m at e r ia l d o p r of e ssor

S E Q U Ê NCI A S D I D Á TI CAS

DISCIPLINA
COLABORE
E INOVE
Governador
JOÃO AZEVÊDO LINS FILHO

Vice-Governadora
ANA LÍGIA COSTA FELICIANO

Secretário de Estado da Educação, da Ciência e da Tecnologia

ALÉSSIO TRINDADE DE BARROS

Secretário Executivo de Administração, Suprimentos e Logística da Educação

JOSÉ ARTHUR VIANA TEIXEIRA

Secretária Executiva de Gestão Pedagógica

GIOVANNA MARQUES

Secretário Executivo da Ciência e da Tecnologia

CLÁUDIO FURTADO

Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq)

ROBERTO GERMANO COSTA

Gerente de Educação Integral

GABRIEL DOS SANTOS SOUZA GOMES

Diretora de Operações Comerciais da Universidade de Ciências Aplicadas de Tampere (TAMK)

CARITA PROKKI

Autores
ALÉSSIO TRINDADE DE BARROS
LUIZA IOLANDA PEGADO CORTEZ DE OLIVEIRA
GIOVÂNIA DE ANDRADE LACERDA LIRA
FHELIPY ARRUDA ROCHA

Capa, Projeto Gráfico e Diagramação

FHELIPY ARRUDA ROCHA

Sequência Didática 01, fevereiro de 2019

 OLÁ, EDUCADOR(A)
O
material que você encontrará
a seguir constitui-se em uma
orientação que servirá de guia para
o desenvolvimento da disciplina
Colabore e Inove. Entendemos que
o primeiro ano de implementação
será um período de familiarização,
para docentes e discentes, do que a disciplina
oferta. É importante que esse período seja
construído com paciência, disposição,
criatividade e mente aberta ao novo.
No primeiro semestre da disciplina,
propusemos no plano a imersão nas chamadas
metodologias ativas da educação. A ideia é
que o(a) estudante possa, paulatinamente,
vivenciar uma mudança de postura em relação
ao gerenciamento do seu conhecimento. Ao
adquirir confiança e desenvolver autonomia,
ele(a) poderá ter uma aprendizagem mais cheia
de significados e mais próxima da sua vida.
Se há uma mudança do papel do(a) estudante,
também se faz necessário que haja uma
mudança do papel do(a) professor(a). É
essencial que você, educador(a), visualize
que sua atuação será diversa: na disciplina
Colabore e Inove, você atuará como coach,
ou seja, um(a) guia, um(a) orientador(a) que
não dará respostas prontas, mas irá ajudar
os(as) estudantes no processo de ensino e
aprendizagem. Você terá mais informações
sobre a performance do(a) educador(a) mentor -
ou coach - durante as formações, nos materiais
de apoio e nas sequências didáticas.
As oitos primeiras aulas deverão ser dedicadas
aos temas Inovação e Criatividade. Estes
temas devem ser abordados como “conceitos
âncoras”, que permeiam a disciplina no
decorrer do ano letivo e que irão fazer parte do
debate de uma maneira difusa, estando sempre
presente no desenvolvimento dos projetos que
irão nascer ao longo do ano.
Em seguida, você irá construir com os
estudantes o Contrato de Aprendizagem
(Learning Contract), ação que orientamos para
quatro aulas. Os dois temas iniciais trabalhados
referem-se ao entendimento de si e ao
gerenciamento de sua própria aprendizagem.
Esse primeiro caminho será importante para
elaborar uma sequência de compreensão do
seu próprio conhecimento: primeiramente,
o(a) estudante dá os primeiros passos para o
entendimento de si e o que é importante para
sua aprendizagem. Ao longo do ano, ele(a)
irá caminhar para o entendimento do que é
trabalho colaborativo por meio de times e como
elaborar uma perspectiva de conhecimento
compartilhado em equipes.
Importante ressaltar que, na medida em
que as formações para professores forem
acontecendo, novas sequências serão
compartilhadas. No final deste material, há um
glossário com uma breve explicação de alguns
termos e expressões usadas ao longo do texto.
Em cada tema trabalhado, vocês encontrarão,
5
 além do conteúdo e dos objetivos, conexões
com outras disciplinas da base propedêutica e
da parte diversificada, assim como habilidades
exigidas por Língua Portuguesa e Matemática.
E a razão é simples: a disciplina Colabore
e Inove nasceu a partir de uma aula de
Matemática e uma de Língua Portuguesa, para
as turmas das 1ª séries, que foram cedidas para
a parte diversificada do currículo. Desse modo,
o intuito é que essa cessão não represente uma
perda, mas uma nova maneira de trabalhar
conteúdos e estimular competências no corpo
discente.
A seguir, você poderá ter uma visão macro do
conteúdo abordado ao longo do ano letivo de
2019, correspondente a 41 semanas.
1º parte
Construção de um ambiente colaborativo &
Aprendizagem centrada no estudante
(1º semestre - fevereiro a junho).
A MAIOR VIAGEM É A INTERIOR -
“Conhece-te a ti mesmo”
(Atribuída a Sócrates)
TEMA 1: Inovação e criatividade: alguns
conceitos iniciais para ancorar a
disciplina.
TEMA 2: Contrato de Aprendizagem -
Learning Contract.
“É DOS SONHOS QUE NASCE A INTELIGÊNCIA”
(Rubem Alves)
TEMA 3: Aprendizagem baseada em
equipes - TBL (Team-Based Learning).
TEMA 4: Aprendizagem centrada
em problemas- PBL (Problem Based
Learning).
TEMA 5: Aprendizagem por projetos -
PrBL (Project Based Learning).
As três metodologias descritas acima (TBL, PBL
e PrBL) fazem parte do conjunto denominado
de Metodologias Ativas da Educação. O Design
Thinking será uma abordagem metodológica
que se encontrará nessas três metodologias,
6
sendo usado durante todo o ano, sobretudo no
primeiro semestre.
Importante ressaltar que, ao longo do primeiro
semestre, os(as) estudantes vivenciarão
práticas de linguagem em diferentes mídias
(impressa, digital e analógica) situadas em
campos de atuação social diversos, vinculadas
a práticas cidadãs de compreensão e
intervenção nos espaços comunitários, como
orienta a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC).
2º parte
Imersão no mundo do trabalho, por meio
de times de aprendizagem numa proposta
empreendedora (2º semestre - julho a
dezembro).
TEMOS UMA BOA IDEIA!
TEMA 6: Educação Empreendedora e
arquiteturas pedagógicas
TEMA 7: Conceitos básicos de educação
financeira aplicada a projetos.
COMO INVESTIR EM UMA BOA IDEIA?
TEMA 8: Como acelerar um negócio -
Lean Startup e Incubadora de ideias.
TEMA 9: Ambiente de simulação de
negócios - Sementes Empreendedoras.
O QUE ENTREGAMOS PARA A SOCIEDADE?
TEMA 10: Produto de Impacto Social.
A proposta do conteúdo curricular da Colabore
e Inove foi pensado cuidadosamente a partir
de estudos realizados entre a Paraíba e a
Finlândia, por intermédio da Secretaria de
Estado da Educação, da Ciência e da Tecnologia
(SEECT), da Comissão Executiva de Educação
Integral (CEEI) e da Universidade de Ciências
Aplicadas de Tampere (TAMK), na Finlândia .
O objetivo principal é que possamos
desenvolver uma cultura empreendedora nas
escolas cidadãs integrais, com contribuições
significativas ao autogerenciamento da
aprendizagem e estímulo às competências do
século XXI (pensamento crítico, comunicação,
criatividade, colaboração). Pretendemos
que nossos estudantes tenham preparo e
qualificação para o desenvolvimento de
atividades cotidianas da vida, pessoais e
profissionais, e que possam conhecer e se
integrar ao mundo do trabalho.
Assim, fazemos o convite para que você,
professor(a), embarque nessa viagem
rumo ao conhecimento, em prol do nosso
grande tesouro: uma educação autêntica e
transformadora.

L u i z a I o l a n d a P. C o r t e z d e O l i v e i r a
Giovânia de Andrade Lacerda Lira
 tema 1

CONTEÚDO:

Conceitos iniciais de criatividade e inovação.

OBJETIVO:

Aproximar os conceitos de criatividade

e inovação dos estudantes, por meio de
metodologias ativas de aprendizagem.

CONEXÕES:

Estudo Orientado; Filosofia; Sociologia; Língua

Portuguesa; Artes.

HABILIDADES IDEPB:

Matriz de referência de Língua Portuguesa

INOVAÇÃO E I - Práticas de Leitura

D07: Inferir informação em um texto.

CRIATIVIDADE
D08: Inferir o sentido de palavra ou
expressão a partir do contexto.
D10: Distinguir fato de uma opinião.
D11: Interpretar textos não verbais e
textos que articulam elementos verbais e
não verbais.

III - Relações entre textos

D14: Reconhecer semelhanças e/ou
diferenças de ideias e opiniões na
comparação entre textos que tratem da
mesma temática.

“
VI - Variação Linguística
D26: Identificar as marcas linguísticas
O futuro já está aqui. Só não está“ que evidenciam o locutor e/ou o
uniformemente distribuído. interlocutor.
-William Gibson

“If innovation is the big answer you seek, what PÚBLICO:

is the question that you’re trying to solve for?”
(Se inovação é a grande resposta que você procura, 1ª série do Ensino Médio das Escolas Cidadãs
qual a questão que você está tentando resolver?”) Integrais.

10

DURAÇÃO:
Duas aulas geminadas semanais (100
min/50 min cada uma). Para este encontro,
recomendamos que a atividade seja realizada
em duas semanas, totalizando 4 aulas
geminadas, sendo 2 por semana.
ADAPTAÇÃO DO PROFESSOR
COM O TEMA:
Joi Ito, diretor do MIT Media Lab, traz em seu
livro “Disrupção e Inovação: como sobreviver
ao futuro incerto” uma fala bastante
interessante de Randy Rettberg, ex-cientista
do MIT: “Houve um tempo em que a ciência
avançava trancando pequenas equipes de
pesquisadores em seus laboratórios até que
produzissem um mínimo de avanço. A ciência
não funcionará dessa forma no futuro [... ]”
(RETTBERG apud ITO; HOWE, 2018, p.35)
O futuro, apesar da sua incerteza, não se
constitui em algo desvinculado do momento
atual. Ele é fruto das ações intrincadas entre
o passado e o presente. Assim, entender
a enxurrada de informações, novidades,
tecnologia e inovações que nos cercam
pode soar como tarefa difícil - e é -, mas nos
ajudam a nos situarmos no que vem a ser o
futuro. Partindo da citação de Rettberg, nós já
vivenciamos uma expectativa de futuro que
traz inúmeras mudanças.
Vivenciamos, nos períodos mais recentes,
tema 1
duas revoluções: uma na tecnologia e outra
nas comunicações; estas se juntaram,
desencadeando uma força explosiva que
mudou a própria natureza da inovação,
realocando-a do que era percebido como
centro (governos e grandes corporações)
para a “periferia” (escolas, grupos de jovens
estudantes, jovens da geração Z). Desse modo,
ideias e projetos inovadores não estão mais
restritos a espaços fechados de laboratórios
ou universo acadêmico. Do exercício radical
de colaboração entre estudantes, professores
e trabalhadores do mercado produtivo podem
nascer soluções para os mais variados
problemas que afligem nosso cotidiano.
Tudo começa com uma ideia. Criatividade é
uma habilidade humana universal para gerar
novas ideias, habilidade esta que pode ser
influenciada por condições socioculturais
e econômicas. O processo de gerar novas
ideias pode ter um caráter romântico, mas
nem sempre útil ou prático. Inovação, por sua
vez, é um conceito mais amplo. Refere-se a
todo processo pelo qual ideias são geradas,
desenvolvidas e convertidas em valor.
Inovação, então, seria o conceito “guarda-
chuva””, que se associa à criatividade. Ela é
necessária para gerar novas ideias, mas é
importante perceber que para que uma ideia
criativa atinja seu potencial, é necessário
que seja exequível e esteja vinculada a
habilidades empreendedoras.
Retomando a epígrafe sobre inovação,
podemos afirmar que inovação é sempre a
resposta para uma questão e, como tal, precisa
ter um propósito. Assim, é necessário que haja
questões significativas que guiem o processo
inovativo, encorajando-o em um caminho
eficaz.
Estudantes, em geral, podem associar
criatividade a uma série de pré-concepções,
desde que é inata a algumas pessoas ou a
algo que surge como um fenômeno externo
e independente da vontade, como uma
lâmpada luminosa que aparece de maneira
aleatória. Na verdade, a experiência mostra
que criatividade é uma habilidade que
11
 tema 1

pode ser aperfeiçoada, na medida em que
é desenvolvida e praticada. Ela integra
uma série de competências que podem
ser direcionadas para a consecução de um
objetivo, operando em diversos níveis:
• individual;
• interpessoal,ou seja, que ocorre entre
pessoas, a exemplo da dinâmica entre
equipes (teams) e organizações;
• e na sociedade como um todo.
Claro, isso não significa que toda ideia
será de grande valor, mas essa perspectiva
não desmerece ou desencoraja o processo
criativo. É importante corrigir a percepção de
que apenas algumas pessoas são criativas,
assim como também é necessário distinguir
as noções de criatividade e talento. Todas as
pessoas são criativas, porém nem todas são
extremamente talentosas, como Leonardo
da Vinci ou os Beatles (e não há problema ou
defeito nisso).

Um dos pontos mais delicados e comuns diz
respeito ao fato de muitos estudantes não se
considerarem criativos. A boa notícia é: todos
os seres humanos são criativos. Nós estamos
constantemente gerando novas ideias
na forma de brainstormings ou insights,
pensamentos aleatórios que surgem em
nossas cabeças enquanto tomamos banho ou
sonhamos acordados.
Desse modo, você, docente, tem em mãos
um material que irá ajudá-lo(a) no processo
de estimular a criatividade do estudante, de
maneira orientada e colaborativa, a fim de
participar de um processo de inovação na
maneira de pensar, estudar, criar e/ou viver.
A criatividade realmente ganha vida quando
serve a um propósito e, ao fazê-lo, torna-se
verdadeiramente transformadora.

S UGESTÕ E S

Vídeo sugerido para apresentação:

Criatividade e Inovação nas Empresas
Direção: Junior Novaes
Disponível em: https://youtu.be/CXWyK5B1Caw

Vídeo sugerido para apresentação:

Exemplos de INOVAÇÃO: série criatividade e inovação e conceitos de criatividade.
Direção: MKM. CONSULTING.
Disponível em: https://youtu.be/FyzPIjvSy6w

Essas sugestões estão intencionalmente legendadas. As imagens estão em inglês, e tem como objetivo
um link interdisciplinar com o componente curricular de língua inglesa. Segundo a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC, 2018, p.476) , no ensino médio, a contextualização das práticas de linguagem
nos diversos campos de atuação permite aos estudantes explorar as utilizações do inglês na cultura
digital, nas culturas juvenis e em estudos e pesquisas, como também ampliar suas perspectivas em
relação à sua vida profissional.

Além disso, abre-se possibilidades de aproximação e integração com os grupos multilíngues e

multiculturais no mundo global - contanto que estes saibam se comunicar em inglês-, com diferentes
repertórios linguístico- culturais.

12

DESENVOLVIMENTO
Avaliação diagnóstica:
Identificar os conceitos prévios sobre
criatividade e inovação dos estudantes.
Quebra-Gelo
Vamos jogar?
Antes de se aprofundar em um trabalho e
começar um processo criativo é de extrema
importância criar uma atmosfera relaxante
e leve. Uma pequena brincadeira, a resolução
de um problema, antes de começar a aula,
pode ajudar os alunos a esquecer tarefas
anteriores e outros trabalhos que tragam
distrações.
Quebra-gelos podem incluir: jogos, resolução
de problemas, vídeos, jogos mentais, tarefas
em grupo, ou qualquer outra coisa divertida,
que faça todos os participantes interagirem
entre si.
Regras importantes a serem seguidas:
• Criar uma atmosfera relaxante;
• Abrir discussões
• Fazer a apresentação entre os
participantes;
• Certificar-se que todos participarão;
• Pensar em diferentes maneiras de
deixar os alunos relaxados e sempre
compartilhe algo novo.
SUGESTÃO
Se vira nos 3!
O docente deve dividir a turma em pequenos
grupos disponibilizando, para cada um, três
objetos ( 1 régua, 1 folha de papel A4 e 1 clipe
de papel). Cada grupo terá que criar um novo
objeto utilizando apenas esses três itens.
Depois, cada grupo fará um pitch ( pequena
apresentação de 3 minutos cronometrados)
para vender o seu produto como se estivesse
sendo exibido em um comercial de Tv. O grupo
pode definir um nome para o produto, o preço,
os benefícios.
O propósito dessa técnica é enxergar coisas
convencionais e auto- explicativas de
uma outra perspectiva, e assim quebrar
associações mentais convencionais, que
podem ficar no caminho de criar novas
ideias. Também pode ser um momento
divertido, para praticar habilidades de vendas,
oferecendo seu produto aos outros colegas.
Organização da turma:
Aconselha-se que a sala esteja disposta em
ilhas de aprendizagem de até 6 alunos e
que o professor mentor seja um guia, um
referencial. Importante procurar, ao máximo,
não dar respostas prontas.
Apresentação do tema:
Vídeo sugerido para apresentação:
Como estimular sua criatividade em apenas
alguns segundos.
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=KvTIr1LG4SE
Técnica: Brainstorming
O que é Brainstorming?
O significado literal de Brainstorm é
“tempestade de ideias”, que remete a uma
técnica de deixar fluir pensamentos sem
julgamentos entre uma equipe. Essa técnica
foi criada em 1942 e pode ser utilizada em
diversos ambientes e situações, com o
objetivo de criar novas maneiras de enxergar
novas definições, além de explorar a iniciativa
dos participantes para o surgimento de novas
ideias.
13
 tema 1
Ao contrário do que se costuma pensar, o
Brainstorming não deve ser realizado como
um bate-papo, no qual as ideias simplesmente
podem “cair do céu”. É importante ter um
ambiente propício para que as contribuições
dos participantes aconteçam, sendo melhor
executado quando há um roteiro mediado pelo
mentor/brainstormer (no caso, o/a professor/a
responsável). Dessa forma, um Brainstorming
bem construído é uma técnica útil em agregar
conhecimento para os participantes e auxiliar
na aprendizagem.
Brainstorming
O BRAINSTORMING (passo a passo)
1. Defina o problema.
Emoldure (por escrito) em um local onde
todos possam ver.
2. Reúna um Grupo.
Utilize de preferência a reunião no
formato de um círculo em que todos
possam se ver, explique o problema
e então as regras do brainstorming a
serem seguidas.
3. Sigam as Regras (importante!)
• CRÍTICAS SÃO REJEITADAS!
Não há discussão sobre nenhuma ideia
apresentada, qualquer uma será aceita.
“Não zombe das bobagens que os
outros dizem. Podem representar uma
14
oportunidade para você.” (Winston
Churchill)
• CRIATIVIDADE É ESSENCIAL!
Por mais louca que seja a ideia, fale ou a
encoraje.
“A verdadeira dificuldade não está em
aceitar ideias novas, mas escapar das
antigas.” (John Maynard Keynes)
• QUANTIDADE IMPORTA!
Solte o máximo de ideias que vier na sua
cabeça. Quantidade gera qualidade.
“A melhor maneira de se ter uma boa
ideia é ter várias boas ideias.” (Linus
Pauling)
“Se quiser ter uma boa ideia, tenha uma
porção de ideias.” (Thomas Edison)
• COMBINAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO
SÃO NECESSÁRIOS!
Utilize das ideias apresentadas pelos
colegas, mude, melhore e crie a sua.
“As melhores ideias são propriedades de
todos.” (Seneca)
4. Geração de Ideias
• Estabeleça o tempo máximo de duração
da sessão de geração de ideias;
• Anote as ideias exatamente como foram
faladas. Não as interprete;
• Todas as ideias apresentadas serão
ouvidas por todos;
• Apenas uma ideia é apresentada por
vez, deixe o processo organizado.
5. Conclusão do Processo
• Esclareça o significado de todas as
ideias;
• Descarte as ideias não úteis;
• Agrupe as ideias em categorias;
• Elimine duplicatas de ideias;
• Transforme as similares em uma única
ideia;
• Enfim, selecione as melhores ideias/
soluções.

