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1. DA SÍNTESE DA AÇÃO
De mesma feita, alega que foi coagida a se demitir, mas não comprovou tais
afirmações.
2. PRELIMINARMENTE
3. DA PREJUDICIAL DE MÉRITO
Inicialmente insta consignar que a presente ação foi proposta pela autora
apenas em 20/06/2019, sendo que a Reclamante trabalhou na empresa LUA LTDA., de
10/10/2010 a 20/05/2019, e requereu a este juízo os valores referentes à época de trabalho
completo dos exercícios como colaboradora da Reclamada, ou seja, pouco mais 8 anos e 7 meses
trabalhados.
Contudo, os valores pleiteados pela Reclamante excedem o que poderia ser exigido. De
acordo com o Art. 7º, XXXIX da Constituição federalvejamos os referidos artigos: a
extinção do contrato ocorreu em 20/05/2019. Portanto, manifestamente prescrita a presente
pretensão.
Isto porque a Constituição Federal, em seu Art. 7º, , cumulado com o Art.11,
I da CLT, os valores das relações de trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos para trabalhadores
urbanos e 2 (dois) anos para trabalhadores rurais, nos seguintes termos:
Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:
XXIX- ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de
dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
Neste mesmo sentido, prevê a Consolidação das Leis do Trabalho, em seu
artigo 11. Senão, veja-se:
4. MÉRITO
A reclamante alega que realizava em torno de uma hora extra por semana,
durante todo o período de 2019, permanecendo 1 (uma) hora no culto ecumênico que era fornecido
de maneira facultativa a vontade de todos os colaboradores da empresa LUA LTDA, e, portanto,
requerendo a condenação da Reclamada ao pagamento de horas extras e respectivos reflexos.
Deste modo, considerando que o culto era uma faculdade aos funcionários,
oferecida para o bem-estar dos colaboradores que quisessem voluntariamente participar, não
figurando, portanto, uma extensão esporádica da jornada de trabalho, não computando, portanto,
como horas extras, pois a empregada não se encontra na condição de tempo à disposição da
empresa, não preenchendo a condição do Art.4 da CLT:
“Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja
à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente
consignada.”
Não obstante, mesmo que o tempo que Paula se manteve nos cultos
configurasse como parte de sua jornada de trabalho e excedesse a jornada de trabalho da
reclamante, conforme aduz o Art. 4º, §2º, I da CLT, a atividade religiosa não pode ser computada
a título de horas extras, tendo em vista o teor do culto:
“Art. 4º, § 2º - Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será
computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de
cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria,
buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como
adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras:
I - práticas religiosas;”
Logo, não tendo a autora trazido aos autos provas de suas alegações, ônus
que lhe incumbia nos termos do artigo 818, I, da CLT e 373, I, do CPC, requer seja julgado
improcedente o pedido ora combatido, inclusive no que toca os reflexos respectivos.
A reclamada impugna tal pedido, pois houve pagamento e homologação tempestivos, no prazo de
10 dias, pois a contagem deve excluir o dia do começo e incluir o do vencimento, conforme OJ
162, da SDI- 1 do TST, art. 132, CCB e art. 477, § 6º, b, CLT.
4.3. DA PERICULOSIDADE
b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos
sísmicos, choque e atritos.”
“Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou
do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com
bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
§ 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades
concedidas pelo empregador: IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou
mediante seguro-saúde;”
4.5. DA CESTA BÁSICA
a) Declarar a inépcia da ação, nos termos do art. 337, III, do CPC, pela ausência do valor da
causa e da aparente indeterminação pecuniária dos pedidos. Caso não acolha a hipótese
de inépcia, requer-se então:
b) Julgar TOTALMENTE IMPROCEDENTE a reclamatória ajuizada pelo Reclamante,
com base no todo ora sustentando na presente Contestação, condenando, ainda, o
Reclamante, ao PAGAMENTO DE CUSTAS PROCESSUAIS E DEMAIS
COMINAÇÕES LEGAIS.
c) Na remota hipótese de considerar validos os argumentos do Reclamante, no todo ou em
parte, roga-se aplicar a prejudicação de mérito, em virtude de prescrição avistada no
mandamento contido no art. 11 da CLT.
Outrossim, requer a juntada de todos os documentos anexos.
6. DAS PROVAS
Protesta provar o alegado, por todos os meios de provas em direito admitidas,
especialmente pelo depoimento pessoal do preposto da Reclamante, que fica desde já requerido,
sob pena de sofrer os efeitos da confissão, juntada de novos documentos, oitiva de testemunhas,
periciais e o que mais se fizer necessário para a elucidação dos fatos.
TERMOS EM QUE,
PEDE-SE DEFERIMENTO
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ADVOGADO OAB/UF Nº XXX