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Universidade de Fortaleza

20 à 24 de Outubro de 2014

AS MÁSCARAS DO SINTOMA NA PÓS MODERNIDADE: UM OLHAR


PSICANALÍTICO SOBRE O MAL ESTAR NARCÍSICO DA
CONTEMPORANEIDADE
Francisco Harley de Oliveira Almeida¹, Paulo Smayly de Almeida Maia²
1. Universidade de Fortaleza – Curso de Psicologia (IC)
2. Universidade de Fortaleza – Curso de Psicologia (IC)
harley.almeida@gmail.com

Palavras-chave: Adoecimento. Cultura. Narcisismo. Máscaras. Mal-estar.

Resumo
O presente artigo investiga o que tem conduzido ao adoecimento psíquico da civilização
ocidental atual, fazendo um levantamento de padrões de comportamentos que demonstram uma certa
insegurança do indivíduo, levando-o ao sofrimento psíquico, observado na experiência clínica
psicanalítica citada na fala de autores como Freud (1930), Leite (2000), Roudinesco (2000), Kristeva
(2002), Melman (2003), Birman (2006), Lebrun (2008). Iniciamos relacionando o tema proposto com o
texto freudiano O mal-estar na cultura e alguns conceitos do autor. Metodologicamente utilizamos a
pesquisa bibliográfica exploratória como forma de levantar informações sobre o problema.
Concomitantemente analisamos a obra de Segall (1938) e correlacionamos a pesquisa bibliográfica.
Esperamos que ele traga questionamentos sobre a forma como estamos vivendo em sociedade, e sirva
de base para um futuro estudo de campo, para pesquisarmos de que forma esse sujeito atual pode se
ver além das aparências, e dar um novo sentido a sua vida, para além das máscaras que escondem
nossas verdades.

Introdução

Este trabalho tem por objetivo proporcionar uma reflexão crítica à cerca dos padrões de
comportamento da sociedade pós-moderna, que vive em um paradoxo de uma “cultura do contente”,
viral e alienada, uma alegoria mascarada de uma vida social antidepressiva advinda dos avanços
tecnológico, científico e a forte influência da mídia, resultando em elevados casos do sofrimento psíquico
desse sujeito que está inserido na era do exagero, da pressa e da competitividade. A depressão se
caracteriza como epidemia nesta civilização narcísica, que segundo Roudinesco (2000, p.16): “quer banir
de seu horizonte a realidade do infortúnio, da morte a da violência, ao mesmo tempo procurando integrar
num sistema único as diferenças e as resistências. Em nome da globalização e do sucesso econômico,
ela tem tentado abolir a ideia de conflito social”.
Dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2009 apontam que, nos
próximos 20 anos a depressão será a doença mais comum do mundo. Então, o que será que tem
conduzido o indivíduo a esse adoecimento da civilização atual? Porque utilizamos “máscaras” para
impressionar e demonstrar uma sensação de felicidade inexistente? Será possível vivermos de forma
alegre e plena mesmo sendo fadados ao sofrimento, como aponta Freud (1930)
Roudinesco (2000) afirma que nesse quadro atual o ódio ao outro, tornou-se sub-reptício,
perverso e ainda mais temível, por assumir a máscara da dedicação à vítima:
Se o ódio pelo outro é, inicialmente, o ódio a si mesmo, ele repousa, como
todo masoquismo, na negação imaginária da alteridade. O outro passa então a
ser sempre uma vítima , e é por isso que se gera a intolerância, pela vontade de
instaurar no outro a coerência soberana de um eu narcísico, cujo ideal seria
destruí-lo antes mesmo que ele pudesse existir. (p. 16)
A motivação primeira desse trabalho partiu da observação do quadro Máscaras (1938), do pintor
Lasar Segall (1938), observado durante visita ao Espaço Cultural da UNIFOR para conhecer a exposição
“Trajetórias – Arte brasileira na Coleção Fundação Edson Queiroz”.
Essa estratégia de ensino foi utilizada com o objetivo de realizarmos uma articulação entre arte e
psicanálise para solidificarmos os conhecimentos do conteúdo disciplinar, gerar debates e exemplificar
na prática como os conceitos psicanalíticos pulam do plano do ensino teórico para a realidade retratada
na arte.
Assim buscamos contextualizar a sociedade atual com conceitos psicanalíticos à partir de Freud,
dialogando com outros autores também.
Percebemos na pintura de Segall, traços que nos levam a fazer analogias com a busca em que
as pessoas têm se colocado atualmente, utilizando-se de máscaras para modelar uma felicidade ilusória,
mascarando o sentimento do vazio interior, do desânimo, da falta de prazer pela vida e que tais
sentimentos não podem ser revelados em função do capitalismo, onde os “fracos” perdem lugar no pódio
da fantasia.
Kristeva (2002) aponta que há um corpo que age, na maioria das vezes, mesmo sem a alegria
da embriaguez performática. Ela menciona ainda que o homem moderno está perdendo sua alma.
Nossa pesquisa está dividida em quatro partes descritas a seguir: Introdução, metodologia,
discussão e conclusão. Consta ainda em anexo, a imagem do quadro Máscaras, de Lasar Segall (1938).

