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CURSO 

TREINADORES FUTEBOL – Nível II
Associação Nacional Treinadores Futebol
Associação de Futebol de Braga
Federação Portuguesa de Futebol

Defender também é jogar …
ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA COLECTIVA.
João Carlos Costa
1
Abril 2008 ‐ Braga joaocarloscost@gmail.com
O PROCESSO DEFENSIVO
CONCEITO
O  processo  defensivo  representa  um  dos 
quatro  momentos  fundamentais  do  jogo  de 
futebol, no qual uma equipa luta para entrar 
em posse da bola, com vista à realização de 
acções  ofensivas,  sem  cometer  infracções  e 
sem  permitir  que  a  equipa  adversária 
obtenha golo.

OBJECTIVOS
O objectivo básico da defesa é restringir o tempo e o  espaço disponível  dos 
atacantes, mantendo‐os sob pressão e negando‐lhes a possibilidade de poder 
progredir no terreno de jogo.
– Recuperar a posse de bola;
– Retardar a progressão dos jogadores e aproximação à bola da nossa baliza;
– Protecção do espaço defensivo e da baliza;

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
FUTEBOL
Com posse de bola Sem posse de bola
ATAQUE Transição Ataque-Defesa DEFESA
Processo Ofensivo Transição Defesa-Ataque Processo Defensivo
– Construção das acções ofensivas – Impedir a construção das acções ofensivas
– Criação de situações de finalização – Anular as situações de finalização
– Finalização FASES – Defender a baliza (impedir a finalização)

PRINCÍPIOS
Específicos Específicos
– Penetração
Fundamentais – Contenção
– Cobertura Ofensiva – Recusar a inferioridade numérica – Cobertura Defensiva
– Mobilidade – Evitar a igualdade numérica – Equilíbrio
– Espaço – Criar a superioridade numérica – Concentração

– Acções individuais

FACTORES
– Acções colectivas elementares FACTORES
– Acções colectivas complexas

FASE I - Ataque x 0 + GR
FASE II - Ataque x Defesa + GR
FORMAS FORMAS
FASE III – GR + Ataque x Defesa + GR

(Queiroz, 1986)

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
O PROCESSO DEFENSIVO vs Processo Ofensivo
As vantagens
(1) maior simplicidade das acções táctico‐técnicas sem bola;
(2) grande número  de  processos  que  permitem  a  recuperação  da  posse  da 
bola;
(3) concentração  dos  jogadores num  certo  espaço  de  jogo,  estabelecendo 
uma melhor entreajuda dos jogadores, facilita a recuperação;
(4) requer um pensamento táctico menos elaborado. 

As desvantagens
(1) surpresa criada pelas acções ofensivas; 
(2) o risco de elas poderem terminar pela concretização de golos;

Carácter  construtivo.  Um  método  de  jogo  defensivo  não  pode  caracterizar‐se 
somente  por  um  carácter  destrutivo  das  acções  do  adversário.  Este  deverá
expressar e preparar a base pela qual se deve construir o processo ofensivo logo 
após a recuperação da posse da bola. 

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
O Processo Defensivo 
Alguns numeros . . .

(1) 42% recuperações bola na zona 2 (frontal baliza);

(2) 71%  recuperações  no  sector  defensivo,  20%  sector  meio  campo 
defensivo, 7% meio campo ofensivo, 2% recuperações sector ofensivo;

(3) 52% no corredor central;

(4) 30% recuperações resultam de acções de pressão do próprio jogador;

(5) Quanto mais adiantada for a zona de recuperação maior a probabilidade 
de chegar a situações de finalização e ao golo;

(Castelo, 2004)

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
O Defender bem deve ir muito além do 
não sofrer golos;

(Castelo, 2004)

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
FACTORES
Meios  individuais  e  colectivos  (técnicos  e  tácticos)  utilizados  pelos 
jogadores  em  harmonia  com  as  fases  e  formas,  na  aplicação  dos 
princípios;

– Acções individuais:
Marcação, desarme, intercepção, carga, cabeceamento, técnica GR, princípios jogo;

– Acções colectivas elementares: 
Deslocamentos, compensações/desdobramentos, dobras, temporizações, 
cortinas/ecrans, esquemas tácticos;

– Acções colectivas complexas: 
Sistemas jogo, métodos de jogo (Individual, Zona, misto, zona pressionante);

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções individuais defensivas (Castelo, 2007)

Identificamos as seguintes acções;
1.Marcação;
2.Desarme;
3.Intercepção;
4.Carga;
5.Cabeceamento defensivo;
6.Técnica do guarda‐redes.

