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GESTÃO DE RISCOS: um estudo de caso no processo de oxidação térmica em uma


empresa petroquímica

RISK MANAGEMENT: a case study in the process of thermal oxidation in a petrochemical


company

Anderson Domingues de Paula 1


Jeferson Boareto Bertoldo 2

RESUMO

Este trabalho aborda a gestão de riscos aplicada a um processo de oxidação térmica para o
tratamento de efluentes gasosos em uma empresa do ramo petroquímico. Esta abordagem se faz necessária
para certificar que a implantação deste novo processo industrial possa ocorrer da forma mais segura
possível, através da aplicabilidade das etapas da gestão de riscos sobre o mesmo. O objetivo geral deste
trabalho é identificar os principais riscos relacionados ao processo de oxidação térmica e gerar um plano
de respostas a estes riscos durante o planejamento para a implantação de um novo sistema oxidador de
gases, destinado ao controle e a tratativa dos resíduos poluentes, provenientes dos processos produtivos,
ressaltando a identificação antecipada dos riscos e suas tratativas. Para a consecução deste trabalho será
necessário à realização de um estudo de caso, sendo este constituído pela pesquisa bibliográfica, por sua
vez complementada por informações levantadas em campo e a utilização da gestão de riscos junto ao
processo analisado, referente a uma empresa de rerrefino de óleo lubrificante usado e contaminado,
situada na cidade de Varginha, sul do estado de Minas Gerais. O estudo realizado evidenciou diversas
particularidades passíveis de forma antecipada e suas necessárias correções para o processo, permitindo
prevenir e mitigar os riscos negativos.

Palavras-chave: Projetos. Gestão de riscos. Oxidação térmica

ABSTRACT

This work addresses the risk management applied to a thermal oxidation process for the
treatment of gaseous effluents in a petrochemical company. This approach is necessary to certify that the
implementation of this new industrial process can occur in the safest way possible, through the
applicability of the steps of risk management over it. The general objective of this work is to identify the

Graduado em Engenharia de Produção, Pós Graduando em Gestão Estratégica de Projetos, pelo Centro
Universitário do Sul de Minas, UNIS-MG, e-mail: andersondomingues.adp@outlook.com.br
2

Graduado em Letras, com ênfase em Língua e Literatura Portuguesas; Especializou-se em Docência no


Ensino Superior; e Graduando-se em Medicina Veterinária, e-mail: bertoldo@unis.edu.br
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main risks related to the thermal oxidation process and to generate a response plan for these risks during
the planning for the implementation of a new gas oxidation system for the control and treatment of
polluting waste of productive processes, highlighting the early identification of risks and their treatment.
In order to achieve this work, a case study will be carried out, consisting of the bibliographical research,
in turn complemented by information collected in the field and the use of risk management in the analyzed
process, related to a re-refining company of used and contaminated lubricating oil, located in the city of
Varginha, in the southern state of Minas Gerais. The study carried out evidenced several anticipated
specialties and their necessary corrections to the process, allowing to prevent and mitigate the negative
risks.

Keywords: Projects. Risk management. Thermal oxidation.

1 INTRODUÇÃO

O risco se faz presente em quase todos os âmbitos e contextos relacionados às atividades


