos relativos ao transporte das mercadorias não poderão ser


emitidos englobadamente de forma a compreender mercadorias de remetentes
distintos.

O contribuinte remetente mencionará na Nota Fiscal, no campo


“INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES”, além das indicações que lhe são
próprias, o número da inscrição do estabelecimento destinatário na SUFRAMA,
o número do credenciamento e o código de identificação da repartição fiscal a
que estiver subordinado o seu estabelecimento.

340
Previamente ao ingresso na Zona Franca de Manaus, os dados
pertinentes aos documentos fiscais de mercadoria nacional incentivada deverão
ser informados à SUFRAMA, em meio magnético ou pela Internet, pelo
transportador da mercadoria, informando, inclusive, os dados dos respectivos
remetentes, conforme padrão conferido com software específico disponibilizado
pelo órgão.

52.9.2. Procedimentos do transportador

O transportador:

- Antes do ingresso das mercadorias nas áreas incentivadas, complementará o


PIN-e mediante registro do conhecimento de transporte e do manifesto de carga;

- Apresentará à SUFRAMA, para fins de retenção, análise, conferência


documental, vistoria da mercadoria e processamento eletrônico, impresso
relativo ao PIN-e, a 1ª e a 4ª vias da nota fiscal ou cópias do respectivo DANFE,
cópia do conhecimento de transporte e o manifesto de carga.

Não será apresentado conhecimento de transporte à SUFRAMA nos


seguintes casos:

- No transporte executado pelo próprio remetente ou destinatário, caso em que


serão disponibilizados à SUFRAMA os dados do veículo transportador e do seu
respectivo condutor, no caso de transporte rodoviário e, nos demais casos, os
dados do responsável pelo transporte da carga;

- No transporte efetuado por transportador autônomo, caso em que o transporte


será acompanhado do documento de arrecadação relativo ao recolhimento do
imposto referente ao serviço de transporte;

- No transporte realizado por via postal pela Empresa Brasileira de Correios e


Telégrafos - ECT, desde que o destinatário apresente o documento probatório
da realização deste transporte;

341
- Na hipótese de emissão de nota fiscal para fins de simples faturamento, de
remessa ou devolução simbólica, ou em razão de complemento de preço.

52.9.3. Procedimentos do destinatário

O destinatário, após receber a mercadoria em seu estabelecimento,


efetuará o registro do recebimento no sistema e, para fins de comprovação do
desembaraço, apresentará a 1ª via da nota fiscal à SEFAZ do Estado
destinatário.

52.9.4. Formalização do ingresso e procedimentos junto à Suframa

A regularidade do ingresso, para fins do gozo da isenção pelo remetente, será


comprovada pela Declaração do Ingresso obtida por meio do sistema eletrônico
instituído pela SUFRAMA.

O ingresso nas áreas incentivadas far-se-á mediante a realização da conferência


dos documentos fiscais e da vistoria física dos produtos pela SUFRAMA e
SEFAZ do Estado destinatário, de forma simultânea ou separadamente, em
pontos de controle e de fiscalização estabelecidos em Protocolo firmado entre
os dois órgãos.

A apresentação das mercadorias à SUFRAMA será realizada pelo transportador


que tiver complementado o PIN-e ou, em se tratando de caso de dispensa de
conhecimento de transporte, pelo respectivo destinatário.

342
Quando se tratar de combustíveis líquidos e gasosos, gases e cargas tóxicas
assemelhadas ou correlatas, transportadas em unidades de cargas específicas
e que não tenham condições de serem vistoriados pela SUFRAMA ou pela
SEFAZ do Estado destinatário, a vistoria física será homologada mediante
apresentação de documentos autorizativos, emitidos pelos órgãos competentes
responsáveis diretos pelo controle e fiscalização do transporte destas
mercadorias.

A vistoria física será realizada em até 60 dias contados da data de emissão da


nota fiscal.

