Você está na página 1de 76

#interna

#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Gerof (Gerência de Gestão de Carteiras e Operações Financeiras) ...................................... 6


 Gerência Banking Book .................................................................................................................. 6
1. Mesa Banking Book Mercado Nacional ................................................................................................................6
1.1. Média Móvel ....................................................................................................................................................6
1.1.1. Conceito ......................................................................................................................................................6
1.1.2. Período da Média Móvel ............................................................................................................................7
1.1.3. Estratégias da Média Móvel .......................................................................................................................7
1.2. Operação Compromissada ...............................................................................................................................8
1.2.1. Conceito ......................................................................................................................................................8
1.2.2. Compromissadas com o BACEN..................................................................................................................8
1.2.3. Compromissadas com o mercado ..............................................................................................................9
1.2.4. Depósito Voluntário....................................................................................................................................9
1.3. Depósito Interfinanceiro ..................................................................................................................................9
1.3.1. Conceito ......................................................................................................................................................9
1.4. Mercado de CDI .............................................................................................................................................10
1.5. Letra Financeira .............................................................................................................................................10
1.5.1. Conceito ....................................................................................................................................................10
1.6. Depósito Bancário ..........................................................................................................................................11
1.6.1. Conceito ....................................................................................................................................................11
1.7. Títulos Públicos Federais ................................................................................................................................11
1.7.1. Conceito ....................................................................................................................................................11
1.8. Futuro de Taxa Média de Depósitos Interfinanceiros de Um Dia ..................................................................12
1.8.1. Conceito ....................................................................................................................................................12
2. Mesa Banking Book Mercado Externo ...............................................................................................................12
2.1. Escopo ............................................................................................................................................................12
2.1.1. Mandatos de Atuação ..............................................................................................................................12
2.2. Gestão de Carteiras da Tesouraria Externa ...................................................................................................12
2.2.1. Investimento Moeda Estrangeira .............................................................................................................12
2.2.2. Liquidez Moeda Estrangeira ....................................................................................................................13
2.2.3. Modelo de Atuação ..................................................................................................................................13
2.2.4. Produtos disponíveis para negociação pelo Banking Book ME ................................................................13
2.3. Coordenação Dos Centros De Liquidez ..........................................................................................................14
2.3.1. Os Centros de Liquidez .............................................................................................................................14
2.3.2. Coordenação dos Centros ........................................................................................................................14
 Gerência Câmbio ..........................................................................................................................15
1. Mercado De Câmbio ........................................................................................................................................................15
1.1. Conceito ...............................................................................................................................................................15
1.2. A Mesa De Operação............................................................................................................................................15
1.3. Operações De Compra e Venda (visão BB) ..........................................................................................................16
1.3.1. Câmbio Pronto Exportação ......................................................................................................................16
1.3.2. Câmbio Pronto Importação ......................................................................................................................16
1.3.3. Câmbio Financeiro ....................................................................................................................................16
1.3.4. Câmbio Futuro Travado ............................................................................................................................16
1.3.5. Venda Financeira para Liquidação Futura ................................................................................................16
1.3.5. ACC/ACE (Atualmente a precificação do deságio dessa operação está a cargo da DIFIN/PROBAN) .......16
1.4. Precificação Taxa De Câmbio (Aspectos operacionais, documentos e utilização de plataformas eletrônicas) ...17

2
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

1.5. Forex - Cálculo de Paridade Entre as Moedas ......................................................................................................17


1.6. Posição Cambial ...................................................................................................................................................17
1.7. Formação Da Ptax ..........................................................................................................................................17
1.8. Função Dealer ......................................................................................................................................................18
 Gerência Trading Book ..................................................................................................................19
1. Gestão de Carteiras no BB – Carteira Negociação ...........................................................................................................19
1.1. Conceito ...............................................................................................................................................................19
1.2. Princípios ..............................................................................................................................................................19
1.3. Estrutura das Carteiras .........................................................................................................................................19
1.3.1. Responsabilidade .....................................................................................................................................19
1.3.2. Classificação em Portfólios .......................................................................................................................19
1.4. Carteira De Negociação ........................................................................................................................................19
1.4.1. Conceito ...................................................................................................................................................19
1.5. Grupo Trading (Moeda nacional) .........................................................................................................................20
1.5.1. Conceito e Objetivo ..................................................................................................................................20
1.5.2. Forma de atuação e instrumentos financeiros negociados ......................................................................20
1.6. Grupo Trading (Moeda Estrangeira) – Livro Tesouraria Internacional ................................................................20
1.6.1. Conceito e Objetivo ..................................................................................................................................20
1.6.2. Forma de atuação e instrumentos financeiros negociados .....................................................................20
1.7. Grupo Gestão / Livro Gestão................................................................................................................................20
1.7.1. Conceito e Objetivo ..................................................................................................................................20
1.7.2. Forma de atuação e instrumentos financeiros negociados .....................................................................21
1.7.3. Dealers......................................................................................................................................................21
1.8. Grupo Gestão / Livro Negociação De Títulos Privados.........................................................................................21
1.8.1. Conceito e Objetivo ..................................................................................................................................21
1.8.2. Forma de Atuação e instrumentos financeiros negociados .....................................................................22
 Gerência Derivativos .....................................................................................................................23
1. A Gerência de Derivativos................................................................................................................................................23
1.1. Objetivos ........................................................................................................................................................23
1.2. Derivativos .....................................................................................................................................................23
1.2.1. Conceito ....................................................................................................................................................23
1.2.2. Finalidades ................................................................................................................................................23
1.2.3. Hedge........................................................................................................................................................24
1.3. Derivativos para clientes no BB .....................................................................................................................24
1.3.1 NDF – Non Deliverable Forward (Termo de Moedas e Commodities) ...................................................24
1.3.2 Swap .......................................................................................................................................................25
1.3.3 Opções Flexíveis .....................................................................................................................................26
1.4. Contratos futuros para gestão das carteiras ..................................................................................................29
1.5. Certificado de Operação Estruturada – COE ..................................................................................................29
1.5.1 Conceito .....................................................................................................................................................29
1.5.2 Exemplo de COE de CALL de Ibovespa.......................................................................................................29

Gecin (Gerência de Caixa e Inteligência de Negócios) ...........................................................31


 Reban ...........................................................................................................................................31
2. Reban .................................................................................................................................................................31
2.1. Reserva Bancária ............................................................................................................................................31
2.2. Recolhimento Compulsório ...........................................................................................................................32

3
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

2.3. Média Móvel ..................................................................................................................................................37


2.4. PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS (PIX) .............................................................................................................40
2.5. Projeção e Liquidez ........................................................................................................................................43
 Cecon ...........................................................................................................................................46
2. Cecon ..................................................................................................................................................................46
2.1. Contas Externas .............................................................................................................................................46
2.2. Subsidiárias ....................................................................................................................................................48
 Gaost............................................................................................................................................50
2. Gaost ..................................................................................................................................................................50
2.1. Análise de Operações ....................................................................................................................................50
2.2. Risco de Mercado ..........................................................................................................................................51
2.3. Gestão e Tratamento de Dados .....................................................................................................................53

Gease (Gerência Assessoramento Econômico).......................................................................55


 Gerência de Pesquisas Econômicas Regionais ................................................................................55
3.1. Cenário Regional ..................................................................................................................................................55
3.1.1. Conceito ....................................................................................................................................................55
3.1.2. Variáveis ...................................................................................................................................................55
3.1.3. Manutenção e atualização .......................................................................................................................55
3.1.4 Detalhamento projeção PIB Agro ..............................................................................................................55
3.2. Projeção PMC e PMS ......................................................................................................................................56
3.2.1 Conceito .................................................................................................................................................56
3.2.1.1. Método de confecção e variáveis ..........................................................................................................56
3.2.1.2. Manutenção e atualização ....................................................................................................................56
3.3. Indicador de Dinamismo Econômico (IDE) e Indicador de Potencial Econômico (IPE) ........................................56
3.3.1. Conceito ....................................................................................................................................................56
3.3.2. Método de confecção e variáveis .............................................................................................................57
3.3.3. Manutenção e atualização .......................................................................................................................57
3.4. Resenha Regional ...........................................................................................................................................58
3.5. Raio-X dos estados .........................................................................................................................................59
3.6. Raio-X dos municípios ....................................................................................................................................61
3.7. Pesquisa Sentimento Econômico ...................................................................................................................62
3.8. Dashboards ....................................................................................................................................................63
3.9. Monitor Consumo ..........................................................................................................................................63
 Gerência Pesquisas Macroeconômicas ..........................................................................................65
3.1. Cenários macroeconômicos ...........................................................................................................................65
3.1.1. Cenário Base ..............................................................................................................................................66
3.1.1.1. Conceito .............................................................................................................................................66
3.1.2. Cenário Otimista ........................................................................................................................................67
3.1.2.1. Conceito .............................................................................................................................................67
3.1.3. Cenário Adverso ........................................................................................................................................67
3.1.3.1. Conceito .............................................................................................................................................67
3.2. Conteúdos especializados ..............................................................................................................................67
3.2.1. Publicações ................................................................................................................................................67
3.2.1.1. Diário Econômico ..................................................................................................................................67
3.2.1.2. Market Update .....................................................................................................................................68
3.2.1.3. Estudo Econômico ................................................................................................................................68

4
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.2.1.4. Estudo Econômico Mensal ....................................................................................................................68


3.2.1.5. Panorama do Setor Externo ..................................................................................................................69
3.2.1.6. Palavra do Economista ..........................................................................................................................69
3.2.1.7. Dashboards ............................................................................................................................................70
3.3. Consultorias ...................................................................................................................................................71
3.3.1. Clientes Internos ...................................................................................................................................71
3.3.2. Clientes Externos ...................................................................................................................................71
3.4. Relatórios e fornecimento de dados a terceiros ............................................................................................72
 Especialista ...............................................................................................................................73
3.1. Cenários macroeconômicos para o Teste de Estresse ...................................................................................73
3.2. Cenários macroeconômicos alternativos .......................................................................................................73
3.3. Modelagem econométrica .............................................................................................................................73
3.4. Consultorias ...................................................................................................................................................73
3.4.1. Clientes Internos ...................................................................................................................................73
3.4.2. Clientes Externos ...................................................................................................................................73
 Estratégias de Mercado para a Tesouraria ................................................................................74
3.1 Estratégias ......................................................................................................................................................74
3.2 Conexão Mercado - Abertura ........................................................................................................................75
3.3 Market Update ...............................................................................................................................................75
3.4 Conexão Agro .................................................................................................................................................76

5
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Gerof (Gerência de Gestão de Carteiras e Operações Financeiras)

 Gerência Banking Book


1. Mesa Banking Book Mercado Nacional
1.1. Média Móvel

1.1.1. Conceito

Os recursos financeiros geridos pela Média Móvel constituem o Caixa dos Bancos em moeda nacional. A
disponibilidade de caixa é calculada, a partir das diversas contas de ativo e passivo que compõem o balanço de um
banco. Certamente todas as instituições financeiras saudáveis tem, por norma e por boas práticas bancárias, operar
com excesso de liquidez. E esta liquidez pode estar disponível na forma de títulos de renda fixa de primeira linha
(no Brasil, títulos públicos federais) de carteiras próprias ou em moeda, conforme o saldo disponível na reserva
bancária que os bancos mantêm no Banco Central do Brasil (BACEN).