humanas. O constante desenvolvimento das tecnologias e dos processos industriais proporciona o
aparecimento, a elevação e a mutação dos diversos tipos de riscos existentes. Com esta elucidação, segue a
seguinte questão: Quais os fatores de risco mais relevantes em um processo de oxidação térmica de gases?
A importância deste trabalho se justifica através da real necessidade de se controlar e tratar de
forma correta e segura os diversos tipos de efluentes gasosos, tendo assim como objetivo geral a
identificação dos riscos mais relevantes e a confecção de um plano de respostas a estes riscos através da
aplicação da metodologia da gestão de riscos no projeto de implantação de um sistema oxidador de gases,
responsável pela oxidação térmica de fluidos líquidos e gasosos contaminados.
A Metodologia utilizada é a pesquisa exploratória de abordagem qualitativa, onde as técnicas de
pesquisa utilizadas foram à pesquisa bibliográfica, sendo complementada pela análise documental. A
partir deste referencial adquirido foi realizado um estudo de caso, com a aplicação da metodologia da
gestão de riscos sobre o processo a ser implantado, concebendo relevantes itens de adaptação e
conformação.
O presente artigo está subdividido em cinco seções, tendo a introdução como o tópico que aborda
diversos aspectos relacionados ao tema, seus problemas, objetivos, a metodologia e a estrutura adotada.
Logo em seguida é abordado o referencial teórico ressaltando a gestão de riscos, sua importância e suas
etapas no processo de gerenciamento. Outro importante referencial tratado é sobre o óleo lubrificante
usado e contaminado, que por sua vez trás o processo de rerrefino, os resíduos gasosos poluentes, bem
como o processo de oxidação térmica. Logo na sequência é apresentado a metodologia, que por sua vez
busca demonstrar a pesquisa e seus diversos estágios, coleta de dados, informações e a aplicação do
processo de gerenciamento de riscos junto ao processo requerido. Posteriormente é exposto o estudo de
caso, juntamente com os tópicos avaliados e a aplicação da metodologia e por fim temos conclusão, seção
que explana sobre os resultados obtidos, demonstrando divergências e adequações essenciais para que a
entrega do projeto se dê da forma mais segura possível, bem como uma proposta futura para prováveis
melhorias. A aplicação da gestão de riscos foi realizada nas etapas de iniciação e planejamento para
implantação de um novo processo de oxidação térmica de gases, onde a mesma teve como foco a área
técnica do projeto, o desenvolvimento tecnológico e os processos industriais.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO

A existência do risco se manifesta em praticamente todas as ocupações, trabalhos e


profissões. Dentro do Gerenciamento de Projetos isto não é diferente, encontrar o correto
equilíbrio entre os riscos associados ao projeto é um importante requisito necessário para a
conquista direta dos objetivos (CRUZ, 2013).

2.1 PROJETOS E RISCOS

Analisando o significado de projeto em uma forma sucinta, o mesmo é identificado como


sendo um conjunto de tarefas e atividades que por sua vez realizadas de forma coordenada,
buscam atender as necessidades das organizações e de todos os stakeholders, através da entrega
dos resultados obtidos em um ciclo predefinido, possuindo respectivamente início e término bem
definidos (YONG, 2018).
O Guia PMBOK (2013) define o projeto como sendo um esforço realizado de forma
temporária, utilizado na geração de produtos e serviços, possuindo uma clara definição de início e
conclusão. É através dos projetos que as organizações podem atingir suas metas não associadas às
atividades operacionais.
Conforme Bernstein (1997), o termo risco é oriundo do italiano risicare, por sua vez
derivado do latim risco ou risicu. Seu conceito está relacionado com o ato de ousar, porém sua
compreensão assemelha-se a probabilidade de algo dar errado. Atualmente sua conceituação
remete a qualificação e a quantificação de incertezas referente a ganhos e perdas, ocorridos
durante o desenvolvimento de diversas situações planejadas, seja por indivíduos, seja por
organizações (IBGC, 2007).
Enfim o risco é algo que está presente em qualquer atividade na vida (IBGC, 2007).

2.2 GESTÃO DE RISCOS EM PROJETOS

Atualmente a subsistência das organizações está intimamente relacionada com a maneira


com que as mesmas, se beneficiam das possibilidades e oportunidades presentes diante de
possíveis situações incertas. Com o aumento das relações econômicas e tecnológicas, bem como
o acirramento das disputas de mercado entre organizações concorrentes, há também a
possibilidade da ampliação dos diversos riscos associados, elevando a dificuldade de controle
destes riscos, sendo assim extremamente significativo à aplicação da gestão de riscos (VARGAS,
2016).
Para a obtenção dos objetivos almejados pelo gerenciamento de projetos, o mesmo deve
considerar uma relação de controle e equilíbrio sobre os riscos associados aos projetos. Com o
intuito de potencializar a probabilidade e o impacto sobre situações e ocorrências positivas, ao
passo em que se busca reduzir a probabilidade e o impacto sobre as eventualidades negativas, o
gerenciamento de riscos surge como uma importante e substancial ferramenta para o alcance de
bons resultados durante a execução e a entrega de projetos, (CRUZ, 2013).
Conforme o Guia PMBOK (2013), o gerenciamento dos riscos do projeto possui uma
série de processos necessários para a consecução de seus objetivos, em aumentar e diminuir
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respectivamente a probabilidade e o impacto em possíveis eventos positivos e negativos. Estes


processos são subdivididos em: planejamento, identificação, análises qualitativa, análise
quantitativa, planejamento de respostas aos riscos e monitoramento e controle de riscos.

