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Nobel Algarve British International

School

Observação de Células
DISCPLINA: BIOLOGIA E GEOLOGIA

Bárbara Mendes Francisco 10ºA Nº2


20/03/2023

0
Índice:
Objetivo--------------------------------------------------------------------------------------------- 2
Introdução---------------------------------------------------------------------------------------- 2/3
Materiais--------------------------------------------------------------------------------------------3
Cuidados------------------------------------------------------------------------------------------- 4
Metodologia-------------------------------------------------------------------------------------- 4/5

Resultados-------------------------------------------------------------------------------------- 5/6/7

Análise Crítica------------------------------------------------------------------------------------ 7/8

Conclusão------------------------------------------------------------------------------------------- 8

Bibliografia----------------------------------------------------------------------------------------- 9

1
Objetivo
O objetivo do trabalho é:

• comparar e observar as diferenças entre os tipos de células eucarióticas existentes,


através da técnica da coloração;

Introdução
Na hierarquia de organização da vida, a célula ocupa o primeiro lugar, visto que constitui
a unidade estrutural mais pequena dos seres vivos. No entanto, até ao século XVII a sua
existência era desconhecida e só com o avanço progressivo das técnicas de observação e
com a persistência de muitos investigadores esta unidade de estrutura e a função dos
organismos tem vindo a ser cada vez mais conhecida.

No século XIX os cientistas alemães Mathias Schleiden (botânico) e Theodor Schwann


(zoólogo) propuseram a primeira Teoria Celular: “os seres vivos são constituídos por
células e estas são a unidade estrutural da vida”. Alguns anos mais tarde, Rudolf Virchow,
um médico e biólogo alemão, ampliou o significado desta Teoria: “a célula é a unidade
básica de estrutura e função dos seres vivos; todas as células provêm de células
preexistentes; a célula é a unidade de reprodução, de desenvolvimento e de
hereditariedade dos seres vivos”.

Ao longo do tempo foram categorizados dois tipos de células: as procarióticas e


eucarióticas. As células procarióticas apresentam uma estrutura simples e o seu núcleo
não é individualizado, designando-se por nucleoide. As células eucarióticas têm uma
estrutura complexa, têm um núcleo separado do citoplasma, ao contrário das células
procarióticas. Dentro destas podemos distinguir as células animais das vegetais, pois

Figura 1- Célula eucariótica animal e vegetal

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apresentam algumas diferenças a nível estrutural, embora em ambas estejam presentes: a
membrana celular, o citoplasma e o núcleo.

Para proceder à observação microscópica é necessário aplicar algumas técnicas de modo


a obter uma melhor visualização dos componentes do material microscópico, uma vez
que as células são de reduzidas dimensões e, além disso, não apresentam contraste entre
os seus constituintes. Nesta experiência vão ser evidenciadas as diferenças entre as células
eucarióticas, visto que é impossível, com os microscópicos disponíveis, observar células
procarióticas, devido ao seu pequeno tamanho.

Materiais:
Materiais Laboratoriais:

• Lâminas;
• Lamelas; Figura 2- Lâminas e Figura 3- Bisturi Figura 4-
Microscópico Ótico
Lamelas
• Bisturi;
• Microscópico ótico composto;
• Pinça;
• Água destilada;
Figura 7- Palitos
• Palitos esterilizados; Figura 5- Pinça
esterilizados

• Azulejo (para o corte de materiais); Figura 6- Água


Destilada
Materiais Biológicos:

• Epiderme da cebola;
• Parte de uma alga;
• Folha de uma planta rasteira;
• Epitélio Bucal;

Reagentes:

• Solução de Azul Metileno;


• Solução de soluto de Lugol;
• Solução de vermelho neutro; Figura 8- Azul de Figura 9- Soluto de Figura 10- Vermelho
Metileno Lugol Neutro

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Cuidados:
Ter algum cuidado no manuseamento:

• Das pinças, lâminas, lamelas e dos corantes;


• Não deixar a objetiva tocar na preparação;
• Não comer, não beber durante a realização da atividade;
• Guardar o azul de metileno longe de substâncias incompatíveis;