A SUFRAMA e a SEFAZ do Estado destinatário poderão formalizar o ingresso


da mercadoria não submetida à vistoria física à época de sua entrada nas áreas
incentivadas, mediante Vistoria Técnica, desde que requerida no prazo de 60
contados do prazo para vistoria física. A Vistoria Técnica será efetuada somente
aos casos em que a logística de transporte da mercadoria não permita o
cumprimento do prazo para a vistoria física, e não se aplica caso a empresa
destinatária não seja cadastrada na SUFRAMA na data de emissão da nota
fiscal. A vistoria técnica também poderá ser realizada de ofício ou por solicitação
do Fisco estadual de origem ou de destino, sempre que surgirem indícios de
irregularidades na constatação do ingresso da mercadoria nas áreas
incentivadas.

Após o exame da documentação e o cruzamento eletrônico de dados, a SEFAZ


do Estado destinatário ou a SUFRAMA emitirá parecer conclusivo, devidamente
fundamentado, sobre o pedido de vistoria técnica, no prazo de 30 dias contados
do recebimento da solicitação, e disponibilizará as informações e as respectivas
declarações de ingressos aos Fiscos de origem e de destino, por meio eletrônico.

343
Será facultado ao Fisco das unidades federadas de origem acompanhar as
diligências necessárias à verificação do ingresso da mercadoria.

A formalização do internamento, de responsabilidade do destinatário, somente


se efetivará após o cumprimento das obrigações previstas em legislação
específica aplicada às áreas jurisdicionadas pela SUFRAMA.

52.9.5. Não formalização do ingresso

O ingresso não será formalizado quando:

- For constatada a evidência de manipulação fraudulenta do conteúdo


transportado, tal como quebra de lacre aposto pela fiscalização ou deslonamento
não autorizado;

- Forem constatadas diferenças de itens de mercadorias e quantidades em


relação ao que estiver indicado na nota fiscal;

- A mercadoria tenha sido destruída, furtada, roubada ou tenha se deteriorado,


durante o transporte;

- A mercadoria tenha sido objeto de transformação industrial, por conta e ordem


do estabelecimento destinatário, da qual tenha resultado produto novo;

- A nota fiscal tenha sido emitida para acobertar embalagem ou vasilhame


adquiridos de estabelecimento diverso do remetente;

- A nota fiscal tiver sido emitida para fins de simples faturamento, de remessa ou
devolução simbólica, ou em razão de complemento de preço;

- Na devolução de mercadorias produzidas na Zona Franca de Manaus ou nas


Áreas de Livre Comércio;

- A mercadoria for destinada a consumidor final ou a órgãos públicos;

344
- A nota fiscal não contiver a indicação do valor equivalente ao imposto que seria
devido se não houvesse a isenção, abatido do preço da mercadoria;

- A nota fiscal não contiver a indicação relativa ao incentivo do IPI, no que couber;

- A nota fiscal não tenha sido apresentada ao Fisco do Estado de destino para
fins de desembaraço;

- Os registros eletrônicos no sistema de controle da SUFRAMA, realizados pelos


emitentes, estiverem em desacordo com a documentação fiscal apresentada;

- Tenha ocorrido erro, vício, simulação ou fraude antes da formalização do


ingresso das mercadorias.

Nestes casos, a SUFRAMA ou a SEFAZ do Estado destinatário, ou


ambas, elaborarão relatório circunstanciado do fato, de cujo conteúdo será dado
ciência ao Fisco do Estado da Bahia.

52.10. Mercadoria reintroduzida no mercado interno

Caso a mercadoria venha a ser reintroduzida no mercado interno antes


de decorrido o prazo de 5 anos de sua remessa, o estabelecimento que tiver
dado causa ao desinternamento recolherá o imposto, com atualização
monetária, em favor do Estado da Bahia.