MÃOS
NA
MASSA
Agora que você, professor(a), já se familiarizou
com o “esqueleto” do Brainstorming, vamos
partir para uma atividade prática que deverá ser
realizada com os estudantes.
O exercício é o seguinte: peça que os estudantes
rememorem o caminho de casa para a escola,
e anotem 7 coisas que eles observaram como
um possível problema. Pode ser pessoas
andando em uma calçada quebrada, uma placa
ao contrário, um rasgo na cadeira da frente do
ônibus. Importante realizar uma lista individual
OBSERVAÇÃO:
Professor(a), é possível também fazer essa
atividade a partir de observações realizadas
na própria escola. Durante a aula, leve os
estudantes para dar uma volta na escola,
durante 05 minutos, e peça para que
observem atentamente o espaço escolar.
Individualmente, devem fazer as anotações
sobre os 7 potenciais problemas encontrados.
a partir dessas observações.
Pode parecer banal, mas esse exercício dá
margem a infinitos pensamentos e conexões
acerca de problemas simples, mas que podem
ser usadas para problemas complexos também.
Agora, o ponto que pode ser o mais difícil: oriente
os estudantes a criarem PELO MENOS UMA
conexão entre os 7 fatos! Daí, deve sair uma
resposta que possa atender a todos eles, ou pelo
menos 3 deles. Esses procedimentos servem
para aguçar a criatividade dos estudantes,
tema 1
servindo como um aquecimento para a sessão
de BRAINSTORMING.
Estipule o tempo que precisa investir nesse
momento. Após os estudantes terem feito a
conexão dos fatos, sugerimos a divisão das
próximas atividades em 3 etapas:
1. Na primeira, a pessoa que conduzirá
a sessão - você, professor(a) - pode se
apresentar e pedir para que todos se
apresentem (isso no caso de haver pessoa
desconhecidas umas para as outras), mas
deve ser jogo rápido.
2. Depois, os estudantes devem apresentar
os resultados e as conexões que
encontraram para o exercício das 7
coisas. Isso pode levar um tempinho,
mas é uma forma excelente de ver como
cada um pensa e quais são as diferentes
conclusões a que podem ter chegado.
3. A terceira etapa destina-se à livre
expressão do brainstormer (você,
professor que está guiando a atividade)
e dos stormers (pessoas que estão
vivenciando o processo do brainstorming.
Nesse caso, são os estudantes). Vocês
irão explicitar as ideias, para debaterem
entre si. Em paralelo e se possível, é bom
que algum membro do grupo possa fazer
anotações das ideias, conexões surgidas
ou aspectos relevantes da sessão.
15
 REFE
RÊN
CIAS

CARVALHO, Henrique. Como estimular sua criatividade em apenas alguns segundos. https://
www.youtube.com/watch?v=KvTIr1LG4SE> Acesso em: 02 jan 2019.

CIARLINI, Juliana Raposo. Brainfood, dude: manual criativo e ilustrado de brainstorming para
comunicadores organizacionais. 2014. ix, 36 f., il. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em
Comunicação Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014. Disponível em: <http://bdm.unb.br/
handle/10483/9843> Acesso em: 02 jan. 2019.

EDGE makers studio. Introduction to creativity & innovation. Disponível em: <https://www.
edgemakersstudio.com/courses/2> Acesso em: 10 dez. 2018.

ITO, Joi; HOWE, Jeff. Disrupção e inovação: como sobreviver ao futuro incerto. Trad. Carlos
Bacci. Rio de Janeiro: Alta Books, 2018.

KEITA, Ricardo. Brainstorming em 5 passos: crie um ambiente favorável para o desenvolvimento

de ideias, utilize-o como uma dinâmica de grupo e explore o potencial criativo de cada um para
encontrar soluções inovadoras. Disponível em:< http://www.institutoeu.org/brainstorming> Acesso
em: 02 jan.2019.

MKM. CONSULTING. Exemplos de inovação: série criatividade e inovação e conceitos de

criatividade - Disponível em: <https://youtu.be/DFPYQRcdVvQ> Acesso em: 15 jan. 2019

16
 tema 2

CONTEÚDO:

Elaboração do contrato de aprendizagem,

reflexão sobre si.

OBJETIVOS:

• Promover um ambiente de reflexão,

no qual os alunos serão estimulados
a avançar em direção aos seus alvos e
propósitos;
• Empoderar os alunos por meio de uma
visualização clara desses objetivos.

CONEXÕES:

Projeto de vida; Língua Portuguesa; Filosofia;

“A APRENDIZAGEM
Artes; História.

COMEÇA QUANDO
AS PESSOAS HABILIDADES IDEPB:

INVESTEM NO SEU Matriz de referência de Língua Portuguesa

AUTOCONHECIMENTO.”
-Heikki Toivanen IV - Coesão e Coerência
D16: Estabelecer relação de causa e
consequência entre partes de um texto.
D17: Estabelecer relações lógico-
discursivas entre partes de um texto,
marcadas por locuções adverbiais ou
advérbios.
D18: Reconhecer relações entre
partes de um texto, identificando os
recursos coesivos que contribuem
para sua continuidade (substituições e
repetições).
D19: Identificar a tese de um texto.
D26: Identificar as marcas linguísticas
que evidenciam o locutor e/ou o

“
interlocutor.

PÚBLICO:
Conheça seus menores problemas, suas
maiores questões. Aquilo que é desde o mais
“
1ª série do Ensino Médio das Escolas Cidadãs
superficial até o mais profundo.
Integrais.
-Musashi

18

DURAÇÃO:
Duas aulas geminadas semanais (100
min/50 min cada uma). Para este encontro,
recomendamos que a atividade seja realizada
em duas semanas, totalizando 4 aulas
geminadas, sendo 2 por semana.
ADAPTAÇÃO DO PROFESSOR
COM O TEMA:
“A aprendizagem começa quando as pessoas
investem no seu autoconhecimento”
apresenta uma transversalidade muito
forte com o projeto de vida, especificamente
com a Temática 1 - Identidade. Esse leque
de encontros propõe ao estudante da
primeira série refletir sobre sua identidade,
no sentido de estimulá-lo a construir um
ambiente reflexivo e que seja propício para o
desenvolvimento do autoconhecimento. Isto
é, um conhecimento de si próprio de forma
otimista e, sobretudo, realista. Isto significa
que o sonho necessita ser transformado em
projeto de vida, para que não se torna uma
utopia ou apenas mais uma ideia, mas que não
se encaminha para uma efetivação.
Desta forma, o contrato de aprendizagem -
assim como o Projeto de Vida -, pretendem
despertar no estudante de ensino médio uma
visão pessoal de mundo, na qual seja possível
caminhar com autonomia e reconhecer sua
própria personalidade. Isso não significa criar
uma visão pejorativa ou depreciativa das
gerações anteriores, ou das profissões não
reconhecidas na atualidade, mas perceber
que em cada época há perguntas, valores e
costumes que têm sua importância e a sua
peculiaridade no seu tempo, sendo necessário
ponderar sempre.
Nessa perspectiva que se propõe o
encadeamento de trabalho, torna-se mais
tema 2
perceptível ao estudante tecer fios de
condução dos seus sonhos, mediante o
fluxo da sociedade contemporânea. Assim,
objetivamos uma abordagem que leva
em consideração os sonhos e possibilita
caminhos para a realidade, visando a
satisfação e a realização pessoal.
O que é o contrato de Aprendizagem?
Segundo Heikki Toivanen (2018), a atitude
para aprender e se desenvolver é um fator
determinado pelo próprio ser humano.
Essa atitude inclusive é desenvolvida
durante toda a vida. Os seres humanos
devem encontrar o seu próprio “estilo” e
“estratégia” de aprendizagem. Para isso
é básico o autoconhecimento, para que
esse gerenciamento de pensamento,
aprendizagem e desenvolvimento seja
otimizado e possibilite a consecução dos
alvos e propósitos almejados.
Então, aceitar quem somos e desenvolver-
se é o cerne do contrato de aprendizagem.
É importante que se deve considerar que
o autoconhecimento significa “mergulhar
fundo” em si, em um processo contínuo. Para
que se atinja esse nível de domínio próprio,
faz-se necessário um exercício de disciplina
contínuo de aprofundamento da sua visão
pessoal. O intuito é aprender como focar
energia no que se quer conquistar.
Questões abordadas no contrato de
apredizagem
Quando se escreve sobre a própria história,
a ideia é realmente conhecer a si mesmo
de maneira genuína, se analisar e se
compreender. É necessário entender como
o seu passado foi valioso. Que, embora se
carregue algumas cicatrizes, foram elas
que o deixaram mais forte. É importante
entender-se como uma obra de arte em
desenvolvimento contínuo.
O objetivo do contrato de aprendizagem é se
abrir para possibilidades de desenvolvimento
individual. Portanto, pedir ajuda aos colegas,
19
 tema 2

familiares e pessoas próximas é importante. É

preciso pensar com cuidado sobre qual é o seu
sonho e o que fazer para atingi-lo.

Estimule aos alunos a usar algumas técnicas

como:

1. Fazer anotações;

2. Reproduzir o contrato em algum lugar

visível diariamente;

3. Achar alguém que esteja próximo

do sonho do(a) estudante, talvez
entrevistá-lo, mas construir seu próprio
caminho para esse sonho, baseado em
si mesmo;

4. O aluno pode ser estimulado a fazer

desenhos, colagens, histórias em
quadrinhos. O objetivo é estimular
a criatividade do aluno, mas tendo
atenção para que o mesmo não fuja das
perguntas norteadoras.

S UGESTÕ E S

Vídeo sugerido para apresentação:

Learning Contract.
Direção: Marta Torres Cortes.
Disponível em: https://youtu.be/gAa1VuH8GVs

Vídeo sugerido para apresentação:

Learning contract introduction
by Ville keranen.
Disponível em: https://youtu.be/DFPYQRcdVvQ

Essas sugestões estão intencionalmente em inglês, e tem como objetivo um link interdisciplinar com
o componente curricular de língua inglesa. Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018,
p.476) , no ensino médio, a contextualização das práticas de linguagem nos diversos campos de atuação
permite aos estudantes explorar as utilizações do inglês na cultura digital, nas culturas juvenis e em
estudos e pesquisas, como também ampliar suas perspectivas em relação à sua vida profissional. Além
disso, abre-se possibilidades de aproximação e integração com os grupos multilíngues e multiculturais
no mundo global - contanto que estes saibam se comunicar em inglês-, com diferentes repertórios
linguístico- culturais..

20
 S U G E STÃO

Quatro coisas em comum

Essa é uma técnica positiva que estimula

os alunos a se conhecerem, especialmente
quando se trata do começo de um novo
trabalho.
O grupo deve ser dividido em PARES, de
preferência que não se conheçam tão bem. O
par vai tentar encontrar quatro características
DESENVOLVIMENTO que tenham em comum. Essas características
não podem ser tão evidentes como: “ Temos
Avaliação diagnóstica:
em comum o fato de sermos mulheres.”

Nessa fase, você, educador(a), num diálogo

O propósito do jogo é fazê-los conversarem de
com os estudantes, deve fazer uma sondagem
uma maneira mais profunda. Se conhecerem,
sobre as expectativas em relação a essa
descobrir coisas que os conectem. No final
nova disciplina, quais são os anseios e
cada par deve ir à frente, apresentar seu
expectativas.
colega e dizer a toda a turma o que eles
têm em comum. A partir daí o grupo já

Quebra-Gelo
Vamos jogar?

Antes de se aprofundar em um trabalho e

tem possibilidade de ir construindo uma
atmosfera de confiança.

Horizontes de Foco

começar um processo criativo, é de extrema

O que é?
importância criar uma atmosfera relaxante e
leve. Uma pequena brincadeira, a resolução
Uma ferramenta para definir e concretizar
de um problema, antes de começar a aula,
objetivos pessoais.
pode ajudar os alunos a esquecer tarefas
anteriores e outros trabalhos que tragam
Quando Usá-la?
distrações.

Ajuda a entender as diferenças entre visão,

Quebra-gelos podem incluir: jogos, resolução
objetivo, alvos provisórios e direcionar a visão,
de problemas, vídeos, jogos mentais, tarefas
que é gradual, em ação concreta para alcançar
em grupo, ou qualquer outra coisa divertida,
seus alvos.
que faça todos os participantes interagirem
entre si.
1. Concretize a visão sobre você mesmo
Regras importantes a serem seguidas:
baseado em seus sonhos.(Onde você
quer estar, por exemplo quando você voa
• Crie uma atmosfera relaxante; acima de 10.000 metros?)
• Abra discussões;
2. O que significa sua visão na prática?
• Faça a apresentação entre os
Que tipo de objetivos precisam ser
participantes;
alcançados em um nível anual para que
• Certifique-se de que todos participarão;
a sua visão se torne realidade?
• Pense em diferentes maneiras de
deixar os alunos relaxados e sempre 3. Quando você concretizar seu objetivo
compartilhe algo novo. anual fatie ele em objetivos mensais. O

21
 que deve acontecer mensalmente para
você atingir seu objetivo anual?
4. Divida seu objetivo mensal em
semanas. O que deve acontecer
semanalmente para você atingir o seu
objetivo mensal?
Visão :
Voe numa altitude acima de 10.000 metros;
Objetivo anual:
Voe numa altitude entre 2500 e 10.000 metros;
Objetivo Mensal:
Voe numa altitude entre 500 e 2500 metros;
Objetivo Semanal:
Voe numa atitude entre 0 e 500 metros;
Organizando a turma:
Aconselha-se que a sala esteja disposta em
círculo (roda de conversa) e que o professor
(mentor) seja também participante, no intuito
de introduzir o conceito de uma Educação
Horizontalizada.
Apresentação do tema:
“A APRENDIZAGEM COMEÇA QUANDO
AS PESSOAS INVESTEM NO SEU
AUTOCONHECIMENTO.”
Vídeo sugerido para apresentação: Conhece a
ti mesmo - Leandro Karnal.
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=LRBYmsuyFYI
Os alunos devem ser estimulados a:
• Responder o seu contrato de
aprendizagem com sinceridade;
• Tentar desenhar o contrato de maneira
criativa.
22
Os processos que envolvem o contrato
de aprendizagem vão aprofundar as
questões centrais dos alunos. Para que isso
aconteça, diversas formas de abordagem
são bem-vindas. O objetivo é guiá-los no
desenvolvimento de um caminho novo.
Algumas formas de abordagemsão sugeridas
abaixo:
• Roda de Conversa;
• Local com pouca distração;
• Usar recursos visuais;
• Criar uma atmosfera de segurança.
Material a ser utilizado na aula:
• Contrato de Aprendizagem impresso
para os alunos;
• Contrato de Aprendizagem reproduzido
em cartolina e visível na sala;
• Cartolinas e pincéis coloridos para a
confecção de visuais relacionados ao
tema trabalhado.
OBSERVAÇÃO:
É importante que apenas as perguntas do
Contrato de Aprendizagem fiquem visíveis
para os estudantes no material a ser exibido
em sala. A construção do Contrato é individual,
devendo existir um respeito à individualidade
do(a) estudante nesse momento.
O Contrato de Aprendizagem:
Os alunos devem receber as perguntas
relacionadas ao contrato de aprendizagem
impressas ou reproduzi-las e devem ser
estimulados a procurar um local sem
distração, onde eles possam respondê-lo
(a atividade também pode ser realizada
na sala de aula). Cabe ao professor mentor
provocá-los(as) com questionamentos
que possam ajudá-los(as) nesse processo
que será de muita reflexão(o modelo do
contrato de aprendizagem segue em
anexo).
USO DE PERGUNTAS GATILHOS NO AUXÍLIO
DA REFLEXÃO JUNTO AOS ALUNOS
Sugerimos que seja na segunda semana da aplicação da sequência didática.

Sessão de Feedback: Compartilhamento das respostas entre a turma e mentor.

Segundo a psicologia positiva (LUTHANS; YOUSSEF, 2004) o foco principal deve estar nas condições
que auxiliam o ser humano a estar bem.

