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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

CURSO DE DIREIRO-TURMA 2023


DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA
DOCENTE: GÊNIA DARC
ACADÊMICO: AELMA DOS S.CUNHA DE FREITAS

BARBOSA, Lívia. Individualismo e Hierarquia no Universo Social Brasileiro. In


BARBOSA, Lívia. O jeitinho brasileiro – a arte de ser mais igual que os outros. 2.
ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992. p. 111-120. Igualdade Moral e Individualismo. In
BARBOSA, Lívia. O jeitinho brasileiro – a arte de ser mais igual que os outros. 2.
ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992. p. 121-157. Seletivo: O Estilo Brasileiro de Ser
Moderno. Jeitinho e Identidade Nacional. . In BARBOSA, Lívia. O jeitinho brasileiro
a arte de ser mais igual que os outros. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992. p. 159-
166.
“[...] Antropólogo Francês Louis Dumont [...]. De acordo com esse autor e a partir de
seus trabalhos sobre a sociedade indiana, podemos distinguir dois tipos de
sociedade. Uma que poderíamos identificar com as ocidentais modernas e outra
com as “tradicionais” [...]”. (p.111)
“Dumont distingue, ainda em busca de uma maior precisão teórica, entre o indivíduo
empírico, membro da espécie humana, existente em todas as sociedades do
mundo, e o individuo como valor, como representação central da sociedade
ocidental”. (p.112)
“Dumont enfatiza ainda que o surgimento dessa moderna concepção de individuo é
acompanhada do aparecimento de uma série de domínios ou níveis relativamente
autônomos dentro da sociedade, entre os quais o individuo se deslocaria”. (p.112)
“Dumont, nos indica, ainda, que esta concepção moderna de indivíduo, central às
sociedades ocidentais modernas, é fruto de um desenvolvimento histórico muito
particular, “quase anormal”, visto ser a nossa única sociedade a construir o seu
sistema em torno de um dos seus elementos”. (p.112)
“Dumont afirma ser o holista uma característica quase “natural” da própria
sociedade, enquanto o individualismo, quase um desvio, uma doença (Dumont,
1978, 1983)”. (p.113)
“Do ponto de vista histórico, o individualismo enquanto ideologia seria ainda
segundo Dumont (1978), relativamente recente e corresponderia a um
desenvolvimento específico e peculiar da sociedade ocidental”. (p.114)
“[...] Do ponto de vista teórico mais geral, a utilização desse modelo para a
realidade social brasileira tem-se voltado, predominantemente, para a
caracterização de nosso universo social como individualista ou não”. (pag.115)
“[...] DaMatta (1979). A partir dela se organizou grande parte das discussões.
Segundo esse autor, o Brasil seria uma sociedade sui generis, no sentido de que
apresentaria múltiplos eixos ideológicos - no caso, a hierarquia e o individualismo -
sem que nenhum dos dois fosse hegemônico nem competitivo. Eles seriam
complementares”. (p.115)
“A proposta de DaMatta levanta uma série de questões enriquecedoras para a
analise da sociedade moderna sob o seu prisma ideológico. A sua classificação
geral como individualista poderia ser desdobrada para incluir um outro tipo de
sociedade: a que apresentaria um sistema duplo do ponto de vista estrutural, fruto
de desenvolvimento históricos peculiares e que, em termos empíricos, poderíamos
fazer uma aproximação com o mundo latino e católico”. (p.115)
“[...] Nesse contexto, são expressivas diferentes pesquisas sobre o universo
ideológico das camadas médias (Velho, 1981) e trabalhadoras (Duarte, 1985), que
indicam estarem as primeiras mais comprometidas com uma visão do mundo
individualista e “moderno”, e as segundas, com uma perspectiva hierárquica e
holista”. (p.116)
“Existem um discurso individualista claramente codificado em lei e com
representação para vários seguimentos da sociedade e uma pratica individualista,
ao mesmo tempo em que verificamos a existência de um discurso holista implícito
em relação a determinados domínios, sem a autonomia do anterior, e que nos
permite verificar a existência de praticas inteiramente hierárquicas”. (p.118)

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