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O espreitador

Antes de começarmos está história, você verificou a porta, tem certeza que não deixou
ela aberta? Ou a fresta do seu armário? Não queremos problemas aqui não é mesmo?

De novo ela acorda de madrugada, com o mesmo barulho de sempre, aquela maldita
goteira que ela nunca acha, já foram semanas tentando achar ela, mas no final é sempre
a mesma coisa.
Depois do susto, ela pega no sono de novo, sabendo que não iria saber a resposta para
tudo isso, e então, ela começa a dormir, seus olhos lentamente se fecham e ela adormece
olhando para a fresta do armário dela.
Depois de certo tempo, tudo parece ter voltado ao “normal” a única coisa que é
possível de escutar na noite, é a sua respiração apavorada, esse sentimento repentino, de
todas as madrugadas, o medo.
Mas agora parece diferente, outro problema, a sua gata começa a miar no meio da noite
fria e silenciosa, e ela novamente acorda com um susto, mas parece já ter se acostumado
com aquilo.
Então ela se levanta e vai até a porta de seu quarto, é possível escutar ela arranhando a
porta desesperadamente, miando sem parar, a moça desesperada também, abre a porta
com tudo, porém a sua gata parece diferente, ele não parece ser aquela gata dócil e fofa
que ela era.
Depois de um tempo tentando acalmar ela, ela recebe alguns arranhões bem profundos
de sua gata, e ela percebe uma coisa, a sua ração está do mesmo jeito que deixou horas
atrás, o pote de água cheio, a ração também, isso fez ela questionar, “O que que ela
tem”, pensou ela, com medo de ser escutada por uma coisa nada amigável.
Depois disso tudo, ela pega no sono de novo e vai dormir, porém quando ela deita em
sua cama, ela percebe uma coisa muito horripilante, um olho amarelo na fresta de seu
armário, ele chora de desespero, ela percebe que esse é o sentimento do olho, ela sente
isso, e cada lágrima caída é uma gota da goteira, ela percebe isso e aperta o edredom
frio contra o corpo dela, ela começa a chorar, mas não desesperadamente, pois não quer
ser percebida pelo olho, ela sente um calafrio terrível e frio na espinha dela, seu coração
começa a pulsar muito rápido, tendo o pressentimento que algo horrível está preste a
acontecer, então com o olho fechado, ela sente a repulsa de olhar de novo, ela olha ele
mais uma vez, e parece que ele suga a energia, o vigor, a resiliência de quando é
observado.
Já são 6:30 da manhã e aquele maldito olho continua lá, ela tenta pegar no sono,
disfarçando, como se nada tivesse acontecido, diversas e diversas vezes, achando que
esse pesadelo nunca iria acabar ela toma um susto, de seu despertador, e quando ele toca
o olho para de observar ela, depois dessa noite de medo e desespero, ela tem que ir ao
trabalho.
Parecendo um zumbi, de tanto cansaço ela não para de pensar naquele olho é como se
fosse viciante, como uma droga, o chefe dela chama ela em seu escritório, achando que
receberia um aumento no salário, ou a sua dedicação. Chegando no escritório, com a
manga da camisa vermelha que antes era uma camisa social branca, pingando sangue
dos arranhões, ele diz que ela será demitida, por não ir ao trabalho e que esse jeito de vir
ao trabalho, cansada e ensanguentada.
Depois de sair chorando da empresa, ela chega em casa

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