ALIMENTAÇÃO DO BEBÊ

1. ALIMENTAÇÃO NO PRIMEIRO ANO DE VIDA

A prática alimentar
alimentares da criança. 

Esse período pode

meses.

2. ALEITAMENTO MATERNO – INFORMAÇÕES IMPORTANTES

A amamentação é
bebê, é o alimento mais completo para o seu filho, além de
proporcionar benefícios como crescimento do bebê e proteção
contra doenças. 

Dessa forma,
até os 6 meses de vida, sem horário pré-definido, ou seja, o bebê deve ser
alimentado durante o tempo e horário que quiser.

A produção de leite está intimamente ligada à sucção (suga) do bebê durante a

amamentação, estimulando a descida do leite e ao esvaziamento da mama,
portanto, quanto mais vezes a criança mamar, maior será a produção de leite
nas mamas e algumas vezes, essa produção poderá exceder as necessidades
diárias do bebê.

Quando há produção de leite excedente, a mama começa a ficar dura e isso

pode causar uma sensação desconfortável caso não haja o esvaziamento da mama.

Dessa forma, recomenda-se que a mãe retire o leite excedente, podendo

armazená-lo em casa para oferecer ao bebê quando não puder amamentar, por
exemplo, quando estiver no trabalho, ou realizando a doação do mesmo aos
hospitais que possuam o Banco de Leite Humano.

O Banco de Leite Humano é um centro especializado em realizar a coleta do

leite humano para depois distribuir aos bebês. Essa distribuição é realizada sob
prescrição do médico ou do nutricionista.

Para relembrar, a seguir, algumas orientações para esterilizar e armazenar

adequadamente o leite materno: 

 Esterilizando o frasco: 
o Escolha um frasco de vidro que possua tampa plástica (como por exemplo,
o frasco do vidro de maionese); 
o Retire o rótulo e o papel de dentro da tampa; 
o Após a lavagem do frasco e da tampa, coloque em um panela e cubra-os
com água, deixando ferver por 20 minutos; 
 o Em um pano limpo e seco, coloque-os com a boca para baixo, para que
possa escorrer a água; 
o Quando secar feche o frasco, pois estará esterilizado.
 Armazenando o Leite:
o Retire o leite e armazene em um frasco esterilizado;

o O leite pode ficar no freezer ou congelador por 15 dias ou na geladeira

por 24 horas;

o O leite armazenado na geladeira não deve retornar ao congelador ou

freezer, dessa forma, deve ser realizado o descarte do leite caso não seja
utilizado todo o conteúdo do frasco;

o Para descongelar, coloque o frasco em banho-maria, mas lembre-se, o

leite materno não deve ser fervido;

o Agite suavemente o frasco misturando todo o conteúdo do leite antes de

oferecer ao seu bebê.

3. ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL

Vimos anteriormente
para o bebê. 

No entanto,
oferece, muitas crianças são desmamadas precocemente e
alimentadas com substitutos do leite materno, como por
exemplo, o leite de vaca.

Tendo em vista o uso dos substitutos do leite materno, um fator preocupante

é a utilização de mamadeiras, pois o bebê pode se recusar a sugar, levando ao
desmame precoce.

Dessa forma, a utilização de fórmulas infantis somente será indicada caso a

mãe esteja impossibilitada de amamentar. Portanto, o médico e/ou nutricionista
indicarão a melhor fórmula infantil que satisfaça as necessidades do bebê.

3.1 TIPOS DE LEITE

3.1.1. Fórmulas Infantis 

 Produto em pó modificado para atender as necessidades da criança

conforme a idade.

 Há dois tipos de fórmulas, uma indicada para crianças menores de 6

meses e outro para crianças maiores de 6 meses.

 Atenção: o preparo e a diluição do leite devem ser feitos conforme

orientação do fabricante, portanto fique de olho no rótulo do produto!!
 3.1.2. Leite em pó Integral   

 Leite em pó que deve ser diluído conforme orientação do fabricante

para que a criança não seja prejudicada. 

