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Um dos principais teóricos da história da sociologia foi Max Weber, um alemão nascido em
1864 numa família protestante que dedicou seu estudo para compreender e relacionar a
origem do capitalismo e a religião. O autor, tem um método idealista extremamente
influenciado por Immanuel Kant, trabalha com uma sociologia compreensiva onde faz
diversas comparações entre os indivíduos a partir da ação social.
Em uma de suas obras, Weber explica a que se refere o termo, defende que são todas as ações
realizadas em conjunto ou individualmente com um significado determinado. Existem quatro
tipos de ação social, sendo estas: afetiva, tradicional, racionais referentes a fins e valores. Em
suma, outra grande tese de Weber busca compreender as tipologias dessas ações e discute o
conceito de poder e dominação,
Em seu livro sobre “Economia e Sociedade e Metodologia das Ciências Sociais” debate sobre
a legitimidade e ilegitimidade do poder. O exercício do poder para Weber não é legítimo
quando há o uso da força e quando é legítimo chama de dominação.
Sendo assim, podemos aplicar esses conceitos em diversas discussões cotidianas, tais como:
na legitimidade do poder do estado, na economia, na educação, na política, na segurança.
Todas essas instituições exercem um determinado poder sobre os indivíduos, nossa sociedade
é construída ao redor de leis que dominam nossos direitos e fazem a manutenção de quais
ações são morais e imorais.
Tomemos como exemplo, o comércio exterior, o Brasil é um país totalmente dominado pelos
Estados Unidos economicamente, apesar de ser uma fonte de matéria prima, como o petróleo,
exporta a gasolina, sendo obrigado a pagar em dólar por um produto que poderia ser
produzido no próprio país. Essa dominação impõe diversas limitações a forma como o Brasil
se relaciona com outros países, estando fadado a seguir ordens implícitas do governo
americano, se em algum momento, por ventura houver um desentendimento entre os EUA e
outra potência, o Brasil tem como “obrigação” manter-se ao lado do país que lhe gera o maior
benefício econômico, o que na teoria Weberiana, é uma espécie de dominação e exercício de
poder legítimo.
Temos como exemplo o boicote econômico à Rússia que ocorreu em 2022 devido a guerra
contra a Ucrânia. Apesar dos Estados Unidos terem uma breve participação nessa guerra,
países como Reino Unido e Brasil, não realizaram sanções econômicas contra eles. Porém,
reduziram fortemente seu comércio com a Rússia, o Reino Unido fez restrições comerciais
que auxiliaram no aumento de 7% no valor do óleo, segundo dados divulgados pela BBC, já
no Brasil,a rede Globo parou de transmitir novelas russas, segundo uma notícia divulgada
também pela BBC.
Por outro lado, temos o exercício ilegítimo de poder, esse que ocorreu evidentemente do lado
russo para com os ucranianos, como intuito de forçar violentamente o território europeu a
força militar russa visa restabelecer a antiga zona de influência da União Soviética, expandir
a Otan e consequentemente forçar a adesão da Ucrânia a essa união. Porém, o governo
ucraniano não tem interesse em voltar às dependências russas e permanece lutando pelo
direito de manter sua independência.
Dessa forma, concluímos que a maneira como a Rússia exerce poder sobre a Ucrânia não é
legítima segundo Max Weber, pois ao iniciar uma guerra baseada na violência causou
diversas mortes, destruição e caos. Em contrapartida, a guerra econômica liderada pelos
Estados Unidos, é legítima e válida levando em consideração os conceitos do autor, e
exprime claramente a forma como o capitalismo funciona.
REFERÊNCIAS:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60668791
https://www.correiobraziliense.com.br/mundo/2022/03/4989501-em-boicote-a-russia-apple-in
terrompe-negocios-no-pais-de-putin.html
https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2022/03/4991848-globo-boicota-russia
-e-para-de-exportar-novelas-em-sancao-contra-a-guerra.html
https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2022/03/01/paises-boicotam-russia-na-onu-br
asil-nao-adere-ao-protesto.htm
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2022/02/25/guerra-russia-ucrania-an
alista-politico-estadunidense.htm