Metodologia:
Procedimento 1: Observação de células animais

1. Raspou-se levemente a face dorsal da língua com um palito;


2. Colocou-se no centro de uma lâmina uma gota de solução de azul-de-metileno;
3. Colocou-se o produto obtido quando se raspou a face dorsal da língua sobre a gota
do corante;
4. Cobriu-se com a lamela;
5. Observou-se no microscópio a diferentes ampliações e registou-se sob forma de
fotografia;

Procedimento 2: Observação de células vegetais

- Algas (a)

1. Retirou-se uma parte da alga e a mesma foi colocada entre a lâmina e a lamela,
juntamente com água destilada;
2. Observou-se no microscópico a diferentes ampliações e registou-se sob forma de
fotografia;

- Planta rasteira (b)

1. Retirou-se a epiderme de uma parte de uma planta rasteira, com o auxílio de uma
pinça;
2. Colocou-se a mesma entre a lâmina e uma lamela, juntamente com água destilada;
3. Observou-se o microscópico a diferentes ampliações e registou-se sob forma de
fotografia;

4
- Epiderme de cebola (Allium cepa) (c)

1. Recortou-se uma porção da cebola em forma de um quadrado;


2. Retirou-se a epiderme dessa porção com a ajuda de uma pinça e um bisturi;
3. Colocou-se uma gota de três reagentes (vermelho neutro, soluto de Lugol e azul
de metileno), cada uma em três lâminas diferentes;
4. Pousou-se em cada lâmina três pedaços de epiderme da cebola;
5. Cobriu-se cada lâmina com uma lamela;
6. Observaram-se ao microscópio a diferentes ampliações as diversas estruturas;

Resultados
Procedimento 1:

Citoplasma
Núcleo

Membrana Celular

Figura 2- Observação do epitélio Figura 12- Observação do epitélio Figura 13- Observação do epitélio Bucal
Bucal/ Ampliação 10x10= 100x Bucal/ Ampliação 40x10= 400x Ampliação 4x10= 40x

Procedimento 2

(a):

Cloroplasto

Figura 34- Observação da alga Figura 15- Observação da alga


Ampliação 40x10= 400x Ampliação 4x10= 40x

5
(b):

Célula com cloroplastos


Figura 16- Observação de uma Figura 17- Observação de uma planta rasteira Figura 18- Observação de uma
planta rasteira Ampliação 10x10= 100x planta rasteira
Ampliação 4x10= 40x Ampliação 40x10= 400x

(c):

Parede Celular Citoplasma Núcleo

Figura 19- Observação da Epiderme da cebola com Figura 20 - Observação da Epiderme da Figura 21- Observação da Epiderme da cebola
azul de metileno cebola com azul de metileno com azul de metileno
Ampliação 4x10= 40x Ampliação 40x10= 400x Ampliação 10x10= 100x

Núcleo

Parede Celular
Figura 22- Observação da Epiderme da cebola com Figura 23 - Observação da Epiderme da cebola com
soluto de Lugol soluto de Lugol
Ampliação 40x10= 400x Ampliação 4x10= 40x

6
Figura 24- Observação da Epiderme da Figura 25- Observação da Epiderme da cebola
cebola com vermelho neutro com vermelho neutro
Ampliação 40x10= 400x Ampliação 10x10= 100x

Análise Crítica
No procedimento 1, ou seja, a observação de células animais através do epitélio bucal é
possível observar o núcleo e o citoplasma envolvente, no entanto, a divisão celular não é
muito clara. Ou seja, foi possível observar os núcleos corados pelo azul-de-metileno, mas
não se notou a existência de membranas celulares. As células do epitélio bucal estavam
dispersas (possivelmente devido à forma como foram colhidas) e tinham uma forma
irregular. A observação da amostra foi realizada em três ampliações (x40, x100, x400).

