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Ou seja, nesse exato momento você pode estar sob a influência de algum
arquétipo! E ele pode estar te influenciando de forma positiva ou
negativa.
Uma coisa importantíssima a se falar é que: o homem adulto não perde sua
“parte infantil”, ou seja, os arquétipos que formam a base da infância
não desaparecem.
1. A Criança Divina
Para os junguianos, a Criança Divina é a fonte do entusiasmo infantil pela
vida. É o arquétipo dentro de nós que produz uma sensação de bem-
estar, paz e alegria, bem como gosto pela aventura.
Sempre que você tem aquele sentimento de excitação e desejo de um novo
começo, esse é o arquétipo da Criança Divina se mostrando em sua vida.
A Criança Divina nos renova e nos mantém “jovens de coração”.
A Criança Divina é em muitos aspectos indefesa e todo-poderosa. É indefesa
pois ainda é uma criança e depende dos adultos para atender às suas
necessidades, e todo-poderoso porque consome a atenção das pessoas ao seu
redor.
A atenção que ele recebe é mutuamente benéfica: a Criança Divina tem sua
necessidade de atenção satisfeita, enquanto enaltece e inspira outros.
Esses bebês especiais tinham um potencial enorme, mas eram tão vulneráveis
quanto qualquer criança.
Por exemplo: O chefe que quer apenas homens que concordem com ele,
presidente que não quer ouvir o conselho de seus generais, o diretor da escola
que não consegue ouvir as críticas de seus professores – todos são homens
possuídos pelo Tirano da Cadeira Alta.
O que o Tirano de Cadeira Alta precisa aprender que ele não é o centro do
universo e que o universo não existe para satisfazer todas as suas
necessidades limitadas e suas pretensões à divindade
Sabe aquela voz em sua cabeça dizendo que você não é bom o suficiente, que
não para de gritar, reclamar? Uma homem sob a influência do Tirano de
cadeira alta torna-se o escravo da criança de 2 anos que existe dentro
dele.
1.2 O Príncipe Fraco (Sombra Passiva)
O menino (e mais tarde, o homem) que está possuído pelo “Príncipe Fraco”
parece ter muito pouca personalidade, nenhum entusiasmo pela vida e
muita pouca iniciativa.
Este é o menino que precisa ser mimado. Que dita àqueles ao seu redor por
meio de seu silêncio, por sua lamentação e por sua queixa de impotência.
Ele precisa ser carregado em um travesseiro. Tudo é demais para ele!
Ele raramente participa de jogos infantis, tem poucos amigos e não vai bem na
escola.
Um homem que permite que o arquétipo do Príncipe Frágil governe sua vida
é apático e desmotivado.
Não toma iniciativa e fica chateado quando outros não atendem às suas
expectativas. Ele é o príncipe da agressão passiva!
1.3 Acessando a Criança Divina
Integrar a Criança Divina em sua vida como homem garante que mesmo
quando você envelheça, você ainda permaneça jovem no coração; esse
arquétipo mantém a sensação de vida nova, inspira você com uma visão de
suas possibilidades, alimenta sua criatividade e estimula você à aventura.
O homem que não retém algo da Divina Criança perde de vista seu grande
potencial e se contenta em ser apenas medíocre.
2. A Criança Precoce
O próximo arquétipo de infância a se desenvolver é a Criança Precoce. Se for
devidamente nutrida, a Criança Precoce se desenvolve no arquétipo masculino
maduro do Mago.
O arquétipo da Criança Precoce se mostra quando um menino está ansioso
para aprender sobre o mundo ao seu redor, quando sua mente é
acelerada, quando ele quer compartilhar o que está aprendendo com
outras pessoas.
Há um brilho em seus olhos e uma energia corporal e mental que mostra que
ele está se aventurando no mundo das ideias. Este menino (e mais tarde, o
homem) quer saber o “porquê” de tudo
Sabe quando seu filho faz todas aquelas perguntas irritantes de “Por que?” –
Por que o céu é azul? Por que o sol está forte? Por que as coisas morrem? – É
ai que vemos a Criança Precoce se manifestando.
Ela nos faz pensar no mundo ao nosso redor e no mundo dentro de nós.
Ele muitas vezes sente um forte desejo de ajudar os outros com seu
conhecimento e seus amigos muitas vezes vêm a ele para obter sua ajuda.
O Malandro perdeu o contato com sua Criança Divina, por isso tenta
compensar seu senso de inadequação e inferioridade com essa fachada de
“superior”, “melhor que todos”, tentando a todo custo destruir as outras
pessoas.
O que ele precisa fazer, então, é entrar em contato com seu próprio potencial,
sua própria beleza e criatividade. A inveja bloqueia a criatividade!
2.2 O Boneco – Manequim (Sombra Passiva)
A pessoa sob a influência desse arquétipo tem uma personalidade fraca,
pouco vigor e criatividade. Ela parece indiferente e passiva.
Ela é frequentemente rotulada de um aluno que aprende de forma lenta. Além
disso, parece não ter senso de humor e não entende piadas. É uma pessoa
muito ingênua.