1
Você sente que quando a vida é mais
agradável, você influencia os outros
positivamente?

Concentrar-se em suas próprias forças

leva as pessoas mais à frente. A fonte
de entendimento do indivíduo vem do
desenvolvimento do seu capital psicológico:
autoeficácia, confiança, esperança, otimismo
e resiliência.
A autoconfiança é o primeiro ativo do
capital psicológico. Ela é a capacidade de
acreditar em suas próprias habilidades e
conhecimentos, definindo alvos próprios e
altos o suficiente, enfrentando os desafios e
práticas difíceis que o desenvolvam sempre
para frente.
Crenças, assim como os valores, são um
elemento definidor nas nossas vidas. Elas
podem afetar apenas a nós mesmos e também
aos outros.
O terceiro recurso do capital psicológico é o
otimismo. Ao se concentrar em ser otimista,
sendo ao mesmo tempo realista, você
alcançará melhores resultados. Portanto
analise suavemente o passado, planeje e
preveja o futuro de uma forma realista. A vida
raramente é fácil. Mas como você enfrenta as
dificuldades e como você reage a elas diz muito
sobre o seu comportamento, pois repercute
diretamente nas escolhas que foram possíveis
fazer.

Aconselha-se: A resiliência é o quarto trunfo do capital

psicológico.

4
• Procurar, no ambiente próximo, amigos
e parceiros que o tornem mais forte; Como se lida com o fracasso? Como se
• Pensar adiante, mas dando pequenos começa de novo, se adapta e se aprende
passos. com o fracasso?

Isso exige uma boa dose de autodisciplina,

reflexão e análise da situação. Rever o percurso,
A motivação positiva molda sua crença futura. refletir sobre quais mudanças de atitude serão
O segundo ativo do capital psicológico é a necessárias e como se adaptar a um nova
esperança. realidade são fundamentais para desenvolver

2
Como definir alvos? Atingir metas? Descobrir
diferentes maneiras de alcançar propósitos?
Um bom alvo precisa ser realista para nos dar
inspiração e força para alcançá-lo.
autoconfiança. Importante se inspirar nos
exemplos de pessoas que, de um modo ou de
outro, conseguiram lidar com adversidades
e seguiram adiante. Cabe aqui a reflexão do
cientista e inventor norte-americano Thomas
Edison, criador, dentre outros invenções, da
lâmpada elétrica incandescente: “Eu não
falhei. Só descobri 10 mil caminhos que não

3
eram o certo”.
Você se sente no controle da vida, sendo o
artista maior dela?

Liberdade, independência e criatividade

são fundamentais para que você possa
desenvolver suas potencialidades e valores.

23
 tema 2

Reescrita do comtrato de aprendizagem:

O aluno deve ser estimulado a reescrever

o seu contrato de aprendizagem após uma
reflexão em conjunto. Instigue o debate após a
construção do contrato em sala de aula. Após o
diálogo e troca de informações com os colegas
em sala, é necessário refazer o contrato? Quais
pontos mudariam? É importante destacar
que esse contrato é um compromisso do(a)
estudante consigo próprio. A troca de relatos e
experiências com os colegas pode ajudá-lo(a)
a entender melhor qual o espaço que ocupa no
mundo e como as vivências dos outros poderá
auxiliar na compreensão de si próprio.

AVALIAÇÃO

Professor, a avaliação deve ser processual.

Observe, a cada atividade desenvolvida:

• O envolvimento dos alunos;

• O entrosamento dos indivíduos nas
atividades em grupo;
• A desenvoltura no processo de debate

Nas produções escritas (Produção do Contrato

de Aprendizagem) considere:

• A adequação ao tema e a proposta do

contrato;
• O uso de elementos de coesão e
coerência;
• A relação entre o texto e os visuais
produzidos;
• O empenho na reescrita.

Sinalize os problemas que você encontrar na

produção textual e teça comentários. Procure
sempre levar em consideração as habilidades
da matriz de Língua Portuguesa, para o IDEPB,
indicadas na abertura do tema da sequência
didática. Nos anexos, há um material que lhe
dará suporte para realizar uma avaliação por
competências.

24
 tema 2

SUGESTÕES

Professor(a), sabemos que diversos elementos

da cultura pop influenciam na atenção
e interesse dos estudantes. Animações,
jogos, filmes e HQs podem ser instrumentos
interessantes para cativar o(a) estudante e
sensibilizá-lo(a) para uma reflexão sobre si e o
seu lugar no mundo.

Quadrinhos de super heróis como Homem-

Aranha, X-Men, dentre outros, trazem
questões relevantes enfrentadas na
adolescência, tais como autoaceitação,
conflitos, convivência com o outro e
compreensão de si. Estimulá-los a ter contato
com essas mídias incentiva habilidades de
leitura, além de sensibilizar para diversas
formas de manifestações artísticas.

Documentários, filmes e animações também

são instrumentos interessantes para
fomentar o debate em sala de aula. O média
metragem Pense Grande (https://www.
videocamp.com/pt/movies/pense-grande#)
mostra histórias inspiradoras de jovens que
estão usando seu potencial e talento para
transformar suas vidas e as comunidades
onde vivem. O anime , que também é de
grande aceitação entre adolescentes, pode ser
usado como referência. Sugerimos Miyori e a
Floresta Mágica (https://www.youtube.com/
watch?v=3riVdZamaLs), conta uma história
de fantasia tratando o tema de preservação
da natureza, com a jovem protagonista Miyori
tentando impedir o projeto de construção de
uma represa sobre a floresta, além de abordar
temas como solidão e construção de afetos.

25
 REFE
RÊN
CIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum

curricular. Brasília, DF, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/
uploads/2018/04/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site.pdf> Acesso em: 15 jan 2019.

CORTES, Marta Torres. Learning contract. Disponível em: < https://youtu.be/gAa1VuH8GVs> .

Acesso em: 14 jan 2019.

ESCOLA DA ESCOLHA. Recife: ICE, 2016.

KARNAL, Leandro. Conhece a ti mesmo. Disponível em: <https://www.youtube.com/

watch?v=LRBYmsuyFYI> Acesso em: 05 jan 2019.

KERANEN, Ville. Learning contract introduction. Disponível em: <https://youtu.be/

DFPYQRcdVvQ>

LUTHANS, F.; YOUSSEF, C.M. Human, social, and now positive psychological capital management:
investing in people for competitive advantage. In: Organizational Dynamics. Oxford: Elsevier, 2004.

RELANDER, Janita; HAAPANIEMI, Maria. Ideaguide 2. 2nd edition Tampere: Idema, 2017.

TOIVANEN, Heikki; KOTAMÄKI, Maija. Friend leadership: a visual inspiration book. Transl.: Tim
Whale. Jyväskylän: JAMK/Pellervo, 2014.

ULLA; RIIKKA; ESSI. Idea deck: team coaching.Turku: Ideapakka, 2016.

26
Temas2
 tema3-4&5

CONTEÚDO:

Compreensão de metodologias ativas de

aprendizagem e suporte metodológico para o
desenvolvimento de times inteligentes.

APRENDIZAGEM OBJETIVOS:
BASEADA EM
EQUIPES - TBL • Familiarizar docentes com a base teórica

(Team-Based
relacionada às metodologias ativas de
aprendizagem;
Learning) • Formar times inteligentes com base na
aprendizagem baseada em equipes (TBL -

APRENDIZAGEM
Team Based Learning);
• Fomentar o conhecimento e o
BASEADA EM debate acerca dos 17 objetivos do

PROBLEMAS - PBL desenvolvimento sustentável, propostos

( Problem-Based
pela ONU;
• Promover a interrelação entre os
Learning) saberes, por meio de uma proposta
interdisciplinar;
• Viabilizar o diálogo entre TBL, PBL e PrBL,
APRENDIZAGEM a partir de uma adequação das propostas
CENTRADA EM metodológicas abordadas na Colabore e

PROJETOS - PrBL Inove;

• Envolver os estudantes ativamente com
(Project Based projetos que fornecem relevância, no
Learning) mundo real, para o aprendizado;
• Resolver problemas importantes para a
comunidade escolar;
• Promover um senso de propósito,
tendo em vista que um projeto pode ser
transformador para os alunos, na medida
em que ele ganha significado por meio da
aprendizagem;
• Estimular habilidades tais como a
proatividade e a responsabilidade, na
resolução de problemas, na colaboração
entre as equipes e comunicação de

“
ideias;
• Avivar a colaboração de professores com
“ alunos ativos e engajados por meio de um
É dos sonhos que nasce a inteligência. trabalho significativo;
-Rubem Alves • Estimular a criatividade.

28

CONEXÕES:
Estudo Orientado; Língua Portuguesa; Eletivas;
Clubes de Protagonismo; Ciências da Natureza;
Ciências Humanas.
HABILIDADES IDEPB:
Matriz de referência de Língua Portuguesa
I - Práticas de leitura
D06 Localizar informação explícita em
um texto.
D07 Inferir informação em um texto.
D08 Inferir o sentido de palavra ou
expressão a partir do contexto.
D09 Identificar o tema central de um
texto.
D10 Distinguir fato de uma opinião.
D11 Interpretar textos não verbais e textos
que articulam elementos verbais e não
verbais.
III - Relação entre textos
D14 Reconhecer semelhanças e/ou
diferenças de ideias e opiniões na
comparação entre textos que tratem da
mesma temática.
IV - Coesão e coerência
D16 Estabelecer relação de causa e
consequência entre partes de um texto.
D17 Estabelecer relações lógico-
discursivas entre partes de um texto,
marcadas por locuções adverbiais ou
advérbios.
D18 Reconhecer relações entre
partes de um texto, identificando os
recursos coesivos que contribuem
para sua continuidade (substituições e
repetições).
D19 Identificar a tese de um texto.
D21 Reconhecer o conflito gerador do
enredo e os elementos de uma narrativa.
D27 Diferenciar as partes principais das
secundárias em um texto.
tema3-4&5
PÚBLICO:
1ª série do Ensino Médio das Escolas Cidadãs
Integrais.
DURAÇÃO:
2 aulas geminadas semanais (100 min/50 min
cada uma). Para estes encontros, recomendamos
que as atividades sejam realizadas em dez
semanas, totalizando 20 aulas.
ADAPTAÇÃO DO PROFESSOR
COM O TEMA:
Para começar… o que são metodologias ativas
de ensino e aprendizagem?
As chamadas metodologias ativas objetivam
incentivar estudantes em uma aprendizagem
autônoma e participativa, a partir de
problemas e situações reais. A proposta é
que o discente esteja no centro do processo
de ensino e aprendizagem, participando
ativamente e sendo responsável pela
construção de conhecimento. Desse modo,
ele(a) terá a possibilidade de exercitar a
autonomia responsável, com o apoio do(a)
professor(a).
As metodologias ativas visam integrar
dimensões como a autonomia do estudante,
o espaço no qual a aula é ministrada, novas
perspectivas de avaliação e tecnologia. Tudo
isso implica, como pontuamos anteriormente,
em uma mudança no papel do professor e na
cultura escolar.
O educador José Moran (2015, p.16)
assinala que a escola padronizada, que
ensina e avalia a todos de forma igual e
exige resultados previsíveis, ignora que
a sociedade do conhecimento é baseada
em competências cognitivas, pessoais
e sociais, que não se adquirem da forma
convencional e que exigem proatividade,
29
 tema3-4&5
colaboração, personalização e visão
empreendedora. Os métodos tradicionais, que
privilegiam a transmissão de informações
pelos professores, faziam sentido quando
o acesso à informação era difícil. Com a
Internet e a divulgação aberta de muitos
cursos e materiais, podemos aprender em
qualquer lugar, a qualquer hora e com muitas
pessoas diferentes. Moran aponta o caráter
complexo, necessário e, por vezes, assustador
desse processo porque não temos modelos
prévios bem sucedidos para aprender de
forma flexível numa sociedade altamente
conectada.
Para conseguir bons resultados, os
professores precisam equilibrar a proposta
do ensino teórico e a realização de atividades
práticas, assim como é necessário gerenciar
os tempos da aprendizagem coletiva
(aprender junto) e da aprendizagem
individual ou personalização (gerenciar os
percursos individuais de aprendizagem)
. As metodologias, desse modo, precisam
acompanhar os objetivos pretendidos. Se
queremos que os alunos sejam proativos,
precisamos adotar metodologias em que os
alunos se envolvam em atividades cada vez
mais complexas, em que tenham que tomar
decisões e avaliar os resultados, com apoio
de materiais relevantes. Se queremos que
sejam criativos, eles precisam experimentar
inúmeras novas possibilidades de mostrar
sua iniciativa. (MORAN, 2015, p.17).
Os desafios bem planejados contribuem
para mobilizar as competências desejadas,
sejam elas intelectuais, emocionais,
pessoais e/ou comunicacionais. O ato de
mobilizar essas competências exige os atos
de pesquisar, avaliar situações e pontos de
vista diferentes, fazer escolhas, assumir
alguns riscos, aprender pela descoberta,
caminhar do simples para o complexo. Nas
etapas de formação, os alunos precisam de
acompanhamento de profissionais mais
30
experientes para ajudá-los na compreensão
de alguns processos, a estabelecer conexões
não percebidas, a superar etapas mais
rapidamente, a confrontá-los com novas
possibilidades. (MORAN, 2015, p.18).
A grande virtude da utilização de
metodologias ativas consiste na superação
de uma educação bancária, na qual o
conhecimento é verticalizado, com poucas
conexões com a realidade e voltado para
uma replicação de conteúdos em provas. É
necessário sempre ter a atenção que Paulo
Freire (2008, p.47) nos recomendava, em nossa
atuação docente: ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades
para a sua própria produção ou a sua
construção.
Assim, o(a) professor(a) tem uma tarefa
complexa, porém fundamental, e esse saber
- que ensinar não é transferir conhecimento
-, precisa não apenas ser apreendido, mas
vivido constantemente na sua rotina
pedagógica. Essa premissa relaciona-se
a outro saber essencial à prática docente:
ensinar exige respeito aos saberes dos
educandos.
Por que os 3 temas serão abordados em
conjunto?
Nesta segunda sequência didática, os 3 temas
abordados girarão em torno de 3 metodologias
ativas: Aprendizagem baseada em equipes
TBL (Team-Based Learning); Aprendizagem
centrada em problemas- PBL (Problem Based
Learning); Aprendizagem por projetos - PrBL
(Project Based Learning). Essas metodologias
foram adaptadas para a proposta didática
trazida na disciplina Colabore e Inove. A ideia
central é que possamos otimizar o tempo e
aproximar essas metodologias, usualmente
aplicadas no ensino superior, para estudantes
da 1ª série do ensino médio. Na seção
Desenvolvimento, serão apresentados o
aporte teórico e o passo a passo das atividades
que deverão ser realizadas em 10 semanas.

Como nasceram os eixos temáticos da
disciplina Colabore e Inove?
A perspectiva base da Colabore e Inove é
a promoção de um trabalho que permita
relacionar os eixos temáticos a um
diagnóstico das múltiplas realidades dos(as)
estudantes. Os eixos temáticos escolhidos
servem como ponte entre o contexto social
do(a) aluno(a) e objetivos apontados pela ONU
como prioritários.
Nesse sentido, é importante destacar a
relação entre a Colabore e Inove e a Agenda
2030, cuja centralidade se refere aos 17
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (17
ODS).
Esses objetivos nasceram com os chamados
Objetivos do Milênio, que deram origem
aos ODS (Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável); estes, por sua vez, inspiraram
os eixos temáticos que servirão de orientação
para a Colabore e Inove.
S UG ESTÕE S D E V ÍD E OS PAR A
ESTUDO D O(A ) P ROF E S S O R ( A)
Team-based learning: o que é e como fazer?
Direção: Hassan Rahhal
Disponível em: https://youtu.be/wV-cfvxwn4c
PBL: um novo modelo de aprendizagem
Direção: FGV
Disponível em: https://youtu.be/yHmdKTDoSX0
Aprendizagem Baseada em Problemas - ABP: definições e conceitos
Direção: Gustavo Benites
Disponível em: https://youtu.be/qk6vS8UDT0c
PBL (Project Based Learning): entendendo o método.
Direção: MecFlu Unisal Lorena
Disponível em: https://youtu.be/_8xiH6oLK10
tema3-4&5
Um breve histórico sobre os eixos temáticos
prioritários da ONU
Os Objetivos do Milênio corresponderam
a oito grandes objetivos globais assumidos
pelos países-membros da Organização
das Nações Unidas (ONU), os quais, em seu
conjunto, desejavam fazer com que o mundo
progredisse rapidamente rumo à eliminação
da extrema pobreza e da fome do planeta,
fatores esses que afetam especialmente as
populações mais pobres, principalmente dos
países menos desenvolvidos.
A resolução 55/2 da Assembleia Geral da ONU,
que ficou conhecida como marco fundador
e entrou para a história com o nome de
“Declaração do Milênio das Nações Unidas”,
foi adotada de forma Unânime pelos chefes de
estado e os altos representantes de 191 países.
Ela aconteceu na 55ª sessão da Assembléia
geral, conhecida como: “A Cúpula do Milênio
das Nações Unidas”, que foi realizada no
31
 tema3-4&5
período de 6 a 8 de setembro de 2000, na sede
da ONU.
De acordo com esse documento, o principal
desafio era o de garantir que a globalização
pudesse agir com força de impulso para
todos os povos do mundo. Embora fosse
reconhecido que a globalização já oferecia
grandes oportunidades, seus benefícios eram
compartilhados de maneira desigual pelas
nações.
Os oito ODM abrangiam ações específicas
de combate à fome e à pobreza, associadas
à implementação de políticas de saúde,
saneamento, educação, habitação, promoção
da igualdade de gênero e meio ambiente,
além de medidas para o estabelecimento de
uma parceria global para o desenvolvimento
sustentável. Para cada um dos oito objetivos
foram estabelecidas metas globais, em um
total de 21 metas, cujo acompanhamento de
progresso deu-se por meio de um conjunto de
60 indicadores.
A maioria das metas estabelecidas para
os ODM tinha como horizonte temporal o
intervalo de 1990 a 2015, isto é, avaliavam
o progresso ocorrido nos indicadores em
intervalos regulares até 2015, tendo por base
dados iniciais obtidos em 1990.
No Brasil, o acompanhamento dos ODM foi
estabelecida por meio do Decreto Presidencial
de 31 de outubro de 2003, o qual instituiu o
“Grupo Técnico para Acompanhamento das
Metas e Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio”, tendo como atribuições adaptar os
ODM e metas à realidade brasileira.
Segue os ODM:
ODM 1: Erradicar a extrema pobreza e a fome;
ODM 2: Universalizar a educação primária;
ODM 3: Promover a igualdade de gênero e a
autonomia das mulheres;
ODM 4: Reduzir a mortalidade na infância;
ODM 5: Melhorar a saúde materna;
ODM 6: Combater o HIV/Aids, a malária e
32
outras doenças;
ODM 7: Assegurar a sustentabilidade
ambiental;
ODM 8: Estabelecer uma parceria mundial
para o ;
Renovação e ampliação de compromissos
pela sustentabilidade global, para o período
2015-2030: os objetivos de Desenvolvimento
Sustentável
Em junho de 2012, como parte do processo de
criação de uma agenda que viria a substituir
os ODM, que já se aproximava o período de
vencimento em 2015, foi realizada no Rio de
Janeiro a Conferência das Nações Unidas
sobre o Desenvolvimento Sustentável (
Rio +20). O resultado dessa Conferência
foi um documento intitulado “ O Futuro
que Queremos”, no qual lançava as bases
para que os países - membros da ONU
construíssem, coletivamente e a partir de
experiências exitosas dos ODM, um novo
conjunto de objetivos e metas voltadas para o
desenvolvimento sustentável, que passariam
a vigorar no período pós-2015.
As negociações duraram mais de dois anos,
até que em 25 de setembro de 2015, chefes de
Estado e altos representantes dos 193 países-
membros integrantes da Assembléia Geral
da ONU adotaram um documento intitulado
“Transformando nosso mundo: a agenda 2030
para o desenvolvimento sustentável”, um
plano de ação para as pessoas, o planeta e a
prosperidade.
A “erradicação da pobreza em todas as suas
formas e dimensões, incluindo a pobreza
extrema”, foi reconhecida pelos países-
membros da ONU, como o maior desafio
global e um requisito indispensável para
o desenvolvimento sustentável. “Não
deixar ninguém para trás”, também foi um
compromisso assumidos na Agenda, em
referência aos mais pobres.
A Agenda 2030 tem, no seu cerne, um
 tema3-4&5

conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento para o desenvolvimento, transferência de

Sustentável (ODS) e 169 metas, que se
tornaram vigentes por 15 anos, a partir
de 1 de janeiro de 2016. Além de propor
os ODS, a Agenda também pontua meios
de implementação que irão permitir
a concretização desses objetivos e de
suas metas, que englobam questões de
alcance sistêmico, como financiamento
tecnologia, capacitação técnica e comércio
internacional.
No Brasil, a governança para implementação
dos ODS foi instituída por meio do Decreto
nº 8.892, de 27 de outubro de 2016, que criou
a Comissão Nacional para os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (CNODS).

