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Aula 09 - Profª Gislaine

Holler
TRT-MT 23ª Região (Analista Judiciário -
Fisioterapia) Conhecimentos Específicos
- 2023 (Pré-Edital)

Autor:
Gislaine dos Santos Holler, Mara
Claudia Ribeiro

12 de Abril de 2023

07890663510 - Matias Mendes da Silva


Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 09 - Profª Gislaine Holler

Sumário

1 – AFECÇÕES DOS MEMBROS SUPERIORES ............................................................................................ 3

1.1 - OMBRO .................................................................................................................................................. 3

1.2 – COTOVELO, PUNHO E MÃO .......................................................................................................... 21

2 - Afecções do quadril................................................................................................................................. 32

2.1 – DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES............................................................................................ 32

2.2 – Osteoartrose de quadril .................................................................................................................. 33

2.3 – Ruptura labial acetabular ................................................................................................................ 37

2.4 – Pubalgia ........................................................................................................................................... 39

2.5 – Meralgia parestésica........................................................................................................................ 41

2.6 – Síndrome do piriforme .................................................................................................................... 42

2.7 – Bursite trocantérica ......................................................................................................................... 44

3 – Afecções do joelho ................................................................................................................................. 46

3.1 – Lesões meniscais ............................................................................................................................. 47

3.2 – Lesões ligamentares do joelho........................................................................................................ 47

3.3 – Condromalácia patelar .................................................................................................................... 50

3.4 – Tendinite patelar ............................................................................................................................. 52

3.5 – Tendinite da pata de ganso ou bursite anserina ............................................................................. 53

3.6 – Doença de osgood-schlatter ........................................................................................................... 53

3.7 – Doença de larsen-johansson............................................................................................................ 56

3.8 – Osteoartrose do joelho.................................................................................................................... 57

4 – Afecções do tornozelo e pé .................................................................................................................... 57

4.1 – Ruptura do tendão do calcâneo ...................................................................................................... 57

4.2 – Hálux valgo ...................................................................................................................................... 61

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4.3 – Fascite plantar e esporão do calcaneo ............................................................................................ 62

4.4 – Entorse de tornozelo ....................................................................................................................... 64

4.5 – Síndrome do túnel do tarso............................................................................................................. 67

5 – AFECÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL .................................................................................................. 69

5.1 – ALTERAÇÕES POSTURAIS ............................................................................................................. 69

5.2 – CERVICALGIA .................................................................................................................................. 72

5.3 – DOENÇA DE SCHEUERMANN ........................................................................................................ 75

5.4 – NÓDULO DE SCHRMOL ................................................................................................................. 76

5.5 – LOMBALGIA .................................................................................................................................... 76

5.6 – ESPONDILOLISTESE ...................................................................................................................... 85

Questões Comentadas .................................................................................................................................... 87

Lista de Questões .......................................................................................................................................... 172

Gabarito ......................................................................................................................................................... 212

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1 – AFECÇÕES DOS MEMBROS SUPERIORES

Falaremos apenas das principais afecções que são comuns nas provas.

1.1 - OMBRO

LESÃO DA ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR

Normalmente encontramos essas lesões em atletas - esportes motorizados (queda diretamente sobre o
ombro) e com lançamento acima da cabeça. Usualmente resultado de uma força aplicada sobre o acrômio
em direção para baixo, consequentemente a clavícula se dirige contra a primeira costela, e a costela bloqueia
qualquer outro deslocamento caudal da clavícula. Nesse mecanismo de lesão, pode ocorrer a fratura da
clavícula ou ruptura dos ligamentos acromioclavicular e coracoclaviculares, cápsula dessa articulação,
músculos trapézio e deltoide.

Podemos classificar as lesões desta articulação em tipos de I a VI, em função da extensão da lesão e do
número de ligamentos envolvidos. Vamos ver as características de cada tipo através da tabela abaixo. Preste
atenção como a clavícula se encontra em cada tipo.

TIPO DE LESÃO CARACTERÍSTICAS


Distensão isolada dos ligamentos acromioclaviculares. O restante das
estruturas intactas.

Sensibilidade e dor leve na articulação acromioclavicular.

Arco doloroso alto (160º a 180º).

Tratamento conservador (geralmente os médicos optam por imobilização


inicialmente).

Movimento com dor (geralmente): adução resistida.

Tratamento fisioterapêutico: depende da evolução e da fase da lesão,


podendo incluir gelo (aguda), exercícios de ADM, exercícios isométricos,
resistidos progressivos, etc.

Geralmente, os tipos I e II resultam de uma queda ou pancada sobre a região


lateral do ombro ou de uma queda sobre a mão estendida, produzindo a
torção. Geralmente o tipo I e II que ocorre em atletas imaturos. Quando
ocorre o tipo II é comum romper o periósteo clavicular posterior. Nesse
último caso, os ligamentos coracoclaviculares e acromioclaviculares
comumente permanecem intactos.

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Ligamento acromioclavicular rompido.

Torção do ligamento coracoclavicular.

Pode ter uma leve separação vertical em comparação com o ombro não
lesionado.

Dor local moderada a grave. Também há presença de sensibilidade no espaço


coracoclavicular.

Movimento com dor (geralmente): abdução com e sem resistência.

Tratamento fisioterapêutico: segue a mesma ideia das fases de cicatrização e


do tipo I. Lembre-se que sempre deve ser respeitada a dor do paciente.
Ligamento acromioclavicular e coracoclavicular rompidos; luxação da
articulação acromioclavicular e o ombro inferiormente luxado. Geralmente,
os músculos deltoide e trapézio estão separados da extremidade distal da
clavícula.

Em paciente <13 anos pode estar associada a fratura da clavícula.

Espaço coracoclavicular 25% a 100% maior do que no ombro normal.

Todos os movimentos ativos são dolorosos (mais na abdução).

Fenômeno tecla-de-piano está presente, após empurrar a clavícula para


baixo, clavícula salta para cima, para a sua posição original.

Tratamento conservador ou cirúrgico? Ainda há controvérsias referentes a


isso.

O tratamento conservador seria a imobilização e após transcorrido esse


tempo, inicia a fisioterapia com exercícios pendulares, exercícios de ADM
suaves (inicialmente). Posteriormente, sem dor e com a ADM ativa total,
podemos iniciar com exercícios resistidos progressivos. Se o paciente não
retornar às atividades funcionais normalmente em três meses, pode ser
considerado um caso cirúrgico.
Ligamento acromioclavicular rompido e coracoclaviculares totalmente
rompidos; luxação da articulação acromioclavicular; luxação da clavícula
posteriormente dentro ou através do músculo trapézio. Os músculos deltoide
e trapézio estão separados da extremidade distal da clavícula.

Dor grave.

Tratamento cirúrgico.

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O pós-operatório segue as fases de cicatrização, respeitando a dor do


paciente e os sinais/sintomas encontrados. Os tipos V e VI seguem esse
mesmo raciocínio = tratamento cirúrgico.
Ligamento acromioclavicular rompido e coracoclaviculares totalmente
rompidos; luxação da articulação acromioclavicular e disparidade significativa
entre a clavícula e a escápula de 300% a 500% do que o normal.

Os músculos deltoide e trapézio estão separados da extremidade distal da


clavícula.

Dor grave. Sensibilidade à palpação da metade lateral da clavícula.


Ligamento acromioclavicular rompido e coracoclaviculares totalmente
rompidos; luxação da articulação acromioclavicular e clavícula luxada
inferiormente ao processo coracóide e posteriormente aos tendões do bíceps
e do coracobraquial.

Os músculos deltoide e trapézio estão separados da extremidade distal da


clavícula.

A região do ombro afetado é mais plana do que do ombro não afetado.


Podendo ocorrer fraturas associadas da clavícula e/ou das costelas superiores
e/ou ainda lesões do plexo braquial.

Dor grave.

Então podemos perceber que há diferença na gravidade da lesão nos ligamentos e na quantidade de luxação
entre os tipos. Quanto mais próximo do tipo VI, mais grave é a lesão.

IDECAN - PREF. VILHENA/RO - 2013


Sobre as lesões no ombro, sobretudo as da articulação acromioclavicular, analise.
I. No Tipo II de lesão, uma força leve é aplicada no ponto do ombro que estira somente as articulações
acromioclaviculares, mas não rompe as fibras dessa articulação.
II. No Tipo I de lesão há ruptura das fibras da articulação acromioclavicular.
III. No Tipo II de lesão, a força moderada é capaz de romper os ligamentos acromioclaviculares.
IV. No Tipo III de lesão, uma força intensa é capaz de direcionar o acrômio e o processo coracóide
superiormente, sem romper os ligamentos.
V. As lesões da articulação acromioclavicular tipicamente resultam da direção inferior da força, para o
bordo lateral da escápula subsequente com a queda do braço aduzido para o lado.
Estão corretas apenas as afirmativas

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(A) II e V.
(B) III e V.
(C) I, III, V.
(D) I, II, IV.
(E) I, IV e V.

Comentários: Vejamos as assertivas corretas:


I. No Tipo II de lesão, uma força leve é aplicada no ponto do ombro que estira somente as articulações
acromioclaviculares, mas não rompe as fibras dessa articulação. Item errado. Há rompimento do ligamento
acromioclavicular.
II. No Tipo I de lesão há ruptura das fibras da articulação acromioclavicular. Item errado. Não há ruptura,
apenas distensão isolada dos ligamentos acromioclaviculares.
III. No Tipo II de lesão, a força moderada é capaz de romper os ligamentos acromioclaviculares. Item correto.
Uma força moderada pode romper os ligamentos acromioclaviculares e isso ocorre no tipo II (lesão nos
ligamentos acromioclaviculares e não há lesão no ligamento coracoclavicular).
IV. No Tipo III de lesão, uma força intensa é capaz de direcionar o acrômio e o processo coracóide
superiormente, sem romper os ligamentos. Item errado. No tipo III a força intensa é capaz de direcionar o
acrômio e o processo coracóide superiormente, porém há lesão dos ligamentos acromioclaviculares e
coracoclaviculares, como podemos ver na figura.

V. As lesões da articulação acromioclavicular tipicamente resultam da direção inferior da força, para o bordo
lateral da escápula subsequente com a queda do braço aduzido para o lado. Item correto. Em outras palavras,
o mecanismo de lesão mais comum é uma queda ou pancada sobre a ponta do ombro, com o braço ao lado
numa posição aduzida. A força empurra o acrômio para baixo e medialmente, podendo sofrer lesões
ligamentares de menor ou maior gravidade, assim como fraturas e lesão do plexo braquial, dependendo da
intensidade da força.

Gabarito: B.
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SÍNDROME DO IMPACTO

Impacto do tendão supraespinhal, porção longa do bíceps e/ou bursa subacromial na borda anterior do
acrômio e ligamento coracoacromial, durante a elevação do membro superior.

Tem como etiologia:

Idade: mais comum em pessoas acima de 30 anos sem o fator de movimentos repetitivos;

Posição do braço durante as atividades: elevação do braço entre 60º e 90º tem maior translação superior da
cabeça do úmero, colocando uma alta demanda do manguito rotador para contrabalançar essa elevação.

Degeneração acromioclavicular (artrose). Comprimem o tendão do supraespinhal com o osteófito;

Deformidade acromial (I, II, III). Classificação segundo Bigliani:

No caso do tipo III, a ponta do acrômio está voltada para os tendões do supraespinhoso, bíceps braquial
(porção longa) e bursa. Por isso ele está mais relacionado ao agravamento da Síndrome do Impacto.
Tratamento: acromioplastia e recuperação tendínea.

Quantidade de vascularização para o manguito rotador diminuído;

Prejuízo artrocinemático;

Retração da cápsula posterior;

Rigidez capsular;

Desequilíbrio postural;

Ação ruim dos depressores da cabeça umeral;

Alteração no ritmo escapuloumeral;

Impacto extrínseco: movimentos repetitivos acima da cabeça, ocorrendo impacto do manguito rotador
contra o lábio glenoidal póstero-superior e a cabeça do úmero durante a elevação umeral e a rotação interna
forçadas, resultando em ruptura póstero-superiores no lábio glenoidal e lesões na cabeça do úmero
posterior (lesão de Bankart).
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Neer dividiu o processo de impacto em três estágios (tabela abaixo).

ESTÁGIO I ESTÁGIO II ESTÁGIO III


<25 anos mais história de >26 anos e <40 anos mais >40 anos mais história de dor
movimentos repetitivos acima história de movimentos prolongada (crônica).
da cabeça. repetitivos acima da cabeça.
Sinais flogísticos (inflamação) e Quadro clínico mais agravado Quadro compatível com o Estágio II.
sensibilidade local. que no Estágio I, com dor
aparecendo nas atividades de
vida diárias e dor noturna.
Arco doloroso positivo. Sinais de crepitação em Ruptura parcial ou total do manguito
tecidos moles (fibrose com rotador ou bíceps braquial associado
Dor com o teste de impacto espessamento da bursa a alterações ósseas.
(Neer e Hawkins). subacromial) e tendinite do
manguito rotador; restrição Possível instabilidade multidirecional.
Pouca ou nenhuma fraqueza da ADM pela fibrose.
do supraespinhal. ADM ativa e passiva mais limitadas.

Hipotrofia do supraespinhal.
Radiografia normal. Radiografia com possíveis Radiografia com sinais degenerativos.
osteófitos na articulação
acromioclavicular.
Reversível, resolvida com Não resolvida com repouso, Normalmente é caso cirúrgico.
repouso, mudanças nos necessários mudanças nas
hábitos esportivos e atividades de vida diárias e
fisioterapia. fisioterapia à longo prazo.

Sugestões de tratamento (depende do caso clínico que poderá ser pedido na prova e qual fase estará):

Mobilização articular (degeneração acromioclavicular e prejuízo artrocinemático);

Retração da cápsula posterior (alongamento capsular);

Ativação do serrátil anterior (pela ação na escápula – se é uma escápula com descolamento de ângulo
inferior);

Desativação do trapézio superior (desativação de pontos-gatilhos);

Fortalecimento muscular do manguito rotador (exceto abdutores de ombro inicialmente, pois aumentam
o impacto);

Exercícios de propriocepção;

Recursos eletrotermofototerápicos, etc.

Exercícios de Codman ou exercício de pêndulo: tem como objetivo a mobilização do ombro por meio de
movimentos circulares e pendulares do braço, obtidos com movimentos suaves do tronco, sem a contração
de qualquer músculo do ombro.
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O tratamento é explicado de maneira mais aprofundada no módulo de Fisioterapia Geral, como seus efeitos
fisiológicos, etc.

IDECAN – CBMDF – 2017


Sobre a reabilitação do ombro de atletas com síndrome de compressão, analise as afirmativas a seguir.
I. O objetivo primário é reduzir a compressão e o atrito entre o manguito rotador e o espaço
acromioclavicular.
II. São necessários vários fatores para minimizar a compressão, entre eles a superfície inferior normal da
articulação acromioclavicular e função normal dos estabilizadores da cabeça do úmero.
III. A complicação primária da síndrome de compressão é uma laceração do manguito rotador.
IV. Por ocasião da avaliação, a amplitude articular pode estar diminuída em função do espasmo muscular e
dor, nesses casos é indicado calor úmido, ultrassom e um programa geral de flexibilidade do ombro com
ênfase na rotação interna e externa na posição supina.
V. É importante alongar a cápsula anterior a fim de normalizar o grau de rotação interna durante o
tratamento conservador.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
(A) I, III e V.
(B) II, III e V.
(C) III, IV e V.
(D) II, III e IV.
Comentários: Vejamos as assertivas:
I. O objetivo primário é reduzir a compressão e o atrito entre o manguito rotador e o espaço
acromioclavicular. Não é o atrito entre o manguito rotador (músculos: subscapular, supraespinhal,
infraespinhoso e o redondo menor) e o espaço acromioclavicular. É o impacto do tendão supraespinhal,
porção longa do bíceps e/ou bursa subacromial na borda anterior do acrômio e ligamento coracoacromial,
durante a elevação do membro superior. Item falso (eliminamos a letra A).
II. São necessários vários fatores para minimizar a compressão, entre eles a superfície inferior normal da
articulação acromioclavicular e função normal dos estabilizadores da cabeça do úmero. Qualquer alteração
nesses fatores pode gerar o aumento do impacto. Item verdadeiro (eliminamos a letra C).
III. A complicação primária da síndrome de compressão é uma laceração do manguito rotador. A
permanência do mecanismo de impacto (compressão) pode causar lacerações parciais ou totais no manguito
rotador. Por isso é considerado uma complicação primária. Item verdadeiro.

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IV. Por ocasião da avaliação, a amplitude articular pode estar diminuída em função do espasmo muscular e
dor, nesses casos é indicado calor úmido, ultrassom (não especificou, então pode ser utilizado) e um
programa geral de flexibilidade do ombro com ênfase na rotação interna e externa na posição supina. A
flexibilidade do ombro com ênfase em rotação interna e externa é importante (pelo espasmo). Porém porque
a ênfase na posição supina? Não encontramos na literatura moderna sobre isso. Aqui cabe recurso, pois não
deve ser obrigatoriamente na posição supina.
V. É importante alongar a cápsula anterior a fim de normalizar o grau de rotação interna durante o
tratamento conservador. Um dos fatores que favorecem o impacto subacromial é o “encurtamento” da
cápsula articular posterior, mas também temos que ter outras informações para ver se é indicado ou não.
Mas a cápsula anterior não tem porque alongar nesse caso (geral). Item falso (eliminamos a Letra B).

Gabarito: D.

TENDINITE BICIPITAL

A tendinite bicipital (cabeça longa) geralmente é uma causa secundária à síndrome do impacto, pela sua
localização.

Normalmente, há dor na região ântero-lateral do ombro com irradiação para o músculo do bíceps e a
sensibilidade sobre o sulco bicipital (dor à palpação).

Geralmente a dor aparece:

- Final da ADM de flexão e abdução,

- Flexão resistida do cotovelo ou do ombro,

- Alongamento passivo do bíceps (extensão do ombro);

O tratamento fisioterapêutico segue o mesmo raciocínio das fases de cicatrização e evolução do paciente.

FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 13ª - 2014


Mário Sergio, 40 anos, apresenta dor no ombro esquerdo há 5 dias. A dor iniciou após o final de semana
dedicado a tarefas de manutenção de pintura de sua casa. Após avaliação, Mário Sergio recebeu o
diagnóstico de tendinite bicipital. Consequência dessa tendinite, em relação a amplitude de movimento, é
ativa e passiva de extensão de ombro
(A) é dolorosa, mas não é limitada; ativa de flexão e abdução é dolorosa e limitada.
(B) é dolorosa e total; ativa de flexão e abdução é dolorosa.
(C) é dolorosa e limitada; ativa de flexão e abdução não é dolorosa.
(D) não é dolorosa, mas é limitada; ativa de flexão e abdução é dolorosa.
(E) é dolorosa e limitada; ativa de flexão e abdução é dolorosa.

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Comentários: Como vimos, a dor ativa aparece na flexão e abdução do ombro e a dor passiva na extensão
do ombro. A extensão do ombro é limitada (pela posição alongada do músculo) e dolorosa. A flexão e
abdução são apenas dolorosas. Para entender melhor é só saber as inserções do bíceps braquial. Letra E.

Gabarito: E.

ACROMIOPLASTIA

O impacto persistente do manguito rotador contra o acrômio subjacente é a principal causa de ruptura dessa
estrutura.

Indicações = perda de função com dor persistente sem sucesso com o tratamento conservador.

ATENÇÃO! É um procedimento de rotina para QUASE todos os pacientes que sofreram reparos no manguito
rotador. Pode ser realizado de duas formas pelo médico: aberta ou por artroscopia. Não entraremos em
detalhes, pois não é o nosso foco para provas. Os tratamentos fisioterapêuticos para as duas formas são
semelhantes, pois tem como objetivo aumentar o tamanho do espaço subacromial por meio de exercícios
terapêuticos que auxiliem a descompressão cirúrgica, sem sobrecarregar a recuperação dos tecidos.

Após a cirurgia, dependendo do médico, o paciente irá utilizar uma tipoia ou um imobilizador para ombro
durante 1 a 5 dias após a cirurgia.

Vamos dividir o tratamento fisioterapêutico por fases de reparo tecidual. De acordo com o objetivo teremos
vários recursos que podemos utilizar.

FASE 1 – 1º dia a 6 semanas após a cirurgia

Objetivos:

 Diminuir a dor e edema;

Proteger o local da cirurgia;

Minimizar a rigidez da coluna cervical (normalmente apresenta essa rigidez) e manter a ADM e FM de
outras estruturas próximas (cotovelo, pescoço, punho e mão) que não estejam envolvidas. Exercícios
progressivos resistidos do cotovelo para flexão e extensão após 3 semanas apenas pela ação muscular
biarticular do bíceps e tríceps braquial.

Retardar a atrofia muscular;

 Diminuir os efeitos nocivos da imobilização e da restrição da atividade;

 ≈3º semana = promover ADM passiva do ombro envolvido de 75 a 90% em relação ao lado não envolvido.
ADMP total e flexível em torno de 6 semanas.

 Assegurar o teste muscular manual dos rotadores em 3 ou 4/5;

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 - Recuperar ou manter a mobilidade escapular ou escapulotorácica.

RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS:

 Crioterapia: usada nos primeiros dias. As modalidades térmicas podem ser usadas imediatamente após a
amenização da fase aguda da cicatrização.

 Exercícios pendulares de Codman, elevação passiva usando uma mesa e rotação externa com uma bengala
iniciam-se na tarde da cirurgia. A extensão passiva deve ser evitada na fase inicial, para impedir o estresse
do reparo do músculo deltoide (depende da técnica cirúrgica). O grau do movimento é orientado pela
estabilidade do reparo cirúrgico.

3 a 7 dias após a cirurgia = iniciar exercícios isométricos submáximos sem dor em rotação interna e externa.

Exercícios escapulares por volta da segunda semana podem ser iniciados (estímulos isométricos e elevação
escapular).

 Nessa fase inicial deve ter precaução referente à rotação interna do ombro para não sofrer impacto.

Depois de 1 a 2 semanas – progressão para exercícios de ADM ativo assistido, de acordo com a tolerância
do paciente sempre.

 Terapia manual = liberação miofascial, mobilização do tecido mole, desativação de pontos gatilhos.

 Mobilização articular graus I e II apenas – alivio da dor.

A progressão irá depender do processo de cicatrização e da dor do paciente. Porém os exercícios devem ser
feitos em uma faixa de elevação menor que 90º, para evitar impactos.

FASE 2 – 6 a 9 semanas após a cirurgia

Objetivos:

Estabelecer a ADM ativa em 90º de abdução sem substituição da região escapulotorácica no início dessa
fase;

 Atingir as amplitudes artrocinemáticas do ombro em planos de movimentos simples, após progredir para
movimentos mais complexos;

Atingir a normalidade de força entre o braço envolvido e o não envolvido por volta da 8º semana.

RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS:

FNP (Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva) escapular – inicialmente sem resistência;

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 Exercícios progressivos de rotação interna e externa em vários ângulos de elevação (cotovelo flexionado
a 90º). Também progressão no fortalecimento dos músculos deltoide, infraespinhal, rotadores escapulares
e bíceps braquial. O supraespinhal deve ser exercitado isoladamente (rotação interna do ombro, polegar
apontando para baixo e abdução do ombro em 90º, mantendo a posição de 30º anterior ao plano frontal
médio);

Mobilização articular- todos os graus;

Exercícios de resistência manual no padrão diagonal ou funcional;

Alongamento assistido com ênfase na cápsula posterior;

 Treinamento neuromuscular e proprioceptivo pode ser iniciado nessa fase. Por exemplo: agarrar e
arremessar a “medicine ball” e outras práticas pliométricas podem ser iniciadas na 7º semana
aproximadamente; “body blade” pode ser introduzido nessa fase

FASE 3 – após 10 semanas

Objetivos:

 Obter a ADM ativa sem dor de 100%, comparado ao lado não envolvido;

Manter força muscular do ombro em 4 ou 5 ou igual ao lado não envolvido.

RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS:

 Exercícios isotônicos com ênfase nas contrações excêntricas;

 Exercícios resistidos realizados em todos os planos: reto, escapular e diagonal em vários ângulos e
velocidades;

Atividades funcionais ou específicas dos esportes;

 Body blade pode ser utilizado durante toda a ADM, progressivamente;

 Exercícios pliométricos (passes com as mãos, arremesso com as duas mãos, passe sobre a cabeça). Sempre
iniciando pelo mais fácil e ir progredindo. Além da progressão do exercício, podemos progredir com o
número de séries, velocidade e na distância dos arremessos.

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FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 6ª - 2012


No processo de reabilitação de um paciente que realiza acromioplastia, os exercícios de resistência
progressiva iniciam-se entre
(A) a terceira e a sexta semana.
(B) a sexta e a oitava semana.
(C) a nona e a décima segunda semana.
(D) o primeiro e o décimo dia.
(E) o décimo primeiro e o décimo quarto dia.

Comentários: Pessoal, esse tempo depende da literatura. Muitas vezes temos que usar o bom senso para
responder a essas perguntas. A ADM ativa podemos iniciar entre a 1º e 2º semana após a cirurgia. O exercício
resistido podemos implementar após a 2º semana pelo menos. Das opções a que melhor se encaixa é a letra
A, podemos INICIAR entre a terceira e a sexta semana.

Gabarito: A.

REPARO DO MANGUITO ROTADOR

Para o reparo do manguito rotador há várias opções cirúrgicas com indicação em caso de dor persistente
que interfere nas atividades de vida diária e/ou que não melhoram em 4 a 6 meses de tratamento
conservador. Assim como na acromioplastia temos a cirurgia aberta ou por artroscopia (não altera a
velocidade da reabilitação pós-operatória).

Normalmente após a cirurgia o braço é protegido por uma tipoia ou é mantido sobre um pequeno travesseiro
para abdução. Isso irá depender da quantidade de abdução necessária para reparar o manguito rotador.

Geralmente, utilizam a tipoia em rupturas menores de 1 a 3 semanas, rupturas médias de 3 a 6 semanas e


rupturas maiores de 6 a 8 semanas. Já a órtese de abdução de 6 semanas (pequena e médias rupturas) a 8
semanas (rupturas maiores).

Alguns cuidados: rotação externa geralmente é restrito nas primeiras 4 semanas e a ADM passiva irá
depender da estabilidade do reparo cirúrgico, principalmente nas primeiras 6 semanas.

Vejamos o plano de tratamento para as 3 fases, sempre utilizem o mesmo raciocínio das fases de inflamação.

FASE 1 – 1º dia a 6 semanas após a cirurgia

 Mesmos objetivos da acromioplastia, só altera a questão da ADM passiva.

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 Promover a ADM passiva em média 60 a 70% comparada ao lado não envolvido por volta de 3 a 4 semanas
após a cirurgia.

RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS:

 ADM passiva: evitar adução em pacientes que utilizaram a órtese de abdução. Nesse primeiro momento
o movimento de rotação externa e elevação são realizados, porém não em ADM total, evitando estresse
excessivo;

 ADM ativa e ativa assistida, de acordo com o grau de ruptura , pode ser realizada. Em média, rupturas
menores (0 a 1 cm) pode ser realizada após 4 semanas, médias (1 a 3 cm) após 6 semanas, maiores (3 a 5
cm) após 8 semanas e massivas (>5 cm) após 12 semanas.

 iniciar controle escapular;

 modalidades atérmicas (sem calor na região!);

 exercícios pendulares;

 não pode realizar fortalecimento muscular do ombro antes de 12 semanas após a cirurgia. No entanto,
em rupturas pequenas com alto poder cicatrização (idade e estilo de vida do paciente – não fumante) podem
ser realizado exercícios isométricos podem ser iniciados na 8º semana e progredindo de acordo com a
tolerância do paciente.

 ADM ativa da coluna cervical, cotovelo, punho e mão. Exercícios de fortalecimento para punho e mão.
Lembrar sempre das outras estruturas não envolvidas, porém são importantes;

FASE 2 – 6 a 11 semanas após a cirurgia

 Nessa fase já não está mais com tipoia ou imobilizador, então continuamos progredindo com os exercícios
da primeira fase, com o objetivo de restauração da ADM normal do ombro;

 Pode ser realizada ADM ativo assistido acima de 90º de abdução;

 Já podem ser inseridos ADM ativo e exercícios resistidos progressivos de acordo com o grau de lesão e
evolução do paciente;

 Balanço multidirecional leve;

 Medicine ball;

 body blade;

Mobilização articular em todos os graus podem ser feitos;

 Alongamento cápsula posterior.

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 Terapia manual como na acromioplastia.

FASE 3 – mais de 16 semanas após a cirurgia

 Evolução dos exercícios resistidos concêntricos, após evoluir para exercícios excêntricos;

 Evolução dos exercícios para estabilização escapular;

 Pode ser utilizado a FNP;

 Exercícios pliométricos;

 Retorno funcional.

FAFIPA – PREFEITURA DE MORRETES/PB - 2015


Em um pós-operatório de laceração tipo II do manguito rotador (uma laceração média a grande do
manguito rotador de 1 cm a 5 cm), a reabilitação tem como objetivo:
(A) Diminuir qualidade de recrutamento muscular.
(B) Diminuir a dor.
(C) Diminuir a força muscular distal.
(D) Diminuir e manter a ADM das articulações proximal e distal ao local cirúrgico.

Comentários: Vejamos as assertivas:


(A) Diminuir qualidade de recrutamento muscular. Item errado. Aumentar a qualidade de recrutamento
muscular.
(B) Diminuir a dor. Item correto.
(C) Diminuir a força muscular distal. Item errado. Aumentar a força muscular distal.
(D) Diminuir e manter a ADM das articulações proximal e distal ao local cirúrgico. Aumentar e/ou manter a
ADM das articulações proximal e distal ao local cirúrgico.

Gabarito: B

CAPSULITE ADESIVA

Como diz Codman: “é uma patologia difícil de definir, difícil de explicar e difícil de tratar”. Essa patologia é
conhecida como ombro congelado. Ela envolve a inflamação da cápsula, com adesão da cápsula articular ao

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úmero. A etiologia é controversa. Há fatores associados, que são: sexo feminino, mais de 40 anos, trauma,
diabetes, imobilização prolongada, doença da tireoide, AVC, infarto do miocárdio, presença de doenças
autoimunes. Ela pode ser primária (idiopática) ou secundária (tendinopatias, lesões musculares,
imobilização).

De acordo com Neviaser, a capsulite adesiva possui quatro estágios (podendo durar dois anos no total):

ESTÁGIOS CARACTERÍSTICAS
Sinais e sintomas suaves. Dor em repouso (pior à noite) e nos extremos da ADM.

A diminuição da ADM é secundária à sinovite dolorosa, em vez de uma contração


capsular verdadeira. Por isso, é mais difícil diagnosticar nessa fase, pois a dor é muito
confundida com a da tendinite do manguito rotador.
ESTÁGIO I
Pode durar em média 3 meses.

Dor na palpação das cápsulas anterior e posterior e descrevem dor irradiada para a
Pré-adesivo
inserção do deltoide.

Sugestões de tratamento (prevenir a perda de mobilidade articular e diminuir a dor):


orientações quanto a não imobilidade, meios físicos (TENS, ultrassom), cinesioterapia
ativa e passiva, acupuntura.
Dor em todas as ADM.

Dor na palpação das cápsulas anterior e posterior e descrevem dor irradiada para a
inserção do deltoide.
ESTÁGIO II
Perda progressiva da ADM e persistência da dor.

Pode durar de 3 a 9 meses.

Sugestões de tratamento: mesmas do Estágio I.


Perda significativa de ADM – rigidez do ombro.

Quadro álgico diminuído, sendo que a dor aparece aos estiramentos capsulares.

Pode durar de 9 a 12 meses


ESTÁGIO III
Movimentos acima da cabeça, alcançar o bolso de trás, se vestir e/ou para cuidar da
sua higiene pessoal estão limitados.

Sugestões de tratamento: aquecimento dos tecidos (ondas curtas, ultrassom, etc),


artrocinemática (no final da ADM), alongamento (capsular e muscular),
fortalecimento muscular dentro da ADM disponível (manter a atividade muscular).
Fase de “descongelamento”.
ESTÁGIO IV
Recuperação lenta e gradual.

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A dor passa a existir somente nos limites máximos da ADM.

Progredir os exercícios para restauração da funcionalidade normal.

IDECAN - PREF. CARANGOLA/MG - 2014


Na capsulite adesiva, uma das afecções que mais acometem a articulação do ombro, a cápsula articular se
encontra espessada e inelástica. Em relação a gama de técnicas indicadas no tratamento desta patologia,
é correto afirmar que
(A) o fortalecimento isométrico deve ser vetado em face da necessidade de movimento articular.
(B) os exercícios passivos são procedimentos fundamentais para o aumento da força e a estabilidade
articular.
(C) recomenda‐se o uso do ultrassom (3MHZ), a fim de atingir os tecidos inflamados mais profundos da
articulação.
(D) na mobilização articular ínfero‐superior do úmero, objetiva‐se, primariamente, ganho da amplitude de
movimento em geral, exceto da abdução.
(E) quando se acrescenta peso aos exercícios pendulares, tem‐se o objetivo de gerar uma força de separação
articular grau III, causando alongamento.
Comentários: Vejamos as assertivas:
(A) o fortalecimento isométrico deve ser vetado em face da necessidade de movimento articular. Item
errado. O fortalecimento isométrico pode ser realizado dependendo da fase, para manter a atividade
muscular.
(B) os exercícios passivos são procedimentos fundamentais para o aumento da força e a estabilidade
articular. Item errado. Os exercícios passivos não aumentam a força muscular e a estabilidade articular. Eles
têm como objetivo prevenir contraturas musculares, prevenir aderências capsulares, manter a integridade
articular, manter a integridade de tecidos moles, manter a elasticidade muscular, estimular o sistema
circulatório (auxiliando o processo cicatricial), manter a nutrição da cartilagem, manter os padrões
cinestésicos do movimento (senso de movimento).
(C) recomenda‐se o uso do ultrassom (3MHZ), a fim de atingir os tecidos inflamados mais profundos da
articulação. Item errado. O ultrassom de 3 MHz não atinge as camadas mais profundas. O correto é utilizar
o US de 1 MHz, dependente da fase que o paciente se encontra.
(D) na mobilização articular ínfero‐superior do úmero, objetiva‐se, primariamente, ganho da amplitude de
movimento em geral, exceto da abdução. Item errado. A mobilização articular da glenoumeral é realizada de
forma ventral, dorsal, caudal (inferior) e a tração. Não é funcional realizar superiormente. A mobilização
caudal (inferior) tem como objetivo aumentar o movimento de abdução, flexão e extensão da glenoumeral,
além disso: aumentar a mobilidade intra-articular, diminuição da dor e melhora da nutrição das estruturas
articulares.
(E) quando se acrescenta peso aos exercícios pendulares, tem‐se o objetivo de gerar uma força de separação
articular grau III, causando alongamento. Item correto. Nada mais é que a realização da tração das superfícies

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articulares com uma amplitude grande o suficiente para promover o alongamento na cápsula articular e
estruturas periarticulares vizinhas. Resposta da questão.

Gabarito: E.

INSTABILIDADE GLENOUMERAL

É o deslocamento temporário da cabeça umeral de sua posição normal na fossa do lábio glenóide. 50% das
instabilidades resultam em luxações (perda total do contato com a cavidade glenóide).

As luxações unilaterais que ocorrem provenientes dos eventos traumáticos incluem a lesão de Bankart
(avulsão do lábio inferior anterior da margem glenóide) e a de Hill-Sachs (fratura por compressão sobre a
cabeça do úmero posterior no local onde a cabeça do úmero impactou a margem glenóide). Essas lesões,
além da lesão SLAP (lesões labiais superiores, anterior ou posterior), ocorrem com frequência em atletas que
realizam movimentos acima da cabeça repetidamente.

Há alguns fatores que contribuem para essa instabilidade:

Movimentos repetitivos;

Fraqueza dos músculos estabilizadores escapulares;

Déficit na estabilização pelo manguito rotador;

Frouxidão do complexo capsulo-ligamentar.

Lesões associadas, p.ex. síndrome do impacto, lesão de Bankart (lesão do labrum genóide e avulsão
capsular), lesão de Hill-Sachs (lesão óssea póstero-lateral da cabeça umeral).

A instabilidade pode ser anterior (mais comum, mais de 90% dos casos), posterior (menos comum, 5%),
inferior (sinal do sulco, incomum) e multidirecional.

Na instabilidade anterior há deslocamento anterior da cabeça umeral em relação à cavidade glenóide. O


mecanismo da lesão é: abdução, rotação externa e extensão ou trauma direto posterior.

Na instabilidade posterior há deslocamento posterior da cabeça umeral em relação à cavidade glenóide. O


mecanismo de lesão pode ser por: trauma em adução, rotação interna e flexão (por exemplo, quando
abrimos uma porta pesada); trauma direto anterior; queda sobre braço estendido e com rotação interna.

Instabilidade inferior: são raras, mas podem acontecer ao carregar muito peso em um lado do corpo ou por
forças de hiperabdução que ocasionam a alavancagem do colo do úmero contra o acrômio.

Na instabilidade multidirecional ocorre um deslocamento exagerado da cabeça umeral em relação à


glenóide em várias direções, geralmente por frouxidão ligamentar e capsular generalizada. Muito comum
em atletas de esportes que envolvem movimentos com o membro superior acima da linha do ombro.

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Normalmente, essa instabilidade está associada à discinese escápulotorácica (alteração do movimento), o


que contribui para a instabilidade.

De uma maneira geral, o objetivo da fisioterapia é restaurar a estabilidade dinâmica e estática do ombro. O
tratamento segue a mesma ideia das fases das lesões (aguda, subaguda, crônica e retorno à atividade).
Apenas temos que ter cuidado com os movimentos que não podem ser realizados inicialmente ou até ter a
estabilidade dinâmica e estática muito bem tratadas. Como, por exemplo:

 Instabilidade posterior: evitar qualquer movimento que possa colocar tensão na cápsula posterior, como
rotação interna, abdução ou adução e flexão.

 Instabilidade anterior: hiperextensão do ombro é contraindicada inicialmente e a posição combinada de


rotação externa e abdução deve ser evitada.

 Instabilidade inferior: evitar elevação toral e braço pendente.

IDECAN – PREF. LIBERDADE/MG - 2015


A fisioterapia dos membros superiores avançou muito nos últimos anos, obrigando o fisioterapeuta a
interagir mais em um planejamento pós‐operatório cuidadoso, estabelecido pela equipe cirurgião‐
fisioterapeuta‐paciente. Entre os princípios básicos da reabilitação do ombro, assinale a alternativa
INCORRETA.
(A) Os tecidos de cicatrização não devem ser estressados em exagero.
(B) A dor é algo corriqueiro durante o processo de tratamento, não devendo ter grande relevância durante
sua execução.
(C) As consequências da imobilização devem ser evitadas (atrofia muscular, aderências dos tecidos moles,
capsulite adesiva, substituição da musculatura do ombro pela escápula).
(D) A evolução do tratamento deve seguir critérios, adquirindo inicialmente as amplitudes de movimento
(ADMs) passivas totais antes de iniciar a atividade ativa e o fortalecimento mais agressivo.
Comentários: Vejamos qual assertiva está incorreta:
(A) Os tecidos de cicatrização não devem ser estressados em exagero. Item correto, para evitar lesionar
novamente.
(B) A dor é algo corriqueiro durante o processo de tratamento, não devendo ter grande relevância durante
sua execução. Item errado. A dor é o principal sinal de que tem algo alterado. Por isso deve ter grande
relevância durante o tratamento. Resposta da questão!
(C) As consequências da imobilização devem ser evitadas (atrofia muscular, aderências dos tecidos moles,
capsulite adesiva, substituição da musculatura do ombro pela escápula). Item correto. Isso mesmo.
Imobilidade sempre deve ser evitada por seus efeitos deletérios.
(D) A evolução do tratamento deve seguir critérios, adquirindo inicialmente as amplitudes de movimento
(ADMs) passivas totais antes de iniciar a atividade ativa e o fortalecimento mais agressivo. Item correto.
Sempre temos que começar pelo tratamento mais brando e depois progredir de acordo com a evolução do
paciente.

Gabarito: B.
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1.2 – COTOVELO, PUNHO E MÃO

Vamos falar apenas das principais afecções do cotovelo, do punho e da mão. Que realmente caem em provas.

1.EPICONDILITE LATERAL (COTOVELO DO TENISTA)

É uma condição patológica dos músculos extensores comuns em sua origem no epicôndilo lateral do úmero.

É caracterizada por dor na região do epicôndilo lateral durante atividades de contração dos músculos
extensores e flexores do punho.

As causas da epicondilite lateral são: uso excessivo dos extensores de punho (isometria), atividades que
envolvem preensão (geram movimento flexor do punho ao ser neutralizado pelos extensores). Normalmente
está relacionada ao músculo extensor radial curto do carpo pela atividade excêntrica e pressão contra a
cabeça do rádio.

Avaliação:

Sinais e sintomas: dor na região do epicôndilo lateral e extensor radial curto do carpo. Ás vezes dor difusa e
rigidez matinal. Ocasionalmente, a dor é sentida à noite.

Extensão do punho contra resistência (dor e fraqueza);

Alongamento em flexão de punho, extensão de cotovelo e pronação (dor e limitação da ADM do punho);

Extensão do III dedo contra-resistência (dor e fraqueza).

O tratamento da epicondilite lateral segue os mesmos princípios de sempre: fases aguda, subaguda ou
crônica. Na fase aguda, repouso (diminuição do estresse mecânico, evitar movimentos dolorosos), medidas
anti-inflamatórias (lases, ultrassom, crioterapia, etc.). Na fase subaguda: melhorar a flexibilidade, aumentar
a força e resistência musculares, reiniciar de forma gradual os movimentos previamente dolorosos. Na fase
crônica, progressão dos exercícios sem dor e exercícios até o retorno funcional.

CESPE – SESA/ES – 2013


Um paciente de vinte e cinco anos de idade foi atendido em uma clínica fisioterapêutica. Durante a
avaliação do membro superior direito, o fisioterapeuta solicitou ao paciente que permanecesse com o
cotovelo fletido a 90.º, o antebraço em pronação, a mão fechada e o punho em extensão. O fisioterapeuta
aplicou pressão, forçando a flexão do punho, com o antebraço do paciente estabilizado, e o paciente
relatou dor súbita próximo à origem comum dos extensores do punho, no nível do epicôndilo lateral. Com
base no resultado do teste acima aplicado, a provável síndrome do paciente em questão é
(A) tendinite da porção longa do bíceps.
(B) cotovelo de tenista.
(C) cotovelo de esgrimista.
(D) cotovelo de golfista.
(E) instabilidade ligamentar

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Comentários: O paciente referiu dor súbita ao nível de epicôndilo lateral. Nesse caso só poderia ser
epicondilite lateral – cotovelo de tenista. As outras afecções iremos ver adiante.

Gabarito: B.

2.EPICONDILITE MEDIAL: cotovelo de golfista.

Menos comum que a epicondilite lateral.

Geralmente, ocasionado pelo uso excessivo dos flexores do punho. Primariamente tem uma tendinopatia da
origem do flexor comum, especificamente o flexor radial comum e a cabeça umeral do pronador redondo.
O palmar longo, o flexor ulnar do carpo e o flexor superficial dos dedos também podem estar envolvidos.

Os sinais e sintomas mais frequentes são: dor e sensibilidade na região do epicôndilo medial; sintomas
exacerbados com a flexão e supinação resistida do punho ou extensão ou supinação passiva do punho.

O tratamento também é realizado de acordo com a fase, como todas as afecções. Depende do caso que será
exposto na prova.

3. SÍNDROME DO TÚNEL RADIAL: cotovelo de tenista resistente.

Os sintomas dessa síndrome são compatíveis com Epicondilite Lateral, mas é considerada uma neuropatia
periférica relacionada ao nervo radial. Pode ter compressão na entrada do túnel, correia de Henry, fáscia da
porção medial do extensor radial curto do carpo, arcada de Forhse e supinador.

O nervo radial é o mais comumente lesionado por causa da sua localização.

O que diferencia da epicondilite lateral é o local da dor. A dor (e parestesia) nessa síndrome é indefinida na
região lateral do cotovelo. Na epicondilite lateral é pontual.

4. SÍNDROME DO TÚNEL CUBITAL: compressão do nervo ulnar.

Fazem parte do túnel cubital o epicôndilo medial, o olécrano, o ligamento colateral medial e a arcada de
Struthers.

Geralmente, a causa dessa síndrome é o movimento repetitivo de flexão/extensão de cotovelo. Sendo a


flexão geradora de maior pressão no túnel cubital.

Sinais e sintomas:

Dor ou parestesias relacionadas a atividades envolvendo o quarto e quinto dedos, acompanhada de dor
em queimação que pode se estender proximalmente ou distalmente na região medial do cotovelo.

Dor piora à noite;

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Sensação diminuída na distribuição ulnar da mão;

Incapacidade progressiva para separar os dedos;

Perda de força e destreza de prensão;

Incapacidade progressiva para separar os dedos;

Sinal tardio: atrofia ou fraqueza dos músculos intrínsecos lunares da mão (mão em garra), contratura em
garra dos dedos anular e mínimo (lembrem da inervação do nervo ulnar).

O tratamento nesse caso pode ser conservador ou cirúrgico (se passado mais de 3 meses sem melhora com
o tratamento conservador e apresentando atrofia muscular). O tratamento em casos de compressão neural
será explicado no módulo de tratamento.

5. SÍNDROME DE DE QUERVAIN

Esta síndrome afeta as bainhas dos tendões do primeiro compartimento posterior do punho, resultando no
espessamento do retináculo do extensor, estreitamento do canal e a consequente compressão dos tendões.
Sob a bainha sinovial estão os tendões dos músculos abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar,
que, com o tempo, apresentam um processo inflamatório local que atinge os tecidos sinoviais peritendinosos
e os tecidos próprios dos tendões.

Tem como causa o uso repetitivo do polegar em preensão, principalmente associado ao desvio radial do
punho. Outras causas: retração do músculo braquiorradial (tenciona o retináculo extensor); alteração na
morfologia do abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar.

Sinais e sintomas: queixa de dor, edema e crepitação na região da tabaqueira anatômica; deficiência de força
muscular do polegar (principalmente quando necessita da ação do do abdutor longo do polegar e extensor
curto do polegar).

Sinais e sintomas:

Inicio gradual de dor sobre a região radial do punho, que piora ao girar maçanetas ou chaves;

Edema localizado e sensibilidade na região do processo estiloide radial;

Dor no punho irradiando-se proximalmente para o antebraço e distalmente para o polegar;

Crepitação dos tendões movendo-se através da bainha extensora;

Espessamento palpável da bainha do extensor e dos tendões ditais ao túnel do extensor.

O tratamento pode ser cirúrgico ou conservador. A fisioterapia geralmente inclui repouso (uso de órtese de
polegar/mão/punho – 3 a 6 semanas), exercícios para melhorar a ADM e gradualmente exercícios de
fortalecimento. Sempre respeitando as fases e o quadro de dor do paciente.

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AOCP - EBSERH/ HUSM-UFSM/RS - 2014


Em relação à Tenossinovite Estenosante de Quervain, assinale a alternativa correta.
(A) É a inflamação da bainha do abdutor curto e do extensor longo do polegar.
(B) A dor é a principal queixa e é agravada pelo teste de Finkelstein.
(C) Com desvio ulnar do punho e a flexão do polegar, ocorre alívio da dor.
(D) Pode ocorrer perda do movimento com o dedo em flexão ou em extensão.
(E) A inflamação do tendão flexor do dedo indicador produz nódulos e espessamento, dificultando a
extensão.
Comentários: Vejamos as asserivas:
(A) É a inflamação da bainha do abdutor curto e do extensor longo do polegar. Item errado. O correto seria:
abdutor longo e extensor curto do polegar. Decorem isso.
(B) A dor é a principal queixa e é agravada pelo teste de Finkelstein. Item correto. Não vimos nessa aula sobre
isso, está na aula de Semiologia. Como didática o teste é realizado assim:

(C) Com desvio ulnar do punho e a flexão do polegar, ocorre alívio da dor. Item errado. Aumenta a dor.
(D) Pode ocorrer perda do movimento com o dedo em flexão ou em extensão. Item errado. Geralmente há
limitação na adução do polegar e desvio ulnar do punho.
(E) A inflamação do tendão flexor do dedo indicador produz nódulos e espessamento, dificultando a
extensão. Item errado. Decorem: abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar.

