INTRODUÇÃO À

CULTURA
DE RISCOS

GUIA COMPLETO
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS.

Alexandre Oliveira Cauê Pereira

CRO da Matera Analista de Marketing

Autores Administrador formado pela FGV com Mestrado

em Modelagem Matemática em Finanças pela USP
Bacharel em Publicidade e Propaganda com
ênfase em Marketing pela PUC Campinas,
e Doutorado pela Escola Politécnica da USP. Possui com especialização em Gestão Estratégica da
larga experiência de atuação no mercado financeiro Inovação pela Unicamp. É especialista em gestão
no Brasil e no exterior sendo responsável pela de marcas, inovação aberta, posicionamento de
implantação de políticas, procedimentos de controle produtos e empresas, estratégias de marketing e
e metodologias de riscos. Atuou como Risk Manager inovações no mercado financeiro.
de Tesouraria e de Asset Management em banco
internacional, sendo responsável pelos riscos de
mercado, crédito, operacional e liquidez. Atualmente,
é professor no programa de Mestrado em Finanças
Quantitativas da Escola de Economia da FGV-SP e no
MBA de Engenharia Financeira da Escola Politécnica
da USP. Tendo palestrado em diversos congressos,
possui artigos publicados no Brasil e no exterior.

linkedin.com/alexandre-de-oliveira-01 linkedin.com/in/cauepereira
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Vamos começar 04
O que é cultura de risco 05
Primeiros passos 08
Construindo uma
cultura de riscos 11

Índice Accountability
Consciência e
14

Conformidade 16
Saiba ouvir 17
Uma organização humana 19
Quais são os desafios? 21
Referências 35

03
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Vamos
começar? A Matera é sua
guia no início
Em um mundo de transformações Dentre estas práticas, a gestão de dessa viagem pela
velozes e de complexidades que até riscos vem ganhando cada vez maior cultura de riscos,
então não haviam sido enfrentadas, relevância estratégica permeando a caminhando
cultura organizacional e requerendo
as empresas têm a necessidade de
por conceitos já
se adaptar a cenários adversos para envolvimento direto dos diversos
continuar crescendo e atingindo seus níveis organizacionais.
estabelecidos
objetivos. internacionalmente,
olhando para o
Hoje, nos tornamos hiperconectados cenário brasileiro e
e as empresas são cada vez mais apontando como
globais e, para se tornar competitivo, transformar sua
é necessário o uso das melhores empresa.
práticas de gestão existentes.

04
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Risco é a probabilidade de ocorrência de perdas

decorrentes de fatores internos e externos com potencial
Afinal, de impactar os objetivos estratégicos ou, até mesmo, a

o que é
continuidade de uma organização.

cultura A gestão de risco é o processo de

identificar, mensurar, avaliar, monitorar,

de risco? reportar, controlar e mitigar perdas

potenciais com o objetivo de minimizar
seu impacto sobre o capital e a
liquidez e suportar o processo de
tomada de decisões.

05
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A gestão de riscos
deve estar intrínseca na
cultura da organização.

Para maior eficácia da gestão Além disso, deve considerar o

de riscos no atingimento destes
objetivos, é fundamental no entanto
que a organização tenha antes de
mais nada uma cultura de riscos
suficientemente madura e bem
desenvolvida. Em outras palavras, a
gestão faz parte da cultura.
equilíbrio entre risco e retorno de
forma consistente com o apetite
por riscos, bem como sistemas de
controles eficazes e estrutura de
gerenciamento compatíveis com o
porte da empresa e a complexidade
de seu negócio.

A cultura de riscos deve seguir um

conjunto de normas, atitudes e
comportamentos relacionados com
a consciência de riscos assumidos e
gerenciados pela empresa.