No procedimento 2, isto é, a observação de células vegetais em três plantas diferentes,


uma alga, uma planta rasteira e a epiderme de uma cebola (Allium Cepa). Na alga, é clara
a divisão celular e a presença de cloroplastos, devido ao tom verde causado pela presença
de clorofila. Sendo o cloroplasto um organelo apenas existente nas células vegetais. Na
planta rasteira, é igualmente percetível a presença de cloroplastos, no entanto, as células
da planta estavam desorganizadas e apresentavam uma forma irregular. E por último,
foram feitas três preparações de epiderme de cebola nas quais foram colocados três
reagentes diferentes, vermelho neutro, soluto de Lugol e azul de metileno. A 1ª amostra
de epiderme da cebola com azul metileno, tinha como objetivo evidenciar a presença de
núcleo e o mesmo foi concluído, podendo o organelo ser identificado na amostra. Na 2ª,
de epiderme e soluto de Lugol, o mesmo tinha de corar a parede celular e o núcleo e assim
aconteceu. As células vegetais apresentam uma forma irregular e desorganizada. E por
fim, a amostra de epiderme de cebola com o reagente vermelho neutro, que evidenciou o
vacúolo hídrico. O mesmo é um organelo apenas presente nas células vegetais e tem como
função o armazenamento de água ou outras substâncias, acabando por ocupar maior parte

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do volume celular. Todas as amostras do 2º procedimento foram observadas nas três
diferentes ampliações (x40, x100, x400) do microscópico ótico.

Conclusão
Os resultados obtidos corresponderam ao objetivo, tendo sido possível observar os dois
tipos de células eucarióticas (animal e vegetal) e distinguir os seus constituintes.

Através da realização desta experiência é possível perceber que, como já foi afirmado, a
distinção entre célula vegetal e animal é feita através da constituição estrutural da mesma.
As células vegetais apresentam constituintes que a célula animal não tem como a parede
celular, o vacúolo hídrico e os cloroplastos. As vegetais apresentam também formas
geométricas, situando-se relativamente próximas umas das outras. E as animais
encontram-se mais dispersas e tem uma forma mais irregular. No entanto, ambas as
células apresentaram três constituintes em comum, o citoplasma (corresponde ao interior
da célula, excetuando o seu núcleo, quando presente; a sua fração líquida corresponde ao
citosol ou hialoplasma, constituído por água, sais minerais, e uma grande diversidade de
compostos orgânicos necessário à atividade celular), a membrana plasmática/celular
(delimita a célula e regula as troca de materiais entre o meio intracelular e o meio
extracelular) e o núcleo (responsável por controlar todas as atividades celulares e
armazenar informação genética).

Podemos chegar também à conclusão de que a utilização de corantes permite realçar as


estruturas celulares e para os diferentes tipos de células, neste caso células eucarióticas,
serem distinguidas.

No procedimento1, o núcleo e o citoplasma são claros, no entanto, a membrana celular


não é tão percetível em qualquer ampliação, devido ao foco do microscópico utilizado.
Outro fator que pode dificultar a observação das células eucarióticas está presente no
segundo procedimento, na amostra de uma epiderme de cebola com o reagente vermelho
neutro, onde existem diversas bolhas de ar causadas pela má colocação da lamela sobre a
lâmina e não é visível na imagem a presença de vacúolos hídricos. No 2º procedimento,
na amostra (c), é difícil distinguir o núcleo das células provavelmente devido ao excesso
de azul de metileno colocado na amostra. Para além disso, no procedimento 2 existem
algumas amostras em que não foram retiradas imagens nas três ampliações, embora
tenham sido observados todas as amostras nas mesmas.

