Você está na página 1de 29

Capacidade de Carga de

Fundações Diretas
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES SUPERFICAIS
Capacidade de carga:

É a máxima carga que o terreno é capaz de suportar sem que


haja ruptura ou deformação excessiva, na cota de
assentamento pré-fixada.
CAPACIDADE DE CARGA

A capacidade de carga dos solos varia em função dos seguintes


parâmetros:

• Do tipo e do estado do solo (areias e argilas nos vários estados de


compacidade e consistência);

• Da dimensão e da forma da sapata (sapatas corridas, retangulares,


quadradas ou circulares);

• Da profundidade da fundação (sapata rasa ou profunda).


CAPACIDADE DE CARGA

FASE ELÁSTICA

Recalques
irreversíveis

Recalques se estabilizam CAPACIDADE


com o tempo DE CARGA
Velocidade cresce até ruptura
Limite da resistência
Mecanismos de Ruptura

Formas distintas das curvas carga-recalque:

- Ruptura Generalizada
- Ruptura Localizada
- Ruptura por Puncionamento
Ruptura Generalizada

- Ruptura brusca após curta transição


- Tangente quase vertical
- Superfície de ruptura bem definida
- Ruptura catastrófica (tombamento)
- Solos rígidos (areia compacta e argila rija a dura)
Ruptura generalizada
Ruptura Localizada

- Ruptura mais suave (curva abatida)


- Tangente inclinada
- Ruptura definida apenas abaixo da fundação
- Não há ruptura catastrófica
- Solos deformáveis (Areias fofas e argilas moles a médias)
Ruptura Localizada
Ruptura por Puncionamento

- Mecanismo de difícil observação


- Cisalhamento vertical ao longo do perímetro da fundação
- Solo adjacente não participa do processo de ruptura
- Areias muito compressíveis ou argilas moles
Ruptura por Puncionamento
O tipo de ruptura de sapatas em areia pode ser estimado em
função de Dr e de D/B, assim:

Dr = densidade relativa = expressa o estado de compacidade de solos granulares


D = profundidade de assentamento
Métodos de Cálculo da Capacidade de Carga de Fundações Diretas:

Prandtl (1920)

Reissner (1924)

Terzaghi (1925, 1943)

Meyerhof (1951)

Hansen (1961, 1970)

Vesic (1973, 1975)


Teoria de Terzaghi (1925, 1943)

Considerações:
- D < 2B
- Resistência do solo acima da base desprezada
- Zona de ruptura tem 3 partes
Teoria de Terzaghi (1925, 1943)
A capacidade de carga de uma sapata corrida é:

Onde:
c = coesão
g = peso específico do solo acima da CA
g’ = peso específico do solo baixo da
fundação
D = profundidade de assentamento
B = largura da fundação
Nc, Nq e Nγ = fatores de capacidade de
carga

qult = tensão (capacidade de tensão) = máxima tensão


Qult ≠ qult

Qult = força (capacidade de carga) = máxima carga


- capacidade de carga de uma fundação

qult = tensão (capacidade de tensão) = máxima tensão


- capacidade de carga unitária
A capacidade de carga (Qult) de uma fundação corrida é:

Qult = B.qult

valor máximo a cada metro


Teoria de Terzaghi (1925, 1943)
A capacidade de carga - sapata corrida

Para solos em que a ruptura pode


se aproximar da ruptura local, a
equação é modificada
Teoria de Terzaghi (1925, 1943)
A capacidade de carga - sapata corrida
Teoria de Terzaghi (1925, 1943)

Coeficiente de Segurança

Obs:

A literatura (Rodrigues, 1995) recomenda CS = 2 a 4

Sugestão: usar CS = 3,0


Teoria de Terzaghi (1925, 1943)
Teoria de Terzaghi (1925, 1943)

(Entre o N.T. e a base da fundação)

(Entre a base da fundação e a sup. rup)

A submersão do solo reduz sua capacidade de carga. O cálculo deve ser feito para a posição mais
elevada do lençol d’água.
CAPACIDADE DE CARGA
HANSEN (1961, 1970) / VESIC (1975)

g
FÓRMULA GERAL DA CAPACIDADE DE CARGA:

ggg
ggg
'
Q B

q 
ult
ult
'
cN
s
c
cd
i
cb
c
cg
c
qN
s
q
qd
i
qb
q
qg
qN
s
di
bg
A 2
sc, sq, sg - fatores de forma
dq, dq, dg - fatores de profundidade
ic, iq, ig - fatores de inclinação da carga
bc, bq, bg - fatores de inclinação da base da fundação
gc, gq, gg - fatores de inclinação do terreno
A’ – área efetiva da fundação

Contribuição de Hansen Nc = (Nq – 1) cot 


Para os fatores de capacidade de carga tem-se: Nq = etg tg2(45º+/2)
Ng = 1,5(Nq – 1)tg
CAPACIDADE DE CARGA
CONTRIBUIÇÃO DE VESIC (1975)
• NC e Nq (HANSEN);
1. Fatores de capacidade de carga • Ng = 2(Nq+1)tg.

Fatores de Capacidade de Carga propostos por Vesic (Velloso e Lopes, 1997)


CAPACIDADE DE CARGA

2. Fatores de correção

• Fatores de Forma (sc, sq, sg)


CAPACIDADE DE CARGA
2. Fatores de correção

• Fatores de inclinação (ic, iq, ig)

mL ou mB – conforme a carga inclinada paralelamente a menor dimensão B ou à maior


dimensão L.
V e H - componentes vertical e horizontal da carga.

H ≤ Vtgδ + A’Ca ; δ ângulo de atrito solo-fundação;


Ca aderência solo-fundação
(para areia δ =  e Ca = 0); para argila não drenada δ = 0 e Ca = Su
CAPACIDADE DE CARGA

• Fatores de profundidade (dc, dq, dg)

Se D/ B1 SeD/ B1


D D
dc 10,4  0)
(para dc 10,4arctg
 
B  B
2 D D
dq 12tg(1sen) dq 12tg(1sen
) arctg
2
 
B  B
Dg 1 Dg 1

Vesic desaconselha a utilização destes fatores, visto que o procedimento


executivo usual das fundações superficiais é:

ESCAVAÇÃO, EXECUÇÃO E REATERRO.


CAPACIDADE DE CARGA
• Fatores de Inclinação da Base da Fundação e do Terreno (bc, bq, gc, gq)

Fundação com base inclinada e terreno ao lado ser inclinado


(Velloso e Lopes, 1997)

bc = 1- (2/(+2)) gc = 1- (2/(+2))
bq = bg = (1- /tg)2 gq=gg = (1- /tg )2
Para o caso de sapatas com cargas excêntricas, Hansen também propôs o conceito
de “Área Efetiva”, A´, da fundação (A´ = B´ x L´).

Em que:

B´ = B – 2eB e L´ = L – 2eL
eB , eL = excentricidades nas direções de B e de L

Você também pode gostar