06
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Por último vale observar a relação

entre a Cultura de Riscos e a
Cultura Organizacional. A primeira
Cultura é parcialmente influenciada
pela segunda. Porém, também
de riscos e contempla aspectos específicos

cultura
como comportamento de risco e
de ser influenciada pelas estruturas

organizacional de incentivos e pelos valores

organizacionais, além de se tratar
da consciência de assunção de riscos
e seus respectivos controles.

07
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Primeiros
Embora o porte e a complexidade do
negócio sejam fatores relevantes, a Cultura

passos
de Riscos pode ser caracterizada pelos
seguintes aspectos:

08
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Relação
Risco-Retorno
É fundamental estabelecer um equilíbrio neste binômio dentro
01 de um processo de tomada de decisões a fim de compatibilizá-lo
com o Apetite por Riscos da organização decorrente dos objetivos
estratégicos e de negócios.

Sistema
de controle
Compreendendo desde políticas e procedimentos para o
02 gerenciamento eficaz dos riscos até softwares que permitam
controle, apuração, monitoramento e reporte dos riscos de forma
compatível com o porte e complexidade do negócio.

09
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Modelos
de riscos
A qualidade destes modelos, a integridade dos dados e a
03 capacidade de mensuração de forma flexível, ágil e precisa das
ferramentas disponíveis são fundamentais para suportar um
processo eficaz de gestão de riscos.

Acompanhamento
e ação
Excessos a limites estabelecidos para assunção de riscos, desvios
04 em relação às políticas definidas e incidentes operacionais devem
ser acompanhados de perto com ações disciplinares proporcionais
quando necessário.

10
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Como A cultura de riscos começa pela

construir
coerência entre discurso e ações.
Porém para que ela realmente

uma cultura
aconteça, esse processo deve
começar pela postura diária de

de riscos?
seus líderes.

11
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Tenha uma visão clara da cultura
de riscos que você deseja para a
instituição;
Determine os comportamentos
desejados e ações corretivas em casos
de desvios;
Monitore sistematicamente e
O exemplo avalie a cultura de riscos vigente e,
vem da proativamente, reporte quaisquer
liderança. pontos de fragilidade ou preocupação
identificados;
Demonstre, através do seu
comportamento, ações e discursos,
o que você espera para uma
abordagem íntegra, e promova uma
troca aberta e positiva de opiniões
sobre o assunto;
Propague o “ceticismo saudável”
que encoraja e suporta um
questionamento construtivo,
possibilitando melhorias de processos
e decisões;
Assegure-se que todos possuam as
ferramentas, recursos e informações
para desempenhar seus papéis de
forma eficaz;
Estejam comprometidos em
estabelecer, monitorar e aderir à
Gestão Integrada de Riscos (GIR)
suportada por uma Declaração de
Apetite por Riscos (RAS) compatível
com o porte e complexidade, bem
como à estratégia de negócios da
instituição;
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Avalie sistematicamente se as
boas práticas são comunicadas
e proativamente promovidas por
gestores em todos os níveis, de forma
a ter maior uniformidade e aderência
das ações e decisões à RAS;
Analise se a RAF e a estratégia
de negócios estão claramente
compreendidas e “abraçadas” pela
gestão e efetivamente embarcadas
nos processos decisórios e
operacionais do negócio;
Crie mecanismos apropriados
para assegurar que apetite por
riscos, gerenciamento de riscos e
a estratégia de negócios estejam
efetivamente alinhadas e embarcadas
no processo decisório e operacional
em todos os níveis.
Você deve ter uma visão clara
dos pontos críticos a serem
considerados para o gerenciamento
de riscos de linhas de negócios, tais
como resultados inesperados sem
explicação fundamentada, ou riscos
não-financeiros que podem não ser
passíveis de quantificação fácil ou
imediata;
É sempre bom avaliar lições
aprendidas com eventos anteriores
e comunicar tanto sucessos, quanto
fracassos, como uma oportunidade
para reforçar a cultura de riscos a
promover mudanças efetivas para o
futuro.
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O conceito de accountability vem sendo

cada vez mais discutido pelas empresas.
O termo que não tem uma tradução literal

Prestando para o português, significa a capacidade

de verdadeiramente se responsabilizar.

contas Sendo transparente na prestação de

contas e tendo uma conduta proativa no
Você sabe o que é processo, será possível entender as causas
Accountability? de um problema e atuar nele. O conceito
faz parte da cultura de riscos, no qual toda
a empresa deve ter uma postura proativa
no cultivo da mesma.