 A quantidade oferecida deve atender o apetite da criança e ser

realizada por meio da indicação do pediatra e/ou nutricionista.

3.1.3. Leite Integral Líquido 

 O leite integral líquido pode ser de dois tipos: leite integral

pasteurizado e leite integral UHT.

 O leite pasteurizado deve ser conservado em geladeira a partir do

momento da compra, fervido e consumido em um período de 24 horas.

 O leite integral UHT pode ser conservado em temperatura ambiente. 

 Após aberto, deverá ser armazenado em geladeira e consumido em um

período de 24 horas. Não há necessidade de ferver o leite integral
UHT, este leite poder ser apenas aquecido antes de oferecer para a
criança. 

É importante lembrar que o leite artificial é diferente do leite materno, sendo

necessário que a diluição seja realizada de maneira correta para garantir que o
bebê esteja bem alimentado.

4. ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

A alimentação complementar é definida como o conjunto

de outros alimentos, além do leite materno, oferecidos durante o
período do aleitamento.

Entre esses alimentos estão incluídos os chás, água, frutas e

sopas.

A alimentação complementar é indicada a partir dos seis meses, pois o leite

materno exclusivo não supre todas as necessidades nutricionais do bebê.

Nessa fase, o desenvolvimento da criança está completo, como a

mastigação, deglutição e a digestão, portanto, o bebê pode receber outros
alimentos além do leite materno.

É importante lembrar que a criança deve continuar a ser amamentada de

preferência até os 2 anos de idade.

A introdução de novos alimentos deve ser gradual e em forma de papas,

verificando sempre a preferência e/ou rejeição dos alimentos e analisar a história
da família quanto à alimentos que possam causar alergia. 
 Lembre-se: O pediatra deve ser sempre consultado quanto aos hábitos
alimentares da família e oferta de novos alimentos.

4.1. Introduzindo Novos Alimentos

Existem divergências sobre a hora certa de se introduzir novos alimentos, no

entanto todos concordam que não deve ser recomendada antes de 4 meses e nem
após 6 meses. 

Dê preferência aos alimentos que são mais comuns em sua região e que
façam parte do hábito alimentar da sua família. 

É importante saber que o bebê estará começando a formar os seus hábitos

alimentares com a introdução desses novos alimentos.

A criança tende a rejeitar as primeiras ofertas dos alimentos, pois tudo é

novo, como a consistência e o sabor. Ofereça outras vezes o alimento que o bebê
rejeitou para que ele vá se habituando aos poucos. 

Com a introdução dos novos alimentos, a criança deverá receber água

(tratada, filtrada ou fervida) no copo, nos intervalos das refeições, ou seja, no
mínimo 3-4 vezes por dia. A seguir os grupos de alimentos. 

É importante lembrar que a refeição da criança (papa salgada) deve ser

composta por 1 alimento de cada grupo a seguir.

Grupos de Alimentos

 Cereais e tubérculos: arroz, aipim, batata-doce, macarrão, batata, cará,

batata-baroa e inhame. 
 Grãos: feijão (qualquer tipo), lentilha, ervilha seca, soja e grão-de-bico. 
 Hortaliças: folhosos verdes, beterraba, quiabo, cenoura, chuchu, abobrinha.
 Carnes: frango, peixe, boi, ovos, vísceras.

A clara de ovo só poderá ser utilizada na alimentação da criança a partir de 12

meses, pois se utilizada antes, pode causar reações alérgicas.

Quando oferecer mais de uma fruta ou legumes por refeição, eles devem ser
amassados e colocados no prato em porções separadas. Assim, o paladar será
melhor percebido pelo bebê.

A alimentação deve ter consistência espessa desde o início das primeiras

ofertas de alimentos, no entanto, não é aconselhável o uso de liquidificador, pois
assim, a criança não terá estímulo de mastigação e não saberá distinguir a
consistência, sabor e cores dos alimentos. Portanto, os alimentos oferecidos
devem ser amassados ou desfiados.