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções individuais defensivas
1. MARCAÇÃO
Acção táctica‐técnico efectuada pelo defesa 
procurando evitar que a bola chegue a 
determinado espaço ou adversário. 
Acompanhar de perto e passo a passo os 
adversários, impedindo ou condicionando 
as suas tarefas ofensivas, também os 
espaços se podem constituir como 
referência de marcação.

Objectivo
(1) intervir de forma ctiva no jogo;
Š(2) reduzir o espaço e tempo de jogo ao atacante;

(3) provocar a recuperação da bola;


João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções individuais defensivas
2. O DESARME
Acção táctica‐técnico procura interferir sobre a 
bola  e  retira‐la  ao  adversário  respeitando  as 
Leis  do  jogo,  na  luta  directa  com  o  atacante 
que a detém a bola.

Objectivo
(1) a recuperação da posse da bola;
(2) a  temporização do  processo  ofensivo  adversário,  intervindo 
momentaneamente sobre a bola. Muitas são as situações de jogo em que o 
defesa  procura  interromper  atrasando  o  desenvolvimento  do  processo 
ofensivo adversário, por forma a ganhar o tempo suficiente para a sua equipa 
se  reagrupar  e  organizar  convenientemente  adaptando‐se  à situação 
contextual de jogo. 

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções individuais defensivas
3. A INTERCEPÇÃO
Acção  táctico‐técnica com  que  o 
jogador  procura  apoderar‐se  da  bola, 
ou em repeli‐la: 
(1) quando esta é tocada em direcção 
à sua  própria  baliza  (intercepção  de 
um remate);
(2)  entre  dois  adversários 
(intercepção de um passe). 

Objectivo
(1) a recuperação da posse da bola;
(2) a  temporização do  processo  ofensivo  adversário,  intervindo 
momentaneamente sobre a bola. 

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções individuais defensivas
4. A CARGA

Acção  exercida  por  dois  jogadores,  que  procuram  o  contacto  físico,  em 
zonas do corpo permitidas pelas leis do jogo, aquando da luta directa pela 
posse da bola (ombro vs ombro e ombro vs espádua).

Objectivo
(1) Afastar o  adversario da 
disputa da bola;
(2) Desequilibrar o  adversário 
da situação de jogo. 

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções individuais defensivas
5. CABECEAMENTO
Acção  que  pretende  afastar  a  bola  que  chega 
por alto para fora das zonas de risco defensivo 
através de um potente cabeceamento.
Releva‐se  a  importância  dos  seguintes 
aspectos nas situações de cabeceamento:
(1) a precisão do contacto com a bola, 
(2) manter o contacto visual com esta, 
(3) gerar potência na acção e, 
(4) atacar a bola no ponto mais alto possível da 
sua trajectória.  

Objectivos
(1) Afastar a bola de zonas ou momentos de perigo;
(2) permitir a organização e subida do bloco defensivo;

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções individuais defensivas
6. A TÉCNICA DO GUARDA‐REDES NA DEFESA DA BALIZA

Acções técnico‐tácticas específicas executadas por este, durante o 
processo defensivo da sua equipa.

Objectivo
(1) Protecção da baliza;
(2) Evitar o golo.

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções colectivas defensivas elementares

1. OS DESLOCAMENTOS DEFENSIVOS
São  comportamentos  táctico‐técnicos individuais  e 
colectivos,  visando  assegurar  a  cooperação  e 
coerência  do  método  defensivo,  para  o 
cumprimento  dos  objectivos  fundamentais  da 
defesa.
Objectivo
1. Ocupar, restringir e vigiar de forma eficiente os espaços vitais; 
2.  Marcação  efectiva  dos  jogadores  posicionados  em  espaços  vitais e  que 
possam dar continuidade ao processo ofensivo adversário. 
3. Equilibrar/reequilibrar automaticamente a repartição de forças;
Classificação
1.  Deslocamentos  que  visam  a  recuperação  defensiva (linha  de  recuo,  até que 
zona recuperar, velocidade recuo e posição final.
2. Deslocamentos para manter o (re)equilíbrio da organização;
João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções colectivas defensivas elementares

2. AS COMPENSAÇÕES/DESDOBRAMENTOS DEFENSIVOS

São  acções  táctico‐técnicas individuais  e  colectivas,  que  visam  assegurar 


constantemente  a  ocupação  racional  do  terreno,  cobrindo  ou  ocupando 
espaços,  e  assumindo  posições  e  missões  tácticas  de  companheiros,  que  num 
certo momento estão envolvidos na realização de outras funções.

