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Direitos Fundamentais – exercício 2

O n.º 1 do artigo 14.º da Lei de Liberdade Religiosa (de ora em diante, LLR) estabelece o
seguinte:

Artigo 14.º Dispensa do trabalho, de aulas e de provas por motivo religioso

1 - Os funcionários e agentes do Estado e demais entidades públicas, bem como os


trabalhadores em regime de contrato de trabalho, têm o direito de, a seu pedido, suspender
o trabalho no dia de descanso semanal, nos dias das festividades e nos períodos horários
que lhes sejam prescritos pela confissão que professam, nas seguintes condições:

a) Trabalharem em regime de flexibilidade de horário;


b) Serem membros de igreja ou comunidade religiosa inscrita que
enviou no ano anterior ao membro do Governo competente em
razão da matéria a indicação dos referidos dias e períodos horários
no ano em curso;
c) Haver compensação integral do respetivo período de trabalho.
(…)
E
Imagine a seguinte situação:
A empresa XXX veio a despedir o trabalhador YYY com o que considerou ser justo fundamento
para o despedimento atenta a recusa do trabalhador em prestar trabalho ao sábado por motivos
religiosos.
O trabalhador YYY impugnou judicialmente o despedimento invocando a LLR.
O empregador entende que o referido artigo 14.º da LLR alvitrou desde logo o conflito entre
a liberdade religiosa e os interesses do empregador e que não se verificava fundamentos para
dispensa do trabalho nos «períodos horários que lhes sejam prescritos pela confissão que
professam» uma vez que o trabalho é prestado em regime de turnos e não em regime de
flexibilidade de horário.
O trabalhador contrapôs alegando a inconstitucionalidade da norma legal, com a interpretação
dada pelo empregador, por violação do princípio da igualdade.

O que entenderia enquanto juiz da causa?

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