Segue abaixo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

ODS 1. Acabar com a pobreza em todas
as suas formas, em todos os lugares;
ODS 2. Acabar com a fome, alcançar
a segurança alimentar e melhoria
da nutrição e promover a agricultura
sustentável;
ODS 3. Assegurar uma vida saudável e
promover o bem-estar para todos, em
todas as idades;
ODS 4. Assegurar a educação inclusiva
e equitativa e de qualidade, e promover
oportunidades de aprendizagem ao
longo da vida para todos;
ODS 5. Alcançar a igualdade de gênero
e empoderar todas as mulheres e
meninas;
ODS 6. Assegurar a disponibilidade
e gestão sustentável da água e
saneamento para todos;
ODS 7. Assegurar o acesso confiável,
sustentável, moderno e a preço
acessível à energia para todos;
ODS 8. Promover o crescimento
econômico sustentado, inclusivo e
sustentável, emprego pleno e produtivo
e trabalho decente para todos;
ODS 9. Construir infraestruturas
resilientes, promover a industrialização
inclusiva e sustentável e fomentar a
inovação;
OSD 10. Reduzir a desigualdade dentro
dos países e entre eles;
ODS 11. Tornar as cidades e os
assentamentos humanos inclusivos,
seguros, resilientes e sustentáveis;
ODS 12. Assegurar padrões de produção
e de consumo sustentáveis;
ODS 13. Tomar medidas urgentes para
combater a mudança do clima e seus
impactos;
ODS 14. Conservação e uso sustentável
dos oceanos, dos mares e dos recursos
marinhos para o desenvolvimento
sustentável;
ODS 15. Proteger, recuperar e promover
o uso sustentável dos ecossistemas
terrestres, gerir de forma sustentável
as florestas, combater a desertificação,
deter e reverter a degradação da terra e
deter a perda de biodiversidade;
ODS 16. Promover sociedades pacíficas
e inclusivas para o desenvolvimento
sustentável, proporcionar o acesso
à justiça para todos e construir
instituições eficazes, responsáveis e
inclusivas em todos os níveis;
ODS 17. Fortalecer os meios de
implementação e revitalizar a parceria
global para o desenvolvimento
sustentável.

“O futuro pode amanhecer mais bonito do que o passado”

George Sand, romancista francesa

“ A melhor maneira de ter uma boa ideia é ter várias ideias!”

Linus Pauling, químico norte-americano e vencedor do prêmio Nobel

33
 tema3-4&5
DESENVOLVIMENTO:
Professor(a), o desenvolvimento do TBL (Team
Based Learning ou Aprendizagem Baseada
em Equipe), do PBL (Problem Based Learning
ou Aprendizagem Baseada em Problema ) e
do PrBL (Project Based Learning) será feito
em conjunto, a partir de uma aproximação
conceitual entre as três metodologias.
Essa hibridização foi realizada a partir de
uma reflexão sobre as diferentes realidades
escolares, aliada a uma necessidade de
adaptação para estudantes da 1ª série do
ensino médio das escolas cidadãs integrais.
Esse desenvolvimento está previsto para
10 semanas, totalizando 20 aulas. Caso seja
necessário, é possível adaptar o processo,
conforme a realidade escolar.
1ª Semana (2 aulas): Dinâmica e divisão dos
times inteligentes com base no TBL e no PBL
Professor(a), durante a Semana 1 de aplicação
das metodologias ativas, é importante
que seja feita uma dinâmica relacionada
à importância do trabalho em equipe.
Todos os integrantes da equipe têm um
papel fundamental, tanto para a própria
aprendizagem individual quanto para a
coletiva.
Afinal, o que é um time inteligente? É uma
equipe heterogênea, formada com uma
intencionalidade: maximizar a aprendizagem
coletiva pelas características individuais
dos integrantes. Assim, as diferenças e a
convivência com elas são vistas como um
ponto crucial para o desenvolvimento dos
times. Portanto, a ideia que ampara o conceito
de inteligência na formação dos times
relaciona-se não a uma visão pré-estabelecida
e excludente de inteligência, e sim uma
perspectiva inclusiva, na medida em que
todos são importantes e têm algo a contribuir
para o desenvolvimento em conjunto.
A divisão de times deverá ser feita com base
nos critérios do TBL. É importante ressaltar
34
que existe uma intencionalidade na escolha,
e que essa decisão não será feita com base em
sentimentos de simpatia e/ou antipatia. Nesse
sentido, professor(a), é fundamental deixar os
estudantes a par desse processo, pontuando
que esse sistema fará com que eles lidem com
perspectivas diferentes. É importante olhar
sobre essa situação de uma maneira positiva,
trazendo sempre a necessidade de conferir
oportunidades e dar uma chance ao outro. Do
mesmo modo, é necessário situar que eles irão
lidar com situações similares no mundo do
trabalho, e que a escola também deve trazer
essa dimensão em suas atividades.
4 princípios fundamentais para a formação
dos times (MICHAELSEN; RICHARDS, 2005):
1. Os grupos devem ser formados
adequadamente pelos professores.
Isso significa que deverá haver uma
distribuição equitativa em termos
de quantidade de componentes
(preferencialmente de 5 a 7 pessoas por
equipe) e equilíbrio entre as habilidades
individuais e as do time. Essas equipes
serão fixas durante todo o curso.
Importante destacar que, em cada
turma, haverá mais de um time e os
times só poderão ser compostos pelos
integrantes da própria turma;
2. Os alunos são responsáveis ​​pelo pré-
aprendizado e pelo trabalho em equipe;
3. As atribuições da equipe devem
promover a aprendizagem e o
desenvolvimento do time;
4. Os alunos devem receber feedback
frequente e imediato das atividades
realizadas.
Importante destacar que os times devem
ser formados pelos professores. A ideia que
embasa essa premissa é a de que os docentes
visualizam melhor o grande cenário da sala
de aula. Assim, a escolha dos times não seria
baseada em laços de simpatia ou antipatia
 Dinâmica da Ilha Deserta
(Adaptado do IBC Coaching)

dos alunos, mas sim por ações intencionais

Imagine que você foi parar numa ilha
dos professores, com basena metodologia
deserta! Quem da sua turma você gostaria
do TBL. É fundamental construir o diálogo
que estivesse com você desbravando este
com os estudantes, deixando-os a par do
lugar novo e desconhecido? Essa é a premissa
desenvolvimento da disciplina. A formação
que servirá de orientação para que, de uma
dos times não é um processo aleatório; há
maneira lúdica, o(a) professor(a) conheça
orientações que devem ser seguidas com base
mais sobre os seus estudantes e a dinâmica
na literatura sobre o tema.
da turma.

Também é fundamental que os discentes

O objetivo desta dinâmica rápida, que parece
possam compreender que o espaço da sala
bem simples à primeira vista, é mais do
de aula também é uma preparação para o
que saber quem são amigos nas turmas
mundo do trabalho, no qual elas e eles não
de estudantes, mas verificar como está a
irão escolher com quem irão trabalhar. A
qualidade dos relacionamentos interpessoais
vivência em times, durante o ano, provoca
e como os colegas enxergam uns aos outros
um estranhamento inicial, que pode até
em seu dia a dia.
gerar conflitos. Do mesmo modo, pode
Assim, esta atividade é uma ferramenta
promover amizades inesperadas. Todo esse
importante para avaliar a situação atual
contexto também faz parte do processo de
do clima no ambiente escolar e definir
aprendizagem, de abertura para o novo e
estratégias mais efetivas para unir o grupo,
o diferente, no qual precisarão lidar com
avaliar a existência de conflitos e criar maior
diversas visões de mundo e valores.
empatia, sinergia e intercolaboração entre os
jovens.
Como realizar essa divisão? Sugerimos
Para realizar este exercício serão necessários
algumas atividades que irão oferecer suporte
lápis, folhas de papel em branco e envelopes.
para ajudar a conhecer mais os estudantes.
Dentro de cada envelope, deverá ser colocado
um breve questionário com as seguintes
Papéis na atividade do time inteligente no
perguntas:
contexto da Colabore e Inove

• Se você estivesse perdido numa ilha,

Para que os times operacionalizem suas
quem do grupo gostaria que estivesse
atividades, certo nível de organização deve
com você lá?
ser oferecido, com maior ou menor grau de
• Se ganhasse uma viagem com três
formalização. Assim, esse conceito será
acompanhantes, quem seriam as três
estruturado a partir da metodologia PBL.
pessoas da sua sala que você escolheria
Abaixo, estão ilustrados os principais papéis
para ir com você?
desenvolvidos, sem prejuízo de outros que
• Escreva uma característica sua que
possam ser criados com o objetivo de tornar a
você enxerga como positi va;
atividade mais efetiva.
• Escreva uma característica sua que
Esses papéis deverão ser explicados para
você enxerga como “negativa” ou que
os estudantes, a fim de que todos possam
precisa melhorar;
estar cientes de como deverá ser realizado o
• Com qual matéria você mais se
trabalho em equipe.
identifica?
• Com qual matéria você menos se
identifica?

35
 Distribua os envelopes com as questões
para cada um responder individualmente e
de preferência, sem que o colega veja o que
escreveu. Ressalte que os participantes da
dinâmica podem responder o que quiser, pois
as respostas são confidenciais.
Em seguida, recolha todos os envelopes
com as respostas e, posteriormente, avalie
as respostas individuais de cada um dos
estudantes que participaram do exercício. Os
resultados devem ser utilizados para pensar
no formato das equipes.
Papéis na atividade do time inteligente no contexto da Colabore e Inove
Para que os times operacionalizem suas
atividades, certo nível de organização deve
ser oferecido, com maior ou menor grau de
formalização. Assim, esse conceito será
estruturado a partir da metodologia PBL.
Abaixo, estão ilustrados os principais papéis
desenvolvidos, sem prejuízo de outros que
PARTICIPANTES
Estudantes
Líder do time
Professor (Mentor)
Para que os times operacionalizem suas
atividades, certo nível de organização deve
ser oferecido, com maior ou menor grau de
formalização. Assim, esse conceito será
36
PROFESSOR(A), ATENÇÃO:
Esse instrumento serve para conhecer a
dinâmica da turma. Isso não quer dizer
que os amigos indicados devam ficar
necessariamente juntos ou separados, mas
que os pontos postos como positivos e os
colocados como negativos/a melhorar devem
se sobressair.
possam ser criados com o objetivo de tornar a
atividade mais efetiva.
Esses papéis deverão ser explicados para
os estudantes, a fim de que todos possam
estar cientes de como deverá ser realizado o
trabalho em equipe.
PAPÉIS
Colaborar com o mentor (professor) e o líder do seu time
durante os encontros; expressar suas ideias; apontar ou
identificar as hipóteses relacionadas com o problema;
identificar ou descrever o contexto em que o problema será
analisado; eleger ideias relevantes; ajudar na definição do
cronograma de atividades junto ao grupo; estudar; pesquisar;
manter contato como mentor; cumprir as metas solicitadas;
entre outros.
Garantir que a discussão do problema transcorra de maneira
efetiva e que todos os membros do grupo participem da
discussão.
Além de orientar e esclarecer possíveis dúvidas, o
mentor precisa conhecer os objetivos e a estrutura do
projeto; estabelecer metas de aprendizagem; assumir a
responsabilidade pedagógica no processo de aprendizagem;
orientar na escolha do líder, estimular, apoiar e ajudar os
alunos, de modo que participem ativamente no processo de
construção de sua aprendizagem; avaliar os grupos.
Fonte: Modelo adaptado de Frezatti et al. (2018).
estruturado a partir da metodologia PBL.
Abaixo, estão ilustrados os principais papéis
desenvolvidos, sem prejuízo de outros que

2ª Semana (2 aulas): Apresentação dos Eixos
Temáticos e diálogo sobre a Agenda 2030
Professor(a), durante a Semana 2, você
deverá divulgar os times inteligentes de cada
turma, a partir da estruturação realizada
durante a Semana 1. Em seguida, deverão
ser abordados os 6 eixos temáticos que
nortearão os próximos meses de aula. No
planejamento, é fundamental decidir os
objetivos educacionais que os estudantes
devem alcançar.
Michaelsen (2002) recomenda utilizar o
modelo “reverso” para esta decisão. Neste
modelo, o primeiro objetivo a ser definido é
para que o estudante utilizará o conhecimento
adquirido, considerando-se o que se quer que
o estudante consiga fazer em um contexto
real, a forma como ele fará, as decisões que
terá que tomar, e suas condições. Após a
definição destes objetivos, parte-se para
identificar os conceitos e princípios que estes
estudantes precisarão saber para realizarem
este “fazer” de forma competente.
Para essa semana, é fundamental que seja
abordada a origem dos 6 Eixos Temáticos que
nortearão a disciplina Colabore e Inove. Para a
construção dos 6 eixos temáticos da Colabore
e Inove, utilizamos os 17 ODS como inspiração.
Professor(a), é importante que destacar que os
VÍDEO S IM P ORTA N TE S PAR A
A P RESENTAÇÃO E D E B ATE
Objetivos globais da ONU: a maior lição do mundo
(áudio em inglês e legenda em português)
Direção: ONU
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MKH97nZXRys
Compreendendo as dimensões do desenvolvimento sustentável
Direção: ONU Brasil
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pZ2RsinirlA
tema3-4&5
ODS se interpenetram. Do mesmo modo, os 6
eixos temáticos da Colabore e Inove também.
Para conhecer mais sobre os 17 ODS, acesse o
site http://www.agenda2030.com.br/
“A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam.
Para compreender, é essencial conhecer o
lugar social de quem olha.” Leonardo Boff,
teólogo, escritor e professor
ATENÇÃO
Os estudantes passarão por um processo de
imersão em cada um dos eixos temáticos. A
ideia é que eles possam conhecer mais sobre
cada um dos temas e elaborar um projeto de
execução que envolva um ou mais temas
e tenha um resultado de impacto social,
trazendo uma boa solução para problemas
vivenciados na escola, no entorno, no seu
próprio bairro.
Como deverá ser a disposição da sala de aula?
Os estudantes deverão ficar dispostos nos
seus respectivos times, em formato de ilhas.
Professor(a), é importante que você esteja
presente e atento durante todo o processo.
Lembre-se: o exemplo é fundamental. Se o(a)
estudante perceber que o(a) professor(a) não
está envolvido, ele(a) não se sentirá motivado
a seguir adiante.
37
 tema3-4&5

CONTEXTO
Da 3ª a 8ª Semana, os times devem trabalhar
seguindo as orientações a seguir, aplicando-
as para o estudo dos eixos temáticos

Importante destacar que, durante essa

semana, iniciará o efetivo trabalho em time.
Nesse momento, você estimulará os times
a adentrarem na chamada fase de imersão,
que envolverá a compreensão da situação.
É fundamental que sejam levantados,
com antecedência, materiais de apoio
para os times, durante o momento da aula.
Sugerimos que procure em sites, livros,
revistas. A biblioteca escolar é um ponto de
apoio importante, e o uso desse ambiente
educacional também ajudará os estudantes a
PROBLEMA
conhecer mais e a saber utilizar esse espaço
da melhor forma possível.

Como funciona o processo de imersão dos

times?

