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Nome da disciplina

Nome: Alecsandro Lourenço dos Santos Matrícula: 037616

Curso: Direito Data:

Escreva as respostas abaixo

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1° VARA


CRIMINAL DA COMARCA DE MACEIÓ/AL.

Autos n.°

JOÃO, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, que lhe move o


Ministério Público, por seu advogado que esta subscreve, procuração anexa, vem,
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTRARRAZÕES
DE APELAÇÃO, com fulcro no art. 600 do Código Penal.

Requer o encaminhamento do feito ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de


Alagoas/AL.

Termos em que,

Pede deferimento.

Local, data (08 dias)

ADVOGADO

OAB
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO

RECORRIDO: JOÃO

RECORRENTE: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE ALAGOAS

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

COLENDA CÂMARA

A respeitável decisão proferida pelo juízo “a quo” não merece ser reformada
pelos fatos e direitos a seguir expostos:

DOS FATOS

O recorrido JOÃO, fora denunciado pelo Ministério Público, pela pratica do


crime de trafico ilícito de drogas, já que no dia dos fatos, este fora preso portando em
sua mochila, a quantia de 25g (vinte e cinco gramas) de cocaína, acondicionadas em 35
pinos plásticos.

A denúncia foi regulamente recebida.

Houve a audiência de instrução e julgamento, sendo ouvidas testemunhas, bem


como os envolvidos.

Não havendo, portanto nenhuma irregularidade.

DO DIREITO

PRELIMINARMENTE: DA NÃO NULIDADE DA INSTRUÇÃO


O Recorrente alega ter havido nulidade na audiência de instrução e julgamento,
uma vez que, o réu fora ouvido por ultimo e não como o primeiro como prevê o artigo
57 da Lei n.° 11.343/06.

Todavia, mesmo havendo regulamentação nesse sentido, o fato de ter sido o réu
ouvido por ultimo não gera nulidade, já que assim, se da o privilegio a garantia
constitucional da Ampla Defesa, prevista no artigo 5°, inciso LV, da Constituição
federal de 1988.

Por outro lado, o Ministério Público, não incumbiu de provar o prejuízo gerado,
além de não ter alegado a referida nulidade no momento oportuno, sendo este, a
audiência.

DA NÃO ASSOCIAÇÃO AO TRÁFICO DE DROGAS

No que tange ao artigo 35, da Lei 11.343.06, a qual afirma que há associação
quando duas ou mais pessoas associam-se para o fim Fe praticar, reiteradamente ou não
crimes previsto em lei, assim entende-se que, o referido crime não se confunde com a
prática de tráfico, sendo necessário para a condenação, que fique claro a existência de
uma conduta permanente por parte dos agentes, ainda que esses pratique apenas o crime
de tráfico.

Contudo, analisando os depoimentos dos militares, que disseram que não


conheciam o réu e nem o menor, destacando ainda que, não tinham informações
pretéritas sobre o envolvimento deles com o tráfico de drogas.

Assim sendo, tanto o réu quanto o menor, também asseguram que se


conheceram no dia anterior ao da prisão, não havendo relação de estabilidade e
permanência.

Diante disso, deve ser mantida a absolvição no que tange o crime de associação.

DO NÃO AUMENTO DA PENA BASE ACIMA DO MÍNIMO


LEGAL

Com relação ao tráfico, não pode haver o aumento da pena base acima do
mínimo legal previsto, apenas se valendo de argumentos meramente genéricos e
abstratos.
DA ATENUANTE DA CONFISSÃO

No que diz respeito a confissão, mesmo sendo ela parcial, deverá ser
reconhecida como uma atenuante, já que formou o convencimento do juiz, em
conformidade a Súmula 545 STJ. No caso em tela, o juiz levou em consideração a
confissão do réu, onde afirma qual seria a destinação das drogas apreendidas.

DA APLICAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DO TRÁFICO


PRIVILEGIADO.

Analisando o texto de lei, nota-se que se enquadra perfeitamente ao réu, uma fez
que não se dedica a atividade criminosa, sendo primário, tendo bons antecedentes, o fato
de estar respondendo pela ação penal de furto, a qual encontra-se sem condenação
definitiva transitada em julgado, não pode por si só justificar o reconhecimento de maus
antecedentes, correndo o risco de assim afrontar o principio da não culpabilidade, de
acordo com a Súmula 444 do STJ.

DA MANUTENÇÃO DO REGIME ABERTO

Requer diante de tudo já exposto que, haja a manutenção do regime aberto


fixado pelo juiz, uma vez que, o STF já se manifestou quanto a natureza hedionda do
crime de trafico privilegiado, sendo também pela previsão do artigo 2°, §1°, da Lei
8.072 sendo inconstitucional por violação do principio da individualização da pena.

DA SUBSTITUIÇÃO DA PPL POR PRD

Por fim, sendo possível a substituição da pena privativa de liberdade pela


restritiva de direitos, como já mencionado pelo principio da individualização da pena,
sendo que o STF considerou inconstitucional a vedação trazia pelo artigo 33, §4°, da
Lei 11.343.06, tendo resolução, qual seja número 5 do Senado Federal suspendendo a
eficácia de tal expressão.

DOS PEDIDOS
Ante ao exposto, requer-se não provimento do recurso de apelação interposto
pelo Ministério Público, sendo, portanto, mantida integralmente a sentença.

Termos em que,

Pede deferimento.

Local, 13 de novembro de 2018.

ADVOGADO

OAB

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