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Autos n.°
Termos em que,
Pede deferimento.
ADVOGADO
OAB
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
RECORRIDO: JOÃO
COLENDA CÂMARA
A respeitável decisão proferida pelo juízo “a quo” não merece ser reformada
pelos fatos e direitos a seguir expostos:
DOS FATOS
DO DIREITO
Todavia, mesmo havendo regulamentação nesse sentido, o fato de ter sido o réu
ouvido por ultimo não gera nulidade, já que assim, se da o privilegio a garantia
constitucional da Ampla Defesa, prevista no artigo 5°, inciso LV, da Constituição
federal de 1988.
Por outro lado, o Ministério Público, não incumbiu de provar o prejuízo gerado,
além de não ter alegado a referida nulidade no momento oportuno, sendo este, a
audiência.
No que tange ao artigo 35, da Lei 11.343.06, a qual afirma que há associação
quando duas ou mais pessoas associam-se para o fim Fe praticar, reiteradamente ou não
crimes previsto em lei, assim entende-se que, o referido crime não se confunde com a
prática de tráfico, sendo necessário para a condenação, que fique claro a existência de
uma conduta permanente por parte dos agentes, ainda que esses pratique apenas o crime
de tráfico.
Diante disso, deve ser mantida a absolvição no que tange o crime de associação.
Com relação ao tráfico, não pode haver o aumento da pena base acima do
mínimo legal previsto, apenas se valendo de argumentos meramente genéricos e
abstratos.
DA ATENUANTE DA CONFISSÃO
No que diz respeito a confissão, mesmo sendo ela parcial, deverá ser
reconhecida como uma atenuante, já que formou o convencimento do juiz, em
conformidade a Súmula 545 STJ. No caso em tela, o juiz levou em consideração a
confissão do réu, onde afirma qual seria a destinação das drogas apreendidas.
Analisando o texto de lei, nota-se que se enquadra perfeitamente ao réu, uma fez
que não se dedica a atividade criminosa, sendo primário, tendo bons antecedentes, o fato
de estar respondendo pela ação penal de furto, a qual encontra-se sem condenação
definitiva transitada em julgado, não pode por si só justificar o reconhecimento de maus
antecedentes, correndo o risco de assim afrontar o principio da não culpabilidade, de
acordo com a Súmula 444 do STJ.
DOS PEDIDOS
Ante ao exposto, requer-se não provimento do recurso de apelação interposto
pelo Ministério Público, sendo, portanto, mantida integralmente a sentença.
Termos em que,
Pede deferimento.
ADVOGADO
OAB