Você está na página 1de 7

MEDIÇÃO CORRETA DE NIVEL DE CALDEIRA.

Autor: Jolciney Sampaio:

RESUMO

O controle do nível de uma caldeira, é uma variável importantíssima de ser


controlada. Deve ser mantido entre limites estreitos, pois nível baixo danifica os
tubos internos da caldeira por superaquecimento. O nível alto provoca arrastes de
agua para o superaquecedor e turbinas a vapor, causando danos. É necessário
algumas medidas e alguns cuidados para se medir corretamente o nível de uma
caldeira.

1 – INTRODUÇÃO

È muito comum ver caldeiras sendo operadas com erro de medição de nível de até 30%
do visor. Com o objetivo de mascarar este erro, o nível é expresso em porcentagem
do sinal de saída do transmissor. Esta grandeza sendo expressa desta forma, torna
difícil sua interpretação e não tem significado palpável para o pessoal da operação e
utilidades. Para contornar este erro o operador simplesmente desloca o set point.
“Para se controlar, primeiro é preciso se medir
corretamente uma variável de processo, e expressa-la de
maneira clara e palpável, proporcionando uma fácil e rápida
interpretação e comparação”

Objetivos

O nível de uma caldeira pode ser bem controlado dentro de limites estreitos,
mesmo com sua medição sendo feita de maneira inadequada e com erros. Estes
erros dificultam a transparência, e a forma clara de se expressar desvios em
momentos e situações de não tão bom controle, bem como a “comparação” com
outras caldeiras. Restando apenas a análise subjetiva do gráfico sem unidade de
engenharia.

1
- Graduada em Gestão de Logística (Fatec Internacional/ Faculdade de Tecnologia Intencional),
MBA em Gestão de Recursos Humanos (Fatec Internacional/ Faculdade de Tecnologia Intencional).
2
- Administradora (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), Especialista em Gestão Contábil e
Financeira (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), orientadora de TCC do Grupo Uninter.
1

Embora sabendo que não se pode comparar ao pé da letra o desempenho do


controle de nível de uma caldeira com outra, pois duas caldeiras exatamente iguais
com equipamentos de automação iguais instaladas uma ao lado da outra, podem ter
desempenho de controle de nível diferentes, influenciados por diversos fatores como
combustão e outros.

2 – DESENVOLVIMENTO
2.1 Medição do nível

Existem diversos tipos de instrumentos capazes de medir o nível de uma


caldeira como empuxo, radar de onda guiada, mais por enquanto o transmissor de
pressão diferencial é o melhor método, e o mais usado.

2.2 Erro do visor.


Sabemos que a agua parada no visor tende a esfriar em relação a agua no
interior do tambor superior. Sendo mais fria sua densidade é maior. Forma-se entao
uma coluna em U. De um lado a agua do tambor mais quente e menos densa, do
outro lado no visor e garrafa de nível a agua mais fria e mais densa.
Logo a agua no visor mais densa ira se posicionar em uma cota mais baixa do
que a agua no interior do tambor. Sabendo que o que importa, e o controle do nível
em uma determinada cota no interior do tambor, tendo como referencia o centro do
tambor, o fabricante da caldeira posiciona o conjunto da garrafa de nível e visor mais
próximo possível do tambor para reduzir este erro. Quanto maior a distancia entre o
tambor e o visor, maior será o erro de nível visualizado no visor.

2.3 Posicionamento do visor


O fabricante da caldeira deve posicionar o centro do visor no nível normal de
operação, levando em consideração a diferença de densidade para que não haja
erro de medição de nível.

2.4 Locação das tomadas de impulso do LT.


2

Para evitar erro de medição por diferença de densidade, costumava-se


instalar as tomadas de impulso do transmissor nos canos de ligação entre o tambor
e o conjunto do visor, isto facilitava muito, estávamos medindo exatamente o que
estávamos vendo (nível no visor). A desvantagem era que em uma situação de
vazamento qualquer de vapor no conjunto do visor, existia interferência na medição.
Logo o ideal, é locar as tomadas diretamente no tambor. (as caldeiras já saem de
fabricas com estas tomadas, e normalmente possuem uma distancia entre elas de
próximo de 30”.)

2.5 Bitola das Tomadas


As tomadas de impulso, devem ser de 1” ou ¾”, pois bitolas menores
promovem uma menor conservação da temperatura nas mesmas, provocando erro
de medição.

2.6 Válvulas de bloqueio das tomadas

As válvulas de bloqueio devem ser de passagem reta, válvulas tipo globo


também podem ser usadas, desde que montadas na posição deitadas para evitar o
afogamento do pote de selagem. As mesmas dever ser de bitola 1” ou no mínimo de
¾” , nunca usar válvulas de bloqueio tipo globo com internos reduzidos ou agulha .

2.7 Pote de selagem

Deve ser mantido, parte com agua e parte com vapor. Procurar manter
aquecido instalando relativamente próximo do tambor. Pois caso esfrie será mais
uma variável na medição.