Será tida, também, por desinternada a mercadoria que, remetida para fins
de comercialização ou industrialização, houver sido incorporada ao ativo
permanente do estabelecimento destinatário ou utilizada para uso ou consumo
deste, bem como a que tiver saído das áreas incentivadas para fins de
empréstimo ou locação.

Não configura hipótese de desinternamento a saída da mercadoria para


fins de conserto, restauração, revisão, limpeza ou recondicionamento, desde que

345
o retorno ocorra em prazo nunca superior a 180 dias, contado da data da
emissão da Nota Fiscal de remessa.

Fundamento Legal: A presente matéria foi redigida com base nos artigos
265, incisos XII e § 1º do RICMS/BA e Convênio ICMS 036/97.

53. MANIFESTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS


FISCAIS – MDF-e

53.1. Introdução

A finalidade do MDF-e é agilizar o registro em lote de documentos fiscais


em trânsito e identificar a unidade de carga utilizada e demais características do
transporte.

O assunto encontra-se disciplinado no RICMS/BA, no artigo 170 A.

Nesta primeira parte, serão abordados o conceito do MDF-e, bem como


as hipóteses de emissão e os requisitos técnicos (leiaute, programa,
webservices).

53. 2. Conceito do MDF-e

Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais - MDF-e, modelo 58, é o


documento emitido e armazenado eletronicamente, de existência apenas digital,
com o intuito de documentar prestações de serviços de transporte de cargas,
cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e
autorização de uso pela Secretaria da Fazenda, antes da ocorrência do fato
gerador, em substituição ao Manifesto de Carga, modelo 25.

Base Legal: artigo 170 A do RICMS/BA.

346
53.3. Contribuintes obrigados ao MDF-e

O Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e), modelo 58,


deverá ser utilizado pelos contribuintes do ICMS, em substituição ao Manifesto
de Carga, modelo 25.

O MDF-e será de uso obrigatório a partir de 02.01.2014. O cronograma de


obrigatoriedade, previsto na cláusula décima primeira, § 1º, do Ajuste SINIEF
21/2010, alterado pelo Ajuste SINIEF 10/2013, é o seguinte:

Contribuinte emitente de CT-e, no transporte interestadual de


carga fracionada

Contribuintes que prestam serviço no modal rodoviário


02.01.2014 relacionados no Anexo Único do Ajuste SINIEF 09/2007 e
contribuintes que prestam serviço no modal aéreo

02.01.2014 Contribuintes que prestam serviço no modal ferroviário

Contribuintes que prestam serviço no modal rodoviário,


01.07.2014 não optantes pelo regime do Simples Nacional e para os
contribuintes que prestam serviço no modal aquaviário

Contribuintes que prestam serviço no modal rodoviário


01.10.2014
optantes pelo regime do Simples Nacional

Contribuinte emitente de NF-e, no transporte interestadual de bens ou


mercadorias acobertadas por mais de uma NF-e,
realizado em veículos próprios ou arrendados, ou mediante
contratação de transportador autônomo de cargas

Contribuintes não optantes pelo regime do Simples


03.02.2014
Nacional

01.10.2014 Contribuintes optantes pelo regime do Simples Nacional

53.4. Hipóteses de emissão do MDF-e

347
O MDF-e deverá ser emitido por empresas prestadoras de serviço de
transporte para prestações com mais de um conhecimento de transporte ou
pelas demais empresas nas operações, cujo transporte seja realizado em
veículos próprios, arrendados, ou mediante contratação de transportador
autônomo de cargas, com mais de uma nota fiscal.

O MDF-e deverá ser emitido:

a) pelo contribuinte emitente do CT-e, no transporte de carga fracionada, assim


entendida a que corresponda a mais de um conhecimento de transporte;

b) pelo contribuinte emitente da NF-e, no transporte de bens ou mercadorias


acobertadas por mais de uma NF-e, realizado em veículos próprios ou
arrendados, ou mediante contratação de transportador autônomo de cargas;

c) sempre que houver transbordo, redespacho, subcontratação ou substituição


do veículo, do motorista ou de contêiner, ou inclusão de novas mercadorias ou
documentos fiscais, bem como na hipótese de retenção imprevista de parte da
carga transportada.