A administração do saldo existente na reserva bancária deve atender às normas de movimentação


determinadas pelo BACEN, bem como às melhores práticas de rentabilização de recursos, dentre as quais:

• Manter um valor em reserva no BACEN, conforme as normas vigentes, geralmente determinadas na forma
de alíquotas sobre uma base de cálculo que são os saldos em depósitos à vista, denominado Depósito
Compulsório.
• Gerir o saldo restante, caso este seja positivo, utilizando operações de renda fixa, de curto, médio e longo
prazo, a fim de que o montante disponível seja 100% rentabilizado, na melhor relação risco/retorno.
• Tomar recursos para cobrir o valor exigido de Depósito Compulsório na melhor taxa possível, caso haja
necessidade de caixa e falta de recursos para cumprimento da exigibilidade (saldo negativo).
Observar as regras de movimentação da reserva bancária, que preveem que a exigibilidade de Depósito
Compulsório seja cumprida por média em períodos de 12 dias corridos (período de Média Móvel),
observado o valor mínimo diário de saldo de reserva bancária, também determinado pelo BACEN. O valor
da exigibilidade de reserva bancária necessário para o cumprimento integral do Depósito Compulsório
menos o seu valor mínimo diário constitui o limite de saque.
o Exemplo: Se o depósito compulsório exigido é de 10 bilhões de reais, mas o saldo mínimo diário é
de 7 bilhões de reais, o limite de saque da reserva é de 3 bilhões de reais por dia, devendo ser
compensado dentro do período de Média Móvel, a fim de que ao final deste período, o saldo médio
da reserva bancária seja no mínimo igual à exigibilidade líquida de Depósito Compulsório.

Portanto, a Média Móvel tem dois objetivos principais:

• Rentabilizar os recursos financeiros disponíveis no Caixa dos Bancos, acima da TMS (tomar barato e doar
caro).
• Nivelar o Caixa dos Bancos, de acordo com as regras de movimentação da reserva bancária determinadas
pelo BACEN.

6
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Além disso, o Banco do Brasil atua como dealer do BACEN sendo a Mesa Mercado de Renda Fixa a responsável
por exercer esse papel ao se relacionar com o BACEN e o mercado, tendo seu desempenho avaliado mensalmente
pelo Departamento do Mercado Aberto (DEMAB) do BACEN, através de 4 fatores:

• Operações definitivas com participantes do mercado;


• Operações compromissadas com participantes do mercado;
• Operações definitivas e compromissadas com o Demab;
• Relacionamento com o Demab.

1.1.2. Período da Média Móvel

O BACEN não exige que as instituições financeiras cumpram o valor exato de depósito compulsório relativo aos
depósitos à vista diariamente (zeramento da pedra), mas permite que as posições de fechamento diárias oscilem
em um período de Média Móvel, ao fim do qual a média de depósito compulsório do período deve ser exatamente
igual ao valor exigido pelo BACEN, sob pena de pagamento de multas por cumprimento insuficiente ou não
recebimento de rentabilidade sobre valores excedentes.

Atualmente esse período de Média Móvel é de 12 dias corridos, começando em uma segunda-feira e
terminando em uma sexta-feira, exceto feriados. Caso o primeiro dia do período (segunda-feira) seja feriado, o
período começa na terça, um dia depois. Caso o último dia do período (sexta-feira) seja feriado, o seu final é
adiantado para a quinta-feira.

O BACEN, com o objetivo de facilitar o nivelamento entre as instituições, divide o mercado bancário em dois
grupos: A e B. Cada grupo termina o seu período de Média Móvel em sextas-feiras alternadas, de forma que um
grupo auxilie o outro grupo a fechar sua Média. Entre as grandes instituições, fazem parte do grupo “A”: CEF,
BRADESCO e CITIBANK; assim como BB, SANTANDER e ITAÚ pertencem ao grupo “B”.

O último dia do período de Média Móvel é um dia crucial para a gestão da reserva bancária, e em geral há muita
parceria entre as instituições de grupos opostos para facilitar o fechamento da Média.

1.1.3. Estratégias da Média Móvel

Há algumas alternativas de gestão dos recursos do Mercado de Moeda que podem ser utilizadas para
rentabilizar o saldo da reserva bancária acima do custo de oportunidade (TMS), mesmo que isso possa trazer algum
risco de retorno abaixo do esperado. São elas:

• Leilões de Compromissadas Longas do BACEN (2 e 3 meses) - Teoricamente, alongar prazos traz uma
remuneração mais elevada em termos de taxa. Recursos disponíveis por períodos maiores podem ser
utilizados nas operações compromissadas longas ofertadas em leilões do BACEN, em taxa pré-fixada. Cabe
analisar se a remuneração oferecida é atrativa tendo em vista o alongamento do prazo, e se compensa ficar
ativo em pré ou em pós-sintético, travando a operação através de DI Futuro.
• Estratégias no Over - Ajustar taxas de juros das operações over de acordo com as condições de mercado,
a partir da percepção de como está o mercado de moeda em relação à demanda (o mercado estar mais
tomador ou doador).

7
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

• Parcerias com grandes instituições – O desenvolvimento do relacionamento com outras instituições e a


construção de um ambiente de ajuda mútua traz ganhos a todo o grupo, porque evita a ida das instituições
financeiras ao BACEN em taxas punitivas. Sendo assim, ajudamos outras instituições para sermos ajudados
em contrapartida. Com bancos médios e pequenos o relacionamento pode ser bom e prolífico, mas não
chegará ao nível de ajuda mútua observado entre os bancos grandes, pelo simples motivo de que os bancos
médios e pequenos têm uma reserva e limites de movimentação mais modestos, e raramente terão
capacidade de ajudar os bancos grandes se não estiverem em posição já favorável.

1.2. Operação Compromissada

1.2.1. Conceito

Trata-se de operação financeira em que se doa ou recebe recursos financeiros de outras Instituições Financeiras
ou clientes institucionais e recebe ou entrega título público federal como garantia da operação realizada.

A operação compromissada implica no compromisso de revenda assumido pelo comprador, conjugado com o
compromisso de recompra assumido pelo vendedor, para data futura preestabelecida. O lastro das operações é o
título da dívida pública federal (TPF) com registro no Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Este produto
de tesouraria permite gerir e rentabilizar a liquidez.

Os produtos de operação compromissada são:

• Tomada – BB recebe recursos do cliente e entrega o lastro e


• Doada – BB doa recursos para o cliente e recebe o lastro.

1.2.2. Compromissadas com o BACEN

O principal participante no mercado de compromissadas com títulos públicos, como não poderia deixar de ser,
é o BACEN. A autoridade monetária espera que o mercado consiga realizar a gestão de suas reservas bancárias com
o mínimo de ajuda dos órgãos governamentais, mas também é inevitável que o BACEN atue para prover ou enxugar
a liquidez de moeda no mercado interbancário, ofertando oportunidades de nivelamento e rentabilização aos
participantes do sistema.

A principal atuação do BACEN no mercado over (operações de 1 dia) ocorre no Leilão de Compromissadas
geralmente efetuado logo pela manhã, entre 9h00 e 9h20, chamado pelo mercado de Go Around. Neste leilão, o
BACEN, em geral, é tomador de recursos, pois o mercado na maioria dos dias está líquido. No entanto, em caso de
falta de liquidez, o BACEN pode ser doador. As taxas praticadas pelo BACEN nesta operação são próximas da meta
SELIC (abaixo da meta quando é tomador e acima quando é doador) e não são punitivas.

O BACEN ainda atua no final da tarde, entre 17h20 e 17h40, no leilão conhecido como “nivelamento”. Neste
leilão, o BACEN abre as duas pontas, tomador ou doador, ofertando operações compromissadas por 1 dia útil, a
taxas punitivas – 35 pontos por dia, abaixo (na tomada) ou acima (na doada) da TMS.

o Ex.: Se a taxa Selic está em 13,65%a.a. a operação de nivelamento pelo Demab será com
spread 13,30%a.a. e 14,00%a.a., para tomada e doada, respectivamente.

8
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Por fim, o BACEN oferta, até o fechamento da SELIC, às 18h30, o redesconto, onde os participantes que estejam
precisando de recursos em sua reserva podem tomá-los com o BACEN, na taxa de 100 pontos acima da TMS, por
um dia útil, sendo esta também uma taxa punitiva.

Há ainda 2 leilões de compromissadas, muito importantes para enxugar a liquidez do mercado, que ocorrem
em prazos mais longos:

• 2 meses – Todas as terças e quintas-feiras, com risco de taxa pré;


• 3 meses – Todas as segundas, quartas e sextas-feiras, com risco de taxa pós.

1.2.3. Compromissadas com o mercado

As instituições financeiras participantes do sistema SELIC podem e devem buscar o nivelamento entre si,
através de operações compromissadas. Neste mercado, o tamanho, a credibilidade e o porte das instituições conta
de forma decisiva para a obtenção de melhores taxas e maiores volumes. O Banco do Brasil é o principal player
deste mercado, também por ser a maior instituição financeira depois do BACEN. Assim, classificamos as demais
instituições conforme sua importância estratégica, na escala abaixo:

• Dealers: são em geral grandes bancos que atuam como elo entre o BACEN e as demais instituições do
mercado, e que possuem deveres e direitos exclusivos perante àquela instituição. O nível de parceria
depende de relacionamento.
• BNDES: é um banco federal, mas possui pouca representatividade no mercado.
• Outros bancos grandes e médios: o nível de relacionamento e parceria com essas instituições depende das
variáveis já citadas.
• Cooperativas de Crédito, Financeiras, Sociedade de Crédito ou Financiamento, pequenos bancos:
dependem das grandes instituições para se nivelarem, portanto pagam as taxas menos favoráveis em suas
operações.

1.2.4. Depósito Voluntário

Alternativa no auxílio da administração de sobra de recursos das instituições financeiras que poderão depositar,
no over, recursos na autarquia, quando desejarem, em troca de uma remuneração acordada previamente, que
atualmente está em 100% da TMS. O horário para adesão é de 17h20 às 18h00.

1.3. Depósito Interfinanceiro

1.3.1. Conceito

Negociado exclusivamente entre instituições financeiras, o Depósito Interfinanceiro (DI) é um título privado de
Renda Fixa que auxilia no fechamento de caixa dos bancos, como instrumento de captação de recursos ou de
aplicação de recursos excedentes. O Depósito Interfinanceiro não pode ser vendido a outros investidores e não há
incidência de impostos sobre a rentabilidade. Os títulos têm elevada liquidez e embutem um baixíssimo risco,
normalmente associado à solidez dos bancos que participam do mercado.

As negociações entre os bancos geram a Taxa DI, referência para a maior parte dos títulos de renda fixa
ofertados ao investidor. É hoje o principal benchmark do mercado. A Taxa DI é obtida ao se calcular a média

9
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

ponderada das taxas das transações prefixadas, extra grupo e com prazo de um dia efetuadas na B3 entre
instituições financeiras. Como a taxa para o prazo de um dia é muito pequena, convencionou-se divulgá-la de forma
anualizada. Essas transações são fechadas por meio eletrônico e registradas na B3.

Além do DI tradicional, a B3 registra diversas modalidades do ativo, como Depósito Interfinanceiro vinculado a
Micro finanças – DIM, Depósito Interfinanceiro Rural – DIR, e Depósito Interfinanceiro Imobiliário – DII.

1.4. Mercado de CDI

O mercado de moeda inclui o CDI e a LF, instrumentos de troca de recursos por instituições financeiras,
registrados na CETIP. A diferença é que não há lastro em títulos públicos federais, e, portanto, todo o risco da
operação fica com o doador de recursos, que nada recebe para garantir a operação. Por esse motivo, na gestão da
reserva bancária os bancos preferem o mercado SELIC ao CETIP, para os quais se observa um volume médio diário
de negócios de cerca de R$ 1,7 trilhão (8.596 operações) e R$ 3 bilhões, respectivamente.