Gabarito: B

6. SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

Nessa síndrome há diminuição no tamanho do túnel do carpo ou aumento do seu conteúdo.

ESTRUTURAS DO TÚNEL DO CARPO:


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Nervo mediano;

Nove tendões: quatro tendões do músculo flexor superficial dos dedos, quatro tendões do músculo flexor
profundo dos dedos e um tendão do músculo flexor longo do polegar.

Por ter compressão do nervo mediano a dor é na região de sua inervação sensitiva: superfície palmar do
polegar, indicador, médio e metade do anular e dorsal da I a III e ½ da IV falanges distais.

A etiologia dessa síndrome é extensa, podendo ser por fratura, gravidez, artrite reumatoide, anatomia
anômala e traumas repetitivos.

Continuando com os aspectos clínicos:

Presença de deficiências sensoriais e motoras do nervo mediano;

Dor noturna e dormência;

Dificuldade em segurar objetos pequenos, abotoar camisa;

parestesias na distribuição do nervo mediano;

Dor irradiada proximalmente (ombros e braços).

Vamos ver de maneira resumida a perda funcional em lesões dos nervos ao nível do cotovelo.

Nervo Perda Funcional

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Fraqueza na pronação; flexão e abdução do punho; abdução do polegar.

Perda do desvio radial do punho.

Mediano Incapacidade de opor ou flexionar o polegar.

Preensão fraca.

Sem ou fraca pinça (deformidade da “mão de macaco”).


Flexão do punho fraca.

Perda de desvio ulnar no punho; adução do polegar; flexão distal do dedo mínimo;
abdução/adução dos dedos.
Ulnar
Incapacidade de estender as falanges distais e intermédias dos dedos mínimo e anular
(deformidade do sinal da benção papal).

Sinal tardio: “mão em garra”.


Perda de supinação, extensão do punho, extensão dos dedos.
Radial
Incapacidade de segurar, de estabilizar o punho e abduzir os polegares.

IDECAN - EBSERH/ HC-UFPE - 2014


A síndrome do túnel do carpo (STC) pode ser definida como o conjunto de sinais e sintomas associados à
compressão localizada do nervo mediano no interior do túnel do carpo resultando em dor, déficit motor e
alterações eletrofisiológicas e da sensibilidade. Diante do exposto, analise.
I. A STC é uma típica LER/DORT, sendo específica de causa laboral.
II. A diminuição do espaço do túnel comprime o nervo mediano, causando parestesia e dor que, persistindo,
levará à degeneração Waleriana e fibrose interneural, com bloqueio total e irreversível no nervo.
III. Como causas ocupacionais da STC, tem-se os movimentos repetitivos, trabalho em extensão e flexão do
punho, vibração, trabalhos com desvios ulnar e radial constantes, movimentos de pinça (lumbricoides) e
compressão de base da mão.
IV. O teste de Phalen é contraindicado para avaliação desta patologia.
Estão corretas as afirmativas
(A) I, II, III e IV.
(B) I e IV, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) II e IV, apenas.
(E) I, III e IV, apenas.
Comentários: Vejamos as assertivas:

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I. A STC é uma típica LER/DORT, sendo específica de causa laboral. Item errado. Não é específica de causa
laboral, existem várias causas.
II. A diminuição do espaço do túnel comprime o nervo mediano, causando parestesia e dor que, persistindo,
levará à degeneração Waleriana e fibrose interneural, com bloqueio total e irreversível no nervo. Item
correto. É isso que ocorre na STC. Se o nervo continuar sofrendo compressão/lesão, pode evoluir para
degeneração waleriana (degeneração de axônios e suas bainhas de mielina após secção do nervo) e fibrose
interneural, com bloqueio total e irreversível do nervo. Isso pode ocorrer com as lesões neurais em geral se
não tratadas.
III. Como causas ocupacionais da STC, tem-se os movimentos repetitivos, trabalho em extensão e flexão do
punho, vibração, trabalhos com desvios ulnar e radial constantes, movimentos de pinça (lumbricoides) e
compressão de base da mão. Item correto. Qualquer movimento que aumente a pressão no túnel do carpo
pode ocasionar a STC.
IV. O teste de Phalen é contraindicado para avaliação desta patologia. Item errado. O teste de Phalen é o
mais utilizado para testar se há compressão do nervo mediano no túnel do carpo, característico da STC. Esse
teste é realizado com o paciente sentado com os punhos e os cotovelos flexionados (figura). Resultado
positivo se o paciente sentir formigamento ou dormência dentro de 45 segundos.

Gabarito: C.

7. INSTABILIDADE

A estabilidade do cotovelo é realizada pelas articulações umeroulnar e umerorradial (50%), assim como pelos
músculos e ligamentos.

Para o tratamento de uma instabilidade do cotovelo, temos que estar atentos na fase (aguda, crônica ou
recorrente), quais articulações estão envolvidas (umeroulnar ou radioulnar proximal), direção da luxação
(valgo, varo, anterior ou rotatória posterior); grau de luxação (subluxação ou luxação); presença ou não de
fraturas associadas (mais comum ocorrer fratura da cabeça do coronóide e/ou do rádio).

A luxação posterior é a mais comum e ainda, dentro dessa luxação, a mais comum é a póstero-lateral.

O mecanismo de lesão mais comum ocorre por queda com a mão em extensão com a soma de uma força
axial aplicada em valgo, supinação, transmitida ao cotovelo. Isso gera a ruptura sequencial das partes moles,
iniciando no ligamento colateral lateral, após cápsula anterior e ligamento colateral medial. De acordo com
o que foi rompido, determinamos os graus de instabilidade (subluxação até luxação completa, com ou sem
fratura associada).

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Temos 3 graus de instabilidade do cotovelo, vejamos:

- Estágio 1: o cotovelo se subluxa em direção rotacional póstero-lateral;

- Estágio 2: o cotovelo não luxa por completo. O coronóide permanece sob a tróclea.

- Estágio 3: luxação completa do cotovelo. O coronóide situa-se atrás do úmero.

Após uma luxação, é realizada a redução (reposicionamento pelo médico), posteriormente verificam se está
estável. Uma vez que exista estabilidade, uma tala gessada acolchoada é colocada. Radiografias deverão ser
feitas para confirmação da redução após a imobilização. A intervenção cirúrgica às vezes é necessária.

E a fisioterapia entra como tratamento quando? Já podemos inserir a Fisioterapia no primeiro dia. É muito
importante a mobilização ativa precoce para evitar contratura em flexão, rigidez articular e limitação
funcional. Vamos ver na tabela abaixo alguns recursos que podem ser empregados de acordo com a fase.

FASE TRATAMENTO
Paciente com imobilização gessada acolchoada.

Exercícios de preensão leves.

Exercícios em outros membros (por exemplo, exercícios de controle escapulotorácico),


Fase 1 porém evitando movimento que possam gerar estresse em valgo do cotovelo.

1-4 dias Exercícios leves de flexão/extensão de punho (isométrico).

Exercícios de ADM ativo do punho e dedos em todos os planos (cuidado para não
gerar estresse em valgo).

Crioterapia e estimulação galvânica de alta voltagem.


Nessa fase pode ser substituído a imobilização posterior com uma tipoia flexível.
Atentem que pode, não necessariamente será colocado. Cada caso é um caso.

Exercícios de ADM ativo do punho e dedos em todos os planos, ADM ativo do cotovelo
(evitar estresse em valgo).
Fase 2
Exercícios para os ombros (evitar rotação externa, pois aumenta o estresse em valgo
4-14 dias no cotovelo).

Progressivamente, acrescentar exercícios isométricos de extensão e flexão de


cotovelo (sempre cuidando em relação ao estresse em valgo).

Bandagem funcional.
Fase 3 Dependendo do quadro, já é retirada a tipoia flexível.

14 dias a 6 Progressão dos exercícios do cotovelo e punho.


semanas

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Exercícios excêntricos podem ser incorporados após 5-6 semanas. E com a evolução
do caso podem ser realizados exercícios concêntricos.

Acrescentar progressivamente exercícios funcionais (se for atleta iniciar as manobras


específicas do esporte ou manobras específicas do dia-a-dia).

Finalizando com o retorno à atividade.

Lembre-se que as fases se sobrepõem.

IDECAN - PREF. APIACÁ/ES - 2014


A reabilitação da luxação traumática do cotovelo pode ser dividida em duas fases: iniciada após a redução
e contínua até a cicatrização de lesões e consolidação de fraturas; e, iniciada após a retirada da fixação ou
imobilização e contínua até o retorno máximo da amplitude de movimento e força muscular. São
exercícios tipicamente prescritos para a fase I da reabilitação anteriormente descrita, EXCETO:
(A) De preensão da mão.
(B) Isométricos para extensores e flexores de punho.
(C) Com amplitude ativa de ombro em todos os planos.
(D) Isotônicos com resistência para extensores e flexores de punho.
(E) Com amplitude ativa de movimento do punho em todos os planos.

Comentários: No enunciado fala que há duas maneiras de pensar na reabilitação:


- iniciada após a redução e contínua até a cicatrização de lesões e consolidação de fraturas;
- iniciada após a retirada da fixação ou imobilização e contínua até o retorno máximo da amplitude de
movimento e força muscular.
E pergunta qual método não pode ser utilizado na Fase 1, que são os primeiros dias. Então o que podemos
utilizar? Vejamos as assertivas:
(A) De preensão da mão. Item correto, como vimos.
(B) Isométricos para extensores e flexores de punho. Item correto, como vimos.
(C) Com amplitude ativa de ombro em todos os planos. A banca marcou essa como correta, porém não
concordo, pois a rotação externa do ombro gera estresse em valgo do cotovelo e na fase inicial não podemos
realizar movimentos que aumentem esse estresse.
(D) Isotônicos com resistência para extensores e flexores de punho. Item errado. Exercícios isotônicos
geralmente são inseridos na última fase.
(E) Com amplitude ativa de movimento do punho em todos os planos. Item errado. Apenas esses
movimentos devem ser feitos com precaução para não causar estresse no cotovelo na fase inicial. Sempre
quando tiver uma questão sobre tratamento, temos que avaliar bem cada item e a fase que está a lesão.
Prestem bastante atenção, pois há diversas literaturas que convergem, porém temos que usar o nosso
raciocínio clínico e lembrar o que podemos encontrar em cada fase (aguda, subaguda e crônica) e o que
podemos utilizar em cada fase dependendo da gravidade da lesão. Então, leiam sempre o enunciado bem e
as assertivas, ok?

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Gabarito: D.

8.LESÕES NAS FALANGES

Há diversos tipos de lesões falangianas. Vamos ver algumas lesões que podem causar algumas deformações.

LESÃO CARACTERÍSTICAS
Dedo em gatilho Tenossinovite estenosante dos flexores dos dedos.

Caracterizada por dor no trajeto dos tendões flexores, na região do túnel


osteofibroso, associada à dificuldade ou travamento do movimento dos
dedos ou polegar (podem permanecer em flexão).

O paciente, ao realizar a extensão do dedo ou polegar, apresenta um


ressalto semelhante ao disparo de um gatilho.

Dedo em martelo

Lesão que ocorre na falange distal, sendo uma lesão pura do tendão
extensor ou também uma fratura no dorso da falange distal, causada por
uma pancada em sua extremidade. Pode causar a incapacidade de esticar
totalmente o dedo.

Avulsão do tendão flexor profundo.


Dedo em jérsei
Ocorre comumente durante atividades físicas, em situações nas quais a
articulação interfalangeana distal (IFD) é ativamente fletida em extensão.

O quarto metacarpiano é o dedo acometido em 75% dos casos de avulsão


do flexor profundo.

O paciente apresenta incapacidade de flexão ao nível da articulação IFD.

Pode ser realizada extensão do dedo com a mão em repouso.


Lesão do tendão extensor central na sua inserção na base da falange medial
Dedo em botoeira e deslocamento ventral dos tendões extensores laterais com retração do
ligamento retinacular transverso.

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No início a deformidade é redutível mas, sem o tratamento adequado,


haverá uma rigidez progressiva.

É o resultado da hiperextensão da articulação interfalangeana proximal (IFP)


e da flexão, com incapacidade de extensão, da interfalângica distal (IFD).

Causas:
Dedo em pescoço de cisne
Deslocamento dorsal dos tendões extensores laterais, ao nível da IFP,
causado por lesão ou simples afrouxamento dos seus elementos
contensores, principalmente dos ligamentos retinaculares transverso e
oblíquo.

Lesão do tendão extensor terminal fazendo com que toda força dos tendões
laterais seja transferida para a articulação IFP ou por lesão do FDS
permitindo a hiperextensão de IFD.

Perda do equilíbrio entre músculos intrínsecos e extrínsecos, como na


paralisia cerebral ou sequela de lesões no sistema nervoso central.

CETREDE – PREFEITURA DE SÃO BENEDITO/CE - 2015


Uma paciente de 40 anos de idade iniciou tratamento fisioterapêutico apresentando bloqueio em flexão
nas interfalangeanas do terceiro dedo da mão direita, dor e sensação de estalido nos movimentos ativos
de flexão e extensão do dedo. Como plano de tratamento, o fisioterapeuta estipulou medidas analgésicas
e cinesioterapia com exercícios direcionados. De acordo com o quadro clinico o profissional pode suspeitar
de qual patologia?
(A) Dedo em martelo.
(B) Tenossinovite estenosante.
(C) Deformidade em pescoço de cisne.
(D) Tenossinovite de quervain.
(E) Síndrome do túnel do carpo.

Comentários:
Gabarito: B.

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2 - Afecções do quadril

Existem diversas patologias, vamos falar das principais que são cobradas em provas.

2.1 – DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES

A Doença de Legg-Calvé-Perthes é caracterizada basicamente por necrose avascular da cabeça do fêmur.


Assim, é uma forma juvenil de osteonecrose idiopática da cabeça do fémur, que pode ter consequências a
longo prazo.

Não há uma teoria única sobre a causa que leva à obstrução transitória da circulação na cabeça femoral.
Alguns autores falam em trombofilia, aumento de viscosidade sanguínea, infarto de repetição, aumento da
pressão hidrostática intracapsular (sinovite transitória), alterações lipídicas e provável origem genética.

Geralmente ocorre entre 2 a 16 anos, sendo o pico aos 6 anos de idade. Afetando mais o sexo masculino.

O quadro clínico é manifestado por dor, claudicação e limitação da ADM (diminuição da abdução, da flexão
e da rotação interna do quadril), sendo estes sintomas variáveis em intensidades para cada paciente. A dor
pode ser relatada no quadril, porém normalmente é referida na região medial da coxa ou no joelho (dor
irradiada). O sinal de Trendelenburg é visto com frequência.

O diagnóstico é feito pelo quadro clínico, e confirmado com o exame radiográfico (inicialmente com
mudanças na epífise, mais tarde com achatamento da cabeça do fêmur) e/ou outros exames
complementares. Sobre o tratamento ainda há controvérsias, podendo ser conservador ou cirúrgico.

O tratamento conservador tem como objetivo principal: manter a cabeça do fêmur dentro do acetábulo,
evitando a subluxação e colapso da cabeça do fêmur. Para isso podemos utilizar técnicas para manter o
quadril em abdução e rotação interna suave. Apenas ter cuidado ao abduzir excessivamente o quadril, pois
pode lesionar a fise lateral.

Alguns autores relatam a utilização de um suporte Scottish-Rite de Atlanta, que mantém o quadril em
abdução e leve rotação interna.

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VUNESP – PREFEITURA DE SERTÃOZINHO/SP - 2017


Luiza, 4 anos, foi diagnosticada com doença de Perthes ou Legg-Calvé-Perthes e encaminhada à
fisioterapia. Essa doença limita a mobilidade de
(A) abdução, flexão e rotação interna de quadril; dor e marcha claudicante.
(B) flexão e rotação lateral de quadril; dor e marcha claudicante.
(C) abdução e adução do quadril; dor e sem alterações na marcha.
(D) extensão e rotação interna do quadril; dor e sem alterações na marcha.
(E) todos os movimentos do quadril; dor e sem alterações na marcha.
Comentários: Como vimos, há diminuição da ADM de abdução, da flexão e da rotação interna do quadril,
além de dor e claudicação. Ou seja, resposta = letra A.

Gabarito: A.

2.2 – Osteoartrose de quadril

É a perda focal da cartilagem articular com reação óssea subcondral. Na radiografia podemos idenficar essa
osteoartrose através da diminuição do espaço articular, osteófitos e esclerose do osso subcondral.

Inicialmente, identificamos restrição da rotação interna e abdução ou flexão do quadril. Cronicamente, pode
afetar outras articulações, assim como, pode evoluir para um caso cirúrgico (artroplastia total de quadril, por
exemplo).

O tratamento conservador pode ser realizado de acordo com as fases, como falamos anteriormente. É
importante o tratamento com exercícios para manter a ADM do quadril, assim como o fortalecimento
muscular. Exercícios de alto impacto no quadril devem ser evitados.

ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL (ATQ)

A ATQ é usada nos casos de lesões articulares graves resultantes de osteoartrite, artrite reumatoide e
necrose avascular. Geralmente é indicado em paciente que sentem dor ao movimento e ao repouso,
limitações funcionais, perda de mobilidade e indicações radiográgicas de doença intra-articular.

Na ATQ a cabeça do fêmur e a fossa do acetábulo são substituídas. Podendo ter três tipos de abordagem:
ântero-lateral, lateral direita e a póstero-lateral. Isso será decidido pelo médico. Também podem ser
cimentadas ou não-cimentadas.

Só temos que estar atentos as complicações após a cirurgia, como trombose venosa profunda, ossificação
heterotópica, fraturas femorais, deslocamento da prótese, lesão neurovascular.

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Vamos ao que importa: a reabilitação pós cirúrgica. Temos que ter cuidado ao manejar o paciente durante o
exame no P.O. Quando a abordagem cirúrgica for póstero-lateral, devemos evitar a flexão do quadril além
de 90° e abdução mínima ou rotação interna do quadril. NA abordagem ântero-lateral e lateral direita, deve
evitar qualquer extensão, rotação externa e adução ao longo da linha média. Essas precauções devem ser
seguidas por, no mínimo, 6 semanas.

Também temos que temos cuidado no P.O. em exercícios que podem promover a luxação da prótese, como
flexão do quadril >90º, rotação externa >20º e a adução <0º.

A fisioterapia pode ser iniciada no 1ºPO. Os dias podem variar de acordo com a idade do paciente, da situação
do paciente, de como foi realizada a cirurgia, etc. Só tenham uma base para entenderem como podemos
tratar, sem atropelar as fases. Agora vamos dividir por fases:

FASES E INTERVENÇÕES
Fase 1: 24 horas a 7 dias

Objetivos: evitar complicações pós-cirúrgicas (TVP, infecção, embolia pulmonar, efeitos nocivos da
imobilidade); diminuição da dor; orientar o paciente.

INTERVENÇÕES:

Exercícios de resistência para as extremidades não envolvidas;

 Bombas de tornozelo;

Exercícios de respiração profunda e tosse;

 Iniciar treinamento de transferência e instruir o paciente sobre a mobilidade na cama (1º dia);

 Treinamento de marcha com muletas ou andador (após 2º dia). Sustentação de peso no membro
envolvido vai depender se é cimentada ou não cimentada. Na não cimentada só pode 10% do peso
corporal. A cimentada, dependendo do cirurgião, pode ser imediata com auxílio de um andador, medido
pela tolerância do paciente ou sustentação parcial de peso por 6 semanas;

Flexão assistida ativa do quadril e do joelho (deslizamento do calcanhar) do membro envolvido.


Geralmente só a partir do segundo dia após a cirurgia.

 Abdução ativa e isométrica do quadril (segundo dia).

 Exercícios de agachamento de arco curto usando a perna envolvida (depende).

 Séries de exercícios para o quadríceps, glúteos e isquiostibiais da perna envolvida;

 Atividades de subir/descer escadas são ensinadas a partir do 3º dia.

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Fase 2 – 2 a 8 semanas

Objetivos: diminuir a dor, estabelecer a ADM do quadril em 70º a 90º de flexão, obter independência em
todas as transferências, melhorar a força muscular da perna envolvida, atingir um padrão normal da
marcha ao utilizar uma bengala (por exemplo).

INTERVENÇÕES:

 Exercícios de flexibilidade dentro da restrição da ADM do quadril. Devem ser feitos alongamentos dos
seguintes músculos: isquiotibiais, quadríceps, gastrocnêmio e sóleo e iliopsoas.

Exercícios com sustentação de transferência e sustentação de peso.

 Exercícios sem sustentação de peso.

 Exercícios de equilíbrio;

 Treino de marcha (dependendo de como está a evolução do paciente).

 Terapia manual.
Fase 3 – após 9 semanas

Objetivos: estabelecer a ADM do quadril em 90º de flexão; atingir independência para locomoção, sem
disfunção da marcha; melhorar equilíbrio e propriocepção; obter independência funcional.

INTERVENÇÕES:

 Progressão dos exercícios da fase 1 e 2.

Como vimos, a descarga de peso depende da fixação da prótese utilizada (cimentada ou não cimentada).
Alguns autores defendem que nas próteses não cimentadas deve-se manter o apoio mínimo (encostar de
dedos) por cerca de 20-30 dias. Depois disso, é permitido 30% de apoio nos próximos 30 dias e vai
aumentando a descarga de peso progressivamente. Nas cimentadas a descarga de peso pode ser imediata,
protegida por muletas ou andador inicialmente, evoluindo de acordo com o paciente.

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AOCP – PREFEITURA DE MARILENA - 2016


Em relação à artroplastia de quadril, assinale a alternativa correta.
(A) A técnica de artroplastia de quadril cimentada permite a descarga de peso apenas 4 semanas após a
cirurgia.
(B) A técnica de artroplastia de quadril não cimentada oferece maior estabilidade, se comparada com a
técnica cimentada, e a descarga de peso pode ser realizada no dia seguinte à cirurgia.
(C) A fisioterapia pré-operatória com objetivo de melhora da força muscular pode ajudar o paciente no pós-
operatório de artroplastia de quadril.
(D) A artroplastia de quadril é contraindicada nos casos de necrose avascular.
(E) Deve-se estimular a abdução de quadril no pós-operatório imediato, a fim de evitar a perda de amplitude
de movimento.

Comentários: Vejamos as assertivas:


(A) A técnica de artroplastia de quadril cimentada permite a descarga de peso apenas 4 semanas após a
cirurgia. Item errado. A descarga de peso na técnica cimentada pode ser imediata.
(B) A técnica de artroplastia de quadril não cimentada oferece maior estabilidade, se comparada com a
técnica cimentada, e a descarga de peso pode ser realizada no dia seguinte à cirurgia. Item errado. A técnica
cimentada oferece maior estabilidade.
(C) A fisioterapia pré-operatória com objetivo de melhora da força muscular pode ajudar o paciente no pós-
operatório de artroplastia de quadril. Item correto. Sempre que possível, esse é o ideal.
(D) A artroplastia de quadril é contraindicada nos casos de necrose avascular. Item errado. É indicada, é um
dos tratamentos disponíveis de acordo com o grau de severidade.
(E) Deve-se estimular a abdução de quadril no pós-operatório imediato, a fim de evitar a perda de amplitude
de movimento. Item errado. Não pode ser realizado no pós-operatório imediato, apenas após 2 dias de
acordo com a cirurgia que foi realizada, dentre outros fatores.

Gabarito: C.

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2.3 – Ruptura labial acetabular

A ruptura do lábio acetabular pode ocorrer por:

Trauma direto,

Atividades esportivas e certos movimentos do quadril (torção e giro),

Lesão de giro em quadril em pessoas jovens, geralmente com o quadril em hiperextensão com uma força
em rotação externa,

Pessoa mais velha com história de displasia de quadril e/ou acetabular, ou o resultado de movimentos de
pivô e de giro repetitivos,

Idiopáticas.

Pode ocorrer essa ruptura anteriormente, posteriormente ou superiormente (lateral). Os sinais e sintomas
clássicos dessa patologia são de uma forma geral:

Dor na virilha, mas pode ocorrer no glúteo ou na região do trocanter.

Presença de estalido, trancada ou sensação de travamento.

Dor aos movimentos de flexão, adução e rotação interna da articulação do quadril (ruptura labial ântero-
superior); hiperextensão, abdução e rotação externa passiva (rupturas posteriores).

Radiografia normal.

Nessa ruptura, a intervenção conservadora é repouso (na cama) com ou sem tração, seguida de período com
sustentação de peso parcial, protegendo a articulação contra cargas. O tratamento cirúrgico pode ser
artrotomia ou artroscopia com ressecção de todo ou parte do lábio.

Vamos falar sobre o tratamento pós-operatório na questão abaixo.

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FCPC - PREFEITURA DE BOA VIAGEM/CE - 2016


Sobre a intervenção fisioterapêutica para um paciente com ruptura labial acetabular no período pós-
operatório, é lícito asseverar:
(A) de quatro a seis semanas de pós-operatório, realizar somente sustentação de peso até a tolerância com
muletas;
(B) de um a sete dias de pós-operatório, realizar atividades funcionais;
(C) de quatro a seis semanas de pós-operatório, avançar para os exercícios de fortalecimento resistido em
cadeia fechada;
(D) de um a sete dias de pós-operatório, avançar para os exercícios de fortalecimento resistido em cadeia
fechada.

Comentários: Aproveitando a questão, vamos falar sobre o pós-operatório na ruptura do lábio acetabular.
Vamos dividir na tabela em 3 fases, de acordo com o tempo e evolução do quadro.

Gabarito: C
FASES INTERVENÇÕES
Sustentação de peso até a tolerância com muletas.

Exercício isométrico para quadríceps e glúteos.

Abdução, adução, flexão e tensão de pé, em cadeia aberta sem resistência. Evitar
Dias 1 a 7
apenas elevação do quadril com a perna reta.

Deslocamento de peso.

Exercícios de equilíbrio.
Avançar sem as muletas e normalizar a marcha.

Evoluir os exercícios de ADM.


2ª e 3ª semanas
Bicicleta ergométrica se tolerado.

Exercícios leves isotônicos.


Continuar os exercícios de flexibilidade.
4ª a 6ª semana

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Exercícios de fortalecimento muscular de acordo com a evolução. Evoluindo para a


cadeia fechada também.

Iniciar atividades funcionais.

Agora vejamos as assertivas:


(A) de quatro a seis semanas de pós-operatório, realizar somente sustentação de peso até a tolerância com
muletas. Essa fase é tardia, já é para o paciente estar sem muletas. Item errado.
(B) de um a sete dias de pós-operatório, realizar atividades funcionais. Está na fase inflamatória, não
podendo realizar atividades funcionais ainda. Item errado.
(C) de quatro a seis semanas de pós-operatório, avançar para os exercícios de fortalecimento resistido em
cadeia fechada. Item correto, como vimos.
(D) de um a sete dias de pós-operatório, avançar para os exercícios de fortalecimento resistido em cadeia
fechada. Item errado. Fase inflamatória não podemos realizar fortalecimento muscular.

2.4 – Pubalgia

A pubalgia é uma dor na região do tubérculo púbico e nas estruturas inseridas no osso púbico. Alguns autores
definem como uma síndrome dolorosa inflamatória.

Diversas disfunções nas articulações e nos músculos ao redor da virilha pode aumentar o estresse mecânico
sobre a região púbica, causando a pubalgia. Na figura abaixo, podemos ver os principais fatores que levam à
sobrecarga do osso púbico, justificáveis por ser um ponto de origem e inserção de vários músculos.

Alguns autores classificam a pubalgia em crônica ou traumática. A traumática ocorre por uma agressão na
sínfise púbica em consequência de uma queda sobre os pés (forças de recepção no solo desiguais) ou a perda
do apoio em solo. Por exemplo, apoio unipodal, no qual a perna que sustenta o peso é rodada, enquanto a
outra executa um movimento como um chute; ou ainda durante atividades como correr. Já a pubalgia crônica
ocorre devido à alteração mecânica.

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Existe uma combinação de alterações nomeada trilogia infeliz que consiste nos músculos abdominais fracos,
na hiperlordose lombar e adutores fortes, podendo frequentemente caracterizar a pubalgia crônica.

Vejamos abaixo outras características:

Dor abdominal inferior com esforço. Ao repouso dor mínima ou nula (inicialmente, quanto mais tempo
sem tratamento, pode evoluir para dor ao repouso e aos pequenos movimentos). A dor aumenta em adução
resistida do quadril e abdominais (reto abdominal). Dor na flexão completa de qualquer uma das pernas,
durante a abdução passiva e a adução resistida dos quadris.

Sensibilidade nos tubérculos púbicos, inserção do reto do abdômen, origem do adutor e ramo púbico
inferior;

Mais comum em homens (pela anatomia pélvica);

O tratamento fisioterapêutico se baseia nas fases também: a fase aguda, a fase de reabilitação (treinamento
aeróbico, fortalecimento dos grupos musculares e flexibilidade) e a fase de retorno ao esporte
(propriocepção específica e dependendo da evolução retorno total). Para isso podemos utilizar diversos
recursos, como falamos durante todas as aulas, pensando em qual o fator causal.

AOCP – EBSERH/UFPA – 2016


Sobre a pubalgia, assinale a alternativa que descreve a “trilogia infeliz” dessa afecção.
(A) Abdutores fracos, hipertrofia de musculatura abdominal e hiperlordose lombar.
(B) Adutores fortes, fraqueza de musculatura abdominal e hiperlordose lombar.
(C) Adutores fortes, abdutores fracos e retificação lombar.
(D) Abdutores fracos, fraqueza de musculatura abdominal e retificação lombar.
(E) Abdutores fortes, hipertrofia de musculatura abdominal e hiperlordose lombar.

Comentários: Decorem: músculos adutores fortes, abdominais fracos e hiperlordose lombar. Letra B.

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Gabarito: B.

AOCP – PREFEITURA DE MARILENA – 2016


Paciente masculino, 23 anos, jogador de futebol amador, após algumas partidas, refere extrema dor em
região de virilha, sendo diagnosticado com pubalgia. Na avaliação fisioterapêutica, foi detectada, dentre
diversos fatores, a presença de hiperlordose lombar. Quanto ao caso clínico apresentado, assinale a
alternativa correta.
(A) A pubalgia é uma síndrome inflamatória dolorosa, que envolve os ossos pubianos, ossos de membros
inferiores, sínfise púbica e estruturas adjacentes.
(B) A hiperlordose lombar não influencia na gravidade da pubalgia.
(C) Dois dos três fatores da “trilogia infeliz” da pubalgia são: adutores fortes e abdominais fracos.
(D) Atletas longelínios e jovens são os biótipos mais acometidos pela pubalgia.
(E) A eletroterapia não pode ser realizada nesse paciente, já que a lesão está muito próxima dos órgãos
genitais.

Comentários: Vejamos as assertivas:


(A) A pubalgia é uma síndrome inflamatória dolorosa, que envolve os ossos pubianos, ossos de membros
inferiores, sínfise púbica e estruturas adjacentes. Item errado. A pubalgia envolve o púbis e as estruturas
adjacentes, que de alguma forma estão relacionados a ele.
(B) A hiperlordose lombar não influencia na gravidade da pubalgia. Item errado. Vimos que influencia.
(C) Dois dos três fatores da “trilogia infeliz” da pubalgia são: adutores fortes e abdominais fracos. Item
correto, como vimos. Resposta da questão.
(D) Atletas longelínios e jovens são os biótipos mais acometidos pela pubalgia. Item errado. Na literatura
apenas citam que os homens são mais acometidos pela pubalgia, assim como atletas de futebol.
(E) A eletroterapia não pode ser realizada nesse paciente, já que a lesão está muito próxima dos órgãos
genitais. Item errado. Isso não é contraindicado.

Gabarito: C.

2.5 – Meralgia parestésica

O termo “meralgia” vem das palavras gregas meros = coxa e algos=dor. É uma condição provocada pela
compressão do nervo cutâneo femural lateral (NCFL), ou seja, trata-se de um mononeuropatia compressiva
desse nervo.

É mais comum em homens, entre 35 e 65 anos de idade.

Características:

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Dor em queimação na face ântero-lateral da coxa. Há uma sensação de desconforto na região acometida
(formigamento, queimação, hiperestesia ou anestesia superficial), porém não se observam alterações
motoras.

Extensão do quadril piora os sintomas, pois aumenta a angulação e tensão sobre o NCFL. Alivia com a
posição supina ou pela flexão do quadril.

Reflexos preservados.

Causas: obesidade, gravidez, ascite, cintas, órteses, cintos apertados, trauma direto, escoliose, diferença
no comprimento dos membros e espasmo muscular. O NCFL também pode ser lesado por incisões
abdominais ou pélvicas, tais como apendicectomias ou retirada de enxerto ósseo ilíaco, reparo de hérnia
inguinal.

Anatomicamente a saída do nervo cutâneo femoral lateral ocorre em L2, L3, portanto hérnias discais
nessas regiões podem ser associadas a causa da meralgia parestésica.

2.6 – Síndrome do piriforme

Essa síndrome tem sido descrita como uma anormalidade anatômica do músculo piriforme e do nervo
isquiático (ciático), que pode resultar em irritação desse nervo pelo piriforme, causando dores nos glúteos e
nos músculos isquiotibiais.

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Temos diversas causas descritas na literatura para explicar essa compressão:

Hipertrofia do músculo piriforme;

Trauma na região sacroilíaca;

Contratura de flexão do quadril, pois essa contratura aumenta a hiperlordose lombar, elevando a tensão
nos músculos pélvico-femorais, quando estes tentam estabilizar a pelve e a coluna na nova posição. Esse
aumento de tensão leva os músculos envolvidos à hipertrofia;

As mulheres são mais afetadas – anatomia diferenciada;

Bursite isquiática;

Pseudoaneurisma da artéria glútea inferior;

Exercício excessivo nos músculos isquiotibiais;

Inflamação e espasmo do piriforme;

Anomalias anatômicas.

Achados clínicos:

 História de trauma nas regiões sacroilíaca e glútea;

 Dor na região da articulação sacroilíaca, incisura isquiática maior e músculo piriforme;

 Exacerbação aguda de dor causada pela inclinação do tronco ou levantamento de peso;

 Um feixe muscular denso, sensível à palpação, sobre o músculo piriforme no lado afetado;

 Elevação da perna reta positiva (teste de Lasegue) – dor na região da incisura isquiática;

 Sinal de Freiberg – dor com rotação interna do quadril passiva;

 Atrofia glútea (mais tardio); dor e fraqueza em associação à abdução resistida e rotação externa (Sinal de
Pace), espasmo muscular local e palpável do obturador interno ou do piriforme (mais difícil de palpar);

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 Exame neurológico geralmente normal.

E o tratamento? Será de acordo com o fator causal, enfim de acordo com a avaliação completa do paciente
(anamnese, sinais/sintomas, exame físico, etc). Podemos utilizar vários recursos, como:

Correção postural;

Liberação miofascial;

Alongamento;

Digitopressão;

Mobilização neural;

Eletrotermofototerapia;

Ativação dos glúteos.

2.7 – Bursite trocantérica

É o nome dado à inflamação de qualquer uma das bolsas trocantéricas. Elas ficam inflamadas por meio da
fricção ou do trauma direto.

Vamos ver os principais achados clínicos:

Dor na região do quadril (mais lateral), mas pode irradiar para o joelho e a parte inferior da perna;

Dor à palpação ou ao alongamento do trato iliotibial sobre o trocanter;

Dor na abdução, extensão ou rotação interna resistidas do quadril;

Pode ter rigidez dos adutores do quadril, aumentando o estresse na bolsa trocantérica.

Dor pior à noite (deitado sobre o lado acometido);

Dor após corridas ou longas caminhadas.

ETIOLOGIA:

Tensão da banda iliotibial (fáscia lata).

 Levantamento persistente quando sentado: excesso de ação do G. máximo.

Aumento do ângulo Q ou marcha cruzada.

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Aqui também temos que ver o fator causal e o restante da avaliação para traçar o plano de tratamento.
Alguns pontos devem ser considerados também:

Repouso;

Eletrotermofototerapia;

Liberação e alongamento da fáscia lata e trato iliotibial. Melhorar também a flexibilidade dos rotadores
externos, quadríceps e flexores do quadril.

Fortalecimentos dos abdutores do quadril e o estabelecimento do equilíbrio entre os adutores e abdutores


do quadril.

Massagem friccional transversa;

Correções posturais

MARINHA DO BRASIL – CSM/S - 2015


A. bursite trocantérica, também conhecida como síndrome da dor no trocânter maior, é uma das doenças
mais frequentes no quadril. Com relação a essa doença, pode-se afirmar que:
(A) é mais comum em homens idosos.
(B) a dor que ela causa irradia para o dermátomo de S2.
(C) o alongamento dos abdutores é uma das condutas adotadas no tratamento.
(D) a bursite isquiática é a mais comum das bursites.

Comentários: Vejamos as assertivas:


(A) é mais comum em homens idosos. Na literatura não tem essa estatística. Está mais relacionada a
corredores. Item errado.
(B) a dor que ela causa irradia para o dermátomo de S2. Não vamos falar dos dermátomos nessa aula,
deixaremos mais para a aula de anatomia. Mas é essencial que vocês saibam os dermátomos. Normalmente
alguma questão pede esse conhecimento. Vamos relembrar através da figura abaixo:

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Podem ver que o dermátomo de S2 não tem nada a ver com a bursite trocantérica. A dor é na lateral do
quadril (pode irradiar-se para o joelho e a parte inferior da perna), não tem um dermátomo correspondente
nessa patologia.
(C) o alongamento dos abdutores é uma das condutas adotadas no tratamento. Item correto. Sempre iremos
alongar os abdutores do quadril.
(D) a bursite isquiática é a mais comum das bursites. Item errado. A bursite subacromial (ombro) é a mais
comum.

Gabarito: C.

3 – Afecções do joelho

Quando falamos de afecções do joelho podemos citar diversos tipos de lesões/ patologias, como lesões
musculares, cisto de Baker, ruptura meniscal, bursite do bíceps femoral/ pata de ganso/pré-patelar,
Síndrome patelofemoral, Síndrome de Hoffa (coxim gorduroso), osteoartrite, gota, lesões ligamentares,
tumores, dentre outras patologias sistêmicas e vasculares que afetam também os joelhos. Para o diagnóstico
fisioterapêutico temos que realizar a avaliação completa, não se esquecendo dos testes especiais.

Uma peça importante nessa avaliação é identificar o comportamento da dor no joelho, como o local,
profundidade, em quais movimentos, se há presença de estalido, se a dor aparece ou alivia ao repouso, se

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há travamento da articulação, início gradual ou repentino. Essa é a importância de estudar a anatomia e


biomecânica! Sabendo essas duas entenderão qualquer patologia.

Veremos as principais patologias que são cobrados em provas!

3.1 – Lesões meniscais

Os meniscos têm como funções: aumentar a congruência e estabilidade articular, transmissão de cargas,
absorção de choque, lubrificação e nutrição da cartilagem articular.

Eles podem sofrer lesões através da desaceleração com mudança de direção, degeneração, extensão brusca
(cadeia cinética aberta ou fechada) ou pode estar associado à lesão ligamentar.

De um modo geral, os sinais e sintomas são:

Dor ao movimento e à palpação na interlinha articular;

Travamento (lesão no menisco interno será entre 10 a 30º de flexão e no menisco externo em mais de 70º
de flexão);

Falseios;

Edemas ocasionais;

Hipotrofia muscular.

Temos algumas abordagens, como fisioterapia, menistectomia, reparo (sutura) meniscal e transplante de
aloenxerto. O que será utilizado irá depender da idade do paciente, tamanho e localização da lesão (mais
vascularizada ou não) e se houve dano no tecido colateral, dentre outros fatores.

O tratamento conservador será indicado para os casos onde o paciente relata aparecimento dos sinais e
sintomas apenas nas atividades não usuais e somente para lesões em zona vascularizada. O tratamento
tendo como objetivo estimular a cicatrização (p.ex. laser), manutenção da amplitude de movimento, força
muscular e trofismo muscular (principalmente do quadríceps femoral), melhora da estabilização articular e
retorno funcional.

O tratamento no pós-operatório irá depender qual foi o procedimento cirúrgico realizado.

3.2 – Lesões ligamentares do joelho

Os principais ligamentos do joelho são os seguintes:

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Iremos ver um pouco da lesão de cada um, de uma forma geral.

LIGAMENTO Lesão comum em atletas.


CRUZADO
ANTERIOR Mecanismo de lesão: desaceleração brusca, com mudança de direção, gerando um
valgo mais rotação externa de tíbia ou trauma na região posterior proximal da tíbia.

Sinais e sintomas: edema, dor e falseios durante movimentos do joelho e


dificuldade em realizar algumas atividades da vida diária. Também podemos ter
pacientes com a lesão do LCA sem dor, sem edema e sem prejuízo funcional.
LIGAMENTO Mecanismo de lesão: trauma direto na região anterior da tíbia; hiperextensão
CRUZADO associado a um estresse em valgo ou varo; força em sentido para baixo na coxa,
POSTERIOR com uma hiperflexão do joelho.

As rupturas do LCP podem ser totais ou parciais, podendo ser tanto da porção
ântero-lateral quanto da póstero-medial. Durante o movimento de lesão pode
ocorrer uma fratura por avulsão na inserção do LCP.

Sinais e sintomas: dor na região posterior do joelho ao se ajoelhar; pode ou não ter
a instabilidade do joelho (principalmente ao subir e descer escadas); pode relatar
falseios; dependendo do grau da lesão há diminuição da força, função e tônus
muscular do quadríceps.

Com a instabilidade do joelho e a consequente posteriorização da tíbia em relação


ao fêmur, teremos uma sobrecarga femoropatelar e lesões condrais na região do
côndilo femoral medial. Posteriormente, se não tratado, pode evoluir para um
osteoartrose.
LIGAMENTO Mecanismo de lesão: estresse em valgo indireto ou trauma direto na região lateral
COLATERAL do joelho.
MEDIAL
O teste de estresse em valgo deve ser feito em 0º e 30º de flexão, pois nessas
posições o LCM suporta o estresse em valgo (0º) e impedem o valgo (30º). Se não
suportar e não impedir o LCM está lesionado.
LIGAMENTO Mecanismo de lesão: estresse em varo indireto ou trauma direto na região medial
COLATERAL do joelho.
LATERAL

Em todos os casos, o tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. Isso irá depender do tamanho da lesão,
se tem uma lesão associada de outra estrutura, idade do paciente, se tem avulsão óssea, se tem
instabilidade, dentre outros critérios que o médico deve avaliar. Sempre iremos respeitar as fases da
cicatrização. Sempre na lesão aguda ligamentar = repouso, gelo, compressão e elevação.

O tratamento das lesões ligamentares será resumido na tabela abaixo.

LESÃO TRATAMENTO P.O


Logo após a cirurgia o paciente utiliza o imobilizador de joelho ou o suporte de extensão com
L.C.A.
travamento. O suporte deve ser utilizado 24h por dia e ser destravado ou removido apenas

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para tomar banho ou fazer os exercícios recomendaos. Esse suporte deve permanecer travado
a 0º com movimentação até o paciente conseguir elevar a perna reta, sem retardamento do
extensor.

P.O. imediato (0 a 4 semanas) - objetivos: diminuir o edema, manutenção da mobilidade


patelar, extensão completa (cuidado para não hipereestender o joelho por causa do enxerto,
mas é necessário manter a extensão completa para evitar contraturas em flexão) e flexão 90º,
levantamento da perna estendida, restauração da marcha (sustentação de peso de acordo com
a tolerância do paciente, gradualmente). Exercícios isométricos podem ser realizados nos
músculos quadríceps e isquiotibiais, na razão 1:4, respectivamente. Respeitando até 90º de
flexão de joelho. Os exercícios vão evoluindo de acordo com a evolução do paciente.

P.O. intermediária (4 a 12 semanas) – objetivos: ADM completa, ganho de força de trofismo,


retirar o imobilizador se ainda estiver utilizando, marcha próxima ao normal. O paciente,
apresentando o controle do quadríceps satisfatório, pode evoluir para exercícios isocinéticos
de flexão e extensão de quadril (6 a 8 semanas), assim como subrir degraus, treinamento
neuromuscular.

P.O. avançado - a partir de 12 semanas: evolução dos exercícios para ganho de força de
trofismo, melhora da estabilização articular e retorno funcional.
Geralmente, o tratamento é conservador com foco do tratamento no fortalecimento do
quadríceps (ajuda a reduzir a translação tibial posterior) e a restauração da ADM.

Após 6 a 8 semanas pode iniciar o fortalecimento dos isquiotibiais, pois se iniciar


precocemente pode causar estresse no LCP. Qualquer movimento que cause estresse no
ligamento deve ser evitado.
L.C.P.
Se lesão foi parcial é necessário ter cautela nos exercícios para melhorar a ADM. A flexão só
pode até 90º.

Se o tratamento for cirúrgico, precisamos ter cautela durante a flexão (>60º) principalmente
nas 3 semanas iniciais. Sempre respeitando as fases de cicatrização e a evolução do paciente.
Dificilmente necessita de tratamento cirúrgico.

Para as primeiras 72h = repouso, gelo, compressaõ e elevação. Também é utilizada uma órtese
que impeça os movimentos rotacionais, evitando o estresse em valgo.

A carga sobre o membro pode ser realizada, desde que o paciente não tenha dor significativa
e que tenha proteção contra os movimentos rotacionais – valgo.
L.C.M
Os objetivos iniciais nessa lesão são: estimular a cicatrização, manutenção da ADM, força
muscular e trofismo (quadríceps - podem ser feitas já nos primeiros 2 a 3 dias da lesão) e
proteção do estresse em valgo. Com as fases de cicatrização, iremos evoluindo os exercícios
até o retorno funcional.

O fortalecimento do músculo vasto medial oblíquo é importante para evitar recidivas.

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A lesão de LCL segue a mesma linha de tratamento do LCL, apenas muda a proteção da órtese,
L.C.L sendo uma proteção do estresse em varo. Os ligamentos colaterais são geralmente tratados
de forma conservadora, pois são bem vascularizados.

3.3 – Condromalácia patelar

É uma patologia degenerativa da cartilagem articular (hialina) da superfície posterior da patela, que produz
desconforto e dor difusa na região anterior da patela. Piora com contração excêntrica, sentar prolongado
mantendo joelho flexionado (sinal do cinema, por estiramento dos retináculos). Pode ocorrer edema,
crepitações, falseios e bloqueio.

Evolui para um quadro grave e incapacitante do joelho (osteoartrose) se não tratada precocemente.

Fatores predisponentes: falhas biomecânicas, tensão dos tecidos moles (retináculo lateral, fáscia lata, reto
femoral, isquiotibiais e gastrocnêmios), desequilíbrio muscular (vasto medial oblíquo e vasto lateral),
alteração da biomecânica do pé, sobrecarga na articulação (overuse) - qualquer ação compressiva anormal
repetida sobre a cartilagem articular.

É classificada em 4 graus, de acordo com o estado de deterioração da cartilagem:

I - Amolecimento da cartilagem e edemas;

II - Fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro <1,3cm;

III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm;

IV - Erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral.

O tratamento fisioterapêutico inclui na remoção de quaisquer desequilíbrios musculares de flexibilidade ou


força. De acordo com a causa que levou à condromalácia patelar, o objetivo é remover esse fator causal.
Entenderemos melhor no decorrer das questões.

Caso o tratamento conservador não melhore a condição do paciente, o tratamento cirúrgico pode se mostrar
benéfico.