Caso a carga transportada seja destinada a mais de uma unidade


federada, o transportador deverá emitir tantos MDF-e distintos quantas forem as
unidades federadas de descarregamento, agregando, por MDF-e, os
documentos destinados a cada uma delas.

Base Legal: Artigo 170 A, § 1 e 2 do RICMS/BA.

53.5. Vedações ao estabelecimento emissor de MDF-e

Ao estabelecimento emissor de MDF-e, fica vedada a emissão do


Manifesto de Carga, modelo 25, previsto no inciso XVIII do artigo 1º do Convênio
SINIEF 06/89 e da Capa de Lote Eletrônica - CL-e, prevista no Protocolo ICMS
168/10.

348
Base Legal: Cláusula terceira, § 3 do Ajuste SINIEF 21/2010.

53. 6. Leiaute do MDF-e

O MDF-e deverá ser emitido com base em leiaute estabelecido no Manual


de Orientação do Contribuinte - MDF-e, disponível através do link:

http://www.sefaz.ba.gov.br/scripts/default/mdfe.asp

A versão mais recente divulgada é a versão 1.00, de 29.08.2012.

Base Legal: Cláusula quarta do Ajuste SINIEF 21/2010.

53.6.1. Software para a emissão do MDF-e

A emissão será efetuada por meio de software desenvolvido ou adquirido


pelo contribuinte, ou disponibilizado pela SEFAZ/BA. Até a presente data, ainda
não foi disponibilizado software emissor de MDF-e.

53.6.2. Notas Técnicas acerca do MDF-e

Foram divulgadas, até a presente data, duas notas técnicas acerca do


MDF-e.

A Nota Técnica 01/2012 divulga o leiaute e schema (formato XML) para o modal
aquaviário.

A Nota Técnica 02/2012 divulga as datas de liberação do ambiente de


produção do MDF-e conforme o modal de transporte.

53.7. Indicações necessárias no MDF-e

As indicações necessárias que deverão conter no MDF-e são as seguintes:

a) conter a identificação dos documentos fiscais relativos à carga transportada;

b) ser identificado por chave de acesso composta por código numérico gerado
pelo emitente, pelo CNPJ do emitente e pelo número e série do MDF-e;

349
c) ser elaborado no padrão XML;

d) possuir série de 1 a 999;

e) possuir numeração sequencial de 1 a 999.999.999, por estabelecimento e por


série, devendo ser reiniciada quando atingido esse limite; e

f) ser assinado digitalmente pelo emitente, por meio de certificado digital,


contendo o número do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte.

Base Legal: Cláusula quinta do Ajuste SINIEF 21/2010.

53.7.1. Adoção de séries

O MDF-e deverá possuir série de 1 a 999.

O contribuinte poderá adotar séries distintas, designadas por algarismos


arábicos, em ordem crescente de 1 a 999, vedada a utilização de subsérie.

O Fisco poderá restringir a quantidade ou o uso de séries.

Base Legal: Cláusula quinta, § 1 e 2 do Ajuste SINIEF 21/2010.

53.8. Webservices

A seguir, encontram-se listados os webservices de produção e de


homologação, utilizados para transmissão do MDF-e.