Figura 01 – Visão geral do gerenciamento dos riscos do projeto

Fonte: (Guia PMBOK, 2013 p. 311).


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2.2.1 Plano de gerenciamento de riscos

O Guia PMBOK(2013) identifica o plano de gerenciamento de riscos, como o plano


responsável por determinar a condução do gerenciamento de riscos em um determinado projeto.
Itens como: grau dos riscos, tipos de riscos existentes e a visibilidade destes riscos, são
importantes vantagens alcançadas com a execução deste processo. Um importante ciclo de inter-
relações entre o plano de gerenciamento dos riscos, a comunicação no projeto, bem como a
conquista do apoio dos stakeholders é essencial para a eficiência deste plano durante sua
execução.

2.2.2 Identificação dos riscos

Definir eventos que possam de alguma forma interferir nos objetivos associados à
estratégia das organizações, são processos da identificação dos riscos, onde estes por sua vez
devem ser monitorados e aperfeiçoados continuamente. (IBGC, 2007).
Kerzner(1998), aborda a observação e análise de possíveis condições de falha, como
ponto inicial para identificação dos riscos, tendo sua efetividade como fator regulador para a
eficiência do gerenciamento de risco.
Conforme Salles Júnior (et. al 2010), a identificação dos riscos pode ser realizada através
da utilização de várias técnicas e ferramentas que buscam auxiliar este processo. A técnica de
análise de histórico se apresenta como um levantamento de modelos e exemplos de riscos
existentes em projetos passados. A análise Swot é uma importante ferramenta na busca pela
identificação dos riscos, através da análise dos ambientes organizacionais. Outro importante
instrumento é a estrutura analítica de riscos que procura organizar e listar os riscos levantados em
categorias. São apresentadas também outras técnicas como brainstorming, chuva de ideias
levantadas pelos stakeholders durante reuniões específicas, o brainwriting e o Delphi, técnica de
levantamento dos riscos de forma individual entre um grupo de especialistas.
Como grande vantagem trazida pela identificação dos riscos, temos a antecipação de
possíveis eventos. Isto se dá através do conhecimento adquirido pela documentação levantada
sobre os riscos existentes (PMBOK, 2013).

2.2.3 Análise Qualitativa dos riscos


Segundo PMBOK (2013) a análise qualitativa dos riscos é:

(...) o processo de priorização de riscos para análise ou ação adicional através da


avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto. O principal
benefício deste processo é habilitar os gerentes de projetos a reduzir o nível de incerteza
e focar os riscos de alta prioridade. (PMBOK , 2013, p. 328).
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Conforme Moura (2013), o nível de importância dos riscos determina a quantidade de


tempo e de resposta que cada um deve receber. A análise qualitativa é a ferramenta utilizada para
a definição dos riscos e seus níveis de prioridade. Para a classificação do nível de prioridade deve
se levar em consideração as probabilidades e os impactos inerentes aos riscos identificados. Esta
classificação pode ser deduzida em três níveis de identificação, baixa, média e alta, realizadas
subjetivamente, levando em consideração as técnicas e ferramentas utilizadas para tal como: o
parecer técnico de especialistas, mensurações e o método Delphi.

Tabela 01 – Tabela de probabilidade de ocorrência de um risco


Escala Peso Ocorrência
Muito Alta 1,0 Acima de três vezes
Alta 0,8 Três vezes
Média 0,5 Duas vezes
Baixa 0,2 Uma vez
Nula 0 Nenhuma vez
Fonte: O Autor, 2019.

2.2.4 Análise Quantitativa dos riscos


Segundo PMBOK (2013) a análise quantitativa dos riscos é:

(…) o processo de analisar numericamente o efeito dos riscos identificados nos objetivos
gerais do projeto. O principal benefício desse processo é a produção de informações
quantitativas dos riscos para respaldar a tomada de decisões, a fim de reduzir o grau de
incerteza dos projetos. (PMBOK , 2013, p. 333).