As operações podem ser over ou longas, pré ou pós-fixadas. A partir dos negócios em CDI over pré-fixados, a
CETIP apura o índice CDI, o mais conhecido e utilizado índice de renda fixa para precificação de custo de
oportunidade no Brasil.

No BB, as operações doadas de CDI têm um tratamento semelhante às operações de crédito, impactando o
limite de crédito do Banco em 100%. Portanto, o banco precisa ter limite específico com o BB para operar em CDI
tomando recursos.

Há linhas especiais que atendem a propósitos específicos, inclusive para o cumprimento de certas exigibilidades
(percentuais destinados à aplicação nas linhas de DI sobre o volume de depósito à vista, depósito a prazo e
poupança) para abatimento do depósito compulsório, como o DIR (Rural), o DIM (Microcrédito), o DII (Imobiliário).

1.5. Letra Financeira

1.5.1. Conceito

A Letra Financeira (LF) é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras (bancos, cooperativas de
crédito, etc.) com a finalidade de captar recursos de longo prazo e, em contrapartida, oferecer aos investidores
rentabilidades mais atrativas em razão do prazo e da impossibilidade de resgate antecipado. Desta forma, a LF
beneficia tanto as instituições financeiras que necessitam captar recursos quanto os investidores que possuem
montante relevante para aplicações de longo prazo.

Podem ser emitidas com opção de resgate/recompra pela instituição emissora, desde que a LF possua prazo
superior a 3 anos e que a primeira data exercício dessa opção seja de pelo menos 24 meses da emissão. As datas
subsequentes deverão respeitar o intervalo mínimo de 180 dias.

10
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

1.6. Depósito Bancário

1.6.1. Conceito

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um dos instrumentos financeiros mais tradicionais do mercado
brasileiro e o título de Renda Fixa mais adquirido pelo investidor pessoa física. Instituído pela Lei Nº 4.728, de 14
de julho de 1965, o papel é também uma importante fonte de captação de recursos para as instituições financeiras.

Para os investidores, os principais atrativos do CDB estão na possibilidade de contratação do ativo com liquidez
diária e o fato do instrumento ser elegível à cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O risco de quem
adquire um CDB está diretamente associado à solidez de seu emissor, uma instituição financeira.

As características do CDB são determinadas no momento de sua contratação. Na ocasião, prazo e forma de
rendimento são previamente definidos. Sua remuneração, que pode ser prefixada ou pós-fixada, é baseada em
diversos indexadores. O mais utilizado é a Taxa-DI.

1.7. Títulos Públicos Federais

1.7.1. Conceito

Os Títulos Públicos Federais emitidos em mercado formam a Dívida Pública Federal interna e sua administração
encontra-se nas mãos da Secretaria do Tesouro Nacional – STN. Esses títulos são emitidos para prover o governo
federal de recursos necessários para cobertura de seus déficits e para realizar operações de crédito por antecipação
de receita.

Os principais títulos da Dívida Pública têm as seguintes denominações:

• Letra do Tesouro Nacional – LTN, emitidas preferencialmente para financiamento de curto e médio prazo.
• Letras Financeiras do Tesouro – LFT, emitidas preferencialmente para financiamento de curto e médio
prazo.
• Notas do Tesouro Nacional – NTN, emitidas preferencialmente para financiamento de médio e longo prazo.

A emissão de títulos da Dívida Pública Federal ocorre sob a forma competitiva, por intermédio de ofertas
públicas (leilões), sob responsabilidade da STN, e realizadas pela mesa de operações do BACEN através de sistema
eletrônico.

O Tesouro, em conjunto com o BACEN, utiliza a figura do dealer na intenção de aumentar a demanda de
mercado por títulos públicos, facilitando a gestão da dívida interna. O dealer é uma instituição formalmente
credenciada para atuar como elo entre o Tesouro/BACEN e as demais instituições do SFN, principalmente quando
da realização dos leilões primários.

As participações nos leilões estão restritas às instituições financeiras com contas no Sistema Especial de
Liquidação e Custódia (Selic). Através de instituições financeiras, que podem ser bancos, corretoras ou
distribuidoras, os interessados em adquirir os papéis enviam suas ofertas, que o Tesouro pode aceitar ou não, tudo
via computadores. Em geral, quem participa desse leilão são instituições financeiras que utilizam os títulos para
compor as exigências dos fundos, de outros depósitos compulsórios e assegurar a rentabilidade de outras
aplicações que ofereçam aos seus clientes.

11
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Após a emissão dos títulos da dívida pública no mercado primário, os títulos podem ser livremente negociados
entre as partes, formando assim o mercado secundário de títulos públicos.

1.8. Futuro de Taxa Média de Depósitos Interfinanceiros de Um Dia

1.8.1. Conceito

O Contrato Futuro de DI1 tem como ativo subjacente a taxa média diária dos Depósitos Interfinanceiros (DI),
calculada e divulgada pela B3, compreendida entre a data de negociação, inclusive, e a data de vencimento,
exclusive, e é utilizado para proteção e gerenciamento de risco de taxa de juro de ativos/passivos referenciados em
DI.

O contrato tem valor nocional de R$100.000 na data de vencimento, e o valor na data de negociação (PU) é
igual ao valor de R$100.000 descontado pela taxa negociada. Como a posição é atualizada diariamente pela Taxa
DI através da dinâmica de atualização do PU pelo fator de correção, o investidor que carrega a posição até o
vencimento recebe ajustes diários que somados equivalerão à diferença entre a taxa de juro contratada e a
realizada, sobre o montante financeiro da operação.

As vantagens do produto são:

• Ferramenta para a gestão de risco de taxa de juros.


• Possibilita a troca de ativo/passivo referenciado em taxa DI em taxa prefixada.
• Alavancagem com menor aporte de margem de garantias por conta de mecanismos de mitigação de
riscos do contrato futuro, se comparado com derivativos de balcão com contraparte central.

2. Mesa Banking Book Mercado Externo


2.1. Escopo

2.1.1. Mandatos de Atuação

• Remunerar o excedente de liquidez do caixa em outras moedas da Tesouraria;


• Coordenação dos Centros de Liquidez, visando otimizar esforços de captação e alocação de recursos.

2.2. Gestão de Carteiras da Tesouraria Externa

2.2.1. Investimento Moeda Estrangeira

Composto por operações com instrumentos de renda fixa públicos e privados, respectivos hedges, inclusive
aqueles efetivados por meio de instrumentos derivativos, e por operações compromissadas (repos e reverse repos)
realizadas com os títulos desse grupo.

• TVM – Empresas: rentabilizar o excedente de liquidez das dependências externas do Banco do Brasil por
meio de operações com títulos privados e de instrumentos financeiros derivativos.
• TVM – Investimentos: rentabilizar o excedente de liquidez das dependências externas do Banco do Brasil
por meio de operações com títulos públicos e privados não enquadrados na composição do Livro TVM
Empresas.

12
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

• Carregamento Vencimento (ME) – alocação de títulos públicos e privados, para os quais haja capacidade
financeira suficiente e intenção de mantê-los até o vencimento pelas dependências externas e banco
múltiplo.

2.2.2. Liquidez Moeda Estrangeira

Formado por instrumentos de renda fixa com elevado nível de liquidez no mercado internacional, respectivos
hedges, inclusive aqueles efetivados por meio de instrumentos derivativos, e operações compromissadas (repos e
reverse repos) realizadas com os títulos desse grupo.

• Dependências Externas – Otimizar a rentabilidade das disponibilidades em moeda estrangeira das


Dependências Externas (Rede Externa e BB Grand Cayman).
• Dependência País - Otimizar a rentabilidade das disponibilidades em moedas estrangeiras do Banco
Múltiplo, condicionado a não geração de exposição cambial.

2.2.3. Modelo de Atuação

• Análise de cenário, gráficos e projeções de médio / longo prazo;


• Definir objetivo do negócio. Ex: carregamento, hedge, etc;
• Escolher a melhor alternativa entre os produtos disponíveis para a negociação;
• Avaliar o consumo de EVE e VaR e estresse do negócio, buscando não extrapolar limites previamente
estabelecidos pela DIRIS;
• Projetar TAKE PROFIT / STOP LOSS do deal;
• Operacionalizar o negócio via balcão ou bolsa.

2.2.4. Produtos disponíveis para negociação pelo Banking Book ME

• Overnight  Captação / Aplicação de recursos pelo prazo de 1 dia;


• Time Deposit  Captação / Aplicação de recursos por prazo superior a 1 dia;
• Pre-Export  Captação de recursos, intra e extra grupo, para financiamento de operações de ACC/ACE
contratadas por clientes do BB;
• “Casado”  Operação de compra e venda simultâneas do câmbio pronto e respectivo derivativo, visando
obtenção de resultados positivos a partir do diferencial de juros ou incremento de liquidez em moeda
estrangeira;
• SWAP  troca de índices financeiros ou moedas;
• Certificados de Depósito  Aplicação de disponibilidades em certificados emitidos por contrapartes, por
até 180 dias;
• Negociação de Títulos  compra / venda de bonds denominados em outras moedas (USD, EUR, etc) ou
dual-currency (bonds com isenção tributária);
• Repurchase Agreement (REPO)  operação compromissada onde o BB toma recursos e envia colaterais
em garantia;
• Reverse Repurchase Agreement (Reverse Repo)  operação compromissada onde o BB empresta recursos
e recebe colaterais em garantia;

13
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

• Investimento em Notes  Aplicação em títulos emitidos por bancos de primeira linha e algumas empresas,
no médio e longo prazo. Ex: Notas promissórias, CLN (Credit Linked Notes), commercial papers, etc;
• Empréstimo Interbancários  Captação de recursos pelo BB, com prazo e taxa definidos no momento da
contratação;
• Futuro de US Treasuries  derivativo que tem como ativo subjacente uma cesta de treasuries norte-
americanos. Utilizados para hedge;
• Credit Default SWAP (CDS)  seguro contra o risco de crédito de ativos da carteira.

2.3. Coordenação Dos Centros De Liquidez

2.3.1. Os Centros de Liquidez

São dependências externas que tem objetivo de dar suporte e regular a liquidez, provendo ou enxugando
recursos de suas agências jurisdicionadas. Podem, também, registrar em seu balanço operações maiores não
suportadas pelo PL destas mesmas agências. As operações intragrupo devem obedecer aos limites propostos pela
curva comercial em USD que é definida pela Diretoria de Finanças.

• BB New York – responsável pelas agências do continente americano


• BB London – responsável pelas agências da Europa e África
• BB Tokyo – responsável pelas agências da Ásia

2.3.2. Coordenação dos Centros

A Tesouraria coordena os Centros de Liquidez, desempenhando algumas funções principais:

• Análise da efetividade das captações realizadas pelos Centros de Liquidez, nos diferentes prazos de
vencimento e contrapartes;
• Gestão do funding para as operações de ACC/ACE, no que tange volume, prazo e vencimentos;
• Provimento de funding para operações de volumes mais altos ou prazos mais longos;

14
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

 Gerência Câmbio
1. Mercado De Câmbio
1.1. Conceito

Câmbio é a operação de troca de moeda de um país pela moeda de outro país. Como no Brasil prevalece o
curso forçado da moeda, isto é, o uso exclusivo da moeda nacional, originou-se a base para o mercado onde são
compradas e vendidas as moedas de diversos países, denominado mercado de câmbio.

O mercado de câmbio é o ambiente abstrato onde se realizam as operações de câmbio entre os agentes
autorizados pelo BACEN e entre estes e seus clientes. É regido pelo Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais
Internacionais (RMCCI, editado pelo BACEN).