Objectivos
1. Ocupação racional do terreno de jogo.

2.  Marcação do  adversário  de  posse  de  bola,  após  ter  ultrapassado  o  seu 
companheiro

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções colectivas defensivas elementares

3. AS DOBRAS
Combinações  tácticas  que 
representam  a  coordenação  das 
acções  individuais  de  dois 
jogadores  de  natureza  defensiva, 
que  visam  assegurar  a  resolução 
de  uma  tarefa  parcial 
(temporária) específica do jogo.

Objectivo
Resolução táctica da situação de rotura momentânea da organização defensiva;

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções colectivas defensivas elementares

4. A TEMPORIZAÇÃO

São  acções  técnico‐tácticas individuais  e  colectivas  de  natureza  defensiva,  que 


visam o retardamento da progressão do processo ofensivo adversário. 

Objectivo
(1)  assegurar  o  retardamento  do 
processo ofensivo adversário;
(2) ganhar o tempo necessário para que 
os  companheiros  se  recoloquem  dentro 
do seu método defensivo de base.

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções colectivas defensivas elementares

5. CORTINAS/ÉCRANS
São acções táctico‐técnicas individuais e colectivas, desenvolvidas por um ou 
mais  jogadores  que  se  posicionam  de  forma  a  perturbar  a  acção  dos 
atacantes,  estabelecendo  uma  protecção  eficiente  da  própria  baliza  e  dos 
comportamentos do companheiro que recupera a posse da bola.

Objectivo
1.  Proteger  os  comportamentos 
técnico‐tácticos de  um  companheiro, 
aquando  da  recuperação  da  posse  da 
bola.
2.  Protecção  máxima  da  baliza. 
(barreiras).

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções colectivas defensivas elementares
6. ESQUEMAS TÁCTICOS DEFENSIVOS
São  as  soluções  adoptadas  para  as  situações  de  bola  parada.  Representam  a 
coordenação  de  acções  individuais  e  colectivas  de  vários  jogadores  de  natureza 
defensiva, que visam assegurar as condições mais favoráveis à protecção máxima 
da baliza e à recuperação da posse da bola durante as partes fixas do jogo.

Objectivo
Assegurar as condições mais favoráveis à protecção da baliza e à recuperação da 
posse da bola durante as partes fixas do jogo.

entre 4 a 9 jogadores
2/3 2/3
1/2 1/2
3/4 4/5 3/4

2/3
1/2

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções colectivas defensivas elementares
6. ESQUEMAS TÁCTICOS DEFENSIVOS

1. Individual;
2. Zona;
3. Misto;

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Acções colectivas defensivas complexas

PRINCÍPIOS DO JOGO ‐ ESPECÍFICOS
Regras base segundo as quais os jogadores dirigem e coordenam a sua 
actividade individual e colectiva;

• Defensivos
– Contenção

– Cobertura defensiva

– Equilíbrio

– Concentração

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Contenção OBJECTIVOS 1º Defensor
• Marcação ao portador da bola;
• Parar o ataque;
• Ganhar tempo para a 
reorganização defensiva;

COMPORTAMENTO
• Manter‐se entre a bola e a baliza;
• Velocidade e ângulo de 
aproximação;
• Posicionamento base;
• Distância defesa‐atacante;
• Retardar a acção do atacante;
• Observar a bola (ser paciente);
• Iniciativa;
• Determinação;

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008 Sentido de ataque


Contenção
Distância ao adversário directo

C
B A

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008 Sentido de ataque


Cobertura Defensiva

OBJECTIVO 2ºDefensor
7
• Apoio ao companheiro que marca 
2 o adversário com bola;

1 3 9
COMPORTAMENTO

• Distância;