Essa fase tem como objetivo compreender

o tema que será estudado. Essa perspectiva
liga-se ao PBL, abordagem que prioriza a
compreensão do tripé contexto/problema/
hipótese como peça fundamental para o
desenvolvimento de projetos, de maneira
satisfatória, a partir dos problemas
encontrados.
O desenvolvimento da metodologia está
fundamentado numa relação estreita entre
o contexto (conjuntura do problema), o
próprio problema e as hipóteses que podem
ser levantadas de solução do problema.
Quando analisados juntos, eles ganham
força, sobretudo em relação ao entendimento
e aplicação, no momento em que permite o
aluno a sua integração com a prática (FÁBIO
FREZATTI et al 2018 ).
Cabe destacar que contexto, problema e
hipóteses devem conversar e serem claros,
terem consistência. Com a definição desses
elementos, as soluções podem ser propostas e
a intervenção implementada.
HIPÓTESES
Segundo a Fonte: FREZATTI (2018)
Afinal, o que é um bom problema?
A resposta está condicionada ao uso do
problema, mas se pode utilizar uma lógica que
proporcione resposta para o contexto em que
o problema se enquadre. Para tanto, alguns
princípios devem ser conhecidos e aplicados:
• O conteúdo de um problema deve se
adaptar ao conhecimento prévio dos
alunos;
• O problema deve conter sugestões ou
dicas;
• O problema a ser estudado e cuja
solução a ser desenvolvida pelos times
deverá ser relevante;
• Apresente conceitos básicos relevantes

ao contexto dos estudantes e encoraje a
integração dos conhecimentos;
• O problema deve estimular a
aprendizagem autodirigida,
encorajando os alunos a gerar
necessidade de aprendizado;
• O problema deve enriquecer o interesse
dos estudantes no assunto em questão,
sustentando as discussões sobre
as soluções possíveis e facilitando
a exploração de alternativa pelos
mesmos;
• O problema precisa atender a um
ou mais objetivos propostos pela
disciplina. No caso da Colabore e Inove,
o problema deve, necessariamente,
relacionar-se aos eixos temáticos,
devendo envolver pelo menos um eixo.
Roteiro para o estudo do tema
• O(A) professor(a) deve solicitar que
os estudantes, reunidos com seus
respectivos times, relatem, por
escrito, o que já sabem sobre o tema
que será trabalhado no encontro. Um
membro de cada time deve registrar
as considerações, ouvindo todos os
integrantes. Esse momento deve seguir
as questões norteadoras listadas a
seguir - adaptação de CAVALCANTI
(2016, p. 139) :
a. O que você sabe sobre o tema
apresentado?
b. Quais os perfis das pessoas
envolvidas com o tema?
c. O que essas pessoas precisam ou
querem?
d. O que pode ajudar as pessoas
envolvidas (tecnologias, ações,
serviços, produtos)?
e. O que você não sabe sobre o
contexto e precisa descobrir?
• Você, professor(a), deve circular
entre os times, mostrando-se solícito
e disponível para tirar dúvidas.
Importante verificar se todos os
tema3-4&5
estudantes estão participando nos
seus respectivos times. Acompanhe
o desenvolvimento dos times e
analise, sobretudo, os pontos que eles
desconhecem sobre o eixo temático e
que precisam descobrir.
• Leitura e pesquisa sobre o tema: nesse
momento, professor(a), é importante ter
acesso a fontes confiáveis de pesquisa,
fazer anotações e que o time pontue
o que considera mais relevante em
termos de informação. Importante
apresentar vídeos, músicas, quadrinhos,
estimulando o debate na turma a partir
de gatilhos (situações que poderão
servir de inspiração e estão inseridas no
eixo estudado)
• Definir quem é o público interessado no
tema: quais são as pessoas afetadas por
problemas existentes relacionados ao
eixo temático trabalhado?
• Restringir as pessoas afetadas: qual
o público específico que cada time
considera mais relevante estudar?
• Realizar a criação de persona e de
mapa da empatia da parte interessada
escolhida durante o estudo da temática
(Material no anexo)
ATENÇÃO!
Como e em qual momento os estudantes irão
escolher o problema? É fundamental que
os times estudem todos os eixos temáticos,
conforme está disposto no desenvolvimento.
1. A cada encontro, que deverá ser registrado
pelos estudantes, eles irão identificar um ou
mais problemas relacionados a cada eixo
temático. 2. Ao final do estudo de todos os
eixos, os times irão constatar que existem
problemas comuns, compartilhados por
dois ou mais eixos temáticos, e que também
afetam grupos semelhantes de pessoas. 3.
Durante o período de desenvolvimento dos
39
 tema3-4&5

projetos, os times irão refinar a problemática se principalmente ao Objetivo 4 - “Educação

escolhida, assim como os eixos envolvidos
e as pessoas ou grupos impactados pelo
problema.4.Portanto, será no período
de elaboração do projeto que cada time
conseguirá ter a clareza de qual problemática
irá escolher a fim de desenvolver um projeto,
em busca de uma solução; qual o grupo de
pessoas afetadas; e quais eixos temáticos
estão envolvidos.
de Qualidade” da Agenda 2030: https://
nacoesunidas.org/pos2015/ods4/
4ª Semana (2 aulas): Estudo do Tema 2 -
Saúde
Professor(a), neste momento, você trabalhará
com os times a segunda linha de pesquisa, ou
seja, o tema 2 - Saúde. Esse tema relaciona-se
principalmente aos Objetivos da Agenda 2030:

FIQUE ATENTO(A)!
3 - “Saúde e bem-estar”: https://
Professor(a), oriente os estudantes para
nacoesunidas.org/pos2015/ods3/
que cada time tenha um caderno próprio.
6 - “Água potável e saneamento”: https://
Esse caderno deverá servir como um diário
nacoesunidas.org/pos2015/ods6/
de bordo, por meio do qual serão anotadas
as atividades, observações e o passo a
5ª Semana (2 aulas): Estudo do Tema 3 -
passo realizado pelos estudantes ao longo
Segurança Pública
do desenvolvimento dos estudos dos eixos
temáticos. Esse diário será importante
Professor(a), neste momento, você trabalhará
durante todo o ano, pois servirá para
com os times a terceira linha de pesquisa, ou
registro, apoio e consulta dos estudantes
seja, o tema 3 - Segurança Pública. Esse tema
e também para acompanhamento do(a)
relaciona-se principalmente aos Objetivos da
professor(a). SUGESTÃO: Cada estudante
Agenda 2030:
do time deverá ser responsável pelo registro
do caderno em cada semana de estudo do
8 - “Trabalho decente e crescimento
tema.
econômico”: https://nacoesunidas.org/
pos2015/ods8/
DICA!
11 - “Cidades e comunidades
Para o diário de bordo, é importante que ele
sustentáveis”: https://nacoesunidas.
não seja apenas um caderno comum. Ele
org/pos2015/ods11/
será a principal fonte de armazenamento de
16 - “Paz, justiça e instituições eficazes”:
dados de cada time. Solicite que pessoas
https://nacoesunidas.org/pos2015/
de cada time façam uma capa diferente,
ods16/
coloquem o nome do time, customizem
como acharem interessante. Isso ajuda a
6ª Semana (2 aulas): Estudo do Tema 4 -
criar uma relação de proximidade e vínculo
Sustentabilidade
não apenas com o objeto, mas com o
trabalho que vem sendo desenvolvido e
Professor(a), neste momento, você trabalhará
registrado.
com os times a quarta linha de pesquisa, ou
seja, o tema 4 - Sustentabilidade. Esse tema
3ª Semana (2 aulas): Estudo do Tema 1 - relaciona-se principalmente aos Objetivos da
Educação Agenda 2030 :

Professor(a), neste momento, você trabalhará 2 - “Fome zero e agricultura sustentável”:

com os times a primeira linha de pesquisa, ou https://nacoesunidas.org/pos2015/
seja, o tema 1- Educação. Esse tema relaciona- ods2/

40

7- “Energia limpa e acessível”: https://
nacoesunidas.org/pos2015/ods7/
12- “Consumo e produção responsáveis”:
https://nacoesunidas.org/pos2015/
ods12/
13- “Ação contra a mudança global
do clima”: https://nacoesunidas.org/
pos2015/ods13/
14 - “Vida na água”: https://
nacoesunidas.org/pos2015/ods14/
15- “Vida terrestre”: https://
nacoesunidas.org/pos2015/ods15/
Sugestão:
Música “Reis do agronegócio”, de Chico
César e Carlos Rennó. Vídeo disponível
em https://www.youtube.com/
7ª Semana (2 aulas): Estudo do Tema 5 -
Tecnologia
Professor(a), neste momento, você trabalhará
com os times a quinta linha de pesquisa,
ou seja, o tema 5 - Tecnologia. Esse tema
relaciona-se principalmente ao Objetivo
9 da Agenda 2030 - “Indústria, inovação e
infraestrutura”: https://nacoesunidas.org/
pos2015/ods9/
8ª Semana (2 aulas): Estudo do Tema 6 -
Direitos Humanos
Professor(a), neste momento, você
trabalhará com os times a sexta linha
de pesquisa, ou seja, o tema 6 - Direitos
Humanos. Esse tema relaciona-se
principalmente aos Objetivos da
Agenda 2030:
1 - “Erradicação da pobreza”: https://
nacoesunidas.org/pos2015/ods1/
5 - “Igualdade de gênero”: https://
nacoesunidas.org/pos2015/ods5/
Além dos links indicados, também sugerimos,
sobre o tema, artigos do Portal Geledés, que
integra o Grupo de Trabalho da Sociedade
Civil para a Agenda 2030: https://www.
geledes.org.br/
tema3-4&5
Dia internacional da mulher: igualdade
de gênero é base para o desenvolvimento
sustentável https://www.geledes.
org.br/dia-internacional-da-mulher-
igualdade-de-genero-e-base-para-o-
desenvolvimento-sustentavel/?utm_
medium=ppc&utm_source=onesignal&utm_
campaign=push&utm_content=onesignal
Assim como a leitura do dossiê proposto
pela ONU - A Década Internacional
de Afrodescendentes (2015-2024):
reconhecimento, justiça e desenvolvimento
http://www.decada-afro-onu.org/
9ª Semana (2 aulas): Elaboração dos Projetos
dos Times - Gerando ideias
Nas próximas duas semanas, os times
irão trabalhar com a definição do desafio
estratégico. Nas semanas anteriores,
foi essencial estudar cada um dos eixos
temáticos para descobrir possíveis
problemáticas e pensar sobre as partes
afetadas pelo problema.
Agora, com esse conhecimento, os
times poderão refinar a problemática
e esquematizar um projeto que será
desenvolvido, em busca da melhor solução.
E qual a melhor solução? Aquela que, além de
atender uma ou mais necessidades, é viável
para ser implementada.
Como realizar esse projeto? Em primeiro lugar,
é importante que cada time elabore uma frase
que descreva o problema a ser solucionado
e que norteará todo o desenvolvimento do
projeto. Esse será o desafio estratégico. Como
vimos, esse desafio poderá envolver um ou
mais eixos temáticos.
FIQUE ATENTO(A)!
Cada time será responsável pela escolha
da problemática que irá trabalhar!
41
 tema3-4&5
Após definir o desafio estratégico, é
importante que o time esteja atento para
fazer as conexões entre os eixos temáticos
(o desafio envolve mais de um eixo? Se sim,
quais?) e pensar nas partes diretamente
interessadas na resolução do desafio.
Fase 1
Refinando o problema:
É importante, nesse momento, que o time seja
o mais específico possível.
Exemplo de estratégia (CAVALCANTI;
FILATRO, 2016, p. 175):
Descrição da parte interessada - precisa -
verbos explicando suas necessidades - porque
- ideias capturadas do contexto
Fase 2
Brainstorming
Importante, para este momento, lembrar das
recomendações sobre como agir durante uma
sessão de Brainstorming, cujo passo a passo
encontra-se no Tema 1.
Cada time deverá utilizar o diário de bordo,
cartolina, folhas de papel ofício, canetas
coloridas e post-its, caso haja, para facilitar no
processo de geração e organização de ideias.
Algumas questões fundamentais, que
devem orientar a sessão de cada time, são as
seguintes (CAVALCANTI; FILATRO, 2016, p.
181):
• Como podemos adicionar, remover ou
modificar soluções a partir de soluções
que já existem?
• Como podemos resolver o problema sem
42
gastar dinheiro nenhum?
• E se tivéssemos recursos financeiros
ilimitados?
• Como podemos criar a solução ideal?
(Não limite a sua ideia).
É fundamental que o diálogo flua em cada
time. Todos precisam se expressar e serem
ouvidos. É importante associar ideias que
sejam similares ou complementares, a fim de
aperfeiçoar. Nesse momento, passa a existir a
cocriação.
FIQUE ATENTO(A)!
A criação é um momento muito importante.
É possível que muitos estudantes queiram
procurar soluções que já existem, usando
as redes sociais e a Internet. É fundamental
estimular os estudantes para os significados
de criação e autoria. Caso simplesmente
usem uma ideia ou solução que já está
posta, isso não seria algo inovador ou
criativo: seria uma cópia. Ideias e soluções
já existentes podem servir de inspiração.
O potencial inovador apenas irá existir
quando os estudantes conseguirem
imprimir originalidade à solução pensada
para a problemática, de acordo com as
especificidades locais.
Após o compartilhamento das respostas de
todos os pontos, as conclusões devem ser
anotadas no diário de bordo.
10ª Semana (2 aulas): Elaboração dos Projeto
dos Times - Refinando ideias
Nesse momento, será selecionada a melhor
ideia, por time, que será o coração do projeto
que cada um irá desenvolver.
DICA!
Apresente, como estratégia, a utilização
de mapas mentais para o melhor
encadeamento de ideias, para fazer
associações e conseguir, visualmente,
dimensionar o processo criativo.

Nesse encontro, cada time escolherá a melhor
ideia, que será desenvolvida em um projeto no
segundo semestre.
• Ordenar as ideias por categorias, de
acordo com a similaridade entre elas;
• Os estudantes, em cada time, devem
selecionar as ideias que mais gostaram,
com base nos seguintes critérios: a ideia
mais prática (aquela que seria mais
facilmente implementada) e a ideia
mais inovadora (aquela que causaria
maior impacto, independentemente do
quão difícil possa ser aplicada);
• Cada time deverá escolher a ideia que
será prototipada (a prototipagem será a
primeira atividade após o recesso).
• A ideia escolhida para a prototipagem
será o foco do projeto a ser desenvolvido
no segundo semestre.
tema3-4&5
S U G E STÃO
O menino que
descobriu o vento
Dirigido por Chiwetel Ejiofor.
Ano de lançamento: 2019.
Disponível na Netflix: https://www.netflix.
com/title/80200047
Baseado na história real de William
Kamkwamba, na África. Com ajuda de um
livro de ciências, o menino construiu um
moinho de vento que acionava uma bomba
para captar água do solo da região onde estava
seu vilarejo. Essa ação ajudou a comunidade
a sobreviver à fome que assolava a região. O
filme trata de temas como responsabilidade
social, sustentabilidade, política, direitos
humanos, criatividade, inovação.
43
SUGESTÃO D E D IN Â MICA
Modelo Y
Material necessário: caneta; lápis, cartolina ou
papel; marcador de quadro branco.
Professor(a), prepare, previamente, frases/
palavras em papéis ou em pedaços de
cartolina que serão usados nessa dinâmica. As
frases/palavras deverão ser:
Empenho
Responsabilidade
Comprometimento
Objetivos compartilhados são mais
importantes que objetivos individuais
Distribua os papéis entre os times, de
maneira aleatória. Solicite que os times
debatam, rapidamente, as frases ou palavras
que receberam. Um ou mais estudantes,
representando cada um dos times, irá colocar
Membros trabalham em conjunto para
integrar habilidades complementares
Resultados são coletivos
Responsabilidade individual +
responsabilidade compartilhada
Boa comunicação
Clareza
Definição dos papéis dos integrantes do time
Na sala de aula, desenhe um “Y” no quadro. Um
“braço” representará o indivíduo e, o outro, o
time. Embaixo do “Y”, escreva o “básico para
um bom trabalho em grupo”.
o papel no quadro, no espaço correspondente
que acredita ser o mais alinhado à frase ou
palavra que receberam. É importante que toda
a sala participe e que haja debate entre os
times no momento da apresentação.
 REFE
RÊN
CIAS
ARAÚJO, U. F.; ARANTES, V. A. Comunidade, conhecimento e resolução de problemas: o projeto
acadêmico da USP Leste. In: ARAÚJO, U. F.; SASTRE, G. (Orgs.). Aprendizagem baseada em
problemas no ensino superior. São Paulo: Summus, p. 101-122, 2009.

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do projeto no ensino universitário. In: ARAÚJO, U. F.; SASTRE, G. (Orgs.). Aprendizagem baseada
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
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FREZATTI, Fábio [et al.] Aprendizagem baseada em problema (PBL): uma solução para
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construtivista. In: Cadernos de Pesquisa, n. 10170, 7p, julho-1999. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/cp/n107/n107a08> Acesso em 03 fev 2019

MARCONI, M. D. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo:

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MELO, Adriana; ABELHEIRA, Ricardo. Design Thinking & Thinking… Design: metodologia,
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MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. In: Coleção Mídias
Contemporâneas - Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Vol. II
Carlos Alberto de Souza e Ofelia Elisa Torres Morales (orgs.). PG: Foca Foto-PROEX/UEPG, 2015.
Disponível em: http://rh.unis.edu.br/wp-content/uploads/sites/67/2016/06/Mudando-a-Educacao-
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Disponível em: < http://www.agenda2030.org.br/> Acesso em: 10 fev. 2019.

RIBEIRO, L. R. C. Aprendizagem baseada em problemas (PBL): uma experiência no ensino

superior. São Carlos: UduFSCAR, 200

47
 tema 6

CONTEÚDO:

Construção do projeto de intervenção, a partir

do uso do instrumento Business Model Canvas,
ou Quadro Modelo de Negócios, adaptado para a
disciplina Colabore e Inove.

OBJETIVOS:

• Amadurecer o desafio estratégico

desenvolvido após os estudos dos eixos
temáticos;
• Familiarizar os docentes com o conceito
de arquitetura pedagógica aplicada à
disciplina Colabore e Inove;
• Utilizar o Quadro Modelo de Negócios
(Businness Model Canvas) adaptado para
a disciplina Colabore e Inove;
• Planejar o projeto que será desenvolvido
pelos times, a partir do Canvas próprio;

CONEXÕES:

Língua Portuguesa, Sociologia, Filosofia, Estudo

Orientado, Projeto de Vida.

HABILIDADES IDEPB:

Matriz de referência de Língua Portuguesa

IV - Práticas de leitura
D06 Localizar informação explícita em
um texto.
D07 Inferir informação em um texto.
D08 Inferir o sentido de palavra ou
expressão a partir do contexto.
D09 Identificar o tema central de um
EDUCAÇÃO texto.

EMPREENDEDORA D10 Distinguir fato de uma opinião.

E ARQUITETURAS
D11 Interpretar textos não verbais e textos
que articulam elementos verbais e não
PEDAGÓGICAS verbais.

