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Lição n0 9: Elasticidade e
Faculdade de Ciências e Tecnologia Movimento Oscilatório
VIII. Introdução
Diz-se que uma partícula está em movimento harmónico simples ao longo do eixo X
quando seu deslocamento x, em relação a origem do sistema de coordenadas, é dada como função
de tempo pela expressão,
𝑥(𝑡) = 𝐴𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 + 𝜑) (8.1)
Onde, (𝜔𝑡 + 𝜑) −é denominada fase e 𝜑 −é a fase inicial (fase quando t=0 s).
Para além da definição senoidal apresentada pela relação (8.1), poderíamos ter definido o
deslocamento por uma função cossenoidal, e para tal tomamos em consideração a fase inicial igual
𝜋
a 2.
𝜋
𝑥(𝑡) = 𝐴𝑐𝑜𝑠 (𝜔𝑡 − ) (8.2)
2
Outro docente: Nenhum Page 1
Como é de conhecimento, as funções seno e cossenos variam de -1 a 1, respectivamente, dai que,
os deslocamentos possíveis estarão dentro do domínio – 𝐴 𝑒 𝐴.
Pela definição, o movimento harmónico simples é periódico, pelo que, o período e a frequência
são definidos pelas fórmulas,
2𝜋 𝜔
𝑃= (𝑎) 𝑒 𝑓 = (𝑏) (8.3)
𝜔 2𝜋
𝑑𝑣 𝑑
𝑎= = [𝐴𝜔𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡 + 𝜑)] = −𝐴𝜔2 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 + 𝜑) (8.6)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑎 = −𝜔2 𝑥 (8.8)
Vamos considerar um bloco amarado a uma mola e distendido (ver a figura 8.1),
𝑑2 𝑥
𝐹𝑟𝑒𝑠 = 𝑚𝑎 𝐹𝑒𝑙 = −𝑘𝑥 (8.7), 𝑎= (8.9)
𝑑𝑡 2
𝐹𝑒𝑙 𝑑2 𝑥
𝑚𝑥̈ = −𝑘𝑥 ↔ 𝑚 + 𝑘𝑥 = 0 (8.10)
𝑑𝑡 2
𝑥 𝑘 𝑘
𝜔2 = 𝑜𝑢 𝜔 = √ (8.10) 𝐹 = −𝑚𝜔2 𝑥 (8.11)
Figura 8.1 Mola Distendida 𝑚 𝑚
𝑚 1 𝑘
𝑃 = 2𝜋√ (𝑎) 𝑒 𝑓 = √ (𝑏) (8.12)
𝑘 2𝜋 𝑚
1 2
1 2
𝑚𝐴2 𝜔2
𝐸𝐶 = 𝑚𝑣 = 𝑚[𝐴𝜔𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡 + 𝜑)] = 𝑐𝑜𝑠 2 (𝜔𝑡 + 𝜑) (8.13)
2 2 2
Se levarmos em consideração a equação fundamental da trigonometria temos que, 1 − 𝑠𝑒𝑛2 𝛽 =
𝑐𝑜𝑠 2 𝛽, logo,
𝑚𝐴2 𝜔2 2 (𝜔𝑡
𝑚𝜔2 2
𝐸𝐶 = [1 − 𝑠𝑒𝑛 + 𝜑)] = [𝐴 − 𝐴2 𝑠𝑒𝑛2 (𝜔𝑡 + 𝜑)]
2 2
𝑚𝜔2 2
𝐸𝐶 = [𝐴 − 𝑥 2 ] (8.14)
2
Mais uma conclusão pode ser tirada da relação (8.14), a saber, a energia cinética é máxima no
centro (𝑥 = 𝑜) e nula nas extremidades ±𝐴.
𝑑𝐸𝑃
Partindo do gradiente da energia potencial temos, 𝐹 = − , e combinando esta com (8.6),
𝑑𝑥
resulta,
𝑑𝐸𝑃 = 𝑘𝑥𝑑𝑥 (8.15)
1
Integrando a relação anterior, temos, ∫ 𝑑𝐸𝑃 = 𝑘 ∫ 𝑥𝑑𝑥 → 𝐸𝑃 = 2 𝑘𝑥 2
1
𝐸𝑃 = 𝑚𝜔2 𝑥 2 (8.16)
2
Segundo a definição, a energia mecânica (total) é a soma das energias cinética e potencial,
respectivamente, e das definições anteriores temos,
𝑚𝜔2 2 1
𝐸𝑀 = [𝐴 − 𝑥 2 ] + 𝑚𝜔2 𝑥 2 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡.
2 2
𝑚𝜔2 𝐴2 𝑘𝐴2
𝐸𝑀 = = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡. ↔ 𝐸𝑀 = = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡. (8.17)
2 2
𝐹𝑇 = −𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃 (8.18) 𝐴′ 𝐹𝑇 𝐴
𝜃 𝐹
𝑁
Para além da relação anterior, sabe-se que, 𝐹𝑇 = 𝑚𝑎 𝑇 = Amplitude 𝐹𝑔
𝑑𝑣 𝑑𝜃
𝑚 𝑑𝑡 , onde, 𝑣 = 𝑅𝜔 = 𝑙𝜔 𝑒 𝜔 = , logo, Figura 8.3 MHS de um Pêndulo Simples
𝑑𝑡
𝑔 𝑔 2𝜋 𝑙
𝜔2 = 𝑜𝑢 𝜔 = √ (8.22) 𝑒 𝑃 = = 2𝜋√ (8.23)
𝑙 𝑙 𝜔 𝑔
1 𝑔
𝑓= √ (8.24)
2𝜋 𝑙
De lembrar que para amplitudes maiores, a aproximação feita perde a validade, dai que pode-se
dizer que o período depende da amplitude inicial e não depende da massa do pêndulo (corpo).
𝑑2 𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑2𝑥 𝑑2𝑥
𝑚 . + 𝑘𝑥. = 0 → (𝑚 + 𝑘𝑥) = 0 ↔ 𝑚 + 𝑘𝑥 = 0 (8.27)
𝑑𝑡 2 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 2 𝑑𝑡 2
𝑑2 𝑥 𝑘 𝑘
+ 𝑥 = 0 (8.28) 𝜔 = √ (8.29)
𝑑𝑡 2 𝑚 𝑚