Webservices de produção:

1. https://mdfe.sefaz.rs.gov.br/ws/MDFerecepcao/MDFeRece
MDFeRecepcao
0 pcao.asmx
MDFeRetRecep 1. https://mdfe.sefaz.rs.gov.br/ws/MDFeRetRecepcao/MDFeR
cao 0 etRecepcao.asmx
MDFeRecepcao 1. https://mdfe.sefaz.rs.gov.br/ws/MDFeRecepcaoEvento/MD
Evento 0 FeRecepcaoEvento.asmx

350
1. https://mdfe.sefaz.rs.gov.br/ws/MDFeConsulta/MDFeCons
MDFeConsulta
0 ulta.asmx
MDFeStatusSer 1. https://mdfe.sefaz.rs.gov.br/ws/MDFeStatusServico/MDFe
vico 0 StatusServico.asmx

Webservices de homologação:

MDFeRecepca 1. https://mdfehml.sefaz.rs.gov.br/ws/MDFerecepcao/MDFeRe
o 0 cepcao.asmx

MDFeRetRece 1. https://mdfehml.sefaz.rs.gov.br/ws/MDFeRetRecepcao/MD
pcao 0 FeRetRecepcao.asmx

MDFeRecepca 1. https://mdfehml.sefaz.rs.gov.br/ws/MDFeRecepcaoEvento/
oEvento 0 MDFeRecepcaoEvento.asmx

1. https://mdfehml.sefaz.rs.gov.br/ws/MDFeConsulta/MDFeCo
MDFeConsulta
0 nsulta.asmx

MDFeStatusSe 1. https://mdfehml.sefaz.rs.gov.br/ws/MDFeStatusServico/MD
rvico 0 FeStatusServico.asmx

53.9. Transmissão do arquivo digital

A transmissão do arquivo digital deverá ser efetuada por meio da internet,


através de protocolo de segurança ou criptografia, com utilização de software
desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte, ou disponibilizado pela SEFAZ/BA.
Até a presente data, ainda não foi disponibilizado software emissor de MDF-e.

A transmissão implica solicitação de autorização de uso de MDF-e.

Quando o emitente não estiver credenciado para emissão do MDF-e na


unidade da Federação em que ocorrer o carregamento do veículo, ou ocorrer
outra situação que exigir a emissão do MDF-e, a transmissão e a autorização de

351
verão ser efetuadas pela Secretaria da Fazenda da unidade da Federação em
que estiver credenciado.

Base Legal: Cláusula sexta do Ajuste SINIEF 21/2010.

53.10. Requisitos para a concessão da autorização de uso do


MDF-e

A SEFAZ/BA, previamente à concessão da autorização de uso, analisará,


no mínimo:

a) a regularidade fiscal do emitente;

b) a autoria da assinatura do arquivo digital;

c) a integridade do arquivo digital;

d) a observância ao leiaute do arquivo estabelecido no Manual de Orientação do


Contribuinte - MDF-e; e

e) a numeração e série do documento.

Base Legal: Cláusula sétima do Ajuste SINIEF 21/2010.

53.11 resultado da análise dos requisitos para a concessão da


autorização de uso do MDF-e

Verificados os requisitos para a concessão da autorização de uso do


MDF-e, a SEFAZ/BA cientificará o emitente sobre a rejeição do arquivo, ou sobre
a concessão da autorização de uso.

A cientificação será efetuada mediante protocolo disponibilizado ao


transmissor, via internet, contendo a chave de acesso, o número do MDF-e, a
data e a hora do recebimento da solicitação pela SEFAZ e o número do
protocolo, autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital
da SEFAZ ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.

Base Legal: Cláusula oitava do Ajuste SINIEF 21/2010.

352
53.11.1 Rejeição do arquivo

Haverá a rejeição do arquivo na ocorrência das seguintes hipóteses:

a) falha na recepção ou no processamento do arquivo;

b) falha no reconhecimento da autoria ou da integridade do arquivo digital;

c) duplicidade de número do MDF-e;

d) erro no número do CNPJ, do CPF ou da inscrição estadual;

e) outras falhas no preenchimento ou no leiaute do arquivo;

f) irregularidade fiscal do emitente.

Não sendo concedida a autorização de uso, o protocolo conterá, de forma clara


e precisa, as informações que justifiquem o motivo da rejeição.

Rejeitado o arquivo digital, o mesmo não será arquivado na SEFAZ.