O mercado de câmbio pode ser subdividido em:

• Mercado primário: mercado onde são realizadas operações com pessoas físicas e jurídicas com direitos
e/ou obrigações em moeda estrangeira (ME).
• Mercado interbancário: mercado onde são realizadas operações entre instituições financeiras. Funciona
como válvula reguladora da liquidez do mercado de câmbio e como fonte de captação de reais ou de moeda
estrangeira.
• Mercado de dólar futuro: mercado onde são negociados contratos a termo padronizados de compra ou
venda de dólar dos EUA. A negociação ocorre em bolsa de valores que garante eventuais inadimplências,
exigindo para isso depósito de margem e outras garantias.

Como se dá a interligação entre os mercados?

Durante o movimento do dia, a posição cambial é alterada pelas operações realizadas no mercado primário
(clientes). Para nivelar esta posição, o Banco utiliza o mercado interbancário e de dólar futuro por ter maior
liquidez. Como esse mercado é ágil e possui grande volatilidade, é importante a tempestividade nas cotações com
clientes para minimizar possíveis perdas devido à variação de preços.

1.2. A Mesa De Operação

O Banco do Brasil é uma das maiores instituições financeiras autorizadas pelo BACEN a operar em câmbio e o
faz por meio da mesa de operações. Todas as operações de câmbio passam pela etapa de cotação ou precificação,
ou seja, o estabelecimento do preço daquele negócio. Na cotação, cabe ao operador examinar e avaliar o cliente,
o prazo da operação, o valor envolvido e os riscos do negócio. Estas variáveis e mais as orientações estratégicas da
Diretoria determinarão o preço da moeda estrangeira a ser pactuado na operação.

15
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

1.3. Operações De Compra e Venda (visão BB)

1.3.1. Câmbio Pronto Exportação

Decorrente de uma operação comercial de exportação na qual o cliente recebe moeda estrangeira pela venda
de um bem ou serviço para o exterior. Em virtude do curso forçado da moeda, os recursos em moeda estrangeira
são convertidos em reais para ingressar no Brasil.

1.3.2. Câmbio Pronto Importação

Decorrente de uma operação comercial de importação na qual o cliente compra um bem ou serviço do exterior.
Para que o importador possa enviar os recursos ao exterior, deve converter a moeda nacional em moeda
estrangeira.

1.3.3. Câmbio Financeiro

Qualquer pagamento para o exterior ou recebimento do exterior que não seja decorrente de uma operação
comercial de exportação ou importação. Por exemplo, remessa de lucros ou pagamento de funcionários no exterior.

1.3.4. Câmbio Futuro Travado

É o fechamento de contrato de compra de exportação, prévia ou posteriormente ao embarque, sem que o


exportador receba o adiantamento de câmbio, com prazo máximo de 1500 dias e funciona como hedge.

1.3.5. Venda Financeira para Liquidação Futura

São os contratos de venda (importação ou financeira) com prazo máximo para liquidação em 360 dias. O cliente
entrega reais e a entrega da moeda estrangeira no exterior ocorre em até 360 dias.

1.3.5. ACC/ACE (Atualmente a precificação do deságio dessa operação está a cargo da DIFIN/PROBAN)

Por ser tratar de operação de crédito, sé pode ser contratada com prévia autorização da agência detentora do
limite de crédito do cliente (Agência FICAD) e responsável pela vinculação das garantias.

Tem a finalidade de financiar exportações brasileiras com recursos captados no exterior, convertidos em moeda
nacional nas mesas de operações e repassados aos clientes exportadores.

O ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio) é o financiamento na modalidade pré-embarque. O prazo


máximo permitido para este adiantamento é de 360 dias corridos.

O ACE (Adiantamento sobre Cambiais Entregues) é o financiamento na modalidade pós-embarque. O prazo


máximo permitido para esta modalidade vai até o último dia útil do 12º mês subsequente ao adiantamento,
respeitado o prazo máximo de 1500 dias na combinação das duas modalidades (ACC+ACE).

Geralmente, a operação inicia-se como ACC na fase de produção da mercadoria a ser exportada (pré-
embarque). Quando a mercadoria estiver pronta e for embarcada, o cliente apresenta os documentos ao Banco,
transformando-a em ACE.

16
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

1.4. Precificação Taxa De Câmbio (Aspectos operacionais, documentos e utilização de plataformas


eletrônicas)

É o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades ou frações da moeda nacional. O preço praticado no
mercado para cada moeda depende de vários fatores, tais como oferta e demanda, atos e notícias, decisão
estratégica e posição de câmbio de cada instituição financeira entre outros.

Taxa spot, interbancário, pronto, são expressões que significam o preço que está sendo praticado no mercado
interbancário naquele momento para operações liquidadas em D2.

Taxa final ou taxa ajustada é o preço da taxa spot ajustada para o fluxo que o cliente deseja, considerando o
CDI (certificado de deposito bancário, que é utilizado como referencial para o custo do dinheiro em reais para os
bancos) e o custo de linha (taxas de juros internacionais definida pela TESOU-GEROF).

Além das cotações via telefone realizadas pela rede, a mesa também recebe cotação dos clientes via
plataformas eletrônicas como a Bloomberg, Reuters e 360 T, nesse caso a dinâmica da cotação é a mesma, mas é
importante que as empresas estejam autorizadas pela agência a operar nessa modalidade, uma vez que as
contratações deverão estar com toda a documentação/limites de acordo para o fechamento do câmbio, evitando
que a retirada da operação de posição, a posteriori, gere prejuízos ao banco ou cliente.

1.5. Forex - Cálculo de Paridade Entre as Moedas

À exceção do dólar dos EUA, as demais moedas em circulação no mundo são negociadas no mercado FOREX
(Foreign Exchange Market). De forma geral o Banco negocia apenas moedas conversíveis, pois para vender uma
determinada moeda é preciso antes comprá-la. Se esta moeda não for transacionada no mercado internacional, a
sua oferta ou demanda será pequena, dificultando a negociação.

Essas moedas também influenciam a posição cambial. Como a posição é expressa em USD, as moedas são
convertidas em dólar dos EUA para fins de cálculo da posição (arbitragem). Independentemente disso, os Bancos
também mantém uma posição apartada para cada tipo de moeda.

1.6. Posição Cambial

Os bancos podem, diariamente, assumir posições compradas ou vendidas no mercado de câmbio, resultantes
das operações de compra e venda efetuadas no dia. Devem, porém, adequá-las aos limites de posição exigidas
pelas normas e regulação vigentes.

Na posição comprada, o somatório das compras é maior que o somatório das vendas efetuadas no dia. Na
posição vendida é o inverso.

POSIÇÃO CAMBIAL = SALDO DIA ANTERIOR + COMPRAS – VENDAS

1.7. Formação Da Ptax

A taxa Ptax é a média das cotações apuradas pelo Banco Central do Brasil (BCB) a partir de consultas aos dealers
de câmbio. O BCB consulta os dealers em quatro momentos, cada consulta pode acontecer dentro de um intervalo

17
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

de dez minutos. Depois de aberta a janela, os dealers têm dois minutos para enviar suas cotações. O horário exato
das consultas é determinado aleatoriamente pelo Sistema Ptax dentro dos seguintes intervalos:

• Primeira consulta: entre 10h e 10h10;

• Segunda consulta: entre 11h e 11h10;

• Terceira consulta: entre 12h e12h10; e

• Quarta consulta: entre 13h e 13h10.

Cada dealer informa uma única taxa de compra e uma única taxa de venda referentes às taxas do real contra o dólar
americano praticadas no mercado interbancário no horário de início de cada janela, conforme estipulado pela
Circular 3.506/2010. Do conjunto de taxas recebidas pelo BCB, são excluídas as duas maiores e as duas menores,
tanto para compra quanto para venda. Calcula-se, então, uma média simples das taxas restantes em cada ponta,
compra e venda. Essas taxas médias são, então, divulgadas pelo Sistema Ptax em quatro boletins referentes a cada
uma das consultas.

As paridades das outras moedas em relação ao dólar americano constantes do boletim que divulga as taxas PTAX
do dia e do boletim “Todas as moedas”, divulgado na página do Banco Central do Brasil na internet e que
corresponde ao boletim “Cotações de contabilidade” do Sistema PTAX, serão aquelas capturadas às 13h00 a partir
de dados disponibilizados por provedores de informação contratados pelo Banco Central do Brasil.

1.8. Função Dealer

Dealer é como é chamada no Brasil a instituição financeira, como bancos ou corretoras, que serve ao Banco
Central como intermédio da sua atuação no mercado aberto.

Também chamados de dealers do mercado aberto, essas organizações têm como função a regulação da liquidez
no mercado financeiro. Eles atuam por meio de expedição ou contração da disponibilidade de dinheiro em
circulação.

O critério do Banco Central para a escolha para este trabalho vai desde o volume negociado no mercado à
qualidade na prestação de informações ao Banco Central.

O termo dealer ainda pode ser referente às instituições credenciadas pelo Banco Central a participar de leilões
informais, e que tem por obrigação informar os demais bancos sobre o leilão. São eles os bancos mais ativos do
mercado nacional.

Os dealers de câmbio seguem a mesma função dos dealers do mercado aberto, mas atuam no mercado cambial.
São instituições por meio das quais o Banco Central atua na compra e venda de moeda estrangeira, e nos preços
desses papéis, de forma a orientar flutuações e proteger a moeda nacional conforme a política econômica.

18
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

 Gerência Trading Book


1. Gestão de Carteiras no BB – Carteira Negociação
1.1. Conceito

A gestão de carteiras consiste na atuação no mercado financeiro de forma a obter melhor relação Risco X
Retorno. Para tanto, são avaliadas diferentes alternativas de alocação de recursos disponíveis, considerando
liquidez dos diversos ativos e condições de mercado.

1.2. Princípios

Os princípios que fundamentam as práticas de gestão de carteiras no Banco do Brasil são a honestidade, a
integridade, a ética, a legalidade, a impessoalidade, a confidencialidade, a autenticidade, a eficiência, a segurança
da informação, a proteção contra fraudes, a transparência nos relacionamentos com os ambientes internos e
externos, a civilidade no relacionamento com a concorrência, a conformidade com as disposições, normas e
regulamentos dos órgãos competentes, a observância dos limites e alçadas estabelecidos, a gestão dos riscos
operacionais, de mercado e de liquidez, a observância das melhores práticas de mercado, a gestão proativa em
relação à evolução da conjuntura econômico-financeira e a obtenção de resultados compatíveis com os riscos
assumidos.

1.3. Estrutura das Carteiras

1.3.1. Responsabilidade

A responsabilidade pela realização das operações é de todas as pessoas que tenham participação no processo,
observadas as competências e alçadas em cada uma de suas fases.

1.3.2. Classificação em Portfólios

As operações são classificadas de acordo com a estrutura de portfólios geridos pela TESOU, distribuídos em
Carteiras, Grupos, Livros e Sub-livros com objetivos, responsabilidades, limites de riscos e metas definidos.

1.4. Carteira De Negociação

1.4.1. Conceito

Gestão de ativos e derivativos marcados a mercado, visando administração de riscos de mercado e liquidez,
com posicionamento intencional, objetivando aproveitar eventuais oportunidades de mercado, com intenção de
negociação de curto e médio prazo.

Composição

Fazem parte da Carteira de Negociação (Trading Book):

• Grupo Trading (Moeda Nacional);

19
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

• Grupo Trading (Moeda Estrangeira);


• Grupo Gestão/Livro Gestão;
• Grupo Gestão/Livro Negociação de Títulos Privados.

