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Antropologia x Pedofilia na Internet

A Antropologia tem por objetivo entender o comportamento do ser humano e como a


cultura foi desenvolvida, sendo, portanto, o estudo do ser humano em seus aspectos mais
amplos, cujo objeto principal de sua análise é a cultura.
O primeiro conceito de cultura ligado à antropologia foi o proposto pelo antropólogo
britânico Edward Burnett Taylor (1987); na segunda metade do século XIX: “Cultura
como esse todo complexo, que compreende conhecimentos, crenças, arte, moral, leis,
costumes e qualquer outra capacidade e hábito adquirido pelo homem enquanto membro
da sociedade”. Por ser o primeiro pesquisador a fazer da cultura um objeto de estudo,
Taylor é considerado o pai da Antropologia, e seu conceito de cultura serviu de base para
todos os posteriores.
Considerando que o contexto deste trabalho é relacionado à pedofilia, podemos analisar
que a pedofilia está relacionada a uma cultura voltada ao prazo imediato, o que caracteriza
a pessoa praticante da pedofilia como parte de uma sociedade hedonista, ou seja, que tem
por prática a busca pelo prazer, vivendo movido a paixões, desejos, fazendo destes atos
a finalidade de sua vida humana, sendo o princípio de sua vida moral (ABBAGNANO,
2003).
O envolvimento sexual de uma pessoa jovem com outra pessoa mais velha era
considerado de forma comum pela sociedade da antiga Grécia. Em sua maioria ocorria
entre pessoas do mesmo sexo, geralmente entre homens e tinha como permeava,
geralmente, por uma troca de favores pessoais, pelo início do jovem na vida adulta ou
mesmo quando começavam a desenvolver relações estáveis com pessoas de sexo oposto
(ALMEIDA, 2005).
Almeida (2005), a psicologia e a psiquiatria, que são ciências que também estudam a
pedofilia, entende que não se constitui uma ação, mas um comportamento. Ou seja, a
pedofilia é um padrão constante de desejo. Este desejo é relacionado a uma atração sexual
desviada, atração por crianças.
Um pedófilo não é, necessariamente, um criminoso. Uma pessoa pode sentir atração por
crianças e manter-se afastada delas, sem cometer nenhum abuso sexual. Além disso, o
pedófilo não possui características físicas que o distinguem. Aliás, como já destacado,
normalmente o pedófilo é pessoa que aparentemente possui uma boa convivência com
seus familiares. (SILVA, Lilian Ponchio E.; ROSSATO, Luciano A.; LÉPORE, Paulo E.;
et ai. Pedofilia e abuso sexual de crianças e adolescentes (Coleção saberes monográficos).
Editora Saraiva, 2012.
Segundo Lombroso (2001), o pedófilo não tem determinado tamanho específico de
crânio, nariz ou orelhas deformadas. No final do século XIX, o autor até tentou relacionar
formas físicas às causas do crime, em clara ideia determinista, tanto do ponto de vista
biológico (anatômico-fisiológico) quanto psíquico, mas essa tese nunca se confirmou.
Referências:

TAYLOR, E. B. Antropologia. Barcelona: Editorial Alta Fulla, 1987


ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia, 4 ed., São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Tradução de Ivone Castilho Benedetti
ALMEIDA, Marco Aurélio C. de. Sobre o significado de pedofilia. Boletim IBCCRIM.
São Paulo, v.12, n.149, p. 3, abr. 2005.
LOMBROSO, Cesare. O homem delinquente. Porto Alegre: Ricardo Lenz, 2001.

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