Base Legal: Cláusula oitava, inciso I e § 1 do Ajuste SINIEF 21/2010.

53.11.2. Concessão da autorização de uso

Não ocorrendo nenhuma das hipóteses de rejeição, conforme item 4.1


desta matéria, será concedida a autorização de uso do MDF-e.

Após a concessão da autorização de uso o arquivo não poderá ser alterado.

A concessão da autorização de uso não implica validação da regularidade


fiscal de pessoas, valores e informações constantes no documento autorizado.

Concedida a autorização de uso, a SEFAZ deverá disponibilizar o arquivo


correspondente para:

353
a) a Unidade da Federação onde será feito o carregamento ou o
descarregamento, conforme o caso;

b) a Unidade da Federação que esteja indicada como percurso, quando houver;

c) a SUFRAMA, se o descarregamento for localizado nas áreas incentivadas.

A SEFAZ poderá, também, transmitir o arquivo ou fornecer informações parciais,


mediante prévio convênio ou protocolo, para:

- Administrações tributárias estaduais e municipais; ou

- Outros órgãos da administração direta, indireta, fundações e autarquias, que


necessitem de informações do MDF-e para desempenho de suas atividades,
respeitado o sigilo fiscal.

O arquivo digital somente poderá ser utilizado como documento fiscal após a
autorização de uso.

Ainda que formalmente regular, será considerado documento fiscal


inidôneo o MDF-e que tiver sido emitido ou utilizado com dolo, fraude, simulação
ou erro que possibilite, mesmo que a terceiro, o não pagamento do imposto ou
qualquer outra vantagem indevida - sendo que, para os efeitos fiscais, os vícios
atingem também o respectivo DAMDFE, que também será considerado
documento fiscal inidôneo.

Base Legal: Cláusulas nona e décima do Ajuste SINIEF 21/2010.

53.12 Documento auxiliar do MDF-E – DAMDFE

O contribuinte deverá emitir o Documento Auxiliar do MDF-e – DAMDFE


para acompanhar a carga durante o transporte ou para facilitar a consulta do
MDF-e.

354
O DAMDFE é documento fiscal válido para acompanhar o veículo durante
o transporte, somente após a concessão da autorização de uso do MDF-e.

Base Legal: Cláusula décima primeira do Ajuste SINIEF 21/2010.

53.12 1. Características do DAMDFE

O DAMDFE deverá ter formato A4, no mínimo, com 210 mm por 297 mm,
ou A3, no máximo, com 420 mm por 207 mm, impresso em papel, exceto papel-
jornal, de modo que seus dizeres e indicações estejam legíveis.

Base Legal: Cláusula décima primeira, § 2 do Ajuste SINIEF 21/2010.

53.12 2. Indicações necessárias no DAMDFE

Para a emissão do DAMDFE, deverá ser observado o leiaute estabelecido


no Manual de Orientação do Contribuinte - MDF-e, disponível no
link: http://www.sefaz.ba.gov.br/scripts/default/mdfe.asp

O DAMDFE conterá código de barras, conforme padrão estabelecido no


Manual de Orientação do Contribuinte - MDF-e.

O DAMDFE poderá conter outros elementos gráficos, desde que não


prejudiquem a leitura do seu conteúdo ou do código de barras por leitor óptico.

O contribuinte, mediante regime especial, poderá alterar o leiaute do


DAMDFE, para adequá-lo às suas prestações, desde que mantidos os campos
obrigatórios do MDF-e constantes do DAMDFE.

Base Legal: Cláusula décima primeira, § 3 do Ajuste SINIEF 21/2010.

53.13 Emissão Em Contingência

355
Quando, em decorrência de problemas técnicos, não for possível
transmitir o arquivo para a unidade da Federação do emitente, ou obter resposta
à solicitação de autorização de uso, o contribuinte deverá operar em
contingência, gerando novo arquivo e indicando o tipo de emissão como
contingência, conforme definições constantes no Manual de Orientação do
Contribuinte - MDF-e.