Metodologia

Utilizamos como método para o nosso trabalho a pesquisa exploratória, tendo em vista que essa
seria a melhor ferramenta para o nosso objetivo, que é levantar informações sobre o problema exposto.
A técnica selecionada foi a pesquisa bibliográfica para recorrermos a livros e textos que abordam o tema
escolhido por nós, à partir da metodologia usada como uma nova estratégia de ensino-aprendizagem na
disciplina TEORIAS PSICOLÓGICAS II : PSICANÁLISE – 2014.1, que foi uma visita ao Espaço Cultural
da Universidade de Fortaleza – UNIFOR e a exposição “Trajetórias – Arte brasileira na Coleção
Fundação Edson Queiroz”, para realizar uma articulação entre arte e psicanálise.
Após a visita e debate em sala de aula, elaboramos nossas questões surgidas em torno da
observação do quadro de Segall (1938), As máscaras.
De acordo com Gil (2008), a pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade com o
problema e assim explicitá-lo. Geralmente esse tipo de pesquisa envolve pesquisa bibliográfica e estudo
de caso.
Gil (2008) comenta também que a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em matéria já
elaborada, constituída principalmente de livros e artigos científicos.
Escolhemos uma obra artística para realizarmos uma análise crítica, correlacionando-a a vida
social contemporânea. Realizamos uma pesquisa bibliográfica de textos freudianos e de outros
psicanalistas como Kristeva (2002), Lebrun (2008), Birman (2006), Melman (2003), Roudinesco (2001),
Leite (2000), levantando um questionamento que virou ordem de saúde pública na atualidade, numa
análise consistente das repercussões de nosso tempo moderno, naquilo que chamamos de vida
psíquica.
Considerando que o foco é a contemporaneidade vale ressaltar que a força motriz para o
adoecimento desse sujeito inserido nessa nova cena é o capitalismo, ao que se apresenta pelos
excessos.
Dentro da ideologia liberal do capitalismo que vigora na contemporaneidade, o excesso de gozo
é liberado para todos, como esclarece Melman (2003, p.60): “Hoje podemos observar que a palavra de
ordem da ideologia liberal é assegurar o gozo a todos. E isso se tornou a nova moral. A nova moral é
que cada um tem o direito de satisfazer plenamente o seu gozo, sejam quais foram suas modalidades.”
Para Birman (2006) essa transformação histórica é fundada em operadores políticos, sociais e
simbólicos, que subvertem os campos dos saberes e dos valores. O autor alerta que no lugar das antigas
modalidades de sofrimento psíquico, centradas no conflito psíquico, nas quais se opunham os impulsos
pessoais e os das interdições morais sociais, agora as novas formas do mal-estar se evidenciam nos
registros do corpo, da ação e do sentimento. Em todos percebemos a patologia dos excessos e o culto
ao não adoecimento: “O corpo para os cidadãos do mundo moderno, é o nosso único bem. Numa
inversão em relação à Antiguidade, pode-se afirmar que o corpo se transformou no bem supremo, de
maneira que este se aloja no corpo e tem na saúde o seu ideal” (Birman, 2006, pp.175-176).
Daí porque somos tão narcísicos hoje, sempre preocupados com nosso bem estar. O termo
Narcisismo é empregado em psicanálise para designar um comportamento pelo qual um indivíduo ”ama
a si mesmo”, tratando o próprio corpo da mesma maneira como se trata o corpo de uma pessoa amada.