Ela parece ser fisicamente incapaz também, pois possui pouca coordenação
motora.
Também tende a ser desonesto. Ele pode compreender muito mais do que
mostra aos outros.
Embora o menino para quem a Criança Edipiana seja uma poderosa influência
arquetípica possa ser deficiente em sua experiência do masculino, ele é capaz
de acessar as qualidades positivas do arquétipo.
Mas esse desejo não é pela mãe real de um menino, mas sim pela energia
feminina da “Grande Mãe” – a Deusa (o que os gregos chamam de Eros) em
suas muitas formas nos mitos e lendas de muitos povos e culturas.
O termo complexo de Édipo vem de Freud, que viu na lenda do rei grego
Édipo um relato mitológico desta forma de energia masculina imatura.
Ele nunca quer ofender, magoar ou preocupar sua mãe. Ele vive para
agradar a querida mamãe, mesmo que isso signifique colocar os desejos
dela acima dos dele. Nada lhe dá mais satisfação do que ouvir sua mãe
dizer: “Esse é um bom menino.”
O menino da mamãe frequentemente é pego em perseguir o belo, o
comovente. Ele tenta realizar seu anseio de união com a Mãe Divina, indo e
de uma mulher para outra (perseguindo e correndo atrás de mulheres).
Porém, ele nunca pode ficar satisfeito com um mulher mortal, porque o que
ele está procurando é a Deusa imortal.
Aqui nos temos a síndrome do Don Juan. Ele quer experimentar todas
mulheres, ou melhor, que experimentar a união com a Deusa Mãe em sua
infinidade de formas femininas. Ele está procurando experimentar, com isso,
sua masculinidade, seu poder fálico.
Ele pode ser caloroso, até mesmo “doce” com os outros e pode
ser introspectivo e espiritual enquanto permanece firme no seu centro,
com seus pés firmes no chão.
Ele não tem medo de explorar a energia “feminina”, mas também não é
dominado por ela. Ele ama sua mãe e aprendeu muito com ela, mas ele é
decididamente dono de si.
4. O Herói
O herói é, de fato, apenas uma forma, uma forma avançada da psicologia das
crianças – a forma mais avançada, o pico, na verdade, das energias
masculinas do menino.
Lembra daquela sensação de expansão da independência? Aos poucos, você
começou a contar cada vez menos com seus pais para suas necessidades
básicas. Você clamou por mais liberdade, para que seus pais o deixassem em
paz.
Os principais objetivos do Herói são ganhar sua independência pessoal, se
libertar da influência feminina de sua mãe e entrar totalmente na idade
adulta.
O Herói permite que o menino comece a se afirmar e se definir como algo
distinto dos outros.
Como acontece com os outros arquétipos masculinos imaturos, o herói está
excessivamente ligado à mãe. Mas o herói tem uma necessidade motriz de
superá-la. Ele está travando um combate mortal contra o feminino,
lutando para conquistá-lo e afirmar sua masculinidade.
Ao contrário de seu forma madura de Guerreiro, que luta por uma causa maior
do que si mesmo, o Herói imaturo luta principalmente por si mesmo, por
interesse próprio (não por algo maior que si).
Além disso, o guerreiro maduro conhece suas limitações. Já o Herói não tem
esse tipo de autoconsciência, o que muitas vezes resulta em sua ruína física ou
emocional.
Como já vimos, isso ocorria por meio das iniciação e rituais de passagem, em
que o menino era morto simbolicamente para renascer como homem, como
um adulto maduro. Porém, como essas iniciações estão em falta nos dias de
hoje, muitos homens ficam presos a imaturidade
4.1 O Bully (Sombra Ativa)
O menino (ou homem) sob o poder do Bully tenta impressionar os outros a
todo o custo. Suas estratégias são projetadas para proclamar
sua superioridade e seu direito de dominar aqueles ao seu redor.
Ele tem um senso inflado de sua própria importância e de suas próprias
habilidade.
Porém, por trás dessa postura e comportamento do Bully, existe uma pessoa
covarde e insegura, e o Bully tenta lutar para manter esse fato escondido de
todos os outros.
A nossa época não quer heróis. Vivemos na era da inveja, na qual a preguiça e
a mediocridade são a regra.
A luta com o infantil dentro de nós exerce uma forte atração “gravitacional”
contra a realização de todo esse potencial adulto.
Existem várias técnicas que podemos usar nesta construção, todas elas são
disciplinas e métodos importantes para o difícil processo de transformar
meninos em homens:
Análise de sonhos
Meditação
Oração
Processo de ritual mágico com um ancião espiritual
Outras formas de práticas espirituais
As quatro formas principais das energias masculinas maduras que
identificamos são o Rei, o Guerreiro, o Mago e o Amante.
Todos eles se sobrepõem e, idealmente, enriquecem um ao outro. Um bom rei
é sempre também um bom guerreiro, um mágico e um amante. E o mesmo
vale para o outros três.
Espero que eu tenha agregado valor a você! Não deixe de comentar aqui em
baixo seus principais aprendizados e qual desses arquétipos você mais se
identifica!