• O Ângulo; 

• Comunicação; 

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008 Sentido de ataque


Equilíbrio
OBJECTIVO 3ºDefensor
• Cobertura dos espaços e jogadores 
livres (acções ofensivas fora da bola);
8 • Cobertura de linhas de passe;

4 COMPORTAMENTO
1 7
• Estabilidade do centro de jogo 
defensivo;
2 • Criar situações desfavoráveis aos 
atacantes;
•T ornar o jogo ofensivo previsível;
3 9

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008 Sentido de ataque


Concentração
1
1
8

3 2
1 1
0 1
4 4
1 6

7 CONCENTRAÇÃO Estrutura da Equipa
9
5 1
0 6
‐Estruturação colectiva no sentido de 
5
retirar amplitude e profundidade às 
acções ofensivas
8
2 9
7 3

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008 Sentido de ataque


Acções colectivas defensivas complexas

Métodos de jogo defensivo

• Individual 
• Zona
• Misto
• Zona pressionante

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Método INDIVIDUAL
CARACTERIZAÇÃO:
1. Aplica, em todos os momentos do jogo, a lei do um contra um. 
2. Cada atacante é marcado por um defesa, sem cessar, evitando que este receba 
a bola sob quaisquer circunstâncias. Adversário como principal referência de jogo.

3.  Fundamenta  situações  de  igualdade  numérica a  todo  o  momento, 


evidenciando uma maior agressividade quando a acção se aproxima da baliza.
4. Desenvolve a responsabilização individual ao mais alto grau. 

5.  Utiliza  primordialmente  os  fundamentos  individuais  defensivos inerentes  ao 


princípio da contenção.

6. Necessita de uma elevada capacidade física de todos os jogadores por forma a 
reagir  constantemente  aos  deslocamentos  dos  seus  adversários  directos 
mantendo‐os sob pressão.
7. Recruta elevados níveis de atenção selectiva.
8. Evidencia a necessidade de elevados níveis de sacrifício e abnegação.

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Método INDIVIDUAL
11

4
5
8

1 6
3

10 9

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Método INDIVIDUAL
VANTAGENS
1.  Possibilita  anular  um  jogador  de  grande  capacidade técnica  através  de  um 
jogador de menores recursos. 

2. Missões facilmente assimilaveis e compreendidas no plano táctico, cada um 
pode concentrar a sua atenção e esforço num só adversário, numa só missão.

3.  Reduz  a  iniciativa  do  adversário que  está sob  influência  deste  tipo  de 
marcação.
5.  Consegue‐se  equilíbrio  numérico em  qualquer  situação  de  jogo  e  em 
qualquer espaço.

6.  Provoca  um  desgaste  táctico‐técnico,  físico  e  principalmente  psicológico  aos 


jogadores  sujeitos  a  marcação,  pois  estão  sujeitos  de  forma  continua  a  uma 
marcação impiedosa.
7. Adapta‐se a qualquer jogo adversário.
8.  Permite  pressionar  em  qualquer  zona  do  campo,  impedindo  o  jogo  ofensivo 
adversário
João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Método INDIVIDUAL
DESVANTAGENS (i)

1.  Contextualiza  situações  muito  difíceis  de  resolver  quando  se  verifica  uma 
falha  individual de  um  defesa,  podendo  comprometer  toda  a  organização 
defensiva.

2.  Rápido  desgaste  físico,  o  defesa  deverá reagir  constantemente  às 


movimentações do seu adversário directo, em especial a 1ª linha defensiva.

3. Permite criar e explorar espaços livres em zonas vitais do terreno de jogo.

4.  Limita  o  jogo  ofensivo  da  equipa,  pois  depende  do  posicionamento  do 
defesa.

5.  Diminui a  iniciativa,  criatividade  e  a  improvisação  do  jogador  em  termos 


defensivos, pois minimiza as suas missões tácticas.

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Método INDIVIDUAL
DESVANTAGENS (ii)

6.  Reduz a  coesão e  aumenta  a  permeabilidade  da  organização  defensiva 


devido ao não cumprimento de um dos princípios da defesa – cobertura;

7.  Possibilita um  maior  número  de  contactos  físicos,  que  poderão  traduzir‐se 
num maior número de infracções às leis do jogo.