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CONDROMALÁCIA PATELAR X SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL

Na verdade, a Condromalácia pode ser uma das causas da Síndrome da dor patelofemoral. Outro ponto é
que na síndrome femoropatelar não necessariamente há um desgaste da cartilagem importante que a
justifique. Já na condromalácia patelar, ocorre um desgaste da cartilagem.

Sinais e Sintomas:

Dor difusa na região anterior do joelho (retropatelar, peripatelar).

Piora com contração excêntrica.

Piora com o sentar prolongado mantendo joelho flexionado (sinal do cinema), ao subir e descer escadas,
ajoelhar-se.

Edema, crepitação e falseios podem ocorrer.

Dor na amplitude final de flexão do joelho.

Dor à palpação especialmente com a compressão da patela.

Fatores Predisponentes:

Falhas biomecânicas

Displasia da patela e/ou da tróclea femoral

Posição da patela em relação à tróclea

Anteroversão do colo do fêmur

Aumento do ângulo Q

Tensão dos tecidos moles

Retináculo lateral

Fáscia lata

Reto femoral

ITs e gastrocnêmios

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Desequilíbrio muscular

Vasto medial oblíquo e Vasto lateral

Alteração da biomecânica do pé

Excesso de uso (overuse)

Tratamento:

Reeducação do vasto medial oblíquo (biofeedback, tapping)

Alongamentos (musculares, retinaculares, etc)

Fortalecimento

CCF = 0-45º

CCA = 90-30º (com caneleira)

CCA = 0-30º (na cadeira extensora)

Estabilização articular

Bandagens

Meios Físicos (crioterapia, US, Laser, FES)

Palmilhas

Reeducação postural

3.4 – Tendinite patelar

A tendinite patelar (joelho de saltador) e a tendinite do quadríceps são condições de uso excessivo que
costumam estar associadas a sobrecarga excêntrica durante as atividade de desaceleração, por exemplo em
corrida ladeira abaixo. Geralmente, o paciente apresenta dor à palpação próxima à inserção patelar.

Normalmente, o tratamento é conservador, onde estão inclusos repouso, recursos


eletrofototermoterápicos, alongamento e fortalecimento excêntrico de quadríceps (só quando não houver
dor), fortalecimento concêntrico-excêntrico de tibial anterior. Na fase mais avançada o fortalecimento do
tibial anterior se torna puramente excêntrico.

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3.5 – Tendinite da pata de ganso ou bursite anserina

Primeiramente, quais músculos compõem a pata de ganso?

Lembre-se! Grácil, Sartório e semitendíneo! São músculos primariamente flexores do joelho e têm uma
influência secundária na rotação interna da tíbia, protegendo o joelho contra rotação e também contra um
estresse valgo.

Muito comum em atletas corredores de longa distância. Maior prevalência em mulheres, indivíduos com
sobrepeso, osteoartrite nos joelhos, deformidades em valgo, pé plano, faixa etária entre 50 e 80 anos.

Já a etiologia inclui trauma, retração da musculatura posterior da coxa, exostose óssea, irritação de plica
suprapatelar, lesão do menisco medial, pé plano, joelho valgo, infecção e reação a corpo estranho.

Achados clínicos:

 dor à palpação na face medial do joelho;

 exacerbação da dor ao subir ou descer escadas;

 edema local.

Tratamento: fator causal e achados clínicos.

3.6 – Doença de osgood-schlatter

É uma apofisite de tração que ocorre na tuberosidade da tíbia, sendo uma das principais causas de dor em
joelhos esqueleticamente imaturos, coincide com a fase de estirão de crescimento. Acomete pessoas do sexo
feminino (entre 8 e 13 anos de idade) e do sexo masculino (entre 10 e 15 anos) envolvidos em esportes que
exigem flexão do joelho com carga repetitiva.

O diagnóstico é baseado nos sinais e sintomas, tais como dor, calor, sensibilidade local aumentada, e
geralmente edema local e proeminência na área da tuberosidade tíbia. Tipicamente a dor ocorre quando

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realiza um movimento que necessite de uma forte contração do quadríceps. Lembre-se que o tendão patelar
se insere na tuberosidade da tíbia.

A radiografia tipicamente revela tumefação dos tecidos moles e pequenas espículas de ossificação
heterotópica podem ser observadas anteriormente à tuberosidade tibial.

O tipo de tratamento depende da severidade da doença, mas geralmente é conservador. O tratamento


conservador segue o protocolo visando controle da dor e inflamação, ganho de flexibilidade dos isquiotibiais
e fortalecimento do quadríceps de intensidade moderada. Em casos mais persistentes talvez sejam
necessários a imobilização por 6 a 8 semanas.

Em longo prazo essa patologia pode trazer complicações, como: sensibilidade de golpes diretos ou genuflexo,
deslocamento superior da patela (causa alterações degenerativas na articulação patelofemoral).

IDECAN - PREF. VILHENA/RO - 2013


Sobre a doença de Osgood-Schlatter, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A dor é geralmente a queixa principal. A dor pode ser reproduzida pela extensão do joelho contra
resistência, ou agachamento com flexão total do joelho.
( ) Afeta geralmente meninos na faixa de 10-15 anos, e meninas entre 8-13 anos, coincidindo com estirão de
crescimento.
( ) Durante a inspeção pode-se observar a presença de edema sobre a tuberosidade tibial anterior, dor à
palpação da tuberosidade tibial e tendão patelar podem estar presentes.
( ) Para avaliar o comprimento muscular de quadríceps indica-se o teste de Ober, para avaliar
gastrôcnemio/solear adota-se a ADM ativa e passiva e para os flexores de quadril, novamente teste de Ober.

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A sequência correta está em


(A) F, V, V, F
(B) F, F, V, V
(C) V, V, F, F
(D) V, V, V, F
(E) V, F, V, V

Comentários: Vejamos as assertivas:


(V) A dor é geralmente a queixa principal. A dor pode ser reproduzida pela extensão do joelho contra
resistência, ou agachamento com flexão total do joelho. A principal queixa é a dor no joelho, especialmente
aos esforços que necessitem de uma forte contração do músculo quadríceps, ou seja, a extensão do joelho
contra resistência e o agachamento com flexão total do joelho podem reproduzir essa dor.
(V) Afeta geralmente meninos na faixa de 10-15 anos, e meninas entre 8-13 anos, coincidindo com estirão
de crescimento. Isso mesmo que vimos anteriormente. Lembre-se do estirão de crescimento.
(V) Durante a inspeção pode-se observar a presença de edema sobre a tuberosidade tibial anterior, dor à
palpação da tuberosidade tibial e tendão patelar podem estar presentes. Item verdadeiro. Podemos
encontrar esses locais de dor, pois são as estruturas diretamente relacionadas com essa patologia.
(F) Para avaliar o comprimento muscular de quadríceps indica-se o teste de Ober, para avaliar
gastrôcnemio/solear adota-se a ADM ativa e passiva e para os flexores de quadril, novamente teste de Ober.
Não vimos sobre esse teste, vejamos como ele é realizado: paciente em decúbito lateral, com o quadril
flexionado e abduzido e joelho flexionado. Resultado: o teste é positivo quando a perna não consegue
abaixar. Avalia a rigidez do trato iliotibial e músculo tensor da fáscia lata.

Como podemos ver o teste de Ober não avalia o comprimento muscular de quadríceps e nem os flexores de
quadril. Item falso.
Gabarito: D.

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3.7 – Doença de larsen-johansson

Essa doença faz parte do grupo de osteocondrite. A Doença de Sinding-Larsen-Johannson é uma variante da
Síndrome de Osgood-Schlater. Acomete a parte inferior da patelar onde é inserido o tendão patelar. Aparece
em crianças e adolescentes devido à sobrecarga repetitiva do tendão patelar, produzindo dor, sensibilidade
e edema ao redor do joelho, a dor tipicamente se localiza no polo inferior da patela.

Afeta principalmente adolescentes entre 10 e 15 anos que praticam esportes que demandam correr ou
saltar.

O tratamento segue as bases da doença de Osgood-Schlater.

IADES - EBSERH/ HUOL – UFRN - 2014


A doença de Larsen-Johansson pode ser descrita como
(A) apofisite da tuberosidade do calcâneo.
(B) dobra no revestimento sinovial do joelho.
(C) apofisite na inserção do tendão patelar na tuberosidade da tíbia.
(D) dor na linha articular sobre a lateral do côndilo femoral quando o joelho está em 30° de flexão.
(E) dor e edema no polo inferior da patela.

Comentários: Vejamos as assertivas:


(A) apofisite da tuberosidade do calcâneo: doença de Sever.
(B) dobra no revestimento sinovial do joelho: síndrome da plica sinovial.
(C) apofisite na inserção do tendão patelar na tuberosidade da tíbia. Item errado. É a definição da doença de
Osgood-Schlater
(D) dor na linha articular sobre a lateral do côndilo femoral quando o joelho está em 30° de flexão. Item
errado. Pode ser Síndrome do Trato Iliotibial, dentre outras patologias.
(E) dor e edema no polo inferior da patela. Item correto, como vimos.

Gabarito: E

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3.8 – Osteoartrose do joelho

Essa condição pode afetar a articulação tibiofemoral (lateral e medial) e patelofemoral. Podendo evoluir para
incapacidade funcional do joelho, sendo necessário tratamento cirúrgico (artroplastia de joelho).

Geralmente, o paciente relata dor ao repouso e aos movimentos com sobrecarga de peso. Também pode
ocorrer a fraqueza muscular e a perda de movimento.

O tratamento conservador consiste em medidas analgésicas, fortalecimento muscular, exercícios


proprioceptivos, perda de peso (geralmente a obesidade está relacionada a essa patologia), educação do
paciente, correções posturais. Só é necessário ter cuidados com a dosagem dos exercícios isotônicos e
isocinéticos, pois podem aumentar a compressão patelar, agravando o quadro do paciente.

4 – Afecções do tornozelo e pé

4.1 – Ruptura do tendão do calcâneo

Essa lesão ocorre em diversos esportes, assim como, no nosso dia-a-dia. O tratamento depende da gravidade
da lesão, podendo ser cirúrgico ou conservador.

Vamos ver os mecanismos de lesão. Geralmente ocorre em algumas situações, vejamos:

Arranque com a sustentação de peso sobre a parte anterior do pé enquanto estende o joelho;

Dorsiflexão súbita com sustentação total do peso (queda);

Dorsiflexão violenta (saltar, cair de uma altura, aterrissar sobre um pé com flexão plantar).

Traumas diretos.

Imediatamente após a lesão, acompanhada por estalido (geralmente audível), é relatada dor intensa e súbita
na porção posterior do tornozelo.

O diagnóstico ao exame físico pode ser estabelecido por três achados: depressão palpável, diminuição da
força muscular de flexão plantar e teste de Thompson positivo (presente na ruptura completa do tendão,
esse teste consiste na aplicação de pressão circunferencial à porção mais volumosa dos músculos
gastrocnêmio e sóleo). O exame físico também revela edema, bem como equimose ao redor dos maléolos.

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O tratamento irá depender do grau de lesão e a idade do paciente também, mas geralmente é realizado o
reparo cirúrgico porque o risco de ocorrer novas rupturas com o tratamento conservador é maior. A
intervenção conservadora consiste em imobilização gessada na posição equina de gravidade (10º a 20º de
flexão plantar) e fisioterapia. Mesmo no pós operatório alguns médicos utilizar a imobilização gessada para
proteger o reparo contra estresses. O tempo e se será utilizado dependerá da técnica cirúrgica e isso é
responsabilidade do médico.

A fisioterapia é importante desde o início para evitar os efeitos deletérios da imobilização. Devemos respeitar
as fases de cicatrização do tendão suturado (6 a 8 semanas). No caso do tratamento conservador em que
não é realizada a cirurgia, se a imobilização for removível (bota ortopédica), podemos realizar movimentos
passivos leves e utilizar recursos analgésicos e que auxiliem na cicatrização, que não gerem calor (crioterapia,
eletroterapia, terapias manuais). E após essa fase aguda, seguimos o tratamento de acordo com as outras
fases da cicatrização, progredindo nos exercícios sempre de acordo os sinais e sintomas que vimos nas
primeiras aulas sobre o Processo de Reparo Tecidual.

O tratamento pós cirúrgico também segue essas fases, mas temos que respeitar a cicatriz do tendão suturado
e utilizar recursos para a cicatriz também (por exemplo, o ultrassom de 1Mhz que auxilia nesta reorganização
do tecido e no cuidado com a cicatriz cirúrgica, o laser também)

Geralmente, inicia-se a descarga de peso parcial ou total progressiva após duas semanas da cirurgia, no dia
da remoção das suturas ou depois de três semanas. De acordo com a tolerância do paciente inicia-se o ganho
de movimento, com os alongamentos, e fortalecimento da musculatura de todo o tornozelo. Por fim, e no
caso de um atleta, são muito importantes os treinos de pliometria e proprioceptivo, tudo com o objetivo de
retornar ao nível pré-operatório de atividades funcionais ou desportivas. A reabilitação pode levar de 4 a 5
meses, dependendo da evolução do paciente.

Vamos ver mais algumas particularidades no decorrer das questões.

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CESPE - TCE-PA - 2016


Um atleta de futebol de campo com quarenta anos de idade compareceu ao atendimento no ambulatório
de fisioterapia desportiva de um hospital com o seguinte quadro clínico: sensação de ter sido golpeado na
região do terço distal posterior da perna direita que, segundo o atleta, havia ocorrido após a tentativa de
uma arrancada para alcançar a bola, aos quarenta minutos do segundo tempo do jogo. No momento da
avaliação fisioterapêutica, o relato do paciente sugeriu ao profissional que a sensação da pancada foi
desencadeada durante a realização de um movimento de flexão plantar e extensão do joelho, de forma
brusca, no membro inferior direito. Com referência a esse caso clínico, julgue os itens a seguir.

OBS.: Essa lesão ocorre em diversos esportes, assim como, no nosso dia-a-dia. Como o enunciado diz:
sensação de ter sido golpeado (forma brusca) na região do terço distal posterior da perna direita, ocorrido
após a tentativa de uma arrancada para alcançar a bola (flexão plantar e extensão do joelho), aos quarenta
minutos do segundo tempo do jogo.
Então supomos que houve uma lesão na região do tendão calcâneo direito, pois o enunciado disse que foi
uma lesão no terço distal posterior da perna ao movimento de flexão plantar (músculo gastrocnêmios e
sóleo que estão inseridos no tendão do calcâneo) e extensão do joelho. Isso ocorreu depois do paciente
jogar 40 minutos do segundo tempo mais 45 minutos do primeiro tempo, ou seja, provavelmente a
musculatura já estava fadigada (paciente com 40 anos). As lesões tendíneas podem ser parciais ou totais.
Quando há uma dor súbita e intensa, descrito frequentemente como quando se recebe um golpe por trás
com um movimento brusco e nesse mecanismo de lesão, geralmente é uma ruptura completa do tendão.

(A) A associação entre a idade do atleta e a fadiga de final de jogo é um achado frequente e determinante
nesse tipo de quadro clínico.
Comentários: A idade do paciente e a fadiga muscular são diretamente proporcionais. Quanto maior a idade,
mais rápido o músculo irá fadigar. Item correto.
Gabarito: Certo.

(B) No caso em tela, o tipo de lesão do paciente deverá ser confirmado por meio da realização do teste do
sinal de Bancroft.
Comentários: O teste de sinal de Bancroft avalia se há trombose venosa profunda. O teste é realizado com
a palpação da musculatura da panturrilha contra a estrutura óssea, positivo se o avaliado refere dor. Item
errado. O teste de Thompson é o indicado para avaliar se há ruptura completa do tendão calcâneo.
Gabarito: Errado.

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(C) Na avaliação desse paciente, os achados podem incluir a presença de uma depressão palpável na região,
associada à acentuada redução da força dos músculos flexores plantares.
Comentários: Essa questão é uma pegadinha com a palavra “podem”. Se há uma ruptura completa do tendão
calcâneo, incluímos três achados: depressão palpável e geralmente visível no tendão do calcâneo, diminuição
da força dos músculos flexores plantares do tornozelo e teste de Thompson positivo. Então a palavra
“podem” não está correta, pois são achados que precisam estar presentes em rupturas do tendão calcâneo
desse nível. Item errado.
Gabarito: Errado.

(D) Se o paciente desse caso clínico for submetido a uma intervenção cirúrgica, ele retornará às atividades
esportivas em até sessenta dias, a contar da data da lesão.
Comentários: Primeiramente, não temos como saber quantos dias o paciente irá retornar ao esporte, afinal
depende de vários fatores, como idade, extensão da lesão, como a região está vascularizada, se foi realiza
imobilização após a cirurgia, etc. Mas na literatura, alguns autores citam até 15 semanas, outros 9 meses. E
também se fossem contar os dias, seria após a cirurgia, não a contar da data da lesão. Então a questão está
errada de várias maneiras.
Gabarito: Errado.

(E) Para o tratamento inicial desse paciente, recomenda-se envolver a perna com uma faixa compressiva,
posicionando-se o tornozelo em flexão plantar, e colocar uma tala de gesso na região posterior da perna
direita.
Comentários: A maioria dessas lesões são tratadas cirurgicamente, mas alguns realizam imobilização com
gesso curto ou longo na posição equina de gravidade (10 a 20º de flexão plantar). Isso pensando no
tratamento médico. No caso do tratamento fisioterapêutico inicial (ambulatório de fisioterapia desportiva
no hospital), como sendo o primeiro atendimento, antes de ser diagnosticado e traçado o plano de
tratamento médico (se irá fazer a cirurgia ou tratamento conservador), o ideal é envolver a perna com faixa
compressiva (controlar o edema), posicionar o tornozelo em flexão plantar e colocar uma tala de gesso na
região posterior da perna direita. Podemos considerar a questão correta.
Gabarito: Certo.

(F) O caso em apreço é um exemplo de um quadro clínico clássico de ruptura do tendão calcâneo do membro
inferior direito.
Comentários: Foi o que vimos no decorrer da questão.
Gabarito: Certo.

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4.2 – Hálux valgo

É uma deformidade da primeira articulação metatarsofalangeana na qual a falange proximal é lateralmente


desviada em relação ao primeiro metatarso. Isso resulta de uma subluxação lateral do músculo flexor longo
do hálux, que transforma esse músculo e o músculo flexor curto em adutores, puxando a interfalangeana
proximal medialmente e a interfalangeana distal lateralmente. Além disso, o músculo abdutor do hálux
desliza sob a cabeça do metatarso e provoca a pronação do hálux.

Com a progressão desse quadro há o desvio lateral crescente do hálux e a articulação metatarsofalangeana
se torna incongruente, os sesamóides subluxam lateralmente, provoca a pronação do hálux, a região medial
do primeiro metatarso (cabeça) se torna mais proeminente. Além disso, a sustentação de peso desloca-se
do primeiro metatarso (cabeça) para o segundo e, possivelmente, para o terceiro. Isso acarreta em desvios
posturais ascendentes.

Normalmente, essa deformidade se agrava com o tempo. Existem fatores extrínsecos e intrínsecos, que
predispõem o desenvolvimento do hálux valgo. O fator etiológico extrínseco mais relevante é o uso de
calçados apertados (agravamento associado ao salto alto) e o intrínseco: metatarso primo varo, pé plano e
fraqueza do músculo abdutor do hálux.

O tratamento geralmente é conservador. Este inclui calçado mais largo e ortopédico (palmilhas de acordo
com as alterações nos pés do paciente para suporte do arco e redistribuição das pressões), emprego de
órteses para reposicionamento e redução das áreas de atrito (por exemplo, espaçadores de silicone entre os
dedos dos pés para aliviar a dor ao caminhar), recursos analgésicos (quando tem dor é claro), mobilização
articular do hálux, bandagem, alongamento muscular (principalmente gastrocnêmio, sóleo e flexor longo do
hálux) exercícios com o objetivo de correção postural global de acordo com as alterações encontradas (muito
importante! Lembre-se das compensações que um hálux valgo pode acarretar ascendentemente, assim
como outras estruturas podem acarretar maior sobrecarga no hálux valgo).O fortalecimento muscular da
musculatura intrínseca do pé e músculos da perna também é importante pela compensação postural.. Os
músculos mais importantes a serem fortalecidos são: músculos abdutores e rotadores externos do quadril,
tibial posterior (este músculo ajuda no suporte do arco do pé, controlando a pronação) e os músculos
intrínsecos do pé.

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IDECAN - PREF. APIACÁ/ES - 2014


No tratamento do Hálux Valgo, além do tratamento tradicional, deverão ser fornecidas orientações
importantes ao paciente para um resultado eficaz. Quanto às orientações sobre o Hálux Valgo, analise.
I. Orientar o paciente a reduzir o uso de salto alto é incorreto e trata-se apenas de mito popular.
II. O paciente deve andar descalço de forma a estimular o desenvolvimento da musculatura intrínseca do pé.
III. A palmilha para suporte do arco longitudinal ajuda na postura do pé e na redução da dor.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e III.
(E) II e III.

Comentários: Vejamos as assertivas:


I. Orientar o paciente a reduzir o uso de salto alto é incorreto e trata-se apenas de mito popular. Item errado.
Deve ser reduzido o salto e o calçado deve ser ortopédico e com palmilhas personalizadas. O salto alto
permite uma maior constrição axial dos pés, forçando cada vez mais o antepé contra a extremidade anterior
do calçado. Se a ponta do calçado for triangular aumenta mais ainda, agravando o caso.
II. O paciente deve andar descalço de forma a estimular o desenvolvimento da musculatura intrínseca do pé.
Item correto. Andar descalço apenas ESTIMULA essa musculatura.
III. A palmilha para suporte do arco longitudinal ajuda na postura do pé e na redução da dor. Item correto. O
uso do suporte do arco longitudinal ajuda na redução da dor e na postura do pé, pois “controla” a pronação
excessiva. Tenham em mente que confeccionar uma palmilha exige o conhecimento de vários outros
elementos, prestem atenção quando aparecer questões sobre palmilhas.
Gabarito: E.

4.3 – Fascite plantar e esporão do calcaneo

A fascite plantar é a inflamação da fáscia ou aponeurose plantar, causada por microtraumas repetitivos na
origem da fáscia plantar, na tuberosidade medial do calcâneo.

Com o tempo, a fascite pode dar origem ao esporão do calcâneo (não é regra). Acredita-se que a maior
tensão da fáscia plantar causa hemorragia perióstea e reação inflamatória, o que resulta na projeção de novo

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osso e na formação do esporão de calcâneo, mas este se mostra muito mais vezes associado ao músculo
flexor curto dos dedos do que à fáscia plantar. Os sintomas são parecidos, a diferença é que o esporão de
calcâneo tem uma protuberância óssea no osso calcâneo.

Temos como fatores causais: pronação excessiva (antepé varo e calcâneo varo); uso excessivo de salto alto;
mudança nos hábitos de atividade física ou excesso repentino da mesma.

Quadro clínico: dor à palpação da região do tubérculo medial do calcâneo e região medial da fáscia plantar;
dor matinal que dura em torno de uma hora; dor em atividades que exigem descarga de peso; presença de
síndrome dolorosa miofascial em músculos intrínsecos do pé e panturrilha; presença de esporão de calcâneo
em alguns casos.

IMA - PREF. BELÉM DO PIAUÍ/PI - 2015


A Fascite Plantar é uma inflamação crônica da aponeurose plantar onde o paciente refere dor local causada
principalmente por fatores mecânicos e podemos afirmar:
(A) A dor local aumenta com o repouso.
(B) Dentre as causas da fascite plantar podemos destacar os arcos altos, os pés planos, pronação exagerada
do pé e o retesamento dos músculos da panturrilha.
(C) O tratamento da fascite plantar é cirúrgico, atuando o fisioterapeuta apenas no pós-operatório desses
casos.
(D) A fascite plantar também é chamada de esporão de calcâneo e ocorre com maior incidência na população
jovem, do sexo masculino, entre 20 a 35 anos de idade, magros e que trabalham carregando ou levantando
muito peso.

Comentários: Vejamos as assertivas:


A) A dor local aumenta com o repouso. Item errado. A dor diminui com o repouso.
B) Dentre as causas da fascite plantar podemos destacar os arcos altos, os pés planos, pronação exagerada
do pé e o retesamento dos músculos da panturrilha. Item correto. Como vimos na aula.
C) O tratamento da fascite plantar é cirúrgico, atuando o fisioterapeuta apenas no pós-operatório desses
casos. Item errado. O tratamento é conservador.
D) A fascite plantar também é chamada de esporão de calcâneo e ocorre com maior incidência na população
jovem, do sexo masculino, entre 20 a 35 anos de idade, magros e que trabalham carregando ou levantando
muito peso. Item errado. Fascite plantar (inflamação da aponeurose plantar) é diferente de esporão do
calcâneo (protuberância óssea).
Gabarito: B

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4.4 – Entorse de tornozelo

Temos dois tipos de entorse de tornozelo: por inversão e por eversão.

ENTORSE POR INVERSÃO ENTORSE EVERSÃO


Mais frequente; Menos frequente devido à anatomia óssea e ligamentar.

Mecanismo de lesão: Inversão mais flexão Pode haver fratura por avulsão da tíbia antes da lesão do
plantar; ligamento deltoide (mais forte dos ligamentos mediais).

Lesão dos ligamentos: Pior prognóstico.

talofibular anterior (60 a 70%),

talofibular anterior e calcâneofibular (20%),

talofibular posterior.

 Pode haver lesão do ligamento deltoide por


compressão (grau II – III) e/ou fratura da base
do metatarso pela ação do fibular curto.

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GRAVIDADE DAS LESÕES

Grau I: pequeno estiramento ligamentar com pouca ou nenhuma instabilidade articular; dor branda e
pequeno edema.

Grau II: certa ruptura ligamentar com instabilidade moderada; dor forte a moderada, edema significativo.

Grau III: ruptura total do ligamento com ampla instabilidade; forte dor inicialmente com pequena ou
nenhuma dor subsequente, devido a ruptura total de fibras nervosas.

Para ALGUNS autores o tratamento de entorse de tornozelo é dividido em 4 fases também (prestem atenção
– palavras diferentes): fase de imobilização, pós imobilização, fase de recuperação funcional e fase de
resolução. Sabemos que isso muda entre os autores. Eu, particularmente, não gosto muito dessa
nomenclatura, mas lembre-se disso, pois pode aparecer na sua prova através dessa nomenclatura.

O tratamento dependerá do grau de lesão, mas geralmente é conservador em lesões de grau I e II. O grau III
ainda temos controvérsias. O tratamento cirúrgico é reservado para casos selecionados em atletas e lesões
com grande instabilidade e abertura da pinça articular. O tratamento também depende do que será utilizado
para imobilizar o tornozelo, seguindo o mesmo pensamento que vimos na lesão do tendão calcâneo.

O quadro clínico encontrado é de dor, edema, equimose mais evidente após 48 horas (dependente do grau
de lesão) e dificuldade para deambular.

Uma maneira de diferenciar o grau de lesão do ligamento talofibular anterior é aplicar o teste de gaveta
anterior após 4-5 dias da lesão, além disso, avaliar se há hematoma e dor à palpação. Ausência de edema
sugere que não há ruptura de ligamento, enquanto o edema extensivo é indicativo de ruptura. Dor na
palpação do ligamento envolvido sugere comprometimento. Presença de hematoma sugere ruptura. Teste
de gaveta anterior positivo sugere ruptura.

O tratamento fisioterapêutico irá depender do grau da lesão, da imobilização utilizada (se utilizada) e da
fase de reparo tecidual. A 1º fase (primeiras 24h até 72h após a lesão) consiste em controlar a dor e o edema
(PRICE = proteção, repouso, gelo, compressão e elevação; bomba para o tornozelo). Aconselhar o paciente
a aplicar crioterapia 1 a 3x ao dia (15-20 minutos) e uso de muletas para evitar a sustentação de peso no pé.

Na 2º fase (proliferação- 4-10 dias) o paciente já pode deambular com sustentação parcial do peso,
dependendo do grau de lesão e dor do paciente. Nessa fase ainda poderá ter edema (depende do grau da
lesão). Podemos iniciar os exercícios para melhorar a amplitude de movimento do tornozelo (incluindo
dorsiflexão), estabilidade ativa de forma leve (treino de equilíbrio com permanência do paciente de pé em
posição bilateral ou em uma superfície mais instável; isso irá depender do grau de lesão e dor do paciente),
coordenação e deambulação. Sem descarga de peso excessiva. Além disso, preservar a força muscular dos

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outros segmentos não envolvidos. Dependendo do grau de lesão e se há a instabilidade da articulação, o


paciente irá utilizar alguma proteção ou imobilização nessa fase.

A proteção do tornozelo deve continuar até que o paciente seja capaz de fazer os exercícios de equilíbrio e
coordenação estática e dinâmica, com o objetivo de evitar lesões recorrentes.

Na 3º fase (remodelação precoce – 11 a 21 dias), geralmente, o paciente já consegue deambular com


sustentação total de peso sem dor. Nessa fase já podemos iniciar os exercícios para melhorar a força
muscular. Gradualmente elevar o nível de dificuldade dos exercícios para melhorar o equilíbrio, ADM do
tornozelo e pé, estabilidade dinâmica (por exemplo, subir escadas). Normalmente nessa fase, o paciente
utiliza a proteção apenas durante a prática desportiva ou outro esforço físico extenuante. Normalmente,
nessa fase não apresenta mais edema.

Na 4º fase (remodelação tardia – 3 a 6 semanas) iremos focar o tratamento para alcançar as cargas usuais
do paciente antes do trauma ocorrido. Aqui teremos a progressão dos exercícios da fase 3.

AOCP – PREFEITURA DE MARILENA - 2016


Sobre as lesões do complexo ligamentar lateral de tornozelo, assinale a alternativa correta.
(A) É considerada grau 1 a lesão parcial dos ligamentos, gerando edema e positividade no teste de gaveta
anterior.
(B) O principal objetivo de tratamento inicial na lesão grau 4 é o ganho de força muscular de tornozelo.
(C) Na lesão de grau 1, é necessário realizar imobilização de 3 a 4 semanas do tornozelo.
(D) No grau 3, ocorre a perda completa da função do tornozelo.
(E) No grau 4, ocorre uma ruptura completa de talofibular anterior e calcâneofibular.

Comentários: Vejamos as assertivas:


(A) É considerada grau 1 a lesão parcial dos ligamentos, gerando edema e positividade no teste de gaveta
anterior. Item errado. A lesão grau 1 há um pequeno estiramento ligamentar, onde o teste de gaveta anterior
é negativo.
(B) O principal objetivo de tratamento inicial na lesão grau 4 é o ganho de força muscular de tornozelo. Item
errado. Não existe grau 4.
(C) Na lesão de grau 1, é necessário realizar imobilização de 3 a 4 semanas do tornozelo. Item errado. Não é
necessário, pois o grau 1 é apenas um estiramento.
(D) No grau 3, ocorre a perda completa da função do tornozelo. Item correto. O grau 3 ocorre a ruptura
completa dos ligamentos laterais do tornozelo, com perda da função pela instabilidade. Porém não concordo
com a perda completa da função, pois não podemos dizer que é completa, pois não foram todos os
componentes do tornozelo lesionados. Ficaria melhor escrever que ocorre perda de função articular do
tornozelo.
(E) No grau 4, ocorre uma ruptura completa de talofibular anterior e calcâneofibular. Item errado. Não existe
grau 4.

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Gabarito: D.

4.5 – Síndrome do túnel do tarso

Essa síndrome resulta na compressão do nervo tibial posterior ou da compressão dos nervos plantares
(médio e lateral) no túnel do tarso, que se encontra abaixo do retináculo flexor no lado medial do tornozelo.

As estruturas contidas no túnel do tardo são de medial a lateral e de anterior a posterior: (1) tendão do
músculo tibial posterior; (2) tendão do flexor longo dos dedos; (3) pacote vascular e nervoso posterior (veias,
artérias e nervo tibial posterior); (4) tendão do flexor longo do hálux. Ao nível do músculo, o nervo tibial é o
componente medial do nervo ciático. O nervo tibial sai a superfície no plano da face medial do tornozelo
junto com a artéria tibial posterior e a veia, que entram no túnel do tarso entre o maléolo medial e o tendão
do calcâneo. Este túnel é um canal osteofibroso coberto pelo retináculo flexor.

Falando de uma maneira geral, o nervo tibial posterior se divide dentro do túnel do tarso em ramos
terminais: nervo plantar medial e plantar lateral e um ramo para a zona do calcâneo medial. Por essa
localização, o nervo pode sofrer pressão no túnel internamente ou externamente. As causas de compressão
externa podem ser:

 Trauma direto ou repetitivo no tornozelo ou retropé;

Entorses de tornozelo com ou sem ruptura ligamentar;

 Fraturas nas articulações do tornozelo;

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Artrite reumatoide que produz hipertrofia retinacular ou tenossivite;

 Espondilite anquilosante;

 Sarcoidose, etc.

Já as causas de compressão interna, podem ser: lesão vascular varicosa, malformações das artéias, aumento
da tensão do retináculo flexor, hipertrofia do abdutor do hálux, deformidade em valgo do retropé, etc.

Achados clínicos:

Dor em queimação,

 Formigamento e fraqueza dos dedos dos pés e na região plantar;

 Sensação de peso nos pés, às vezes perda de sensibilidade.

 Os sintomas pioram a noite e pela manhã.

 Rigidez matinal no (s) pé (s).

Dificuldade em andar.

Figura: Inervação sensitiva do pé

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5 – AFECÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL

5.1 – ALTERAÇÕES POSTURAIS

Podemos ter vários tipos de desvios posturais, como por exemplo:

Temos diversas causas para essas alterações, dentre elas: traumatismo, vício postural, fraqueza muscular,
encurtamento muscular, patologias que causam a perda funcional da força muscular e mobilidade,
patologias psicológicas, hereditariedade.

Não falaremos de todas as alterações e com os músculos envolvidos, pois foge do nosso objetivo. Falaremos
da escoliose.

A escoliose é uma curvatura lateral de 10º, com rotação vertebral em uma radiografia da coluna obtida com
o paciente em pé, ereto. Para a escoliose ser realmente diagnosticada devemos ter alteração nos três planos:
inclinação no plano frontal; rotação no plano horizontal (avaliados por palpação dos processos espinhosos e
radiografia em AP e perfil – pedículos alinhados ou não) e flexão/extensão no plano sagital. Alguns autores
ainda defendem que não é tridimensional (três planos e três eixos). Se cair na prova, prestem atenção nisso,
pois é difícil ganhar recurso, ok? A literatura é muito vasta.

Para diagnosticar se realmente há a rotação utilizamos a técnica de Nash-Moe para avaliação da radiografia.
Já a inclinação do tronco é avaliada através do Ângulo de Cobb (até 40º é realizado tratamento conservador).

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A escoliose pode ser encontrada em quatro formas:

Estrutural;

Não estrutural;

Idiopática;

Psicogênica.

Ela pode ser classificada, sempre para o lado da convexidade, em:

Além disso, de uma maneira geral, temos que:

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Do lado da convexidade os músculos estão alongados e

Do lado da concavidade os músculos estão encurtados.

Para o tratamento da escoliose temos que avaliar a postura corporal, não apenas a coluna. Temos que pensar
em todo o corpo, em todos os músculos que possam estar encurtados ou alongados, se tem comprimento
de pernas de diferentes, etc., para poder realizar o tratamento correto. Para as provas precisamos ter o
raciocínio das ações dos músculos em diferentes posições. No decorrer das questões, entenderão melhor
como são cobrados.

AOCP – EBSERH HU JB/UFCG – 2018


Paciente, 13 anos, sexo masculino, é encaminhado pelo setor de ortopedia para atendimento
fisioterapêutico devido a uma alteração postural. Após realizar a avaliação postural e examinar a
radiografia, o fisioterapeuta diagnostica que o jovem paciente possui uma escoliose não estrutural. Em
relação ao caso, é correto afirmar que
(A) ocorre uma irritação da raiz nervosa no lado da convexidade.
(B) ocorre uma irritação da articulação decorrente da aproximação das facetas no lado da convexidade.
(C) no quadril aduzido os músculos adutores daquele lado podem ter flexibilidade diminuída e os músculos
abdutores ficam alongados e fracos.
(D) ocorre uma fadiga muscular e distensão ligamentar no lado da concavidade.
(E) no quadril aduzido, os músculos abdutores daquele lado podem ter flexibilidade diminuída e os músculos
adutores ficam alongados e fracos.

Comentários: Vejamos as assertivas:


(A) ocorre uma irritação da raiz nervosa no lado da convexidade. Item errado. A compressão nervosa pode
ocorrer no lado da concavidade, normalmente.
(B) ocorre uma irritação da articulação decorrente da aproximação das facetas no lado da convexidade. Item
errado. A aproximação das facetas ocorre no lado da concavidade.

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(C) no quadril aduzido os músculos adutores daquele lado podem ter flexibilidade diminuída e os músculos
abdutores ficam alongados e fracos. Item correto. Bem simples essa assertiva. Se o quadril está aduzido, os
músculos adutores podem estar encurtados e os abdutores alongados e fracos (o que pode ser a causa do
quadril em adução).
(D) ocorre uma fadiga muscular e distensão ligamentar no lado da concavidade. Item errado. A distensão
ligamentar ocorre no lado da convexidade.
(E) no quadril aduzido, os músculos abdutores daquele lado podem ter flexibilidade diminuída e os músculos
adutores ficam alongados e fracos. Item errado. Como vimos na assertiva C.

Gabarito: C.

5.2 – CERVICALGIA

As dores na região cervical podem ter origem nos tecidos do próprio local ou podem ser uma dor referida,
originária de outras regiões. O mais comum é que estas dores cervicais ocorram pelo envolvimento de
estruturas músculoesqueléticas da região. De um modo geral, é menos freqüente que a dor lombar.

Dentre as causas de cervicalgia ou cervicobraquialgia (irradiação para o membro superior), estão:

1. DOR DE ORIGEM MUSCULAR:

- Contração muscular constante e/ou intensa: causam espasmos musculares → isquemia muscular → dor
local e/ou pontos gatilhos. Exemplos: tensão muscular, cefaleia tensional, torcicolo, síndrome miofascial.

- Estiramento passivo: é capaz de produzir pequenas rupturas de fibras musculares ou de elementos fibrosos,
causando dor.

O torcicolo é o sinal de um distúrbio subjacente que resulta em inclinação da cabeça para um lado. Podendo
ter várias causas. As causa neuromusculares são classificadas como congênitas ou adquiridas.

O torcicolo muscular congênito é o mais comum e pode ocorrer pelo posicionamento fetal, dificuldade no
trabalho de parto, anormalidades do músculo cervical, deformidade de Sprengel e síndrome de Klippel-Feil
(pescoço curto e largo, movimento restrito e linhas capilares baixas).

O torcicolo adquirido inclui o tipo espasmódico, que é a hipercinese involuntária da musculatura do pescoço,
fazendo a cabeça rodar sobre o tronco. Em crianças pode estar relacionados a traumas e infecções, como na
síndrome de Grisel.

2. ESPONDILOARTROSE:

- As alterações degenerativas são vistas nas articulações apofisárias.

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- É importante frisar que existe pouca correlação entre o grau de dor do pescoço e o grau de alterações
artríticas encontradas ao exame de raio-x.

- Quando existe intensa erosão da cartilagem articular, pode existir crepitação, porém esta não está
relacionada à dor.

3. ESPONDILOSE:

- É causada pela degeneração do disco intervertebral, onde os corpos das vértebras se aproximam;

- Em consequência da irritação fricção constante, ocorre formação de osteófitos, os quais podem “invadir”
os forames intervertebrais e/ou o canal medular, estreitando-o.

- Essas alterações são mais comuns entre C5/C6, C6/C7 e C4/C5, nesta ordem. Essas articulações são as com
maiores movimentos.

- O disco é indolor. A dor gerada em doenças discais é proveniente do ligamento longitudinal posterior que
contém fibras dolorosas que se irritam pelo aumento de pressão causado pela protusão do disco ou pela
compressão direta de raízes nervosas.

4. HÉRNIA DISCAL

- Protusão do núcleo pulposo do disco intervertebral que pode comprimir uma ou várias raízes nervosas,
gerando a sintomatologia radicular sensitivo-motora de acordo com os dermátomos;

- É a principal causa de cervicobraquialgia;

- O paciente com protusão discal na cervical apresenta dor intensa, geralmente sentida no pescoço, na
escápula e no membro superior, mas no inicio pode sentir apenas na distribuição segmentar do nervo.

- Na cervical, a hérnia é menos frequente que na região lombar e pode produzir-se em C5-C6 ou então entre
C6-C7. Isto devido a certa sobrecarga em tais níveis por ser neles que ocorre a transição entre a mobilidade
livre da c. cervical e a imobilidade relativa da c. torácica.

- Lesão em pessoas já com algum grau de espondilose: nestes pacientes, uma flexão ou extensão repentina
do pescoço ou acidente de automóvel podem produzir lesão.

5. CAUSAS INFLAMATÓRIAS: artrite reumatoide, espondilite anquilosante, espondiloartropatia.

6. NEUPLÁSICAS E INFECCIOSAS.

7. LUXAÇÕES E FRATURAS. Por exemplo: lesão em chicote.

8. SÍNDROMES DE HIPERMOBILIDADE E HIPOMOBILIDADE.

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O tratamento fisioterapêutico SEMPRE irá ser proposto de acordo com o fator causal e os sinais e sintomas
do paciente. Podem ser utilizados recursos eletrotermofototerápicos (como laser, tens, calor superficial),
recursos terapêuticos manuais e técnicas cinesioterápicas.

AOCP – EBSERH/UFPA - 2016


Paciente feminina, 40 anos, apresentando cervicalgia postural crônica, compareceu ao consultório de
fisioterapia para tratamento. A conduta inicial a ser tomada deve ser
(A) exercícios aeróbicos.
(B) fortalecimento isométrico de cintura escapular.
(C) exercícios isotônicos em extensão de cervical, com altos números de repetições.
(D) fortalecimento e alongamento dos flexores cervicais profundos.
(E) evitar fortalecimento de cervical, focar apenas no alongamento e pompages.

Comentários: O enunciado diz apenas que a paciente, que deu entrada para tratamento, está com cervicalgia
postural crônica. Na minha opinião, deveria ter mais informações sobre o caso, pois se a paciente está com
dor (cervicalgia) a primeira conduta seria utilizar recursos para diminuir a dor (seja alongamento, pompages,
mobilização, recursos eletrotermofototerápicos) e após poderíamos iniciar o fortalecimento muscular. Outro
ponto é como podemos especificar quais músculos devemos alongar ou fortalecer se a questão não nos dá
esses detalhes? Além disso, a paciente está na fase de agudização da dor crônica? Que patologia cervical
essa paciente tem? Agora vejamos as assertivas:
(A) exercícios aeróbicos: pode ser realizado, mas não com o objetivo de tratamento da coluna cervical. Item
errado.
(B) fortalecimento isométrico de cintura escapular: deve ser realizado assim que o paciente não estiver no
período da agudização da dor e de acordo com a postura corporal.
(C) exercícios isotônicos em extensão de cervical, com altos números de repetições. Item errado. Como iremos
pensar em músculos se no enunciado não especificaram a postura da cervical e nem a causa da cervicalgia?
(D) fortalecimento e alongamento dos flexores cervicais profundos. Item errado. Como iremos pensar em
músculos se no enunciado não especificaram a postura da cervical e nem a causa da cervicalgia? Também
não começaria pelo fortalecimento se a paciente apresenta dor. Mas a banca colocou essa assertiva como a
correta.
(E) evitar fortalecimento de cervical, focar apenas no alongamento e pompages. Item errado. Não existe
apenas o alongamento e pompages para diminuir o quadro álgico.

Gabarito: D.

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5.3 – DOENÇA DE SCHEUERMANN

Caracterizada por deficiência na apófise do anel do corpo vertebral e encunhamento anterior das vértebras
afetadas, como resultado de sobrecarga na flexão do corpo vertebral anterior. Também é chamada de cifose
juvenil, pois se desenvolve próxima ao período da puberdade.

A placa terminal pode partir e provocar a herniação da substância do disco (Nódulo de Schmorl).

Outro ponto importante: é uma cifose caracteristicamente fixa. Diferente da hipercifose torácica postural,
que é clinicamente flexível, usualmente sem contraturas musculares, onde as radiografias não mostram
encunhamento vertebral ou irregularidade na placa terminal.

Achados clínicos: dor à extensão e rotação torácica (com o tempo geram disfunção em extensão), cifose
torácica.

PR-4 UFRJ – UFRJ - 2018


Paciente adolescente apresenta, em Raio-X de coluna vertebral, nódulos de Schrmol, encunhamento
anterior vertebral e espaço intervertebral estreitado. Assinale a opção que sugere o diagnóstico de:
(A) Costocondrite.
(B) Espondilite anquilosante.
(C) Doença de Scheuermann.
(D) Síndrome de T4.
(E) Hiperostose esquelética idiopática difusa.

Comentários: Esses sinais sugerem a Doença de Scheuermann, como vimos agora.


Gabarito: C.

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5.4 – NÓDULO DE SCHRMOL

É a herniação da substância do disco através da placa cartilaginosa do disco intervertebral dentro do corpo
da vértebra adjacente. Geralmente é assintomático.

CONPASS - PREF. QUEIMADAS/PB - 2015


Hérnia de disco é a saída do núcleo pulposo através de uma fissura do seu anel fibroso, o qual pode
comprimir raízes nervosas e causar dor. Quais das hérnias discais abaixo são encontrados nódulos de
Schmorl:
(A) Hérnia póstero-lateral
(B) Hérnia Antero-lateral
(C) Hérnia intraesponjosa
(D) Hérnia posterior
(E) Hérnia anterior

Comentários: Hérnia intraesponjosa!

Gabarito: C

5.5 – LOMBALGIA

Coloquei esse tópico bem grande para prestarem atenção nas principais causas de dor lombar. Temos que
avaliar muito bem as características de cada um.

Geralmente utilizamos a tríade diagnóstica, correto? Podemos classificar a dor lombar em: lombalgia não
específica, dor radicular e patologia séria. Vejamos o que podemos identificar em cada uma:

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-85-94% dos casos

-Dor e disfunção mecânica;

DOR NÃO -Pode ser espontânea e severa;


ESPECÍFICA
-Nenhum dano neurológico;

-Relacionado à lesão envolvendo músculos, ligamentos, cápsulas, disco


intervertebral, etc.
-Nem toda dor periférica é radicular

-Normalmente envolve uma raiz. Quando há acometimento de múltiplas raízes =


patologia séria;

-Dermátomo bem específico;


DOR RADICULAR
-Parestesia está presente;

-Alterações nos reflexos;

-Miótomo correlacionado.
-Síndrome da Cauda Equina;

-Tumor;
PATOLOGIA SÉRIA
-Infecção (espondilodiscite);

-Espondilite Anquilosante.

E dentro disso, temos as fontes de lombalgia, o que pode estar gerando essa dor, como: espondilólise e
espondilolistese, trigger point (pontos gatilhos), ligamentos, articulação Sacroilíaca, articulações facetarias,
disco intervertebral e patologia visceral.

ARTROSE FACETÁRIA

É um processo degenerativo da articulação interfacetária uni ou bilateral. Devemos


lembrar que ao movimento de extensão da coluna os sintomas se agravam (por exemplo,
descer escadas), enquanto que os flexão aliviam (por exemplo subrir escadas ou morro).

A dor lombar também pode ser referida nos membros inferiores. Pode haver dor
miofascial associada, assim como compressão radicular verdadeira (estenose foraminal)

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Para classificar esse paciente dentro dessa tríade diagnóstica, temos que realizar a anamnese e o exame
físico específico. Durante a anamnese (história do paciente) temos que identificar se há sinais de perigo,
classificando em bandeira vermelha ou amarela.

Essa banca não tem nenhuma questão referente às bandeiras (outras bancas tem), porém pode ser cobrado,
então vamos relembrar.

