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No entanto, é possível
estudar os factos sociais de acordo com vários graus de aprofundamento.
Assim, a Sociologia geral estuda o funcionamento da sociedade e a mudança social, por exemplo,
numa abordagem global e geral.
Se se quiser estudar com mais profundidade aspetos particulares do domínio social, teremos de
recorrer às sociologias especializadas, como a Sociologia da Família, a Sociologia do Trabalho, a
Sociologia da Educação e a Sociologia Urbana, entre outras.
Estuda a organização política dos diversos tipos de sociedade, as implicações sociais dos
diferentes movimentos políticos e das ideologias; origem, desenvolvimento e funções do
Estado nos seus aspetos teóricos e práticos; as inter-relações entre Estado e Direito, Política e
Economia, com especial destaque para as relações de dominação e subordinação, liberdade e
coação.
Exemplos: Papéis conjugais; conciliação entre a vida profissional e familiar; novos tipos de famílias.
Referem-se ao estudo sistemático das relações sociais e à interação entre indivíduos e grupos
relacionados com a função económica da produção e distribuição de bens e serviços
necessários à sociedade. Especificamente, analisam o conteúdo dos papéis profissionais, as
normas e as expectativas a eles associadas em diferentes organizações de trabalho.
São expressões mais ou menos equivalentes: ambas estudam os fenómenos que decorrem da
estrutura das organizações enquanto sistemas especiais. Em rigor, a expressão cientificamente
mais adequada seria Sociologia das Organizações, corrente entre os autores franceses.
Exemplos: Conflitos de hierarquia; fenómenos decorrentes das disfunções internas
(desajustamentos provocados pelos excessos da organização formal); análise da liderança na
organização.
Exemplos: O quotidiano rotineiro vivido nas cidades industriais obriga a que muitas pessoas, durante
o fim de semana, se dediquem a tarefas diversas como a bricolagem e a jardinagem, ou a atividades
físicas e culturais, por exemplo.
O quadro que se segue sintetiza a evolução da Sociologia nos séculos XIX e XX.
Pelo contrário, a complexidade da realidade social é que nos obriga a uma divisão de forma a
tornar mais fácil a leitura inicial do fenómeno. Todavia, será da compreensão do fenómeno à luz
das diversas explicações fornecidas por cada «Sociologia» que poderemos conhecer melhor
esse fenómeno.
De facto, e a título de exemplo, o estudo do insucesso escolar exige que este fenómeno seja estudado
tendo em conta a Escola e a sua função social (Sociologia da Educação), a articulação entre as
aprendizagens efetuadas e o mercado de trabalho (Sociologia do Trabalho), a origem social e
económica dos alunos (Sociologia Económica e Sociologia da Família), as dificuldades de
aprendizagem e a constatação de se promoverem processos de resposta a necessidades educativas
especiais (Sociologia da Educação), a forma de ocupação dos tempos
livres (Sociologia do Lazer), entre outras.
Assim, e na continuidade do exposto, a investigação social exige e recorre cada vez mais à
interdisciplinaridade como a abordagem indispensável à melhor compreensão dos fenómenos
sociais.
Dada a especialização no domínio social, o sociólogo e antropólogo francês Marcel Mauss (1872-
1950) defendeu a necessidade de um estudo integrado das diferentes componentes sociais,
introduzindo o conceito de fenómeno social total de que também já falámos na unidade 1.
Constatamos, pois, que todos os fenómenos da realidade social são fenómenos sociais totais,
isto é, têm implicações em diferentes níveis do real (histórico, jurídico, religioso, sociológico, entre
outros), podendo, portanto, ser objeto de pesquisa por parte de todas ou apenas de algumas
ciências sociais. Cada um deles é um fenómeno social total.