De acordo com Salles Júnior (et. al 2010), a análise quantitativa dos riscos permite a
melhor análise e avaliação do projeto através da disponibilidade de informações mais claras e
nítidas, sendo de fundamental importância a antecipação dos riscos avaliados. Com a mensuração
dos riscos disponibilizada procura-se mitigar os riscos mais significativos durante o início, ou
seja na concepção do projeto, onde a avaliação dos riscos deve ser realizada sob a possibilidade
de sua decorrência e o nível de magnitude de suas consequências, (VARGAS, 2016).
Há situações em que o levantamento de informações é escasso, levando assim a
impossibilidade de se elaborar modelos próprios, tornando impraticável a análise quantitativa dos
riscos. A necessidade e a viabilidade da análise quantitativa dos riscos deve ser definida através
da opinião especializada do gerente de projetos. As técnicas, métodos e ferramentas a serem
utilizados no gerenciamento de risco de um projeto, deverão ser determinados através do tempo e
do orçamento disponível, bem como das análises qualitativas e quantitativas necessárias,
(PMBOK, 2013).
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2.2.5 Planejamento de respostas aos riscos

O Planejamento de respostas aos riscos é o método responsável pela elaboração de


alternativas e atitudes que possam de alguma forma gerar o aumento das oportunidades e a
redução das ameaças frente aos objetivos e propósitos do projeto. A vantagem de maior
significância na utilização deste método é realização das tratativas referentes aos riscos de forma
prioritária, com a implementação de ações e a disponibilização de recursos sobre o orçamento,
cronograma e a gestão do projeto. As importantes e necessárias respostas aos riscos podem se dar
através da aplicação de diversas estratégias conjuntamente ou separadas, na busca pela maior
eficiência das tratativas. Para as ações relacionadas aos riscos negativos, podem-se utilizar três
estratégias: prevenir, transferir e mitigar os riscos, com relação aos riscos com impactos
positivos, os mesmos podem ter como estratégias: explorar, melhorar e compartilhar, (PMBOK,
2013).

2.2.6 Monitoramento e controle dos riscos

Com o andamento do projeto novos riscos podem surgir ou se modificar, devido a esta
possibilidade é necessário monitorar e controlar os riscos durante toda duração do projeto,
(POSSI, 2006).
Conforme Fortes (2011), Durante a realização do projeto é necessária à certificação de
que o plano elaborado para respostas aos riscos seja executado de forma eficiente. Em
conformidade com os resultados apresentados, podem-se inserir novas estratégias, ou realizar
ações corretivas.
O guia PMBOK (2013) demonstra como a principal vantagem em monitorar e controlar
os riscos, o aumento substancial da eficácia no acompanhamento dos riscos durante toda duração
do projeto, gerando a melhoria contínua de respostas aos riscos.

2.3 OLUC – ÓLEO LUBRIFICANTE USADO E CONTAMINADO


Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil PNRS, Cap. II, Art. 3, item
XVI define os resíduos sólidos como:
Material, substância, objeto ou bem descartado, resultante
de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final
se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a
proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como
gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso
soluções técnicas ou economicamente inviáveis em face da
melhor tecnologia disponível, (BRASIL, 2010, pág. 02);

Dentre a existência de diversos resíduos sólidos, provenientes dos mais variados


processos produtivos, o resíduo sólido (OLUC) óleo lubrificante usado e contaminado é
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identificado como matéria prima principal para o processo de rerrefino. Este processo produtivo é
subdividido em diversas etapas produtivas por sua vez geradoras de resíduos gasosos poluentes.

2.4 RERREFINO DE OLUC - Óleo Lubrificante Usado e Contaminado


Conforme Lwart (2018), a atividade de rerrefino de óleo lubrificante usado é concentrada
em diversos processos industriais responsáveis pela regeneração do óleo básico através da
retirada de diversos contaminantes. Além da reciclagem e reutilização deste óleo, outra
importante função desta atividade é a proteção do meio ambiente e a promoção da
sustentabilidade.
O processo de rerrefino é subdividido em diversas fases produtivas conforme IPS (2018).
· Recebimento: é a fase de recebimento do OLUC coletado, sendo o mesmo
previamente analisado e medido volumétricamente;
· Desidratação: fase onde o óleo é aquecido a 120ºC, sendo por sua vez extraído um
percentual de água.
· Craqueamento: fase onde o óleo é aquecido a 280ºC, sendo por sua vez extraído
diversos compostos orgânicos de cadeias carbônicas de baixo peso molecular;
· Evaporação: fase onde há a elevação da temperatura do óleo a 375ºC e através de
um sistema de vácuo, são retiradas frações de resíduos gasosos poluentes mais
pesados existentes no óleo;
· Clarificação: fase onde o óleo é direcionado a um clarificador e por sua vez são
acrescentados produtos clarificantes, para o ajuste da coloração;
· Filtragem: Esta massa de óleo e clarificantes é enviada ao processo de filtragem
para separação de todos resíduos e particulados;
· Estocagem / Expedição: Após o processo de rerrefino, o óleo é por sua vez
estocado e reenviado às empresas envasadoras para promoção de aditivos e
embalagem;