8
Bibliografia
• Jorge Reis, J.R, António Guimarães, A.G, Ana Bela Saraiva, A.B.S, Odisseia 10
Biologia,Porto Editora
• https://diatoms.org/genera/pinnularia•
• https://www.biologianet.com/biodiversidade/cianobacterias.htm•
• https://www.biologianet.com/biologia-celular/diferencas-entre-as-celulas-
animais-vegetais.htm
• http://www.jcmorais.com/documentos/correc_modelo_relatorio_celulas.pdf
• https://notapositiva.com/observacao-da-organizacao-celular/
• https://pt.slideshare.net/AMLDRP/relatrio-biologia-10ano-membrana-celular
• http://www.jcmorais.com/biogeo10.html
• https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Secundario/Documentos/Programas/C
E_Programa/materiais_biologia_deolinda_qual_a_importancia_dos_pigmentos_
e_da_luz_na_producao_de_compostos_organicos.pdf
• Fig1-
https://www.google.com/search?q=celula+vegetal+e+animal&sxsrf=AJOqlzUM
xn6-h_CbtpRSrHWL_o-
JMH9TyQ:1679230068052&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwi2
-c69g-
j9AhWOcaQEHX8jCPAQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1280&bih=569&dpr=1.
5#imgrc=yRpLfAuFo0grqM;
• Fig2-
https://www.google.com/search?q=laminas+e+lamelas&sxsrf=AJOqlzUWFma5
MKWogGi8HONRJmrJwUkRBA:1679251065588&source=lnms&tbm=isch&s
a=X&ved=2ahUKEwiX3ILa0ej9AhXYuaQKHfzkAQ4Q_AUoAXoECAEQAw
&biw=1280&bih=569&dpr=1.5#imgrc=O59mIeDBViDqXM
• Fig3-
https://www.google.com/search?q=bisturi&sxsrf=AJOqlzU2jnO8O8lzNBWOn8
YQrnelRbmKag:1679251077413&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUK
Ewjsv9Tf0ej9AhVKNOwKHUFHD10Q_AUoAXoECAEQAw#imgrc=Onrzsx2
fIcf0kM
• Fig4-
https://www.google.com/search?q=microsc%C3%B3pio+%C3%B3ptico&sxsrf
=AJOqlzX7-
8nBhMlkkr_CiTCNgTrSBPclxw:1679251180877&source=lnms&tbm=isch&sa
=X&ved=2ahUKEwi7vf-

9
Q0uj9AhUBMuwKHYiIDlgQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1280&bih=569&dp
r=1.5#imgrc=EytjDfPFXu3cDM
• Fig5-
https://www.google.com/search?q=pin%C3%A7a+biologia&sxsrf=AJOqlzU1a
KkTchYFJSKnZLl4A1kKgAP2NQ:1679251105934&source=lnms&tbm=isch&
sa=X&ved=2ahUKEwirraHt0ej9AhWGraQKHZwlBWIQ_AUoAXoECAEQA
w&biw=1280&bih=569&dpr=1.5#imgrc=0KAkPXDO8tZ3hM
• Fig6-
https://www.google.com/search?q=agua+destilada&sxsrf=AJOqlzUKMz7drhCq
TsyzBWTgB-
JiiZZ7cw:1679251118220&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjcjo
_z0ej9AhXOTKQEHQqGB8YQ_AUoAXoECAIQAw&biw=1280&bih=569&d
pr=1.5#imgrc=pxpP2M6wai9NXM
• Fig7-
https://www.google.com/search?q=palitos+esterilizados&sxsrf=AJOqlzXPetrrK
XBAjkr7nInM8BU1BQUNrw:1679251131346&source=lnms&tbm=isch&sa=X
&ved=2ahUKEwj_n7D50ej9AhWxwQIHHcdtBrgQ_AUoAXoECAEQAw&bi
w=1280&bih=569&dpr=1.5#imgrc=0lTUbNKcGijPjM
• Fig8-
https://www.google.com/search?q=azul+metileno%C2%B4&sxsrf=AJOqlzXshl
-
MYz43vSTFQ6YrzdaaVVgopA:1679295756862&source=lnms&tbm=isch&sa=
X&ved=2ahUKEwi0172Y-
On9AhUcUaQEHZpdA0gQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1280&bih=569&dpr=
1.5#imgrc=2eq6tZmsjG13nM
• Fig9-
https://www.google.com/search?q=soluto+de+lugol&tbm=isch&ved=2ahUKEw
iE1LmZ-On9AhXSXaQEHab1AgMQ2-
cCegQIABAA&oq=soluto+de+lugol&gs_lcp=CgNpbWcQAzIECCMQJzIHCA
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• Fig10-
https://www.google.com/search?q=vermelho+neutro&tbm=isch&ved=2ahUKE
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