As bandeiras vermelhas são sinais que podem estar presentes, ao lado da dor aguda na coluna, que sugere
que outros fatores além da disfunção musculoesquelética estão atuando, sugerindo uma patologia mais
séria. Notem que sugerem, que não é 100% certo, ok? No que temos que estar atentos para considerar
bandeira vermelha? Se aparecer qualquer um dos sinais abaixo, deve-se investigar melhor antes de iniciar o
tratamento. Vejamos os sinais:

Início da dor lombar antes dos 20 anos ou depois dos 55 anos;

História de trauma grave;

Dor constante, progressiva, sem alívio ao repouso;

Dor não-mecânica;

Dor torácica associada à lombalgia;

 HPP – Carcinoma, Corticosteróides, Drogas, HIV;

 Lombalgia associada à perda de peso;

Acometimento neurológico múltiplo;

 Deformidade estrutural;

Dor noturna, ao repouso (tumores);

Lombalgia associada à febre.

Já a bandeira amarela indica possível comorbidade psicossocial, que aumentam o risco de desenvolver a dor
crônica. Exemplos: intolerância ou reação ao tratamento; problemas de fundo emocional; comportamento
doloroso inadequado; atitudes impróprias em relação à dor nas costas.

Além das bandeiras, temos que nos lembrar de alguns exames essenciais:

- centralização ou periferização da dor durante o movimento (veremos adiante);

- determinar a raiz nervosa: dermátomos, miótomos, testes de tensão neural, reflexos;

- palpação, avaliação postural, avaliação da marcha, trofismo muscular, presença de deformidades, etc.

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HÉRNIA DE DISCO LOMBAR

Hérnia de disco é a herniação do núcleo pulposo através do anel fibroso.

Temos quatro tipos de hérnia de disco:

Ao movimento de flexão o núcleo pulposo se desloca posteriormente. A hérnia de disco posterior é a demais
freqüente (90%). A hérnia de disco anterior (movimento de extensão) é mais rara por causa da anatomia do
disco, que é reforçada pelo ligamento longitudinal anterior.

Extrusões e sequestros afetam o tecido nervoso! Uma compressão neural causa parestesias e interferências
na condução. Através do nível da hérnia de disco, teremos diferentes sintomas. Vamos ver na tabela abaixo
sobre a hérnia discal lombar.

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Déficit
NÍVEL DO
R.N Déficit sensorial Sintomas
DISCO
motor
LII-LIII Região medial do Dor na área lombar média, parte
Iliopsoas e joelho e da parte superior do glúteo, parte anterior da
L3
(raro quadríceps inferior da perna. coxa e do joelho e logo acima do
ocorrer) tornozelo.

LIII-LIV
quadríceps
Parte ântero-lateral Dor localizada na área lombar ou na
L4
(40% dos da coxa crista ilíaca, na parte interna do
Dorsi-flexores
casos) glúteo, na parte externa da coxa e da
perna e sobre o pé até o hálux.
LIV-LV Parte lateral da coxa, Dor na área sacroilíaca, parte inferior
Extensor longo do
três dedos internos e do glúteo, parte póstero-lateral da
L5 hálux, fibulares e
(40% dos da parte medial da coxa e da perna, nos dedos I, II e III do
abdutor do quadril.
casos) sola do pé. pé e na parte medial da sola do pé.
Flexores plantares do Parte posterior da Dor na região lombar dos glúteos até
LV-SI S1 tornozelo, fibular e perna a sola do pé e o calcanhar.
isquiotibiais

Obs.: R.N. = RAIZ NERVOSA.

E quais outros achados clínicos frequentes? Dor ciática; piora com o sentar prolongado e ao inclinar-se para
frente; melhora com o caminhar, ao deitar-se; agrava-se com o tossir, espirrar ou fazer Valsalva; inclinação
e rotação lateral limitada pela dor para um dos lados e pouco sintomática para o outro lado (póstero-lateral);
flexão anterior limitada e dolorosa; possível sensibilidade dolorosa à palpação no nível da hérnia discal;
Lasegue positivo em 30/40º flexão (teste irritativo do nervo ciático/ isquiático); padrão de dermátomo,
miótomo e reflexo quando há compressão neurológica verdadeira; dor miofascial associada.

Quando há compressão da raiz nervosa L4, pode haver a irritação da raiz nervosa de L5 também. A raiz L5 é
afetada tanto quanto pela raiz L4 e costuma ter compressão pelo disco LIV-LV (raiz L5), bem como pelo disco
LV-SI (raiz S1). Por essa razão podemos ter sintomas sobrepostos.

O tratamento depende de onde está localizada a hérnia de disco e em que fase está (aguda, subaguda ou
crônica). Se ela é posterior, temos que evitar flexionar a lombar, pois o núcleo pulposo irá se deslocar
posteriormente, agravando o caso. Dependendo da fase, podemos utilizar o programa de Mackenzie,
mobilização articular, estabilização da coluna lombar, energia muscular, liberação miofascial, alongamento,
acupuntura, reeducação postural e recursos eletrotermofototerápicos.

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Vamos aprofundar um pouco no método Mackenzie e na estabilização lombopélvica. Além de ser um


sistema de diagnóstico baseado nos mecanismos de produção da dor, ele utiliza movimentos do próprio
paciente no alívio da dor e na recuperação da função. É
composto de movimentos repetidos em ADM máxima,
posições sustentadas e mobilizações.

Esse método defende a teoria da centralização da dor, ou


seja, mudança na localização da dor de distal/periférica
para proximal/central. De acordo com o movimento
apropriado, haverá o deslocamento do núcleo pulposo,
diminuindo a compressão neural e diminuindo a dor.

De uma forma geral, esse método classifica as algias da


coluna em três síndromes mecânicas diferentes: postural,
disfunção e desarranjo. Vamos ver resumidamente cada
uma e como é tratada.

SÍNDROME CARACTERÍSTICA PRINCÍPIO TRATAMENTO


Deformação mecânica dos tecidos Reeducar Correção postural.
Postural devido a um estresse prolongado, de
origem postural.
Tecidos ao redor dos segmentos Remodelar Alongamento
Disfunção vertebrais envolvidos apresentam-se
encurtados ou fibrosados.
O posicionamento das superfícies Anteriores Reduzir com flexão da
articulares de 2 vértebras adjacentes é coluna
desestruturado, devido à alteração da Posteriores sem Reduzir com extensão
Desarranjo posição (desarranjo) do núcleo pulposo lateral relevante
do disco intervertebral. Posteriores com Reduzir no plano
lateral relevante frontal, depois no
sagital.

Destaquei em vermelho o tratamento, pois é a base do tratamento das hérnias discais. Não é necessário
decorar essa parte, mas só entendam que temos diversos tratamentos, mas temos que respeitar a
localização da hérnia discal.

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ESTENOSE LOMBAR

A estenose lombar é definida como a diminuição patológica do canal vertebral e/ou dos forames
intervertebrais, o que leva à compressão do saco tecal e/ou das raízes nervosas, e pode estar confinado
apenas a um segmento (duas vértebras adjacentes e o disco intervertebral, facetas articulares e ligamentos
correspondentes) ou, em situações mais graves, abranger dois ou mais segmentos e apresentar várias
etiologias.

Ela pode ser classificada em adquirida/degenerativa ou em congênita. A estenose congênita caracteriza‐se


por um estreitamento do canal vertebral idiopático ou secundário a uma displasia óssea como acondroplasia.
A estenose adquirida/degenerativa pode ocorrer como resultado de uma doença metabólica (ex: doença de
Paget), tumor, infecção, alterações osteoartrósicas ou instabilidade com ou sem espondilolistese.

Também temos a classificação anatômica, onde identificamos qual a área da


estenose. Podendo ser central, do recesso lateral, foraminal e extraforaminal.

Vejamos algumas características clínicas da estenose lombar:

claudicação neurogênica bilateral (65%). Manifesta-se como dor mal


localizada, parestesia ou cãibra de uma ou ambas as extremidades inferiores,
que é potencializada com a caminhada e aliviada ao sentar ou flexionar a
coluna.

lombalgia crônica com irradiação para os membros inferiores. Agrava com o


ortostatismo prolongado, a atividade física e a extensão lombar;

alteração dos reflexos tendinosos profundos e sensibilidade dos membros


inferiores podem estar presentes.

AOCP – FUNDASUS – UBERLÂNDIA - 2016


Paciente, 30 anos, com queixas de lombalgia. No exame físico postural, o fisioterapeuta identificou a
presença de uma hiperlordose lombar. Na cinesioterapia, deve-se evitar movimentos que favoreçam a
(A) rotação à direita do tronco.
(B) inclinação de tronco.
(C) flexão de tronco.
(D) rotação à esquerda do tronco.
(E) extensão de tronco.

Comentários: Se o paciente já apresenta uma hiperlordose lombar, não podemos realizar movimentos que
favoreçam a extensão de tronco, pois irá acentuar mais essa alteração.
Gabarito: E.

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ESTABILIZAÇÃO LOMBOPÉLVICA

Outro assunto importante e que faz parte do tratamento é a estabilização lombopélvica.

Quando temos pacientes com lombalgias frequentes, normalmente há um déficit nessa estabilização.
Estudos indicam que pacientes com lombalgia diminuem a capacidade de controle da musculatura profunda
local. E também que qualquer disfunção lombar acarreta dificuldade no recrutamento dos músculos
estabilizadores para a conservação da estabilidade da coluna. Então são vários os fatores que aumentam a
instabilidade da região, por isso é necessário realizar o tratamento visando à estabilização da região.

Isso é explicado pelo que aprendemos lá na faculdade, que a estabilidade da coluna vertebral depende da
integração de três subsistemas: passivo, ativo e neural. E que esses três, em condições normais, garantem a
estabilidade estática e dinâmica da coluna. Quando há essa integridade, falamos em ponto de equilíbrio ou
zona neutra.

Então quando ocorre essa disfunção lombar, há a substituição compensatória de músculos globais, que pode
ser explicada pela tentativa do sistema neural em manter a estabilidade por meio da solicitação dos músculos
globais. Isso pode gerar outras alterações.

Portanto, a estabilização lombar baseia-se em dois sistemas básicos: pressão intra-abdominal e o apoio
muscular. Para fins de tratamento, para aumentar a pressão intra-abdominal devemos contrair os músculos
do assoalho pélvico, abdominais e diafragma. Já o sistema de apoio muscular pode ser dividido em global e
local. Vejamos na figura para entender melhor:

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E quais são os músculos que devemos iniciar o tratamento, para a estabilidade da coluna lombar? O
transverso do abdômen (importância na ação antecipatória ao movimento) e multífido (maior potencial de
controle dinâmico do segmento motor, principalmente em sua zona neutra). E para aumentar a pressão
intra-abdominal devemos realizar a coativação diafragmática e da musculatura do assoalho pélvico. Após o
paciente aprender a contração desses músculos, podemos ir dificultando, combinando movimentos dos
membros superiores e/ou inferiores. Sempre pensando nas alterações posturais do paciente (quais músculos
estão encurtados, alongados, etc.).

E quando podemos iniciar esses exercícios? Apenas na fase subaguda e crônica. Na fase aguda não tem
nenhuma eficácia!

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5.6 – ESPONDILOLISTESE

Vamos diferenciar espondilólise e espondilolistese. A espondilólise é definida como um defeito com


descontinuidade óssea do segmento intervertebral, região da lâmina entre os processos articulares
superiores e inferiores. A progressão do defeito pode resultar em espondilolistese, que é a subluxação de
duas vértebras adjacentes, ocorrendo o deslizamento anterior em relação ao segmento imediatamente
abaixo. Cuidado na prova, algumas literaturas dizem que há o deslizamento em outras direções também. A
maioria defende que temos apenas deslizamento anterior, ok?

O fator de risco principal é em atividades que requerem hiperextensão ou hiperflexão da coluna lombar.
Sendo o local mais comum de ocorrer é a lombar, segmento L5-S1. Também temos como fatores causais:
fratura intrarticular; congênito; degenerativo; doenças ósseas (tuberculose) e neoplasias.

Temos 5 grupos de espondilolistese. Vejamos na tabela abaixo sobre cada uma:

ESPONDILOL. CARACTERÍSTICAS
Congênita Resulta de displasia de L5, dos arcos sacrais e das articulações zigoapofisárias.
Defeito na parte interarticular (istmo vertebral), por exemplo, fratura por estresse.
Ístmica
É a mais comum.
Degenerativa Secundária a processo degenerativo do disco ou articulação intervertebral.
Traumática Ocorre em fraturas ou deslocamentos agudos da articulação zigoapofisária.
Resulta de doenças sistêmicas que produzem o enfraquecimento interarticular, do
Patológica
pedículo ou da articulação zigoapofisária ou por tumores.

Além desses grupos, podemos classificar a espondilolistese de acordo com o percentual de deslizamento
(método de Meyerding). Como segue:

- Nível I – 1 a 25%;

- Nível II – 26 a 50%;

- Nível III – 51 a 75%;

- Nível IV – 76 a 100%;

- Nível V – acima de 100%. Espondiloptose.

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Normalmente não há um quadro sintomático, mas pode ocorrer dor lombar e ciática bilateral até os glúteos
ou face posterior das coxas. A dor se exacerba com movimentos de extensão e rotação. Também pode
ocorrer dor à palpação com possível depressão no nível da listese; dor ao retornar de uma inclinação anterior
(o retorno acompanhado de contração glútea e abdominal alivia os sintomas); padrão de dermátomo,
miótomo e reflexos quando há compressão neurológica verdadeira; contratura paravertebral com dor
miofascial pode estar associada à espondilolistese.

Geralmente, há um aumento do tônus muscular lombar e nos músculos isquiotibiais, por compensação.

Como a maioria das patologias, temos o tratamento conservador e cirúrgico. Isso irá depender do grau do
deslizamento, sintomas e qual fase. De uma forma geral, o tratamento conservador inclui posicionamento
pélvico, exercícios de estabilização lombar e alongamento dos músculos reto femoral e iliopsoas para
diminuir o grau de anteversão pélvica. Isso não é regra dependerá da postura do paciente, sintomas, etc.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. IBFC - EBSERH - 2020

Sobre hálux valgo, analise as afirmativas abaixo e dê valores de Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) É a principal patologia do antepé, acometendo a primeira articulação metatarsofalangeana.

( ) É definida como desvio lateral do hálux associado ao varismo do primeiro metatarso, produzindo uma
saliência óssea medial ao nível da primeira articulação metatarsofalangeana.

( ) Em idosos, o hálux valgo foi relacionado com prejuízos na marcha, estabilidade postural e risco de quedas.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

a) V, F, V

b) F, V, F

c) F, F, F

d) V, V, V

e) F, V, V

Comentários: Vejamos:

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(V) É a principal patologia do antepé, acometendo a primeira articulação metatarsofalangeana.

(V) É definida como desvio lateral do hálux associado ao varismo do primeiro metatarso, produzindo uma
saliência óssea medial ao nível da primeira articulação metatarsofalangeana.

(V) Em idosos, o hálux valgo foi relacionado com prejuízos na marcha, estabilidade postural e risco de quedas.

Gabarito: D.

2. IBFC – SES ACRE - 2019

Praticantes de uma das modalidades esportivas que cresce a cada ano, a corrida de rua tem
demonstrado forte correlação com a incidência de lesões do tendão do calcâneo. O ultrassom terapêutico é
amplamente utilizado para tratar e auxiliar no reparo destas lesões tendíneas. Quanto ao efeito dessa
terapêutica no reparo tecidual, assinale a alternativa incorreta.

a) Promover ação anti-inflamatória

b) Desarranjar as fibras de colágeno

c) Sintetizar fibroblastos

d) Estimular Angiogênese

Comentários: Questão simples. Ele pede a incorreta, ou seja, o US não desarranja as fibras de colágeno.

Gabarito: B.

3. CESPE – EBSERH - 2018

Um homem de trinta e um anos de idade foi encaminhado para fisioterapia, quinze dias após cirurgia de
reconstrução de ligamento anterior. O paciente apresenta o joelho pós-cirúrgico com edema importante
e atrofia e fraqueza muscular aparentes, em especial do músculo quadríceps femoral, em comparação à
perna contralateral. O paciente tem déficit importante de ativação do músculo quadríceps, fenômeno
classicamente conhecido como inibição artrogênica.

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Considerando esse caso clínico, julgue o item seguinte.

O fisioterapeuta deve iniciar, o mais rápido possível, tratamento para o fortalecimento muscular do
quadríceps femoral, independentemente de a dor articular causada pelo exercício terapêutico.

Comentários: O fortalecimento muscular deve ser iniciado de acordo com a fase da lesão, assim como os
sinais/sintomas do paciente. Não é recomendado realizar os exercícios de fortalecimento muscular com o
paciente sentindo dor articular

Gabarito: Errado

CESPE – STJ - 2018

Com relação a um paciente com hipertensão arterial, 87,5 kg de massa corporal, 188 cm de altura e
diagnóstico de osteoartrite de joelho direito, com queixa de rigidez e dor nessa mesma estrutura articular,
julgue os itens que se seguem.

4. Para o paciente em questão, o ultrassom é recomendado para alívio imediato da dor, porém não possui
efeito analgésico de longo prazo.

Comentários: O ultrassom não gera alívio imediato da dor. Veremos mais detalhadamente sobre os recursos
eletrotermofototerápicos no curso de Fisioterapia Geral.

Gabarito: Errado.

5. Para pacientes em situação semelhante à ora considerada, a eletrocupuntura reduz a dor e mantém esse
efeito por cerca de seis meses após o término do tratamento.

Comentários: Não dura 6 meses. Algumas literaturas citam até 24 horas. Outros 24 a 48 horas.

Gabarito: Errado.

6. De acordo com evidências científicas relacionadas ao tratamento de osteoartrite deve ser recomendada
perda de peso para o paciente em questão .

Comentários: O IMC do paciente dará 24,8, ou seja, é normal. O paciente não é considerado com obesidade/
sobrepeso. A obesidade está diretamente relacionada à osteoartrite do joelho.

Gabarito: Errada.

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Classificacão IMC (kg/m2)

Baixo peso < 18,5

Peso normal 18,5-24,9

Sobrepeso 25,0 a 29,9

Obeso grau I 30,0 a 34,9

Obeso grau II 35,0 a 39,9 Obeso III ≥ 40,0

7. No caso do paciente em apreço, a osteoartrite pode estar relacionada com a hipertensão arterial.

Comentários: Há muitos estudos relatando a relação entre a osteoartrite e a hipertensão arterial. O principal
seria a obesidade, porém, segundo o enunciado, o paciente não é considerado com sobrepeso ou obesidade.
Diante disso, citam outras hipóteses: inflamação sistêmica de baixa intensidade, inatividade física e
medicação (por exemplo, corticosteróides e antiinflamatórios não-esteróides -AINE- capaz de aumentar a
pressão arterial) usados para o controle da atividade da doença e dos seus sintomas, idade. Como o item
coloca a palavra “pode”, então está correta.

Gabarito: Certo.

8. O fortalecimento muscular isocinético terá efeito significativo no alivio da dor apresentada pelo paciente
em consideração.

Comentários: O fortalecimento, na osteoartrite (OA) de joelho favorece o alívio da dor. O uso do isocinético,
um aparelho que controla a velocidade do movimento, pode agir de forma ainda mais significativa neste
processo.

A fraqueza muscular, especialmente do quadríceps, é uma das principais repercussões osteomusculares da


osteoartrite de joelho, e os exercícios são considerados uma das principais intervenções no tratamento
conservador da doença.

Em uma pesquisa verificou-se a efetividade de oito semanas de exercício para fortalecimento do quadríceps
com o aparelho isocinético, realizados duas vezes por semana, na melhora da dor e da função em pacientes
com OA de joelho quando comparados a um grupo que recebeu apenas orientação. Um estudo comparou
um grupo com exercício isocinético para fortalecimento do quadríceps versus um grupo que recebeu apenas
orientação.

De forma que, após oito semanas, houve melhora estatisticamente significante no aspecto dor no grupo
exercício, em comparação ao controle.

Há também revisão sistemática sobre a efetividade de exercícios em pacientes com OA do joelho publicada
pela Biblioteca Cochrane, na qual os autores concluíram que existe nível platinum de evidência que os
exercícios terapêuticos proporcionam benefício em curto prazo na redução da dor e na melhora da função
em pacientes com OA de joelho. Entre os tratamentos utilizados pelos estudos incluídos na revisão, figuram

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o fortalecimento do quadríceps e dos membros inferiores de forma global, bicicleta estacionária, caminhada
e exercícios sem ênfase específica em fortalecimento ou aumento da capacidade aeróbica. Portanto, há
evidências que a afirmativa está correta.

Gabarito: Certo.

9. A terapia manual realizada por três semanas será eficaz para tratamento da rigidez.

Comentários: Não tem como afirmar isso com certeza apenas com os dados do enunciado, pois é uma rigidez
articular.

Gabarito: Errado.

10. A estimulação elétrica nervosa transcutânea, incluindo corrente interferencial, será eficaz para a redução
significativa da dor apresentada pelo paciente.

Comentários: A estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) tem como efeito a redução da dor. A corrente
interferencial é a aplicação transcutânea de correntes elétricas alternadas de média frequência, que também
tem como efeito a redução da dor.

Gabarito: Certo.

11. Há evidências de que o laser terapêutico de baixa intensidade é eficaz na redução significativa da dor em
pacientes com osteoartrite, como no caso em apreço.

Comentários: O tratamento com o laser de baixa intensidade melhora a dor e função a curto prazo de
pacientes portadores de OA do joelho.

Gabarito possível: Certo.

12. CESPE – STJ - 2018

A respeito dos mecanismos de lesões traumáticas, julgue os itens que se seguem.

A lesão em hiperextensão com estresse em rotação lateral na tíbia, com pé sob um ponto fixo, é o mecanismo
de lesão do ligamento cruzado anterior.

Comentários: Mecanismo de lesão do LCA: desaceleração brusca, com mudança de direção, gerando um
valgo mais rotação externa de tíbia ou trauma na região posterior proximal da tíbia. Em outras palavras, a
força causadora frequentemente é a hiperextensão com estresse em rotação lateral na tíbia, com o pé fixo.

Gabarito: Certo.

13. MS CONCURSOS – PREFEITURA DE PIRAÚBA/MG – 2017

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A Fascite Plantar é uma inflamação da fáscia plantar do pé que pode ou não estar acompanhada por
osteófito conhecido como esporão de calcâneo. Tem incidência maior em adultos acima de 40 anos, com
algum sobrepeso, que passam muitas horas em pé, podendo ter relação com calçados inadequados. Sobre
o tratamento da fascite plantar, é correto afirmar, exceto:

(A) Terapias anti-inflamatórias, como ultrassom, laser de baixa potência e correntes analgésicas podem ser
associadas com associação de mobilizações manuais.

(B O alongamento da fáscia plantar deve ser diário e enfatizado.

(C) Órteses noturnas para manter o alongamento da fáscia plantar podem e devem ser utilizadas.

(D) Palmilhas ortopédicas são contraindicadas nos tratamentos de fascite plantar.

Comentários: Vamos falar sobre evidências científicas nessa questão. Um artigo publicado em 2010 realizou
uma revisão do tratamento para fascite plantar. Verificaram que as opções iniciais de tratamento podem
incluir o acolchoamento, bandagens, palmilhas ortopédicas terapêuticas, anti-inflamatórios e injeção de
corticosteroides. Assim como, alongamento do tendão de Aquiles e da fáscia plantar, evitar calçados baixos
e andar descalço, crioterapia aplicada diretamente à parte afetada, suporte no arco plantar e calcanhares,
limitação de atividades físicas de alto impacto. De acordo com esse mesmo artigo, essas intervenções foram
classificadas de acordo com o nível de evidência e graus de recomendação:

NÍVEL 1 – estudo clínico prospectivo randomizado de alta qualidades

Palmilhas ortopédicas terapêuticas [recomendação grau B - as opções de tratamento são apoiadas por
evidências justas]

Medicamento inflamatório oral [recomendação de Grau I - evidência insuficiente para fazer uma
recomendação]

Injeções de cortisona [recomendação de grau B - as opções de tratamento são apoiadas por evidências
justas]

Alongamento da fáscia de Aquiles e plantar [recomendação de Grau B- as opções de tratamento são


apoiadas por evidências justas] (

NÍVEL 2 - Estudo comparativo prospectivo

 Aparelhos ortopédicos pré-fabricados e personalizados [recomendação grau B]

 órtese noturna [recomendação grau B]

 Repetir injeções de cortisona [recomendação grau B]

Toxina botulínica [recomendação de Grau I]

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Imobilização por gesso ou bota [recomendação grau C - as opções de tratamento são apoiadas por estudos
conflitantes ou opiniões de especialistas]

Fonte: THOMAZ, J.L. The diagnosis and treatment of heel pain: a clinical practice guideline – revision. The
Journal of Foot and Ankle Surgery, V. 49 , Issue 3 , S1 - S19.

Prestem atenção no EXCETO. Agora, vejamos as assertivas:

(A) Terapias anti-inflamatórias, como ultrassom, laser de baixa potência e correntes analgésicas podem ser
associadas com associação de mobilizações manuais. Item correto. Podem utilizar todos esses recursos.

(B O alongamento da fáscia plantar deve ser diário e enfatizado. Item correto. Isso é enfatizado nas
orientações para realizar em domicílio, todos os dias.

(C) Órteses noturnas para manter o alongamento da fáscia plantar podem e devem ser utilizadas. De acordo
com as evidencias científicas atuais, podem ser utilizadas. Mas fiquei com dúvida em relação à palavra
“devem”, pois, as órteses noturnas estão como nível de evidência B e não A. Aqui daria para entrar com um
recurso.

(D) Palmilhas ortopédicas são contraindicadas nos tratamentos de fascite plantar. Item errado. Não são
contraindicadas. Podem ser utilizadas, temos diversos artigos falando sobre isso.

Gabarito: D

14. AMPLASC – PREFEITURA DE VARGEM/SC - 2015

Há duas classificações de (LCP) Ligamento Cruzado Posterior:

(A) Leves e rotundas;

(B) Isoladas e combinadas;

(C) Atávicas e tênues;

(D) Anímicas e enviesadas.

Comentários: Essa questão não foi bem formulada. Não existe classificações do ligamento cruzado posterior,
mas sim das lesões do LCP, que pode ser isoladas ou combinadas. Quando são isoladas, há uma ruptura de
uma ou duas bandas do LCP. Já nas lesões combinadas ocorrem lesões no LCP e em outro ligamento ou
menisco. Letra B.

Gabarito: B.

15. AOCP - EBSERH/HE-UFPEL - 2015

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A condromalácia da patela é uma patologia crônica degenerativa da cartilagem articular da superfície


posterior da patela e dos côndilos femorais correspondentes. É comum em jovens adultos, especialmente
relacionada com episódios de trauma. Assinale a alternativa que apresenta as características desta
patologia

(A) Crepitação, fadiga e dor.

(B) Fadiga, dor e hipotonia.

(C) Hipertonia, crepitação e dor.

(D) Crepitação, bloqueio e dor.

(E) Dor, hipertonia e fadiga.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) Crepitação, fadiga e dor. Item errado. A fadiga não é uma característica dessa patologia.

(B) Fadiga, dor e hipotonia. Item errado. A fadiga e a hipotonia não são características dessa patologia.

(C) Hipertonia, crepitação e dor. Item errado. A hipertonia não é uma característica dessa patologia.

(D) Crepitação, bloqueio e dor. Item correto! Podem ocorrer crepitação e bloqueio dependendo do grau de
severidade dessa patologia.

(E) Dor, hipertonia e fadiga. Item errado. A hipertonia e a fadiga não são características dessa patologia.

Gabarito: D

16. AOCP - EBSERH – Nacional - 2015

A condromalácia é a degeneração da cartilagem hialina. Não existe uma causa exata, mas a sua etiologia
pode estar relacionada a fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos. O fator mais comum é o
traumatismo crônico. Esta patologia acomete qual articulação?

(A) Femoropatelar.

(B) Glenoumeral.

(C) Tíbiotársica.

(D) Interfalangeanas.

(E) Cotovelo.

Comentários: Essa foi fácil! Condromalácia femoropatelar!

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Gabarito: A

17. AOCP - EBSERH/HC-UFG - 2015

Assinale a alternativa INCORRETA sobre a condromalácia patelar.

(A) A condromalácia possui quatro estágios, sendo que o edema e o amolecimento da cartilagem ocorre
apenas no 4º estágio.

(B) A condromalácia patelar é comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas,
jogadores de tênis e corredores.

(C) A condromalácia é caracterizada pelo amolecimento da cartilagem patelar, que pode ser provocado pelo
desequilíbrio articular.

(D) Um dos fatores que pode predispor ao aparecimento da condromalácia é a falta de aquecimento antes
de praticar exercício físico.

(E) Exercícios de alto impacto devem ser evitados pelo portador de condromalácia patelar.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) A condromalácia possui quatro estágios, sendo que o edema e o amolecimento da cartilagem ocorrem
apenas no 4º estágio. Item errado. Ocorre no 1ºestágio. Relembrando:

I - amolecimento da cartilagem e edemas;

II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro <1,3cm;

III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm;

IV - erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral.

(B) A condromalácia patelar é comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas,
jogadores de tênis e corredores. Item correto. Atletas de esportes com muita sobrecarga repetitiva é comum
sofrerem desgaste na cartilagem articular da patela.

(C) A condromalácia é caracterizada pelo amolecimento da cartilagem patelar, que pode ser provocado pelo
desequilíbrio articular. Item correto.

(D) Um dos fatores que pode predispor ao aparecimento da condromalácia é a falta de aquecimento antes
de praticar exercício físico. Item correto. Justifica-se pela força abrupta muscular do quadríceps – sobrecarga
no tendão patelar.

(E) Exercícios de alto impacto devem ser evitados pelo portador de condromalácia patelar. Item correto.
Devem ser evitados.

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Gabarito: A

18. VUNESP - PREF. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP - 2015

Responda às questões de números 3 e 4 com base no caso clínico a seguir. Mário, 24 anos, após jogar
futebol no final de semana, foi diagnosticado com ruptura do menisco medial e entorse do ligamento
colateral medial (LCM) de grau II.

O diagnóstico das entorses do LCM pode ser obtido por meio de avaliação física e geralmente não requer
exames por ressonância magnética, sendo o grau de lesão do ligamento quase sempre determinado pela
quantidade de instabilidade articular. As características do grau de lesão do LCM apresentadas por Mário
são:

(A) fica sensível em virtude das microrruputuras, mas não apresenta instabilidade aumentada, enquanto o
ponto final é firme.

(B) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em valgo em 60º de flexão e mínima na
extensão total e não apresenta o ponto final firme.

(C) apresenta ruptura total com instabilidade significante no estresse em valgo em extensão total e nenhum
ponto final é aparente.

(D) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em valgo em 30º de flexão e mínima na
extensão total e apresenta o ponto final firme.

(E) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em varo em 30º de flexão e mínima na
extensão total e apresenta o ponto final firme.

Comentários: Falamos na aula 00 sobre os graus de lesões ligamentares. Vamos relembrar:

Grau I – leve: perda mínima de integridade estrutural; movimento normal; pouco ou nenhum edema;
sensibilidade localizada; contusão mínima. Pode haver pouca perda funcional. Retorno precoce ao
treinamento.

Grau II – moderada: enfraquecimento estrutural significativo; algum movimento anormal; sensação de final
do movimento dura ao estresse; contusão significativa e edema. Pode ocorrer hemartrose associada e
efusão. Essa lesão tem tendência à recidivas e também pode alongar mais com o tempo. Também pode
precisar de imobilização modificada.

Grau III – completo: perda de integridade estrutural; movimento anormal; contusão significativa;
hemartrose; instabilidade funcional. Possibilidade cirúrgica.

Agora vejamos as assertivas:

(A) fica sensível em virtude das microrruputuras, mas não apresenta instabilidade aumentada, enquanto o
ponto final é firme. No grau II já tem instabilidade. Item errado.

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(B) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em valgo em 60º de flexão e mínima na
extensão total e não apresenta o ponto final firme. Item errado. O grau II apresenta o ponto final firme.

(C) apresenta ruptura total com instabilidade significante no estresse em valgo em extensão total e nenhum
ponto final é aparente. Item errado. O grau II é uma ruptura parcial.

(D) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em valgo em 30º de flexão e mínima na
extensão total e apresenta o ponto final firme. Item correto. É isso mesmo. Para entender isso temos que
nos lembrar das funções secundárias do LCM = limitar a extensão excessiva do joelho e limitar as rotações
quando o joelho está parcialmente fletido. Função primária = limitador do valgo.

(E) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em varo em 30º de flexão e mínima na
extensão total e apresenta o ponto final firme. Item errado. Estresse em valgo.

Gabarito: D

19. IADES - EBSERH/ HUOL – UFRN - 2014

Assinale a alternativa que apresenta as condutas que devem ser utilizadas no pós-operatório de
artroplastia total de quadril com abordagem cirúrgica posterior.

(A) Na sala de recuperação, após a cirurgia, o membro inferior deve se manter em abdução e rotação medial.

(B) Na sala de recuperação, após a cirurgia, o membro inferior operado deve se manter em rotação externa
e leve elevação.

(C) Não existe restrição de amplitude articular especificamente para os movimentos de abdução e flexão.

(D) É permitido o movimento de adução do quadril somente até 10º ultrapassando a linha média. E- Os
exercícios isométricos para o glúteo devem ser iniciados somente na fase ambulatorial.

Comentários: O enunciado diz que é uma ATQ com abordagem cirúrgica posterior. Vimos que devemos
evitar a flexão do quadril além de 90º e abdução mínima ou rotação interna do quadril. Também
temos que ter cuidado no P.O. ao realizar exercícios que podem promover a luxação da prótese, como flexão
do quadril >90º, rotação externa >20º e a adução <0º. Assim como, a flexão acima de 90 graus com rotação
interna podem resultar em luxação. Lembre-se nenhum movimento em excesso pode ser realizado. Na sala
de recuperação, ou seja, imediatamente após a cirurgia é colocado um triângulo de abdução (figura), para
evitar a adução/ rotação e outros movimentos em excesso. Como a incisão foi posterior, o membro também
é colocado em leve elevação. Agora vejamos as assertivas:

(A) Na sala de recuperação, após a cirurgia, o membro inferior deve se manter em abdução e rotação medial.
Item errado. Rotação medial não pode.

(B) Na sala de recuperação, após a cirurgia, o membro inferior operado deve se manter em rotação externa
e leve elevação. Item correto, como vimos.

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(C) Não existe restrição de amplitude articular especificamente para os movimentos de abdução e flexão.
Item errado. Temos restrições, como vimos.

(D) É permitido o movimento de adução do quadril somente até 10º ultrapassando a linha média. Item
errado. Não é permitido, como vimos.

(E) Os exercícios isométricos para o glúteo devem ser iniciados somente na fase ambulatorial. Item errado.
Já podemos iniciar na fase hospitalar. Claro que irá depender de muitos fatores, mas de um modo geral já
iniciamos na fase hospitalar.

Gabarito: B.

20. IADES - SEAP/ SES/DF - 2014

Considere que um fisioterapeuta deverá prestar assistência a uma paciente com coxartrose avançada, que
foi submetida à cirurgia de prótese total do quadril esquerdo há quatro dias. A paciente encontra-se em
bom estado geral, com queixa de dor local leve (EVA 2), sem alterações de sensibilidade, capaz de
permanecer em sedestação e deambular (cerca de 30 passos) sem intercorrências. Considerando as
precauções relacionadas a esse tipo de procedimento, assinale a alternativa correta.

(A) Ao posicionar a paciente em sedestação a partir do decúbito dorsal, o fisioterapeuta deverá ter como
referência virar para o lado sadio, para não sobrecarregar o membro lesionado.

(B) Ao posicionar a paciente em sedestação a partir do decúbito dorsal, o fisioterapeuta deverá ter como
referência virar para o lado operado, para evitar a adução do quadril, que poderá luxar a prótese.

(C) A descarga de peso deverá ser iniciada após, pelo menos, 72 horas, para evitar complicações.

(D) Exercícios de elevação do membro em extensão na posição de decúbito dorsal não podem ser realizados,
pois ultrapassam 90 graus de flexão do quadril.

(E) Novas tecnologias, como o uso de equipamento de mobilização passiva contínua, são restritas a outras
articulações, como joelho e cotovelo, e não têm aplicação nesse caso.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) Ao posicionar a paciente em sedestação a partir do decúbito dorsal, o fisioterapeuta deverá ter como
referência virar para o lado sadio, para não sobrecarregar o membro lesionado. Item errado. O correto é
virar pro lado operado, para evitar a adução do quadril operado.

(B) Ao posicionar a paciente em sedestação a partir do decúbito dorsal, o fisioterapeuta deverá ter como
referência virar para o lado operado, para evitar a adução do quadril, que poderá luxar a prótese. Item
correto, como vimos.

(C) A descarga de peso deverá ser iniciada após, pelo menos, 72 horas, para evitar complicações. Item errado.
O enunciado não especificou se é cimentada ou não-cimentada. Mas de uma forma geral, a descarga de peso
parcial deve ser iniciada imediatamente. O que irá mudar é a porcentagem dessa descarga de acordo com o
tipo de prótese, dentre outros fatores (não é o nosso objetivo discutir nessa questão).

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(D) Exercícios de elevação do membro em extensão na posição de decúbito dorsal não podem ser realizados,
pois ultrapassam 90 graus de flexão do quadril. Extensão em DD, flexão do quadril? Sem pé e nem cabeça.
Item errado.

(E) Novas tecnologias, como o uso de equipamento de mobilização passiva contínua, são restritas a outras
articulações, como joelho e cotovelo, e não têm aplicação nesse caso. Item errado. Elas não são restritas.
Elas são utilizadas em pós-operatórios de ATQ, principalmente com o objetivo de reduzir a incidência de
trombose venosa profunda.

Gabarito: B.

21. CETRO - AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL - 2015

Paciente do sexo feminino, 45 anos, ex-atleta, obesa, relata dor “cortante” no calcanhar direito. A dor
inicia forte pela manhã, ao colocar o pé no chão, sentindo melhora ao longo do dia. A paciente possui pé
chato, não tem histórias de quedas ou traumas. É correto afirmar que o diagnóstico clínico mais provável,
após o exame físico, é

(A) Artrite Reumatoide.

(B) Pé Diabético.

(C) Fascite Plantar.

(D) Neuroma de Morton.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) Artrite Reumatoide: doença auto-imune. Falaremos dela mais adiante. Item errado.

(B) Pé Diabético: o pé diabético há diminuição da sensibilidade. Item errado.

(C) Fascite Plantar. Item correto. Resposta da questão.

(D) Neuroma de Morton: é uma lesão não neoplásica que consiste de fibrose perineural do nervo plantar e
degeneração nervosa. Tem predileção pelo terceiro espaço digital. Geralmente, o paciente relata dor no
antepé. Item errado.

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Gabarito: C

22. CETREDE – PREF. MUNICIPAL DE SÃO BENEDITO – CE – 2015

Paciente do sexo feminino apresenta um espessamento do nervo interdigital que passa entre os dedos do
pé, causando dormência e dor na ponta do pé. De acordo com essa fisiopatologia qual provável diagnóstico
clínico?

(A) Halux valgo.

(B) Neuroma de morton.

(C) Esporão de calcâneo.

(D) Fasceite plantar.

(E) Hallux rigidus.

Comentários: Recém vimos sobre isso, é o Neuroma de Morton. Vejamos as outras assertivas:

(A) Halux valgo: dor sentida no lado interno do pé, na base do hálux.

(C) Esporão de calcâneo: dor na região do calcanhar.

(D) Fasceite plantar: dor à palpação da região do tubérculo medial do calcâneo e região medial da fáscia
plantar.

(E) Hallux rigidus: é uma desordem degenerativa do hálux. Essa alteração leva ao desgaste da cartilagem,
com formação de protuberâncias ósseas e rigidez que pode progredir até o bloqueio completo do
movimento do hálux. A dor é no hálux e pode ter edema.

Gabarito: B.

23. FJP- PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/RJ - 2015

A metatarsalgia de Morton está relacionada com neurofibroma de um pequeno ramo entre os nervos:

(A) tibial posterior

(B) cutâneo lateral

(C) calcâneo medial

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(D) digitais plantares

Comentários: Como vimos, é uma lesão não neoplásica que consiste de fibrose perineural do nervo plantar.
Letra D.

Gabarito: D

24. COPEVE/UFAL - UNCISAL - 2015

O paciente que apresenta instabilidade no joelho em gaveta anterior deve ser tratado com fortalecimento
da musculatura:

(A) Lateral da perna.

(B) Anterior da coxa.

(C) Anterior da perna.

(D) Posterior da perna.

(E) Abdutora do quadril.

Comentários: Instabilidade em gaveta anterior há instabilidade anterior do joelho, ou seja, é necessário o


fortalecimento da musculatura anterior da coxa e posterior da coxa (relação 1 quadríceps: 4 isquiotibiais).
Porém exercícios do quadríceps femoral em cadeia cinética aberta devem ser evitados, pois aumentam a
translação tibial anterior, aumentando o estresse anterior. Inicialmente o ideal é realizar exercícios
isométrico. Porém aqui temos mais duas controvérsias: músculo gastrocnêmio e sóleo. Algumas literaturas
sugerem que eles realizam a translação posterior da tíbia. Poderia ser a letra B, mesmo não sendo o grupo
enfático e a letra D (algumas literaturas não consideram o sóleo, apenas o gastrocnêmio). Deveria ser
anulada.

Gabarito: B

25. FGV – PREFEITURA DE CUIABÁ/MT - 2015

Paciente chega ao ambulatório com queixa de dor acentuada na região medial do joelho direito, relatando
ter sofrido uma queda dois dias antes. Relata ainda sensação de queimação na região medial da mesma
perna, que piora à noite. No exame físico, ao realizar a flexão resistida do joelho, a dor aumenta. O quadro
clínico relatado é sugestivo de

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(A) neuropraxia do nervo safeno.

(B) lesão do corno posterior menisco medial.

(C) lesão de ligamento cruzado anterior.

(D) tendinite da pata-de-ganso.

(E) distensão muscular do solear.

Comentários: Não falamos dessa patologia. Vamos aproveitar a questão. A compressão do nervo safeno
pode causar dor acentuada na região medial do joelho, além disso, sensação de queimação na distribuição
sensorial do nervo, que tende piorar à noite e é exacerbada por atividade do membro inferior. Ao exame
físico, o paciente relata dor na flexão resistida do joelho ou adução resistida da coxa (aumentam a pressão
no nervo).

Nos casos leves a moderados, o tratamento consiste de medicamentos, gelo, ultrassom e TENS – não há
fraqueza motora. Em casos mais graves talvez seja necessário o procedimento cirúrgico, a critério do médico.

Gabarito: A.

26. CAIPIMES - Pref. Rio Grande da Serra/SP - 2015

O encurtamento dos músculos posteriores da coxa pode contribuir para patologias patelofemorais devido
ao aumento da:

(A) extensão do joelho no momento do impacto do calcanhar durante a fase de apoio da marcha.

(B) flexão do joelho no momento do impacto do calcanhar durante a fase de apoio da marcha.

(C) flexão do joelho durante a fase de duplo apoio da marcha.

(D) lateralização da patela durante a fase de impulsão da marcha.

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Comentários: Como falamos anteriormente, a flexão do joelho aumenta o impacto patelofemoral. Os


músculos posteriores da coxa (isquiotibiais) realizam flexão de joelho. Ou seja, poderia ser só as opções B ou
C. O impacto maior ocorre na letra B, no momento do impacto do calcanhar durante a fase de apoio da
marcha.

Gabarito: B

27. UNIUV - PREF. JAGUARIAÍVA/PR - 2015

A doença de _________ trata-se de uma osteocondrite na tuberosidade tibial. Assinale a alternativa que
completa corretamente a lacuna:

(A) Osgood-Schlatter;

(B) Kussmaul;

(C) Paget;

(D) Huntigton;

(E) Dupuytren.

Comentários: Pelo enunciado já sabemos que é a letra A: Osgood-Schlatter. Mas vamos ver as outras
alternativas:

(B) Kussmaul: poliarterite venosa. É uma inflamação necrosante de pequenas e/ou médias artérias.

(C) Paget: é uma doença esquelética localizada caracterizada por um aumento da remodelação óssea. Os
ossos ficam mais frágeis que o normal, podendo causar fraturas.

(D) Huntigton: é um distúrbio neurológico genético.

(E) Dupuytren: é um patologia caracterizada por um espessamento fibrótico da fáscia palmar e digital da
mão.

Gabarito: A

28. ASSCON-PP – PREFEITURA DE MAREMA/SC - 2015

A respeito da Condromalácia patelar assinale a alternativa correta.

(A) Também conhecida como síndrome da dor patelo-femoral

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(B) Consiste em uma patologia crônica degenerativa da cartilagem articular da superfície posterior da patela
e dos côndilos femorais correspondentes, que produz desconforto e dor ao redor ou atrás da patela.

(C) É comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas, jogadores de tênis e
corredores.

(D) Todas as alternativas estão corretas

Comentários: Pessoal, temos que tomar cuidar com esses termos. Algumas bancas consideram a mesma
coisa, mas outras não. Na verdade, a Condromalácia pode ser uma das causas da Síndrome da dor
patelofemoral. Outro ponto é que na síndrome femoropatelar não necessariamente há um desgaste da
cartilagem importante que a justifique. Já na condromalácia patelar, ocorre um desgaste da cartilagem.
Olhem bem o contexto da questão para não caírem numa armadilha. Leiam bem todas as alternativas.
Algumas bancas não aceitam alguns recursos, então é melhor prevenir e ler bem antes de responder. Fiquem
atentos!

Gabarito: D

29. FCPC - PREFEITURA DE BOA VIAGEM/CE - 2015

No que concerne à fisioterapia para o tratamento pós cirúrgico de um paciente com lesão do ligamento
cruzado anterior do joelho, é correto afirmar:

(A) no pós operatório imediato, a flexão passiva é indicada e encorajada até 150º;

(B) o exercício ativo deve ser realizado somente na fase ambulatorial, uma semana após a cirurgia;

(C) a mobilização patelar deve ser feita no sentido craniocaudal e laterolateral, ajudando no ganho de flexão
do joelho;

(D) o treino de marcha deve ser realizado no primeiro dia pós-operatório sem o imobilizador e com descarga
total de peso no membro operado.

Gabarito: C.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) no pós-operatório imediato, a flexão passiva é indicada e encorajada até 150º. Item errado. No P.O
imediato a flexão é realizado até 90º.

(B) o exercício ativo deve ser realizado somente na fase ambulatorial, uma semana após a cirurgia. Item
errado. Exercícios isométricos podem ser realizados antes de uma semana.

(C) a mobilização patelar deve ser feita no sentido craniocaudal e laterolateral, ajudando no ganho de flexão
do joelho. Item correto. A mobilização patelar deve ser realizada.

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(D) o treino de marcha deve ser realizado no primeiro dia pós-operatório sem o imobilizador e com descarga
total de peso no membro operado. Item errado. Primeiro dia sem imobilizador e com descarga total de peso?
Jamais podemos fazer isso.

30. MASTER - PREF. CACIMBINHAS/AL - 2015

A lesão de LCA costuma ser uma lesão de esportes e resulta de uma rotação ou hiperextensão brusca do
joelho, mas também pode ocorrer quando o fêmur é empurrado para trás e o pé está fixo no chão. O
retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:

I. Conseguir dobrar e esticar o joelho totalmente, sem dor;

II. Recuperar a força, quando comparada com a outra perna;

IIII. Não apresentar mais edema;

IV. Conseguir andar, sem dor e sem mancar;

V. Conseguir correr, sem dor e sem mancar;

Marque a alternativa correta

(A) Apenas I

(B) Apenas II e III

(C) Apenas I, III, IV e V

(D) Apenas I, III, V e IV

(E) I e III

Comentários: Como em toda lesão ligamentos, o retorno ao esporte só ocorre depois do paciente passar por
todas as fases de cicatrização, restauração da ADM total do joelho, com a força muscular normal (grau 5),
sem dor e sem mancar. Enfim, com o joelho estabilizado para todas as atividades funcionais e do esporte
que o paciente realiza.