2.4.1 Resíduos gasosos poluentes


Conforme o processo produtivo apresentado no tópico anterior, à necessária elevação das
temperaturas do óleo durante os processos produtivos, ocasiona a geração de vários resíduos
gasosos poluentes, resíduos estes que por sua vez devem ser tratados e incinerados ou destinados
de forma correta. Podemos destacar três principais compostos: o monóxido de carbono [CO], o
óxido de nitrogênio [NOX] e os compostos orgânicos voláteis [VOC].
Seiler et al. (1970), identifica o monóxido de carbono como um gás com altos níveis de
toxidez, sem coloração própria e cheiro, onde sua ebulição se dá a 190ºC. O óxido de nitrogênio
NOX é um grupo de compostos constituídos por nitrogênio e oxigênio. Como principais
poluentes encontrados neste grupo temos o dióxido de nitrogênio [NO2] e o óxido nítrico [NO],
(SEILER, 1974). Por fim temos os compostos orgânicos voláteis [VOC], estes são
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hidrocarbonetos subdivididos em alcanos, alcenos, alcinos e aromáticos, como principais


constituintes do petróleo e seus derivados, conforme (GUENTHER, 1999).

2.4.2 Oxidação Térmica


Conforme Lewandowski (1999), a oxidação térmica ou oxi-redução de gases é um
método realizado através da comutação de elétrons entre os compostos. Este método gera a oxi-
redução, onde o ganho de elétrons gera a redução e a perda de elétrons a oxidação, sendo estas
assim por sua vez inter-relacionáveis. Estas associações resultam em reações de combustão ou
corrosão. Para a realização do processo de oxi-redução são necessários um comburente
(oxigênio) e uma fonte de ignição (queimador). Juntos estes elementos associados ao combustível
(resíduos gasosos), produzem liberação de uma grande energia calorífica e também de uma
reação em cadeia resultando na geração de dióxido de carbono, água e calor.

2.4.3 Oxidador de Gases

Para a correta e possível realização do processo de oxidação térmica dos gases é


necessário a aquisição ou a concepção de um equipamento capaz de suportar as altas
temperaturas, bem como as reações químicas oxidantes, provenientes deste processo. O
equipamento mais utilizado para esta atividade é o oxidador térmico.
O oxidador térmico de gases é constituído inicialmente de um queimador industrial de alta
eficiência do tipo combinado, ou seja para a queima de gases e líquidos, (GARCIA, 2002). Este
queimador é fixo em uma câmara de combustão para a realização do processo de oxidação, que
por sua vez é interligada sequencialmente a uma chaminé para o resfriamento e a dispersão de
gases e matérias particuladas.
Segundo Lewandowski (1999), o oxidador térmico possui três tipos mais utilizados:

● Oxidador térmico recuperador (RTO): este tipo de equipamento realiza a oxidação


térmica, se utilizando das altas temperaturas geradas para aquecer outros fluídos (ar,
gases, vapor) não envolvidos neste processo através da troca térmica;
● Oxidador térmico regenerador: este tipo de equipamento realiza a oxidação térmica, se
utilizando das altas temperaturas geradas para pré-aquecer os resíduos gasosos,
melhorando assim a eficiência do processo;
● Oxidador de queima direta (DFTO): equipamento para oxidação dos resíduos gasosos sem
a utilização do aproveitamento da temperatura gerada, conforme as figuras 02 e 03
abaixo:
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Figura 02: Oxidador térmico de queima direta

Fonte: Anguil

Figura 03: Diagrama de funcionamento do forno oxidador

Fonte: O Autor, 2018


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A função do oxidador térmico é realizar o processo de oxidação, através do aumento


considerável da temperatura de um composto de resíduos poluentes e oxigênio. Este processo
resulta na eliminação do VOC, transformando o mesmo em CO2 e H2O. Para os controles de
funcionamento e eficiência deste processo são aplicados fatores determinantes como: tempo de
residência e temperatura na câmara de combustão.

