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MÓDULO I

Educação Inclusiva e Estimulação Precoce – Aspectos Legais e Históricos

Ana Carolina Santos do Nascimento1

Tendo em vista os princípios legais do ensino formal no Brasil que, em ordem


cronológica, parte da Constituição de 1988 que estabelece: “promover o bem de todos,
sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação” (art. 3º inciso IV), e ainda no artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade
de condições de acesso e permanência na escola”. Passando pela Lei nº 7.853/89 que
define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícula de um
estudante por causa de sua deficiência, em qualquer curso ou nível de ensino, seja ele
público ou privado. Justifica-se à necessidade de formação de professores e demais
profissionais de educação capazes de atuar de forma efetiva para a estimulação precoce
da criança com indicadores de risco do desenvolvimento infantil.
Apontamos ainda a Declaração Mundial de Educação para todos, do ano de 1990
que reúne uma série de documentos nacionais e internacionais com o objetivo de balizar a
educação inclusiva e, neste contexto, salientamos a Declaração de Salamanca, de 1994
que dispõe sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educacionais
especiais.
Mais especificamente no Brasil, apontamos a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – Lei nº 9.394/96 que no artigo 59, preconiza que os sistemas de
ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização
específicos para atender às suas necessidades; assegura a terminalidade específica
àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental em
virtude de suas deficiências e; a aceleração de estudos aos superdotados para conclusão
do programa escolar. Também define, dentre as normas para a organização da educação
básica, a “possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do
aprendizado” (art. 24, inciso V) e “(…) oportunidades educacionais apropriadas,
consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de
trabalho, mediante cursos e exames” (art. 37). Em seu trecho mais controverso (art. 58 e

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Professora, Mestra em Educação – UnB; doutoranda em Psicologia da Educação – UnB.
seguintes), diz que “o atendimento educacional especializado será feito em classes,
escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos
alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular”. Mesmo
assim, ainda preconiza o atendimento da criança com necessidade educacional especial
em classes inclusivas sempre que possível.
Seguimos com o Plano Nacional de Educação – PNE, Lei nº 10.172/2001
Destaca que “o grande avanço que a década da educação deveria produzir seria a
construção de uma escola inclusiva que garanta o atendimento à diversidade humana”.
Finalmente citamos as diretrizes de estimulação precoce do ministério da saúde que
preconiza o atendimento da criança com risco no desenvolvimento biológico. Neste
sentido, citamos:
O acolhimento e o cuidado a essas crianças e a suas famílias são
essenciais para que se conquiste o maior ganho funcional possível nos
primeiros anos de vida, fase em que a formação de habilidades
primordiais e a plasticidade neuronal estão fortemente presentes,
proporcionando amplitude e flexibilidade para progressão do
desenvolvimento nas áreas motoras, cognitiva e de linguagem (MARIA-
MENGEL; LINHARES, 2007)

O conhecimento de técnicas de Estimulação precoce deve contribuir para


assegurar uma educação inclusiva onde os riscos de desenvolvimento infantil sejam
minimizados, por meio das ações do professor e demais profissionais da educação,
baseados em seus conhecimentos. Neste, o curso de Estimulação Precoce da Instituição
IFI EDUCAÇÃO apresenta o trabalho pedagógico de forma inclusiva, baseado nos
estudos mais recentes para a Estimulação Precoce, de forma respeitosa e efetiva para o
desenvolvimento pleno de suas capacidades cognitivas, psicomotoras e sócio-afetivas.

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