1.5. Grupo Trading (Moeda nacional)

1.5.1. Conceito e Objetivo

A carteira do Grupo Trading tem como objetivo rentabilizar as disponibilidades em Reais (R$) em operações
com Títulos, Valores Mobiliários e Derivativos com determinado nível de liquidez pela assunção do risco intencional.

1.5.2. Forma de atuação e instrumentos financeiros negociados

A Carteira de Trading do Banco do Brasil pode ser composta por aplicações em títulos de renda fixa públicos e
privados, produtos de renda variável e instrumentos financeiros derivativos dos mercados de renda fixa, renda
variável, câmbio e commodities.

Privilegia-se a realização de operações com horizonte de curtíssimo prazo (intradia), admitindo-se também
estratégias de posicionamento de curto, médio e longo prazo.

1.6. Grupo Trading (Moeda Estrangeira) – Livro Tesouraria Internacional

1.6.1. Conceito e Objetivo

O referido grupo tem o objetivo de rentabilizar ativos de renda fixa de risco soberano e de risco privado e
instrumentos financeiros derivativos pela assunção de risco intencional, no que diz respeito a aproveitamento de
oportunidades de mercado no exterior.

A carteira pode ser composta por ativos de renda fixa de risco soberano e de risco privado e instrumentos
financeiros derivativos.

1.6.2. Forma de atuação e instrumentos financeiros negociados

Privilegia-se a realização de operações com horizonte de curtíssimo prazo, admitindo-se também estratégias
de posicionamento de curto, médio e longo prazo para o mercado de renda fixa internacional.

Em relação ao “modus operandi”, privilegia-se a utilização dos serviços de “Broker” da BB-Securities Londres e
BB-Securities Nova York. No entanto, é permitida a operacionalização diretamente com Bancos no exterior.

1.7. Grupo Gestão / Livro Gestão

1.7.1. Conceito e Objetivo

A referida carteira tem o objetivo de rentabilizar as disponibilidades em Reais (R$), utilizando-se de posições
com títulos públicos federais e instrumentos financeiros derivativos.

20
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

O Livro Gestão também é utilizado para amparar operações com títulos públicos federais no exercício da função
de Dealer do Banco Central do Brasil e Secretaria do Tesouro Nacional.

1.7.2. Forma de atuação e instrumentos financeiros negociados

O Livro Gestão somente pode ser composto por títulos públicos federais (LTN, NTN-F, NTN-B e LFT) e
instrumentos financeiros derivativos do mercado de Renda Fixa.

Ressalte-se que algumas operações registradas no Livro Gestão são específicas para o exercício da função de
Dealer

1.7.3. Dealers

Os dealers são instituições financeiras credenciadas pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil com
o objetivo de promover o desenvolvimento dos mercados primário e secundário de títulos públicos. Os dealers
atuam tanto nas emissões primárias de títulos públicos federais como na negociação no mercado secundário desses
títulos.

Atualmente, o Tesouro Nacional possui 12 dealers, dos quais dez são bancos e dois são corretoras ou
distribuidoras independentes. São descredenciadas três instituições, sendo apenas uma delas corretora ou
distribuidora independente, com menor pontuação no período anterior.

O desempenho de cada instituição é avaliado a cada seis meses e aquelas com o pior desempenho são
substituídas. O gestor deverá acompanhar a avaliação de desempenho e elaborar estratégia de atuação,
considerando os seguintes quesitos:

• Participação nos leilões primários do Tesouro Nacional;


• Participação nas operações definitivas no mercado secundário, especificamente nas operações Extra
Grupo;
• Participação em operações compromissadas com o mercado e com o BACEN/DEMAB;
• Relacionamento com o BACEN e a STN através de repasse de informações relevantes de mercado, análise
de cenários e pesquisa de demanda de ofertas públicas;
• Abertura de ofertas de compra e venda de títulos nos mercados eletrônicos de negociação de acordo com
os horários definidos no Ato Normativo;
• Participação no mercado na negociação dos papéis escolhidos para a função de Dealer, de acordo com os
percentuais definidos nos Atos Normativos vigentes;

1.8. Grupo Gestão / Livro Negociação De Títulos Privados

1.8.1. Conceito e Objetivo

O referido Livro tem o objetivo de rentabilizar as disponibilidades em Reais (R$), utilizando-se de posições com
títulos privados e instrumentos financeiros derivativos para proteção da carteira.

21
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

1.8.2. Forma de Atuação e instrumentos financeiros negociados

A carteira pode ser composta por títulos privados e instrumentos financeiros derivativos. Apesar do foco nas
emissões primárias pela maior rentabilidade, realizamos negócios também no mercado secundário.

Títulos Privados são ativos de renda fixa de emissores privados cuja característica principal é o conhecimento
do valor de resgate no início do prazo da aplicação. São títulos representativos de captações pelas empresas, que
prometem pagar a seus investidores determinados fluxos futuros de rendimentos.

Os principais ativos de renda fixa privados negociados são:

Debênture: Títulos de Renda Fixa, negociáveis, emitidos por sociedades anônimas não financeiras com a
finalidade de captar recursos de médio e longo prazo para financiar empreendimentos. Conferem ao titular direito
de crédito contra a companhia emissora.

Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI): Título de Renda Fixa, negociáveis, emitido por sociedade
securitizadora, com lastro em operações de crédito imobiliárias. Constitui uma promessa de pagamento em
dinheiro.

Certificado de Recebíveis dos Agronegócios (CRA): título de crédito nominativo, de livre negociação,
representativo de promessa de pagamento em dinheiro, lastreado em recebíveis do agronegócio e emitido por
companhias securitizadoras de direitos creditórios do agronegócio.

22
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

 Gerência Derivativos
1. A Gerência de Derivativos
1.1. Objetivos

A Gerência de Derivativos foi estruturada em março de 2021, para unificar as atividades relacionadas a
precificação de produtos e gestão das carteiras de derivativos do BB, com equipes focadas e especializadas, prontas
para fazer frente à crescente demanda do mercado por essa categoria de instrumentos financeiros.

As atividades são divididas entre duas equipes: a Equipe de Precificação e a Equipe de Gestão das Carteiras.

A Equipe de Precificação (Mesa Clientes) é responsável pela negociação dos derivativos diretamente com os
clientes, flexibilização de preços e taxas, assim como pelo assessoramento à rede de agências nas questões
relacionadas à precificação desses produtos. O objetivo da Mesa Clientes é tornar o BB cada vez mais competitivo
no atendimento à demanda dos clientes por derivativos, buscando o aumento da participação no mercado sem
deixar de lado a geração de resultado para o Banco.

A Equipe de Gestão é responsável por administrar o risco de mercado gerado pelas operações contratadas. Ao
negociar derivativos com clientes, o Banco gera exposições ativas e passivas em taxas, índices, moedas e preços de
mercadorias, riscos que se não forem geridos adequadamente podem comprometer o resultado esperado pela
contratação das operações e até mesmo gerar prejuízos expressivos para o BB. O objetivo da Mesa Gestão é garantir
que as carteiras de derivativos do Banco se mantenham rentáveis ao longo do tempo, observando a conformidade
quanto aos limites de exposição a riscos.

1.2. Derivativos

1.2.1. Conceito

Segundo a definição do CFA Institute, um derivativo é um ativo financeiro cujo preço depende ou deriva de um
ou mais ativos subjacentes. Ou seja, é um contrato que tem seu valor atrelado à variação de preço de um
determinado ativo-objeto.

Por exemplo, o preço a ser pago por uma opção de compra de ações da Petrobras depende, primordialmente,
da cotação dessa ação na bolsa. Neste caso, a opção de compra é o derivativo e a ação é o ativo subjacente.
Veremos, mais adiante, como funcionam as opções.

Além da cotação do ativo subjacente, diversos fatores podem influenciar o preço de um derivativo, como o
prazo do contrato, a expectativa de taxas de juros, a volatilidade dos preços no mercado, entre outros.

1.2.2. Finalidades

Os derivativos são negociados com duas finalidades básicas: especulação ou hedge.

Quando um agente do mercado contrata um derivativo para especular, a intenção é aproveitar possíveis
oportunidades geradas pelas variações dos preços dos ativos, visando maximizar seus ganhos por meio de
alavancagem, porém com elevado risco.

23
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

No Banco do Brasil, os derivativos são disponibilizados para os clientes com a finalidade de hedge, não sendo
indicada a contratação com finalidade especulativa.

1.2.3. Hedge

De maneira simples, hedge pode ser entendido como proteção financeira. Ao contratar um derivativo com
a finalidade de hedge, o agente busca se proteger contra possíveis perdas decorrentes da variação do preço de um
determinado ativo ou índice.

A seguir alguns exemplos de riscos que podem ser protegidos com o uso de derivativos.

o Exemplo 1: Risco cambial

A empresa Paper Diddo Serviços Gráficos LTDA importou uma impressora industrial de última geração,
aproveitando o preço atrativo em dólar e o prazo de 180 dias para pagamento, concedido pelo
fornecedor. O Sr. Luís, dono da gráfica, agora está preocupado, pois se o dólar subir muito nos próximos
seis meses, a empresa pode não conseguir honrar o compromisso assumido no exterior.

o Exemplo 2: Risco de inflação

A Sra. Teresa, empresária do ramo de turismo, arrendou uma nova pousada para ampliar seus negócios
em Porto Seguro. Metade do arrendamento foi pago na assinatura do contrato e o valor restante será
pago após 2 anos, corrigido pelo IPCA. Acompanhando o noticiário, a Sra. Teresa se deu conta que a
inflação pode disparar nos próximos meses. Se isso acontecer, ela terá um custo maior do que o previsto
com o arrendamento e dificilmente conseguirá repassar tudo no preço das diárias.

o Exemplo 3: Risco de taxa de juros

A Empresa Grande S.A. captou recursos para investir em uma nova unidade fabril. Os investidores serão
remunerados por taxa de juros prefixada de 13% a.a. por cinco anos. O Diretor Financeiro, atento ao
cenário macroeconômico, prevê que a taxa de juros deve cair significativamente a partir do próximo
ano, tornando essa captação muito cara.

o Exemplo 4: Riscos de preços agropecuários

O Sr. Carlos Felix, cafeicultor de Patos de Minas, está otimista com a próxima safra. A expectativa é
de uma boa produção e os preços do café devem continuar subindo. Apesar do cenário animador, ainda
faltam quatro meses até a colheita e o Sr. Carlos teme que até lá os preços comecem a cair.

Riscos financeiros, como os mostrados acima, estão presentes no dia a dia de empresas de todos os
portes. É impossível eliminar todos os riscos, mas é possível mitigá-los em grande parte. O Banco do
Brasil disponibiliza uma grande variedade de derivativos para atender às mais diversas necessidades de
hedge de seus clientes.

1.3. Derivativos para clientes no BB

1.3.1 NDF – Non Deliverable Forward (Termo de Moedas e Commodities)

24
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

É um contrato através do qual o cliente compra ou vende um determinado ativo para o Banco, sem entrega
física. A liquidação da operação se dá pela diferença entre o preço a termo contratado e a cotação do ativo de
referência na data de liquidação.

o Exemplo: O Sr. Luís, da Gráfica Paper Diddo, compra um NDF de 100 mil dólares para liquidação em 180
dias à taxa de 5,30. Se no vencimento a cotação do dólar for 5,60, o cliente receberá a diferença de
0,30 para cada dólar contratado, ou seja 0,30 x 100.000 = 30.000 reais.

Neste caso, para o cliente pagar 100 mil dólares para o seu fornecedor, ele precisou desembolsar R$
560 mil, mas recebeu R$ 30 mil de ajuste do NDF, ficando com um custo total de R$ 530 mil.