Tabela 02 – Tabela de níveis de eficiência na destruição do VOC


Eficiência % Temperatura ºF Tempo de Residência s
95% 300 0,5
98% 400 0,5
99% 475 0,75
99,9% 550 1,0
99,99% 650 2,0
Fonte: Lewandowski

3.0 MATERIAL E MÉTODO

A metodologia utilizada se dá inicialmente através da pesquisa bibliográfica para o


levantamento do referencial teórico. Esta ação visa identificar princípios e conceitos associando-
os para o devido e necessário aprofundamento do conteúdo de estudo.
Com o referencial bibliográfico definido, foi realizado o levantamento de dados em uma
empresa do ramo petroquímico, situada na cidade de Varginha, na região do sul do estado de
Minas Gerais. Devido o direito de sigilo e confidencialidade as informações apresentadas serão
restritas em conformidade com a solicitação realizada pela empresa detentora do processo
analisado.
Através dos princípios utilizados no levantamento de dados, foi identificado a realização
do estudo de caso, tendo como objetivo a descrição profunda da realidade, resultando nas
soluções dos problemas apresentados através da disponibilidade de conhecimento, (TRIVINOS,
2008).
Com o referencial teórico e todos os dados necessários em mãos, foram observadas
conexões entre o processo de oxidação térmica a ser implantado e o gerenciamento de riscos
aplicado sobre o mesmo, proporcionando assim a elaboração do presente trabalho. As técnicas,
métodos e ferramentas empregadas para a gestão de riscos, foram definidas em conformidade
com o tempo e o valor orçamentário disponível para tal. Dentro do gerenciamento de riscos
foram enfatizadas as etapas do plano de gerenciamento dos riscos, identificação dos riscos,
análise qualitativa dos riscos e plano de respostas aos riscos. Não foi possível a realização da
análise quantitativa dos riscos, isto devido à indicação prévia da gestão do projeto e pela falta de
tempo hábil e informações complementares para tal. O monitoramento e controle dos riscos
deverá ser realizado conforme a instalação do equipamento e seus acessórios, bem como dos itens
levantados na fase de identificação para a mitigação dos riscos. Como resultado esperado através
da aplicabilidade da gestão de riscos, segue a identificação de itens e ações de forma antecipada
que possam transmitir maior segurança para a operação e o funcionamento deste novo processo.
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4.0 PROCESSO DE ANÁLISE

Dentro do atual processo de tratamento dos resíduos gasosos industriais, foi utilizado
como objeto de estudo a aplicação das etapas do gerenciamento de riscos sobre a implantação de
um novo forno oxidador de gases. Este forno é um equipamento responsável por tratar os
efluentes gasosos resultantes dos processos de fabris. Para o correto e seguro funcionamento
deste equipamento, é necessário que haja um conjunto de fatores associados à sua implantação,
operação e funcionamento, proporcionando assim que os possíveis riscos associados a este, sejam
minimizados ou extinguidos.

4.1 Plano de Gerenciamento de Riscos

O plano de gerenciamento de riscos foi realizado com a finalidade de se organizar a condução das
atividades relacionadas à gestão de riscos. As documentações de entrada utilizadas foram: o plano de
gerenciamento de projetos, o termo de abertura do projeto, bem como os ativos dos processos
organizacionais. As técnicas utilizadas se deram através da realização de reuniões e da opinião
especializada dos seguintes stakeholders: departamento técnico do fornecedor do equipamento, uma
consultoria especializada no ramo de tratamento de efluentes gasosos, e o próprio corpo técnico da
empresa. Dentre as partes interessadas envolvidas diretamente podemos citar: a alta direção, a engenharia
de projetos e processos, a segurança do trabalho e a segurança do processo, a produção industrial, a
utilidades e o suprimentos. A reunião inicial possibilitou o preenchimento de um calendário fixo, com as
datas para a realização de novas reuniões e para o alinhamento das etapas da gestão de riscos. Outro
importante ponto levantado foi à definição de uma equipe fixa para a gestão dos riscos e as atribuições
individuais de cada indivíduo, sendo esta responsável pela identificação dos riscos, análise qualitativa,
planejamento de respostas aos riscos e pelo planejamento e controle dos riscos. Por fim foi elaborada uma
Risk Breakdown Structure (RBS), esta estrutura analítica dos riscos buscou auxiliar a identificação dos
riscos e suas causas.

