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Voltando ao exemplo Norte Coreano, é comum, ao checar fontes das matérias sobre o
país veiculadas em grandes veículos de mídia, encontrar créditos a corporação Radio Free
Asia, um conglomerado de mídia financiado pelos Estados Unidos, que tem sede em
Washington. Acontece que, em bem mais de uma oportunidade, esta instituição já foi
acusada de disseminar fake news sobre o país asiático, sendo inclusive desmentida por
turistas e correspondentes locais. Outro jornal frequentemente acusado de disseminar
informações inverídicas é o sul coreano Chosun Ilbo, que tem casos famosos, como quando
noticiou que o ministro da defesa coreano teria sido executado de forma brutal a mando de
Kim, e apesar deste boato ter sido desmentido, continua sendo constantemente espalhado
como verdade pela internet.
Outros países socialistas, inclusive mais abertos, como China e Cuba, e até outros já
não mais existentes, como as antigas União Soviética e Iugoslávia, também são alvos
frequentes do mais variado tipo de distorção histórica ou informacional. É importante frisar
que este tipo de propaganda com a finalidade de sabotar a imagem de um país não é
apenas feita por meio de jornais e revistas, mas todo tipo de obra cultural, desde músicas
às grandes produções hollywoodianas. Theodor Adorno, junto a outros estudiosos da escola
de Frankfurt, já apontava o caráter de padronização capitalista na indústria cultural, mas
além disso, denunciava a maneira que os detentores deste controle o usam para disseminar
seu ideal burguês e centrado no capital.
Isolamento econômico:
Dos argumentos utilizados para atacar países socialistas (ou até mesmo não
socialistas, mas com alguma afinidade, como Venezuela e mais recentemente Argentina) é
normal se utilizar a falácia de que este meio de produção leva ao empobrecimento geral dos
habitantes deste local. Mas não é frequentemente citado, por exemplo, que a ilha de Cuba é
refém de um embargo econômico sexagenário — E ele continua vigente não por falta de
resistência do governo cubano, que desde de 1992 já apresentou 30 resoluções à ONU
(Organização das Nações Unidas), solicitando o fim do bloqueio. É evidente que este tipo
de medida prejudica o crescimento da economia e desenvolvimento dos países que são
submetidos a elas, já que os impede de fazer livre negociação com outros estados
soberanos e empresas estrangeiras, gerando fome, desemprego, crises no abastecimento e
muitas vezes forçando-os a utilizar tecnologias obsoletas.
Outra questão que pode ser debatida é a falta de unidade histórica entre socialistas, que
reverbera na política externa das nações que adoram este sistema, como a briga ideológica
entre trotskistas e leninistas/stalinista, como também a ruptura Stalin-Tito, gerada por um
conflito de interesses entre os países soviéticos e a liga dos comunistas da Iugoslávia (LCI).
Mas estes assuntos já entram em uma análise teórica e histórica mais profunda.
Fontes: super.abril.com.br: "7 notícias falsas sobre a Coreia do Norte que enganaram o
ocidente"
revistas.ufrj.br: "Theodor Adorno, uma crítica à indústria cultural"
cartacapital.com.br: "Cuba pede na assembléia geral da ONU o fim do embargo dos EUA"
notícias.uol.com.br: 1948:A iugoslavia é expulsa do Koninform