50

PÚBLICO:
1ª série do Ensino Médio das Escolas Cidadãs
Integrais
DURAÇÃO:
Duas aulas geminadas semanais (100 min/50
min cada uma), em um total de 4 aulas
semanais para as duas atividades.
ADAPTAÇÃO DO PROFESSOR
COM O TEMA:
O ato de empreender, na contemporaneidade,
passou a ser compreendido em uma
dimensão mais ampla. Empreender não
é sinônimo de tornar-se empresário, pois
nem todo empresário é um empreendedor.
Empreender relaciona-se a encontrar
possibilidades, atuar de uma maneira criativa
sobre um espaço, gerenciar possibilidades de
crescimento e aprendizagem. Esses fatores,
claro, podem ter um retorno financeiro,
gerar renda e movimentar a economia local.
Desse modo, a ideia de empreender também
liga-se à perspectiva de construção de um
futuro, e é possível trazer esse conceito de
empreendedorismo para a educação.
De olho na BNCC e no Novo Ensino Médio!
Professor(a), fique atento! Conforme a Resolução
CNE/CEB n. 3/2018, o empreendedorismo
é um dos eixos estruturantes que devem
conduzir a oferta de itinerários formativos
para o estudante do ensino médio. Portanto,
empreendedorismo é um tema que será parte
trabalhado na educação básica.
Em uma percepção mais ampla do
Empreendedorismo, é possível, portanto
percebê-lo como um conceito/fenômeno
sociocultural que oferece valor positivo para
a sociedade. Assim, queremos trabalhar com
tema 6
uma educação autêntica, que motive nossos
estudantes e que eles se sintam como parte
da solução de problemas, atuando de maneira
solidária e competente. Para que possamos
atingir esses objetivos, precisamos de um
alinhamento entre instituições de ensino,
poder público e do arranjo produtivo local.
Quando aproximamos esses entes, ampliamos
as possibilidades de valorização da dimensão
humana da comunidade local, do seu potencial
de autorrealização e intervenção. Por meio
de ações de sensibilização, mobilização e
participação, é possível compreender e apoiar
o desenvolvimento do cenário socioeconômico
local.
Assim, o foco da educação empreendedora é
gerenciar a aprendizagem em uma ponte entre
a escola, o projeto de vida do estudante e o
mundo do trabalho. Para isso, é necessário que
essa conexão faça sentido para o estudante, na
medida em que ele consiga promover relações
entre o conhecimento que tem e as novas
informações.
Professor, tudo precisa fazer sentido!
Escola + Projeto de Vida + Mundo do Trabalho
A teoria da aprendizagem significativa
foi desenvolvida pelo pesquisador norte-
americano David Ausubel, na década de 1960.
A ocorrência da aprendizagem significativa
pressupõe: disposição da parte do aluno em
relacionar o material a ser aprendido de modo
substantivo e não arbitrário a sua estrutura
cognitiva, presença de idéias relevantes
na estrutura cognitiva do aluno, e material
potencialmente significativo (PONTES NETO,
2006, p. 118). Quando levamos para a educação
básica a proposta da educação significativa,
podemos fomentar uma nova cultura escolar,
com estudantes mais motivados para aprender.
Com esse novo mindset (pensamento),
é possível relacionar conhecimentos e
habilidades técnicas com situações esperadas
e inesperadas do mundo do trabalho. Quando
trabalhamos em uma perspectiva de educação
51
 tema 6
empreendedora, trabalhamos com o potencial
humano para criar projetos e iniciativas que
possam induzir o desenvolvimento regional.
O cenário econômico tem, de maneira
crescente, estimulado a competição, exigindo
dos trabalhadores mais do que habilidades
técnicas. O profissional, visto como qualificado
pelo setor produtivo, precisa saber transformar
conhecimento em produto ou serviço, ou seja,
transformar em riqueza (DOLABELA, 2008, p.19).
Nas sociedades ocidentais contemporâneas
- e isso inclui a multiplicidade da sociedade
brasileira -, precisamos nos reinventar
como profissionais e o modo com o qual nos
integramos ao mundo do trabalho. Durante
muito tempo, a lógica da profissionalização
do mercado relacionava-se ao “figurino de
profissões” que estava disponível. Como analisa
Dolabela (2008, p. 13-14), o pólo definidor da
profissão de uma pessoa estava fora dela,
porque necessitava se adequar ao figurino
ofertado pelo mercado. O indivíduo, assim, se
preparava para seguir uma das possibilidades
ofertadas pelo mercado, na maioria das vezes
sem levar em conta as suas características
pessoais (porque não conhecia a si mesmo) e o
seu próprio sonho, porque não foi estimulado
Com o estímulo ao potencial
empreendedor dos estudantes,
possibilitamos
Construção de Estímulo ao
uma Network Autoconhecimento:
• Nada de respostas
prontas!
• Conhecimento é
construção!
52
a formulá-lo e a transformá-lo em realidade.
(DOLABELA, 2008, p.13).
A ideia principal construída na proposta da
disciplina Colabore e Inove é que, durante
as aulas, possam ser ofertadas técnicas
vinculadas ao aprender a aprender (Importante
paralelo com os 4 Pilares da Educação).
Aprendizagem não se relaciona ao acúmulo de
conhecimento. Ela se vincula a contextualizar
o saber aprendido, a aplicá-lo da melhor forma
possível após o entendimento do contexto,
a perceber que a experimentação é parte do
processo e que, quando necessário, é possível
ajustar a fim de encontrar as melhores soluções.
Uma educação empreendedora, portanto, abre
espaço para as potencialidades.
Dessa forma, o foco das atividades durante
o segundo semestre da disciplina Colabore e
Inove direciona-se a estratégias e atividades
para desenvolver o potencial empreendedor
dos estudantes, alinhando com conhecimentos
da base nacional comum curricular. Nossa
intencionalidade maior é ofertar possibilidades
de gerenciamento de conhecimento, prazer
na aprendizagem e trazer valor positivo para a
coletividade.
Planejamento:
• Não se apoie no
improviso, porém
não o exclua.
SOBRE O DESENVOLVIMENTO
DAS ATIVIDADES

Percurso do
Todos os instrumentos utilizados ao longo
das sequências didáticas têm o objetivo de
auxiliar professores e estudantes no processo
de ensino e aprendizagem. O objetivo é que
estudante
essas ferramentas sejam facilitadoras no
processo de organização de atribuições,
levantamento de dados, visualização do grande
cenário que está sendo trabalhado e possíveis
encaminhamentos. Estímulo à criatividade

Para isso, nos apoiamos na ideia de arquitetura

pedagógica, trabalhado por Carvalho, Nevado
e Menezes (2005). O conceito de “arquitetura”
Autoconhecimento e
relaciona-se a instrumento ou tecnologia
comprometimento com sua
utilizados com um propósito específico.
própria aprendizagem
No caso, a intenção é que essa arquitetura
seja utilizada como suporte em situações
que envolvem o processo de ensino e
aprendizagem, envolvendo reflexão sobre a
pertinência do instrumento utilizado e sobre os Conhecimento do contexto
fins a serem alcançados.

A partir de estudos, reflexão e adaptação,

utilizaremos algumas ferramentas que têm
a finalidade de otimizar o processo de ensino Atuação na realidade a partir da
e aprendizagem, e que foram adaptadas ao identificação de problemas
contexto da disciplina Colabore e Inove.

É importante destacar que uma prática

pedagógica baseada na resolução de problemas
requer que o professor planeje situações de
ensino que se adequem às necessidades
e às possibilidades de aprendizagem dos
estudantes. Se o problema for muito simples,
não representará um desafio na aprendizagem
do estudante. Por outro lado, se o problema
for muito complexo, a aprendizagem não será
eficiente, pois irá requerer estruturas cognitivas
que, até então, não foram construídas pelos
estudantes. (MICHELS, 2014, p. 33).
Na aprendizagem baseada em problemas, uma
das metodologias ativas utilizadas na Colabore
e Inove, é essencial que os casos ou problemas
Possibilidade de inovação!
estudados despertem interesse nos estudantes.
Esses problemas precisam ter significado
e relevância, ou seja, precisam trazer em si
o potencial para despertar o interesse dos
educandos. Por isso, os problemas estudados
por cada equipe formada na disciplina não são
determinados pelos professores, e sim pelo
interesse de cada time, seguindo as grandes
áreas indicadas nos eixos temáticos.

53
 tema 6

Ideia vs Oportunidade

Empreendedores sem sucesso confundem
idéia com oportunidade. Como foi dito
anteriormente, a idéia causa grande
fascínio em seu autor. O apego à ideia, por
razões psicológicas, pode impedir que
ela sofra um processo de validação e, não
raro, faz com que se torne uma das causas
do insucesso. O jovem empreendedor
deve aprender a ver sua ideia com
distanciamento emocional, de modo a
poder fazer uma análise detalhada dela.
(DOLABELA, 2008, p.30).

EMPREENDER IMPLICA EM IDENTIFICAR OPORTUNIDADES!

Sobre o Quadro Modelo de negócios ou 8. Estrutura de custo 9. Fontes de receitas

Businness Model Canvas
O quadro Modelo de Negócios, ou Businness
Model Canvas, é uma estratégia utilizada a
fim de transmitir a essência do que precisa ser
gerenciado, em um formato simples, rápido e
visual. De maneira resumida, “um modelo de
negócios descreve a lógica de criação, entrega e
captura de valor por parte de uma organização”
(OSTERWALDER; PIGNEUR, 2011, p.14). Mundial. Um estudo que analisou as variações
É uma ferramenta de planejamento estratégico
que pode ser aplicada em diversos contextos.
Esses nove componentes são: 1. Proposta
de valor 2. Segmento de clientes 3. Canais 4.
Relacionamento com clientes 5. Recursos
chave 6. Parcerias chave 7. Recursos principais
Abrange quatro áreas principais de um
negócio: 1. Clientes 2. Oferta 3. Infraestrutura 4.
Viabilidade financeira
Um desafio importante para os países
em desenvolvimento consiste em obter
conhecimento. A relação entre conhecimento
e desenvolvimento econômico tem sido bem
documentada por organizações como o Banco
nas taxas de crescimento de um grande número
de países mostrou que o acúmulo de capital
físico explicava menos de 30% dessas variações.
O restante foi atribuído a fatores intangíveis,
sendo o conhecimento o mais importante
(MOORE; KEARSLEY, 2007).

54
 tema 6

“A cidadania é construída na coletividade, e não

quando se pensa apenas no bem-estar individual. ”
Alexis de Tocqueville

ATIVIDADE 01
O QUE DEVE SER LEVADO EM CONSIDERAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DO PROJETO?

Professor(a), é importante que todos os times
tenham passado pelos estudos dos eixos
temáticos. Cada time teve sua definição do
desafio estratégico e, a partir dele, os membros
do time escolheram a melhor ideia de solução a
partir dos critérios colocados na página 43 desta
Sequência Didática.
Agora, vamos refletir sobre a ideia de cada time
para seguirmos para as próximas etapas!

5 PERGUNTAS NECESSÁRIAS
01 A ideia aborda um problema relevante,
frequente e mal resolvido?
02 A ideia apresenta uma forma diferente de
resolver o problema?
03 A ideia pode ser transformada em um
negócio e ter um resultado econômico
interessante?
PROFESSOR(A), ATENÇÃO:
É importante notar que a reflexão sobre a
ideia escolhida por cada time pauta-se na
responsabilidade social: oferta de valor
positivo para a sociedade, englobando a vida
humana e o equilíbrio ecológico, para uma
ética sustentável e biocêntrica.

04 É possível elaborar um plano para
aprender e lidar com as incertezas?
Exemplo de situação: Se faltar um
material importante para a execução da
minha ideia, toda a execução da ideia
ficará comprometida, ou poderemos
fazer ajustes?
05 A ideia tem um impacto social?
Cada time deve debater as 5 questões postas
acima. Ao final, irão fazer um resumo,
apresentando a ideia e as respostas para as
questões para toda a turma. É importante que
todos os times participem e vejam em quais
pontos suas ideias podem estar conectadas.
Será um momento de feedback coletivo entre
os times.

(Adaptado de https://endeavor.org.br/
inovacao/ideias-inovadoras/)

55
 tema 6
ATIVIDADE 02
CONSTRUÇÃO DO CANVAS PARA O PROJETO DA COLABORE i9
Para essas aulas, entraremos na aplicação
do modelo adaptado do Quadro Modelo
de negócio, ou Businness Model Canvas.
Utilizaremos um canvas próprio, ferramenta
que dará suporte para uma visão estratégica
do projeto a ser desenvolvido.
Canvas significa quadro ou tela, sendo
um instrumento que contém informações
essenciais para a validação de uma
proposta ou projeto a ser desenvolvido.
Nessa atividade, utilizaremos dois canvas:
o primeiro para a visualização do projeto e o
segundo, comumente chamado “canvas de
CANVAS 01
O primeiro canvas se propõe a projetar
o grande cenário no qual o projeto se
desenvolve. Essa ferramenta possibilita
que os times visualizem o contexto do
projeto, quais os pontos prioritários e
aqueles que precisam ajustar.
Ao resumir essa ferramenta aplicada
para a Colabore i9 em questões, as
perguntas-chave são:
O quê?
Por quê?
Para quem?
56
tarefa””, que irá especificar o passo a passo
necessário para o sucesso da proposta.
Professor(a), você poderá imprimir uma
folha com cada um dos canvas e entregar
para cada time. Eles deverão reproduzir na
cartolina e preencher o canvas segundo
as indicações da própria ferramenta.
Inicialmente, cada time deve preencher
o Canvas 01, a fim de que tenham uma
melhor visualização do projeto. Em seguida,
deverão preencher o Canvas 02, com o
objetivo de atribuir funções para otimizar o
entendimento e a execução do projeto.
CANVAS 02
O segundo canvas objetiva tratar da
atribuição de responsabilidades para
os integrantes, de modo que todo o time
esteja integrado e ciente das atividades
que cada membro deve desempenhar.
Essas atividades deverão ser distribuídas
pelos próprios estudantes. Você,
professor, deve coordenar e acompanhar
o processo.
As perguntas-chave desse canvas são:
Quem?
Como?
 canvas 02
canvas 01 tema 6

Problema
Quais eixos temáticos estão
envolvidos? Qual sua
importância? Qual é o nosso
problema?
Ideia
Ações Como nós resolvemos o
problema(produto ou serviço)?
No que consiste a solução?
Como nós iremos comunicar as pessoas
interessadas sobre nossa ideia? Qual
será nosso passo a passo?

Visão
O que a escola, comunidade, mundo irão
perder caso sua ideia não seja realizada?
Como você gostaria que o mundo de
amanhã pudesse ser? Pessoas
interessadas
Qual a necessidade principal dela?
Recursos Quantas pessoas compartilham essa
necessidade? Quais serão as primeiras
Quais informações, tecnologias e pessoas beneficiadas com a solução?
materiais nós precisamos? Como nossa
network(rede de conhecimento e
pessoas) pode nos ajudar?

Zona de fronteira
Quais são os riscos e incertezas

Impacto do projeto? Já existem soluções

para o nosso problema? Quais?

social
57
 tema 6
canvas 02
Quem vai
fazer o quê?
Quando?
Ações

Como nós iremos comunicar

as pessoas interessadas sobre
nossas ideias?

Qual será nosso passo a passo?

58
 tema 6

REFE
RÊN
CIAS

CARVALHO, Maria Jane; NEVADO, Rosane A.; MENEZES, Crediné Silva de. Arquiteturas
pedagógicas para educação à distância: concepções e suporte telemático. Anais - XVI Simpósio
Brasileiro de Informática na Educação, 1, 362-372, 2005.

DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

MOORE, M.; KEARSLEY, G. Educação à distância: uma visão integrada. 3 ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2013.

MICHELS, Ana Beatriz. Do fazer ao compreender no contexto da educação à distância: uso de

arquiteturas pedagógicas no processo de empreender. 2014. Dissertação (Mestrado em Educação) -
Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

PONTES NETO, José Augusto da Silva. Teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel:
perguntas e respostas. Série-Estudos - Periódico do Mestrado em Educação da UCDB. Campo
Grande-MS, n. 21, p.117-130, jan./jun. 2006. Disponível em: <http://www.serie-estudos.ucdb.br/
index.php/serie-estudos/article/view/296> Acesso em: 08 de jun. de 2019.

TOCQUEVILE, Alexis de. A democracia na América. São Paulo: Martins Fontes, 2014. [1835]

59
60
61
 tema 7

CONTEÚDO:

Matemática Financeira (porcentagem, taxas de

juros, capital, montante e
juro); Análise de gráficos e tabelas voltados à
Matemática financeira.

OBJETIVOS:

• Conhecer os conceitos e cálculos básicos

da matemática financeira, como: juros
simples, compostos, descontos simples
e compostos, taxas de juros, receitas,
despesas, déficit e superávit;
• Utilizar os conceitos e cálculos da
matemática financeira para resolver
problemas do cotidiano;
• Ler e interpretar gráficos para tomadas de
decisões de cunho financeiro;
CONCEITOS BÁSICOS DE • Oferecer informações e orientações
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
que favoreçam a construção de um
pensamento financeiro consistente e o
APLICADA A PROJETOS desenvolvimento de comportamentos
autônomos e saudáveis;
• Favorecer formação cidadã e tornar
os estudantes capazes de estabelecer
julgamentos, tomar suas próprias
decisões e atuar de forma crítica em
relação aos problemas financeiros
colocados pela vida em sociedade.

CONEXÕES:

Língua Portuguesa, Matemática, Projeto de

Vida, Nivelamento, além dos temas Consumo,
Trabalho e Sociedade, trabalhados sobretudo
em História e Sociologia.