Figura 04: RBS, Estrutura Analítica de Risco

Fonte: O Autor (2018)


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4.2 Identificação dos Riscos

Para a identificação dos riscos foram utilizados como dados de entrada, o próprio plano de
gerenciamento de riscos, bem como EAP estrutura analítica do projeto, o registro das partes interessadas e
os ativos dos processos organizacionais. Foi realizada uma nova reunião, tendo como participantes a
equipe de gerenciamento de riscos, um consultor técnico da área térmica, bem como o fornecedor do forno
a ser instalado. A equipe de gerenciamento de riscos e o fornecedor do oxidador trouxeram
antecipadamente uma relação de riscos já observados através do levantamento documental do processo e
do equipamento. Esta lista foi apresentada e discutida entre os demais participantes, sendo a mesma
alterada e aperfeiçoada através do diagrama de ishikawa.

Figura 05: Diagrama de causa e efeito

Fonte: O Autor (2019)

Riscos identificados:
● Risco 1 – Desligamento repentino do equipamento, ocasionando possíveis emissões de
gases nocivos para atmosfera, através da queda de energia elétrica, falta de combustível
no queimador, entupimento do bico injetor de combustível e falta da indução de ar;
● Risco 2 – Queda na temperatura do forno, ocasionando a passagem direta de gases
nocivos, através do aumento repentino do volume de gases na câmara de combustão,
obstrução parcial do bico injetor de combustível, oscilações na composição química do
combustível para o queimador e oscilações na indução de ar;
● Risco 3 – Engolimento de chama pela tubulação de alimentação dos gases, ocasionando
uma possível explosão do tanque pulmão, através da mudança de fluxo de chama do
queimador devido à alteração da pressão interna na câmara de combustão ou pela
promoção de vácuo na tubulação de alimentação de gases devido ao maior fluxo de fluido
destinado a outras linhas de processo;
● Risco 4 – Falha humana na operação do forno, através da abertura incorreta da válvula de
controle de vazão para entrada dos resíduos gasosos, falta de controle no reservatório de
combustível para o queimador, falta de identificação de parâmetros de regulagem
necessários para o bom funcionamento do equipamento, desligamento incorreto do forno
e dedução errônea de parâmetros de temperatura, vazão e pressão do equipamento;
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4.3 Análise qualitativa dos riscos

Com a identificação dos riscos completa, foi realizada através da equipe de gerenciamento
dos riscos a análise qualitativa. Como entrada foram utilizados os ativos dos processos
organizacionais contemplando o levantamento de informações e históricos, através de
informações de controle, solução de problemas, defeitos e arquivos de projetos anteriores. O
plano de gerenciamento de riscos foi também utilizado juntamente com a lista de registro dos
riscos. Esta análise possibilitou atribuir a cada risco a sua probabilidade de ocorrência e por sua
vez o seu impacto, conforme as tabelas 03 e 04 abaixo:

Tabela 03 – Tabela de probabilidade de ocorrência de um risco


Escala Peso Ocorrência Risco
Muito Alta 9,0 Acima de três vezes 2
Alta 7,0 Três vezes 4
Média 5,0 Duas vezes 3
Baixa 3,0 Uma vez 1
Muito Baixa 1,0 Nenhuma vez
Fonte: O Autor (2018)

Tabela 04 – Matriz de probabilidade e impacto de ocorrência de um risco


Muito Alta
9 9 27 45 63 81
71% a 95%
Alta
7 7 21 35 49 63
Prob 51% a 70%
abili Média
5 5 15 25 35 45
dade 21% a 50%
Baixa
3 3 9 15 21 27
11% 20%
Muito Baixa
1 1 3 5 7 9
1% a 10%
1 3 5 7 9
Muito Muito
Baixo Médio Alto
baixo alto
Impacto
Fonte: O Autor (2018)
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Para realização desta análise de “probabilidade e impacto” foram utilizados os


retrospectos levantados pela Produção Industrial, no período de um ano para os casos ocorridos
nos processos produtivos similares.