I. Conseguir dobrar e esticar o joelho totalmente, sem dor. Item correto.

II. Recuperar a força, quando comparada com a outra perna. Item errado. Recuperar a força muscular normal
(grau 5).

IIII. Não apresentar mais edema. Item correto.

IV. Conseguir andar, sem dor e sem mancar. Item correto.

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V. Conseguir correr, sem dor e sem mancar. Item correto.

Gabarito: D

31. UNICENTRO – PREFEITURA DE GUAÍRA/PR – 2015

As lesões traumáticas do joelho e as suas consequências representam 80% das patologias do joelho. O
sistema osteoligamentar, muito complexo e pouco elástico, é hoje submetido a traumas diretos e indiretos
de aceleração progressivamente maior. Os acidentes automotivos e esportivos são os principais
responsáveis pela variada gama de lesões que a articulação do joelho sofre. A lesão do joelho é a mais
comum entre as lesões graves apresentadas por futebolistas, destacando-se o ligamento cruzado anterior
como um dos ligamentos do joelho mais frequentemente lesados. A partir disso, analise as afirmações
abaixo:

I - A principal função do LCA é prevenir o deslocamento anterior da tíbia em relação ao fêmur.

II - Os traumas axiais e angulares provocam lesões ligamentares com maior frequência, enquanto os traumas
rotacionais provocam fraturas.

III - As lesões ligamentares graves em geral doem muito após o trauma, devido à ruptura total do ligamento.

IV - O teste de gaveta anterior avalia a anteriorização da tíbia em relação ao fêmur.

Está(ão) correta(s):

(A) Apenas a afirmativa I.

(B) Apenas as afirmativas I, II e IV.

(C) Todas as afirmativas estão corretas.

(D) Apenas as afirmativas III e IV.

(E) Apenas as afirmativas I e IV.

Comentários: Vejamos as assertivas:

I - A principal função do LCA é prevenir o deslocamento anterior da tíbia em relação ao fêmur. Item correto,
como vimos.

II - Os traumas axiais e angulares provocam lesões ligamentares com maior frequência, enquanto os traumas
rotacionais provocam fraturas. Item errado. Os traumas rotacionais provocam lesões de meniscos e
ligamentares (principalmente LCA). Já os traumas axiais e angulares provocam fraturas.

III - As lesões ligamentares graves em geral doem muito após o trauma, devido à ruptura total do ligamento.
Item errado. Geralmente, as rupturas grau I e II causam mais dor.

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IV - O teste de gaveta anterior avalia a anteriorização da tíbia em relação ao fêmur. Item correto, como
vimos.

Gabarito: E.

32. AOCP - EBSERH/HE-UFSCAR - 2015

Qual é o principal objetivo de tratamento fisioterapêutico para um paciente que sofreu lesão do complexo
ligamentar lateral do tornozelo grau II, na fase aguda?

(A) Restaurar a amplitude de movimento.

(B) Fortalecer estabilizadores dinâmicos.

(C) Melhorar o equilíbrio.

(D) Diminuir dor e edema.

(E) Melhorar a flexibilidade de tornozelo.

Comentários: Na lesão grau II de tornozelo (fase aguda – 24/48 horas) tem certa ruptura ligamentar com
instabilidade moderada; dor forte a moderada, edema significativo. Para essa fase o objetivo é diminuir o
edema e a dor (PRICE – proteção, repouso, ice - gelo, compressão e elevação).

Gabarito: D

33. AOCP - EBSERH – Nacional - 2015

Entorse de tornozelo é uma das lesões mais frequentes que podem acarretar fraturas. A reabilitação
depende do grau de lesão, da conduta médica inicial e de exames radiológicos. Em um caso de entorse de
tornozelo, na fase I de tratamento, deve-se ter como conduta:

(A) fortalecimento muscular.

(B) propriocepção.

(C) alongamento.

(D) gelo, compressão e elevação.

(E) treino pliométrico.

Comentários: Fase I = fase aguda. Acabamos de ver na questão anterior: PRICE - proteção, repouso, ice -
gelo, compressão e elevação. Letra D.

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Gabarito: D

34. IDECAN - CREFITO/PR - 2013

O tratamento de um paciente com entorse de tornozelo moderado a grave baseia-se em quatro fases
distintas: imobilização; pós imobilização; recuperação; e, resolução. Mesmo que as fases de tratamento
sejam respeitadas, pode haver sequelas para os pacientes. Acerca deste tema, assinale a afirmativa
correta.

(A) Na fase de resolução, os exercícios devem ser do tipo mobilização tíbio-társica, subtalar e médio-társica.

(B) A instabilidade permanente ocorre em casos que não foram tratados adequadamente, assim como a
artrose prematura e as calcificações periarticulares.

(C) Na fase de recuperação funcional são indicados exercícios para redução do edema periarticular e, ainda,
exercícios a fim de aumentar o arco articular.

(D) O tratamento na fase de pós imobilização tem por objetivo primário ganho total da amplitude articular,
fortalecimento da musculatura e melhora da coordenação. Deve ter início com crioterapia e eletroterapia.

(E) Na fase de imobilização, basicamente, o objetivo será aliviar as sequelas desta condição e, para tal, deve-
se evitar elevação frequente de extremidades, assim como a mobilização ativa às demais articulações do
membro.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) Na fase de resolução, os exercícios devem ser do tipo mobilização tíbio-társica, subtalar e médio-társica.
Item errado. Porque realizaríamos essas mobilizações nessas articulações na fase de resolução (última fase)?
Geralmente, realizamos essas mobilizações na fase de recuperação funcional ou na fase de proliferação. Só
pensar nas fases de reparo tecidual.

(B) A instabilidade permanente ocorre em casos que não foram tratados adequadamente, assim como a
artrose prematura e as calcificações periarticulares. Item correto. A instabilidade funcional e a perda da
cinemática do tornozelo normal como complicação de entorses recorrentes podem levar ao início de
mudanças degenerativas como artrose e calcificações periarticulares.

(C) Na fase de recuperação funcional são indicados exercícios para redução do edema periarticular e, ainda,
exercícios a fim de aumentar o arco articular. Item errado. Essa fase já é a terceira fase, onde inicia a
remodelação. Tem como objetivo restauração da ADM ativa normal, marcha normal, desempenho livre de
dor nas atividades funcionais de sustentação de peso total e intensificação de exercícios funcionais. A
redução do edema periarticular não se encaixa nessa fase, quando pensamos nas fases de reparo tecidual
normais.

(D) O tratamento na fase de pós imobilização tem por objetivo primário ganho total da amplitude articular,
fortalecimento da musculatura e melhora da coordenação. Deve ter início com crioterapia e eletroterapia.
Item errado. Na fase pós imobilização é o mesmo que a fase 2 acima descrita. Temos que ter como objetivos

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diminuir o edema (que pode ter ainda), diminuir a dor, melhorar a ADM do tornozelo, promover a
sustentação de peso inicial suportada/protegida (de acordo com a tolerância do paciente), prevenção de
novas lesões. Nessa fase não iniciamos o fortalecimento muscular dos músculos envolvidos na articulação
do tornozelo.

(E) Na fase de imobilização, basicamente, o objetivo será aliviar as sequelas desta condição e, para tal, deve-
se evitar elevação frequente de extremidades, assim como a mobilização ativa às demais articulações do
membro. Item errado. Sem pé, nem cabeça. O objetivo da fase de imobilização é, principalmente, reduzir a
dor e edema. Para isso utilizamos o PRICE, que inclui elevação do membro.

Gabarito: B.

35. CESPE – SESA/ES – 2015

Para um paciente com setenta e quatro anos de idade, com pé plano rígido e diagnóstico médico de fascite
plantar e esporão calcâneo, é indicada uma palmilha inteiriça com

(A) área de descompressão sob o calcâneo.

(B) barra retrometatarsiana.

(C) elevação em cunha lateral de calcâneo.

(D) botoeira do segundo ao quarto metatarso.

(E) apoio do arco plantar longitudinal.

Comentários: Essa questão é tranquila. Sempre quando há esporão de calcâneo a indicação é a palmilha de
descompressão sob o calcâneo. Dependendo das outras alterações do pé, acrescentamos outros ajustes na
palmilha.

Gabarito: A

36. FUNCEPE - PREF. ITAITINGA/CE - 2015

Nos traumas mecânicos agudos do tipo entorse, a melhor resposta ao tratamento fisioterapêutico inicial
é obtida com:

(A) Tens, ultrassom.

(B) Ultrassom e alongamento.

(C) Ultrassom, enfaixamento compressivo.

(D) Crioterapia e enfaixamento compressivo.

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(E) Ondas curtas e alongamentos.

Comentários: Novamente pessoal... crioterapia e enfaixamento compressivo.

Gabarito: D

37. CURSIVA - PREF. MAREMA/SC - 2015

Após uma entorse de tornozelo com dano ligamentar e consequentemente articular inicia-se a
recuperação pela fase de proteção. Durante este estágio de inflamação e reparo é incorreto:

(A) Para minimizar o edema usar compressão, elevação e gelo;

(B) Usar técnicas suaves de mobilização articular para manter a mobilidade;

(C) Inibir a dor;

(D) Orientação ao paciente, quanto ao apoio de peso parcial para diminuir a carga na deambulação;

(E) Ensinar técnicas de hipertrofia para manter massa muscular.

Comentários: Prestem atenção pedem a alternativa incorreta. Vejamos as assertivas:

(A) Para minimizar o edema usar compressão, elevação e gelo. Item correto, como vimos.

(B) Usar técnicas suaves de mobilização articular para manter a mobilidade. Item correto, desde que
respeitando a dor do paciente. Foi o que falamos da bomba de tornozelo.

(C) Inibir a dor. Item correto. Principal objetivo nessa fase.

(D) Orientação ao paciente, quanto ao apoio de peso parcial para diminuir a carga na deambulação. Item
correto. Objetivo de diminuir a sobrecarga e evitar mais lesões.

(E) Ensinar técnicas de hipertrofia para manter massa muscular. Item errado. Não é objetivo dessa fase.
Resposta da questão.

Gabarito: E

38. FAUEL - PREF. XAMBRÊ/PR - 2015

A sensibilidade ou a dor percebida durante a palpação da face medial do tornozelo decorrente de um


entorse em eversão, pode ser sugestivo de lesão do:

(A) Ligamento talofibular anterior.

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(B) Ligamento calcaneofibular.

(C) Ligamento talofibular posterior.

(D) Ligamento deltóide.

Comentários: O entorse em eversão pode lesionar os ligamentos mediais do tornozelo. O ligamento deltoide
se insere nessa opção. Letra D.

Gabarito: D

39. CÂMARA DE SÃO MIGUEL DO OESTE/SC - 2015

O tratamento indicado para um entorse de tornozelo na fase aguda é:

(A) TENS, ultra-som no modo contínuo.

(B) Crioterapia, anti-inflamatório, enfaixamento compressivo.

(C) Alongamento, ultrassom, microondas.

(D) Ondas curtas, enfaixamento compressivo, exercícios ativos.

Comentários: Novamente. Crioterapia e enfaixamento compressivo. O anti-inflamatório é responsabilidade


do médico, mas geralmente é prescrito nessa fase. Letra B.

Gabarito: B.

40. FAEPESUL - PREF. GRAVATAL/SC - 2015

Afecções em pés e tornozelos são muito comuns em esportes como futebol e atividades esportivas em
geral. Assinale a alternativa INCORRETA:

(A) Um sintoma comum aos tipos de fasciite plantar de origem mecânica ou degenerativa é a dor provocada
pelo apoio bípede ou pela marcha.

(B) A fascite plantar indica inflamação da fáscia ou oponeurose plantar, mais existem três músculos que tem
a mesma origem que a fáscia plantar, isto é, no tubérculo interno do calcâneo.

(C) Em casos de Hálux rígido ou limitado a restrição de movimentos de flexão ou rotação na primeira
articulação metatarsofalangiana fica restrito.

(D) O termo metatarsalgia relaciona-se a dor ou desconforto no segmento anterior do pé.

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(E) O tratamento dos casos de metatarsalgia inclui as medidas e as medicações destinadas a diminuir os
sintomas; a colocação de almofadas em forma de gota dentro do calçado, sob as cabeças dos ossos
metatarsianos; os materiais para a sola interna, acompanhando todo comprimento do sapato; os calçados
de sola intermediária almofadada e a colocação de barra metatarsiana externa.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) Um sintoma comum aos tipos de fascite plantar de origem mecânica ou degenerativa é a dor provocada
pelo apoio bípede ou pela marcha. Item correto.

(B) A fascite plantar indica inflamação da fáscia ou oponeurose plantar, mais existem três músculos que tem
a mesma origem que a fáscia plantar, isto é, no tubérculo interno do calcâneo. Item correto. Os músculos
são: adutor do hálux, flexor curto dos dedos e abdutor do dedo mínimo.

(C) Em casos de Hálux rígido ou limitado a restrição de movimentos de flexão ou rotação na primeira
articulação metatarsofalangiana fica restrito. Item errado. Apenas está restrita a flexão da primeira
articulação metatarsofalangeana.

(D) O termo metatarsalgia relaciona-se a dor ou desconforto no segmento anterior do pé. Item correto.

(E) O tratamento dos casos de metatarsalgia inclui as medidas e as medicações destinadas a diminuir os
sintomas; a colocação de almofadas em forma de gota dentro do calçado, sob as cabeças dos ossos
metatarsianos; os materiais para a sola interna, acompanhando todo comprimento do sapato; os calçados
de sola intermediária almofadada e a colocação de barra metatarsiana externa. Item correto.

Gabarito: C

41. AOCP - EBSERH – 2015

Em um pós-operatório de quadril, devido a uma osteoartrose, a reabilitação na fase inicial baseia-se na


independência funcional para, posteriormente, o paciente conseguir desenvolver suas Atividades de Vida
Diária (AVD). Neste caso, sugere-se:

(A) tutor curto.

(B) Enfaixamento para imobilização.

(C) Bolsa com água quente.

(D) Órtese para imobilização.

(E) Muletas para locomoção.

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Comentários: Aqui é a mesma ideia da ATQ. Iniciamos o treino de locomoção com aparelhos auxiliares, com
a evolução podemos retirar o uso das muletas. Letra E.

Gabarito: E

42. IADES – HEMOCENTRO/DF – 2017

Considere hipoteticamente uma paciente do sexo feminino, com 65 anos de idade, vítima de violência
doméstica. Ela apresenta lesões superficiais no crânio e na face, contusões moderadas em tórax e abdome
e uma fratura estável na região do corpo de L3, que ocorreu quando a vítima caiu sentada. No momento,
encontra-se consciente, em respiração espontânea ao ar ambiente, ausculta respiratória regular e
saturação dentro do padrão de normalidade. Ela solicita ficar em posição de sedestação, pois está cansada
de permanecer deitada e passou a sentir ferimentos nas nádegas e calcanhares.

Com base no caso clínico apresentado, assinale a alternativa correta

(a) a posição de ortostatismo geraria menor sobrecarga na região fraturada do que a sedestação.

(b) não há contraindicações para a realização de exercícios de mobilidade e resistidos ao nível da coluna
lombar, pois a fratura é estável, e este é o segmento vertebral de maior estabilidade.

(c) em razão da presença da fratura, a única conduta que não ofereceria riscos a paciente seria o repouso
em decúbito dorsal.

(d) o quadro clínico da paciente representa uma contraindicação absoluta para a posição de sedestação,
pois, além de gerar maior sobrecarga lombar, promoverá o deslocamento do núcleo pulposo posteriormente
e ocasionará uma hérnia de disco. No caso, a posição seria segura somente com o uso de colete toracolombar
bivalvado.

(e) a conduta ideal para a paciente é repouso, crioterapia e massagem local. Após a consolidação da fratura,
podem ser iniciados estímulos elétricos para ativação muscular.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(a) a posição de ortostatismo geraria menor sobrecarga na região fraturada do que a sedestação. Item
correto. Vimos no decorrer das aulas, que a posição ortostática provocará menor pressão intradiscal do que
na sedestação.

(b) não há contraindicações para a realização de exercícios de mobilidade e resistidos ao nível da coluna
lombar, pois a fratura é estável, e este é o segmento vertebral de maior estabilidade. Item errado. A fratura
é estável, porém ela não está consolidada ainda, então temos diversas precauções e contraindicações.

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(c) em razão da presença da fratura, a única conduta que não ofereceria riscos a paciente seria o repouso
em decúbito dorsal. Item errado. A fratura do corpo de L3 é estável, ou seja, podemos colocar a paciente em
outras posições para evitar os efeitos deletérios da imobilização.

(d) o quadro clínico da paciente representa uma contraindicação absoluta para a posição de sedestação,
pois, além de gerar maior sobrecarga lombar, promoverá o deslocamento do núcleo pulposo posteriormente
e ocasionará uma hérnia de disco. No caso, a posição seria segura somente com o uso de colete toracolombar
bivalvado. Item errado. Depende da posição de sedestação que promoverá o deslocamento do núcleo
pulposo posteriormente.

(e) a conduta ideal para a paciente é repouso, crioterapia e massagem local. Após a consolidação da fratura,
podem ser iniciados estímulos elétricos para ativação muscular. Item errado. A fratura está estável, porque
ficar em repouso? O repouso prolongado é prejudicial, ainda mais para uma paciente idosa.

Gabarito: A.

43. IADES – HEMOCENTRO/DF – 2017

A coluna vertebral está situada na região axial do esqueleto humano, e é formado pelo número variável
de 32 vértebras e sustentada por numerosos ligamentos e músculos. Em relação aos aspectos
cinesiológicos desse segmento do corpo humano, assinale a alternativa correta.

(a) os movimentos da coluna estão limitados aos planos sagital e coronal.

(b) os músculos oblíquos, ao se contraírem, comprimem a cavidade abdominopélvica e agem nos


movimentos de extensão e rotação do tronco.

(c) a contração bilateral do quadrado lombar puxa a cavidade torácica em direção a pelve ou estende a coluna
vertebral; a contração unilateral inclina a coluna lateralmente para o lado que está sendo contraído.

(d) a presença de curvaturas na coluna vertebral possui relevância biomecânica, contribuindo para que os
movimentos sejam mais harmônicos.

(e) a região torácica, em razão de estar articulada com as costelas, é a maior porção móvel da coluna.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(a) os movimentos da coluna estão limitados aos planos sagital e coronal. Item errado. A coluna é triaxial.

(b) os músculos oblíquos, ao se contraírem, comprimem a cavidade abdominopélvica e agem nos


movimentos de extensão e rotação do tronco. Item errado. Agem na flexão do tronco.

(c) a contração bilateral do quadrado lombar puxa a cavidade torácica em direção a pelve ou estende a coluna
vertebral; a contração unilateral inclina a coluna lateralmente para o lado que está sendo contraído. Item
correto. Falamos sobre isso na aula.

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(d) a presença de curvaturas na coluna vertebral possui relevância biomecânica, contribuindo para que os
movimentos sejam mais harmônicos. Item errado. Essa assertiva está incorreta, pois está muito ampla. Que
tipos de curvaturas?

(e) a região torácica, em razão de estar articulada com as costelas, é a maior porção móvel da coluna. Item
errado. A região cervical é a mais móvel.

Gabarito: C.

44. AOCP – EBSERH - 2017

Paciente feminina, 65 anos, foi encaminhada para o tratamento fisioterapêutico devido a uma
osteoporose nos membros inferiores e na coluna vertebral. Após anamnese, o fisioterapeuta elaborou o
plano de tratamento. Diante disso, sabe-se que se deve evitar e ter precauções com alguns exercícios,
EXCETO

(A) exercícios de apoio de peso e atividades de equilíbrio.

(B) exercícios de flexão como os abdominais com a paciente deitada.

(C) exercícios de flexão com o uso de aparelhos abdominais na posição sentada.

(D) exercícios combinados de flexão e rotação de tronco.

(E) exercícios resistidos com aumento de carga além da capacidade do osso.

Comentários: Vimos em aulas anteriores sobre a osteoporose e que devemos ter precauções em relação aos
exercícios, pois pode ocorrer a fratura óssea. Dentre as alternativas, apenas a letra A é recomendável. Os
exercícios com o apoio de peso e atividades de equilíbrio devem ser feitos para evitar quedas, evitando assim
o risco de fraturas.

Gabarito: A.

45. IDECAN - PREF. MARILÂNDIA/ES - 2016

A reabilitação das lesões na coluna é uma área da fisioterapia que está em progresso constante. Disfunções
posturais, dor crônica por utilização inadequada da postura, entorse e dor discogênica são apenas algumas
das disfunções na coluna mais comumente descritas. O terapeuta deve tomar alguns cuidados ao instruir
e verificar a técnica de fortalecimento abdominal. Em relação a estes cuidados, analise as afirmativas a
seguir.

I. Monitorar a velocidade do movimento, não permitindo movimento rápido a não ser que o exercício seja
planejado assim.

II. Verificar compensação pela musculatura lombar ou uma manobra de Valsalva.

III. Coluna neutra/alinhamento total da coluna deve ser transportado para atividade terrestre‐abdominal e
outras.

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Estão corretas as afirmativas

(A) I, II e III.

(B) I e II, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

Comentários: Não vimos sobre a técnica de fortalecimento abdominal, porém é muito tranquila essa
questão, não necessita de conhecimentos muito específicos. Vejamos as assertivas:

I. Monitorar a velocidade do movimento, não permitindo movimento rápido a não ser que o exercício seja
planejado assim. Item correto. Se você é o terapeuta e planejou ser mais rápido o movimento, então irá
monitorar a velocidade do movimento. Da maneira que escrita, está correta.

II. Verificar compensação pela musculatura lombar ou uma manobra de Valsalva. Item correto. Não só em
fortalecimento abdominal, mas em outros exercícios sempre temos que cuidar para o paciente não
compensar na musculatura lombar ou uma manobra de Valsalva (o paciente prende excessivamente o fluxo
de ar com a glote fechada). Quando se utiliza a Manobra de Valsalva durante o exercício, o resultado é a
diminuição do fluxo sanguíneo venoso para o coração e imediatamente os barorreceptores localizados no
arco aórtico identificam a diminuição no rendimento cardíaco e enviam informação, pela medula em direção
ao cérebro, inibindo a atividade parassimpática e promovendo a ação do sistema nervoso simpático,
aumentando a frequência cardíaca e a pressão sanguínea.

III. Coluna neutra/alinhamento total da coluna deve ser transportado para atividade terrestre‐abdominal e
outras. Item correto. Sempre buscamos o alinhamento total da coluna, assim como do corpo como um todo,
em todos os movimentos do dia a dia. A coluna neutra (alinhamento correto) deve ser estimulada sempre.

Gabarito: A.

46. FAFIPA - PREF. CAMPO MAGRO/PR - 2016

Sobre a espondilolistese, assinale a alternativa CORRETA.

(A) É o deslocamento de um corpo vertebral em relação aquele imediatamente abaixo.

(B) Ocorre curvatura lateral da coluna vertebral no plano frontal.

(C) Aumento da fragilidade óssea.

(D) É uma cifose torácica aumentada.

Comentários: Essa foi tranquila. Nós sabemos que a espondilolistese é o deslocamento de um corpo
vertebral em relação aquele imediatamente abaixo. Letra A.

Gabarito: A.

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47. GESTÃO CONCURSOS- PREF. ARANTINA/MG - 2016

A seguir são citadas intervenções utilizadas no tratamento da coluna lombar. Assinale a alternativa
incorreta:

(A) O Método Mackenzie para tratamento da coluna vertebral envolve exercícios ativos e passivos usados
no início, no meio e no final das amplitudes de flexão, extensão do tronco e deslizamentos laterais.

(B) Nos exercícios de flexão de Williams em alguns casos o objetivo principal é reduzir a compressão da raiz
nervosa.

(C) Os exercícios de alongamento aplicados em indivíduos com suspeita de instabilidade devem ser aplicados
com cautela principalmente aqueles que promovem flexão lombar de final de amplitude.

(D) Os exercícios aeróbios devem sempre ser suspensos durante o tratamento.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) O Método Mackenzie para tratamento da coluna vertebral envolve exercícios ativos e passivos usados
no início, no meio e no final das amplitudes de flexão, extensão do tronco e deslizamentos laterais. Item
correto. Esse método é composto de movimentos repetidos em ADM máxima, posições sustentadas e
mobilizações; ativos e passivos.

(B) Nos exercícios de flexão de Williams em alguns casos o objetivo principal é reduzir a compressão da raiz
nervosa. Item correto. Não falamos sobre esses exercícios, mas são realizados quando há conexão entre
músculos abdominais fracos e lombalgia ou encurtamento de eretores espinhais e lombalgia. Dependendo
do caso, o objetivo é reduzir a compressão da raiz nervosa. Observem na figura quais são esses exercícios:

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(C) Os exercícios de alongamento aplicados em indivíduos com suspeita de instabilidade devem ser aplicados
com cautela principalmente aqueles que promovem flexão lombar de final de amplitude. Item correto. Em
casos de instabilidade qualquer movimento deve ser realizado com cautela. Principalmente nos exercícios
no final da ADM de flexão lombar porque ocorre uma redução dos reflexos da atividade muscular
paraespinhal = fenômeno do relaxamento da flexão.

(D) Os exercícios aeróbios devem sempre ser suspensos durante o tratamento. Item errado. Dependendo do
caso não é necessário suspender os exercícios aeróbios. Essa é a resposta da questão.

Gabarito: D.

48. LEGALLE CONCURSOS - Pref. Nova Esperança do Sul/ RS – 2015

Dor lombar com defesa muscular; postura fletida e desvio para o lado oposto ao lado sintomático;
sintomas neurológicos nos dermátomos e miótomos correspondentes; aumento dos sintomas (avançando
para a periferia) com posturas sentadas fletidas prolongadas, na transição de sentado para bipedestação,
ao tossir e ao esforçar-se; mobilidade nervosa limitada, como ao fazer a elevação da perna estendida
(normalmente entre 30º e 60º) e sintomas que avançam para a periferia durante testes repetidos de flexão
da coluna. Estes são sinais e sintomas comuns relacionados à:

(A) Protusões discais na coluna cervical.

(B) Lesão do menisco medial.

(C) Protusões discais na coluna lombar.

(D) Contratura de músculos e tecidos moles das costas.

(E) Patologia das articulações facetárias.

Comentários: Todos os sintomas são específicos de compressão neural lombar que irradiam para a periferia
com o teste de Laségue (elevação da perna estendida). Dentre as opções, o que causa a compressão neural
especificamente lombar (exame físico descrito no enunciado), pode ser por uma protrusão discal na coluna
lombar. Assim como, as posturas sentadas fletidas prolongadas, na transição de sentado para bipedestação,
ao tossir e ao esforçar aumentam os sintomas neurológicos nas regiões dos dermátomos e miótomos. Nisso
já suspeitamos que tem alguma compressão da raiz neural lombar por hérnia discal, pois esses movimentos
empurram o núcleo pulposo posteriormente.

A letra A e B não tem relação direta. As patologias das articulações facetarias lombares (faltou completar
com a palavra lombar também) geralmente causam dor lombar, podendo ter irradiação até a região
posterior da coxa, porém piora com a hiperextensão da coluna e melhora com a flexão. Normalmente,
contratura de músculos e tecidos moles das costas não causam todos esses sintomas neurológicos descritos.

Gabarito: C

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49. FAFIPA - PREF. CAMPO MAGRO/PR – 2016

Assinale a alternativa que alivia os sintomas da lombalgia.

(A) Dormir de barriga para baixo.

(B) Má postura no trabalho.

(C) Aumento do peso corporal.

(D) Alongamento.

Comentários: Essa questão foi bem tranquila. Claro que é a letra D. O restante são fatores que aumentam a
dor lombar. Essa figura abaixo mostra os efeitos das posições do corpo sobre a pressão interna do disco
intervertebral entre as vértebras L3 e L4. A partir disso, entendemos o que pode aumentar a dor lombar,
pelo aumento na pressão nos discos intervertebrais. Percebam que a pressão nos DIV é maior que quando
em posição ortostática.

Gabarito: D.

50. FCC - TRT 23ª - 2016

Na orientação de hábitos posturais saudáveis, a orientação que provocará menor pressão intradiscal
durante a postura deitada é

(A) semi-sentado.

(B) em prono.

(C) de lado.

(D) em prono, com as costas estendidas e apoiadas nos cotovelos.

(E) em supino.

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Comentários: Acabamos de ver que é em supino. Letra E.

Gabarito: E.

51. FCC - TRT 13ª - 2014

Um trabalhador, que realiza a sua atividade levantando pesos, procurou o setor de fisioterapia para saber
se a utilização de cintos lombares ajudaria a prevenir dores na coluna. O fisioterapeuta Paulo respondeu
que

(A) os cintos lombares auxiliam na prevenção de dores lombares e deve ser recomendada a sua utilização.

(B) a eficiência dos cintos lombares é moderada e pode ser recomendada a sua utilização.

(C) o uso de cintos não é recomendado para prevenção de lombalgia.

(D) a eficiência dos cintos lombares é grande e pode ser recomendada a sua utilização.

(E) a eficiência dos cintos lombares é pequena e a sua utilização deve ser feita em trabalhos específicos de
levantamento de peso

Comentários: Cintos lombares não são recomendados para a prevenção da lombalgia. Para a prevenção são
os exercícios de estabilização lombopélvica, reeducação postural, assim como, educação do paciente das
posturas do dia-a-dia (como levantar peso do chão, etc).

Gabarito: C.

52. AOCP - EBSERH – Nacional - 2015

A escoliose é uma deformidade em curva da coluna vertebral, podendo ou não ser acompanhada de
rotação das vértebras, a chamada “giba”. Em uma escoliose em C, com concavidade à esquerda, pode-se
notar que:

(A) a musculatura do lado da concavidade está alongada.

(B) a musculatura do lado da concavidade está encurtada.

(C) a musculatura do lado da concavidade e da convexidade está normal.

(D) a musculatura do lado da concavidade e da convexidade está encurtada.

(E) a musculatura do lado da convexidade está encurtada.

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Comentários: A maioria dos autores e na prática, a escoliose só pode ser chamada de escoliose depois de
uma radiografia panorâmica em que tenha a rotação das vértebras, mas a banca não considera isso. Mas
vamos seguir.... Como vimos na aula o lado convexo os músculos estão alongados e do lado côncavo estão
encurtados. Letra B.

Gabarito: B

53. CESPE – SESA/ES – 2013

Um paciente com quarenta e dois anos de idade, motorista de ônibus, com jornada de trabalho diária de
sete horas, sedentário, com sobrepeso do tipo 1, apresentando quadro de lombalgia funcional, poderá ter
como consequência da postura sentada por longo período:
==1ecfe7==

(A) diminuição da pressão sobre os ísquios.

(B) diminuição da pressão vascular dos membros inferiores.

(C) retropulsão cervical e aumento da lordose lombar.

(D) aumento da expansão diafragmática.

(E) flacidez dos músculos abdominais.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) diminuição da pressão sobre os ísquios. Item errado. Terá aumento da pressão sobe os ísquios.

(B) diminuição da pressão vascular dos membros inferiores. Item errado. Terá aumento também.

(C) retropulsão cervical e aumento da lordose lombar. Item errado. Irá depender de como está
permanecendo sentado.

(D) aumento da expansão diafragmática. Item errado. Depende da posição.

(E) flacidez dos músculos abdominais. Item correto. Permanecer sentado por um longo período sempre terá
como consequência a flacidez dos músculos abdominais.

Gabarito: E

54. FCC -– TRT 3º- 2015

A Espondilolistese ístmica

(A) ocorre por uma instabilidade intersegmental de longa data.

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(B) ocorre em L5-S1, com defeitos de fusão do arco neural ocorrendo nas vértebras superiores do sacro e
também em L5.

(C) ocorre pela falha mecânica de um istmo aparentemente normal e ocorre mais frequentemente no nível
de L5 (Espondilólise).

(D) é o tipo mais comum e é causada por um defeito na ossificação da parte interarticular.

(E) é causada por fraturas em áreas de gancho do osso que não a parte.

Comentários: A espondilolistese ístmica é um defeito na ossificação da parte interarticular, como vimos.

Gabarito: D

55. FCC – TRT 3º REGIÃO - 2016

É uma patologia lombar considerada emergência cirúrgica absoluta:

(A) Ciática que não responde ao tratamento conservador por, pelo menos, seis semanas.

(B) Síndrome da cauda equina.

(C) Ciática que não responde ao tratamento conservador e apresenta déficit motor maior que grau 3.

(D) Ciática com dor radicular associada à estenose óssea foraminal.

(E) Ciatalgia crônica.

Comentários: Pessoal, coloquei essa questão para complementar mais o estudo da dor lombar. Quando
temos a lombalgia por causa mecânica comum é sempre realizado o tratamento conservador como primeira
opção.

Em hérnia discal, a cirurgia é indicada em casos de déficit neurológico grave agudo (menos de 3 semanas),
com ou sem dor; na lombociatalgia hiperálgica e, nas outras de menor intensidade, apenas para os pacientes
que não melhoram após 90 dias de adequado tratamento clínico. Porém não são cirurgias emergenciais. O
tratamento cirúrgico também pode ser realizado em espondilólise com espondilolistese, espondilolistese
degenerativa, lombociatalgia e claudicaçâo neurogênica devidas a canal estreito que não responderam ao
protocolo de tratamento conservador. Isso irá depende da severidade do caso, mas o médico que irá avaliar
se é necessário ou não.

Em quais situações são indicadas cirurgias emergenciais? Na síndrome da cauda equina e lombalgias
infecciosas (espondilodiscites) com evolução desfavorável.

A Síndrome da cauda equina nada mais é que a perda total ou parcial das funções urinárias, intestinais ou
sexuais devido à compressão da cauda equina. Além disso, paresia dos membros inferiores.

Gabarito: B.

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56. AOCP – EBSERH/UFPA - 2016

Paciente, 50 anos, foi diagnosticada com espondilolistese degenerativa. Ao realizar avaliação com o
fisioterapeuta, foi detectada dor lombar sem sinais neurológicos associados. Qual é o prognóstico de
tratamento para o caso?

(A) Ruim, pois os sintomas raramente desaparecem e geralmente evoluem para tratamento cirúrgico.

(B) Bom, no início, porém a maioria dos pacientes com o mesmo quadro evoluem para cirurgia.

(C) Ruim, devido à idade da paciente a reabilitação fica dificultada.

(D) Bom, já que estudos mostram que a grande parte dos pacientes com o mesmo quadro ficam bem
realizando apenas o tratamento conservador.

(E) Incerto, pois faltam informações para definir o quadro da paciente.

Comentários: A espondilolistese degenerativa é secundária a processo degenerativo do disco ou articulação


intervertebral. Se não há sinais neurológicos temos um bom prognóstico. Esses pacientes respondem muito
bem ao tratamento conservador, poucos necessitam de cirurgia posteriormente (se realizar o tratamento
correto).

Gabarito: D.

57. FCC – TRT 13º - 2014

Carlos Eduardo, 35 anos, apresenta cervicalgia há cerca de 24 meses. Ontem acordou com torcicolo. O
tratamento na primeira semana consiste em:

(A) exercícios passivo, ativo-assistido e ativo livre para manter a amplitude de movimento e flexibilidade;
exercícios de relaxamento; exercícios resistidos para a musculatura agonista.

(B) apenas exercícios passivo, ativo-assistido e ativo livre para manter a amplitude de movimento e
flexibilidade.

(C) exercícios passivo, ativo-assistido e ativo livre para manter a amplitude de movimento e flexibilidade;
exercícios de relaxamento; exercícios resistidos para a musculatura antagonista.

(D) apenas exercícios resistidos para a musculatura antagonista.

(E) apenas exercícios de relaxamento.

Comentários: No enunciado está escrito que o paciente está há 24 meses com cervicalgia, já é uma dor
crônica. Cuidado com as palavras exclusivas, como “apenas”. Agora vejamos as assertivas:

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(A) exercícios passivo, ativo-assistido e ativo livre para manter a amplitude de movimento e flexibilidade;
exercícios de relaxamento; exercícios resistidos para a musculatura agonista. Item errado. Exercícios
resistidos para a musculatura agonista irá aumentar a tensão muscular no local, aumentando a dor.

(B) apenas exercícios passivo, ativo-assistido e ativo livre para manter a amplitude de movimento e
flexibilidade. Item errado. Apenas não. Podemos utilizar vários recursos.

(C) exercícios passivo, ativo-assistido e ativo livre para manter a amplitude de movimento e flexibilidade;
exercícios de relaxamento; exercícios resistidos para a musculatura antagonista. Item correto. Podemos
utilizar exercícios resistidos para a musculatura antagonista, agonista não.

(D) apenas exercícios resistidos para a musculatura antagonista. Item errado. Apenas não. Podemos utilizar
vários recursos.

(E) apenas exercícios de relaxamento. Item errado. Apenas não. Podemos utilizar vários recursos.

Gabarito: C.

58. IMA –PREF. SÃO JOSÉ DO PEIXE/PI - 2016

O torcicolo é uma torção do pescoço na qual a cabeça fica inclinada para um lado, enquanto o queixo fica
virado para o outro. Trata-se da rigidez do pescoço devido à hipertonicidade dos músculos cervicais,
podendo ser causada por tensão emocional, sobrecarga física, trauma por deslocamento súbito,
permanência na mesma posição por períodos prolongados. Esse, pode-se classificar, como:

(A) Torcicolo Espúrio;

(B) Torcicolo Congênito;

(C) Torcicolo Espasmódico;

(D) Torcicolo Sintomático.

Comentários: Esse é o tipo espasmódico ou adquirido. O torcicolo espúrio ocorre devido a fraturas ou
degenerações nas vértebras cervicais. O congênito é o que já vem desde o nascimento. O torcicolo
sintomático não existe como classificação.

Gabarito: C.

59. IADES - SEAP/ SES/DF - 2014

Considere os achados radiológicos a seguir, relativos ao exame de um paciente que se apresentou para
atendimento ambulatorial de fisioterapia. Sequência da coluna nos vários planos ortogonais, sem
administração de meio de contraste. Os discos intervertebrais de T4 a T10 apresentam desidratação e
redução da espessura. São evidenciados nódulos de Schmorl. Os neuroforames são livres.

Nesse caso hipotético, o possível diagnóstico é

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(A) espondiloartrose.

(B) espondilite anquilosante.

(C) hérnia discal torácica.

(D) mal de Pott.

(E) doença de Scheuermann.

Comentários: O enunciado diz: os discos intervertebrais de T4 a T10 apresentam desidratação e redução da


espessura. São evidenciados nódulos de Schmorl. Agora, vejamos as assertivas:

(A) espondiloartrose. Achados radiológicos na espondiloartrose: diminuição do espaço articular, presença de


osteófitos, esclerose subcondral. O diagnóstico de espondiloartrose não inclui nódulos de Schmorl. Além
disso, não especificou que é espondiloartrose torácica.

(B) espondilite anquilosante. Nessa patologia, o sinal radiográfico mais importante é a sacroileíte.
Estudaremos na aula de Reumatologia. Item errado.

(C) hérnia discal torácica. A hérnia de disco é mais bem diagnosticada pela ressonância magnética, não pela
radiografia, pois pela radiografia não é possível visualizar os disco intervertebrais. Além disso, os nódulos de
Schmorl não são indicativos de hérnia de disco.

(D) mal de Pott ou tuberculose vertebral. A visualização de alterações no estudo radiológico raramente
ocorre antes de 8 semanas da evolução da doença. Alterações radiológicas associadas com espondilite
tuberculosa incluem rarefação óssea dos platôs dos corpos vertebrais, diminuição dos espaços
intervertebrais, acunhamento anterior, formação de abscesso paravertebral, além da destruição da
arquitetura óssea. Além disso, os nódulos de Schmorl não são indicativos dessa patologia.

(E) doença de Scheuermann. Como vimos, os nódulos de Schmorl podem estar presentes nessa patologia. E
essa patologia acomete a região torácica.

Gabarito: E.

60. AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - 2014

Em relação às anormalidades posturais, assinale a alternativa correta.

(A) A gibosidade corresponde a uma rotação vertebral. O corpo desloca-se para um dos lados, o lado da
rotação e a apófise transversa posterioriza-se.

(B) A escoliose estrutural é caracterizada pela presença de uma proeminência rotacional no lado côncavo da
curva. Nesta, as vértebras são rodadas no sentido da concavidade produzindo uma gibosidade.

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(C) A hiperlordose cervical é causada por estiramento dos músculos paravertebrais especialmente o
semiespinhal da cabeça.

(D) A escoliose é uma lateroextensão lombar com rotação para o lado oposto.

(E) A retificação cervical é causada pelo estiramento dos músculos pré-vertebrais.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) A gibosidade corresponde a uma rotação vertebral. O corpo desloca-se para um dos lados, o lado da
rotação e a apófise transversa posterioriza-se. Item correto. O corpo desloca-se para um dos lados, o lado
da rotação. Desse lado, a apófise transversa posterioriza-se. Na região dorsal, as apófises transversas
posteriorizadas levam junto as costelas com as quais se articulam, na região lombar, e as apófises transversas
empurram a massa comum muscular para trás. Em ambas as regiões, isso corresponde a um aumento de
volume, a gibosidade.

(B) A escoliose estrutural é caracterizada pela presença de uma proeminência rotacional no lado côncavo da
curva. Nesta, as vértebras são rodadas no sentido da concavidade produzindo uma gibosidade. Item errado.
As vértebras são rodadas no sentido da convexidade produzindo uma gibosidade.

(C) A hiperlordose cervical é causada por estiramento dos músculos paravertebrais especialmente o
semiespinhal da cabeça. Item errado. A hiperlordose cervical é causada por encurtamento dos músculos
paravertebrais.

(D) A escoliose é uma lateroextensão lombar com rotação para o lado oposto. Item errado. A escoliose não
é isso, até porque não existe só escoliose lombar.

(E) A retificação cervical é causada pelo estiramento dos músculos pré-vertebrais. Item errado. O que
ocasionar a retificação cervical é a diminuição da flexibilidade dos músculos anteriores do pescoço (músculos
levantadores das escápulas, esternocleidomastóideo e escalenos). Isso na teoria, mas podem ter outras
causas, compensações.

Gabarito: A

61. AOCP - EBSERH/HUCAM-UFES - 2014

Assinale a alternativa que indica quais alterações posturais podem apresentar os pacientes portadores de
pés planos.

(A) Rotação externa tibial e femoral.

(B) Genu varo e genu recurvatum.

(C) Diminuição da lordose.

(D) Anteroversão dos ilíacos.

(E) Verticalização do sacro.

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Comentários:

Não vimos durante a aula sobre o posicionamento dos pés, deixei para explicar na questão. Os arcos dos pés
podem ser normais, cavos ou planos. Teoricamente, quando o arco é cavo, o pé fica supinado e joelhos em
varismo. Já quando o arco é plano, o pé fica pronado e os joelhos (genu) em valgismo.

Vejamos como fica o restante das articulações. Lembrando que teoricamente é assim, mas nem sempre na
prática o corpo reage dessa maneira, cada indivíduo é diferente.

Agora vejamos as assertivas (pé plano):

(A) Rotação externa tibial e femoral. Item errado. Rotação interna da tíbia sobre o fêmur.

(B) Genu varo e genu recurvatum. Item errado. Joelho valgo.

(C) Diminuição da lordose (aumento da lordose lombar). Item errado.

(D) Anteroversão dos ilíacos. Item correto.

(E) Verticalização do sacro. Item errado. Quando há retificação da lordose lombar, a tendência do sacro é
verticalizar.

Gabarito: D

62. AOCP - EBSERH/ HUSM-UFSM/RS - 2014

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Em relação às alterações posturais, é correto afirmar que:

(A) a cifose é uma condição cuja prevalência é maior na coluna cervical.

(B) o tipo de cifose descrita como dorso curvo consiste no aumento da inclinação pélvica (20°) com uma
cifose tóraco-lombar ou torácica.

(C) a escoliose é uma deformidade na qual existe uma ou mais curvaturas laterais na coluna lombar ou
torácica.

(D) o tipo de cifose descrita como corcunda trata-se de uma angulação anterior acentuada localizada
denominada giba.

(E) em uma escoliose estrutural, os corpos vertebrais rodam em direção à concavidade e tornam-se
deformados.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) a cifose é uma condição cuja prevalência é maior na coluna cervical. Item errado. A coluna cervical é
lordose, não cifose.

(B) o tipo de cifose descrita como dorso curvo consiste no aumento da inclinação pélvica (20°) com uma
cifose tóraco-lombar ou torácica. Item errado. Item errado. O dorso curvo é o mesmo que hipercifose
torácica. Essa alteração é apenas observada na vista lateral. Não tem a ver com inclinação pélvica com cifose
tóraco-lombar.

(C) a escoliose é uma deformidade na qual existe uma ou mais curvaturas laterais na coluna lombar ou
torácica. Item correto.

(D) o tipo de cifose descrita como corcunda trata-se de uma angulação anterior acentuada localizada
denominada giba. Item errado. Misturaram hipercifose torácica com escoliose como se fosse a mesma coisa,
mas não é.

(E) em uma escoliose estrutural, os corpos vertebrais rodam em direção à concavidade e tornam-se
deformados. Item errado. O corpo desloca-se para um dos lados, o lado da rotação = convexidade.

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Gabarito: C

63. AOCP – FUNDASUS – UBERLÂNDIA - 2016

Paciente, sexo masculino, 15 anos, com diagnóstico de hipercifose torácica, procura atendimento
fisioterapêutico. Basicamente, de forma simplificada, pode-se trabalhar na cinesioterapia

(A) alongamento da região lateral do tronco e fortalecimento da região anterior do tronco.

(B) alongamento da região posterior do tronco e fortalecimento da região lateral do tronco.

(C) alongamento da região anterior do tronco e fortalecimento dos músculos rotadores do tronco.

(D) alongamento da região posterior do tronco e fortalecimento da região anterior do tronco.

(E) alongamento da região anterior do tronco e fortalecimento da região posterior do tronco.

Comentários: Não falamos especificamente da hipercifose torácica, mas como qualquer alteração postural,
temos que pensar nas possibilidades que causaram essa alteração. Nessa questão apenas pediram o que
poderia ser alongado para o tratamento da hipercifose torácica. Essa alteração nada mais é que o aumento
da curvatura torácica no plano sagital.

Como podemos ver pela figura, temos que alongar a musculatura anterior do tronco e
fortalecer a musculatura posterior do tronco. Esse é o básico. Claro que na prática clínica tem
várias variáveis para serem avaliadas e tratadas.

Gabarito: E.

64. IDECAN - PREFEITURA MUNICIPAL DE MIRAÍ – 2016

A postura é composta das posições de todas as articulações do corpo em um dado momento e o


alinhamento postural estático é mais bem descrito em termos de posições das várias articulações e
segmentos do corpo. A postura pode ser descrita, também, em termos de equilíbrio muscular. Para avaliar
e tratar problemas posturais é necessária uma compreensão de princípios básicos relacionados ao
alinhamento, articulações e músculos. Assinale a afirmativa INCORRETA relacionada a estes
conhecimentos.

(A) A fraqueza muscular não permite separação das partes onde o músculo está inserido.

(B) O encurtamento muscular mantém bem próximas as partes onde o músculo está inserido.

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(C) A fraqueza de alongamento pode ocorrer em músculos uniarticulares que permanecem em condição
alongada.

(D) Uma avaliação das posições articulares indica quais músculos estão em posição alongada e quais estão
em posição encurtada.

Comentários: Vejamos as assertivas e identificar qual é a INCORRETA:

(A) A fraqueza muscular não permite separação das partes onde o músculo está inserido. Item errado. Claro
que a fraqueza muscular permite a separação das partes onde o músculo está inserido.

