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Os desafios do mercado de trabalho no Brasil
contemporâneo
Em 2008, uma grave crise econômica se instaurou nos EUA,
conhecida como o “Estouro da Bolha Imobiliária” e, consequentemente, seus países aliados, como o Brasil, também sofreram com o impacto: quando um país agroexportador perde parte de seu financiamento, o poder de compra e o ritmo de produção diminuem, resultando na redução do número de funcionários.Esse panorama de instabilidade econômica expõe as deficiências do mercado de trabalho e a necessidade de avaliar seus efeitos na contemporaneidade.
Em primeira instância, o desemprego tornou-se uma cruel realidade.
Sabe-se que sua causa provém da decadência financeira vigente e, neste sentido, o aumento do déficit orçamentário incitou o corte de gastos públicos, vide as ações do governo grego em 2011. Para tentar superar a crise, os donos de empresas promovem a demissão em massa, visto que o trabalhador com carteira assinada possui custo elevado ao empregador. Outro fator relevante é que a predominância dos funcionários demitidos possui baixa qualificação profissional, confirmando a existência de uma cadeia hierárquica e a condição de vulnerabilidade desses em tempos de oscilações negativas no ambiente corporativo.
Paralelamente a isso, muitos indivíduos veem no emprego informal
uma alternativa às dificuldades do mercado de trabalho. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística), cerca de um quarto dos trabalhadores se enquadra na categoria autônoma, isto é, sem vínculo empregatício.
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M od elo de re da çã o Embora seja uma “saída” - a curto prazo - àqueles que foram demitidos e têm baixo nível de escolaridade, as condições de trabalho são precárias: não há renda fixa e perde-se a garantia dos direitos trabalhistas, como as férias e o auxílio doença. Outrossim, o comércio informal não paga impostos, dificultando o recolhimento de recursos que seriam repassados ao Estado para os serviços públicos, contribuindo, ainda mais, com a crise.
É notório, portanto, que a incerteza do cenário econômico prejudica
os indivíduos no mercado de trabalho. Cabe ao governo brasileiro reorganizar as finanças do país e propiciar oportunidades empregatícias, para tal, o Ministério da Educação deve expandir os cursos de profissionalização, como o Pronatec, possibilitando o aumento da qualificação com o incentivo de cursos técnicos às classes menos favorecidas, como ainda, democratiza o acesso à educação básica. Os investimentos do Estado na educação são, inclusive, cruciais ao desenvolvimento dos indivíduos, a fim de que esses consigam competir com os demais para atuarem no mercado formal. Só assim, a prosperidade de um futuro melhor será evocada.
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