8. Se o adversário movimenta a bola rapidamente, é difícil tapar todos os 
espaços;

9. É difícil defender muito longe da baliza.

10. Equipa que defende individualmente esta tendencialmente desequilibrada 
posicionalmente no momento em que recupera a posse de bola para atacar;

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
“Uma equipa que esteja preocupada com marcações, no sentido restritivo do 
termo (marcação a jogadores), está sempre condicionada. É a tal questão do 
«encaixe»: estão condicionadas, pois têm que «encaixar» numa caixa que foi 
construída e imposta pelo adversário.

O mais importante na defesa (...) é ser capaz de «virar o feitiço contra o 
feiticeiro», ou seja, é conseguirmos, mesmo sem ter a bola, mandar no jogo.”
J. Garganta

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Método à ZONA
CARACTERIZAÇÃO

1. Aplica, na maioria das situações de jogo 
a lei do todos contra um.
2.  Atribui  a  cada  jogador  a 
responsabilidade  por  uma  certa  zona  do 
campo,  o  qual  intervém  desde  que  aí
penetre:  (1)  a  bola,  (2)  o  adversário  de 
posse de bola e, (3) o adversário sem bola;

3.  Evidencia  uma  primeira  linha  defensiva,  que  se  forma  em  função  do 
posicionamento da bola organiza‐se uma outra linha defensiva que assegura a 
cobertura permanente à primeira linha.

4. Estabelece continua e permanentemente acções de entreajuda permanente.

5. Poderá tirar partido da lei do fora‐de‐jogo. 

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Método à ZONA
VANTAGENS
1. Delimita o posicionamento dos defesas, limita a sua acção a um espaço (zona), 
não abandonam os seus postos habituais de marcação.

2.  Reduz  o  desgaste  físico  e  psicológico comparativamente  aos  métodos 


individuais.
3.  Orienta  a  acção  dos  atacantes  adversários,  tem  que  executar  acções  em 
direcções  alternativas  à baliza  adversária,  devido  à continua  existência  de  duas 
linhas defensivas
4.  Aumenta a  dificuldade  em  criar,  explorar  e  ocupar  espaços vitais  de  jogo. 
Protege ao máximo a baliza.
5.  Correcção das  falhas  individuais  pelos  companheiros,  devido  à contínua 
execução de cobertura defensiva.
6.  Proporciona um  melhor  aproveitamento  das  qualidades tácticas‐técnicas‐
físicas dos jogadores.
7. Reduz o número de faltas.
João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Método à ZONA
DESVANTAGENS

1.  Possibilita  aos  atacantes  evidenciarem  uma  maior  capacidade  de 


iniciativa, particularmente quando se deslocam de um para outro espaço.

2.  Permite  situações  de  superioridade  numérica  ofensiva,  pois  poder‐se‐á


verificar a entrada simultânea de 2 ou mais jogadores numa determinada zona 
de marcação de um defesa.

3. Dificuldades em definir, com exactidão, os limites das respectivas zonas de 
marcação respeitantes a cada defesa.

4. Estabelece elevados níveis de insegurança se não existir uma sincronização 
colectiva correcta.

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Método ZONA

11
4

8
1

3 6

10

2 7

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Método MISTO
CARACTERIZAÇÃO

1. Sintetiza de forma global o método defensivo à zona e o método defensivo 


individual.

2.  Desenvolve  uma  marcação  ao  atacante  que  evolui  numa  determinada 
zona  do  terreno,  continuando  mesmo  que  este  progrida  para  outra  zona, 
que não é seja da sua responsabilidade. Só depois do atacante se desfazer da 
bola ou outro companheiro assumir as suas funções, é que o defesa poderá
voltar à sua zona .

3.  Acentua  as  acções  de  cobertura  defensiva ao  1º defesa  (contenção) 
tornando‐as mais rigorosas que na zona. 

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Método MISTO
VANTAGENS (para além de alguns referidos para o método à zona):

1. Oferece uma excelente segurança defensiva.

2. Dificulta a criação de situações de superioridade numérica por parte dos 
atacantes.

3.  Permite  a  permanentemente  de  execução  de  compensações‐


permutações.

4. Aumenta a iniciativa e criatividade dos defesas possibilitando‐os de sair 
da  sua  zona  de  marcação  para  outra,  marcando  o  atacante  numa  posição 
vital.