(B) O encurtamento muscular mantém bem próximas as partes onde o músculo está inserido. Item correto.
A maneira com que escreveram está um pouco “exagerada”, mas o encurtamento muscular aproxima as
inserções proximal e distal do músculo.

(C) A fraqueza de alongamento pode ocorrer em músculos uniarticulares que permanecem em condição
alongada. Item correto. Esses músculos se mantem na posição alongada, demonstrando fraqueza aos testes
devido a uma mudança na curva comprimento-tensão. Apenas para complementar, também temos a
fraqueza por encurtamento, em que o músculo tem a diminuição da força muscular quando testado em
alongamento. Quando esse músculo é testado em posição encurtada, tem a força muscular normal (grau 5).
Lembre-se que tem a fraqueza de alongamento e a fraqueza de encurtamento muscular.

(D) Uma avaliação das posições articulares indica quais músculos estão em posição alongada e quais estão
em posição encurtada. Item correto. É o que avaliamos com a postura corporal. Só de analisar já temos uma
hipótese de quais músculos estão gerando as alterações. Após é necessário realizar testes para confirmar
qual está encurtado e qual está alongado.

Gabarito: A.

65. CETRO - AHM - 2015

Leia o texto abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as
lacunas. A postura pode ser uma apresentação de várias colunopatias que devem ser analisadas
minuciosamente. Os ombros e a pelve devem ser nivelados e os ossos, assim como os tecidos moles de
ambos os lados, devem ser simétricos. Quando o paciente está em pé, a inclinação para um dos lados pode
sugerir _____________. Em visão lateral, a presença de uma discreta ______________ lombar é
_____________. Eventualmente, uma ____________ acentuada (deformidade de Gibbus) pode estar
presente.

(A) escoliose/ lordose/ normal/ cifose

(B) cifose/ lordose/ anormal/ retificação

(C) escoliose/ retificação/ normal/ cifose

(D) lordose/ escoliose/ anormal/ cifose

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Comentários: Quando o paciente está em pé, a inclinação para um dos lados pode sugerir escoliose. Só pode
ser escoliose, pois é a única alteração das citadas que possui inclinação, as outras (cifose e lordose) são
curvaturas normais da coluna.

Em visão lateral, a presença de uma discreta lordose lombar é normal. As únicas opções são:

- Lordose normal – correto. Curvatura lordose lombar é normal.

- Lordose anormal – errado.

- Retificação normal – A retificação lombar é anormal, é uma alteração.

- Escoliose anormal – não avaliamos escoliose na vista lateral. Errado.

Eventualmente, uma cifose acentuada (deformidade de Gibbus) pode estar presente. Cifose só pode ser
torácica. Item correto. Hipercifose torácica exagerada: deformidade de Gibbus. Letra A.

Gabarito: A.

55. CETREDE – PREFEITURA DE AQUIRAZ/CE - 2017

O ombro é uma articulação bastante complexa e a mais móvel de todo o corpo humano. Entretanto, é
considerado pouco estável por sua anatomia articular, especialmente na articulação glenoumeral. Por esse
motivo, qualquer alteração que comprometa sua estrutura e função faz com que esse complexo articular
seja alvo de inúmeras afecções, sendo a síndrome do impacto a mais comum em indivíduos adultos.

Sobre a fisioterapia no tratamento da síndrome de impacto, marque a opção INCORRETA.

(A) A reabilitação deve ser realizada com duração máxima de três meses, devendo optar-se pelo tratamento
cirúrgico sempre que não apresente melhora do quadro neste período.

(B) Alguns fatores como idade, protocolo utilizado, tipo de atividades realizadas no trabalho e esporte e
variações anatômicas do acrômio podem interferir no tempo ou nos resultados do tratamento. Contudo,
uma intervenção fisioterapêutica adequada e precoce, associada a um programa de reeducação e orientação
do paciente, que enfatize mudanças de hábitos esportivos ou readaptações profissionais, é imprescindível
para sucesso nos resultados.

(C) O tratamento fisioterapêutico na fase inicial tem como objetivo a redução ou abolição da dor e diminuição
do processo inflamatório instalado, sendo importante evitar exercícios exagerados que possam agravar
ainda mais o quadro agudo.

(D) Após alívio da dor e redução do processo inflamatório agudo, os exercícios para ganho de ADM e melhora
da flexibilidade dos músculos rotadores laterais e mediais do ombro e romboides devem ser inseridos no
programa de reabilitação.

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(E) A evolução do tratamento fisioterapêutico deve enfatizar atividades de reforço muscular dos
estabilizadores da escápula, pois a fraqueza persistente desse grupo muscular manterá alterado o ritmo
escapuloumeral, favorecendo, assim, a impactação subacromial contínua.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) A reabilitação deve ser realizada com duração máxima de três meses, devendo optar-se pelo tratamento
cirúrgico sempre que não apresente melhora do quadro neste período. Item errado. Não temos como
determinar esse prazo. Tudo depende de cada caso. Resposta da questão.

(B) Alguns fatores como idade, protocolo utilizado, tipo de atividades realizadas no trabalho e esporte e
variações anatômicas do acrômio podem interferir no tempo ou nos resultados do tratamento. Contudo,
uma intervenção fisioterapêutica adequada e precoce, associada a um programa de reeducação e orientação
do paciente, que enfatize mudanças de hábitos esportivos ou readaptações profissionais, é imprescindível
para sucesso nos resultados. Item correto.

(C) O tratamento fisioterapêutico na fase inicial tem como objetivo a redução ou abolição da dor e diminuição
do processo inflamatório instalado, sendo importante evitar exercícios exagerados que possam agravar
ainda mais o quadro agudo. Item correto. Sempre pensar nisso.

(D) Após alívio da dor e redução do processo inflamatório agudo, os exercícios para ganho de ADM e melhora
da flexibilidade dos músculos rotadores laterais e mediais do ombro e romboides devem ser inseridos no
programa de reabilitação. Item correto.

(E) A evolução do tratamento fisioterapêutico deve enfatizar atividades de reforço muscular dos
estabilizadores da escápula, pois a fraqueza persistente desse grupo muscular manterá alterado o ritmo
escapuloumeral, favorecendo, assim, a impactação subacromial contínua. Item correto. Esse é o objetivo da
reabilitação a longo prazo. Sempre pensar no ritmo escapuloumeral.

Gabarito: A.

56. IADES – ALEGO - 2019

Considere a função muscular de um paciente que apresenta o quadro de síndrome dolorosa do ombro de
natureza microtraumática e degenerativa, caracterizada por tendinite de manguito rotador, podendo
haver ruptura total ou parcial de um ou mais tendões. Assinale a alternativa que indica os músculos que
devem ser testados impreterivelmente para a elaboração do tratamento fisioterapêutico.

(A) Somente os músculos do manguito rotador.

(B) Deltóide, peitoral maior, trapézio, bíceps e tríceps braquial.

(C) Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor, subescapular, deltóide, peitoral maior, trapézio, bíceps e
tríceps braquial.

(D) Deltóide, peitoral maior, grande dorsal, trapézio, bíceps e tríceps braquial.

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(E) Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor, subescapular, trapézio, rombóides e serrátil anterior.

Comentários:

Vejamos as assertivas:

(A) Somente os músculos do manguito rotador. Item errado. Temos que avaliar os músculos que interferem
na biomecânica do ombro/ escápula. Relembrando que os músculos do manguito rotador são:
supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor. Esses músculos devem ser testados, ou seja,
precisam estar nas próximas assertivas.

(B) Deltóide, peitoral maior, trapézio, bíceps e tríceps braquial. Item errado. Sem os músculos do manguito
rotador.

(C) Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor, subescapular, deltóide, peitoral maior, trapézio, bíceps e
tríceps braquial. Item errado. O deltóide, peitoral maior e tríceps braquial não são essenciais nesse caso.

(D) Deltóide, peitoral maior, grande dorsal, trapézio, bíceps e tríceps braquial. Item errado. Sem os músculos
do manguito rotador.

(E) Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor, subescapular, trapézio, rombóides e serrátil anterior. Item
correto. Esses músculos são essenciais para avaliar o impacto e a discinesia escapular. Relembrando que os
músculos principais responsáveis pela estabilização e rotação da escápula são: trapézio, rombóides, elevador
da escápula e serrátil anterior. Os músculos extrínsecos do ombro: deltóide, bíceps braquial e tríceps. E os
músculos intrínsecos do ombro: manguito rotador.

Gabarito: E.

57. IADES – RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL SES/DF - 2018

O paciente E.G., 34 anos de idade, policial militar, relata que, no curso de formação na academia de polícia,
sofreu queda sobre o ombro direito durante treinamento de luta. Procurou atendimento de emergência
hospitalar e, no exame físico, inspeciona-se deformidade na articulação acromioclavicular. O paciente
segura com mão contralateral o membro superior lesionado sobre o tórax e refere dor no ombro direito;
apresenta pressão arterial de 120 mmHg x 80 mmHg, frequência cardíaca de 80 bpm e saturação de
oxigênio de 92%. No pronto atendimento, foi realizado exame de imagem, conforme figura apresentada.

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Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir.

De acordo com a classificação de Alman-Tossy, essa lesão pode ser classificada como grau I com
distensão ou ruptura parcial do ligamento acromioclavicular e glenoumeral superior.

Comentários: Podemos classificar as lesões desta articulação em tipos de I a VI, em função da extensão da
lesão e do número de ligamentos envolvidos, segundo Rockwood (mais utilizado).

Já a classificação de Alman-Tossy descreve 3 graus apenas. Única diferença que os graus IV, V e VI de
Rockwood são englobados no grau III de Alman-Tossy.

Abaixo a classificação de Rockwood:

TIPO DE LESÃO CARACTERÍSTICAS


Distensão isolada dos ligamentos acromioclaviculares. O restante das
estruturas intactas.

Sensibilidade e dor leve na articulação acromioclavicular.

Arco doloroso alto (160º a 180º).

Tratamento conservador (geralmente os médicos optam por imobilização


inicialmente).

Movimento com dor (geralmente): adução resistida.

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Tratamento fisioterapêutico: depende da evolução e da fase da lesão, podendo


incluir gelo (aguda), exercícios de ADM, exercícios isométricos, resistidos
progressivos, etc.

Geralmente, os tipos I e II resultam de uma queda ou pancada sobre a região


lateral do ombro ou de uma queda sobre a mão estendida, produzindo a
torção. Geralmente o tipo I e II que ocorre em atletas imaturos. Quando ocorre
o tipo II é comum romper o periósteo clavicular posterior. Nesse último caso,
os ligamentos coracoclaviculares e acromioclaviculares comumente
permanecem intactos.
Ligamento acromioclavicular rompido.

Torção do ligamento coracoclavicular.

Pode ter uma leve separação vertical em comparação com o ombro não
lesionado.

Dor local moderada a grave. Também há presença de sensibilidade no espaço


coracoclavicular.

Movimento com dor (geralmente): abdução com e sem resistência.

Tratamento fisioterapêutico: segue a mesma ideia das fases de cicatrização e


do tipo I. Lembre-se que sempre deve ser respeitada a dor do paciente.
Ligamento acromioclavicular e coracoclavicular rompidos; luxação da
articulação acromioclavicular e o ombro inferiormente luxado. Geralmente, os
músculos deltoide e trapézio estão separados da extremidade distal da
clavícula.

Em paciente <13 anos pode estar associada a fratura da clavícula.

Espaço coracoclavicular 25% a 100% maior do que no ombro normal.

Todos os movimentos ativos são dolorosos (mais na abdução).

Fenômeno tecla-de-piano está presente, após empurrar a clavícula para baixo,


clavícula salta para cima, para a sua posição original.

Tratamento conservador ou cirúrgico? Ainda há controvérsias referentes a


isso.

O tratamento conservador seria a imobilização e após transcorrido esse tempo,


inicia a fisioterapia com exercícios pendulares, exercícios de ADM suaves
(inicialmente). Posteriormente, sem dor e com a ADM ativa total, podemos
iniciar com exercícios resistidos progressivos. Se o paciente não retornar às
atividades funcionais normalmente em três meses, pode ser considerado um
caso cirúrgico.

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Ligamento acromioclavicular rompido e coracoclaviculares totalmente


rompidos; luxação da articulação acromioclavicular; luxação da clavícula
posteriormente dentro ou através do músculo trapézio. Os músculos deltoide
e trapézio estão separados da extremidade distal da clavícula.

Dor grave.

Tratamento cirúrgico.

O pós-operatório segue as fases de cicatrização, respeitando a dor do paciente


e os sinais/sintomas encontrados. Os tipos V e VI seguem esse mesmo
raciocínio = tratamento cirúrgico.
Ligamento acromioclavicular rompido e coracoclaviculares totalmente
rompidos; luxação da articulação acromioclavicular e disparidade significativa
entre a clavícula e a escápula de 300% a 500% do que o normal.

Os músculos deltoide e trapézio estão separados da extremidade distal da


clavícula.

Dor grave. Sensibilidade à palpação da metade lateral da clavícula.


Ligamento acromioclavicular rompido e coracoclaviculares totalmente
rompidos; luxação da articulação acromioclavicular e clavícula luxada
inferiormente ao processo coracóide e posteriormente aos tendões do bíceps
e do coracobraquial.

Os músculos deltoide e trapézio estão separados da extremidade distal da


clavícula.

A região do ombro afetado é mais plana do que do ombro não afetado.


Podendo ocorrer fraturas associadas da clavícula e/ou das costelas superiores
e/ou ainda lesões do plexo braquial.

Dor grave.

A classificação de Alman-Tossy:

Grau I: pouca lesão de ligamentos, não há separação de ossos. Pela radiografia já sabemos que não pode ser
grau I, pois há separação dos ossos.

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Radiogradia Normal

Fonte: https://radiopaedia.org

Grau I

Fonte: https://radiopaedia.org

Grau II: Ruptura parcial dos ligamentos, não completa. Ao esforço, articulação apresenta dor e instabilidade.

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Grau III: ligamentos completamente rompidos, com separação completa dos ossos, e deformidade visível.
Esse é o grau correto da radiografia da questão.

Gabarito: Errado.

58. No exame clínico, espera-se o teste de sinal de tecla positivo.

Comentários: Como vimos, o grau III de Alman-Tossy equivale aos graus III, IV, V e VI de Rockwood. Vimos
que no grau III de Rockwood há a presença do sinal de tecla (após empurrar a clavícula para baixo, clavícula
salta para cima, para a sua posição original).

Gabarito: Certo.

59. O comprometimento funcional mais comum nesse tipo de lesão é a limitação na amplitude de
movimento de adução e abdução horizontal do ombro.

Comentários: Só nos lembrarmos dos movimentos da articulação acromioclavicular e a lesão. Os


movimentos com maior comprometimento são adução e abdução horizontal do ombro. Também poderá ter
algum prejuízo na elevação total do ombro. Isso irá depender da gravidade e da fase de cicatrização do caso.
Normalmente a limitação é pela dor.

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Gabarito: Certo.

60. Para fornecer mais conforto e alívio de dor para esse paciente, a órtese mais indicada para esse tipo de
lesão é uma tipoia com manguito umeral tipo Velpeau.

Comentários: Assunto controverso. Nos graus I e II as literaturas citam um breve período de imobilização
com uma tipoia americana ou funcional para suportar o peso do membro superior e limitar o estresse nos
ligamentos coracoclaviculares, fornecendo maior conforto. A tipoia tipo Velpeau pode ser utilizada nesses
graus. Já para o Grau III há controvérsias entre o tratamento conservador (incluindo a tipoia) e o tratamento
cirúrgico.

Figura: Tipoia Velpeau Mercur®

Gabarito: Errado.

61. No caso de uma iminente falha no tratamento conservador e se a equipe médica optar por um
tratamento cirúrgico com fixação cruenta de placa e parafuso, está indicado, na fase aguda, o uso de
diatermia por ondas curtas contínuas com técnica coplanar por 15 minutos de aplicação.

Comentários: A diatermia por Ondas Curtas é contraindicada nesses casos. Relembrando as


contraindicações: Marcapassos implantados; metal nos tecidos ou fixadores externos; Sensação térmica
comprometida; Pacientes não cooperativos; Gestação; Áreas hemorrágica; Tecido isquêmico; Neoplasia;
Tuberculose ativa; Trombose venosa recente; Processos infecciosos; Pirexia do paciente; Crânio e Região do
olhos (opacifica o cristalino); Região precordial; Gônadas; Epífises de crescimento ósseo; Áreas da pele
afetadas por aplicações de raios-X; presença de DIU (não utilizar em região de baixo ventre); insuficiência
cardíaca; estado febril; osteoporose/osteopenia; patologias com tendências hemorrágicas.

Gabarito: Errado.

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62. Para prevenir restrições na amplitude de movimento articular, devem-se instituir na cinesioterapia
exercícios de amplitude de movimento (ADM) de ombro, tração e deslizamentos grau II na articulação
glenoumeral.

Comentários: Os exercícios de ADM e tração sabemos que podemos fazer. O que pode gerar dúvida é o grau
do deslizamento. Vamos relembrar os graus de deslizamento:

Grau 1 – São realizadas oscilações rítmicas de pequena amplitude no início da amplitude.

Grau 2 – São realizadas oscilações de grande amplitude dentro da amplitude existente, não atingindo o
limite.

Grau 3 – São realizadas oscilações rítmicas de grande amplitude até o limite da mobilidade existente, e
forçadas na resistência do tecido.

Grau 4 – São realizadas oscilações rítmicas de pequena amplitude no limite da mobilidade existente e
forçadas na resistência do tecido.

Grau 5 – É feita uma técnica de tranco com pequena amplitude e alta velocidade para soltar adesões no
limite da mobilidade disponível.

Os graus 1 e 2 são usados primariamente para tratar articulações limitadas pela dor. As oscilações podem
ter um efeito inibitório na percepção dos estímulos dolorosos pela estimulação repetitiva de
mecanorreceptores que bloqueiam as vias nociceptivas a nível da medula espinhal e tronco cerebral.
Também servem para movimentar o líquido sinovial para melhorar a nutrição da cartilagem. Os graus 3 e 4
são primariamente usados como manobras de alongamento.

Diante disso, podemos utilizar esses recursos nesse caso.

Gabarito: Certo.

63. São achados comuns nesses pacientes aumento de tensão cervical e discinesia escapular, além da
possibilidade de síndrome do desfiladeiro torácico.

Comentários: Pela região que o paciente apresenta a lesão, pelos músculos envolvidos nessa região, já
sabemos que pode haver o aumento da tensão cervical, discinesia escapular e síndrome do desfiladeiro
torácico. Vejamos abaixo mais sobre a Síndrome do Desfiladeiro Torácico.

SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO: ocorre pela compressão de estruturas neurais e anatômicas que
passam pelo desfiladeiro torácico (primeira costela torácica, clavícula e a borda superior da escápula). Dentre
as estruturas mais comumente comprimidas e responsáveis pelos sintomas desta síndrome estão o plexo
braquial e a artéria e a veia subclávia.

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Gabarito: Certo.

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O paciente L.R.G., 47 anos de idade, comissário de bordo de companhia aérea, relata que, há dois meses,
ao levantar uma mala pesada de passageiro para colocá-la no compartimento superior do avião, sentiu
uma “fisgada” no ombro direito. A partir de então, refere dor no ombro e limitação para os movimentos
de flexão e abdução. Procurou atendimento em médico ortopedista especialista em ombro, que
diagnosticou tendinopatia inflamatória pelo exame clínico e pelo exame de imagem. Na palpação,
apresenta dor em região subacromial grau 8 pela escala analógica visual. No exame de ressonância nuclear
magnética, identifica-se coleção de líquido intrasubstancial em tendão do supraespinhal e infraespinhal e
infiltrado em bursa subacromial. A respeito desse caso clínico e dos conhecimentos correlatos, julgue os
itens a seguir.

64. O acrômio tipo III, classificado como ganchoso, pode ser uma das causas da síndrome do impacto no
ombro.

Comentários: Vamos falar da Síndrome do Impacto do Ombro. Nada mais é que o impacto do tendão
supraespinhal, porção longa do bíceps e/ou bursa subacromial na borda anterior do acrômio e ligamento
coracoacromial, durante a elevação do membro superior.

Tem como etiologia:

Idade: mais comum em pessoas acima de 30 anos sem o fator de movimentos repetitivos;

Posição do braço durante as atividades: elevação do braço entre 60º e 90º tem maior translação superior da
cabeça do úmero, colocando uma alta demanda do manguito rotador para contrabalançar essa elevação.

Degeneração acromioclavicular (artrose). Comprimem o tendão do supraespinhal com o osteófito;

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Deformidade acromial (I, II, III). Classificação segundo Bigliani:

RESPOSTA DA QUESTÃO = CORRETA. TIPO III – GANCHOSO – PODE CAUSAR A SÍNDROME


DO IMPACTO UMERAL.

No caso do tipo III, a ponta do acrômio está voltada para os tendões do supraespinhoso, bíceps braquial
(porção longa) e bursa. Por isso ele está mais relacionado ao agravamento da Síndrome do Impacto.
Tratamento: acromioplastia e recuperação tendínea.

Quantidade de vascularização para o manguito rotador diminuído;

Prejuízo artrocinemático;

Retração da cápsula posterior;

Rigidez capsular;

Desequilíbrio postural;

Ação ruim dos depressores da cabeça umeral;

Alteração no ritmo escapuloumeral;

Impacto extrínseco: movimentos repetitivos acima da cabeça, ocorrendo impacto do manguito rotador
contra o lábio glenoidal póstero-superior e a cabeça do úmero durante a elevação umeral e a rotação interna
forçadas, resultando em ruptura póstero-superiores no lábio glenoidal e lesões na cabeça do úmero
posterior (lesão de Bankart).

Neer dividiu o processo de impacto em três estágios (tabela abaixo).

ESTÁGIO I ESTÁGIO II ESTÁGIO III


<25 anos mais história de >26 anos e <40 anos mais >40 anos mais história de dor
movimentos repetitivos acima história de movimentos prolongada (crônica).
da cabeça. repetitivos acima da cabeça.
Sinais flogísticos (inflamação) e Quadro clínico mais agravado Quadro compatível com o Estágio II.
sensibilidade local. que no Estágio I, com dor
aparecendo nas atividades de
vida diárias e dor noturna.

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Arco doloroso positivo. Sinais de crepitação em Ruptura parcial ou total do manguito


tecidos moles (fibrose com rotador ou bíceps braquial associado a
Dor com o teste de impacto espessamento da bursa alterações ósseas.
(Neer e Hawkins). subacromial) e tendinite do
manguito rotador; restrição Possível instabilidade multidirecional.
Pouca ou nenhuma fraqueza da ADM pela fibrose.
do supraespinhal. ADM ativa e passiva mais limitadas.

Hipotrofia do supraespinhal.
Radiografia normal. Radiografia com possíveis Radiografia com sinais degenerativos.
osteófitos na articulação
acromioclavicular.
Reversível, resolvida com Não resolvida com repouso, Normalmente é caso cirúrgico.
repouso, mudanças nos necessários mudanças nas
hábitos esportivos e atividades de vida diárias e
fisioterapia. fisioterapia à longo prazo.

Sugestões de tratamento (depende do caso clínico que poderá ser pedido na prova e qual fase estará):

Mobilização articular (degeneração acromioclavicular e prejuízo artrocinemático);

Retração da cápsula posterior (alongamento capsular);

Ativação do serrátil anterior (pela ação na escápula – se é uma escápula com descolamento de ângulo
inferior);

Desativação do trapézio superior (desativação de pontos-gatilhos);

Fortalecimento muscular do manguito rotador (exceto abdutores de ombro inicialmente, pois aumentam o
impacto);

Exercícios de propriocepção;

Recursos eletrotermofototerápicos, etc.

Exercícios de Codman ou exercício de pêndulo: tem como objetivo a mobilização do ombro por meio de
movimentos circulares e pendulares do braço, obtidos com movimentos suaves do tronco, sem a contração
de qualquer músculo do ombro.

Gabarito: Certo.

65. No exame clínico, para detectar esse tipo de lesão, devem-se realizar manobras irritativas para o manguito
rotador, como, por exemplo, os testes de Neer, Patte e Jobe.

Comentários: Isso mesmo. Vamos relembrar esses testes:

TESTE DE NEER: Avalia a compressão das estruturas do ombro entre o tubérculo maior do úmero e o acrômio
(bursa subacromial e supraespinhal). Alguns autores falam que é mais específico do supraespinhal, pois o

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movimento do teste pode provocar o impacto da região de inserção do supraespinhal com a borda inferior
do acrômio. Este teste também pode apresentar-se positivo em patologias como tendinite do supraespinhal,
capsulite adesiva, bursite, lesões da articulação acrômioclavicular e na instabilidade multidirecional.

Enquanto a rotação escapular é impedida por uma das mãos do avaliador, o braço do paciente é
passivamente forçado na elevação em um ângulo entre flexão e abdução pela outra mão. Uma forte pressão
é aplicada com a articulação glenoumeral na posição neutra, em rotação interna e rotação externa (alguns
autores dizem que é realizada apenas rotação interna).

Resultado positivo: dor na região.

TESTE DE PATTE (sinal do trompetista): paciente sentado ou em pé. Seu braço é apoiado em 90º de abdução
no plano escapular, com o cotovelo flexionado em 90º, então, ele faz uma rotação externa de antebraço
contra a resistência do avaliador. Resultado positivo quando incapaz de rodar externamente. Esse teste
avalia o tendão do infraespinhal e redondo menor (alguns autores). A impossibilidade de manter-se o
membro na posição do exame devido à queda do antebraço em rotação interna, não conseguindo vencer a
força da gravidade, indica uma lesão do manguito, com envolvimento completo do infraespinhal.

TESTE DE JOBE OU LATA VAZIA: o braço do paciente é posicionado no plano escapular – rotação interna e
cerca de 90º de flexão de ombro e o avaliador aplica uma resistência em direção ao solo. Positivo quando
houver dor, fraqueza ou insuficiência do supraespinhal secundário a uma ruptura ou associada a impacto.

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Gabarito: Certo.

66. Na fase inicial do tratamento desse tipo de lesão, deve-se enfatizar a mobilização passiva intra-articular
do ombro com movimentos de tração, deslizamentos e circunduções da articulação glenoumeral.

Comentários: Esses recursos são indicados inicialmente a fim de diminuir o impacto no ombro.

Gabarito: Certo.

67. Na fase de fortalecimento muscular, está indicado o exercício denominado “lata vazia” em amplitude de
movimento (ADM) acima de 90º do ombro, sobretudo para ativação do músculo redondo maior.

Comentários: Não é indicado, pois esse movimento aumenta o impacto no ombro.

Gabarito: Errado.

68. Uma das causas da síndrome do impacto do ombro pode ser a escápula alada e, nesse caso, deve-se
trabalhar a flexibilidade do músculo serrátil anterior.

Comentários: Uma das causas da síndrome do impacto pode ser a escápula alada ou discinesia escapular. Os
pacientes com síndrome do impacto do ombro geralmente apresentam diminuição da inclinação posterior,
rotação superior e rotação externa das escápulas, contribuindo para a compressão das estruturas no espaço
subacromial.

O músculo serrátil anterior, assim como o trapézio, é essencial para a estabilização escapular durante o
movimento de elevação do ombro. Na discinesia escapular, geralmente há um enfraquecimento do músculo
serrátil anterior, contribuindo para um déficit importante na rotação externa da escápula, favorecendo a
diminuição do espaço subacromial. Ou seja, devemos fortalecer essa musculatura e não melhorar a
flexibilidade.

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Gabarito: Errado.

69. Uma ferramenta validada que se deve utilizar para avaliar a funcionalidade da articulação do ombro para
esse tipo de caso é o sistema de pontuação de UCLA.

Comentários: O sistema de pontuação é muito utilizado em lesões do manguito rotador. O questionário


UCLA-modificado avalia subjetivamente a dor (10 pontos), função (10 pontos), amplitude da flexão anterior
ativa (5 pontos), teste de força manual da flexão anterior (5 pontos) e a satisfação do paciente (5 pontos). O
resultado final pode chegar a 35 pontos. Quanto maior a pontuação, melhor os resultados. Item correto.

Gabarito: Certo.

70. IADES - EBSERH/MCO – UFBA - 2014

Assinale a alternativa que indica o efeito sobre a articulação glenoumeral que é produzido pelos exercícios
pendulares de Codman.

(A) Diminuição da nutrição do líquido sinovial.

(B) Compressão.

(C) Aumento da dor.

(D) Fortalecimento dos músculos do manguito rotador.

(E) Separação.

Comentários: Como vimos, os exercícios de Codman não há contração de qualquer músculo, apenas há a
tração/ “separação” da articulação. Letra E.

Gabarito: E.

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71. IDECAN –PREF. APIACÁ/ES - 2011

Nas últimas duas décadas, a síndrome do impacto tem se tornado um diagnóstico cada vez mais comum
para pacientes com dores no ombro. Porém, tal síndrome tem um diagnóstico específico e não é a única
causa de dor na porção ântero-superior do ombro, assim

(A) pode-se afirmar que a fraqueza dos músculos do manguito rotador pode levar a uma lateralização da
cabeça do úmero, levando, assim, ao fenômeno do impacto.

(B) uma importante função do manguito é a estabilização, pois em um ombro sadio, ele centraliza a cabeça
do úmero exatamente no centro da cavidade glenoide, deixando os ligamentos e a cápsula frouxos durante
a maioria dos movimentos funcionais.

(C) um desbalance dos músculos situados acima do hemisfério da cabeça do úmero em relação ao
supraespinhoso e principalmente o bíceps braquial, que é substancialmente mais volumoso, puxaria a cabeça
do úmero para cima causando, assim, o impacto.

(D) a rotura completa do manguito com alterações ósseas típicas ao raio-x simples (esclerose óssea, cistos
subcondrais, osteófitos na porção anterior e na articulação acromioclavicular e contato da cabeça do úmero
com o acrômio, nos casos de rotura completa do manguito), são características observadas na Fase I ou
Estágio I desta síndrome, comum em pacientes acima de 40 anos.

(E) a dor é proporcional ao tamanho da rotura e não ao grau de inflamação, piora durante o dia pelo
estiramento das partes moles, pode ser espontânea e aumenta com os movimentos de elevação do ombro
acima de 120º.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) pode-se afirmar que a fraqueza dos músculos do manguito rotador pode levar a uma lateralização da
cabeça do úmero, levando, assim, ao fenômeno do impacto. Item errado. Fraqueza dos músculos do
manguito rotador elevam (superiorizam) a cabeça do úmero, podendo levar ao fenômeno do impacto. Os
músculos agem em perfeita sincronia para estabilizar a cabeça do úmero na cavidade glenóide e consegue
estabilizar na maioria dos movimentos funcionais, pois há um equilíbrio entre as forças de ação destes
músculos. Qualquer alteração neste equilíbrio pode levar a alguma sintomatologia no ombro.

(B) uma importante função do manguito é a estabilização, pois em um ombro sadio, ele centraliza a cabeça
do úmero exatamente no centro da cavidade glenoide, deixando os ligamentos e a cápsula frouxos durante
a maioria dos movimentos funcionais. Item correto. Preste atenção nas palavras! Para que os ligamentos e
a cápsula estejam frouxos, o ombro deve estar sadio com a cabeça do úmero exatamente no centro da
cavidade glenóide.

(C) um desbalance dos músculos situados acima do hemisfério da cabeça do úmero em relação ao
supraespinhoso e principalmente o bíceps braquial, que é substancialmente mais volumoso, puxaria a cabeça
do úmero para cima causando, assim, o impacto. Item errado. O que ocorre na síndrome do impacto não é
um desbalance dos músculos situados acima do hemisfério da cabeça do úmero em relação ao músculo
supraespinhal, mas um desequilíbrio entre os músculos do manguito rotador que são depressores do

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complexo do ombro (subescapular, redondo menor, infraespinhal) e os que elevam a cabeça do úmero
(principalmente supraespinhal e deltoide), aumentando o impacto subacromial.

O correto seria: “Um desbalance dos músculos situados abaixo do hemisfério da cabeça do úmero em relação
ao supra-espinhoso e principalmente o deltóide, que é substancialmente mais volumoso, puxaria a cabeça
do úmero para cima causando assim o impacto.”

Lembre-se onde estão localizados os músculos do manguito rotador e quais são! Lembre-se da figura abaixo:

(D) a rotura completa do manguito com alterações ósseas típicas ao raio-x simples (esclerose óssea, cistos
subcondrais, osteófitos na porção anterior e na articulação acromioclavicular e contato da cabeça do úmero
com o acrômio, nos casos de rotura completa do manguito), são características observadas na Fase I ou
Estágio I desta síndrome, comum em pacientes acima de 40 anos. Item errado. Esses achados se encontram
na fase III, como vimos.

(E) a dor é proporcional ao tamanho da rotura e não ao grau de inflamação, piora durante o dia pelo
estiramento das partes moles, pode ser espontânea e aumenta com os movimentos de elevação do ombro
acima de 120º. Item errado. Sabemos que quanto maior a inflamação, maior a dor.

Gabarito: B.

72. IDECAN –EBSERH/ HC-UFPE -2014

A síndrome do impacto do ombro é uma síndrome dolorosa acompanhada por alteração na mobilidade
local, sendo caracterizada por uma tendinite, geralmente, do tendão do supraespinhoso e bursa
subacromial, com lesão parcial ou total deste ou de outros tendões. Sua origem é o impacto do acrômio
da escápula no aparelho burso-tendíneo do ombro, sobreposto à grande tuberosidade do úmero. Sobre o
tema, analise as afirmativas.

I. Tem seu quadro desencadeador agravado, quando, segundo classificação de Morrison e Bigliani (1986),
possuir um acrômio tipo I.

II. Segundo a evolução clínica descrita por Neer (1972), na fase II da patologia ocorre fibrose e tendinite do
manguito rotador, acometendo pacientes em idade média de 25 a 45 anos.

III. Neviasier (1990) descreve quatro elementos que agem conjuntamente nesta síndrome: vascular,
degenerativo, traumático e morfológico.

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IV. O ritmo escapulotorácico alterado não traz complicações significativas ao funcionamento glenoumeral.

Estão INCORRETAS as afirmativas

(A) I, II, III e IV.

(B) I e IV, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) II e IV, apenas. E) I, III e IV, apenas.

Comentários: Vejamos as assertivas INCORRETAS:

I. Tem seu quadro desencadeador agravado, quando, segundo classificação de Morrison e Bigliani (1986),
possuir um acrômio tipo I. Item errado. Como vimos é o acrômio tipo III.

II. Segundo a evolução clínica descrita por Neer (1972), na fase II da patologia ocorre fibrose e tendinite do
manguito rotador, acometendo pacientes em idade média de 25 a 45 anos. Item correto, como vimos.

III. Neviasier (1990) descreve quatro elementos que agem conjuntamente nesta síndrome: vascular,
degenerativo, traumático e morfológico. Item correto. Acredita-se que não existe fator isolado para ocorrer
a síndrome do impacto. Neviaser & Neviaser (1990) propuseram que a ação combinada de quatro elementos,
a vascularização, a degeneração, o trauma e a anatomia do ombro, seria a verdadeira causa da síndrome do
impacto.

IV. O ritmo escapulotorácico alterado não traz complicações significativas ao funcionamento glenoumeral.
Item errado. O ritmo escapulotorácico alterado tem consequências na glenoumeral e vice-versa. Lembre-se:
olhar o corpo como um todo!

Gabarito: B.

73. CURSIVA - PREF. MAREMA/SC - 2015

O manguito rotador consiste de quatro músculos: o subscapular, o supraespinhal, o infraespinhoso e o


redondo menor. Na síndrome do impacto pode ocorrer a lesão de quais músculos?

(A) Bíceps e redondo menor.

(B) Cabeça longa do bíceps e subscapular.

(C) Cabeça longa do bíceps e supraespinhoso.

(D) Supraespinhoso e subescapular.

(E) Bíceps e infraespinhoso.

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Comentários: Na síndrome do impacto o mais comum é ocorrer lesão no supraespinhal e na porção longa
do bíceps braquial.

Gabarito: C

74. VUNESP - PREF. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP - 2015

Na síndrome do impacto crônico no ombro, o impacto da cabeça do úmero contra o arco coracoacromial
pode ser detectado no exame de raio X ou na ressonância magnética. Além das estruturas musculares:
subescapular, supraespinal e infraespinal, aquelas que podem estar envolvidas e o movimento da
articulação do ombro que está prejudicado, nessa situação, são:

(A) redondo menor, serrátil anterior; adução.

(B) redondo maior, serrátil anterior; abdução.

(C) redondo menor, serrátil anterior; abdução.

(D) redondo maior, serrátil posterior; adução.

(E) redondo menor, serrátil posterior; abdução.

Comentários: Sabemos que a abdução que está envolvida na síndrome do impacto, então podemos anular
as alternativas A e D. O manguito rotador pode estar envolvido, ou seja, supraespinhal, subescapular,
infraespinhal e redondo menor. Faltou o redondo menor. Sobraram as alternativas C e E. O serrátil anterior
está intimamente ligado à biomecânica escapular, que interfere na glenoumeral (entenderão melhor no
módulo de Cinesiologia). Resposta da questão = letra C.

Vamos relembrar as inserções do serrátil anterior e ações. Inserção proximal: superfície externa das
primeiras 8 ou 9 costelas, na parte lateral do tórax. Inserção distal: borda medial da escápula, pela face
ventral. Ação: abdução, depressão, rotação lateral da escápula e propulsão do ombro.

Gabarito: C

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75. FCC - TRT - 2015

Maria Eduarda, 25 anos, jogadora de handball durante a avaliação fisioterapêutica foi posicionada com o
membro superior ao lado do tórax e o cotovelo em 90° de flexão, o ombro foi rodado em sentido lateral
passivamente pelo fisioterapeuta, posição que deve ser mantida pela ação muscular. A não sustentação
da rotação lateral faz com que o ombro rode espontaneamente em sentido medial em direção ao tórax,
indicando lesão grave. O teste e o músculo lesado são, respectivamente,

(A) rotação medial não mantida, infraespinhal.

(B) rotação lateral não mantida, supraespinhal.

(C) Jobe, supraespinhal.

(D) rotação lateral não mantida, infraespinhal.

(E) Jobe, infraespinhal.

Comentários: Para responder a essa questão vamos ver o músculo primeiro. Relembrando o músculo
infraespinhal realiza rotação externa do úmero e o supraespinhal abdução do ombro, ou seja, se há alteração
na rotação externa, o músculo lesionado é o infraespinhal. Sobraram as letras A, D e E.

O teste de Jobe é o mesmo que chamamos de lata vazia. O membro avaliado é colocado em abdução (90º),
flexionados a 30º em relação ao plano frontal e rodados internamente, com os polegares voltados para o
chão. O examinador realiza uma resistência nos membros para baixo. O teste é positivo de houver dor,
fraqueza ou insuficiência do supraespinhal. Ou seja, o teste de Jobe não é, eliminando a alternativa E,
sobrando a letra A e E.

O teste de rotação lateral não mantida é a resposta correta. Esse teste também é chamado de teste de
cancela (pela posição do teste).

Gabarito: D

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76. FCC - TRT - 2015

Luciana, 35 anos, cabeleireira apresenta dor no ombro direito há 5 dias. A dor iniciou após uma semana
intensa de trabalho, 14 horas por dia. Após avaliação, Luciana recebeu o diagnóstico de tendinite do
supraespinhal, que lhe causará dor ao tentar:

(A) escovar os dentes.

(B) elevar o MMSS acima da cabeça.

(C) pegar um objeto no chão cruzando a linha média.

(D) levar alimento à boca.

(E) amarrar o sapato.

Comentários: O músculo supraespinhal tem ação de abdução do ombro. Mas o tendão passa pelo espaço
subacromial, qualquer movimento que possa causar compressão dessa região irá causar dor. Das opções
apenas a elevação do membro superior acima da cabeça irá causar isso.

Gabarito: B

77. FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 5ª - 2013

A introdução de exercícios de flexão ativa do ombro, rotação lateral e exercícios no plano escapular em
pacientes que se submeteram a cirurgia de reparo do manguito rotador acontece no período pós-
operatório de

(A) 1 a 4 semanas.

(B) 2 a 4 semanas.

(C) 5 a 8 semanas.

(D) 8 a 10 semanas.

(E) 8 a 12 semanas.

Comentários: De uma maneira geral, considerando que a questão não especificou o grau de lesão, sabendo
que em menos de 4 semanas não podemos realizar nem em lesões pequenas, então a assertiva A e B estão
incorretas. Rotação lateral, flexão ativa e exercícios no plano escapular são os primeiros que podem ser
realizados, então de acordo com as literaturas disponíveis podemos realizar entre a 5º e 8º semana, porém
na prática temos vários fatores que deveriam estar escritos no enunciado para ser uma resposta mais precisa.
Pelas fases de cicatrização, em média é isso mesmo 5 a 8 meses em lesões pequenas, médias e maiores, já
nas massivas seria apenas após 12 semanas. Essa questão de tempo depende da literatura.

Gabarito: C.

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78. FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 23ª - 2016

Um paciente realizou cirurgia para reparar o manguito rotador. Para treinamento neuromuscular utilizou-
se o body blade. Este equipamento proporciona

(A) alongamento dos músculos alvo do equipamento.

(B) maior controle neuromuscular e força muscular fornecida pela contração individual dos músculos alvo
do equipamento.

(C) maior controle neuromuscular e força muscular fornecida pela co-contração de grupos musculares alvo
do equipamento.

(D) fortalecimento dos grupos musculares através da contração individual dos músculos alvo do
equipamento.

(E) relaxamento muscular da cintura escapular.

Comentários: Vamos falar um pouco sobre o body blade (marca), porém é chamada haste oscilatória. Vimos
anteriormente em uma figura.

As hastes oscilatórias são ferramentas de intervenção que proporcionam rápidas contrações musculares
excêntricas e concêntricas, gerando co-contração dos grupos musculares por meio de movimentos
oscilatórios causados pela movimentação da haste com o membro. A co-contração dos grupos musculares
aumenta a estabilidade local e protege a articulação de forças compressivas e de tração. Essa haste pode ser
usada de várias maneiras, de acordo com o objetivo. Pode ser associado ao trabalho de estabilização lombar
também. Temos várias aplicações desse recurso.

Então, a haste oscilatória (body blade) proporciona maior controle neuromuscular e força muscular fornecida
pela co-contração de grupos musculares alvo do equipamento = letra C.

Gabarito: C.

79. CESPE – SESA/ES - 2013

Acerca da síndrome conhecida como ombro congelado e da sua abordagem fisioterápica, assinale a opção
correta.

(A) Os exercícios de Codman não devem ser aplicados, pois não produzem efeitos na aderência entre cápsula
e úmero e proporcionam desconforto ao paciente.

(B) Essa síndrome também é denominada capsulite adesiva; nela, a restrição de amplitude e a dor ao realizar
movimento são causadas pela adesão da cápsula articular ao úmero.

(C) Na avaliação fisioterapêutica, a realização de rotação interna do ombro e de rotação contra resistência é
fundamental para o diagnóstico dessa síndrome.

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(D) A utilização da termoterapia, por meio do calor, é totalmente contraindicada, pois aumenta o
metabolismo e o fluxo sanguíneo local.

(E) O treino funcional fisioterapêutico tem o estrito objetivo de aliviar a dor, uma vez que não acelera a
restauração da amplitude de movimento.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) Os exercícios de Codman não devem ser aplicados, pois não produzem efeitos na aderência entre cápsula
e úmero e proporcionam desconforto ao paciente. Item errado. Os exercícios de Codman podem ser
aplicados, pois produzem efeitos positivos na aderência entre a cápsula e o úmero.

(B) Essa síndrome também é denominada capsulite adesiva; nela, a restrição de amplitude e a dor ao realizar
movimento são causadas pela adesão da cápsula articular ao úmero. Item correto, como vimos.

(C) Na avaliação fisioterapêutica, a realização de rotação interna do ombro e de rotação contra resistência é
fundamental para o diagnóstico dessa síndrome. Item errado. Essa patologia não tem um teste específico
para diagnosticar. Ela é muito fácil de confundir com a tendinite do manguito rotador. Há formas que apenas
o médico pode avaliar, como a infiltração intra-articular de esteroides e analgésicos.

(D) A utilização da termoterapia, por meio do calor, é totalmente contraindicada, pois aumenta o
metabolismo e o fluxo sanguíneo local. Vimos que não é contraindicado. Item errado.

(E) O treino funcional fisioterapêutico tem o estrito objetivo de aliviar a dor, uma vez que não acelera a
restauração da amplitude de movimento. Item errado. Ele também tem o objetivo de acelerar a restauração
da ADM do ombro.

Gabarito: B

80. AOCP – EBSERH/PA - 2016

Paciente, sexo feminino, após dois meses de dores em ombro direito sem histórico de trauma, foi
diagnosticada com capsulite adesiva. Em relação aos estágios dessa doença, assinale a alternativa correta.

(A) A capsulite adesiva possui 5 estágios.

(B) O estágio pré-adesivo dura 4 meses (do 9º ao 12º mês).

(C) No estágio de congelamento, ocorre a rigidez articular com perda do movimento.

(D) No estágio de descongelamento, há uma recuperação do movimento, porém a função é completamente


comprometida.

(E) No estágio pré-adesivo, a dor ocorre exclusivamente durante o dia, com alívio no período noturno.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) A capsulite adesiva possui 5 estágios. Item errado. São 4 estágios.

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(B) O estágio pré-adesivo dura 4 meses (do 9º ao 12º mês). Item errado, o estágio pré-adesivo (estágio I) são
os três primeiros meses (em média).

(C) No estágio de congelamento, ocorre a rigidez articular com perda do movimento. Item correto, esse é o
estágio III, em que há a rigidez do ombro.

(D) No estágio de descongelamento (estágio IV), há uma recuperação do movimento, porém a função é
completamente comprometida. Item errado. Há uma recuperação lenta e gradual e, geralmente, a
restauração funcional do movimento normal.

(E) No estágio pré-adesivo, a dor ocorre exclusivamente durante o dia, com alívio no período noturno. Item
errado. A dor é pior em repouso, pior à noite no estágio pré-adesivo.

Gabarito: C.

81. COTEC/UNIMONTES – Pref. Várzeada Palma/MG - 2015

A síndrome do ombro congelado caracteriza-se por

(A) imobilidade da articulação escápulo-torácica.

(B) imobilidade da articulação glenoumeral.

(C) ruptura do manguito rotador.

(D) ruptura do tendão do Supraespinhoso.

Comentários: Na capsulite adesiva ocorre a imobilidade da articulação glenoumeral.

Gabarito: B

82. AOCP - EBSERH/HE-UFPEL - 2015

Quanto à luxação de ombro, assinale a alternativa correta.

(A) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada à escápula, combinando flexão, adução e rotação
interna.

(B) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando flexão, adução e rotação
externa.

(C) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada à escápula, combinando extensão, adução e
rotação interna.

(D) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando flexão, adução, e rotação
interna.

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(E) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando extensão, abdução e
rotação interna.

Comentários: Como vimos, podemos ter uma luxação anterior, posterior, inferior ou multidirecional. A
anterior tem como mecanismo da lesão abdução horizontal associado à rotação externa e a posterior trauma
em adução mais rotação interna. Agora vejamos as assertivas:

(A) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada à escápula, combinando flexão, adução e rotação
interna. Item errado. Força aplicada no úmero.

(B) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando flexão, adução e rotação
externa. Item errado. Força aplicada no úmero.

(C) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada à escápula, combinando extensão, adução e
rotação interna. Item errado. Força aplicada no úmero.

(D) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando flexão, adução, e rotação
interna. Item correto. Referente à luxação posterior.

(E) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando extensão, abdução e
rotação interna. Item errado. O correto seria abdução horizontal e rotação externa (luxação anterior).

Gabarito: D

83. AOCP - EBSERH/HUCAM-UFES -2014

Sobre as intervenções fisioterapêuticas no pós-operatório do manguito rotador (1-4 semanas), assinale a


alternativa INCORRETA.