4.4 Planejamento de respostas aos riscos

Através da identificação dos riscos e da análise qualitativa, foi realizada uma reunião pela
equipe de gerenciamento dos riscos e as principais partes interessadas, onde foram levantadas as
ações necessárias para se prevenir, transferir, mitigar e aceitar os riscos encontrados através da
estratégia para riscos negativos e ameaças e também da utilização da opinião especializada.
Ações levantadas para a devida tratativa dos riscos:
● Risco 1 – Para a tratativa do possível desligamento do equipamento durante o processo de
produção, foi levantado a necessidade da instalação de uma válvula esfera normalmente
fechada retorno por mola, junto à linha de alimentação dos resíduos gasosos, para que
caso haja uma queda de energia, a mesma se feche automaticamente evitando o transpasse
deste resíduo através do forno oxidador seguindo posteriormente para atmosfera. Com
relação a possível falta de combustível será necessário à instalação de uma bomba reserva
para alimentação do queimador, a fim de que se possa transmitir a maior segurança e
eficiência ao equipamento, evitando sua parada indevida por possíveis entupimentos dos
filtros ou necessidade de troca e manutenção da bomba por desgastes ou quebra;
● Risco 2 – Para o melhor controle sobre as possíveis oscilações de temperatura na câmara
de combustão do oxidador, serão necessárias as instalações de dois transmissores de
temperatura. Um localizado na câmara principal e outro localizado na chaminé, a fim de
que juntos possam enviar informações sobre a temperatura atual destes pontos ao
supervisório, onde o mesmo poderá controlar o ajuste da chama do queimador, através do
aumento ou da diminuição de combustível e ar. Esta regulagem permitirá que a
temperatura interna da câmara seja adequada em conformidade com a necessidade para
queima. Com relação à variação de volume dos gases no interior da câmara de combustão,
será necessária a inserção de uma válvula de regulagem controlada eletro-
pneumaticamente, para o assertivo controle da vazão dos resíduos gasosos, bem como a
instalação de um transmissor de pressão a fim de se obter a informação precisa da pressão
existente no interior da câmara, informando ao supervisório estas variações, regulando
assim a vazão dos resíduos;
● Risco 3 – Para o controle do risco de engolimento da chama na tubulação de alimentação
de gases do forno, será instalada uma válvula corta chamas, bem como a instalação de um
by pass para a limpeza e manutenção desta válvula, sem que haja a necessidade de parada
do forno oxidador de gases;
● Risco 4 – Para o controle de possíveis falhas humanas, o processo de oxidação de gases
deve ser todo automatizado, sendo o mesmo controlado pela disponibilização de
parâmetros fornecidos pelo equipamento, por sua vez alterando e ajustando os diversos
controles junto ao processo. Outra importante ação a ser tomada é a instalação de
16

instrumentos visuais de campo junto ao equipamento e ao processo para a devida


avaliação e inspeção do operador. Por fim para o real controle e certificação da eficiência
do equipamento e processo a ser instalado, deve-se realizar uma inspeção periódica dos
gases resultantes provenientes do processo de oxidação;

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O atual trabalho tornou possível a identificação da aplicabilidade da gestão de riscos e


suas etapas no planejamento do projeto para a implantação do forno oxidador térmico no
tratamento dos efluentes gasosos. A grande importância e o alto nível de impactos relacionados à
implantação e a utilização deste novo processo, tornou a utilização da gestão de riscos um fator
essencial no planejamento deste projeto e posteriormente no alcance dos resultados esperados.
Para o estudo de caso em questão a gestão de riscos se deu nas etapas de iniciação e planejamento
do projeto, dando maior ênfase ao plano de gerenciamento de riscos, a identificação dos mesmos,
a análise qualitativa e o planejamento de respostas aos riscos.
O propósito deste trabalho foi avaliar as principais situações de riscos identificadas e por
sua vez gerar um plano eficiente de respostas a estes riscos, identificando os principais pontos a
serem corrigidos e monitorados, bem como as principais ações a serem tomadas de forma
antecipada. A implantação desta metodologia possibilitou a observação de diversos itens de
extrema relevância para a correta e devida implantação deste equipamento gerando diversos
benefícios para a empresa, colaboradores, meio ambiente e sociedade. A implantação deste novo
processo em conformidade com as informações levantadas e geradas pela gestão de riscos
permitirá a significativa diminuição das taxas de emissão do monóxido de carbono [CO], do
óxido de nitrogênio [NO], dos compostos orgânicos voláteis [VOC], do enxofre e dos
particulados, taxas estas que por sua vez já se encontram abaixo dos limites exigidos pela FEAM,
Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais.
Para a continuidade e identificação de novas propostas segue como sugestão, a extensão
da metodologia da gestão de riscos as etapas de execução, monitoramento e controle e finalização
do projeto, bem como a outros relevantes projetos, a fim de que se possa alcançar resultados mais
seguros, através da antecipação dos riscos, controle e redução dos riscos negativos e exploração
dos riscos positivos.

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