62

HABILIDADES IDEPB:
Matriz de referência de Matemática
D53 Resolver problemas envolvendo o
cálculo de juros simples.
D54 Resolver problemas envolvendo o
cálculo de porcentagem.
D71 Resolver problema envolvendo
informações apresentadas em tabelas e/
ou gráficos. D72 Associar informações
apresentadas em listas e/ou tabelas
simples aos gráficos que as representam
e vice-versa
D77 Resolver problemas envolvendo o
cálculo de juros compostos.
PÚBLICO:
1ª série do Ensino Médio das Escolas Cidadãs
Integrais.
DURAÇÃO:
Para o desenvolvimento deste tema, serão
necessárias em um total de 3 semanas para a
explanação do conteúdo relativo a matemática
financeira, em um total de 6 aulas, divididas em
2 aulas geminadas semanais (100 min/50 min
cada uma).
tema 7
ADAPTAÇÃO DO PROFESSOR
COM O TEMA:
Não apenas pela localização, mas também
pelas especificidades da comunidade que
as escolas atendem, é comum que recebam,
em suas turmas, estudantes bastante
heterogêneos, não só com relação à faixa
etária, mas sobretudo quanto ao conhecimento
específico das disciplinas, no que se refere
ao desenvolvimento de competências e
habilidades.
É sabido, no entanto, que os alunos, embora
apresentem um volume considerável
de informações acumuladas, não
necessariamente sabem ordená-los
logicamente, tampouco constroem as relações
necessárias entre esses conhecimentos e a vida
social. Nesse sentido, faz-se necessário traçar
estratégias para superar essas diferenças, ou
seja, nivelar.
Assim, a educação financeira revela-se como
um conteúdo interdisciplinar e necessário à
vida e ao cotidiano das pessoas, contribuindo
na formação de comportamentos em relação
às finanças. Ademais, está ligado diretamente
ao componente curricular Matemática, através
do conteúdo de Matemática Financeira, bem
como vinculado a Língua Portuguesa por meio
da compreensão e interpretação de situações
financeiras. Além disso, outras áreas do
conhecimento também são contempladas
pela abordagem e podem potencializar o
trabalho do Nivelamento das aprendizagem dos
estudantes.
Para Martins (2004, p. 57), “é importante tomar
consciência da necessidade de alfabetização
financeira, o que pode ocorrer por iniciativa
própria, por orientação dos pais ou por conselho
de amigos. Infelizmente, para muitas pessoas, o
‘alerta’ chega em decorrência de algum desastre
financeiro”. Assim, a educação como um todo
é um problema da sociedade, e não apenas de
educadores. Na educação financeira, o primeiro
passo é enfrentar o descaso e a rejeição.
63
 tema 7
A realidade brasileira demonstra exatamente
isso, pois uma criança chega à fase adulta sem
o domínio de situações financeiras básicas.
Sem o conhecimento básico de educação
financeira no ensino fundamental e médio,
muitos ingressam no ensino superior sem
conhecer os princípios da educação financeira,
e se tornam profissionais sem conhecimento
do quanto seu dinheiro realmente vale na
garantia de uma qualidade de vida.
Mankiw (2001, p. 543) afirma que o
“investimento em educação é tão importante
quanto o investimento em capital físico para o
sucesso econômico, a longo prazo, de um país”
e que uma das formas de melhorar o padrão de
vida da população é proporcionar-lhes um bom
ensino e incentivar o seu uso.
Desse modo, Educação Financeira não é um
conjunto de ferramentas de cálculo mas sim
uma leitura de realidade, de planejamento, de
prevenção e de realização individual e coletiva.
Assim, faz todo sentido ser trabalhado desde
os anos iniciais da vida escolar, afinal, é neste
contexto que iniciamos a construção de um
Projeto de Vida. É um momento, pois, que nos
exige a clareza necessária para que metas e
estratégias sejam traçadas em direção do que
projetamos para o futuro, seja a curto, médio ou
a longo prazo.
Segundo a Organização para Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o
conceito de educação financeira é o processo
que permite melhorar a compreensão em
relação aos produtos e serviços financeiros,
fazendo com que as pessoas sejam capazes de
fazer suas escolhas com a clareza necessária
diante do volume de informações recebidas.
Trata-se, nesse caso, de enxergar o cidadão
como um Protagonista, compreendendo que,
64
apenas ele, com uma série de dados, se revela
capaz de, em direção às metas estabelecidas,
realizar as escolhas, seguir seus caminhos
ciente dos riscos e consequências que o
acompanham.
De acordo com a BNCC, cabe aos sistemas
e redes de ensino, assim como às escolas,
em suas respectivas esferas de autonomia
e competência, incorporar aos currículos e
às propostas pedagógicas a abordagem de
temas contemporâneos que afetam a vida
humana em escala local, regional e global,
preferencialmente de forma transversal e
integradora. Entre esses temas, destaca-se:
saúde, vida familiar e social, educação para
o consumo, educação financeira e fiscal,
trabalho, ciência e tecnologia e diversidade
cultural (Parecer CNE/CEB nº 11/2010 e
Resolução CNE/CEB nº 7/201023). Na BNCC,
essas temáticas são contempladas nos objetos
de dos componentes curriculares, cabendo
aos sistemas de ensino e escolas, de acordo
com suas especificidades, tratá-las de forma
contextualizada.
Nesse sentido, a perspectiva apontada pela
Base Nacional Comum Curricular dá ênfase à
necessidade de se trabalhar o ensino alicerçado
na relação entre Três Eixos Formativos:
Formação Acadêmica de Excelência, Formação
para a Vida e Formação de Competências
para o Século XXI. Apenas assim, não se
perde de vista que a educação está a serviço
da qualidade de vida das pessoas, o que,
como consequência, gera uma sociedade não
apenas melhor, mas também competente para
responder às demandas que se coloca em um
meio cada vez mais exigente e desafiador, onde
não interessa apenas acumular conhecimento,
mas aplicá-lo no cotidiano.

Há um consenso geral de
que o propósito da educação
financeira é ajudar os alunos a
gerir o seu dinheiro bem como
as suas vidas”. (MUNDY, 2008,
p.70) E ainda que, “a educação
financeira deve centrar-se nas
atitudes e comportamentos,
bem como no conhecimento e
habilidades.”
Isto é expresso através do seguinte comentário:
O objetivo da educação financeira é que as
pessoas devem gerir bem o seu dinheiro
ao longo de suas vidas. Assim, a educação
financeira deve abranger atitudes e com-
portamentos, bem como conhecimentos
e habilidades. Isto porque, a menos que
aqueles que recebem educação finan-
ceira se comportem, posteriormente, de
uma forma financeiramente capaz, a edu-
cação financeira não conseguiu alcan-
çar sua finalidade. (MUNDY, 2008, P.74).
Tendo em vista que a Matemática Financeira
estuda a mudança do valor do dinheiro de
acordo com o tempo, faz-se necessário o seu
conhecimento para tomar qualquer decisão
sobre aquisições de bens frente às situações
do dia a dia. Diante disso, é importante que, ao
aplicar em decisões financeiras, tenha-se um
posicionamento crítico diante de propagandas
divulgadas pela mídia, à luz de um dos pilares
da educação, o Aprender a Conhecer, por
meio do qual se materializa a necessidade de
tema 7
exercitar a atenção, o interesse pelo novo e a
compreensão diante dos fatos e evidências.
Nesse contexto, a escola, mediada pelo
Princípio da Pedagogia da Presença, não
pode deixar de orientar os estudantes,
devendo promover o diálogo entre a
Formação Acadêmica e a Formação para
a Vida, oferecendo conhecimentos que os
preparem para agir criticamente no meio onde
estão inseridos, ofertando espaços para o
desenvolvimento do Protagonismo Autêntico,
tendo em vista que
O Protagonismo não evolui espontane-
amente, como um processo natural. Os
estudantes carecem de orientação e de
oportunidades durante a vida, desde os
anos iniciais. Para que se desenvolvam, é
preciso que a escola promova condições
em que seus alunos vão, progressivamen-
te, tomando consciência dos próprios pro-
cessos de aprendizagem, de seus recursos
internos, da capacidade de tomar decisões
para si e para o bem comum. (ICE, p.7, 2015)
É preciso considerar que os estudantes
conseguem, minimamente, compreender e
fazer relações entre as finanças da família
e o modo de vida possível com base naquilo
que chamamos de renda bruta, termo comum
no vocabulário de quem, não raro, ouve os
familiares falarem de empréstimos bancários
ou precisa participar de processos seletivos
diversos (como as avaliações externas do
IDEB/IDEPB e Enem), os quais reúnem essas
informações ou estabelecem critérios claros
quanto à situação financeira da família
para definição das políticas de acesso à
universidade, por exemplo.
Sendo assim, é preciso que a escola esteja
65
 tema 7
conectada a essa discussão, por meio de
atividades que promovam o diálogo entre
a Educação Financeira e o cotidiano dos
alunos. Isso favorece o pensamento crítico,
estimulando-os à mudança de hábitos, de
atitudes e de visão em relação às finanças,
fortalecendo o consumo consciente e a
priorização de recursos e investimentos.
SUGESTÕ E S
SUGESTÃO DE LEITURA PARA O
PROFESSOR:
ENEF (Estratégia Nacional de Educação
Financeira):
<http://www.vidaedinheiro.gov.br/>
A Estratégia Nacional de Educação
Financeira – ENEF – é uma mobilização
multissetorial em torno da promoção de
ações de educação financeira no Brasil.
A estratégia foi instituída como política
de Estado de caráter permanente, e suas
características principais são a garantia de
gratuidade das iniciativas que desenvolve
ou apoia e sua imparcialidade comercial. O
objetivo da ENEF, criada através do Decreto
Federal 7.397/2010, é contribuir para o
fortalecimento da cidadania ao fornecer
e apoiar ações que ajudem a população a
tomar decisões financeiras mais autônomas
e conscientes. A estratégia foi criada através
da articulação de nove órgãos e entidades
governamentais e quatro organizações da
sociedade civil, que juntos integram o Comitê
Nacional de Educação Financeira – CONEF.
66
Para tanto, o uso de recursos disponíveis no
cotidiano escolar, como os computadores,
são capazes de facilitar a inserção digital dos
jovens na criação de planilhas, elaboração
do planejamento familiar e estudo de
orçamento, além das pesquisas em sites
relacionados à matemática financeira e ao
empreendedorismo.
SUGESTÕES DE FILMES:
Fome de Poder - NETFLIX
A história da ascensão do McDonald’s. Após
receber uma demanda sem precedentes e
notar uma movimentação de consumidores
fora do normal, o vendedor de Illinois Ray
Kroc adquire uma participação nos negócios
da lanchonete dos irmãos Richard e Maurice
Mac McDonald no sul da Califórnia e,
pouco a pouco eliminando os dois da rede,
transforma a marca em um gigantesco
império alimentício.
Direção: John Lee Hancock. Roteiro: Robert
Siegel .Produção: Jeremy Renner, Don
Handfield, Aaron Ryder, Karen Lunder
“Se o dinheiro for a sua esperança de
independência, você jamais a terá. A única
segurança verdadeira consiste numa
reserva de sabedoria, de experiência e de
competência.” (Henry Ford)
 tema 7

DESENVOLVIMENTO DAS O QU E É O P L I C K E R S ?
ATIVIDADES

Trabalho Colaborativo com o professor de

Matemática
O Plickers é uma ferramenta disponível na
versão web e aplicativo para dispositivos
Antes do início das atividades, o professor da
móveis, de administração de testes rápidos,
Colabore e Inove junto com o coordenador
que permite o professor escanear as respostas
pedagógico da escola devem, articular
e conhecer em tempo real o nível da turma
com o professor de matemática da turma, a
quanto ao entendimento de conceitos e pontos
viabilização de um conjunto de aulas referente
chaves de uma aula. O aplicativo gera e salva
ao conteúdo específico referente a Matemática
automaticamente o desempenho individual dos
Financeira.
alunos, criando gráficos e dados. Esses dados são
úteis para identificar dificuldades, tendências,
SUGESTÃO DE DURAÇÃO DOS CONTEÚDOS
estratégias de personalização do ensino, para
REFERENTES À MATEMÁTICA FINANCEIRA
adotar como critérios de avaliação dentre outros.
Segue os conteúdos a serem abordados:
Além disso, os alunos têm participação ativa no
processo, pois informam suas respostas sabendo
• Porcentagem;
instantaneamente como foi o seu desempenho.
• Juro;
• Inflação;
O plickers é uma ferramenta 100% gratuita, a
• Consumo;
qual necessita de um cadastro feito pelo sistema
• Receitas;
de cadastro da plataforma que solicita nome,
• Despesas;
sobrenome e-mail e senha. O cadastro pode ser
• Investimento/ aplicações
realizado através do site: https://get.plickers.
• Déficit;
com/.
• Superávit.

ATIVIDADE 01

De posse dos conhecimentos iniciais em questão e a formação integral do

necessários para uma Educação cidadão.
Financeira, a atividade 01 tem o intuito
de fixar os conhecimentos adquiridos de Desenvolvimento
forma lúdica e interativa fazendo com
que os alunos desenvolvam habilidades A atividade será um Quizz utilizando o
e competências voltadas ao conteúdo aplicativo Plickers.

67
 tema 7
Passos:
Primeiro Passo
Cadastramento de questões
Questões de múltipla escolha, além de
criar pastas por turma, série e assunto.
( As questões devem ser alinhadas e
selecionadas junto ao professor de
Matemática que está trabalhando em
conjunto com o professor da Colabore e
Inove).
Segundo Passo
Cadastro das turmas
O professor ao cadastrar uma turma
insere o nível de ensino e área de
conhecimento da matéria. Além disso, é
preciso também cadastrar os alunos um a
um com seus respectivos nomes. Quando
o professor escolhe uma questão deve
informar em qual turma o teste vai ser
aplicado. Assim, o aplicativo reconhece
quais são os alunos que irão responder a
questão. Os procedimentos de cadastrar
questões e turmas devem ser feitos no
aplicativo na versão Web. O App para
dispositivo móvel é útil somente para,
na sala de aula, o professor escolher
as questões e capturar as respostas
através de um scanner com a câmera do
dispositivo.
Terceiro Passo
Aplicação de Testes
Para aplicar o teste e colher as
respostas, o professor deve imprimir
uma espécie de cartão para cada aluno,
que é disponibilizado na plataforma
ao cadastrar os alunos. Cada aluno é
68
representado por um cartão com um
número. Assim, o professor entrega aos
alunos os cartões com seus respectivos
números. Depois, o professor seleciona
a questão no aplicativo web, projeta a
questão onde todos vejam, e através
do App no smartphone, escaneia as
respostas nos cartões dos alunos. É
através da posição dos cartões, que
os alunos mostram ao professor,
que o App reconhece as respostas e
disponibiliza os dados do desempenho
da turma. (Acompanhe o próximo
Post com o Tutorial da utilização dos
cartões). A impressão dos cartões
pode ser feita através do site: https://
assets.plickers.com/plickers-cards/
PlickersCards_2up.pdf. Para aplicação
do teste é necessária conexão com a
internet, de um equipamento de projeção
e um computador com o aplicativo
web disponível, para sincronizar com o
dispositivo móvel, e mostrar as questões e
desempenho aos alunos.
Se professor tiver dúvida quanto à
realização da atividade pode encontrar
um guia de explicação: http://aulaincrivel.
com/guiaplickers/.
Conteúdos pertinentes para trabalhar na
atividade:
• Porcentagem;
• Juro;
•
•
Inflação;
Consumo;
• Receitas;
• Despesas;
• Investimento/ aplicações
• Déficit;
• Superávit.

Sugestão de Atividade sem uso da Internet
O professor pode realizar um quizz com
questões sobre os conceitos aprendidos em
Educação Financeira, de modo que o professor
irá dividir os alunos em grupos ou duplas e
utilizará o data show para expor as questões
sem a necessidade da intervenção com o
aplicativo.
Desse modo, cria-se um ambiente de
aprendizagem de forma interativa, competitiva
e divertida. É importante que o professor crie
um sistema de pontuação com bonificação para
as equipes melhores colocadas.
Outra sugestão de atividade é um jogo da
memória conceitual. O professor deve dividir a
turma em duplas, e cada equipe deve criar pelo
menos 2 cartões cada um com uma referência
(juro, receita, despesas, etc) utilizada na
educação financeira e sua respectiva definição.
tema 7
De posse dos cartões com os conceitos, é hora
de começar o jogo: uma equipe desafia a outra
de modo que a equipe desafiadora deve ler o
conceito para que outra equipe tente acertar
qual conceito está sendo referenciado. Se a
equipe desafiada acertar, ganha a pontuação;
se errar, a pontuação fica com a equipe
desafiadora. Para dar continuidade ao ciclo
de perguntas e respostas, a equipe desafiada
sempre escolherá outra equipe para desafiar e
assim sucessivamente.
Em todas as sugestões de atividades, é
necessário que o professor mostre aos alunos
que os jogos não são apenas atividades de
interação e diversão; além disso, o jogo funciona
como uma atividade de fixação e verificação
da aprendizagem em que o objetivo principal
é fazer com que os alunos compreendam o
conteúdo abordado de forma efetiva.
69
 tema 7
ATIVIDADE 02
Como já observado a educação financeira
nas escolas é importante para que
os alunos aprendam desenvolver o
controle financeiro pessoal e possam
contribuir para haja a gestão financeira
familiar. Nesse sentido com o objetivo
de fazer com que os alunos aprendam
a ter controle e disciplina nos gastos
e aplicações faz necessário que eles
aprendam a fazer um planejamento
financeiro observando as receitas,
as despesas, ajustes de contas,
financiamentos, renegociação de dívidas
e aplicações.
A proposta de atividade é a realização
de um planejamento financeiro familiar
realizado com ajuda do professor com a
70
utilização de planilha excel.
Os alunos devem fazer uma pesquisa
sobre orçamento familiar, identificando
os gastos com transporte, alimentação,
água, energia elétrica, educação,
telefone, faturas de cartão de crédito,
aluguel, farmácia, compras eventuais e
os ganhos, com salário, vendas, lucros
de investimento, recibos de algum
empréstimo, etc.
Nesse link, o professor pode
encontrar um guia para ajudar no
orçamento familiar e pessoal: https://
seucreditonoclick.com.br/educacao-
financeira/modulo-2-orcamento-
pessoal-ou-familiar/

ATIVIDADE 03
Como estabelecer um planejamento financeiro para o projeto do meu time?
Os alunos já sabem da importância da
matemática financeira no gerenciamento
dos gastos. Agora, junto com seus times
inteligentes, devem buscar a reflexão dos
gastos que poderão ter ao tentar colocar em
prática o Projeto do time. O professor deve
pedir a elaboração de uma planilha com
os possíveis gastos com Projeto. O objetivo
da construção da planilha é responder às
seguintes perguntas:
• O que é preciso e como irão arrecadar
os recursos necessários à realização do
projeto?
• Quais são as alternativas mais baratas,
mais sustentáveis e ecologicamente
corretas?
Na planilha, os times devem identificar
todas as receitas fixas e variáveis, e
realizar cálculos simples para identificar
se o orçamento previsto é superavitário ou
deficitário.
A etapa final será a análise e reflexão acerca
do possível orçamento do time junto com
professor, e encaminhamentos os alunos a
como colocar esse planejamento em prática.
tema 7
Seguir as seguintes etapas:
• Verificar quais as metas financeiras?
Precisam de curto, médio ou longo prazo?
São compatíveis com o orçamento?
Tem separado recursos financeiros para
realizá-los?
• Sendo o orçamento deficitário é possível
que o professor faça uma reflexão junto
com os times para que sejam reduzidas
as despesas que podem ficar em segundo
plano.
• É possível aumentar a receita?
Ao final da atividade, deseja-se que o time
saiba reconhecer a realidade financeira para
a realização do projeto, definir prioridades,
consumir de forma contínua e controlada,
realizar o planejamento e assim conseguir
obter um orçamento superavitário, gastar
menos do que recebe e criar o hábito de fazer
poupança para situações de imprevistos ou
emergência.
No link a seguir um exemplo que o professor
pode seguir para se nortear https://
tecnologia.uol.com.br/album/planilha_de_
gastos_excel_album.htm#fotoNav=2.
71
 tema 7

REFE
RÊN
CIAS
MANKIW, N. G. Introdução à economia: princípios de micro e macroeconomia. Rio de Janeiro:
Campus, 2001.