Se, ao invés de subir, o dólar tivesse caído para 5,10, o cliente pagaria a diferença de 20 mil reais no
vencimento do NDF, mas precisaria desembolsar 510 mil para o pagamento no exterior, terminando
com o mesmo custo total de 530 mil reais.

No exemplo acima o cliente comprou NDF, pois seu risco era que a cotação do dólar subisse. Caso a
intenção seja se proteger de uma queda na cotação do dólar, o cliente precisa vender NDF.

No BB, há NDFs para proteção de preço de moedas, além de commodities, conforme detalhado a seguir:

NDF - Non Deliverable Forward


Moedas Commodities
Dólar dos Estados Unidos Açúcar
Euro Boi Gordo
Libra Esterlina Café Arábica
Yen Milho
Soja

Em sua maioria, as operações de NDF utilizam a cotação do ativo-objeto no vencimento para o cálculo do ajuste,
mas se o cliente desejar, poderá contratar o NDF na modalidade “Termo Asiático”, em que o resultado é apurado
pela média das cotações (de dois a trinta dias), evitando que um estresse pontual do mercado possa comprometer
a efetividade do hedge.

1.3.2 Swap

Swap é um derivativo que consiste na troca de indexadores aplicados sobre um mesmo valor nocional. Cada
parte contratante fica ativo em um indexador e passivo em outro, procedendo-se o ajuste financeiro pela diferença
entre as variações de ambos.

25
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Os contratos de swap podem prever fluxos de pagamento ao longo da operação, não apenas no vencimento.
Essa modalidade é conhecida como swap de fluxo de caixa e é recomendada para as situações em que o risco a ser
mitigado envolve múltiplos pagamentos ou recebimentos ao longo de um determinado período, como nos casos
de financiamentos, empréstimos e emissão de títulos no mercado de capitais.

Em geral, as operações de swap são sem caixa, ou seja, não há o aporte do valor nocional, apenas a troca dos
resultados financeiros conforme o cronograma da operação.

o Exemplo: Com o valor do arrendamento de sua pousada vinculado à inflação, a Sra. Teresa contratou um
swap para se proteger contra a alta do índice, trocando a variação do IPCA por taxa prefixada de 6% a.a.
Não importa o quanto à inflação aumente, o ajuste do swap cobrirá a diferença, fixando o custo total.

Passados dois anos, o valor inicial de R$ 100 mil do arrendamento foi reajustado pela inflação acumulada
de 19,4%, acima da taxa prefixada contratada no swap. A Sra. Teresa recebeu aproximadamente R$ 7 mil
na liquidação da operação*, usando o valor para complementar o pagamento, cumprindo seu
planejamento financeiro.

* Para fins didáticos, foram desconsiderados tributos e despesas operacionais.

1.3.3 Opções Flexíveis

Opção é um tipo de derivativo que garante ao seu titular o direito de comprar ou o direito de vender uma
determinada quantidade de um ativo, a um preço preestabelecido, em uma data futura. No BB, as opções são
negociadas sem entrega física, ou seja, há apenas o ajuste financeiro ao final da operação. O cliente pode contratar
opções de dólar, açúcar, arroz, boi gordo, café arábica, milho e soja. Para opções agropecuárias, estão disponíveis
somente as modalidades Call e Put, já para as opções de Dólar, o BB oferece também as modalidades Call Spread,
Put Spread e Zero Cost Collar.

Para conhecer melhor esse instrumento financeiro, precisamos entender alguns conceitos:

• Titular: é quem compra uma opção, ou seja, quem paga o prêmio para ter o direito de compra ou o
direito de venda.
• Lançador: é quem vende uma opção, ou seja, quem recebe o prêmio e tem a obrigação de comprar ou
vender o ativo-objeto em caso de exercício da opção.
• Prêmio: é o valor pago pelo titular ao lançador, no ato da contratação, pela opção contratada.
• Exercício: é o evento em que o titular da opção exerce seu direito contra o lançador.
• Preço de exercício (strike): é o preço preestabelecido para compra ou venda do ativo-objeto em caso
de exercício da opção.

26
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Quanto ao momento do exercício, uma opção pode ser Americana ou Europeia. Nas opções americanas, o titular
pode exercer seu direito a qualquer momento até a data de vencimento do contrato. Já nas opções Europeias, o
exercício pode ocorrer somente no vencimento.

Quanto ao direito contratado, as opções podem ser de dois tipos: Opção de Compra (Call) e Opção de Venda
(Put). Quando um agente compra uma call, a expectativa é que o preço suba, permitindo o exercício do seu direito
de comprar por um preço abaixo da cotação do mercado. Ao comprar uma put, o agente espera que o preço caia,
para que ele exerça seu direito de vender a um preço acima da cotação do mercado.

Para as opções de Dólar, o Banco oferece também as modalidades Call Spread, Put Spread e Zero Cost Colar. São
estruturas que envolvem a contratação de duas opções, em que o cliente é titular em uma e lançador na outra, de
forma que o prêmio da opção lançada pelo cliente compensa parcial ou totalmente o prêmio pago pela opção em
que é titular, se tornando uma alternativa para hedge que permite ganhos e que possui custos reduzidos.

Do ponto de vista do titular, a possibilidade de perda se limita ao valor do prêmio pago, pois quando o preço do
ativo-objeto não atinge o strike, o titular simplesmente não exerce a opção, não incorrendo em qualquer despesa
adicional.

Já o lançador está sujeito a perdas maiores, pois uma vez que o preço do ativo-objeto atinja o strike, não há
qualquer limitador para o exercício da opção.

Naturalmente, o valor do prêmio da opção é calculado de forma a proporcionar remuneração adequada ao


lançador, de acordo com o risco assumido. Por isso, alguns fatores são determinantes para a precificação de uma
opção:

• Tipo Americana ou Europeia: O prêmio a ser pago por uma opção americana será maior do que o
prêmio para uma opção europeia do mesmo ativo-objeto/strike/prazo, pois em razão das
oscilações de preços no mercado, a probabilidade de exercício é maior, considerando as
oportunidades ao longo de toda a vigência do contrato.

• Preço de exercício: uma opção pode ser negociada fora do dinheiro (out of the money), quando o
strike é menos favorável ao titular do que a cotação atual, no dinheiro (at the money), quando o
strike é aproximadamente igual a cotação atual, ou dentro do dinheiro (in the money), quando o
strike é mais favorável do que a cotação atual. Quanto mais favorável for o strike para o titular,
maior será a probabilidade de exercício da opção, logo o prêmio a ser pago também deve ser maior.

• Prazo: quanto maior o prazo, mais difícil será prever o comportamento do preço do ativo-objeto
até o vencimento e maior será o risco do lançador, portanto o prêmio é maior para operações com
prazos mais longos.

27
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

• Volatilidade: quanto maior a volatilidade do preço do ativo-objeto, mais difícil será prever o seu
comportamento até o vencimento, portanto o risco para o lançador será maior, aumentando o
valor do prêmio.

• Taxa de Juros: o strike de uma opção é um valor fixo, não sofre qualquer reajuste ao longo da
vigência do contrato. Considerando a curva de juros de mercado, podemos inferir que o valor real
do preço de exercício será alterado ao longo do tempo, embora o valor nominal permaneça o
mesmo. Assim, é possível afirmar que, dada uma taxa de juros positiva, o valor real do strike será
reduzido ao longo do tempo. Logo, uma taxa de juros mais alta, aumenta as chances de exercício
de uma call e reduz as chances em uma put, efeito que deve ser refletido no prêmio.

o Exemplo: O Sr. Carlos Félix, está convencido de que os preços do café vão continuar subindo até o
momento da comercialização da sua produção, porém não quer correr o risco de ter prejuízos se a
tendência se inverter e houver uma queda acentuada nas cotações. Prevenido como sempre, ele contratou
uma Opção de Venda (Put), europeia, para 10 mil sacas, com strike a US$ 220,00 por saca, vencimento em
quatro meses. Como a cotação do café estava um pouco mais alta, US$ 230,00, a opção foi contratada fora
do dinheiro, para que o prêmio ficasse mais barato. O prêmio ficou em 3 dólares por saca, um custo de US$
30.000,00.

A cotação do café continuou subindo, como o previsto, e no vencimento a opção não foi exercida. O Sr.
Carlos comercializou sua produção por US$ 250,00 por saca, 20 dólares acima da cotação de mercado à
época da contratação, ou seja, um ganho líquido de 17 dólares por saca, descontado o prêmio da opção.

Se ele tivesse contratado um NDF ao invés de uma opção, ele deixaria de pagar o prêmio, mas também não
teria aproveitado o movimento de alta. Neste caso ele escolheu o instrumento ideal, em linha com as suas
expectativas e necessidades.

E se o preço do café tivesse caído? Neste caso, sua perda ficaria limitada a 13 dólares por saca, sendo os 10
dólares de diferença até o strike e mais 3 dólares do prêmio pago.

28
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

1.4. Contratos futuros para gestão das carteiras

Existe uma outra categoria de derivativos que, embora não seja disponibilizada para clientes, é imprescindível
nas atividades de gestão das carteiras de derivativos do BB. São os contratos Futuros.

As principais diferenças entre o mercado futuro e o mercado a termo são que, no primeiro, os contratos são
padronizados e há ajustes diários.

Os contratos futuros são instrumentos negociados em bolsas de valores e se destinam a gerar exposições ativas
ou passivas em vários ativos e indexadores, como juros, moedas e mercadorias, de acordo com as necessidades
dos investidores.

A Equipe de Gestão das Carteiras de Derivativos utiliza contratos futuros para nivelar exposições geradas pelas
operações com clientes. Por exemplo, se um cliente contrata um derivativo em que o banco fica passivo em taxa
prefixada de juros, a Mesa pode vender contrato futuro de taxa de juros (DI1) para ficar ativo, nivelando a
exposição. O mesmo vale para dólar, contratos agropecuários e outros.

Os contratos futuros operacionalizados pela Equipe Gestão são negociados nas Bolsas de Valores listadas
abaixo:

B3 (Brasil):

Contratos Futuros de Renda Fixa, Cambiais e Commodities

CME (Chicago / EUA):

Contratos Futuros de Commodities e de Moedas

ICE (NY / EUA):

Contratos Futuros de Commodities

1.5. Certificado de Operação Estruturada – COE

1.5.1 Conceito

Embora se assemelhe a um derivativo, O COE é em essência, um produto de captação de renda fixa.

O COE possibilita a contratação de um certificado escritural que assegura, na data do vencimento, 100% do
valor da aplicação inicial, além da possibilidade de participar da variação positiva, ou negativa, de determinado
ativo subjacente de referência.

A possibilidade de participar da variação do ativo subjacente, ocorre via a contratação de opções, embutida na
operação.

1.5.2 Exemplo de COE de CALL de Ibovespa

Após contratado o COE, parte do valor é destinado à contratação de uma opção de compra (call) de índice
Ibovespa, enquanto o restante será aplicado em taxa prefixada. O rendimento obtido na aplicação prefixada fará a

29
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

recomposição da parte utilizada para pagamento do prêmio da opção. A opção, por sua vez, é o que permitirá que
o cliente consiga auferir ganhos com a alta do índice, caso este supere o strike no vencimento.

As operações de COE podem ser com ou sem barreira. A barreira é um limitador do ganho e serve para reduzir
o custo da operação, melhorando sua performance. Partindo do exemplo acima, ao invés de ter somente a compra
de uma call envolvida, a operação passa a embutir também a venda de uma call, com strike acima da primeira. Esse
segundo strike limita o ganho total com a operação, pois se trata de uma opção em que o cliente é lançador e o
banco é o titular. A vantagem é que o cliente recebe prêmio pela venda dessa opção, o que permite que a
quantidade de call comprada seja maior, aumentando a rentabilidade total se o Ibovespa, ao final da operação,
estiver entre o strike da call comprada e o strike barreira.