14
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As empresas devem aplicar o

conceito de accountability à cultura
de riscos para:

Definir expectativas claras em relação Definir procedimentos com ações

ao monitoramento e reporting de
informação intempestiva dos riscos de
toda a instituição, incluindo as linhas
de negócios à alta direção;
Criar mecanismos ativos para
compartilhamento de novas
informações, incluindo as de baixa
probabilidade e alto impacto;
Do nível mais baixo ao mais alto,
os colaboradores são responsáveis
por suas ações e compreendem as
consequências caso não estejam
alinhados com a Cultura de Riscos.
claras e apropriadas para os casos
de desvios RAF e RAS, dentro do
processo de escalation para o suporte
das atividades de gerenciamento de
riscos;
Estabelecer mecanismos para que
os colaboradores reportem quando
estiverem desconfortáveis com
produtos e práticas, mesmo quando
não estiverem fazendo uma alegação
específica de má conduta.

15
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Consequências são claramente

estabelecidas, articuladas e aplicadas

Consciência e
para qualquer um envolvido em
ou suportando tomada de riscos

conformidade
que seja excessiva em relação à
RAS independentemente de ter
produzido resultado favorável ou não
à instituição.

16
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Saiba
ouvir

17
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Diversidade
promove
a evolução.
A diversidade de opiniões de indivíduos
ou grupos deve ser encorajada,
respeitada e ponderada. Uma cultura
de comunicação e colaboração aberta
promovida constantemente, assegura
que a visão de cada colaborador seja
considerada para garantir maior
robustez no processo decisório.
Em empresas com uma cultura de
riscos já amadurecidas, as áreas de
riscos, controles, compliance e auditoria
interna participam ativamente
de comitês, sendo prontamente
envolvidas em todas atividades
relevantes de tomada de decisões.
Essas áreas também devem operar
de maneira independente, possuindo
acesso direto à alta direção e oferecer
reports periódicos ao Board. As
áreas com funções de controle, ou
seja, riscos, compliance, financeira
e capital, incluindo seus respectivos
representantes, possuem nível e
senioridade suficientes para atuarem
não somente como conselheiros, mas
para efetivamente exercer tarefas de
gestão ao que diz respeito à Cultura de
Riscos da instituição.
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GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS.

Uma
organização
humana

19
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Construindo
um time
Nos processos de planos sucessório
para posições chaves ou demais
contratações, torna-se importante
a experiência no gerenciamento de
riscos, e não apenas experiência em
geração de receitas e resultados.
Por exemplo, indivíduos com
responsabilidades consistentes
com o CRO, CCO e auditoria podem
ser considerados como potenciais
candidatos para posições executivas
como CEO. A compreensão dos
riscos relevantes, elementos
essenciais do gerenciamento de
riscos e a cultura da instituição são
cada vez mais considerados um
conjunto competências críticas
para posições seniors e deve estar
refletido no plano de carreira dos
colaboradores.
Para os profissionais que já
compõem o quadro, algumas
empresas promovem uma rotação de
posições entre funções de controle e
de negócios como forma de facilitar a
troca de conhecimentos de negócios
para funções de controle e vice-versa,
trazendo maior atenção às questões
de riscos aos processos decisórios
das linhas de negócios. A inclusão
de programas de treinamento sobre
temas ligados a cultura de riscos
são fundamentais para desenvolver
habilidades para que a cultura de
riscos esteja cada vez mais madura
em todos os níveis.
Reconhecendo a
performance
A empresa deve construir um
mindset que coloque em seu sistema
de reconhecimento a cultura de
risco, ou seja, que faça parte das
competências e comportamentos
avaliados a preocupação e
responsabilidade com tomada de
riscos, apetite e cultura de riscos da
instituição.
20
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS.