A seguir dicas de como deve ser a consistência da alimentação

complementar para o bebê.
  Crianças de 6 a 8 meses meses:
os alimentos devem ser bem amassados e particularmente macios, sob a
forma de purês. 

 Crianças de 9 aos 11 meses:

os alimentos podem ser dados desfiados ou bem picadinhos, porque o bebê
já tem alguns dentinhos e isso é bom para estimular sua mastigação. Nessa
idade, as crianças podem segurar pequenos pedaços de alimentos que podem
servir como lanchinhos nutritivos 

 Crianças de 12 meses:
aos 12 meses, elas já podem começar a comer “comida da família”, ou seja,
na mesma consistência que a família come.

O consumo de mel não é recomendado para crianças menores de 1 ano devido

ao alto risco de contaminação por botulismo.

Já sabemos quais alimentos oferecer e a consistência deles. Mas qual a

quantidade de alimentos que o bebê deve ingerir?

A quantidade de alimento ingerida pelo bebê deve ser determinada pela sua
própria aceitação. A criança deve comer o quanto ela desejar até que fique
satisfeita. Isto quer dizer, deixar alguma sobra no prato e não mais sentir fome.

Comece com pequena quantidade de alimento e vá aumentando à proporção

que a criança cresça. 

Se em uma refeição o bebê não deixou nenhum resto de alimento, na

próxima vez aumente um pouco a quantidade ofertada. 

Além da quantidade de alimento ofertada, a frequência da ingestão de

alimentos também é muito importante, portanto, alimente-a várias vezes ao dia. 

Mantenha as mamadas ao seio e à proporção que a criança for crescendo,

aumente o número de vezes que você dá alimentos complementares.

ALIMENTAÇÃO DO BEBÊ

Após Completar 6 meses Após Completar 7 meses Após Completar 12 meses

Aleitamento materno sob Aleitamento materno sob Aleitamento materno sob
livre demanda livre demanda livre demanda

Uma papa de frutas no Uma papa de frutas no Uma refeição pela manhã
meio da manhã meio da manhã (pão, fruta com aveia)
Uma papa salgada no final Uma papa salgada no final Uma fruta
da manhã da manhã
Uma papa de frutas no Uma papa de frutas no Uma refeição básica da
Após Completar 6 meses Após Completar 7 meses Após Completar 12 meses
meio da tarde meio da tarde família no final da manhã
Uma papa salgada no final Uma fruta
da tarde
Uma refeição básica da
família no final da tarde

Acima, o esquema alimentar diária do bebê. Ministério da Saúde, 2009.

5. RECEITAS DE PAPAS SALGADAS

Papa de batata, espinafre, cenoura e galinha

Ingredientes:

1 batata média (100g);

½ cenoura (50g);
1 colher das de sopa cheia picada de espinafre (ou outra folha verde escura);
2 colheres das de sopa cheias de galinha desfiada ou 1 coxa (50g);
1 colher pequena de óleo;
1 colher de café rasa de sal;
1 colher de chá de cebola ralada;
1 colher de chá de tomate picado.

Modo de preparo: Descascar a batata e cortá-la em pedaços pequenos. Picar a

cenoura. Lavar bem as folhas de espinafre e picar. Colocar o óleo em uma panela
pequena e refogar a cebola e o tomate. Colocar os pedaços de batata, cenoura e
galinha desfiada e acrescentar dois copos de água. Deixar cozinhar até a batata
ficar macia. Antes de a água secar, adicionar o espinafre picado. Quando a papa
estiver com consistência pastosa e com pouca água, desligar.          

Papa de mandioca, brócolis, beterraba e fígado

 Ingredientes 

½ mandioca média (150g);

2 ramos de brócolis;
2 fatias de beterraba;
2 colheres das de sopa cheias de fígado picado (50g);
1 colher pequena de óleo;
1 colher de café rasa de sal;
1 colher de chá de cebola ralada;
1 colher de chá de cheiro verde picado.
Modo de preparo: Descascar a mandioca e a beterraba e cortá-las em pedaços
pequenos. Lavar bem os brócolis e picar. Colocar o óleo em uma panela pequena e
refogar a cebola, colocar os pedaços de mandioca, beterraba e fígado.
Acrescentar o cheiro verde e dois copos de água. Deixar cozinhar até que a
mandioca e a beterraba fiquem macias. Antes de a água secar, adicionar os
brócolis picados. Quando a papa estiver com consistência pastosa e com pouca
água, desligar.