2.8 Colunas de nível

Alguns fabricantes sabem da grande necessidade de se manter o pote de


selagem e a perna molhada aquecida, para isso instalam potes especiais que
3

formam uma coluna de nível que tem como objetivo manter este aquecimento, e
garantir que o mesmo não fique afogado.

2.9 Perna molhada gradiente de temperatura.


Até a chegada no transmissor a perna molhada, vai acabar esfriando. Para
evitar que este gradiente de temperatura atrapalhe na medição. A perna molhada
ao chegar na cota da tomada inferior, deve-se instalar uma curva e reduzir sua bitola
mantendo a mesma na horizontal por 1,5 metro para depois completar a descida ate
o transmissor. Com este artificio a mesma logo ganhara a temperatura ambiente no
trecho horizontal.

3.0 Perna variável.


Para que as duas pernas tenham a mesma densidade na cota da tomada
inferior, a perna variável deve possuir o mesmo artificio, logo após a sua tomada,
instalar uma curva mantendo a mesma na horizontal por 1,5 metros e depois
completar a descida até o transmissor.

3.1 Tomada de impulso com a perna molhada no interior do Tambor

Fabricantes de caldeiras resistem a este tipo de tomada por dificultar o


enchimento do pote de selagem sem tampa no interior do tambor. Na pratica não se
usa encher o pote de selagem com agua, é usado o próprio condensado para
encher o pote. Esta seria uma excelente solução pois se eliminaria a diferença de
densidade nas pernas das tomadas.
.

3.2 Local da montagem do transmissor


O transmissor instalado lá em cima no mesmo piso das tomadas de impulso,
tem a vantagem de se evitar o erro pelo gradiente de temperatura nas pernas de
descida, e a desvantagem de se ter que subir lá em cima para manutenção. É muito
mais fácil instalar no piso térreo e tomar as medidas acima para se evitar o gradiente
de temperatura nas tomadas.

3.3 Tomada LO do transmissor diferencial


4

No transmissor de pressão diferencial Saída = Hi – Lo


Como a tomada de impulso superior possui uma coluna fixa, não altera com
a variação no nível, somente a tomada inferior é variável, aumenta a coluna com o
aumentar do nível, logo e mais logico e sensato ligar a tomada inferior do tambor na
perna Hi. Não é errado fazer o oposto, basta levar isto em consideração na ocasião
do cálculo do range do transmissor, e tomar cuidado na hora da calibração.
.

3.4 Redundância na medição


Por segurança o ideal que seja feita uma redundância com no mínimo três
transmissores, e a criação de uma logica que indique o provável instrumento que
esteja com defeito.

3.5 Transmissores em lado oposto do Tambor


Em caldeiras de grande porte quando instalados transmissores em lados
opostos do tambor, em situação em que os queimadores de um dos lados do tambor
estejam apagados a tendência, é que o transmissor deste lado ira medir o nível mais
baixo mostrando o que realmente acontece no tambor..

3.6 Causas de erros na medição:

- Dificuldade na atribuição correta da massa especifica na perna molhada.


- Atribuição correta da massa especifica correta da água no interior do Tambor.
- Dinâmica do processo, lembrar que a água saturada no tambor esta sendo
resfriada pela água de alimentação
( 67 Kgf/cm2 agua saturada temperatura 282 centigrados, massa esp 746,7 kg/m3).
( agua de alimentação temperatura 137 centigrados, massa esp 930,5 kg/m3).
- Erros de instalação.

3.7 Parâmetros para calculo do transmissor

- Considerar como o cálculo no nível de interface de dois fluidos com


densidades diferentes.

- Distância máxima entre as tomadas.


5

- Coluna variável, fluido 1 menos denso = vapor saturado (considerar massa


especifica na P. de operação).

- Coluna variável, fluido 2 mais denso = água saturada (considerar sua massa
especifica na P. de operação).

- Pote de selagem não afogado, usar a massa especifica próximo da água


saturada na pressão de operação, pois o vapor do pote de selagem, por irradiação
aquece esta perna.

2.4 Cálculo do range.

Podemos definir a seleção de pessoal como uma atividade de atração de


candidatos, divulgação e comunicação de vagas.

3 – Operação da caldeira com a pressão menor da nominal.

Como o cálculo do range do transmissor foi feito para a pressão nominal,


durante a entrada de operação , parada da caldeira ou operação com pressão
menor o nível será medido com erro, pois para pressões menores a massa
especifica para a agua e para o vapor são diferentes.
Existem no mercado diversos transmissores de diferentes fabricantes que
fazem esta correção automaticamente como transmissor multi variável MV 31 da
foxboro.
Esta correção também pode ser feita através de cálculos matemáticos no CLP
ou Supervisório.

4 – REFERENCIAS

BOHLANDER, G. e SNELL, S. Administração de Recursos Humanos. São Paulo:


Cengage Learning, 2009.

CAPPELLI, P. Making the Most of Online Recruiting (Aproveitando ao máximo de


Recrutamento Online), Harvard Business Review, 2001.

CHIAVENATO, I. Recursos Humanos. São Paulo: Editora Atlas, 1983.


6

Você também pode gostar