Atualmente, o BB oferece COE de Ibovespa e de Dólar, nas modalidades Call, Put, Call Spread e Put Spread.

30
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Gecin (Gerência de Caixa e Inteligência de Negócios)

 Reban
2. Reban

A Reban é a área da Tesou responsável pela gestão das contas de Reserva Bancária e do PIX mantidas junto ao
Banco Central do Brasil e pelos Recolhimentos Compulsórios. Diariamente a equipe gere a conta de reserva e do
pix com a finalidade principal de honrar todos os compromissos do Banco como também a manutenção de saldos
nas contas em compliance com as normas estabelecidas pelo regulador.

2.1. Reserva Bancária

Definição

São contas de titularidade das instituições financeiras bancárias, mantidas no Banco Central do Brasil (BACEN)
para fins de acolhimento dos depósitos dessas instituições e de transferências de fundos no âmbito do STR.

Titularidade

São de titularidade obrigatória para os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial e para
as caixas econômicas. São de titularidade facultativa para os bancos de investimentos, os bancos de câmbio, os
bancos múltiplos sem carteira comercial e os bancos de desenvolvimento.

Os valores que entram e saem do BB transitam nesta conta. Portanto, transferências entre contas dentro do
próprio BB não impactam a conta Reserva Bancária. Se tais entradas e saídas tiverem como contraparte outras
instituições financeiras, entes públicos e demais clientes, produzirão impactos na conta de Reserva do BB.

O sistema de reservas é um sistema de pagamento apenas para as instituições financeiras.

Gestão

As reservas bancárias são recursos obrigatoriamente mantidos pelos bancos junto ao BACEN, por meio da conta
Reservas Bancárias. A finalidade é garantir a liquidação das movimentações interbancárias realizadas, cujo saldo é
utilizado para cumprimento diário de exigibilidades compulsórias e encaixes obrigatórios sobre recursos à vista. (IN
483-1 | Reserva Bancária).

É importante observar que a existência do sistema de reservas tem como principal objetivo liquidar
pagamentos interbancários e facilitar a liquidação de transações. Isso é particularmente importante em tempos de
pânico, quando os mercados interbancários privados eventualmente se aglomeram.

Ao manter esse sistema sob controle público, é improvável que ocorram falhas quando for mais necessário,
porque as Reservas Federais não precisam operar com lucro para permanecerem solventes. Isso reduz
significativamente a instabilidade no sistema bancário, garantindo que os bancos sempre possam ter confiança ao
processar pagamentos entre si.

As principais características da reserva bancária são:

31
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

• Similar a uma conta corrente;


• Utilizada para movimentação Financeira dos Bancos;
• Operações Próprias ou de Clientes;
• Titularidade obrigatória: bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e para as caixas
econômicas;
• Titularidade Facultativa: bancos de investimento, câmbio, múltiplos sem carteira comercial e de
desenvolvimento;
• Admitida apenas uma conta por Instituição;
• Movimentação realizada por meio do Sistema de Transferências de Reservas Bancárias – STR.

2.2. Recolhimento Compulsório

Definição

São recolhimentos obrigatórios de recursos que as instituições financeiras fazem no BACEN. Quando uma
pessoa vai a um banco e realiza um depósito em sua conta corrente, por exemplo, parte deste valor deverá ser
recolhido pela instituição financeira ao Banco Central na forma de um depósito compulsório.

O recolhimento compulsório é mais um dos mecanismos que o Banco Central tem à disposição na sua caixa de
ferramentas na manutenção da estabilidade financeira e de combate à inflação. Trata-se de parcela do dinheiro
dos correntistas que os bancos são obrigados a manter depositada no BACEN.

Considerados tradicionalmente como instrumentos de política monetária, atualmente os recolhimentos


compulsórios são utilizados também como elemento que contribui para a preservação da estabilidade financeira.
Os recolhimentos compulsórios produzem os seguintes efeitos sobre as condições monetárias:

Ampliam ou reduzem o volume de recursos que os bancos podem transformar em crédito para a economia e,
dessa forma, controlam a expansão dos chamados agregados monetários. Vejamos, se o que você deposita na sua
conta corrente, parte fica como um depósito compulsório, isto significa que a outra parte o banco poderá
transformar em crédito. Imagine isto ocorrendo várias vezes e com várias instituições financeiras. Isto que é
multiplicar moeda. Então, parte pode ser multiplicada e a parte que fica no Banco Central não será.

Aumentam a previsibilidade da demanda por reservas bancárias, o que assegura mais eficiência ao Banco
Central em sua atuação no mercado monetário.

Embora tenham sido criados, originalmente, para influenciar a quantidade de moeda na economia, os
recolhimentos compulsórios assumem também o papel de “colchões de liquidez”, isto é, reservas de emergência
que podem ser utilizadas pelas instituições financeiras, a critério do BACEN, em situações de crise como a que
ocorreu em 2008. Além disso, na medida em que parte dos recursos captados pelos bancos fica recolhido no Banco
Central, estes emprestam menos do que poderiam, reduzindo, assim, a sua exposição ao risco de crédito.

No Brasil, os percentuais de recolhimento compulsório são definidos pelo Banco Central, com o intuito de
preservar a estabilidade e a solidez do Sistema Financeiro Nacional, permitindo crescimento sustentado do crédito.
Os efeitos dos recolhimentos compulsórios são considerados pelo Copom, ao proceder às decisões de política
monetária.

Metodologia

32
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Para o cálculo de cada recolhimento compulsório, é observado inicialmente o que chamamos de período de
cálculo (conjunto de dias úteis em que se dá a formação da exigibilidade e que pode abranger uma ou duas
semanas). Neste período apura-se a média aritmética dos saldos dos valores sujeitos a recolhimento - VSR
(conjunto de rubricas contábeis específicas para cada modalidade de compulsório).

Desse resultado, são subtraídas deduções previstas nos regulamentos, de modo que se encontre a base de
cálculo, sobre a qual é aplicada a respectiva alíquota. Eventualmente, para obtenção das exigibilidades, podem ser
consideradas, ainda, outras reduções.

A exigibilidade então apurada deve ser cumprida ao longo de um conjunto de dias úteis, denominado período
de movimentação, que pode ser de uma ou duas semanas, a depender do tipo de compulsório.

Resumidamente, o valor do recolhimento compulsório é calculado pela aplicação de uma alíquota a uma base
de cálculo definida. As informações utilizadas para cálculo dos compulsórios são prestadas pelas instituições
financeiras, para cada dia útil dos períodos de cálculo, nos prazos estabelecidos pelo Banco Central. A prestação ou
a alteração dessas informações fora desses prazos sujeita as instituições à verificação pelo Banco Central de
condutas que ferem a qualidade da informação, podendo, inclusive, em casos mais graves e reincidentes, ser objeto
de processo administrativo.

Por sua vez, o não cumprimento das exigibilidades das diversas modalidades sujeita as instituições ao
pagamento de custo financeiro apurado em razão do valor da deficiência verificada. Então, por exemplo, se uma
instituição tem que manter na forma de compulsório R$ 10 milhões, mas, por algum motivo, recolhe apenas R$ 8
milhões, sobre os R$ 2 milhões não recolhidos vão incidir custos financeiros.

Atualmente, os compulsórios são constituídos em espécie e mantidos em contas específicas no Banco Central,
sob a titularidade contábil das instituições financeiras. Todo o fluxo de informações para a constituição das bases
de cálculo e, também, o fluxo financeiro para a constituição e eventual liberação dos recolhimentos, é feito por
intermédio de mensagens eletrônicas. O controle operacional é efetuado por sistema informatizado gerido pelo
Banco Central.

Modalidades

No momento, estão em vigor as seguintes modalidades de recolhimentos compulsórios:

• Recolhimento Compulsório sobre Recursos à Vista


• Recolhimento Compulsório sobre Recursos a Prazo
• Recolhimento Compulsório sobre Recursos de Depósitos de Poupança

Além dos recolhimentos compulsórios, há outros tipos de exigências a serem cumpridas pelos bancos baseadas
nos depósitos captados. Essas exigências são conhecidas como direcionamentos obrigatórios de recursos. Caso
uma instituição não cumpra sua obrigação de direcionar os recursos, como previsto na regulamentação, deverá
recolher compulsoriamente no Banco Central o valor correspondente à parcela não direcionada. Os
direcionamentos obrigatórios vigentes são os seguintes:

• Direcionamento dos recursos captados em depósitos à vista para operações de crédito destinadas à
população de baixa renda e a microempreendedores – 2% dos depósitos à vista devem ser direcionados
para operações popularmente conhecidas como microcrédito;

33
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

• Direcionamento de recursos para operações de crédito rural – Parte dos depósitos à vista e dos
depósitos de poupança rural devem atender a esse tipo de exigibilidade. O direcionamento para operações
de crédito rural segue regulamentação própria que é de responsabilidade do Departamento de Regulação,
Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro – DEROP;

• Direcionamento para operações de financiamento imobiliário dos recursos captados em depósitos


de poupança livre – 65% desse tipo de captação devem ser direcionados para o financiamento imobiliário.

Os recolhimentos compulsórios são contabilizados em subcontas exclusivas do título contábil Reservas


Bancárias.

Remuneração

A remuneração dos recolhimentos compulsórios reduz o custo de captação dos bancos, implicando menores
taxas de juros cobradas nas operações ativas (operações de crédito). Atualmente, são remunerados os
Recolhimentos Compulsórios sobre Recursos a Prazo e sobre Depósitos de Poupança.

Aqueles incidentes sobre Recursos à Vista não fazem jus à remuneração já que as instituições financeiras
também não remuneram essa forma de depósito. Os recolhimentos sobre Garantias Realizadas também não fazem
jus à remuneração.

Depósitos sujeitos a recolhimento compulsório

No BB, cabe à Tesou/Gecin/Reban gerir as exigibilidades compulsórias e o direcionamento obrigatório de micro


finanças nos termos da lei.

Recursos à Vista

A metodologia utilizada para essa modalidade difere das demais em alguns pontos. Para cumprimento da
exigibilidade, são considerados o saldo diário mantido na conta “Reservas Bancárias”.

Admite-se o cumprimento de, no mínimo, 65% da exigibilidade em um ou mais dias, desde que a média final
do período de movimentação corresponda a 100% da exigibilidade. Essa prerrogativa busca reduzir a ocorrência
de grandes oscilações na liquidez bancária diária, que poderiam ser provocadas caso houvesse a necessidade de
cumprimento da exigibilidade diariamente.

Com o objetivo de facilitar soluções de mercado para eventuais necessidades de reservas para cumprimento
das exigibilidades, sem recorrer à autoridade monetária, as instituições foram divididas em dois grupos, “A” e “B”,
cujos períodos de movimentação, a exemplo dos períodos de cálculo, são defasados em uma semana.

O gráfico abaixo ilustra o cumprimento do Recolhimento Compulsório sobre Recursos à Vista e as


consequências do descumprimento. Como já ressaltado, durante o período de movimentação (duas semanas), o
saldo mínimo diário não pode ser inferior a 65% da exigibilidade e a média do período não pode ser inferior a 100%
da exigibilidade. Em caso de não cumprimento desses condicionantes, ilustrados na figura por meio de barras
vermelhas, as instituições financeiras incorrem em custos financeiros, equivalentes à Taxa Selic mais 4% ao ano,
calculados sobre a insuficiência.