Como em toda mudança, existem

fatores que facilitam e dificultam
a implementação de uma nova
maneira de pensar e agir.

A implementação de uma nova

cultura é um processo que exige

Quais muito cuidado e planejamento por

parte da empresa e de sua liderança.

serão os Através de um estudo realizado pela

desafios? empresa de consultoria Marsh com

empresas da América Latina, foram
identificados números que apontam
quais os principais desafios para
implementar a cultura de riscos, quais
os níveis de maturidade da empresas
e quais os mercados em que essa
maturidade está mais presente.

21
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Qual é o
meu nível de
maturidade?

Para definir o nível de maturidade

da gestão de riscos, o estudo
estabeleceu 5 níveis.

5
1 Não desenvolvido
2 Formalizado
3 Estabelecido
4
4 Implantado e interiorizado
5 Otimizado

2
1

Fonte: Marsh 22
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Não existe um enfoque estruturado

para identificar e gerenciar os riscos.
As práticas de gestão de riscos
são básicas e não são aplicadas
de maneira consistente, e há um
baixo nível de entendimento e
conscientização sobre elas. Há
Não oportunidades de melhoria críticas.
desenvolvido

Fonte: Marsh 23
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS.

Políticas e processos estão sendo

estabelecidos. As práticas de
gestão de riscos estão em processo
de desenvolvimento, não são
aplicadas de maneira consistente,
mas existe um bom entendimento
e conscientização sobre elas de
Formalizado poucos indivíduos na organização.
Há oportunidades de melhoria
significativas.

Fonte: Marsh 24
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS.

A gestão de riscos foi implementada

dentro dos processos rotineiros da
organização. As práticas de gestão
de riscos estão estabelecidas, são
Estabelecido aplicadas de maneira consistente
com os melhores níveis de
entendimento e conscientização
pela administração e pelos
funcionários. Há oportunidades de
melhoria em certos aspectos.

Fonte: Marsh 25
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS.

Existe um foco proativo na Gestão

Implantando e de Riscos em todos os níveis
interiorizando da Organização. As práticas de
gestão de riscos estão em um nível
avançado, são aplicadas de maneira
consistente e estão incorporadas
aos processos com alto nível de
entendimento e conscientização
por parte da administração e dos
funcionários. Há oportunidades
de melhoria em alguns aspectos
pontuais.

Fonte: Marsh 26
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS.

A melhoria contínua está sendo

Otimizado realizada e o conjunto completo de
atividades do programa de gestão
de riscos está sendo executado.
As práticas de gestão de riscos
são inovadoras e de vanguarda na
indústria, são aplicadas de maneira
consistente, estão integradas
transversalmente na organização e
são facilmente replicáveis em novas
áreas da organização. Há níveis
muito elevados de entendimento
e conscientização das práticas
de gestão de risco por parte da
administração e dos funcionários.

Fonte: Marsh 27
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS.

Grau de
desenvolvimento da
gestão de riscos na sua
organização.

50%

40% 39%

31%
30%

20%
20%
5%
10% 5%

0%

1 2 3 4 5

Os números acima revelam que a gestão de riscos já

é tratada pelas empresas, porém atesta a ausência da
cultura de riscos no DNA de toda a corporação.

Fonte: Marsh 28
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS.

