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Introdução à farmacologia

Substâncias químicas (drogas) entram no corpo, podendo causar efeitos benéficos e/ou maléficos.

Conceitos:

Droga: Causa alteração no funcionamento do organismo. Boa ou maléfica (farmacologia x toxicologia).

Fármaco: Estrutura química e efeitos conhecidos. Uso deve ser benéfico e pode ter efeitos maléficos.

Medicamento: Preparações feitas a partir do princípio ativo (fármaco e outras substâncias). Efeitos
benéficos.

Remédio: qualquer ação que promova uma ação benéfica, não diz respeito apenas à fármaco e/ou
medicamentos.

Veneno: Efeitos deletérios. Ex.: carbamato (veneno de rato).

Toxina: veneno de origem biológica, plantas ou animais.

Placebo: algo simulado, sem o princípio ativo. Pode ser também uma intervenção terapêutica.

Todo medicamento é um remédio, mas nem todo remédio é um medicamento.

Propriedades gerais:

Formas de apresentação: comprimidos, drágueas, etc.

Tamanho: ex.: litio x alteplase.

É necessário um encaixe perfeito entre fármaco e receptor.

Necessidade de se mover entre os compartimentos corporais. Tamanho, forma, carga elétrica (quanto
maior, mais díficil será sua passagem por entre as membranas)

Afinidade dos fármacos: difusão pelos compartimentos; célula-alvo e ligações químicas

Formato dos fármacos: Conformação tridimensional

Interação fármaco-corpo:

FarmacoCinètica: Efeitos que o Corpo têm sobre a droga. Vias de administração; absorção;
distribuição; biotransformação; eliminação.

FarmacoDinâmica: Efeitos que a Droga tem sobre o corpo. Local de ação; mecanismo de ação;
efeitos.

Índice terapêutico (IT): é uma comparação entre a quantidade de um agente terapêutico necessária para
causar um efeito terapêutico desejado e a quantidade que causa efeitos tóxicos. Um IT baixo condiz com
drogas que podem atingir níveis tóxicos com extrema facilidade, tais como a digoxina e a varfarina. Um
índice terapêutico alto é preferível a um baixo, pois a dose necessária para atingir o limite tóxico seria
muito maior que aquela necessária para atingir o efeito terapêutico. O termo janela terapêutica se refere
à faixa de valores de doses que otimizam o equilíbrio entre a eficácia e a toxicidade do medicamento, de
forma a atingir o melhor efeito terapêutico sem levar a efeitos colaterais ou toxicidade consideradas
inaceitáveis.

Bases e Ácidos: O fármaco ionizado, quando adquire carga, não consegue atravessar facilmente as
barreiras, dificultando a sua absorção.

Fármacos que são ácidos, ionizam-se em meios básicos, acumulando-se, por isso, são melhores
absorvidos em meios ácidos.

Já fármacos básicos, ionizam-se em meios ácidos, acumulando-se, e são melhores absorvidos em meios
básicos.

Intoxicação: Deve-se buscar eliminar o fármaco na urina.

Fármacos básicos: Diminuir o Ph da urina, tornando-o mais ácido. Fazendo com que o fármaco se
acumule-se

Fármacos ácidos: Aumentar o Ph da urina, tornando-o mais básico. Fazendo com que o fármaco
acumule-se.

Lipossolubilidade: Para substâncias lipossolúveis é mais fácil atravessar a membrana citoplasmática,


devido à característica lipidica da membrana. Substâncias pequenas, ainda que hidrossolúveis, também
conseguem atravessar com mais facilidade. A faixa de tamanho de um fármaco deve estar entre 100 e
1000 PM. 100 é o tamanho mínimo para que o fármaco consiga atravessar, e 1000, o máximo.

SE LIGA! Fármacos que apresentam tamanhos muito grandes, como o caso da Alteplase, uma enzima
que dissolve coágulos, precisam ser administrados diretamente no compartimento onde exercem a sua
ação. Isso ocorre pois se esses medicamentos fossem administrados por outras vias, eles dificilmente se
difundiriam até o local onde seriam necessários.

Chave-fechadura: Para que ocorra a ligação fármaco-receptor, é necessário que o formato da molécula
do fármaco permita a realização de ligação covalente, de hidrogênio ou de forças eletrostáticas.
Moléculas apresentam mesma fórmula química, mas diferente conformação tridimensional.

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