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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

CURSO DE DIREIRO-TURMA 2023


DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA
DOCENTE: GÊNIA DARC
ACADÊMICO: AELMA DOS SANTOS CUNHA DE FREITAS

BARBOSA, Lívia. Individualismo e Hierarquia no Universo Social Brasileiro. In


BARBOSA, Lívia. O jeitinho brasileiro – a arte de ser mais igual que os outros. 2. ed.
Rio de Janeiro: Campus, 1992. p. 111-120. Igualdade Moral e Individualismo. In
BARBOSA, Lívia. O jeitinho brasileiro – a arte de ser mais igual que os outros. 2. ed.
Rio de Janeiro: Campus, 1992. p. 121-157. Seletivo: O Estilo Brasileiro de Ser
Moderno. Jeitinho e Identidade Nacional. . In BARBOSA, Lívia. O jeitinho brasileiro a
arte de ser mais igual que os outros. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992. p. 159-
166.

“[...] o indivíduo como ser moral, racionalmente autônomo, não-social no sentido de


ser anterior à própria sociedade ,sujeito normativo de as instituições, é o centro do
sistema, tendo como atributos igualdade e a liberdade”.(p.111)
“[...] sociedade tradicional (Índia, China, Japão, etc.), o principio básico é a
hierarquia”. (p. 112)
“[...] universitas. Esta concebem os seres humanos como socialmente determinado,
a sociedade é o fim e a vida de cada um o meio”. (p.112)
“[...] Dumont afirma ser o holista uma característica quase “natural” da própria
sociedade, enquanto o individualismo, quase um desvio, uma doença (Dumont,
1978, 1983)”. (p.113)
“[...] o individuo, enquanto valor, e a pessoa [...] característicos da sociedade
moderna, seu universo é constituído por leis e decretos universalizastes, buscam
igualdade [...]não existindo mediação entre ele e a totalidade”. (p.113)
“[...] o personagem simétrico oposto ao individuo, típico das sociedades tradicionais,
hierárquicas e heloistas, é a pessoa”. (p.113)
“[...] DaMatta (1979). A partir dela se organizou grande parte das discussões. O
Brasil seria uma sociedade sui generis, no sentido de que apresentaria múltiplos
eixos ideológicos - no caso, a hierarquia e o individualismo -sem que nenhum dos
dois fosse hegemônico nem competitivo. (p.115)
“[...] o grau da “aderência” e “compromisso” em relação aos princípios individualistas
varia de sociedade para sociedade”. (p.116)
“[...] O jeitinho era aprovado porque promovia a igualdade”. (p.121)
“[...] porque ninguém é melhor do que ninguém”. (p.121)
“[...] quem aprova o jeitinho o fazia porque ele promovia a igualdade onde o sistema
social brasileiro não conseguia fazê-lo”. (p.122)
“[...] o jeitinho exprimia uma reação central para toda sociedade brasileira: a de uma
visão hierárquica com outra igualitária”. (p.122)
“[...] ao tentar fugir da submissão à universalidade da lei, o jeitinho é holista e
hierárquico.” (p.122)
“[...] do índio herdamos o “amor à liberdade e a natureza”; do negro, a “musica”
[samba], a sensualidade e também grande parte de nossa cozinha”; do português,
grande parte de nossas instituições sociais e politicas, como a ausência de
sentimentos em relação a outras raças, o que sempre nos levou a tratar de forma
igualitária e humana as outras etnias com que convivíamos” . (p. 123).
“Não só somos produto de uma mistura, como de uma mistura chique”. (p. 125).
“[...] essa mistura qualificada de cultura, experiência e vivencia que recebe por parte
da sociedade brasileira um peso altamente positivo”. (p.125)
“[...] para o brasileiro, admitir-se ser um “cara” discriminatório, hierárquico, autoritário,
ou mesmo que o universo brasileiro seja pontilhado de situações como essa, é fora
de questão no nosso sistema de representação”. (p. 128).
“[...] nenhum outro domínio expressa tão bem nosso fascínio pela ideia de igualdade
como nosso sistema jurídico e legal, a começar pela nossa carta constitucional”.
(p.129)
“[...] Admitir a existência de diferenciações internas, de hierarquias, em formações
sociais fascinadas com o igualitarismo do ponto de vista simbólico, é associar-se aos
piores tipos de representações politicas e sociais”. (p.133)
“[...] o político-partidário. [...]. Ela se expressa tanto pelo ideário dos diferentes
partidos, de forma explicita e contundente, como pela postura de seus membros”.
(p.135).
“[...] a Constituição norte-americana é apresentada como o credo da liberdade,
enquanto os Estados unidos se auto- intitulam os guardiões das liberdades do
mundo”. (p.137)
“[...] a Constituição norte-americana não possui nenhum artigo que explique a
igualdade de todos perante a lei”. (p.138)
“O self-reliance é o principio de que cada individuo é o seu próprio mestre, em
controle absoluto de seu próprio destino e, portanto, absolutamente livre [...].nega a
importância de outros indivíduos na vida de cada um e acredita que a capacidade de
se valer a penas de si mesmo é fundamental”. (p.142).
“[...] o sentido da igualdade norte-americana é restrito. Ela se refere a uma questão
de direito, e não de fato”. (p.144)
“[...], a igualdade se define em relação à sociedade – isto é, um sistema legal e
jurídico que estabelece a medida de equivalência entre as pessoas e, como tal, tem
um conteúdo social especifico. [...] é percebido como um direito, e não como um
fato”. (p.144).
“[...] o jeitinho pode ser encarado como um vetor que transforma um sistema no
outro”. (p. 148).
“[...] o direito de todos à igualdade é, permanentemente, relativizado pela igualdade
de fato entre todos”. (p. 148).
“A noção de igualdade – entendida pela nossa sociedade como um fato, e não como
um direito”.(p. 149).
“[...] o direito supremo e inalienável de um individuo ser, pensar, expressar-se,
locomover-se e dispor do próprio corpo como bem lhe aprouver”. (p. 151).
“[...] a hierarquia brasileira se funda na intimidade social, [...] fornece a base do
esqueleto hierárquico”. (p. 152).
“A intimidade individualista [...] se baseia no acesso ao espaço interior do individuo
por ele franqueado a pessoas de sua livre escolha”. (p.153).
“[...] fazer confissões a um “estranho”... é supor que o interlocutor tem capacidade de
“entende-lo” e de “compartilhar” de seus sentimentos”. (p.154).
“[...] decretos universalizastes não combinam com tratamentos pessoais”. (p.155).
“[...] Identidade social é um rótulo geral para designar diversas modalidades dessa
dinâmica”. (p.159).
“[...] a identidade não é uma atribuição monolítica e estática”. (p. 160).
“[...] são construções culturais, possuem um caráter não substantivo”. (p. 160).
“[...] Frederik K. Lehman (1967) afirma que, na realidade, as categorias utilizadas
numa identidade são formalmente como papeis e só muito pouco descritivas das
características empíricas de grupos substantivos de pessoas [...]”. (p.161).
“[...] a identidade nacional [...]. emerge em momentos específicos, quando o país (no
nosso caso, o Brasil) está em causa. [...] é a simetria inversa de todas as outras
identidades sociais”. (p.163).
“[...] o jeitinho brasileiro [...] significa, apenas, que em determinados contextos ele
sintetiza um conjunto de relações e procedimentos que os brasileiros “percebem”,
como sendo deles”. (p.166).

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