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PROJETO DE VIDA

No EnSInO
FunDamEntaL

“Se você não sabe aonde quer ir,


qualquer caminho serve”
- Lewis Carroll

O Projeto de Vida é contemplado na Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Ele pode
ser entendido como a capacidade de o estudante entender quem ele é, refletir sobre seus
desejos e objetivos e se planejar para colocá-los em prática.

A juventude é uma época típica dos sonhos. Mas nem sempre é tão simples assim
executar ou colocar isso em prática. Por outra via, tem-se notado jovens cada vez menos
engajados com os estudos.

Assim, o Projeto de Vida contribui para que os estudantes consigam idealizar aonde
querem chegar, traçar rotas, e que entendam o que precisa ser feito para alcançar esses
alvos e reconheçam a importância do estudo.

São propostos 3 grandes eixos: o pessoal (reconhecimento


como sujeitos de direitos), o social (relações interpessoais) e o
profissional (inserção e permanência no mundo do trabalho).

Em conformidade com a BNCC, o Projeto de Vida pode ser trabalhado de forma isolada
ao componente curricular; no entanto, sugerimos algumas para que haja combinação com
os conteúdos.

Aqui trouxemos em tópicos formas de trabalhá-lo em conjunto com outras disciplinas –


visto que ele pode ser um grande aliado a fim de tornar o conteúdo mais atrativo.

Anos Iniciais e Anos Finais


É possível que as sugestões trazidas aqui sejam
trabalhadas nos dois momentos.

Para os Anos Iniciais, indica-se uma introdução ao


tema, sem aprofundamento.

Já para os Anos Finais, os mesmos conteúdos e


atividades devem ser trabalhados com mais detalhes,
até porque é nessa idade que se dão os maiores
conflitos da entrada na adolescência.

Autoconhecimento
(eixo pessoal)

O autoconhecimento é o ponto de partida do Projeto de


Vida. Responder a perguntas como “quem sou eu?”,
“para quê eu nasci?” e “por que eu nasci?” certamente
contribuem para dar mais sentido à existência dos
nossos jovens a fim de que eles consigam
compreender a sua identidade.

Por fim, é importante que seja trabalhada a ideia de


pertencimento – a uma família, independentemente da
configuração dessa e de um povo – e de
reconhecimento de sua origem.

Nos Anos Iniciais, é viável trabalhar a questão da etnia,


da origem da família, do sentimento de pertencimento.
Já nos Anos Finais, cabem questões mais filosóficas.

Capacidade de planejamento
(eixo pessoal)

Significa saber estabelecer metas e se organizar para cumprí-las. A


metodologia SMART pode ser bastante útil para ajudar os professores a guiar
os estudantes.

SMART é um acrônimo que surgiu na língua inglesa, mas traduzindo significa:

S- Específico: uma meta precisa ser específica – o


que exatamente você quer?

M- Mensurável: como será possível medir o seu avanço?

A- rotina e nas suas circunstâncias?


Atingível: essa meta é realista? Ela cabe na sua
Significa saber estabelecer metas e se organizar para cumprí-las. A

R-
metodologia SMART pode ser bastante útil para ajudar os professores
aRelevante: ela é importante para a sua vida?
guiar os estudantes.

SMART é um acrônimo que surgiu na língua inglesa, mas traduzindo

T-
significa:
Temporizável: em quanto tempo você pode alcançá-la?

Esse conceito pode ser apresentado aos estudantes dos Anos Finais –
como uma forma de orientá-los a estipular as metas.

Contudo, para os estudantes dos Anos Iniciais, esse ponto pode ser
trabalhado sugerindo atividades de organização do tempo e da agenda,
com o objetivo de que eles façam o dever de casa, estudem ou revisem
o conteúdo.

Protagonismo juvenil
Ser protagonista é ser autor da própria história.
Esse é um tema a ser trabalhado de diversas
maneiras – desde utilizando as metodologias
ativas, os trabalhos sociais ou mesmo a postura
do jovem de ser mais comunicativo.

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Educação Financeira
(eixo pessoal)

Tal tema pode ser inserido nas aulas de Matemática,


dado que a BNCC incluiu a Educação Financeira nesse
componente curricular.

Ele pode ser trabalhado em conjunto com o Projeto de


Vida, com o intuito de falar sobre planos para o futuro, o
uso responsável dos recursos financeiros e o papel do
estudo como modo de alcançar melhores projeções
financeiras no futuro.

O mundo do trabalho
(eixo profissional)

Muitas vezes os estudantes acabam


interrompendo os estudos porque a sala de
aula pode parecer desconectada da realidade.
Trabalhar essa questão do currículo e do mundo
profissional geralmente é um jeito de romper
com essa percepção.

Algumas sugestões:

Feira de Ciências – apresentar aplicações práticas dos conteúdos e


correlacionar com alguma profissão
Feira de Profissões – convidar profissionais para palestrar sobre uma
profissão e o dia a dia
Pesquisas temáticas correlacionadas com profissão – convidar os
estudantes para realizar trabalhos e encontrar as profissões que se
correlacionam com esse tema.

Orientar a trajetória do estudante é extremamente relevante para que


ele escolha os itinerários do Ensino Médio.

O eu com o outro
(eixo social)

Isso pode ser entendido em uma escala menor –


como reflexo do inter-relacionamento com os
colegas, os familiares e com a comunidade. E aqui
pode ser palco do desenvolvimento das habilidades
socioemocionais.

Em uma visão macro, no sentido de qual o meu papel


enquanto membro de uma sociedade. É possível de
ser trabalhada uma causa social ou coletiva na
escola. Vejamos:

Recolher algum tipo de material usado como fonte


de renda por pessoas e associações (papel a ser
reciclado ou abridor das latinhas de alumínio)
Campanha de doação para alguma instituição
Horta coletiva
Ponto de troca de livros de literatura
Apoio às pessoas em situação de rua

E, para inspirar você a colocar essas sugestões em prática, conheça a


sessão Cer Histórias, em cujo material divulgamos alguns casos.

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