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Aluno: Daniel de Matos Guedes/ Matrícula: 21952958

PARTE I: Direito à cidade

Na primeira parte, "direito à cidade", o autor começa retratando sobre como os


ideais dos direitos humanos passaram a ter mais importância eticamente e
politicamente. Mesmo que na maior parte sejam individuais e baseados na
propriedade, também existem momentos onde o direito das minorias adquire a
devida atenção e importância. O autor procura explorar o direito à cidade, primeiro
mencionando sobre como o tipo de cidade que queremos está ligada ao tipo de
pessoas que queremos ser, tipos de relações sociais que buscamos, e etc., em
segundo apontando que esse direito à cidade não é apenas sobre acesso aos
recursos de tudo que a envolve, mas também sobre termos o direito de modificar
tudo aquilo conforme nossos gostos e desejos. Realizando uma crítica sobre esse
ser um direito mais global, já que se depende de um poder coletivo sobre o processo
de urbanização, e que esse é um direito precioso mesmo que menosprezado, pois
ainda existe uma hierarquia de poderes e interesses, o que estabelece tomadas de
decisões sem acordos com o coletivo e gera os descontentamentos da população
com a área urbana.

De certa forma não existe um hábito sobre como a economia trata o


investimento no ambiente em geral, em moradias particulares, isso junto com a
urbanização. Mostra que a “economia urbana” era dominada por economistas de
segunda classe, já que os principais direcionavam suas habilidades para outras
áreas. A terra seria uma forma fictícia de capital, já que deriva de expectativas de
aluguéis futuros. Há um debate sobre como o crescimento das cidades e o
direcionamento para usos mais lucrativos acaba gerando um terremoto
macroeconômico, assim como a destruição do meio ambiente e desapropriações, ou
até a expulsão dos moradores, isso sendo algo totalmente atual e constante, já que
para a construção das grandes cidades apresentam tomadas de posse e realocação
das ocupações. O autor destaca que desde meados da década de 1980, a
redistribuição da riqueza a bairros, cidade e regiões menos favorecidas era inútil e
que esses recursos tinham que ser orientados para polos de crescimento mais
empresarial. Também sobre como os altos e baixos do mercado imobiliário estavam
ligados aos fluxos financeiros especulativos, essa inconstância gera graves
consequências para a macroeconomia em geral, assim como todos os tipos de
efeitos externos como esgotamento de recursos naturais e degradação ambiental.

No capítulo 3, a criação dos bens comuns urbanos, busca entender o


significado da cidade, sabemos que é um lugar onde pessoas de todos os tipos e
classes se misturam, ainda que haja conflito de opiniões mas para produção de uma
vida em comum. Ele relata sobre como essa relação se tornou objeto de análise,
para procurar entender sobre o caráter dessa vida, ou caráter particular em relação
a espaço e tempo, e sobre seus significados. Mostrando também sobre como uma
suposta perda da comunidade urbana retrata os impactos com esses cercamentos,
controles de espaço, etc.

“Toda renda se baseia no poder monopolista de proprietários privados sobre


certos ativos”, esse monopólio surge sobre um controle de determinado produto por
um maior período de tempo, primeiro de forma indireta sobre o controle de recursos,
mercadorias ou localidades, esses permitem a extração de rendas daqueles que
desejam usar, baseados no sistema de aluguéis e usos, e sobre sistema em cadeia
com a distribuição de produtos ou serviços fornecidos, em segundo de forma direta
com a terra, o recurso ou o bem comercializado diretamente, como venda
propriedades de forma definitiva, algo até discutível pois pode se criar uma escassez
a partir dessa retirada recorrente desses recursos.

PARTE II: Cidades Rebeldes

O autor começa refletindo sobre a urbanização ser crucial para a acumulação


de capital, e sobre como seus adeptos e essas forças de capital deveriam
mobilizar-se sem descanso para revolucionar a vida urbana como um todo. Existe
toda a questão sobre a política estratégica, sobre essas lutas anticapitalistas que
ocorreram através do tempo em diferentes lugares, e como esse espírito de protesto
e revolta se alastrou pelas redes urbanas, o que mostrava toda insatisfação da
população com relação aos serviços ou sobre quem estava no controle. E
mostrando até como o poder político age reorganizando as infraestruturas urbanas
apenas como forma de amenizar mesmo que momentaneamente a população, o
que é importante se observar porque é uma relação desde sempre estabelecida e
um ciclo contínuo, e essa ação um tanto imperceptível, mesmo que bem óbvia para
quem comanda a cidade.

Ainda aborda sobre certos debates bem polêmicos e necessários em


referência a certas incompetências de poderes, preconceitos, perseguições e
injustiças com minorias e sobre essa política que nem tem a ver com economia e
sim com consolidação de riqueza e poder pessoal. Ele reflete sobre como se tornou
um problema estar numa sociedade em que o capitalismo já se tornou incontrolável,
mostrando sobre como o poder está acima de tudo, com essa prática de grandes
políticos e pessoas de grande influência cometendo roubos, gastos além do
necessário, isso também com empresas e ricos não pagando impostos e
desfrutando dos cofres públicos. o autor ainda alerta uma certa revolta pois existem
pessoas que apenas fecham os olhos para isso, não vendo coisas que estão na
visão de todos. No geral é sobre como as coisas continuam como um ciclo, mesmo
que haja certa revolta por parte da sociedade e protestos com todas as
desigualdades, ainda existe uma hierarquia de poderes que desfrutam de tudo isso e
entendem sobre como tirar a insatisfação da sociedade, isso faz com que ocorra
debates sobre a existência de pessoas honestas que estejam preocupadas com o
interesse coletivo abordado pelo autor.

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