Resultados e Discussão

Lasar Segall foi um pintor, escultor e gravurista judeu brasileiro nascido na Lituânia. O trabalho
de Segall tem influências do impressionismo, expressionismo e modernismo. Seus temas mais
significativos foram representações pictóricas do sofrimento humano: a guerra, a perseguição e a
prostituição. (referencia)
A produção de Segall apresenta temas recorrentes como o universo de desfavorecidos e
marginalizados pela sociedade. O humanismo, revelado pela preocupação com a violência, a miséria e
as injustiças sociais, e certo caráter lírico estão presentes em toda a sua carreira. O artista confere a
suas figuras deformações expressivas e situa os personagens em espaços que os oprimem, o que gera
um clima de tristeza e abandono. Aborda temas universais, expressando-os com emoção, por meio da
cor em sua pintura ou pelo jogo entre linha e vazio em suas produções gráficas.
As diversas faces visualizadas no quadro parecem representar as diversas manifestações do
inconsciente. Segundo o conceito freudiano de inconsciente e seu papel no aparelho psíquico, bem
como suas formas de manifestação na consciência, é através dos atos falhos, lembranças encobridoras
e sonhos que podemos acessá-lo. O quadro máscaras de Segall parece mostrar um lugar sombrio, um
porão obscuro, bagunçado, revirado, repleto de máscaras que parecem ter sido criadas artesanalmente.
Representações de um ideal do eu? Ou de um eu ideal?
O “Eu Ideal” traduz um narcisismo primário, uma dimensão imaginária, limitada e idealizada,
relacionada ao narcisismo dos pais, e que confere ao sujeito uma sensação de onipotência. Já o ”Ideal
de Eu” é o ‘Eu’ comprometido em ter de ser/fazer/cumprir determinadas demandas para ser amado e
reconhecido.
O aparelho psíquico para Freud é constituído por inconsciente, consciente e pré-consciente e
nesse contexto não podem ser compreendidos separadamente.
Dessa forma podemos perceber uma relação da obra de Segall de 1938, com o texto escrito em
1930 por Freud: O mal-estar da cultura, onde o mesmo descreve:
“A felicidade humana, por conseguinte parece não ser a finalidade do
universo e as possibilidades de infelicidade realizam-se mais prontamente. Essas
possibilidades estão centralizadas em três fontes: o sofrimento físico, corporal;
perigos advindos do mundo exterior e distúrbios ocasionados pelas relações com
os outros seres humanos - talvez a fonte mais penosa de todas.” (?)
Freud (1930) nos faz perceber que o indivíduo não pode ser feliz em sociedade, por maior
avanço que tenhamos tanto na tecnologia quanto na ciência, como vemos atualmente, isso não será
suficiente para nos tornamos plenos de satisfação. É´ impossível nos realizarmos através da satisfação
do prazer, se vivemos numa civilização que é contraria as necessidades humanas. Seria essa a razão do
indivíduo buscar se utilizar de máscaras, buscando encontrar meios de construir uma imagem ideal?
Freud (1914) inaugura o conceito de narcisismo, e esse se constrói em fazer-se amar pelo outro,
em agradá-lo para reconquistar seu amor; mas isso só pode ser feito através da satisfação de certas
exigências, as do ideal do eu. O eu busca intensamente a reencontrá-lo, e para isso, para recuperar o
amor e a perfeição narcísica, passa pela mediação do ideal do eu.
Vejamos o que diz Kristeva (2002, p. 14):
Não se dispõe nem do tempo e nem do espaço para construir uma alma. A
simples suspeita de tal preocupação parece ridícula, deslocada. Umbilicado no
seu quanto-a-mim, o homem moderno é um narcisista, talvez cruel, mas sem
remorso. O sofrimento o prende ao corpo - ele somatiza. Quando se queixa, é
para melhor comprazer-se na queixa que ele deseja sem saída.
Atualmente vivemos em uma sociedade onde a imagem é exacerbada em detrimento do bem
estar social. A sociedade vive uma era onde o selfie, tão utilizado nas redes sociais, está mais
preocupado em se mostrar do que viver em si. Na era do facebook, em que esperamos nas postagens
publicadas ser curtido e compartilhado, como sinal de aprovação do outro, existe nesse processo quase
que automático, um investimento na própria imagem, por achar que essa imagem é mais importante do
que o resto que nos cerca. Podemos relacionar esse fato com a fase do autoerotismo, quando a libido é
direcionada ao eu. Freud (1915), menciona que no autoerotismo, não há um investimento no mundo