(A) Utiliza-se a crioterapia para diminuição da dor e edema.

(B) Utilizam-se exercícios pendulares para a flexão de ombro, rotação lateral e medial e abdução para
aumentar ADM do ombro.

(C) Utilizam-se exercícios de resistência progressiva, como exercícios de preensão da mão e exercícios com
massa.

(D) Mobilização da articulação livre de resistência para articulação do ombro.

(E) São realizados exercícios isométricos com máximo esforço para flexão do ombro, flexão e extensão do
cotovelo, a fim de retardar a atrofia muscular.

Comentários: Como em qualquer pós-operatório devemos primeiro tratar a dor e o edema para depois
evoluir progressivamente para exercícios de fortalecimento muscular. Diante disso, a letra E é a resposta da
questão, pois não podemos realizar o máximo esforço no pós-operatório precoce (1 a 4 semanas).

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84. FAFIPA – FEAES DE CURITIBA/PR - 2015

Assinale o objetivo da reabilitação que NÃO condiz com o pós-cirúrgico de ombro:

(A) Evitar a mobilização.

(B) Controlar a dor.

(C) Recuperar a ADM.

(D) Aumento da força muscular.

Comentários: No pós-operatório de ombro devemos mobilizar, controlar (diminuir) a dor, recuperar a ADM
e aumentar a força muscular. Letra A.

Gabarito: A

85. ADM&TEC - PREF. ANGELIM/PE - 2015

Leia as afirmativas a seguir:

I. O exercício terapêutico é o principal recurso na reabilitação do ombro.

II. Os exercícios de amplitude de movimento ativos assistidos devem ser iniciados juntamente com a
mobilização articular, a fim de aumentar e manter a ADM do ombro e a flexibilidade dos tecidos moles. As
práticas para esses exercícios são a atividade pendular, o exercício com corda e polia (roldana de teto) e os
exercícios com bastão.

III. Os exercícios proprioceptivos são realizados com o objetivo de reduzir os déficits proprioceptivos que
podem ter resultado através de lesões ou doenças. A prescrição de exercícios deve ser individualizada de
acordo com que cada indivíduo realiza no seu cotidiano, para o desenvolvimento e manutenção da saúde e
aptidão e ou tratamento de condições específicas.

IV. A intervenção com exercício terapêutico possibilita ao indivíduo tornar-se um participante passivo no
plano de tratamento, promovendo a independência funcional e a auto responsabilidade dos pacientes.

Marque a alternativa CORRETA:

(A) Nenhuma afirmativa está correta.

(B) Apenas uma afirmativa está correta.

(C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

(D) Apenas três afirmativas estão corretas.

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(E) Todas as afirmativas estão corretas.

Comentários: Vamos analisar cada assertiva:

I. O exercício terapêutico é o principal recurso na reabilitação do ombro. Item correto. É isso mesmo.
Precisamos do exercício terapêutico para a estabilização do ombro.

II. Os exercícios de amplitude de movimento ativos assistidos devem ser iniciados juntamente com a
mobilização articular, a fim de aumentar e manter a ADM do ombro e a flexibilidade dos tecidos moles. As
práticas para esses exercícios são a atividade pendular, o exercício com corda e polia (roldana de teto) e os
exercícios com bastão. Item correto. É um dos nossos objetivos e essas são algumas formas.

III. Os exercícios proprioceptivos são realizados com o objetivo de reduzir os déficits proprioceptivos que
podem ter resultado através de lesões ou doenças. A prescrição de exercícios deve ser individualizada de
acordo com que cada indivíduo realiza no seu cotidiano, para o desenvolvimento e manutenção da saúde e
aptidão e ou tratamento de condições específicas. Item correto.

IV. A intervenção com exercício terapêutico possibilita ao indivíduo tornar-se um participante passivo no
plano de tratamento, promovendo a independência funcional e a auto responsabilidade dos pacientes. Item
errado. O correto seria tornar-se um paciente ativo.

No total são três corretas e 1 errada, ou seja, resposta da questão letra D.

Gabarito: D

86. AOCP - EBSERH – Nacional - 2015

Durante avaliação, o fisioterapeuta solicitou ao paciente que permanecesse em decúbito dorsal para a
realização da palpação de um nervo responsável pela Síndrome do túnel do carpo, o qual se localiza entre
os tendões dos músculos palmar longo e flexor radial do carpo, proximal ao punho. Assinale a alternativa
que apresenta o nome desse nervo.

(A) Radial cutâneo.

(B) Radial.

(C) Ulnar.

(D) Fibular comum.

(E) Mediano.

Comentários: O nervo responsável pela Síndrome do Túnel do Carpo é o nervo mediano. Letra E.

Gabarito: E.

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87. AOCP - FUNDASUS - 2015

Paciente, 50 anos, sexo feminino, relata acordar com dor e queimação no membro superior. Na anamnese,
o fisioterapeuta constatou um histórico com início gradual de dormência e parestesia na distribuição do
nervo mediano, associada à fraqueza das mãos, levando à dificuldade de pegar objetos. Diante do quadro
clínico apresentado, o provável diagnóstico desta paciente é

(A) Artrite reumatoide.

(B) Artrose dos membros superiores.

(C) Doença de De Quervain.

(D) Contratura de Dupuytren.

(E) Síndrome do túnel do carpo.

Comentários: A síndrome que acomete o Nervo Mediano associado à fraqueza das mãos, levando à
dificuldade de pegar objetos, é a Síndrome do Túnel do Carpo.

Gabarito: E

88. IADES- EBSERH/HUPES – UFBA - 2014

Assinale a alternativa que descreve corretamente a deformidade em “botoeira”.

(A) Flexão das articulações metacarpofalângicas e interfalângicas distais, com a deformidade em extensão
da articulação interfalângica proximal.

(B) Extensão da metacarpofalângica e interfalângica distal e a flexão da interfalângica proximal.

(C) Desvio ulnar dos dedos em decorrência do enfraquecimento das estruturas capsuloligamentares das
articulações metacarpofalângicas.

(D) Deformidade de flexão fixa das articulações metacarpofalângicas e interfalângicas proximais.

(E) Flexão do Polegar na articulação carpometacarpal e hiperextensão na articulação metacarpofalângica.

Comentários: Vamos relembrar através da figura.

Hiperextensão da interfalangeana distal.

Flexão interfalangeana proximal.

Extensão da metacarpofalangeana.

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Letra B. Apenas deveria estar escrito hiperextensão da IFD, ao invés de apenas extensão. Apenas conflito de
literatura.

Gabarito: B

89. AOCP - EBSERH/HU-UFS/SE - 2014

Lesão com avulsão dos tendões extensores dos dedos na falange distal, produzida por uma flexão forçada.
A definição refere-se

(A) ao dedo em gatilho.

(B) ao dedo em martelo.

(C) ao dedo em Jérsei.

(D) à bursite do olecrano.

(E) à apofisite.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) ao dedo em gatilho: tenossinovite dos flexores dos dedos da mão. Item errado.

(B) ao dedo em martelo: lesão do tendão extensor ou também uma fratura no dorso da falange distal. Item
correto.

(C) ao dedo em Jérsei: avulsão do tendão flexor profundo. Item errado.

(D) à bursite do olecrano: inflamação da bursa olecraniana do cotovelo. Item errado.

(E) à apofisite: Inflamação na protuberância óssea. Item errado.

Gabarito: B

90. FCC - TRT - 2015

O paciente com Síndrome do Túnel do Carpo no estágio precoce apresenta sintomas:

(A) noturnos e diurnos e são intermitentes.

(B) intermitentes unicamente noturno.

(C) diurnos e permanentes.

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(D) permanentes e podem perdurar a vida toda.

(E) noturnos e diurnos e podem durar a vida toda.

Comentários: Não falamos especificamente disso, mas essa questão é tranquila. No início os sintomas são
brandos e não permanentes, ou seja, podemos tirar as letras C,D e E (sintomas permanentes). No começo os
sintomas aparecem só a noite, pelo uso durante o dia do membro superior. De uma maneira geral, é assim
que funciona na STC:

- Estágio precoce – sintomatologia intermitente unicamente noturna.

- Estágio intermediário – sintomas noturnos e diurnos.

- Estágio avançado – Há sintomas permanentes e, sobretudo, sinais de déficit sensitivo ou motor.

Gabarito: B.

91. FAUEL - PREFEITURA DE FOZ DO IGUAÇU/PR - 2015

Lesões de cotovelo - Assinale abaixo a alternativa que contém lesões que ocorrem no cotovelo:

(A) Tennis Elbow, lesão de tínel, limitação de phalen.

(B) Fratura de escafóide, Rigidez do cotovelo, tendinite de bíceps.

(C) tendinite de biceps, lesão de carpo e Rigidez do cotovelo.

(D) Pseudoartrose, Luxação do cotovelo, epicondilite lateral.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) Tennis Elbow (epicondilite lateral), lesão de tínel, limitação de phalen. Os nomes tinel e phalen são nomes
de testes especiais do punho. Item errado.

(B) Fratura de escafoide (mão), Rigidez do cotovelo, tendinite de bíceps. Item errado.

(C) tendinite de biceps, lesão de carpo e Rigidez do cotovelo. Item errado.

(D) Pseudoartrose, Luxação do cotovelo, epicondilite lateral. Item correto. Todas podem acometer o
cotovelo.

Gabarito: D

92. ALTERNATIVE CONCURSOS - Pref. Santa Terezinha do Progresso/SC - 2015

Sobre a epicondilite lateral, é correto afirmar:

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(A) O cotovelo de golfista, também chamado de epicondilite lateral, ocorre por inflamação dos extensores
comuns ao longo do epicôndilo.

(B) A crioterapia não deve ser aplicada no caso da epicondilite, devido à proximidade com a saliência óssea.

(C) Desde o início da fase aguda da epicondilite, são indicados para o tratamento a massagem, exercícios
resistidos, estimulação elétrica e alongamentos.

(D) O teste de Cozen é realizado para auxiliar no diagnóstico, sendo que o paciente flete o cotovelo em 90º
e o antebraço em pronação. Pede-se ao paciente que faça extensão ativa do punho, contra a resitência do
examinador. O paciente irá referir dor no epicôndilo lateral.

(E) O teste de Push é realizado para diagnosticar a epicondilite lateral, sendo que o paciente é instruído a
sentar-se com os antebraços supinados e braços com maior abdução que a largura dos ombros. Em seguida
o paciente deve estender completamente os cotovelos. Considera-se um teste positivo se o paciente referir
dor nos últimos graus de extensão do cotovelo.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) O cotovelo de golfista, também chamado de epicondilite lateral, ocorre por inflamação dos extensores
comuns ao longo do epicôndilo. Item errado. O correto é cotovelo de tenista.

(B) A crioterapia não deve ser aplicada no caso da epicondilite, devido à proximidade com a saliência óssea.
Item errado. Dependendo da fase da lesão, a crioterapia pode ser utilizada.

(C) Desde o início da fase aguda da epicondilite, são indicados para o tratamento a massagem, exercícios
resistidos, estimulação elétrica e alongamentos. Item errado. Exercícios resistidos jamais inicialmente com
dor.

(D) O teste de Cozen é realizado para auxiliar no diagnóstico, sendo que o paciente flete o cotovelo em 90º
e o antebraço em pronação. Pede-se ao paciente que faça extensão ativa do punho, contra a resitência do
examinador. O paciente irá referir dor no epicôndilo lateral. Item correto. Esse teste é utilizado para ajudar
no diagnóstico de epicondilite lateral.

(E) O teste de Push é realizado para diagnosticar a epicondilite lateral, sendo que o paciente é instruído a
sentar-se com os antebraços supinados e braços com maior abdução que a largura dos ombros. Em seguida
o paciente deve estender completamente os cotovelos. Considera-se um teste positivo se o paciente referir
dor nos últimos graus de extensão do cotovelo. Item errado. Esse teste avalia a integridade do ligamento
colateral radial do cotovelo.

Gabarito: D.

93. UNICENTRO – PREF. NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS/PR – 2015.

A epicondilite lateral do cotovelo é a causa mais comum de dor no cotovelo vista nos consultórios de
ortopedia, apresentando um impacto importante na sociedade, desafiando diariamente os clínicos e a
indústria terapêutica. O tratamento conservador é a escolha inicial e se baseia em quatro pontos: repouso

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relativo, fisioterapia, exercícios domiciliares e medicamentos. Acerca dos seus conhecimentos a respeito
da epicondilite lateral, assinale a alternativa correta:

(A) Epicondilite lateral ou “cotovelo do golfista” são termos que têm sido aceitos e utilizados para descrever
a síndrome dolorosa localizada na região do epicôndilo lateral do cotovelo.

(B) O epicôndilo lateral é o local de origem dos músculos supinador do antebraço, extensores do punho e
flexores dos dedos.

(C) Acomete principalmente trabalhadores entre a quarta e quinta décadas de vida, que realizam
frequentemente movimentos acima da cabeça durante sua atividade laboral.

(D) É considerada uma doença osteomuscular relacionada ao trabalho e acomete de forma inflamatória a
origem dos músculos flexores do punho.

(E) A teoria aceita atualmente quanto à sua fisiopatologia, caracteriza a condição patológica como
envolvendo a origem do extensor radial curto do carpo e, em menor grau, a porção ântero-medial do
extensor comum dos dedos. A lesão seria resultado da aplicação de tração contínua por repetição,
resultando em microrrupturas da origem do extensor radial curto do carpo seguidas de fibrose e formação
de tecido de granulação.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) Epicondilite lateral ou “cotovelo do golfista” são termos que têm sido aceitos e utilizados para descrever
a síndrome dolorosa localizada na região do epicôndilo lateral do cotovelo. Item errado. O correto é cotovelo
de tenista.

(B) O epicôndilo lateral é o local de origem dos músculos supinador do antebraço, extensores do punho e
flexores dos dedos. Item errado. Músculos extensores do punho e dedos.

(C) Acomete principalmente trabalhadores entre a quarta e quinta décadas de vida, que realizam
frequentemente movimentos acima da cabeça durante sua atividade laboral. Item errado. A idade ocorre
entre 35 e 55 em pessoas que realizam movimentos repetitivos do punho, não do ombro como o enunciado
sugere.

(D) É considerada uma doença osteomuscular relacionada ao trabalho e acomete de forma inflamatória a
origem dos músculos flexores do punho. Item errado. Correção: músculos extensores do punho.

(E) A teoria aceita atualmente quanto à sua fisiopatologia, caracteriza a condição patológica como
envolvendo a origem do extensor radial curto do carpo e, em menor grau, a porção ântero-medial do
extensor comum dos dedos. A lesão seria resultado da aplicação de tração contínua por repetição,
resultando em microrrupturas da origem do extensor radial curto do carpo seguidas de fibrose e formação
de tecido de granulação. Item correto.

Gabarito: E.

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94. FAUEL - PREF. DE NOVA OLÍMPIA/PR - 2015

Considere as informações sobre o nervo mediano e assinale a incorreta:

(A) A paralisia deste nervo caracteriza-se pela incapacidade de pronar o antebraço, de fletir os três primeiros
dedos e de realizar os movimentos de oposição dos dedos.

(B) A atrofia tenar e a postura do polegar, que se coloca ao lado do indicador, conferem à mão um aspecto
característico: mão pêndula.

(C) A afecção mais comum, resultante da compressão deste nervo no canal do carpo é a Síndrome do túnel
do carpo.

(D) No exame físico ortopédico, o teste de Phalen avalia a integridade deste nervo.

Comentários: Prestem a atenção, o pede a alternativa incorreta sobre o nervo mediano. Vejamos as
assertivas:

(A) A paralisia deste nervo caracteriza-se pela incapacidade de pronar o antebraço, de fletir os três primeiros
dedos e de realizar os movimentos de oposição dos dedos. Item correto, como vimos.

(B) A atrofia tenar e a postura do polegar, que se coloca ao lado do indicador, conferem à mão um aspecto
característico: mão pêndula. A mão pêndula (ou cabeça de cisne) é o comprometimento da musculatura
extensora, devido à paralisia do nervo radial.

A lesão do nervo mediano causa a deformidade da “pata-de-macaco”.

(C) A afecção mais comum, resultante da compressão deste nervo no canal do carpo é a Síndrome do túnel
do carpo. Item correto. Como vimos.

(D) No exame físico ortopédico, o teste de Phalen avalia a integridade deste nervo. Item correto. Melhor
descrito no módulo de Avaliação Fisioterapêutica.

Gabarito: B

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95. COTEC/ UNIMONTES - PREF. CAPITÃO ENÉAS/MG - 2015

A compressão do nervo mediano ao nível do punho é uma patologia comum dos membros superiores
tratadas pela fisioterapia. Analise as alternativas abaixo e marque aquela correspondente a essa patologia
recorrente.

(A) Mão em Garra.

(B) Dedo em Gatilho.

(C) Atrofia de Sudeck.

(D) Síndrome do Túnel do Carpo.

Comentários: Nervo mediano = Síndrome do Túnel do Carpo.

Complementando, a atrofia de Sudeck ou Distrofia Simpático Reflexa ou Síndrome da dor Regional complexa
tipo 1 é conhecida como um grupo de sinais e sintomas que ocorrem após lesões ósseas, nervosas ou de
tecidos moles, com dor intensa e desproporcional à lesão original. A dor é associada à descritores de dor
neuropática (queimação, disestesia, parestesia, alodínia e hiperalgesia ao frio) e sinais clínicos de disfunção
autonômica (cianose, edema, frio, alteração de transpiração e pilificação local). Ainda não é bem explicado
o porquê isso ocorre.

Gabarito: D

96. IBEG - PREFEITURA MORRO AGUDO DE GOIÁS/GO - 2015

A Síndrome do Túnel do Carpo é uma neuropatia nervosa que acomete principalmente mulheres e tem
como sintomas dor e parestesia. Marque a alternativa correta referente ao nervo acometido nessa
síndrome.

(A) Mediano

(B) Radial

(C) Ulnar

(D) Femoral

(E) Frênico

Comentários: Síndrome do túnel do carpo = nervo mediano.

Gabarito: A.

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97. ONPASS - PREF. BONITO DE SANTA FÉ/PB - 2015

Caracteriza-se por uma fibrose progressiva que leva à formação de espessamento e ao encurtamento da
aponeurose palmar. O enunciado trata-se de uma:

(A) Síndrome do túnel do carpo

(B) Síndrome do canal de Guyon

(C) Tenossinovite de Quervain

(D) Contratura de Dupuytren

(E) Dedo em gatilho

Comentários: Deixei para falar sobre essa contratura nessa questão. Essa patologia é caracterizada pela
contratura progressiva da fáscia palmar superficial e seus prolongamentos digitais, levando a uma
deformidade em flexão das articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas. Podemos identificar
nódulos palpáveis e cordões pré-tendíneos na aponeurose palmar, afetando mais os dedos anular e mínimo.
Ainda não é conhecida a etiologia dessa patologia. Essa doença é progressiva. Geralmente, pegamos esses
pacientes apenas no pós-cirúrgico, pois o tratamento conservador ainda não foi comprovado nessa
patologia.

Gabarito: D

98. ASSCON-PP – Prefeitura de Nova Trento/SC - 2015

É uma Neuropatia caracterizada pela compressão do nervo mediano no canal do carpo, localizada entre a
mão e o antebraço. Através do túnel rígido, além do nervo mediano, passam os tendões flexores revestidos
pelo tecido sinovial, aumentando a pressão dentro do canal provoca compressão do nervo mediano.
Assinale a alternativa que corresponde a este diagnóstico.

(A) Síndrome do túnel de carpo.

(B) Dedo em gatilho.

(C) Hosteotite.

(D) Bursite.

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Comentários: Essa foi tranquila. O enunciado fala do túnel do carpo e quando há compressão do nervo
mediano (localizado no túnel do carpo) chamamos de Síndrome do Túnel do Carpo = letra A.

Gabarito: A.

99. UNIUV - PREF. JAGUARIAÍVA/PR - 2015

Clinicamente caracterizada por dor, parestesias, impotência funcional, entre outros achados, na síndrome
do canal de _________ ocorre a compressão do nervo ulnar. Assinale a alternativa que completa
corretamente a lacuna:

(A) Adson;

(B) Reiter;

(C) Guyon;

(D) Paget;

(E) Schlatter.

Comentários: Quando há compressão do nervo ulnar, estamos falando do túnel de Guyon. Decorem isso.

Gabarito: C

100. FAFIPA – FEAES de Curitiba/PR - 2015

Assinale a doença que é caracterizada por inflamação dos tendões do abdutor longo do polegar e do
extensor curto do polegar:

(A) Wartenberg.

(B) Dupuytren.

(C) De Quervain.

(D) Síndrome do Túnel do Carpo.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) Wartenberg: é uma compressão do nervo radial sensorial. Item errado.

(B) Dupuytren: contratura progressiva da fáscia palmar superficial e seus prolongamentos digitais. Item
errado.

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(C) De Quervain: é uma tenossinovite que afeta as bainhas dos tendões do primeiro compartimento posterior
do punho (abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar). Resposta da questão.

(D) Síndrome do Túnel do Carpo: diminuição no tamanho do túnel do carpo ou aumento do seu conteúdo,
comprimindo as estruturas que estão dentro desse túnel.

Gabarito: C.

101. ALTERNATIVE CONCURSOS – PREFEITURA DE ESPERANÇA DO SUL/- 2015

Entre os sintomas da Doença de Quervain, estão:

(A) Dor a pressão e alongamento dos tendões extensor curto e abdutor longo do polegar.

(B) Dor a pressão e alongamento dos tendões flexor curto e abdutor longo do polegar.

(C) Dor a pressão e alongamento dos tendões flexor longo e adutor do polegar.

(D) Dor a pressão e alongamento dos tendões extensor curto e adutor do polegar.

(E) Dor a pressão e alongamento dos tendões flexor radial do carpo e flexor curto do polegar

Comentários: Decorem = Síndrome de De Quervain é uma tenossinovite que afeta as bainhas dos tendões
do primeiro compartimento posterior do punho - abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar.
Única alternativa que se refere a esses tendões é a letra A.

Gabarito: A

102. ALTERNATIVE CONCURSOS – PREFEITURA DE ESPERANÇA DO SUL/- 2015

A Doença de Preiser se caracteriza por necrose do osso:

(A) Semi-lunar.

(B) Piramidal.

(C) Escafóide.

(D) Capitato.

(E) Hamato.

Comentários: A doença de Preiser é uma necrose avascular do escafoide. Letra C.

Gabarito: C.

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103. CÂMARA DE SÃO MIGUEL DO OESTE/SC- 2015

Um paciente, trabalhador de um frigorífico teve lesão traumática do nervo mediano. Este paciente
apresenta:

(A) Dedos em garra.

(B) Dificuldade de realizar oposição e flexão do polegar.

(C) Atrofia dos músculos da região hipotênar da mão.

(D) Diminuição da sensibilidade na região dorsal da mão.

Comentários: Vimos algumas vezes que a lesão no nervo mediano irá causar incapacidade de opor ou
flexionar o polegar. Assim como, tem fraqueza na pronação, flexão/ abdução do punho e abdução do
polegar. A preensão palmar e a pinça ficam fracas, podendo não conseguir realizar a pinça (deformidade da
pata de macaco). Além disso, perda de desvio radial do punho.

Gabarito: B.

104. COTEC/UNIMONTES – PREF.DE VÁRZEADA PALMA/MG - 2015

A deformidade conhecida como “mão em garra” caracteriza-se por lesão do nervo:

(A) radial.

(B) ulnar.

(C) axilar.

(D) palmar.

Comentários: Decorem: mão em garra = lesão do nervo ulnar (sinal tardio - deformidade).

Gabarito: A

105. CONPASS – PREF. TIBAU DO SUL/RN - 2015

A Síndrome do túnel do carpo (STC) é uma combinação de sinais e sintomas característicos da compressão
do nervo mediano ao nível do canal do carpo. Desta forma, assinale a alternativa INCORRETA:

(A) O nervo mediano inerva o polegar, o indicador e o dedo médio

(B) Sinal de Phalen positivo é indicativo de STC

(C) Parestesia e dor são sintomas clínicos importantes

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(D) O nervo mediano inerva o 4º e 5º dedos da mão

(E) A liberação cirúrgica do ligamento transverso do carpo alivia a pressão sobre o nervo mediano e melhora
os sintomas da STC.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) O nervo mediano inerva o polegar, o indicador e o dedo médio. Item correto. Essa é a inervação cutânea.

(B) Sinal de Phalen positivo é indicativo de STC. Item correto. Vimos anteriormente.

(C) Parestesia e dor são sintomas clínicos importantes. Item correto.

(D) O nervo mediano inerva o 4º e 5º dedos da mão. Item errado. Inerva o polegar, o indicador e o dedo
médio. Resposta da questão.

(E) A liberação cirúrgica do ligamento transverso do carpo alivia a pressão sobre o nervo mediano e melhora
os sintomas da STC. Item correto. Em algumas situações é necessário realizar esse procedimento.

Gabarito: D

106. UEPB - PREF. SÃO VICENTE/RN - 2015

Em qual doença estão comprometidos os tendões dos músculos abdutor longo e extensor curto do
polegar?

(A) Guyon

(B) De Quervain

(C) O Túnel do carpo

(D) Dupuytren

(E) Dedo em Gatilho

Comentários: Essa é a Síndrome de De Quervain (letra B). Essa questão deveria ter sido anulada, afina a
doença de Dupuytren é uma contratura progressiva da fáscia palmar superficial e seus prolongamentos
digitais.

Gabarito: D

107. FADESP – PREF. SÃO DOMINGOS DO ARAGUAIA/PA - 2015

Síndrome do Túnel do Carpo ocorre devido à compressão nervosa ao nível do punho ao passar pelo
retináculo dos flexores. O nervo acometido nesta síndrome é o

(A) Ulnar.

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(B) Mediano.

(C) Radial.

(D) Carpo.

Comentários: STC = nervo mediano. Letra B.

Gabarito: B

108. IADES- EBSERH/HUPES – UFBA - 2014

É correto afirmar que a doença de Kienböck é caracterizada por osteocondrite da(o)

(A) apófise do calcâneo.

(B) osso semilunar do carpo.

(C) epífise metatarsal.

(D) osso navicular.

(E) tuberosidade tibial.

Comentários: Não falamos sobre essa doença. Vamos aproveitar a questão. A doença de Kienböck é uma
osteonecrose do osso semilunar do carpo. Normalmente o acometimento é unilateral, porém, quando
bilateral, ambos os lados são igualmente afetados. Pode levar à uma osteoartrose radiocarpal. Além disso,
tem maior ocorrência em homens (jovens). Letra B.

Gabarito: B

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LISTA DE QUESTÕES

1. IBFC - EBSERH - 2020

Sobre hálux valgo, analise as afirmativas abaixo e dê valores de Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) É a principal patologia do antepé, acometendo a primeira articulação metatarsofalangeana.

( ) É definida como desvio lateral do hálux associado ao varismo do primeiro metatarso, produzindo uma
saliência óssea medial ao nível da primeira articulação metatarsofalangeana.

( ) Em idosos, o hálux valgo foi relacionado com prejuízos na marcha, estabilidade postural e risco de quedas.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

a) V, F, V

b) F, V, F

c) F, F, F

d) V, V, V

e) F, V, V

2. IBFC – SES ACRE - 2019

Praticantes de uma das modalidades esportivas que cresce a cada ano, a corrida de rua tem
demonstrado forte correlação com a incidência de lesões do tendão do calcâneo. O ultrassom terapêutico é
amplamente utilizado para tratar e auxiliar no reparo destas lesões tendíneas. Quanto ao efeito dessa
terapêutica no reparo tecidual, assinale a alternativa incorreta.

a) Promover ação anti-inflamatória

b) Desarranjar as fibras de colágeno

c) Sintetizar fibroblastos

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d) Estimular Angiogênese

3. CESPE – EBSERH - 2018

Um homem de trinta e um anos de idade foi encaminhado para fisioterapia, quinze dias após cirurgia de
reconstrução de ligamento anterior. O paciente apresenta o joelho pós-cirúrgico com edema importante
e atrofia e fraqueza muscular aparentes, em especial do músculo quadríceps femoral, em comparação à
perna contralateral. O paciente tem déficit importante de ativação do músculo quadríceps, fenômeno
classicamente conhecido como inibição artrogênica.

Considerando esse caso clínico, julgue o item seguinte.

O fisioterapeuta deve iniciar, o mais rápido possível, tratamento para o fortalecimento muscular do
quadríceps femoral, independentemente de a dor articular causada pelo exercício terapêutico.

CESPE – STJ - 2018

Com relação a um paciente com hipertensão arterial, 87,5 kg de massa corporal, 188 cm de altura e
diagnóstico de osteoartrite de joelho direito, com queixa de rigidez e dor nessa mesma estrutura articular,
julgue os itens que se seguem.

4. Para o paciente em questão, o ultrassom é recomendado para alívio imediato da dor, porém não possui
efeito analgésico de longo prazo.
5. Para pacientes em situação semelhante à ora considerada, a eletrocupuntura reduz a dor e mantém esse
efeito por cerca de seis meses após o término do tratamento.
6. De acordo com evidências científicas relacionadas ao tratamento de osteoartrite deve ser recomendada
perda de peso para o paciente em questão .
7. No caso do paciente em apreço, a osteoartrite pode estar relacionada com a hipertensão arterial.
8. O fortalecimento muscular isocinético terá efeito significativo no alivio da dor apresentada pelo paciente
em consideração.
9. A terapia manual realizada por três semanas será eficaz para tratamento da rigidez.
10. A estimulação elétrica nervosa transcutânea, incluindo corrente interferencial, será eficaz para a redução
significativa da dor apresentada pelo paciente.
11. Há evidências de que o laser terapêutico de baixa intensidade é eficaz na redução significativa da dor em
pacientes com osteoartrite, como no caso em apreço.

12. CESPE – STJ - 2018

A respeito dos mecanismos de lesões traumáticas, julgue os itens que se seguem.

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A lesão em hiperextensão com estresse em rotação lateral na tíbia, com pé sob um ponto fixo, é o mecanismo
de lesão do ligamento cruzado anterior.

13. MS CONCURSOS – PREFEITURA DE PIRAÚBA/MG – 2017

A Fascite Plantar é uma inflamação da fáscia plantar do pé que pode ou não estar acompanhada por
osteófito conhecido como esporão de calcâneo. Tem incidência maior em adultos acima de 40 anos, com
algum sobrepeso, que passam muitas horas em pé, podendo ter relação com calçados inadequados. Sobre
o tratamento da fascite plantar, é correto afirmar, exceto:

(A) Terapias anti-inflamatórias, como ultrassom, laser de baixa potência e correntes analgésicas podem ser
associadas com associação de mobilizações manuais.

(B O alongamento da fáscia plantar deve ser diário e enfatizado.

(C) Órteses noturnas para manter o alongamento da fáscia plantar podem e devem ser utilizadas.

(D) Palmilhas ortopédicas são contraindicadas nos tratamentos de fascite plantar.

14. AMPLASC – PREFEITURA DE VARGEM/SC - 2015

Há duas classificações de (LCP) Ligamento Cruzado Posterior:

(A) Leves e rotundas;

(B) Isoladas e combinadas;

(C) Atávicas e tênues;

(D) Anímicas e enviesadas.

15. AOCP - EBSERH/HE-UFPEL - 2015

A condromalácia da patela é uma patologia crônica degenerativa da cartilagem articular da superfície


posterior da patela e dos côndilos femorais correspondentes. É comum em jovens adultos, especialmente
relacionada com episódios de trauma. Assinale a alternativa que apresenta as características desta
patologia

(A) Crepitação, fadiga e dor.

(B) Fadiga, dor e hipotonia.

(C) Hipertonia, crepitação e dor.

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(D) Crepitação, bloqueio e dor.

(E) Dor, hipertonia e fadiga.

16. AOCP - EBSERH – Nacional - 2015

A condromalácia é a degeneração da cartilagem hialina. Não existe uma causa exata, mas a sua etiologia
pode estar relacionada a fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos. O fator mais comum é o
traumatismo crônico. Esta patologia acomete qual articulação?

(A) Femoropatelar.

(B) Glenoumeral.

(C) Tíbiotársica.

(D) Interfalangeanas.

(E) Cotovelo.

17. AOCP - EBSERH/HC-UFG - 2015

Assinale a alternativa INCORRETA sobre a condromalácia patelar.

(A) A condromalácia possui quatro estágios, sendo que o edema e o amolecimento da cartilagem ocorre
apenas no 4º estágio.

(B) A condromalácia patelar é comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas,
jogadores de tênis e corredores.

(C) A condromalácia é caracterizada pelo amolecimento da cartilagem patelar, que pode ser provocado pelo
desequilíbrio articular.

(D) Um dos fatores que pode predispor ao aparecimento da condromalácia é a falta de aquecimento antes
de praticar exercício físico.

(E) Exercícios de alto impacto devem ser evitados pelo portador de condromalácia patelar.

18. VUNESP - PREF. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP - 2015

Responda às questões de números 3 e 4 com base no caso clínico a seguir. Mário, 24 anos, após jogar
futebol no final de semana, foi diagnosticado com ruptura do menisco medial e entorse do ligamento
colateral medial (LCM) de grau II.

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O diagnóstico das entorses do LCM pode ser obtido por meio de avaliação física e geralmente não requer
exames por ressonância magnética, sendo o grau de lesão do ligamento quase sempre determinado pela
quantidade de instabilidade articular. As características do grau de lesão do LCM apresentadas por Mário
são:

(A) fica sensível em virtude das microrruputuras, mas não apresenta instabilidade aumentada, enquanto o
ponto final é firme.

(B) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em valgo em 60º de flexão e mínima na
extensão total e não apresenta o ponto final firme.

(C) apresenta ruptura total com instabilidade significante no estresse em valgo em extensão total e nenhum
ponto final é aparente.

(D) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em valgo em 30º de flexão e mínima na
extensão total e apresenta o ponto final firme.

(E) apresenta ruptura incompleta com instabilidade no estresse em varo em 30º de flexão e mínima na
extensão total e apresenta o ponto final firme.

19. IADES - EBSERH/ HUOL – UFRN - 2014

Assinale a alternativa que apresenta as condutas que devem ser utilizadas no pós-operatório de
artroplastia total de quadril com abordagem cirúrgica posterior.

(A) Na sala de recuperação, após a cirurgia, o membro inferior deve se manter em abdução e rotação medial.

(B) Na sala de recuperação, após a cirurgia, o membro inferior operado deve se manter em rotação externa
e leve elevação.

(C) Não existe restrição de amplitude articular especificamente para os movimentos de abdução e flexão.

(D) É permitido o movimento de adução do quadril somente até 10º ultrapassando a linha média. E- Os
exercícios isométricos para o glúteo devem ser iniciados somente na fase ambulatorial.

20. IADES - SEAP/ SES/DF - 2014

Considere que um fisioterapeuta deverá prestar assistência a uma paciente com coxartrose avançada, que
foi submetida à cirurgia de prótese total do quadril esquerdo há quatro dias. A paciente encontra-se em
bom estado geral, com queixa de dor local leve (EVA 2), sem alterações de sensibilidade, capaz de
permanecer em sedestação e deambular (cerca de 30 passos) sem intercorrências. Considerando as
precauções relacionadas a esse tipo de procedimento, assinale a alternativa correta.

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(A) Ao posicionar a paciente em sedestação a partir do decúbito dorsal, o fisioterapeuta deverá ter como
referência virar para o lado sadio, para não sobrecarregar o membro lesionado.

(B) Ao posicionar a paciente em sedestação a partir do decúbito dorsal, o fisioterapeuta deverá ter como
referência virar para o lado operado, para evitar a adução do quadril, que poderá luxar a prótese.

(C) A descarga de peso deverá ser iniciada após, pelo menos, 72 horas, para evitar complicações.

(D) Exercícios de elevação do membro em extensão na posição de decúbito dorsal não podem ser realizados,
pois ultrapassam 90 graus de flexão do quadril.

(E) Novas tecnologias, como o uso de equipamento de mobilização passiva contínua, são restritas a outras
articulações, como joelho e cotovelo, e não têm aplicação nesse caso.

21. CETRO - AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL - 2015

Paciente do sexo feminino, 45 anos, ex-atleta, obesa, relata dor “cortante” no calcanhar direito. A dor
inicia forte pela manhã, ao colocar o pé no chão, sentindo melhora ao longo do dia. A paciente possui pé
chato, não tem histórias de quedas ou traumas. É correto afirmar que o diagnóstico clínico mais provável,
após o exame físico, é

(A) Artrite Reumatoide.

(B) Pé Diabético.

(C) Fascite Plantar.

(D) Neuroma de Morton.

22. CETREDE – PREF. MUNICIPAL DE SÃO BENEDITO – CE – 2015

Paciente do sexo feminino apresenta um espessamento do nervo interdigital que passa entre os dedos do
pé, causando dormência e dor na ponta do pé. De acordo com essa fisiopatologia qual provável diagnóstico
clínico?

(A) Halux valgo.

(B) Neuroma de morton.

(C) Esporão de calcâneo.

(D) Fasceite plantar.

(E) Hallux rigidus.

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23. FJP- PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/RJ - 2015

A metatarsalgia de Morton está relacionada com neurofibroma de um pequeno ramo entre os nervos:

(A) tibial posterior

(B) cutâneo lateral

(C) calcâneo medial

(D) digitais plantares

24. COPEVE/UFAL - UNCISAL - 2015

O paciente que apresenta instabilidade no joelho em gaveta anterior deve ser tratado com fortalecimento
da musculatura:

(A) Lateral da perna.

(B) Anterior da coxa.

(C) Anterior da perna.

(D) Posterior da perna.

(E) Abdutora do quadril.

25. FGV – PREFEITURA DE CUIABÁ/MT - 2015

Paciente chega ao ambulatório com queixa de dor acentuada na região medial do joelho direito, relatando
ter sofrido uma queda dois dias antes. Relata ainda sensação de queimação na região medial da mesma
perna, que piora à noite. No exame físico, ao realizar a flexão resistida do joelho, a dor aumenta. O quadro
clínico relatado é sugestivo de

(A) neuropraxia do nervo safeno.

(B) lesão do corno posterior menisco medial.

(C) lesão de ligamento cruzado anterior.

(D) tendinite da pata-de-ganso.

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(E) distensão muscular do solear.

26. CAIPIMES - Pref. Rio Grande da Serra/SP - 2015

O encurtamento dos músculos posteriores da coxa pode contribuir para patologias patelofemorais devido
ao aumento da:

(A) extensão do joelho no momento do impacto do calcanhar durante a fase de apoio da marcha.

(B) flexão do joelho no momento do impacto do calcanhar durante a fase de apoio da marcha.

(C) flexão do joelho durante a fase de duplo apoio da marcha.

(D) lateralização da patela durante a fase de impulsão da marcha.

27. UNIUV - PREF. JAGUARIAÍVA/PR - 2015

A doença de _________ trata-se de uma osteocondrite na tuberosidade tibial. Assinale a alternativa que
completa corretamente a lacuna:

(A) Osgood-Schlatter;

(B) Kussmaul;

(C) Paget;

(D) Huntigton;

(E) Dupuytren.

28. ASSCON-PP – PREFEITURA DE MAREMA/SC - 2015

A respeito da Condromalácia patelar assinale a alternativa correta.

(A) Também conhecida como síndrome da dor patelo-femoral

(B) Consiste em uma patologia crônica degenerativa da cartilagem articular da superfície posterior da patela
e dos côndilos femorais correspondentes, que produz desconforto e dor ao redor ou atrás da patela.

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(C) É comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas, jogadores de tênis e
corredores.

(D) Todas as alternativas estão corretas

29. FCPC - PREFEITURA DE BOA VIAGEM/CE - 2015

No que concerne à fisioterapia para o tratamento pós cirúrgico de um paciente com lesão do ligamento
cruzado anterior do joelho, é correto afirmar:

(A) no pós operatório imediato, a flexão passiva é indicada e encorajada até 150º;

(B) o exercício ativo deve ser realizado somente na fase ambulatorial, uma semana após a cirurgia;

(C) a mobilização patelar deve ser feita no sentido craniocaudal e laterolateral, ajudando no ganho de flexão
do joelho;

(D) o treino de marcha deve ser realizado no primeiro dia pós-operatório sem o imobilizador e com descarga
total de peso no membro operado.

30. MASTER - PREF. CACIMBINHAS/AL - 2015

A lesão de LCA costuma ser uma lesão de esportes e resulta de uma rotação ou hiperextensão brusca do
joelho, mas também pode ocorrer quando o fêmur é empurrado para trás e o pé está fixo no chão. O
retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:

I. Conseguir dobrar e esticar o joelho totalmente, sem dor;

II. Recuperar a força, quando comparada com a outra perna;

IIII. Não apresentar mais edema;

IV. Conseguir andar, sem dor e sem mancar;

V. Conseguir correr, sem dor e sem mancar;

Marque a alternativa correta

(A) Apenas I

(B) Apenas II e III

(C) Apenas I, III, IV e V

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(D) Apenas I, III, V e IV

(E) I e III

31. UNICENTRO – PREFEITURA DE GUAÍRA/PR – 2015

As lesões traumáticas do joelho e as suas consequências representam 80% das patologias do joelho. O
sistema osteoligamentar, muito complexo e pouco elástico, é hoje submetido a traumas diretos e indiretos
de aceleração progressivamente maior. Os acidentes automotivos e esportivos são os principais
responsáveis pela variada gama de lesões que a articulação do joelho sofre. A lesão do joelho é a mais
comum entre as lesões graves apresentadas por futebolistas, destacando-se o ligamento cruzado anterior
como um dos ligamentos do joelho mais frequentemente lesados. A partir disso, analise as afirmações
abaixo:

I - A principal função do LCA é prevenir o deslocamento anterior da tíbia em relação ao fêmur.

II - Os traumas axiais e angulares provocam lesões ligamentares com maior frequência, enquanto os traumas
rotacionais provocam fraturas.

III - As lesões ligamentares graves em geral doem muito após o trauma, devido à ruptura total do ligamento.

IV - O teste de gaveta anterior avalia a anteriorização da tíbia em relação ao fêmur.

Está(ão) correta(s):

(A) Apenas a afirmativa I.

(B) Apenas as afirmativas I, II e IV.

(C) Todas as afirmativas estão corretas.

(D) Apenas as afirmativas III e IV.

(E) Apenas as afirmativas I e IV.

32. AOCP - EBSERH/HE-UFSCAR - 2015

Qual é o principal objetivo de tratamento fisioterapêutico para um paciente que sofreu lesão do complexo
ligamentar lateral do tornozelo grau II, na fase aguda?

(A) Restaurar a amplitude de movimento.

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(B) Fortalecer estabilizadores dinâmicos.

(C) Melhorar o equilíbrio.

(D) Diminuir dor e edema.

(E) Melhorar a flexibilidade de tornozelo.

33. AOCP - EBSERH – Nacional - 2015

Entorse de tornozelo é uma das lesões mais frequentes que podem acarretar fraturas. A reabilitação
depende do grau de lesão, da conduta médica inicial e de exames radiológicos. Em um caso de entorse de
tornozelo, na fase I de tratamento, deve-se ter como conduta:

(A) fortalecimento muscular.

(B) propriocepção.

(C) alongamento.

(D) gelo, compressão e elevação.

(E) treino pliométrico.

34. IDECAN - CREFITO/PR - 2013

O tratamento de um paciente com entorse de tornozelo moderado a grave baseia-se em quatro fases
distintas: imobilização; pós imobilização; recuperação; e, resolução. Mesmo que as fases de tratamento
sejam respeitadas, pode haver sequelas para os pacientes. Acerca deste tema, assinale a afirmativa
correta.

(A) Na fase de resolução, os exercícios devem ser do tipo mobilização tíbio-társica, subtalar e médio-társica.

(B) A instabilidade permanente ocorre em casos que não foram tratados adequadamente, assim como a
artrose prematura e as calcificações periarticulares.

(C) Na fase de recuperação funcional são indicados exercícios para redução do edema periarticular e, ainda,
exercícios a fim de aumentar o arco articular.

(D) O tratamento na fase de pós imobilização tem por objetivo primário ganho total da amplitude articular,
fortalecimento da musculatura e melhora da coordenação. Deve ter início com crioterapia e eletroterapia.

(E) Na fase de imobilização, basicamente, o objetivo será aliviar as sequelas desta condição e, para tal, deve-
se evitar elevação frequente de extremidades, assim como a mobilização ativa às demais articulações do
membro.

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35. CESPE – SESA/ES – 2015

Para um paciente com setenta e quatro anos de idade, com pé plano rígido e diagnóstico médico de fascite
plantar e esporão calcâneo, é indicada uma palmilha inteiriça com

(A) área de descompressão sob o calcâneo.

(B) barra retrometatarsiana.

(C) elevação em cunha lateral de calcâneo.

(D) botoeira do segundo ao quarto metatarso.

(E) apoio do arco plantar longitudinal.

36. FUNCEPE - PREF. ITAITINGA/CE - 2015

Nos traumas mecânicos agudos do tipo entorse, a melhor resposta ao tratamento fisioterapêutico inicial
é obtida com:

(A) Tens, ultrassom.

(B) Ultrassom e alongamento.

(C) Ultrassom, enfaixamento compressivo.

(D) Crioterapia e enfaixamento compressivo.

(E) Ondas curtas e alongamentos.

37. CURSIVA - PREF. MAREMA/SC - 2015

Após uma entorse de tornozelo com dano ligamentar e consequentemente articular inicia-se a
recuperação pela fase de proteção. Durante este estágio de inflamação e reparo é incorreto:

(A) Para minimizar o edema usar compressão, elevação e gelo;

(B) Usar técnicas suaves de mobilização articular para manter a mobilidade;

(C) Inibir a dor;

(D) Orientação ao paciente, quanto ao apoio de peso parcial para diminuir a carga na deambulação;

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(E) Ensinar técnicas de hipertrofia para manter massa muscular.

38. FAUEL - PREF. XAMBRÊ/PR - 2015

A sensibilidade ou a dor percebida durante a palpação da face medial do tornozelo decorrente de um


entorse em eversão, pode ser sugestivo de lesão do:

(A) Ligamento talofibular anterior.

(B) Ligamento calcaneofibular.

(C) Ligamento talofibular posterior.

(D) Ligamento deltóide.

39. CÂMARA DE SÃO MIGUEL DO OESTE/SC - 2015

O tratamento indicado para um entorse de tornozelo na fase aguda é:

(A) TENS, ultra-som no modo contínuo.

(B) Crioterapia, anti-inflamatório, enfaixamento compressivo.

(C) Alongamento, ultrassom, microondas.

(D) Ondas curtas, enfaixamento compressivo, exercícios ativos.

40. FAEPESUL - PREF. GRAVATAL/SC - 2015

Afecções em pés e tornozelos são muito comuns em esportes como futebol e atividades esportivas em
geral. Assinale a alternativa INCORRETA:

(A) Um sintoma comum aos tipos de fasciite plantar de origem mecânica ou degenerativa é a dor provocada
pelo apoio bípede ou pela marcha.

(B) A fascite plantar indica inflamação da fáscia ou oponeurose plantar, mais existem três músculos que tem
a mesma origem que a fáscia plantar, isto é, no tubérculo interno do calcâneo.

(C) Em casos de Hálux rígido ou limitado a restrição de movimentos de flexão ou rotação na primeira
articulação metatarsofalangiana fica restrito.

(D) O termo metatarsalgia relaciona-se a dor ou desconforto no segmento anterior do pé.

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(E) O tratamento dos casos de metatarsalgia inclui as medidas e as medicações destinadas a diminuir os
sintomas; a colocação de almofadas em forma de gota dentro do calçado, sob as cabeças dos ossos
metatarsianos; os materiais para a sola interna, acompanhando todo comprimento do sapato; os calçados
de sola intermediária almofadada e a colocação de barra metatarsiana externa.