MARONESE, M. C. M. B. Educação financeira: uma necessidade para os jovens consumidores. In:

Os desafios da escola Paranaense na perspectiva do professor. versão on line. Volume 1. p.3,
2016.

MARTINS, J. P. Educação financeira ao alcance de todos: adquirindo conhecimentos financeiros

em linguagem simples. São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 2004.

MUNDY, Shaun. Financial education programmes in school: analysis of selected current programmes
and literature draft recommendations for best practices. OCDE journal: General papers, volume
2008/3. OCDE, 2008.

OCDE. Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico. Recomemmdation on

Principles and Good Pratices for Financial Education and Awareness. Recomendation of the Council.
OCDE. Paris, 2010. Disponível em: http://www.oecd.org/. Acesso em: 10 ago. 2019

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=85121-bncc-
ensino-medio&category_slug=abril-2018-pdf&Itemid=30192

https://artigos.toroinvestimentos.com.br/educacao-financeira-pessoal-curso

http://www.arcoverde.pe.gov.br/zaap/kcfinder/upload/files/pdf/processo-seletivo/apostila-
modelo%20pedag%C3%B3gico.pdf

http://queroinvestiragora.com/planejamento-financeiro-pessoal/

Colaboração Técnica: Richelle Kehrle de Paula Dias ( Professora de matemática da Rede Estadual
da Paraíba.)

72
73
 material de apoio

CONTRATO DE APRENDIZAGEM

“Dream big. Start small. But

most of all, start.”(Sonhe grande, comece
devagar. Mas, acima de tudo, comece.)

-Simon Sinek

1. Onde eu estava?
(Conte um pouco sobre a sua história
de vida, reflita como as suas escolhas o
levaram para onde você está).

2. Onde eu estou agora?

( Reflexão sobre o seu presente, como sua
vida se encontra nesse exato momento.)

3. Aonde eu quero chegar?

(Aqui você pode refletir sobre o seu
futuro, seus sonhos, o que você pretende
ser e fazer.)

A
4. Como farei para chegar lá?
(Reflita aqui nas suas estratégias para
essa jornada, quais são suas metas de
curto, médio e longo prazo. )

NE 5. Como saber se eu já cheguei no lugar

desejado?

XOS
(Reflita sobre a sua futura jornada, e se
você será capaz de cumprir os passos
estabelecidos para cumpri-la. Importante
traçar estratégias fugir do seu foco
principal.)

76

SUPORTE PARA UMA AVALIAÇÃO
POR COMPETÊNCIAS
Professor(a), a disciplina Colabore e Inove se
propõe a trazer métodos inovadores para a sala
de aula. Assim, é necessário que a avaliação
acompanhe as metodologias abordadas ao
longo da disciplina a fim de que o processo
avaliativo seja legítimo e significativo. A
avaliação não é um fim em si mesmo. Ela deve
ser fruto de um processo autêntico vivenciado
durante as aulas. Em alguns momentos,
inclusive a autoavaliação será utilizada. A
seguir, você encontrará um suporte para ajudá-
lo(a) a refletir sobre aspectos importantes da
disciplina.
avaliar por competências neste primeiro
momento de adaptação com a disciplina, é
possível que o período inicial seja nebuloso,
pois alunos e mentor ainda estão se
conhecendo. Portanto, é fundamental que o
mentor seja um guia no sentido de ajudá-los
como as atividades a serem feitas e se esforçar
para enturmar o grupo. Um exemplo: não deixar
que nenhum aluno fique sozinho durante os
encontros semanais. Pequenos gestos fazem a
diferença!
ASPECTOS ESSENCIAIS PARA O BOM
DESENVOLVIMENTO DA COLABORE E INOVE
(CI9)
Comunicação clara:
• A comunicabilidade entre os mentores,
alunos e os diferentes setores da escola
deve fluir de maneira contínua. Isso
evita mal-entendidos que possam trazer
prejuízos ao trabalho. Além disso, torna
as instruções e feedbacks de atividades
mais objetivos.
Acesso à informação:
• O desenvolvimento de listas e planilhas é
capaz de otimizar a rotina dos times;
material de apoio
• O fácil acesso às informações e o
detalhamento das atividades ajudam no
cumprimento de prazos.
Uma maneira de fazer isso é aplicar uma
técnica japonesa chamada Kanban, que é um
cartão de sinalização que controla os fluxos
de atividades de determinado local. Há três
divisões no quadro do Kanban: Fazer/ Fazendo/
Feito. Isso pode ser feito em um quadro,
cartolina ou folha A3, com caneta ou post-it. É
um instrumento visual muito interessante para
colocar tarefas a serem feitas, encaminhadas e
já finalizadas em destaque.
Veja um exemplo em: https://www.devmedia.
com.br/kanban-4-passos-para-implementar-
em-uma-equipe/30218
Coaching:
• as ferramentas e técnicas do método
são capazes de melhorar o desempenho
do aluno, proporcionando alinhamento
de competências, avaliação dos pontos
de melhoria, desenvolvimento da
produtividade e da alta performance.
Planejamento:
• Planejar é preciso, sobretudo quando
o aluno tem vários projetos para
desenvolver ao mesmo tempo;
• Fazer um bom planejamento ajuda a
organizar cada etapa do processo, assim
como é determinante para a entrega das
demandas no tempo certo.
Otimismo:
• Sim, pensar positivo é um elemento-
chave do aluno - e professor - dinâmico.
É necessário estar aberto aos desafios
e recebê-los de forma positiva. A
abordagem metodológica do Design
77
 material de apoio
Thinking, usada na Colabore e Inove,
pontua a necessidade de uma ótica
otimista para a resolução de problemas. É
fundamental que docentes e estudantes
sintam-se motivados, e que possam
fazer seus trabalhos com bom humor,
otimismo e a confiança.
Resiliência e Proatividade:
• Uma boa dose de resiliência, para lidar
com os momentos de dificuldade;
• Proatividade para agir no momento certo:
o dinamismo no trabalho se tornará uma
referência positiva para todos ao redor e
fonte de bons resultados.
Engajamento:
• Acontecerá quando os alunos e mentores
conseguirem aderir aos valores da
disciplina Colabore e Inove. Não é uma
tarefa fácil ter alunos e professores
que se identifiquem ao ponto de se
destacarem dos demais pela entrega e
comprometimento. É uma construção
diária.
Gerenciamento do tempo:
• O tempo precisa ser um aliado dos alunos
e professores que têm muitas tarefas a
fazer. Por isso, o gerenciamento do tempo
é essencial para que todas as demandas
sejam realizadas dentro dos prazos e que
os projetos possam ser desenvolvidos
conforme planejado.
Reconhecimento:
• A prática de bonificação e prêmios
podem ser incentivos para que os times
entreguem um trabalho de qualidade.
Ex: Galeria de fotos dos times com bom
desempenho, participação de visitas
técnicas a empresas etc.
COMPETÊNCIAS A SEREM AVALIADAS
PELO(A) DOCENTE RESPONSÁVEL DA
DISCIPLINA COLABORE E INOVE (CI9)
Autonomia:
• A autogestão e autoliderança devem
proporcionar autonomia aos alunos para
que eles sejam capazes de desenvolver
suas habilidades e trabalharem em prol
da solução dos problemas;
• Os mentores devem ficar atentos ao
que está acontecendo e se manterem
disponíveis para ajudar na resolução de
possíveis dúvidas que aparecerem ao
longo do processo;
• O importante é não “colar” no estudante
para que ele tenha espaço de aprender,
errar, corrigir e evoluir.
Práticas de Linguagem e Competências
Socioemocionais:
• Habilidades comunicativas (ouvir,
escrever e falar): exercitadas nas
produções escritas, na comunicação
entre estudantes, entre o time e com o(a)
professor(a) e no exercício de escuta do
outro, como processo empático;
• Habilidades interpessoais e de
adaptabilidade: o trabalho em grupo é
essencial, o principal objetivo do mentor
é promovê-lo. Os alunos devem estar
cientes de que toda e qualquer atividade
dentro dessa disciplina é mais bem
realizada quando feita em equipe e
desenvolvida a partir de diferentes ideias
e concepções.
 material de apoio

O QUE É?
Ferramenta de Empatia, que auxilia a
compreender melhor o público estudado
por meio da criação de seres fictícios. É
uma maneira de engajar o time no projeto,
ampliando o processo empático ao utilizar
mecanismos que auxiliam na compreensão de
uma determinada realidade.

COMO FAZER?
É necessário trabalhar características que se
aproximem ao máximo do real. O time pode
escolher, por prioridade, quais são os elementos
essenciais, quais são secundários e quais
não fazem diferença para a persona em um
determinado contexto. Importante que um pano
de fundo deve ser construído, que justificará
motivações, preferências e ações.

Exemplo adaptado de Melo e Abelheira (2015,

p.70)

PER
A Padaria Brasil precisa entender os perfis do
público que frequenta seu estabelecimento, a
fim de melhorar serviços e ofertar novos.

SO
Personas: Jorge, Ana e Pedro frequentam a
Padaria Brasil no domingo de manhã. Jorge
tem 56 anos, é casado e tem 3 filhas. É dono de
uma empresa de informática. Trabalha muito

NA
durante a semana, mas gosta de aproveitar o
final de semana com a família. Ana tem 36 anos,
é solteira e mora com uma amiga. Trabalha
numa pet shop e adora animais. Gosta de bares
e da companhia de amigos. Pedro tem 20 anos,

79
 material de apoio

mora com os pais, é tímido e não tem namorada.

Seu sonho é cursar Engenharia. Gosta de RPG e
de passeios com os amigos.

Contexto: Jorge, no domingo de manhã,

toma café com a família na padaria, que
virou um lugar especial onde compartilham
o que aconteceu durante a semana. Ana
adora a Padaria Brasil, porém gostaria que
tivesse opções mais baratas, além de lanches
naturais. Pedro não gosta muito de café, mas se
encontra com os amigos na padaria para tomar
refrigerante e jogar RPG. Gostaria que as mesas
fossem maiores para o jogo.

FIQUE ATENTO(A)!
Pessoas ou grupos que os estudantes
percebam como parte interessada ou
afetada por problemas dos eixos que estão
estudando são fundamentais para conhecer
mais a fundo o tema. É importante trazer a
voz e opiniões desses grupos ou pessoas
para a criação da persona. Por exemplo:
no eixo de sustentabilidade, é possível que
surja algum tema relacionado à agricultura
familiar.
Caso algum estudante tenha algum familiar
ou conheça alguém que seja agricultor,
seria importante orientar que existisse uma
escuta atenta das opiniões e necessidades
dessa pessoa, que representa uma
parte interessada em potencial. Caso
você, professor(a), conheça pessoas ou
grupos que possam ser potenciais partes
interessadas, convide-os para ir à escola
fazer um diálogo com a turma.
Visitas de campo também são momentos
muito importantes na vivência dos
estudantes. Qual a importância disso?
Dessa forma, se traz a experiência concreta
de pessoas que podem impactar ou
são impactadas pelo projeto. Todo esse
processo - não podemos esquecer - é
essencialmente empático e coloca o ser
humano como figura central de ações
inovadoras.

80
 material de apoio

Estratégia que se propõe a analisar, em uma

perspectiva empática, o que alguém diz, faz,
pensa e sente e, assim, imaginar como partes
interessadas podem ter relação os eixos
temáticos estudados.

O QUE ELE(A) PENSA E SENTE?

O que é importante? Principais preocupações,
desejos e aspirações.

O QUE ELE VÊ?

Amigos, parentes, influências, ambiente da
casa e do trabalho.

MAPA
O QUE ELE FALA E FAZ?
Comportamento, atitudes, modo de se
apresentar e agir no mundo

DE
O QUE ELE OUVE? Quais as influências?
O que os amigos falam? O que os familiares
falam?

FRAQUEZAS - Obstáculos, medo,

EMPATIA
frustrações e dores

NECESSIDADES - Desejos, vontades e

visão de futuro
Adaptado de Melo e Abelheira (2015, p. 52)

81
82
 material de apoio

1. Anime:
Anime, animê ou animé se refere à
animação que é produzida por estúdios
japoneses.

2. Brainstorming:
Técnica de discussão em grupo que se
vale da contribuição espontânea de
ideias por parte de todos os participantes,
no intuito de resolver algum problema ou
de conceber um trabalho criativo.

3. Business Model Canvas:

Também chamado de Quadro Modelo de
Negócio, é uma ferramenta que permite
aos empreendedores e estrategistas
definir seu modelo de negócios de forma
simples e visual.

4. Design Thinking (DT):

Abordagem metodológica que aplica
ferramentas do design para solucionar
problemas complexos. Propõe o
equilíbrio entre o raciocínio associativo

GLOS
(ligado à inovação) e o pensamento
analítico (que reduz os riscos). As
pessoas estão no centro do processo, e
suas necessidades são compreendidas
a fundo. Reenquadrar problemas.

SÁ
questionar continuamente e procurar
entender a questão central são os
objetivos do DT.

RIO
5. Geração Z:
Conceito sociológico que se refere
ao grupo populacional nascido no
século XXI (a partir de 2001), conforme

83
 material de apoio
avaliação da ONU (Organização das
Nações Unidas). Os membros dessa
geração estão intrinsecamente ligados
à tecnologia, inclusive construindo
sua identidade a partir dela. São
potencialmente criativos, consumistas,
convivem em geral com ansiedade
extrema, há desapego das fronteiras
geográficas e necessidade de exposição
de opinião.
6. Incubadora de ideias:
A incubadora de empresas - ou
ideias - é uma forma de estimular o
empreendedorismo. Ela fortalece e
prepara um time, com uma boa ideia,
para que venha a ser uma pequena
empresa, tendo condições de sobreviver
no mercado.
7. Insights:
Compreensão ou solução de um
problema pela súbita captação mental
dos elementos e relações adequados.
8. Lean Startup:
O conceito de lean – que pode ser
traduzido como “enxuto” – é bastante
conhecido na gestão e indústria
tradicional, e envolve a identificação e
eliminação sistemática de desperdícios.
De um modo geral, qualquer método lean
usa a estratégia de atuar localmente em
cada item de desperdício de tempo, custo
ou recursos, para chegar a uma qualidade
maior e um time-to-market (tempo para
comercializar) mais rápido.
9. Learning Contract:
Constitui-se em um exercício de
disciplina contínuo de aprofundamento
da sua visão pessoal. O intuito é aprender
como focar energia no que se quer
conquistar.
10. MIT Media Lab:
É um laboratório de pesquisa
84
interdisciplinar que incentiva a mistura
não convencional e a correspondência de
áreas de pesquisa não afins.
11. Pitch:
É uma pequena apresentação de três
a cinco minutos com o objetivo de
apresentar produtos ou serviços a
clientes e dar a conhecer ideias de
negócio a investidores.
12. PBL:
É um método de aprendizado centrado
no aluno, tem o problema com elemento
motivador do estudo e integrador do
conhecimento.
13. PrBL:
É uma metodologia em que os alunos se
envolvem com tarefas e desafios para
desenvolver um projeto ou um produto.
A aprendizagem baseada em projetos
integra diferentes conhecimentos
e estimula o desenvolvimento de
competências, como trabalho em equipe,
protagonismo e pensamento crítico.
Tudo começa com um problema ou
questão que seja desafiadora, que não
tenha resposta fácil e que estimule a
imaginação. O método faz com que o
aluno tenha um papel ativo para o seu
aprendizado.
14. Quebra-gelo:
Dinâmica de grupo rápida, divertida e
intencional, que busca motivar, engajar e
trazer energia às pessoas que irão trabalhar
em conjunto e, em geral, estão começando a
se conhecer.
15. Sementes Empreendedoras:
São grupos de alunos que, por meio
de mentores, são encorajados(as) a
terem mais autonomia e um espírito
empreendedor com o apoio de empresas.
Elas têm como objetivo fazer com
que o time aprenda a empreender
profissionalmente e se desenvolva.
 material de apoio

16. Teams:
É um conjunto de pessoas com
conhecimentos e habilidades diferentes,
que integradas buscam uma ação em
comum, para atingir uma meta.

17. TBL:
É uma das metodologias ativas da
educação. Por meio delas, os estudante
passa a ser mais atuante no processo de
ensino e aprendizagem. O TBL é baseado
em feedbacks constantes entre times e
mentores, o que permite um aprendizado
significativo, com avaliações voltadas à
melhoria do desempenho de um time.

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LUIZA IOLANDA P. CORTEZ DE OLIVEIRA
Mestra e licenciada em História, além de bacharela em
Direito, com formação acadêmica feita na UFPB. Ensina
na rede estadual desde 2013. Ama as boas coisas da
vida, o planeta e (muito) café. Adora as citações do Mestre
Yoda e, na maior parte do tempo, é uma pessoa legal.

iolandapcortez@gmail.com www.instagram.com/luizaiolandacortez

Giovania de Andrade Lacerda Lira

Especialista em fundamentos da educação e Práticas
Interdisciplinares pela UEPB. Licenciada em Química
também pela UEPB.Largou a Engenharia por amor à
docência. Professora da rede desde 2012. Ama viajar,
adora pessoas e se considera gente fina.

liragiovania@gmail.com www.instagram.com/giovanialira

fhelipy arruda rocha

Designer gráfico por formação e sonhador por convicção.
É apaixonado pela cultura geek e, recentemente, caiu de
amores por colagens. Entusiasta das Artes, limpa, cozinha
e tem o riso fácil.

fhelipyarruda@gmail.com www.instagram.com/fhelipy.a
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