Grau de
desenvolvimento da
gestão de riscos na sua LAC 5,3% 30,9% 39,0% 19,9% 5,0%

organização,
por país.
Argentina 13,3% 26,7% 53,3% 6,7%

Brasil 5,6% 30,6% 27,8% 23,6% 12,5%

O retrato da gestão de riscos no
Brasil é semelhantes a da média na Chile 20,0% 73,3% 6,7%

América Latina, porém destaca-se

um número maior de empresas em Colômbia 4,5% 31,8% 48,5% 13,6% 1,5%

um nível avançado de maturidade

México 5,6% 22,2% 38,9% 27,8% 5,6%
sendo cerca de 36%, entre os
níveis 4 e 5. Peru 3,3% 50,0% 23,3% 23,3%

República 5,3% 21,1% 47,4% 21,1% 5,3%

Dominicana

0 20 40 60 80 100

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5

Fonte: Marsh 29
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS.
Grau de No cenário a seguir, os setores
que chamam mais a atenção são
desenvolvimento o de construção civil e financeira.
da gestão de riscos Em ambos, a gestão de riscos tem
na sua organização, um grau alto de maturidade, não
por setor. havendo nenhuma empresa no
nível 1, assumindo que o mínimo
de gestão de riscos destes setores é
acima da média dos demais. No caso
do mercado financeiro, existem uma
série de regulamentações a serem
seguidas e que são exigidas pelos
Bancos Centrais do países, que estão
no acordo de Basileia.
Fonte: Marsh
Além disso, essa gestão de riscos no
setor financeiro tem o objetivo de
proteger a instituição de “apuros”,
reduzir drasticamente as perdas e
aumentar muito as possibilidades
de ganhos. Por conta da regulação,
o mercado financeiro está a frente
dos demais, pois essas regras
demonstraram a importância que
a gestão de riscos tem para uma
corporação.
30
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS.

LAC 5,3% 30,9% 39% 19,9% 5%

Agricultura e pesca 5% 45,0% 40% 5% 5%

Alimentos e bebidas 7,7% 38,5% 38,5% 7,7% 7,7%

Comunicações, mídia e 40% 30% 30%

tecnologia
Construção e 10% 50% 30% 10%
Infra-estrutura
Energia e 4,8% 14,3% 57,1% 14,3% 9,5%
serviços públicos*

Indústria de manufatura 6,9% 37,9% 36,2% 17,2% 1,7%

Indústria química 6,7% 33,3% 26,7% 20% 13,3%

Instituições financeiras 7,7% 42,3% 46,2% 3,8%

Mineração, metais 25% 25% 41,7% 8,3%

e minerais

Outros serviços 5,9% 17,6% 52,9% 17,6% 5,9%

Transportes 10% 40% 20% 30%

Vendas no atacado 57,1% 28,6% 14,3%

e varejo

0 20 40 60 80 100

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5

31
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS.

Desafios já enfrentados Os 4 principais pontos levantados,

na implementação da estão diretamente relacionados à
gestão de riscos na sua cultura de riscos. Quando falamos
organização e desafios que um dos maiores desafios é a

ainda enfrentados. cultura da organização, demonstra-

se o quanto é importante que este
tema seja levado adiante e iniciado
imediatamente. A partir do segundo
60%
51% maior desafio, do tema é visto como
50% 46% 46% um requisito e não como estratégia,
40% o conceito não é entendido com
33%
o verdadeiro potencial de ganho,
30%
23%
sendo enxergado apenas como
18%
20% 14% 13% perda. Para isso é fundamental
10% ter um time especializado, para
que este seja responsável por gerir
0%
Problemas de O tema é Falta de Falta de Falta de Falta de Falta de apoio Falta de
e evangelizar os profissionais,
cultura na
organização
visulizado
como algo que
conhecimento
chave na
consciência
da equipe da
orçamento capacidade
operacional
da alta
administração
equipe
treinada passando a frente a mensagem do
deve ser organização organização
“cumprido” sobre o
por requesito Gerenciamento
tamanho da importância da cultura
mas não por de risco e sua
estratégia importância de riscos.