O contribuinte deverá imprimir o DAMDFE em papel comum, constando


no corpo a expressão “Contingência”.

O contribuinte deverá transmitir o MDF-e imediatamente após a cessação


dos problemas técnicos que impediram a sua transmissão ou recepção da
autorização de uso.

Se o MDF-e transmitido vier a ser rejeitado pela SEFAZ, o contribuinte deverá


sanar a irregularidade que motivou a rejeição e gerar, novamente, o arquivo com
a mesma numeração e série, e solicitar nova autorização de uso.

Base Legal: Cláusula décima segunda do Ajuste SINIEF 21/2010.

53.14. Cancelamento do MDF-E

Após a concessão da autorização de uso, o emitente poderá solicitar o


cancelamento do MDF-e, desde que não tenha iniciado o transporte.

O cancelamento somente poderá ser efetuado mediante pedido de


cancelamento, transmitido pelo emitente à SEFAZ.

Para cada MDF-e a ser cancelado, deverá ser apresentado um pedido de


cancelamento distinto, observado o leiaute estabelecido no Manual de
Orientação do Contribuinte - MDF-e.

O pedido de cancelamento deverá ser assinado pelo emitente com


assinatura digital certificada por entidade credenciada pela ICP-Brasil, contendo
o CNPJ do estabelecimento emitente ou da matriz, a fim de garantir a autoria do
documento digital.

356
A transmissão do pedido de cancelamento será efetivada via internet, por
meio de protocolo de segurança ou criptografia, podendo ser realizada por meio
de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte, ou disponibilizado pela
SEFAZ.

A cientificação do resultado do pedido de cancelamento será efetuada


mediante protocolo disponibilizado ao transmissor, via internet, contendo,
conforme o caso, a chave de acesso, o número do MDF-e, a data e a hora do
recebimento da solicitação pela SEFAZ e o número do protocolo, podendo ser
autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da SEFAZ
ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.

Cancelado o MDF-e, a SEFAZ deverá disponibilizar os respectivos eventos de


cancelamento às unidades da Federação envolvidas.

Base Legal: Cláusula décima terceira do Ajuste SINIEF 21/2010.

53.15. Encerramento do MDF-e

O MDF-e deverá ser encerrado após o final do percurso descrito no


documento e sempre que haja transbordo, redespacho, subcontratação ou
substituição do veículo, do motorista ou de contêiner, bem como na hipótese de
retenção imprevista de parte da carga transportada, através do registro deste
evento conforme disposto no Manual de Orientação do Contribuinte - MDF-e.

Encerrado o MDF- e, a SEFAZ deverá disponibilizá-lo às unidades da Federação


envolvidas.

Base Legal: Cláusula décima quarta do Ajuste SINIEF 21/2010

357
REFERÊNCIA

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Regulamenta a concessão de que trata


o art. 155 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 que dispõe
sobre a competência dos Estados e Distrito Federal de instituir impostos.

BRASIL. Lei Complementar 87 de 1996. Regulamenta a concessão de que trata


o art. 1º da LC 87 de 13 de setembro de 1996 que dispõe sobre a competência
dos municípios em instituir o tributo ICMS. Diário Oficial: Brasília, 16 de setembro
de 1996.

BRASIL. Lei Complementar 123 de 2006. Regulamenta a concessão de que


trata o art. 13 da LC 123 de 14 de dezembro de 2006 que dispõe sobre impostos
e contribuições recolhidos no Simples Nacional. Diário Oficial: Brasília, 15 de
dezembro de 2006.

BRASIL. Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966. Institui o Código Tributário


Nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 27 out.
1966.

BRASIL. RICMS/2012. Regulamenta o imposto ICMS para contribuintes do


estado do Estado da Bahia de que trata o Decreto 13.780 de 2012.

358

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