externo visto que o ego está totalmente tomado por pulsões, e em parte é capaz de satisfazer tais
pulsões em si mesmo.
A sociedade vem padronizando um novo modelo de cultura. A cultura do selfie, e essa
constantemente está em completo movimento gerando transformações na vida psíquica desse sujeito
contemporâneo que se apresenta escondido por trás da máscara da felicidade plena. Um mercado de
ilusões onde existe um escambo narcísico entre as massas reproduzindo um “ideal do eu”. Os espaços
virtuais cada vez mais se tornam indivisíveis do real. Essa transformação acontece em todos os âmbitos
em que esse homem está inserido, e por conta disso estamos vivenciando um momento singular da
história em que a sociedade se consolida em um prazer exacerbado, causando assim um
transbordamento de gozo supervalorizado nesse novo modelo social.
Kristeva (2002, p. 14 e 13) relata que:
Habitante de um espaço e de um tempo retalhados e acelerados, tem, com
frequência, dificuldades de reconhecer em si mesmo uma fisionomia. Sem
identidade sexual, subjetiva ou moral, este anfíbio é um ser sem fronteiras, um
‘borderline’ ou um ‘falso self’. Um corpo que age, na maioria das vezes, mesmo
sem a alegria da embriaguez performática. O homem moderno está perdendo
sua alma. Mas não sabe disso, pois é precisamente o aparelho psíquico que
registra as representações e seus valores significantes para o sujeito. Ora, a
câmara escura está avariada" (...) “a experiência cotidiana parece demonstrar
uma espetacular redução da vida interior. Quem, hoje em dia, ainda tem alma?
Não se ignora a chantagem emocional, digna das novelas televisivas, mas isso
mostra apenas o fracasso histérico da vida psíquica, bem conhecida pela
insatisfação romântica e pelo valdeville burguês.
A medida que esse indivíduo se torna multifuncional, competindo com o outro e consigo mesmo,
se utilizando para além de seus recursos psíquicos, causa uma sobrecarga, em que Freud vem chamar
de sistema percepção-consciência, onde se exige atenção constante, respostas imediatas, estímulos
variados e repetitivos por um longo período, acarretando em um adoecimento. Hoje esse trabalho é
exaustivo, inclusive em momentos que deviriam ser de lazer e relaxamento, pois produz-se momentos
perfeitos de alegria através de inúmeros registros e compartilhamentos nas redes sociais, afim de crer
que esse momento está sendo vivido de forma plena e feliz, construindo assim uma imagem em vários
lugares e pessoas contagiadas pelo sorriso fotografados pelos smartphones. Uma sociedade onde
incessantemente busca-se a auto satisfação agregada a aceitação do outro. Um momento onde se
processa informação em grande escala, causando competitividade e uma instabilidade nas paixões que
traz a vertigem desse homem contemporâneo estar sempre a margem de um abismo. É´ onde Freud
vem falar de função permanente, de aparar choques e reagir estímulos, onde impede a consistência
psíquica para o que foi vivido porque não dá para acompanhar, representar, memorizar e criar uma
narrativa para o que foi vivido como impede a transmissão.
Kristeva (2002, p.) acrescenta ainda que:
Pressionados pelo estresse, impacientes por ganhar e gastar, por desfrutar e
morrer, os homens e mulheres de hoje economizam essa representação de sua
experiência a que chamamos vida psíquica. Não se dispõe nem do tempo nem
do espaço necessários para se constituir uma alma. Quando não está sob o
cuidado das drogas (neuroquímica), você tem na imagem o “curativo”. Afoga no
fluxo da mídia seus estados de alma, antes que se formulem em palavras. A
imagem tem o extraordinário poder de captar suas angústias e seus desejos, de
controlar lhes a intensidade e suspender-lhes o sentido. A coisa anda sozinha. A
vida psíquica do homem moderno situa-se entre os sintomas somáticos (doença,
hospital) e a transformação dos desejos em imagens (devaneio diante da
televisão). Mais que uma comodidade ou uma nova variante do “ópio do povo”,
essa modificação da vida psíquica prefigura, talvez, uma nova humanidade, a
qual terá ultrapassado, com a complacência psicológica, a inquietação metafísica
e a busca de sentido para o ser. Não é fabuloso que alguém se satisfaça com
uma pílula e uma tela? O problema é que o trajeto de um tal super-homem está
semeado de ciladas. E aí ela começa a relatar ‘as novas Doenças da alma’ com
base em sua vasta experiência clínica.