Fonte: Marsh 32
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS. Brasil

Concorrência e riscos de mercado 72%

Riscos financeiros (flutuação de juros / taxa de câmbio / flutuação de preços
de uma commodity / gestão de portfólio / fluxo de caixa / gerenciamento de 67%
alavancagem financeira)

Risco regulatório 45%

A pesquisa também levantou Risco de talento humano (recrutamento / disponibilidade de talento humano /
retenção de talento humano) 38%

quais são os 10 principais risco Risco associado ao gerenciamento de continuidade do negócio 39%

geridos pelas empresas, sendo os Risco de reputação / gerenciamento de imagem / gerenciamento de

comunicação em crise 30%

primeiros comuns entre o cenário Saúde e segurança ocupacional / industrial 39%

latino e brasileiro. Confira. Riscos associados à cadeia de suprimentos 43%

Segurança da informação 32%

Risco ambiental 38%

Riscos associados a catástrofes naturais 22%

Compliance 46%

Riscos de gerenciamento de mudanças ou modelo de negócios 26%

Risco cibernético 23%

Risco tecnológico 25%

Risco sociopolítico 35%

Risco de deficiências na inovação / pesquisa de mercados 33%

Riscos associados à capacitação e treinamento 7%

Riscos em fusões e aquisições (falha na identificação de

problemas de F & A / com “Due Diligence” / problemas de integração) 14%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

Fonte: Marsh 33
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS. América Latina
O estudo apresenta que o maior
risco é a concorrência de mercado, Concorrência e riscos de mercado 66%

seguido do financeiro e do
Riscos financeiros (flutuação de juros / taxa de câmbio / flutuação de preços
de uma commodity / gestão de portfólio / fluxo de caixa / gerenciamento de 63%
alavancagem financeira)

regulatório. Risco regulatório 56%

É possível identificar que as Risco de talento humano (recrutamento / disponibilidade de talento humano /
retenção de talento humano) 49%

empresas possuem um grande Risco associado ao gerenciamento de continuidade do negócio 47%

investimento em relação a
Risco de reputação / gerenciamento de imagem / gerenciamento de
comunicação em crise 43%

competição mercadológica. Assim Saúde e segurança ocupacional / industrial 42%

que o que o dinheiro entra na Riscos associados à cadeia de suprimentos 41%

empresa, através da venda do 39%

Segurança da informação

Risco ambiental 38%

produto ou serviço, há um cuidado
Riscos associados a catástrofes naturais 35%
com os investimentos realizados e
Compliance 35%
a saúde financeira da corporação.
Riscos de gerenciamento de mudanças ou modelo de negócios 35%
Um dos riscos que chama a
Risco cibernético 34%
atenção no cenário brasileiro é o
Risco tecnológico 32%
compliance. Depois de uma série Risco sociopolítico 29%
de casos de corrupção em grandes Risco de deficiências na inovação / pesquisa de mercados 28%
empresas do país, vivemos uma Riscos associados à capacitação e treinamento 15%

onda no qual o compliance ganhou Riscos em fusões e aquisições (falha na identificação de

14%
problemas de F & A / com “Due Diligence” / problemas de integração)

uma grande notoriedade nas

empresas nacionais, iniciando uma 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

mudança cultural nas empresas.

Fonte: Marsh 34
GUIA COMPLETO | CULTURA DE RISCOS.

https://www.marsh.com/br/insights/research/iii-benchmark-de-gestao-
de-riscos-da-america-latina.html

https://economia.estadao.com.br/noticias/governanca,cultura-dificulta-

Referências
avanco-da-gestao-de-riscos-no-brasil,1817869

https://home.kpmg.com/br/pt/home/insights/2018/07/o-brasil-ainda-
precisa-avancar-muito-na-cultura-da-gestao-de-riscos.html

https://www.bcb.gov.br/htms/getriscos/Gestao-Integrada-de-Riscos.pdf

35
www.matera.com