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Método MISTO
DESVANTAGENS

1.  Requer  a  leitura  constante  das  situações  de  jogo e  a  antecipação  das 
acções táctico‐técnicas dos atacantes.

2.  Necessidade  de  grande  espírito  de  solidariedade e  um  alto  grau  de 
responsabilidade individual.

3. Obriga os defesas a jogarem em zonas às quais estão menos habituados.

4.  Diminui,  em  certas  circunstâncias,  a  eficácia  do  método  ofensivo  da 
equipa.

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Método ZONA PRESSIONANTE
CATACTERIZAÇÃO

1.  Marcação  rigorosa  ao  adversário  de  posse  de 


bola,  o  defesa  demonstra  agressividade  na 
tentativa  da  sua  recuperação  e/ou  obriga‐o  a 
cometer erros no plano técnico e táctico.

2.  Permite  a  cada  defesa  evoluir  na  sua  zona,  mas  deverá deslocar‐se  para 
outras zonas concentrando‐se nos espaços de jogo próximo da bola.

3.  Impõe  a  marcação  agressiva  a  zonas  e  jogadores  adversários  que  possam 


dar continuidade ao processo ofensivo. Para se obter uma maior concentração 
defensiva,  diminui‐se  a  pressão  exercida  aos  atacantes  que  estejam 
posicionados em espaços longe da bola.

4. Conduz o ataque adversário para um espaço de jogo propicio à recuperação 


da posse da bola.

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
5.  Concentração  e  homogeneidade de  toda  a  organização  defensiva, 
independentemente do deslocamento da bola.

6.  Constante  comunicação  verbal  entre  os  jogadores,  fundamentalmente 


quando  os  atacantes  adversários  conseguem  mudar  o  ângulo  de  ataque, 
levando a bola para outro espaço de jogo.

7. Elevado espírito de equipa, coordenação e solidariedade.

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Método ZONA PRESSIONANTE
VANTAGENS (i)

1.  Proporciona  muitas  recuperações  da  posse  da  bola,    derivado  da  acção 
conjunta da equipa.
2.  Diminui  o  espaço  de  jogo,  criando‐se  condições  favoráveis  para  a 
recuperação da bola.

3. Cria situações de superioridade numérica.

4. Diminui a iniciativa dos adversários, forçando‐os a cometer erros no plano 
técnico e táctico.
5. Permite à organização defensiva jogar num bloco homogéneo e compacto.

6.  Dificulta  a  criação,  exploração  e  utilização  de  espaços  livres  no  ataque 
adversário,  especialmente  nas  zonas  à volta  da  bola  e  nas  zonas  vitais  do 
terreno de jogo.

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Método ZONA PRESSIONANTE
VANTAGENS (ii)

7.  Estabelece  uma  solidariedade  efectiva  entre  os  defesas,  verificando‐se  a 


cobertura permanente na procura da recuperação da bola.

8.  Dificulta  a  existência  de  linhas  de  passe  em  profundidade,  obrigando  os 
adversários a jogarem para o lado ou para trás.

9.  Determina  que  o  recuo  defensivo  seja  realizado  sempre  em  função  da 
progressão possível do processo ofensivo, não se recuando pelo simples facto 
de se recuar.

10.  Aumenta  a  iniciativa  e  criatividade  dos  defesas de  acordo  com  a  sua 
velocidade e habilidade.

11. Extremamente eficaz contra equipas, cuja organização ofensiva é lenta e 
sem ritmo.

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Método ZONA PRESSIONANTE
DESVANTAGENS
1. Dificuldades em estabilizar a organização defensiva com circulação rapida da 
bola de um corredor de jogo para outro. 
2. Requer leitura constante das situações momentâneas de jogo, obrigando a 
antecipar as acções dos atacantes.
3.  Impõe  a  execução  constante  de  acções  de  compensações podendo  não 
haver tempo suficiente para um reequilíbrio eficaz
4. Necessita de um elevado espírito de equipa e trabalho árduo
5.  Permite  grandes  espaços  entre  o  último  defesa  e  o  GR,  devido  ao  recuo 
defensivo ser efectuado em função da progressão da bola.
6. Excesso de agressividade sobre o atacante de posse de bola pode traduzir‐se 
num aumento do número de infracções às Leis do jogo.
7.  Dificuldades  na  rápida  transição  defesa/ataque,  devido  às  grandes 
concentrações de jogadores em processo ofensivo e defensivo
8. Impõe‐se uma elevada capacidade física dos jogadores.