Considerações Finais

Percebemos que um novo sujeito surgiu com a modernidade. Os sintomas de hoje não são os
mesmos do tempo de Freud, mostrando assim que na medida em que a cultura se modifica, as
necessidades humanas também mudam, logo esse indivíduo sofre a influência dessas alterações,
resultando em novas problemáticas psíquicas, ou seja, independente de tempo e espaço que este
indivíduo está inserido, sempre haverá sofrimento. O que ocorre é uma repetição advinda de um
pensamento distante que é a projeção do amanhã, onde esse sujeito responsabiliza o futuro, lugar este
onde ele desconhece, porém, deposita esperanças num ideal de felicidade. Percebemos que através
dessa projeção, o indivíduo encontra subsídios que o afasta de uma aceitação da certeza que todos nós
temos, porém tememos, por isso nos distanciamos, o medo da morte.
Para Kristeva (2002) os sintomas psicossomáticos e o poder de transformar desejos em imagens
caracterizam a vida psíquica na atualidade. Perguntando-se se existem novos pacientes, a autora afirma
que a experiência cotidiana parece demonstrar uma grande redução da vida interior. "Quem, hoje em
dia, ainda tem alma?"
"Porquanto uma constatação se impõe: pressionados pelo estresse, impacientes por ganhar e
gastar, por desfrutar e morrer, os homens e mulheres de hoje economizam essa representação de sua
experiência a que chamamos vida psíquica. O ato e seu avesso, o abandono, substituem a interpretação
do sentido.”
Destacamos a importância do trabalho, por investigarmos as causas do sofrimento psíquico na
sociedade atual e de que forma ela impacta na vida diária para, a partir da constatação desse indivíduo
adoecido e insatisfeito, buscar um meio de proporciona-lhe uma nova forma de viver a vida, de forma
mais significativa.
Concluímos dessa forma, que há a necessidade de um estudo de campo para aprofundarmos a
realidade atual desses sintomas mencionados (as novas doenças da alma), e dessa forma encontrar um
meio de oferecer ao sujeito ferramentas para ressignificar esses sintomas, e restaurar a vida psíquica
para permitir-lhe uma vida melhor.

Referências
BIRMAN, J. Arquivos do Mal-estar e da Resistência. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

FREUD, S. O mal-estar na cultura; tradução de Renato Zwick; revisão técnica e prefácio de Márcio
Seligmann Silva. Porto Alegre: L&PM, 2012.

FREUD, S. Introdução ao narcisismo: ensaios de metapsicologia e outros textos. Tradução e notas


Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das letras, 2010.

GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: ATLAS; 2008

KRISTEVA, J. As novas doenças da alma; tradução de Joana Angélica D’Avila Melo. Rio de Janeiro:
Rocco, 2002.

LEBRUN, J-P. A perversão comum: viver juntos sem outro. Rio de Janeiro: Companhia de Freud,
2008.

LEITE, M. P. S. Psicanálise lacaniana: Cinco seminários para analistas kleinianos. São Paulo:
Iluminuras, 2000.

MELMAN, C. Novas Formas Clínicas No Início do Terceiro Milênio. Porto Alegre: CMC, 2003.
ROUDINESCO, E. Por que a Psicanálise?. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.

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