Papa de batata, cenoura e carne moída

Ingredientes

2 colheres de sopa de carne moída;

1 colher de sobremesa de óleo de cozinha;
1 colher de chá de cebola ralada;
1 batata média ou 2 pequenas;
1/2 cenoura média;
1 colher de café de sal.

Modo de preparo: Numa panela, aquecer o óleo e refogar a cebola e a carne.

Acrescentar a batata e a cenoura picadas, o sal e mais dois copos de água (400
mL). Colocar a tampa. Deixar cozinhar até que os ingredientes estejam macios e
quase sem água.  

Papa de cará, abobrinha e frango

Ingredientes 

2 colheres de sopa de peito de frango picadinho;

1 colher de sobremesa de óleo de cozinha;
1 colher de chá de cebola ralada;
1 cará médio;
1/2 abobrinha pequena;
1 colher de café de sal.

Modo de preparo: Numa panela, aquecer o óleo e refogar a cebola e a carne.

Acrescentar o cará e a abobrinha picados, o sal e mais dois copos de água (400
mL). Colocar a tampa. Deixar cozinhar até que os ingredientes estejam macios e
quase sem água.

6. ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS

O Ministério da Saúde criou os 10 passos para alimentação saudável com

intuito de auxiliar mães e cuidadores à oferecer uma alimentação saudável para as
crianças, favorecendo o crescimento e desenvolvimento adequados.

A seguir, seguem os 10 passos, confira!

PASSO 1 - Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água,  chás
ou quaisquer outros alimentos.
PASSO 2 - A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros
alimentos,  mantendo  o  leite  materno  até os dois anos de idade ou mais. 

PASSO 3 - A partir dos seis meses, dar alimentos complementares (cereais,

tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança
receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada.

PASSO 4 - A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os

horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o
apetite da criança.

PASSO 5 - A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e

oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e,
gradativamente, aumentar a sua consistência até chegar à alimentação da família.

PASSO 6 - Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia.  Uma alimentação

variada é uma alimentação colorida. 

PASSO 7 - Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas

refeições. 

PASSO 8 - Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas,

salgadinhos e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com
moderação.

PASSO 9 - Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu

armazenamento e conservação adequados.

PASSO 10 - Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar,

oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a
sua aceitação.

7 ALIMENTAÇÃO NO SEGUNDO ANO DE VIDA

No segundo ano de vida a alimentação da criança passa a ser a mesma

alimentação da família, portanto, abaixo segue um esquema alimentar nessa
segunda etapa.

Exemplos de Cardápios para crianças no 2º ano de vida e Recomendações

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e
alimentação complementar. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009.
Disponível em : <http://www.telessaudebrasil.org.br/lildbi/docsonline/8/1/118-
CAB_23_Saude_da_Crianca_em_01_06_09.pdf >. Acesso em: 14 de junho de 2010. 
Brasil. Ministério da Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável: guia
alimentar para crianças menores de 2 anos: álbum seriado / Ministério da Saúde,.
– Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Disponível em :
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/10_passos.pdf>. Acesso em: 14 de
junho de 2010. 
Brasil. Ministério da Saúde. Guia de preparo de alimentos para crianças menores
de 12 meses que não podem ser amamentadas. Brasília: Ministério da Saúde,
2002. Disponível em : <http://www.aids.gov.br/publicacao/guia-pratico-de-
preparo-de-alimentos-para-criancas-menores-de-12-meses-que-nao-podem-ser->.
Acesso em: 14 de junho de 2010. 
VITOLO, M. R. Nutrição da Gestação à Adolescência. Rio de Janeiro:
Reichmann&Affonso Editores.