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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

Fenômenos de Transporte 1
Equação da Quantidade de Movimento

Prof. Raniere Henrique P. Lira


raniere.lira@delmiro.ufal.br

Equação da Quantidade de Movimento para Regime


Permanente
As forças resultantes da ação entre o movimento de fluidos e superfícies
sólidas são frequentemente avaliadas por pressões e tensões tangenciais
resultantes da transferência de quantidade de movimento entre as partes
envolvidas.

A segunda Lei de Newton do movimento pode ser estabelecida como:

A taxa temporal de variação da quantidade de movimento linear


de um sistema é igual à força líquida que atua no sistema e
ocorre na direção dessa força líquida.
A equação da quantidade de movimento será estabelecida para um tubo
de corrente em regime estacionário.

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 Quantidade de movimento
A segunda Lei de Newton do movimento, relaciona vetorialmente a soma
de todas as forças externas agindo sobre o sistema com a taxa de
variação do seu movimento linear (quantidade de movimento linear), pode
ser escrita: r
r dM d mvr 
F 
dt dt
r r
Onde a quantidade de movimento linear é dada por: M  mv
r r r r r
r Dv  v v v  v 
F m  m  v x  vy  v z   
Dt  x y z  t 

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 Quantidade de movimento
Para regime permanente, as propriedades não variam em cada ponto com
o tempo, mas podem variar de um ponto para outro.

Em um intervalo de tempo dt, a


massa de fluido dm1 que atravessa
a
r seção (1), com velocidade
v1 , provoca um incremento da
quantidade de movimento no fluido
entre (1) e (2).

No mesmo intervalo de tempo,


r a
massa dm2, com velocidade v 2 , que
sai na seção (2), diminui a
quantidade de movimento no fluido
entre (1) e (2).

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 Quantidade de movimento
Pelo teorema da quantidade de movimento, a força resultante que age no
fluido será:
r dm2 vr 2 dm1vr 1 r r r
F   F  Qm2 v 2  Qm1 v1
dt dt
Como regime é permanente:
r r r r r
F  Qm v 2  v1   F  Qm v
r r
 A força F terá a direção de v ;
r r
 O ponto de aplicação será a intersecção das direções de v1 e v 2;
 Permite determinar a força resultante que age no fluido entre (1) e (2).

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 Quantidade de movimento
Análise das forças componentes resultantes
O fluido está sujeito a forças de
contato normais (de pressão) e
tangenciais (de cisalhamento), e
força de campo (gravidade).
O fluido a montante e a jusante do
tubo de corrente (1) – (2) aplica
pressões contra o fluido contido
nelas.
O módulo das forças de pressão é
dado por: p1A1 e p2A2. Adotam-se
vetores normais com sentido para
fora.

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 Quantidade de movimento
Na superfície lateral, o fluido está
sujeito a pressões e tensões de
cisalhamento, que podem variar de um
ponto a outro da superfície.

A resultante das pressões pode ser


obtida adotando-se uma normal
dirigida parar fora em cada ponto.
r'
Logo, a força Fs resultante das pressões e tensões de cisalhamento na
superfície lateral será: r' r r
dFs   plat nlat dAlat   dAlat
r r r

Fs'   plat nlat dAlat   dAlat 
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 Quantidade de movimento
r
A força F resultante que age no fluido entre (1) e (2) será a soma das
componentes,

r r r r r
F  Fs'   p1 A1n1    p2 A2 n2   G
Logo:

r r r r r r
Qm v 2  v1   Fs'   p1 A1n1    p2 A2 n2   G
r r r r r r
Fs'   p1 A1n1    p2 A2 n2   Qm v 2  v1   G
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 Quantidade de movimento
Na prática, nosso interesse é a ação da força que o fluido aplica sobre a
superfície sólida com a qual está em contato.
r r'
Pelo princípio da ação e reação: Fs   Fs

Logo, a força que o fluido exerce sobre uma superfície sólida, será:
r r r r r r
Fs   p1 A1n1    p2 A2 n2   Qm v 2  v1   G

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Determinar o esforço horizontal do fluido sobre


o conduto, para dimensionar algum sistema de
fixação.
Considerações: fluido incompressível, propriedades
uniformes nas seções, regime permanente e
desprezando os efeitos de campo.
r r r r r r
Fs   p1 A1n1    p2 A2 n2   Qm v 2  v1   G

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Considerações: fluido incompressível, propriedades
uniformes nas seções, regime permanente e
desprezando os efeitos de campo.

r r r r r r
Fs   p1 A1n1    p 2 A2 n2   Qm v 2  v1   G

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Considerações: fluido incompressível, propriedades


uniformes nas seções, regime permanente e
desprezando os efeitos de campo.

r r r r r r
Fs   p1 A1n1    p 2 A2 n2   Qm v 2  v1   G

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r r r r r r
Fs   p1 A1n1    p2 A2 n2   Qm v 2  v1   G

Fs x  Qm v 2


a) Fs x   v 2 A 2 v 2   A 2 v 22  Fs x   A 2 v 22
g
12,7 N / m  0,38
3 2
m 2
Fs x   2
m 2 30 2 2  Fs x  129,63 N
10m / s 4 s
v 22 30 2 m 2 / s 2
b) N  QH M H1  H M  H 2  HM    45m
2g 2.10 m / s 2
N m  0,38 2 2
N  12,7 30 m 45m  N 1944,44W  N 1,94 kW
m3 s 4
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EQUAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO

Bibliografias Consultadas:
BIRD, B., STEWART, W. E. e LIGHTFOOT, E. N., Fenômenos de Transporte, 2ª Edição, Rio de
Janeiro: LTC, 2004.
BRUNETTI, F., Mecânica dos Fluidos, 2ª Edição, São Paulo: Editora Pearson, 2008.
FOX, R. W.; McDonald, A. T., Introdução à Mecânica dos Fluidos, 6ª Edição, Rio de Janeiro: LTC,
2006.
LIVI, C. P., Fundamentos de Fenômenos de Transporte: Um Texto para Cursos Básicos, 2ª
Edição, Rio de Janeiro: LTC, 2012.
ROMA, W. N. L., Fenômenos de Transporte para Engenharia, 2ª Edição, São Paulo: Ed. Rima,
2006.
POTTER, M. C. e WIGGERT, D. C., Mecânica dos Fluidos. 3ª Edição, Editora Cengage Learning,
São Paulo, 2004.
SISSOM L. E. e PITTS D. R., Fenômenos de Transporte, Ed. Guanabara Dois S.A., 1979.

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