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Habilidades de leitura e escrita envolvem

comportamentos verbais e simbólicos. Dessa forma,


procedimentos de ensino baseados no paradigma da
equivalência de estímulos são importantes para o
ensino desses repertórios.
Procedimentos de ensino fundamentados no
paradigma da equivalência de estímulos podem
engendrar a aprendizagem de leitura com
compreensão. Isso ocorre quando um aprendiz
relaciona corretamente figuras às palavras impressas
correspondentes, assim como o inverso.
Pré-requisitos

1 - Pareamentos de estímulos iguais


2 - Encaixe de objetos e formas
3 - Pareamento: Estímulo 3D = 2D
4 - Identificação de figuras (Nomear)
Orientações:

1. Especifique o comportamento que deseja ensinar.


2. Reforce imediatamente o comportamento-objetivo e não reforce as
respostas erradas.
3. Só avance para a próxima etapa após o aprendiz alcançar os critérios
de aprendizagem.
4. Use situações de aprendizagem naturalmente reforçadoras.
5. Utilize dicas para evitar que os alunos cometam erros.
Gomes (2015) descreveu uma rota de ensino de habilidades de leitura para
pessoas com TEA, que parte de comportamentos simples para os mais
complexos, com o objetivo final de ensinar leitura oral e leitura com
compreensão.

A autora sugere seis etapas para o ensino de leitura:


1. Requisitos; 2. Habilidades rudimentares; 3. Sílabas simples; 4. Programa
informatizado; 5. Leitura oral; e 6. Interpretação.
A etapa 1 envolve o ensino de habilidades básicas que são
requisitos para o início do processo de ensino de leitura para
pessoas com TEA; sem essas habilidades não seria possível
ensinar essa população a ler. A autora indica como requisitos
as habilidades de: sentar e finalizar atividades simples;
emparelhar palavras impressas; nomear figuras e vogais.
A etapa 2 tem o objetivo de ensinar habilidades básicas
e rudimentares de leitura, por meio de tarefas nas quais
o aprendiz é ensinado a relacionar figuras e palavras
impressas e a nomear esses estímulos.
A etapa 3 enfatiza a ampliação das habilidades de leitura oral e de
leitura com compreensão. O objetivo é ensinar a ler oralmente
qualquer palavra constituída por sílabas simples, do tipo
consoante/vogal e também favorecer a leitura com compreensão,
ao ensinar relações entre palavras impressas e figuras
Na etapa 4, o objetivo é ampliar ainda mais as habilidades de
leitura oral e de leitura com compreensão, ensinando a ler
palavras escritas em letras minúsculas e compostas por sílabas
complexas (dificuldades da língua).
As etapas 5 e 6 têm o objetivo de melhorar a fluência
da leitura oral e a compreensão do texto.
Utiliza-se o aumento gradativo do tamanho dos textos e o uso de
estratégias para manter o foco da atenção do aprendiz no estímulo a ser
nomeado (apontar para cada uma das sílabas da palavra que o aprendiz
deve ler). Em relação à compreensão da leitura, é sugerido estratégias de
ensino que englobam o aumento gradativo da dificuldade das atividades, o
uso de temas do cotidiano e que tenham referência concreta e visual, além
de estratégias para ensinar o aprendiz a solicitar ajuda quando tiver
dúvidas.
Referência: GOMES, C. G. Ensino de leitura para
pessoas com autismo. Curitiba, PR: Appris, 2015.

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