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Fitoplâncton e Bacterioplâncton
Microscopia de Epifluorescência
- foi introduzida nas ciências aquáticas nos anos 70
- permitiu a observação de pequenos organismos (<2 µm) que são pequenos demais para se depositarem
com o método de Utermöhl (1958) ou para serem reconhecidos com um microscópio óptico
- permite a diferenciação entre organismos autotróficos e heterotróficos
- células flageladas frágeis são preservadas
- esta técnica deve ser usada juntamente com a microscopia de inversão
Princípio de Funcionamento
Um certo volume de água é filtrado por uma membrana apropriada; o filtro é colocado no microscópio
epifluorescente, no qual a luz é filtrada através de filtros apropriados, de modo a incidir luz de determinado
comprimento de onda, que vai excitar as moléculas, as quais vão fluorescer.
Soluções
Glutaraldeído a 25% para microscopia de epifluorescência – para fixar a amostra;
adicionar até uma concentração final de 2 a 5% (v/v)
Proflavina – dissolver 10 mg de proflavina em 40 mL de água destilada ou desionizada;
filtrar por filtro de 0,2 µm; armazenar no frio (4ºC) e no escuro; adicionar 50 µL de
proflavina por 5 mL de amostra de água
Acridina laranja – dissolver 0,25 g de acridina laranja em 250 mL de água destilada pré-
filtrada por 0,2 µm; armazenar no frio (4ºC) e no escuro
RIOSBD 1
Preserva a morfologia celular de forma adequada
Amostra fixada tem que ser armazenada no frigorífico durante poucos dias
Preparação pode ser armazenada durante longos períodos de tempo (anos) no congelador
Extremamente tóxico
É usado em concentrações finais entre 2 e 5%
FITOPLÂNCTON
- montar o sistema de filtração composto por kitasato ligado a uma bomba de vácuo e funil
de filtração preso com uma mola
- colocar um filtro de acetato de celulose com diâmetro do poro ≥ 0,4 µm (serve de filtro de
suporte, permitindo uma distribuição uniforme dos organismos sobre o filtro de membrana)
- sob o filtro de suporte, colocar o filtro de membrana de policarbonato de cor negra com
diâmetro do poro 0,4 µm (se o filtro for branco deve corar-se previamente o filtro com irgalão negro)
- colocar a chaminé de filtração e prender com a mola
- pipetar um volume adequado (Guadiana 1-5 mL) de amostra para a chaminé (o volume de
amostra a filtrar depende da quantidade de organismos presentes na amostra e nas patículas em suspensão)
x.A.d
abundância (cél.L !1 ) =
a.n.v
RIOSBD 2
d = factor de diluição devido à adição de glutaraldeído (vol. final/vol.
amostra)
a = área do campo (mm2)
n = número de campos contados
v = volume de amostra filtrado (L)
- para medir as células usa-se o reticulado New Porton G12 (May, 1965)
- o biovolume celular médio é calculado com base nas fórmulas geométricas que melhor se
adequam a cada espécie (ex. Hillebrand et al., 1999)
- a biomassa é calculada como função não linear do volume celular médio, usando as
relações descritas na literatura (ex. Verity et al., 1992)
BACTERIOPLÂNCTON
- montar o sistema de filtração composto por kitasato ligado a uma bomba de vácuo e funil
de filtração preso com uma mola
- colocar um filtro de acetato de celulose com diâmetro do poro ≥ 0,2 µm (serve de filtro de
suporte, permitindo uma distribuição uniforme dos organismos sobre o filtro de membrana)
- sob o filtro de suporte, colocar o filtro de membrana de policarbonato de cor negra com
diâmetro do poro 0,2 µm (se o filtro for branco deve corar-se previamente o filtro com irgalão negro)
- colocar a chaminé de filtração e prender com a mola
- pipetar um volume adequado (Guadiana 1-5 mL) de amostra para a chaminé (o volume de
amostra a filtrar depende da quantidade de organismos presentes na amostra e nas patículas em suspensão)
- filtrar com pressão < 100 mm Hg (para evitar a destruição das células)
- adicionar acridina laranja (algumas gotas, de modo a cobrir o fundo), cobrir a chaminé
com papel de alumínio e aguardar 3 minutos (tempo de contacto)
- colocar uma gota de óleo não fluorescente (Cargille tipo A) numa lâmina
- retirar a membrana do sistema de filtração, colocar a membrana sobre a gota de óleo,
colocar nova gota de óleo sobre a membrana e cobrir com lamela
- conservar a preparação no frio (-20ºC) e no escuro
RIOSBD 3
- cálculo do número total de bactérias (TBN):
x.A.d
TBN (cél.L!1 ) =
a.n.v
Bibliografia
Daley RJ, JE Hobbie (1975) Direct counts of aquatic bacteria by a modified epifluorescence technique.
Limnology and Oceanography 20: 875-882.
Haas LW (1982) Improved epifluorescence microscopy for observing planktonic micro-organisms. Annalles
de l’Institut Oceanographique de Paris 58: 261-266.
Hillebrand H, C-D Dürselen, D Kirschtel (1999) Biovolume calculation for pelagic and benthic microalgae.
Journal of Phycology 35: 403-424.
Hobbie JE, RJ Daley, S Jasper (1977) Use of Nucleopore filters for counting bacteria by fluorescence
microscopy. Applied and Environmental Microbiology 33: 1225-1228.
May KR (1965) A new graticule for particle counting and sizing. J Sci Instrum 42: 500-501.
Utermöhl H (1958) Zur vervollkommung der quantitativen phytoplankton-methodik. Mitteilungen-
Internationale Vereiningung für Limnologie 9: 1-38.
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Verity PG, CY Robertson, CR Tronzo, MG Andrews, JR Nelson, ME Sieracki (1992) Relationships between
cell volume and the carbon and nitrogen content of marine photosynthetic nanoplankton. Limnology and
Oceanography 37: 1434-1446.
RIOSBD 5