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
COMPARAÇÃO DUAS EQUIPAS ALTO NÍVEL

(Estudo Seoane, 2007)
João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Após a caracterização do 
processos defensivo na 
generalidade . . .

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO 
MODELO DE JOGO:

A Posse e a Circulação da Bola como “obsessão” objectiva e inteligente da 


equipa e de todos os jogadores;

A  Zona  Pressionante como  método  que  condicione  o  comportamento 


ofensivo do adversário e nos permita recuperar a posse da bola;

Transições fortes que aproveitem a desorganização da equipa adversária.

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Organização Estrutural Defensiva (GRx4x3x3):
jogo de posições, linhas transversais e longitudinais

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
DEFESA À ZONA PRESSIONANTE NO NOSSO MODELO JOGO

Objectivo Geral da ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA:
Condicionar,  direccionar  e  pressionar a  equipa  adversária  para  
provocar o erro e ganhar a posse de bola.

Objectivos Parcelares da ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA:

1º ) pressão para organização posicional
• Pressionar com o objectivo de condicionar as acções ofensivas  
adversárias para nos conseguirmos organizar posicionalmente, em 
termos de largura e profundidade (fecho de linhas transversais e
longitudinais).

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
DEFESA À ZONA PRESSIONANTE NO NOSSO MODELO JOGO

Objectivos Parcelares da ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA:

2º) direccionar o adversário
• Condicionar  e  direccionar  o  adversário  a  jogar  para  onde  queremos, 
jogar pela periferia da equipa;

3º) pressão para ganhar
• Pressionar,  toda  a  equipa  em  simultâneo,  para  provocar  erro  e/ou 
ganhar a posse da bola. 

4º) ganhar bola
• Ganhar a posse da bola.

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
DEFESA À ZONA PRESSIONANTE NO NOSSO MODELO JOGO

Alguns Sub‐Princípios da ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA:
• Pressão ao portador da bola;
• Coberturas interiores e exteriores;
• Pressão colectiva;
• Jogo posicional da equipa e dos jogadores (linhas 
transversais e longitudinais);
• colectivo, intersectorial, sectorial;
• Fecho da equipa e dos espaços (junção das linhas 
transversais e longitudinais);

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DEFESA À ZONA PRESSIONANTE NO NOSSO MODELO JOGO

TRANSIÇÃO DEFENSIVA:  Pressão ao Portador da Bola e Espaço Circundante

Objectivo Geral da TRANSIÇÃO DEFENSIVA:
Aproveitar  a  desorganização  “ofensiva” da  equipa  adversária  para 
ganhar a posse de bola ou para nos organizarmos defensivamente.

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
DEFESA À ZONA PRESSIONANTE NO NOSSO MODELO JOGO

TRANSIÇÃO DEFENSIVA:  Pressão ao Portador da Bola e Espaço Circundante

Objectivos Parcelares da TRANSIÇÃO DEFENSIVA:

1º) Pressão para Ganhar a Bola
• Pressionar de imediato o portador da bola com o objectivo de a ganhar
2º) Pressão para Organização
• Continuar a pressão ao portador da bola para:
(1) dar tempo para as linhas, em largura e em profundidade, fecharem;
(2) não permitir passes em profundidade;
(3) não permitir tirar bola da zona de pressão
3º) Organização Defensiva
• Estar organizado posicionalmente em termos defensivos
João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Importa definir na nossa organização defensiva . . . .

TIPO DE METODO DEFENSIVO:  individual, zona, com/sem pressão, que 
sectores defendem zona/individual;

OCUPAÇÃO TERRENO: onde defender, colocação bloco alto/médio/baixo, 
relações a privilegiar entre jogadores;

COBERTURAS: quem faz cobertura a quem? Tarefas de cada 
posição/jogador. E onde?

