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QUESTÃO 1 (2,5)
O projeto historiográfico da chamada “Escola” dos Annales (ou dos Anais) pode ser
resumido pela ideia de história-problema, que se opõe ao projeto considerado mais
descritivo da escola metódica, que prevaleceu durante o século XIX. A história-problema
realiza-se mediante à “crítica dos fatos enquanto realidades substanciais”, ou seja,
critica à ideia de fato histórico como algo dado mediante a mera aplicação do método
crítico documental. A história-problema pressupõe que, além da crítica documental, seja
necessário propor questões ou problemas, cujas respostas contribuem para a
construção do fato. Então, os historiadores vinculados aos Annales criticavam aqueles
que suponham poder recriar o passado por inteiro apenas colecionando documentos e
procedendo à crítica interna e externa dos mesmos. Isso é tido como o mesmo que
acreditar em uma realidade substancial ligada aos documentos. Para os metódicos, o
fato histórico seria uma substância trazida à luz por inteiro graças ao método crítico
documental. Para os historiadores vinculados aos Annales, a reconstrução do passado
é guiada pela pergunta ou pelo problema proposto pelo historiador no tempo presente.
O fato história é, portanto, uma criação do presente.
QUESTÃO 2 (2,5)
QUESTÃO 3 (2,5)
Relacione literatura, sociedade e história.
O texto literário pode ser considerado um documento histórico. Sendo assim, é possível
analisá-lo de forma crítica, buscando relacioná-lo à experiência social, ao contexto em
que foi produzido e dado a ler. A análise que toma a literatura como documento histórico
considera três aspectos fundamentais: o autor, sua obra e seus leitores. Desse modo,
a noção de texto literário é ampliada ao incorporar as práticas sociais relacionadas a
sua produção, compreendida como uma experiência situada historicamente no tempo e
no espaço.
QUESTÃO 4 (2,5)
CADERNOS DIDÁTICOS