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Fichamento Cap.

4 e 5 Teoria
do ordenamento jurídico
Direito
Universidade Presbiteriana Mackenzie (Mackenzie)
3 pag.

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Vinicius Quaglio da Silva Gordo

TIA- 42025249

Fichamento cap. 4 e 5 Teoria do ordenamento jurídico

Capítulo 4 - A completude do ordenamento jurídico

1- As lacunas do ordenamento jurídico

Por “completude” entende-se que o ordenamento jurídico tem uma norma para julgar
qualquer caso. Uma falta de norma geralmente e chamada de “lacuna”, a não falta de normas é
a completude. Um ordenamento só é completo quando não há casos que não posso ser julgado
com uma norma tirada do sistema.

2- O dogma da completude

O dogma da completude é a ideia de que o ordenamento jurídico seja completo para


permitir o juiz julgar qualquer caso sem necessidade de recorrer a equidade, foi dominante
na teoria jurídica romana, e ate hoje tem seus resquícios no judiciário europeu. Por alguns
e um aspecto saliente do positivismo jurídico.

3- O espaço jurídico vazio

A corrente do Direito livre e da livre pesquisa do direito criou desavenças entre os


juristas. O Direito livre, na visão dos juristas mais tradicionais, representava um novo
Direito natural, o qual, na visão da escola histórica não existia mais.

4- A norma geral exclusiva


A primeira teoria sustenta que, não existe lacunas no Direito, porque onde falto
ordenamento jurídico, falta o próprio direito. E mais correto se falar em limites do
ordenamento jurídico do que de lacunas. A segunda defende o contrário, não existe lacunas
já que o Direito nunca falta.

5- Lacunas ideológicas

A existência de lacunas ideológicas nos sistemas jurídicos e indiscutível. Nenhum


ordenamento jurídico positivista é perfeito. Somente ordenamentos naturais não apresenta

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lacunas ideológicas. Mas esse sistema nuca foi formulado. As lacunas que merecem uma
atenção não são as ideológicas, mas as reais.

6- Tipos de lacunas
A) Lacuna própria e aquela de dentro do sistema.
B) Lacuna impropria surge da comparação do sistema real com o ideal.
C) Lacunas subjetivas dependem de uma decisão do legislador e podem ser divididas
entre voluntarias e involuntárias.
- Voluntarias são aquelas que o próprio legislador deixa de proposito, quando a
matéria é muito complexa.
- Involuntárias surgem por um descuido do legislador.
D) Lacunas objetivas surgem com o envelhecimento dos textos graças a evolução das
relações sociais.
E) Lacunas praeter legem, surgem quando a regra e muito especificas e não servem para
todos os casos.
F) Lacunas intra legem, advindas de normas muito genéricas e abrem brechas para
interpretação.

7- Heterointegração e autointegração
A) Heterointegração consiste na integração através do:
- Recurso a ordenamentos diversos.
- Recurso a fontes diversas das dominantes.
B) Autointegração consiste na integração através dos ordenamentos dominantes, sem
recorrer a ordenamentos diferentes dos dominantes.

Capítulo 5 – As relações entre os ordenamentos jurídicos

1- A pluralidade dos ordenamentos


Ordenamentos estatais não são os únicos existentes. E possível distinguir quatro
tipos de ordenamentos não-estatais:
A) Ordenamento acima do Estado, como o ordenamento internacional e, na visão
de algumas doutrinas, o da igreja católica.
B) Ordenamentos abaixo do Estado, ordenamentos sociais que o Estado reconhece,
limitando ou adicionando-os.
C) Ordenamentos do lado do Estado, como o da igreja católica e, na concepção
dualística, os internacionais.

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D) Ordenamentos contra o Estado, aqueles de seitas e grupos que não enxergam o
Estado como legitimo.
2- Relações entre os ordenamentos
A) Ralações de coordenação, são aqueles que tem relação entre Estados soberanos e
dão origem ao regime jurídico pactuado.
B) Relação de subordinação, relação dos ordenamentos estatais com os sociais, que tem
um estatuto próprio, e são reconhecidos pelo Estado.
3- Relações dos ordenamentos
É possível identificar três tipos de relações entre os ordenamentos, pensando nos
âmbitos espacial, material ou temporal.
A) Dois ordenamentos têm em comum o âmbito espacial e material. Caso de dois
ordenamentos estatais que se sucedem no tempo em um mesmo território.
B) Dois ordenamentos têm o âmbito temporal e material. Relacionamento de dois
Estados que existem ao mesmo tempo e regulam as mesmas matérias, mas em
territórios diferentes.
C) Dois ordenamentos têm temporal e espacial como âmbitos semelhantes. Relação
característica entre um ordenamento estatal e um da Igreja Católica. Os dois tem
jurisdição no mesmo território e ao mesmo tempo, mas regulam matérias diferentes.

4 - Relações materiais

A) Reductio ad unum. Trata-se da redução do Estado à Igreja (teocracia) ou o contrário.


B) Subordinação. Quando o Estado se subordina à Igreja ou o contrário.
C) Coordenação. Sistema onde os dois poderes concordam com a existência de cada
um e tem sua própria jurisdição independente e soberana.
D) Separação. Sistema que tolera a existência do poder da Igreja, mas não estão acima
das leis e do Estado.

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