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
INDICAÇÕES A EQUIPAS E JOGADORES
exemplos

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA TRANSIÇÃO DEFENSIVA

1º TERÇO TERÇO MÉDIO

1 1

3 4 5

9
3 4 5 1
2 6
9 7
11 8 4
11 9 5
2 10 2 3
10
6 7 8 7
11 7 6
8 10
3 6
9 11 8
7 10 10
8 5 2 10
3 6 4 8 2
11
5 9 6
4 2
1
1 7 11
3 4 Controlo 
9 5 profundidade

ULTIMO TERÇO PONTAPÉ BALIZA


1
1 1

4
3 5
6 9
7
2 11 4
10 8 3 5
8 10 2 9
IMPORTANTE
11 7
6 10
6
8 1. Resposta mental à perda da posse;
7 11 8 10
7 6 11 2. Pressão agressiva ao portador da bola;
2 9
9 3 2 3. Cobertura ao jogador que pressiona o 
3 4 5 4
5
portador da bola;
4. Fecho colectivos de linhas em 
profundidade e amplitude (Campo 
1
pequeno);
1

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Importa definir na nossa organização defensiva . . . .

COLOCAÇÃO DO BLOCO ZONA RECUPERAÇÃO

Bloco Alto

Bloco Baixo

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Enquadramento em função da estrutura adversário

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Organização Estrutural: GRx4x3x3 Adversário: GRx4x4x2 losango

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Organização Estrutural: GRx4x3x3 Adversário: GRx4x4x2

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Organização Estrutural: GRx4x3x3 Adversário: GRx4x3x3 (1 pivot)

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Organização Estrutural: GRx4x3x3 Adversário: GRx4x3x3 (2 pivot)

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Organização Estrutural: GRx4x3x3 Adversário: GRx3x5x2

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Algumas conclusões . . . ZONA PRESSING

• Defesa mais exigente e mais inteligente que a defesa Individual.

• Fundamenta‐se na colocação no terreno para retirar vantagem ao 
adversário.

• Condicionar a estrutura e o desenvolvimento do jogo adversário;

• O que caracteriza a defesa à zona é a ocupação de um espaço. Cada jogador 


defende determinada zona e a equipa defende numa determinada zona, 
controlando espaço e tempo do jogo adversário;

• Os jogadores sabem que aquela zona é a zona deles. Um ajustado 
dinamismo zonal viabiliza, à equipa, a obtenção e manutenção de 
superioridade posicional, temporal e numérica nos espaços vitais de jogo;

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Algumas conclusões . . . A ZONA PRESSING

• Constrói‐se uma estrutura global flutuante em função da posição da bola e 
da hierarquização da importância dos espaços (Bloco Dinâmico e adaptativo);

• Qualquer  marcação  é sempre  circunstancial  e  consequência  de  uma 


adequada interpretação das principais referências defensivas;

• A zona será tanto mais eficaz quanto mais pressionante se manifestar;

• O momento defensivo começa antes da perda da bola, com o garante de um 
equilíbrio defensivo no ataque;

• A organização defensiva deve ser perspectivada em função da forma como 
se quer atacar: 
• Definir a(s) zona(s) onde se tentará recuperar a bola, 
• Ponderar a configuração estrutural defensiva da equipa.

João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
Alguns sítios na internet  ….
http://www.futbol‐tactico.com http://www.trainingfutbol.com/

http://www.diariosdefutbol.com http://www.soccerclinics.com/

http://www.allcoach.com http://www.worldclasscoaching.com

http://www.elentrenador.com http://www.soccer‐training‐info.com/

http://www.futbolbase.com/

http://www.soccerperformance.org/ http://www.entrenadores.info/

http://www.antf.pt/ http://www.futbolrendimiento.com.ar/

http://www.efdeportes.com/ http://cidadedofutebol.uol.com.br/cidade2006/

http://www.planetadofutebol.com/ http://escuelanacional.rfef.es/artavan‐bin/Rfef/
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João Carlos Costa: Nível II, Braga 2008
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SEOANE, J. (2007): Liverpool FC: Movimientos Defensivos en el 1‐4‐4‐2 y varantes defensivas. Revista Fútbol‐
Táctico, Deciembre. (http://www.futbol‐tactico.com).
SEOANE, J. (2007): Chelsea: Transiciones y Basculaciones defensivas. Revista Fútbol‐Táctico, Deciembre. 
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FCPORTO (2005): Modelo de jogo para a Formação. Futebol Clube d Porto, Futebol‐SAD. Não publicado.
ARRIGO SACCI: Vídeo,  Defesa à Zona. 
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