41. AOCP - EBSERH – 2015

Em um pós-operatório de quadril, devido a uma osteoartrose, a reabilitação na fase inicial baseia-se na


independência funcional para, posteriormente, o paciente conseguir desenvolver suas Atividades de Vida
Diária (AVD). Neste caso, sugere-se:

(A) tutor curto.

(B) Enfaixamento para imobilização.

(C) Bolsa com água quente.

(D) Órtese para imobilização.

(E) Muletas para locomoção.

42. IADES – HEMOCENTRO/DF – 2017

Considere hipoteticamente uma paciente do sexo feminino, com 65 anos de idade, vítima de violência
doméstica. Ela apresenta lesões superficiais no crânio e na face, contusões moderadas em tórax e abdome
e uma fratura estável na região do corpo de L3, que ocorreu quando a vítima caiu sentada. No momento,
encontra-se consciente, em respiração espontânea ao ar ambiente, ausculta respiratória regular e
saturação dentro do padrão de normalidade. Ela solicita ficar em posição de sedestação, pois está cansada
de permanecer deitada e passou a sentir ferimentos nas nádegas e calcanhares.

Com base no caso clínico apresentado, assinale a alternativa correta

(a) a posição de ortostatismo geraria menor sobrecarga na região fraturada do que a sedestação.

(b) não há contraindicações para a realização de exercícios de mobilidade e resistidos ao nível da coluna
lombar, pois a fratura é estável, e este é o segmento vertebral de maior estabilidade.

(c) em razão da presença da fratura, a única conduta que não ofereceria riscos a paciente seria o repouso
em decúbito dorsal.

(d) o quadro clínico da paciente representa uma contraindicação absoluta para a posição de sedestação,
pois, além de gerar maior sobrecarga lombar, promoverá o deslocamento do núcleo pulposo posteriormente

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e ocasionará uma hérnia de disco. No caso, a posição seria segura somente com o uso de colete toracolombar
bivalvado.

(e) a conduta ideal para a paciente é repouso, crioterapia e massagem local. Após a consolidação da fratura,
podem ser iniciados estímulos elétricos para ativação muscular.

43. IADES – HEMOCENTRO/DF – 2017

A coluna vertebral está situada na região axial do esqueleto humano, e é formado pelo número variável
de 32 vértebras e sustentada por numerosos ligamentos e músculos. Em relação aos aspectos
cinesiológicos desse segmento do corpo humano, assinale a alternativa correta.

(a) os movimentos da coluna estão limitados aos planos sagital e coronal.

(b) os músculos oblíquos, ao se contraírem, comprimem a cavidade abdominopélvica e agem nos


movimentos de extensão e rotação do tronco.

(c) a contração bilateral do quadrado lombar puxa a cavidade torácica em direção a pelve ou estende a coluna
vertebral; a contração unilateral inclina a coluna lateralmente para o lado que está sendo contraído.

(d) a presença de curvaturas na coluna vertebral possui relevância biomecânica, contribuindo para que os
movimentos sejam mais harmônicos.

(e) a região torácica, em razão de estar articulada com as costelas, é a maior porção móvel da coluna.

44. AOCP – EBSERH - 2017

Paciente feminina, 65 anos, foi encaminhada para o tratamento fisioterapêutico devido a uma
osteoporose nos membros inferiores e na coluna vertebral. Após anamnese, o fisioterapeuta elaborou o
plano de tratamento. Diante disso, sabe-se que se deve evitar e ter precauções com alguns exercícios,
EXCETO

(A) exercícios de apoio de peso e atividades de equilíbrio.

(B) exercícios de flexão como os abdominais com a paciente deitada.

(C) exercícios de flexão com o uso de aparelhos abdominais na posição sentada.

(D) exercícios combinados de flexão e rotação de tronco.

(E) exercícios resistidos com aumento de carga além da capacidade do osso.

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45. IDECAN - PREF. MARILÂNDIA/ES - 2016

A reabilitação das lesões na coluna é uma área da fisioterapia que está em progresso constante. Disfunções
posturais, dor crônica por utilização inadequada da postura, entorse e dor discogênica são apenas algumas
das disfunções na coluna mais comumente descritas. O terapeuta deve tomar alguns cuidados ao instruir
e verificar a técnica de fortalecimento abdominal. Em relação a estes cuidados, analise as afirmativas a
seguir.

I. Monitorar a velocidade do movimento, não permitindo movimento rápido a não ser que o exercício seja
planejado assim.

II. Verificar compensação pela musculatura lombar ou uma manobra de Valsalva.

III. Coluna neutra/alinhamento total da coluna deve ser transportado para atividade terrestre‐abdominal e
outras.

Estão corretas as afirmativas

(A) I, II e III.

(B) I e II, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

46. FAFIPA - PREF. CAMPO MAGRO/PR - 2016

Sobre a espondilolistese, assinale a alternativa CORRETA.

(A) É o deslocamento de um corpo vertebral em relação aquele imediatamente abaixo.

(B) Ocorre curvatura lateral da coluna vertebral no plano frontal.

(C) Aumento da fragilidade óssea.

(D) É uma cifose torácica aumentada.

47. GESTÃO CONCURSOS- PREF. ARANTINA/MG - 2016

A seguir são citadas intervenções utilizadas no tratamento da coluna lombar. Assinale a alternativa
incorreta:

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(A) O Método Mackenzie para tratamento da coluna vertebral envolve exercícios ativos e passivos usados
no início, no meio e no final das amplitudes de flexão, extensão do tronco e deslizamentos laterais.

(B) Nos exercícios de flexão de Williams em alguns casos o objetivo principal é reduzir a compressão da raiz
nervosa.

(C) Os exercícios de alongamento aplicados em indivíduos com suspeita de instabilidade devem ser aplicados
com cautela principalmente aqueles que promovem flexão lombar de final de amplitude.

(D) Os exercícios aeróbios devem sempre ser suspensos durante o tratamento.

48. LEGALLE CONCURSOS - Pref. Nova Esperança do Sul/ RS – 2015

Dor lombar com defesa muscular; postura fletida e desvio para o lado oposto ao lado sintomático;
sintomas neurológicos nos dermátomos e miótomos correspondentes; aumento dos sintomas (avançando
para a periferia) com posturas sentadas fletidas prolongadas, na transição de sentado para bipedestação,
ao tossir e ao esforçar-se; mobilidade nervosa limitada, como ao fazer a elevação da perna estendida
(normalmente entre 30º e 60º) e sintomas que avançam para a periferia durante testes repetidos de flexão
da coluna. Estes são sinais e sintomas comuns relacionados à:

(A) Protusões discais na coluna cervical.

(B) Lesão do menisco medial.

(C) Protusões discais na coluna lombar.

(D) Contratura de músculos e tecidos moles das costas.

(E) Patologia das articulações facetárias.

49. FAFIPA - PREF. CAMPO MAGRO/PR – 2016

Assinale a alternativa que alivia os sintomas da lombalgia.

(A) Dormir de barriga para baixo.

(B) Má postura no trabalho.

(C) Aumento do peso corporal.

(D) Alongamento.

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50. FCC - TRT 23ª - 2016

Na orientação de hábitos posturais saudáveis, a orientação que provocará menor pressão intradiscal
durante a postura deitada é

(A) semi-sentado.

(B) em prono.

(C) de lado.

(D) em prono, com as costas estendidas e apoiadas nos cotovelos.

(E) em supino.

51. FCC - TRT 13ª - 2014

Um trabalhador, que realiza a sua atividade levantando pesos, procurou o setor de fisioterapia para saber
se a utilização de cintos lombares ajudaria a prevenir dores na coluna. O fisioterapeuta Paulo respondeu
que

(A) os cintos lombares auxiliam na prevenção de dores lombares e deve ser recomendada a sua utilização.

(B) a eficiência dos cintos lombares é moderada e pode ser recomendada a sua utilização.

(C) o uso de cintos não é recomendado para prevenção de lombalgia.

(D) a eficiência dos cintos lombares é grande e pode ser recomendada a sua utilização.

(E) a eficiência dos cintos lombares é pequena e a sua utilização deve ser feita em trabalhos específicos de
levantamento de peso

52. AOCP - EBSERH – Nacional - 2015

A escoliose é uma defodarmidade em curva da coluna vertebral, podendo ou não ser acompanhada de
rotação das vértebras, a chamada “giba”. Em uma escoliose em C, com concavidade à esquerda, pode-se
notar que:

(A) a musculatura do lado da concavide está alongada.

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(B) a musculatura do lado da concavidade está encurtada.

(C) a musculatura do lado da concavidade e da convexidade está normal.

(D) a musculatura do lado da concavidade e da convexidade está encurtada.

(E) a musculatura do lado da convexidade está encurtada.

53. CESPE – SESA/ES – 2013

Um paciente com quarenta e dois anos de idade, motorista de ônibus, com jornada de trabalho diária de
sete horas, sedentário, com sobrepeso do tipo 1, apresentando quadro de lombalgia funcional, poderá ter
como consequência da postura sentada por longo período:

(A) diminuição da pressão sobre os ísquios.

(B) diminuição da pressão vascular dos membros inferiores.

(C) retropulsão cervical e aumento da lordose lombar.

(D) aumento da expansão diafragmática.

(E) flacidez dos músculos abdominais.

54. FCC -– TRT 3º- 2015

A Espondilolistese ístmica

(A) ocorre por uma instabilidade intersegmental de longa data.

(B) ocorre em L5-S1, com defeitos de fusão do arco neural ocorrendo nas vértebras superiores do sacro e
também em L5.

(C) ocorre pela falha mecânica de um istmo aparentemente normal e ocorre mais frequentemente no nível
de L5 (Espondilólise).

(D) é o tipo mais comum e é causada por um defeito na ossificação da parte interarticular.

(E) é causada por fraturas em áreas de gancho do osso que não a parte.

55. FCC – TRT 3º REGIÃO - 2016

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É uma patologia lombar considerada emergência cirúrgica absoluta:

(A) Ciática que não responde ao tratamento conservador por, pelo menos, seis semanas.

(B) Síndrome da cauda equina.

(C) Ciática que não responde ao tratamento conservador e apresenta déficit motor maior que grau 3.

(D) Ciática com dor radicular associada à estenose óssea foraminal.

(E) Ciatalgia crônica.

56. AOCP – EBSERH/UFPA - 2016

Paciente, 50 anos, foi diagnosticada com espondilolistese degenerativa. Ao realizar avaliação com o
fisioterapeuta, foi detectada dor lombar sem sinais neurológicos associados. Qual é o prognóstico de
tratamento para o caso?

(A) Ruim, pois os sintomas raramente desaparecem e geralmente evoluem para tratamento cirúrgico.

(B) Bom, no início, porém a maioria dos pacientes com o mesmo quadro evoluem para cirurgia.

(C) Ruim, devido à idade da paciente a reabilitação fica dificultada.

(D) Bom, já que estudos mostram que a grande parte dos pacientes com o mesmo quadro ficam bem
realizando apenas o tratamento conservador.

(E) Incerto, pois faltam informações para definir o quadro da paciente.

57. FCC – TRT 13º - 2014

Carlos Eduardo, 35 anos, apresenta cervicalgia há cerca de 24 meses. Ontem acordou com torcicolo. O
tratamento na primeira semana consiste em:

(A) exercícios passivo, ativo-assistido e ativo livre para manter a amplitude de movimento e flexibilidade;
exercícios de relaxamento; exercícios resistidos para a musculatura agonista.

(B) apenas exercícios passivo, ativo-assistido e ativo livre para manter a amplitude de movimento e
flexibilidade.

(C) exercícios passivo, ativo-assistido e ativo livre para manter a amplitude de movimento e flexibilidade;
exercícios de relaxamento; exercícios resistidos para a musculatura antagonista.

(D) apenas exercícios resistidos para a musculatura antagonista.

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(E) apenas exercícios de relaxamento.

58. IMA –PREF. SÃO JOSÉ DO PEIXE/PI - 2016

O torcicolo é uma torção do pescoço na qual a cabeça fica inclinada para um lado, enquanto o queixo fica
virado para o outro. Trata-se da rigidez do pescoço devido à hipertonicidade dos músculos cervicais,
podendo ser causada por tensão emocional, sobrecarga física, trauma por deslocamento súbito,
permanência na mesma posição por períodos prolongados. Esse, pode-se classificar, como:

(A) Torcicolo Espúrio;

(B) Torcicolo Congênito;

(C) Torcicolo Espasmódico;

(D) Torcicolo Sintomático.

59. IADES - SEAP/ SES/DF - 2014

Considere os achados radiológicos a seguir, relativos ao exame de um paciente que se apresentou para
atendimento ambulatorial de fisioterapia. Sequência da coluna nos vários planos ortogonais, sem
administração de meio de contraste. Os discos intervertebrais de T4 a T10 apresentam desidratação e
redução da espessura. São evidenciados nódulos de Schmorl. Os neuroforames são livres.

Nesse caso hipotético, o possível diagnóstico é

(A) espondiloartrose.

(B) espondilite anquilosante.

(C) hérnia discal torácica.

(D) mal de Pott.

(E) doença de Scheuermann.

60. AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - 2014

Em relação às anormalidades posturais, assinale a alternativa correta.

(A) A gibosidade corresponde a uma rotação vertebral. O corpo desloca-se para um dos lados, o lado da
rotação e a apófise transversa posterioriza-se.

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(B) A escoliose estrutural é caracterizada pela presença de uma proeminência rotacional no lado côncavo da
curva. Nesta, as vértebras são rodadas no sentido da concavidade produzindo uma gibosidade.

(C) A hiperlordose cervical é causada por estiramento dos músculos paravertebrais especialmente o
semiespinhal da cabeça.

(D) A escoliose é uma lateroextensão lombar com rotação para o lado oposto.

(E) A retificação cervical é causada pelo estiramento dos músculos pré-vertebrais.

61. AOCP - EBSERH/HUCAM-UFES - 2014

Assinale a alternativa que indica quais alterações posturais podem apresentar os pacientes portadores de
pés planos.

(A) Rotação externa tibial e femoral.

(B) Genu varo e genu recurvatum.

(C) Diminuição da lordose.

(D) Anteroversão dos ilíacos.

(E) Verticalização do sacro.

62. AOCP - EBSERH/ HUSM-UFSM/RS - 2014

Em relação às alterações posturais, é correto afirmar que:

(A) a cifose é uma condição cuja prevalência é maior na coluna cervical.

(B) o tipo de cifose descrita como dorso curvo consiste no aumento da inclinação pélvica (20°) com uma
cifose tóraco-lombar ou torácica.

(C) a escoliose é uma deformidade na qual existe uma ou mais curvaturas laterais na coluna lombar ou
torácica.

(D) o tipo de cifose descrita como corcunda trata-se de uma angulação anterior acentuada localizada
denominada giba.

(E) em uma escoliose estrutural, os corpos vertebrais rodam em direção à concavidade e tornam-se
deformados.

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63. AOCP – FUNDASUS – UBERLÂNDIA - 2016

Paciente, sexo masculino, 15 anos, com diagnóstico de hipercifose torácica, procura atendimento
fisioterapêutico. Basicamente, de forma simplificada, pode-se trabalhar na cinesioterapia

(A) alongamento da região lateral do tronco e fortalecimento da região anterior do tronco.

(B) alongamento da região posterior do tronco e fortalecimento da região lateral do tronco.

(C) alongamento da região anterior do tronco e fortalecimento dos músculos rotadores do tronco.

(D) alongamento da região posterior do tronco e fortalecimento da região anterior do tronco.

(E) alongamento da região anterior do tronco e fortalecimento da região posterior do tronco.

64. IDECAN - PREFEITURA MUNICIPAL DE MIRAÍ – 2016

A postura é composta das posições de todas as articulações do corpo em um dado momento e o


alinhamento postural estático é mais bem descrito em termos de posições das várias articulações e
segmentos do corpo. A postura pode ser descrita, também, em termos de equilíbrio muscular. Para avaliar
e tratar problemas posturais é necessária uma compreensão de princípios básicos relacionados ao
alinhamento, articulações e músculos. Assinale a afirmativa INCORRETA relacionada a estes
conhecimentos.

(A) A fraqueza muscular não permite separação das partes onde o músculo está inserido.

(B) O encurtamento muscular mantém bem próximas as partes onde o músculo está inserido.

(C) A fraqueza de alongamento pode ocorrer em músculos uniarticulares que permanecem em condição
alongada.

(D) Uma avaliação das posições articulares indica quais músculos estão em posição alongada e quais estão
em posição encurtada.

65. CETRO - AHM - 2015

Leia o texto abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as
lacunas. A postura pode ser uma apresentação de várias colunopatias que devem ser analisadas
minuciosamente. Os ombros e a pelve devem ser nivelados e os ossos, assim como os tecidos moles de
ambos os lados, devem ser simétricos. Quando o paciente está em pé, a inclinação para um dos lados pode
sugerir _____________. Em visão lateral, a presença de uma discreta ______________ lombar é
_____________. Eventualmente, uma ____________ acentuada (deformidade de Gibbus) pode estar
presente.

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(A) escoliose/ lordose/ normal/ cifose

(B) cifose/ lordose/ anormal/ retificação

(C) escoliose/ retificação/ normal/ cifose

(D) lordose/ escoliose/ anormal/ cifose

66. CETREDE – PREFEITURA DE AQUIRAZ/CE - 2017

O ombro é uma articulação bastante complexa e a mais móvel de todo o corpo humano. Entretanto, é
considerado pouco estável por sua anatomia articular, especialmente na articulação glenoumeral. Por esse
motivo, qualquer alteração que comprometa sua estrutura e função faz com que esse complexo articular
seja alvo de inúmeras afecções, sendo a síndrome do impacto a mais comum em indivíduos adultos.

Sobre a fisioterapia no tratamento da síndrome de impacto, marque a opção INCORRETA.

(A) A reabilitação deve ser realizada com duração máxima de três meses, devendo optar-se pelo tratamento
cirúrgico sempre que não apresente melhora do quadro neste período.

(B) Alguns fatores como idade, protocolo utilizado, tipo de atividades realizadas no trabalho e esporte e
variações anatômicas do acrômio podem interferir no tempo ou nos resultados do tratamento. Contudo,
uma intervenção fisioterapêutica adequada e precoce, associada a um programa de reeducação e orientação
do paciente, que enfatize mudanças de hábitos esportivos ou readaptações profissionais, é imprescindível
para sucesso nos resultados.

(C) O tratamento fisioterapêutico na fase inicial tem como objetivo a redução ou abolição da dor e diminuição
do processo inflamatório instalado, sendo importante evitar exercícios exagerados que possam agravar
ainda mais o quadro agudo.

(D) Após alívio da dor e redução do processo inflamatório agudo, os exercícios para ganho de ADM e melhora
da flexibilidade dos músculos rotadores laterais e mediais do ombro e romboides devem ser inseridos no
programa de reabilitação.

(E) A evolução do tratamento fisioterapêutico deve enfatizar atividades de reforço muscular dos
estabilizadores da escápula, pois a fraqueza persistente desse grupo muscular manterá alterado o ritmo
escapuloumeral, favorecendo, assim, a impactação subacromial contínua.

67. IADES – ALEGO - 2019

Considere a função muscular de um paciente que apresenta o quadro de síndrome dolorosa do ombro de
natureza microtraumática e degenerativa, caracterizada por tendinite de manguito rotador, podendo
haver ruptura total ou parcial de um ou mais tendões. Assinale a alternativa que indica os músculos que
devem ser testados impreterivelmente para a elaboração do tratamento fisioterapêutico.

(A) Somente os músculos do manguito rotador.

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(B) Deltóide, peitoral maior, trapézio, bíceps e tríceps braquial.

(C) Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor, subescapular, deltóide, peitoral maior, trapézio, bíceps e
tríceps braquial.

(D) Deltóide, peitoral maior, grande dorsal, trapézio, bíceps e tríceps braquial.

(E) Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor, subescapular, trapézio, rombóides e serrátil anterior.

IADES – RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL SES/DF - 2018

O paciente E.G., 34 anos de idade, policial militar, relata que, no curso de formação na academia de polícia,
sofreu queda sobre o ombro direito durante treinamento de luta. Procurou atendimento de emergência
hospitalar e, no exame físico, inspeciona-se deformidade na articulação acromioclavicular. O paciente
segura com mão contralateral o membro superior lesionado sobre o tórax e refere dor no ombro direito;
apresenta pressão arterial de 120 mmHg x 80 mmHg, frequência cardíaca de 80 bpm e saturação de
oxigênio de 92%. No pronto atendimento, foi realizado exame de imagem, conforme figura apresentada.

Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir.

68. De acordo com a classificação de Alman-Tossy, essa lesão pode ser classificada como grau I com distensão
ou ruptura parcial do ligamento acromioclavicular e glenoumeral superior.
69. No exame clínico, espera-se o teste de sinal de tecla positivo.
70. O comprometimento funcional mais comum nesse tipo de lesão é a limitação na amplitude de
movimento de adução e abdução horizontal do ombro.
71. Para fornecer mais conforto e alívio de dor para esse paciente, a órtese mais indicada para esse tipo de
lesão é uma tipoia com manguito umeral tipo Velpeau.

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72. No caso de uma iminente falha no tratamento conservador e se a equipe médica optar por um
tratamento cirúrgico com fixação cruenta de placa e parafuso, está indicado, na fase aguda, o uso de
diatermia por ondas curtas contínuas com técnica coplanar por 15 minutos de aplicação.
73. Para prevenir restrições na amplitude de movimento articular, devem-se instituir na cinesioterapia
exercícios de amplitude de movimento (ADM) de ombro, tração e deslizamentos grau II na articulação
glenoumeral.
74. São achados comuns nesses pacientes aumento de tensão cervical e discinesia escapular, além da
possibilidade de síndrome do desfiladeiro torácico.

IADES – RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL SES/DF - 2018

O paciente L.R.G., 47 anos de idade, comissário de bordo de companhia aérea, relata que, há dois meses,
ao levantar uma mala pesada de passageiro para colocá-la no compartimento superior do avião, sentiu
uma “fisgada” no ombro direito. A partir de então, refere dor no ombro e limitação para os movimentos
de flexão e abdução. Procurou atendimento em médico ortopedista especialista em ombro, que
diagnosticou tendinopatia inflamatória pelo exame clínico e pelo exame de imagem. Na palpação,
apresenta dor em região subacromial grau 8 pela escala analógica visual. No exame de ressonância nuclear
magnética, identifica-se coleção de líquido intrasubstancial em tendão do supraespinhal e infraespinhal e
infiltrado em bursa subacromial. A respeito desse caso clínico e dos conhecimentos correlatos, julgue os
itens a seguir.

75. O acrômio tipo III, classificado como ganchoso, pode ser uma das causas da síndrome do impacto no
ombro.
76. . No exame clínico, para detectar esse tipo de lesão, devem-se realizar manobras irritativas para o manguito
rotador, como, por exemplo, os testes de Neer, Patte e Jobe.
77. Na fase inicial do tratamento desse tipo de lesão, deve-se enfatizar a mobilização passiva intra-articular
do ombro com movimentos de tração, deslizamentos e circunduções da articulação glenoumeral.
78. Na fase de fortalecimento muscular, está indicado o exercício denominado “lata vazia” em amplitude de
movimento (ADM) acima de 90º do ombro, sobretudo para ativação do músculo redondo maior.
79. Uma das causas da síndrome do impacto do ombro pode ser a escápula alada e, nesse caso, deve-se
trabalhar a flexibilidade do músculo serrátil anterior.
80. Uma ferramenta validada que se deve utilizar para avaliar a funcionalidade da articulação do ombro para
esse tipo de caso é o sistema de pontuação de UCLA.

81. IADES - EBSERH/MCO – UFBA - 2014

Assinale a alternativa que indica o efeito sobre a articulação glenoumeral que é produzido pelos exercícios
pendulares de Codman.

(A) Diminuição da nutrição do líquido sinovial.

(B) Compressão.

(C) Aumento da dor.

(D) Fortalecimento dos músculos do manguito rotador.

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(E) Separação.

82. IDECAN –PREF. APIACÁ/ES - 2011

Nas últimas duas décadas, a síndrome do impacto tem se tornado um diagnóstico cada vez mais comum
para pacientes com dores no ombro. Porém, tal síndrome tem um diagnóstico específico e não é a única
causa de dor na porção ântero-superior do ombro, assim

(A) pode-se afirmar que a fraqueza dos músculos do manguito rotador pode levar a uma lateralização da
cabeça do úmero, levando, assim, ao fenômeno do impacto.

(B) uma importante função do manguito é a estabilização, pois em um ombro sadio, ele centraliza a cabeça
do úmero exatamente no centro da cavidade glenoide, deixando os ligamentos e a cápsula frouxos durante
a maioria dos movimentos funcionais.

(C) um desbalance dos músculos situados acima do hemisfério da cabeça do úmero em relação ao
supraespinhoso e principalmente o bíceps braquial, que é substancialmente mais volumoso, puxaria a cabeça
do úmero para cima causando, assim, o impacto.

(D) a rotura completa do manguito com alterações ósseas típicas ao raio-x simples (esclerose óssea, cistos
subcondrais, osteófitos na porção anterior e na articulação acromioclavicular e contato da cabeça do úmero
com o acrômio, nos casos de rotura completa do manguito), são características observadas na Fase I ou
Estágio I desta síndrome, comum em pacientes acima de 40 anos.

(E) a dor é proporcional ao tamanho da rotura e não ao grau de inflamação, piora durante o dia pelo
estiramento das partes moles, pode ser espontânea e aumenta com os movimentos de elevação do ombro
acima de 120º.

83. IDECAN –EBSERH/ HC-UFPE -2014

A síndrome do impacto do ombro é uma síndrome dolorosa acompanhada por alteração na mobilidade
local, sendo caracterizada por uma tendinite, geralmente, do tendão do supraespinhoso e bursa
subacromial, com lesão parcial ou total deste ou de outros tendões. Sua origem é o impacto do acrômio
da escápula no aparelho burso-tendíneo do ombro, sobreposto à grande tuberosidade do úmero. Sobre o
tema, analise as afirmativas.

I. Tem seu quadro desencadeador agravado, quando, segundo classificação de Morrison e Bigliani (1986),
possuir um acrômio tipo I.

II. Segundo a evolução clínica descrita por Neer (1972), na fase II da patologia ocorre fibrose e tendinite do
manguito rotador, acometendo pacientes em idade média de 25 a 45 anos.

III. Neviasier (1990) descreve quatro elementos que agem conjuntamente nesta síndrome: vascular,
degenerativo, traumático e morfológico.

IV. O ritmo escapulotorácico alterado não traz complicações significativas ao funcionamento glenoumeral.

Estão INCORRETAS as afirmativas

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(A) I, II, III e IV.

(B) I e IV, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) II e IV, apenas.

E) I, III e IV, apenas.

84. CURSIVA - PREF. MAREMA/SC - 2015

O manguito rotador consiste de quatro músculos: o subscapular, o supraespinhal, o infraespinhoso e o


redondo menor. Na síndrome do impacto pode ocorrer a lesão de quais músculos?

(A) Bíceps e redondo menor.

(B) Cabeça longa do bíceps e subscapular.

(C) Cabeça longa do bíceps e supraespinhoso.

(D) Supraespinhoso e subescapular.

(E) Bíceps e infraespinhoso.

85. VUNESP - PREF. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP - 2015

Na síndrome do impacto crônico no ombro, o impacto da cabeça do úmero contra o arco coracoacromial
pode ser detectado no exame de raio X ou na ressonância magnética. Além das estruturas musculares:
subescapular, supraespinal e infraespinal, aquelas que podem estar envolvidas e o movimento da
articulação do ombro que está prejudicado, nessa situação, são:

(A) redondo menor, serrátil anterior; adução.

(B) redondo maior, serrátil anterior; abdução.

(C) redondo menor, serrátil anterior; abdução.

(D) redondo maior, serrátil posterior; adução.

(E) redondo menor, serrátil posterior; abdução.

86. FCC - TRT - 2015

Maria Eduarda, 25 anos, jogadora de handball durante a avaliação fisioterapêutica foi posicionada com o
membro superior ao lado do tórax e o cotovelo em 90° de flexão, o ombro foi rodado em sentido lateral

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passivamente pelo fisioterapeuta, posição que deve ser mantida pela ação muscular. A não sustentação
da rotação lateral faz com que o ombro rode espontaneamente em sentido medial em direção ao tórax,
indicando lesão grave. O teste e o músculo lesado são, respectivamente,

(A) rotação medial não mantida, infraespinhal.

(B) rotação lateral não mantida, supraespinhal.

(C) Jobe, supraespinhal.

(D) rotação lateral não mantida, infraespinhal.

(E) Jobe, infraespinhal.

87. FCC - TRT - 2015

Luciana, 35 anos, cabeleireira apresenta dor no ombro direito há 5 dias. A dor iniciou após uma semana
intensa de trabalho, 14 horas por dia. Após avaliação, Luciana recebeu o diagnóstico de tendinite do
supraespinhal, que lhe causará dor ao tentar:

(A) escovar os dentes.

(B) elevar o MMSS acima da cabeça.

(C) pegar um objeto no chão cruzando a linha média.

(D) levar alimento à boca.

(E) amarrar o sapato.

88. FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 5ª - 2013

A introdução de exercícios de flexão ativa do ombro, rotação lateral e exercícios no plano escapular em
pacientes que se submeteram a cirurgia de reparo do manguito rotador acontece no período pós-
operatório de

(A) 1 a 4 semanas.

(B) 2 a 4 semanas.

(C) 5 a 8 semanas.

(D) 8 a 10 semanas.

(E) 8 a 12 semanas.

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89. FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 23ª - 2016

Um paciente realizou cirurgia para reparar o manguito rotador. Para treinamento neuromuscular utilizou-
se o body blade. Este equipamento proporciona

(A) alongamento dos músculos alvo do equipamento.

(B) maior controle neuromuscular e força muscular fornecida pela contração individual dos músculos alvo
do equipamento.

(C) maior controle neuromuscular e força muscular fornecida pela co-contração de grupos musculares alvo
do equipamento.

(D) fortalecimento dos grupos musculares através da contração individual dos músculos alvo do
equipamento.

(E) relaxamento muscular da cintura escapular.

90. CESPE – SESA/ES - 2013

Acerca da síndrome conhecida como ombro congelado e da sua abordagem fisioterápica, assinale a opção
correta.

(A) Os exercícios de Codman não devem ser aplicados, pois não produzem efeitos na aderência entre cápsula
e úmero e proporcionam desconforto ao paciente.

(B) Essa síndrome também é denominada capsulite adesiva; nela, a restrição de amplitude e a dor ao realizar
movimento são causadas pela adesão da cápsula articular ao úmero.

(C) Na avaliação fisioterapêutica, a realização de rotação interna do ombro e de rotação contra resistência é
fundamental para o diagnóstico dessa síndrome.

(D) A utilização da termoterapia, por meio do calor, é totalmente contraindicada, pois aumenta o
metabolismo e o fluxo sanguíneo local.

(E) O treino funcional fisioterapêutico tem o estrito objetivo de aliviar a dor, uma vez que não acelera a
restauração da amplitude de movimento.

91. AOCP – EBSERH/PA - 2016

Paciente, sexo feminino, após dois meses de dores em ombro direito sem histórico de trauma, foi
diagnosticada com capsulite adesiva. Em relação aos estágios dessa doença, assinale a alternativa correta.

(A) A capsulite adesiva possui 5 estágios.

(B) O estágio pré-adesivo dura 4 meses (do 9º ao 12º mês).

(C) No estágio de congelamento, ocorre a rigidez articular com perda do movimento.

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(D) No estágio de descongelamento, há uma recuperação do movimento, porém a função é completamente


comprometida.

(E) No estágio pré-adesivo, a dor ocorre exclusivamente durante o dia, com alívio no período noturno.

92. OTEC/UNIMONTES – Pref. Várzeada Palma/MG - 2015

A síndrome do ombro congelado caracteriza-se por

(A) imobilidade da articulação escápulo-torácica.

(B) imobilidade da articulação glenoumeral.

(C) ruptura do manguito rotador.

(D) ruptura do tendão do Supraespinhoso.

93. AOCP - EBSERH/HE-UFPEL - 2015

Quanto à luxação de ombro, assinale a alternativa correta.

(A) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada à escápula, combinando flexão, adução e rotação
interna.

(B) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando flexão, adução e rotação
externa.

(C) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada à escápula, combinando extensão, adução e
rotação interna.

(D) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando flexão, adução, e rotação
interna.

(E) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando extensão, abdução e
rotação interna.

94. AOCP - EBSERH/HUCAM-UFES -2014

Sobre as intervenções fisioterapêuticas no pós-operatório do manguito rotador (1-4 semanas), assinale a


alternativa INCORRETA.

(A) Utiliza-se a crioterapia para diminuição da dor e edema.

(B) Utilizam-se exercícios pendulares para a flexão de ombro, rotação lateral e medial e abdução para
aumentar ADM do ombro.

(C) Utilizam-se exercícios de resistência progressiva, como exercícios de preensão da mão e exercícios com
massa.

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(D) Mobilização da articulação livre de resistência para articulação do ombro.

(E) São realizados exercícios isométricos com máximo esforço para flexão do ombro, flexão e extensão do
cotovelo, a fim de retardar a atrofia muscular.

95. FAFIPA – FEAES DE CURITIBA/PR - 2015

Assinale o objetivo da reabilitação que NÃO condiz com o pós-cirúrgico de ombro:

(A) Evitar a mobilização.

(B) Controlar a dor.

(C) Recuperar a ADM.

(D) Aumento da força muscular.

96. ADM&TEC - PREF. ANGELIM/PE - 2015

Leia as afirmativas a seguir:

I. O exercício terapêutico é o principal recurso na reabilitação do ombro.

II. Os exercícios de amplitude de movimento ativos assistidos devem ser iniciados juntamente com a
mobilização articular, a fim de aumentar e manter a ADM do ombro e a flexibilidade dos tecidos moles. As
práticas para esses exercícios são a atividade pendular, o exercício com corda e polia (roldana de teto) e os
exercícios com bastão.

III. Os exercícios proprioceptivos são realizados com o objetivo de reduzir os déficits proprioceptivos que
podem ter resultado através de lesões ou doenças. A prescrição de exercícios deve ser individualizada de
acordo com que cada indivíduo realiza no seu cotidiano, para o desenvolvimento e manutenção da saúde e
aptidão e ou tratamento de condições específicas.

IV. A intervenção com exercício terapêutico possibilita ao indivíduo tornar-se um participante passivo no
plano de tratamento, promovendo a independência funcional e a auto responsabilidade dos pacientes.

Marque a alternativa CORRETA:

(A) Nenhuma afirmativa está correta.

(B) Apenas uma afirmativa está correta.

(C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

(D) Apenas três afirmativas estão corretas.

(E) Todas as afirmativas estão corretas.

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97. AOCP - EBSERH – Nacional - 2015

Durante avaliação, o fisioterapeuta solicitou ao paciente que permanecesse em decúbito dorsal para a
realização da palpação de um nervo responsável pela Síndrome do túnel do carpo, o qual se localiza entre
os tendões dos músculos palmar longo e flexor radial do carpo, proximal ao punho. Assinale a alternativa
que apresenta o nome desse nervo.

(A) Radial cutâneo.

(B) Radial.

(C) Ulnar.

(D) Fibular comum.

(E) Mediano.

98. AOCP - FUNDASUS - 2015

Paciente, 50 anos, sexo feminino, relata acordar com dor e queimação no membro superior. Na anamnese,
o fisioterapeuta constatou um histórico com início gradual de dormência e parestesia na distribuição do
nervo mediano, associada à fraqueza das mãos, levando à dificuldade de pegar objetos. Diante do quadro
clínico apresentado, o provável diagnóstico desta paciente é

(A) Artrite reumatoide.

(B) Artrose dos membros superiores.

(C) Doença de De Quervain.

(D) Contratura de Dupuytren.

(E) Síndrome do túnel do carpo.

99. IADES- EBSERH/HUPES – UFBA - 2014

Assinale a alternativa que descreve corretamente a deformidade em “botoeira”.

(A) Flexão das articulações metacarpofalângicas e interfalângicas distais, com a deformidade em extensão
da articulação interfalângica proximal.

(B) Extensão da metacarpofalângica e interfalângica distal e a flexão da interfalângica proximal.

(C) Desvio ulnar dos dedos em decorrência do enfraquecimento das estruturas capsuloligamentares das
articulações metacarpofalângicas.

(D) Deformidade de flexão fixa das articulações metacarpofalângicas e interfalângicas proximais.

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(E) Flexão do Polegar na articulação carpometacarpal e hiperextensão na articulação metacarpofalângica.

100. AOCP - EBSERH/HU-UFS/SE - 2014

Lesão com avulsão dos tendões extensores dos dedos na falange distal, produzida por uma flexão forçada.
A definição refere-se

(A) ao dedo em gatilho.

(B) ao dedo em martelo.

(C) ao dedo em Jérsei.

(D) à bursite do olecrano.

(E) à apofisite.

101. FCC - TRT - 2015

O paciente com Síndrome do Túnel do Carpo no estágio precoce apresenta sintomas:

(A) noturnos e diurnos e são intermitentes.

(B) intermitentes unicamente noturno.

(C) diurnos e permanentes.

(D) permanentes e podem perdurar a vida toda.

(E) noturnos e diurnos e podem durar a vida toda.

102. FAUEL - PREFEITURA DE FOZ DO IGUAÇU/PR - 2015

Lesões de cotovelo - Assinale abaixo a alternativa que contém lesões que ocorrem no cotovelo:

(A) Tennis Elbow, lesão de tínel, limitação de phalen.

(B) Fratura de escafóide, Rigidez do cotovelo, tendinite de bíceps.

(C) tendinite de biceps, lesão de carpo e Rigidez do cotovelo.

(D) Pseudoartrose, Luxação do cotovelo, epicondilite lateral.

103. ALTERNATIVE CONCURSOS - Pref. Santa Terezinha do Progresso/SC - 2015

Sobre a epicondilite lateral, é correto afirmar:

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(A) O cotovelo de golfista, também chamado de epicondilite lateral, ocorre por inflamação dos extensores
comuns ao longo do epicôndilo.

(B) A crioterapia não deve ser aplicada no caso da epicondilite, devido à proximidade com a saliência óssea.

(C) Desde o início da fase aguda da epicondilite, são indicados para o tratamento a massagem, exercícios
resistidos, estimulação elétrica e alongamentos.

(D) O teste de Cozen é realizado para auxiliar no diagnóstico, sendo que o paciente flete o cotovelo em 90º
e o antebraço em pronação. Pede-se ao paciente que faça extensão ativa do punho, contra a resitência do
examinador. O paciente irá referir dor no epicôndilo lateral.

(E) O teste de Push é realizado para diagnosticar a epicondilite lateral, sendo que o paciente é instruído a
sentar-se com os antebraços supinados e braços com maior abdução que a largura dos ombros. Em seguida
o paciente deve estender completamente os cotovelos. Considera-se um teste positivo se o paciente referir
dor nos últimos graus de extensão do cotovelo.

104. UNICENTRO – PREF. NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS/PR – 2015.

A epicondilite lateral do cotovelo é a causa mais comum de dor no cotovelo vista nos consultórios de
ortopedia, apresentando um impacto importante na sociedade, desafiando diariamente os clínicos e a
indústria terapêutica. O tratamento conservador é a escolha inicial e se baseia em quatro pontos: repouso
relativo, fisioterapia, exercícios domiciliares e medicamentos. Acerca dos seus conhecimentos a respeito
da epicondilite lateral, assinale a alternativa correta:

(A) Epicondilite lateral ou “cotovelo do golfista” são termos que têm sido aceitos e utilizados para descrever
a síndrome dolorosa localizada na região do epicôndilo lateral do cotovelo.

(B) O epicôndilo lateral é o local de origem dos músculos supinador do antebraço, extensores do punho e
flexores dos dedos.

(C) Acomete principalmente trabalhadores entre a quarta e quinta décadas de vida, que realizam
frequentemente movimentos acima da cabeça durante sua atividade laboral.

(D) É considerada uma doença osteomuscular relacionada ao trabalho e acomete de forma inflamatória a
origem dos músculos flexores do punho.

(E) A teoria aceita atualmente quanto à sua fisiopatologia, caracteriza a condição patológica como
envolvendo a origem do extensor radial curto do carpo e, em menor grau, a porção ântero-medial do
extensor comum dos dedos. A lesão seria resultado da aplicação de tração contínua por repetição,
resultando em microrrupturas da origem do extensor radial curto do carpo seguidas de fibrose e formação
de tecido de granulação.

105. FAUEL - PREF. DE NOVA OLÍMPIA/PR - 2015

Considere as informações sobre o nervo mediano e assinale a incorreta:

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(A) A paralisia deste nervo caracteriza-se pela incapacidade de pronar o antebraço, de fletir os três primeiros
dedos e de realizar os movimentos de oposição dos dedos.

(B) A atrofia tenar e a postura do polegar, que se coloca ao lado do indicador, conferem à mão um aspecto
característico: mão pêndula.

(C) A afecção mais comum, resultante da compressão deste nervo no canal do carpo é a Síndrome do túnel
do carpo.

(D) No exame físico ortopédico, o teste de Phalen avalia a integridade deste nervo.

106. COTEC/ UNIMONTES - PREF. CAPITÃO ENÉAS/MG - 2015

A compressão do nervo mediano ao nível do punho é uma patologia comum dos membros superiores
tratadas pela fisioterapia. Analise as alternativas abaixo e marque aquela correspondente a essa patologia
recorrente.

(A) Mão em Garra.

(B) Dedo em Gatilho.

(C) Atrofia de Sudeck.

(D) Síndrome do Túnel do Carpo.

107. IBEG - PREFEITURA MORRO AGUDO DE GOIÁS/GO - 2015

A Síndrome do Túnel do Carpo é uma neuropatia nervosa que acomete principalmente mulheres e tem
como sintomas dor e parestesia. Marque a alternativa correta referente ao nervo acometido nessa
síndrome.

(A) Mediano

(B) Radial

(C) Ulnar

(D) Femoral

(E) Frênico

108. CONPASS - PREF. BONITO DE SANTA FÉ/PB - 2015

Caracteriza-se por uma fibrose progressiva que leva à formação de espessamento e ao encurtamento da
aponeurose palmar. O enunciado trata-se de uma:

(A) Síndrome do túnel do carpo

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(B) Síndrome do canal de Guyon

(C) Tenossinovite de Quervain

(D) Contratura de Dupuytren

(E) Dedo em gatilho

109. ASSCON-PP – Prefeitura de Nova Trento/SC - 2015

É uma Neuropatia caracterizada pela compressão do nervo mediano no canal do carpo, localizada entre a
mão e o antebraço. Através do túnel rígido, além do nervo mediano, passam os tendões flexores revestidos
pelo tecido sinovial, aumentando a pressão dentro do canal provoca compressão do nervo mediano.
Assinale a alternativa que corresponde a este diagnóstico.

(A) Síndrome do túnel de carpo.

(B) Dedo em gatilho.

(C) Hosteotite.

(D) Bursite.

110. UNIUV - PREF. JAGUARIAÍVA/PR - 2015

Clinicamente caracterizada por dor, parestesias, impotência funcional, entre outros achados, na síndrome
do canal de _________ ocorre a compressão do nervo ulnar. Assinale a alternativa que completa
corretamente a lacuna:

(A) Adson;

(B) Reiter;

(C) Guyon;

(D) Paget;

(E) Schlatter.

111. FAFIPA – FEAES de Curitiba/PR - 2015

Assinale a doença que é caracterizada por inflamação dos tendões do abdutor longo do polegar e do
extensor curto do polegar:

(A) Wartenberg.

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(B) Dupuytren.

(C) De Quervain.

(D) Síndrome do Túnel do Carpo.

112. ALTERNATIVE CONCURSOS – PREFEITURA DE ESPERANÇA DO SUL/- 2015

Entre os sintomas da Doença de Quervain, estão:

(A) Dor a pressão e alongamento dos tendões extensor curto e abdutor longo do polegar.

(B) Dor a pressão e alongamento dos tendões flexor curto e abdutor longo do polegar.

(C) Dor a pressão e alongamento dos tendões flexor longo e adutor do polegar.

(D) Dor a pressão e alongamento dos tendões extensor curto e adutor do polegar.

(E) Dor a pressão e alongamento dos tendões flexor radial do carpo e flexor curto do polegar

113. ALTERNATIVE CONCURSOS – PREFEITURA DE ESPERANÇA DO SUL/- 2015

A Doença de Preiser se caracteriza por necrose do osso:

(A) Semi-lunar.

(B) Piramidal.

(C) Escafóide.

(D) Capitato.

(E) Hamato.

114. CÂMARA DE SÃO MIGUEL DO OESTE/SC- 2015

Um paciente, trabalhador de um frigorífico teve lesão traumática do nervo mediano. Este paciente
apresenta:

(A) Dedos em garra.

(B) Dificuldade de realizar oposição e flexão do polegar.

(C) Atrofia dos músculos da região hipotênar da mão.

(D) Diminuição da sensibilidade na região dorsal da mão.

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115. COTEC/UNIMONTES – PREF.DE VÁRZEADA PALMA/MG - 2015

A deformidade conhecida como “mão em garra” caracteriza-se por lesão do nervo:

(A) radial.

(B) ulnar.

(C) axilar.

(D) palmar.

116. CONPASS – PREF. TIBAU DO SUL/RN - 2015

A Síndrome do túnel do carpo (STC) é uma combinação de sinais e sintomas característicos da compressão
do nervo mediano ao nível do canal do carpo. Desta forma, assinale a alternativa INCORRETA:

(A) O nervo mediano inerva o polegar, o indicador e o dedo médio

(B) Sinal de Phalen positivo é indicativo de STC

(C) Parestesia e dor são sintomas clínicos importantes

(D) O nervo mediano inerva o 4º e 5º dedos da mão

(E) A liberação cirúrgica do ligamento transverso do carpo alivia a pressão sobre o nervo mediano e melhora
os sintomas da STC.

117. UEPB - PREF. SÃO VICENTE/RN - 2015

Em qual doença estão comprometidos os tendões dos músculos abdutor longo e extensor curto do
polegar?

(A) Guyon

(B) De Quervain

(C) O Túnel do carpo

(D) Dupuytren

(E) Dedo em Gatilho

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118. FADESP – PREF. SÃO DOMINGOS DO ARAGUAIA/PA - 2015

Síndrome do Túnel do Carpo ocorre devido à compressão nervosa ao nível do punho ao passar pelo
retináculo dos flexores. O nervo acometido nesta síndrome é o

(A) Ulnar.

(B) Mediano.

(C) Radial.

(D) Carpo.

119. IADES- EBSERH/HUPES – UFBA - 2014

É correto afirmar que a doença de Kienböck é caracterizada por osteocondrite da(o)

(A) apófise do calcâneo.

(B) osso semilunar do carpo.

(C) epífise metatarsal.

(D) osso navicular.

(E) tuberosidade tibial.

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GABARITO

1. D 41. E 81. E
2. B 42. A 82. B
3. E 43. C 83. B
4. E 44. A 84. C
5. E 45. A 85. C
6. E 46. A 86. D
7. C 47. D 87. B
8. C 48. C 88. C
9. E 49. D 89. C
10. C 50. E 90. B
11. C 51. C 91. C
12. C 52. B 92. B
13. D 53. E 93. D
14. B 54. D 94. E
15. D 55. B 95. A
16. A 56. D 96. D
17. A 57. C 97. E
18. D 58. C 98. E
19. B 59. E 99. B
20. B 60. A 100. B
21. C 61. D 101. B
22. B 62. C 102. D
23. D 63. E 103. D
24. B 64. A 104. E
25. A 65. A 105. B
26. B 66. A 106. D
27. A 67. E 107. A
28. D 68. E 108. D
29. C 69. C 109. A
30. D 70. C 110. C
31. E 71. E 111. C
32. D 72. E 112. A
33. D 73. C 113. C
34. B 74. C 114. B
35. A 75. C 115. A
36. D 76. C 116. A
37. E 77. C 117. A
38. D 78. E 118. B
39. B 79. E 119. B
40. C 80. C

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