34
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Gráfico – Cumprimento do Compulsório sobre Recursos à Vista

Resumo dos parâmetros vigentes em Outubro/2022 (Fonte:Bacen)

Recursos a Prazo

Os compulsórios sobre depósitos a prazo serviram historicamente, e principalmente durante períodos de crise,
como fonte de liquidez em última instância para o sistema bancário, mecanismo de incentivo à redistribuição de
liquidez no sistema e suporte a estabilidade financeira. Apesar do conceito de Recursos a Prazo apresentar um
escopo mais amplo quando considera as captações sujeitas a recolhimento, esta modalidade de compulsório incide
principalmente sobre aplicações dos clientes em CDBs e RDBs.

Apesar de serem instrumentos de captação com características semelhantes aos depósitos


a prazo, LCIs, LCAs e Letras Financeiras não estão sujeitas à incidência de compulsório.

Resumo dos Parâmetros vigentes em Outubro/2022 (Fonte: Bacen):

35
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Depósitos de Poupança

Os recursos captados em depósitos de poupança representam fonte relevante de funding para as operações
de crédito rural e imobiliário.

Por se tratar de instituição autorizada a receber depósitos de poupança rural, o BB pode captar depósitos de
poupança no âmbito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), também conhecida como poupança
imobiliária ou livre, desde que seu saldo diário não ultrapasse 10% (dez por cento) do saldo total de depósitos de
poupança verificado no dia anterior, considerando ambas as modalidades. (Resolução CMN 4.883, de 2020)

Conforme Resolução BCB nº 188, de 2022, 20% dos recursos captados em depósitos de poupança devem ser
recolhidos ao BCB para cumprimento do compulsório de poupança conforme Resolução BCB nº 188, de 2022.
Quanto ao direcionamento dos recursos captados para financiamento do crédito rural e crédito imobiliário, este
obedecerá regra específica de acordo com a modalidade, normatizada nas Resoluções CMN nº 4.883, de 2020, e
nº 4.676, de 2018, respectivamente.

Resumo dos Parâmetros vigentes em Outubro/2022 (Fonte: Bacen):

36
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Direcionamentos obrigatórios

Além dos recolhimentos compulsórios, há outras obrigações relacionadas à captação de depósitos às quais as
instituições estão sujeitas junto ao Banco Central. São elas:

Resumo dos Parâmetros vigentes em Outubro/2022(Fonte:Bacen):

2.3. Média Móvel

Definição

Prerrogativa de cumprimento de no mínimo 65% da exigibilidade sobre recursos à vista, de um ou mais dias,
desde que a média final do período de movimento corresponda a 100% da exigibilidade.

37
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Os recursos financeiros geridos pela Média Móvel constituem o Caixa dos Bancos em moeda nacional. A
disponibilidade de caixa é calculada, a partir das diversas contas de ativo e passivo que compõem o balanço de um
banco. Certamente todas as instituições financeiras saudáveis tem, por norma e por boas práticas bancárias, operar
com excesso de liquidez. E esta liquidez pode estar disponível na forma de títulos de renda fixa de primeira linha
(no Brasil, títulos públicos federais) de carteiras próprias ou em moeda, conforme o saldo disponível na reserva
bancária que os bancos mantêm no BACEN.

Gestão

Conceitos

A administração do saldo existente na reserva bancária deve atender às normas de movimentação


determinadas pelo BACEN, bem como às melhores práticas de rentabilização de recursos, dentre as quais:

Manter um valor em reserva no BACEN, conforme as normas vigentes, geralmente determinadas na forma de
alíquotas sobre uma base de cálculo que são os saldos em depósitos à vista e/ou a prazo, denominado Depósito
Compulsório;

Gerir o saldo restante, caso este seja positivo, utilizando operações de renda fixa, de curto, médio e longo
prazo, a fim de que o montante disponível seja 100% rentabilizado, na melhor relação risco/retorno;

Tomar recursos para cobrir o valor exigido de Depósito Compulsório na melhor taxa possível, caso haja
necessidade de caixa e falta de recursos para cumprimento da exigibilidade (saldo negativo).;

Observar as regras de movimentação da reserva bancária, que preveem que a exigibilidade de Depósito
Compulsório seja cumprida por média em períodos de 12 dias corridos (período de Média Móvel), observado o
valor mínimo diário de saldo de reserva bancária, também determinado pelo BACEN. O valor da exigibilidade de
reserva bancária necessário para o cumprimento integral do Depósito Compulsório menos o seu valor mínimo
diário constitui o limite de saque.

Ex.: Se o depósito compulsório exigido é de 10 bilhões de reais, mas o saldo mínimo diário é de 7 bilhões de
reais, o limite de saque da reserva é de 3 bilhões de reais por dia, devendo ser compensado dentro do período de
Média Móvel, a fim de que ao final deste período, o saldo médio da reserva bancária seja igual à exigibilidade de
Depósito Compulsório.

Portanto, a Média Móvel tem dois objetivos principais:

• Rentabilizar os recursos financeiros disponíveis no Caixa dos Bancos, acima da TMS (tomar barato e doar
caro);
• Nivelar o Caixa dos Bancos, de acordo com as regras de movimentação da reserva bancária determinadas
pelo BACEN.

Para cumprir estes objetivos opera-se no Mercado de Moeda, através de dois grandes sistemas:

• SELIC: Sistema mantido pelo BACEN, instituição pública, registra os negócios e posições mantidas pelos seus
participantes (instituições financeiras custodiantes) em Títulos Públicos Federais (TPF). Nele são registradas
operações definitivas e compromissadas com TPF;

38
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

• CETIP: Sistema mantido pela CETIP, instituição privada, que registra, entre outros ativos e derivativos,
negócios com títulos privados de renda fixa, como operações de Certificado de Depósito Interfinanceiro
(CDI), Letras Financeiras (LF), Debêntures, entre outros.

Todas estas operações, por envolverem troca de recursos em moeda, afetam o saldo da reserva bancária. São,
desta forma, utilizados para otimizar e rentabilizar os recursos do caixa do BB.

Período de Média Móvel

O BACEN não exige que as instituições financeiras cumpram o valor exato de depósito compulsório relativo aos
depósitos à vista diariamente, mas permite que as posições de fechamento diárias oscilem em um período de
Média Móvel, ao fim do qual a média de depósito compulsório do período deve ser exatamente igual ao valor
exigido pelo BACEN, sob pena de pagamento de multas por cumprimento insuficiente ou não recebimento de
rentabilidade sobre valores excedentes.

Atualmente esse período de Média Móvel é de 2 semanas, começando em uma segunda-feira e terminando
em uma sexta-feira, exceto feriados. Caso o primeiro dia do período (segunda-feira) seja feriado, o período começa
na terça, um dia depois. Caso o último dia do período (sexta-feira) seja feriado, o seu final é adiantado para a
quinta-feira.

O BACEN, com o objetivo de facilitar o nivelamento entre as instituições, divide o mercado bancário em dois
grupos: A e B. Cada grupo termina o seu período de Média Móvel em sextas-feiras alternadas, de forma que um
grupo auxilie o outro grupo a fechar sua Média. Entre as grandes instituições, fazem parte do grupo “A”: CEF,
BRADESCO e CITIBANK; assim como BB, SANTANDER e ITAÚ pertencem ao grupo “B”.

O último dia do período de Média Móvel é um dia crucial para a gestão da reserva bancária, e em geral há muita
parceria entre as instituições de grupos opostos para facilitar o fechamento da Média.

Estratégia de Média Móvel

Há algumas alternativas de gestão dos recursos do Mercado de Moeda que podem ser utilizadas para
rentabilizar o saldo da reserva bancária acima do custo de oportunidade (TMS), mesmo que isso possa trazer algum
risco de retorno abaixo do esperado. São elas:

• Leilões de Compromissadas Longas do BACEN (3 e 6 meses) - Teoricamente, alongar prazos traz uma
remuneração mais elevada em termos de taxa. Recursos disponíveis por períodos maiores podem ser
utilizados nas operações compromissadas longas ofertadas em leilões do BACEN, em taxa pré-fixada. Cabe
analisar se a remuneração oferecida é atrativa tendo em vista o alongamento do prazo, e se compensa ficar
ativo em pré ou em pós-sintético, travando a operação através de DI Futuro.
• Estratégias no Over - Ajustar taxas de juros das operações over de acordo com as condições de mercado, a
partir da percepção de como está o mercado de moeda em relação à demanda (o mercado estar mais
tomador ou doador).
• Parcerias com grandes instituições - O desenvolvimento do relacionamento com outras instituições e a
construção de um ambiente de ajuda mútua traz ganhos a todo o grupo, porque evita a ida das instituições
financeiras ao BACEN em taxas punitivas. Sendo assim ajudamos outras instituições para sermos ajudados
em contrapartida. Com bancos médios e pequenos o relacionamento pode ser bom e prolífico, mas não
chegará ao nível de ajuda mútua observado entre os bancos grandes, pelo simples motivo de que os bancos

39
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

médios e pequenos têm uma reserva e limites de movimentação mais modestos, e raramente terão
capacidade de ajudar os bancos grandes se não estiverem em posição já favorável.

2.4. PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS (PIX)

Definição

PIX é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central em que os recursos
são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro. O Pix pode
ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga.

Além de aumentar a velocidade em que pagamentos ou transferências são feitos e recebidos, o Pix tem o
potencial de:

• Alavancar a competitividade e a eficiência do mercado;


• Baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes;
• Incentivar a inserção digital do mercado de pagamentos de varejo;
• Promover a inclusão financeira;
• Preencher uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de pagamentos disponíveis
atualmente à população.

Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI)

Definição

Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI): infraestrutura centralizada de liquidação bruta em tempo real das
transações realizadas no âmbito de arranjo de pagamentos instantâneos que resultam em transferências de fundos
entre seus participantes titulares de Conta Pagamentos Instantâneos (Conta PI) no Banco Central do Brasil.

A operação do SPI, gerida pelo BACEN, teve início em novembro de 2020.

O SPI é um sistema que faz liquidação bruta em tempo real (LBTR), ou seja, que processa e liquida transação
por transação. Uma vez liquidadas, as transações são irrevogáveis.

Os pagamentos instantâneos são liquidados com lançamentos nas contas de propósito específico que as
instituições participantes diretas do sistema mantêm no BACEN, denominadas Contas de Pagamento Instantâneo
(Contas PI). Para garantir a solidez do sistema, não há possibilidade de lançamentos a descoberto, isso é, não se
admite saldo negativo nas Contas PI.

Participação no SPI (Fonte:Bacen)

40
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Formas de acesso ao SPI

Fonte: Bacen

Conta PI

Definição

Conta de titularidade de um participante direto do SPI, mantida no Banco Central para fins de transferências
de fundos no âmbito do SPI.

Movimentação

As movimentações na Conta PI promovem a alteração nos saldos das contas envolvidas, para todos os fins,
exclusivamente quando a liquidação é realizada. São características da conta PI:

• Deve sempre apresentar saldo maior ou igual a 0 (zero);

41
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

• A movimentação a débito da Conta PI é comandada exclusivamente pelo titular da conta.

Remuneração

A parcela do saldo diário da Conta PI sujeita a remuneração está limitada até ao maior valor entre
R$250.000.000,00 (duzentos e cinquenta milhões de reais) e:

• o valor equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) dos recursos líquidos correspondentes aos saldos de
moedas eletrônicas mantidas em contas de pagamento alocados no Banco Central do Brasil para
cumprimento da exigência de aplicação de que trata o art. 22 da Resolução BCB nº 80, de 25 de março de
2021; ou
• o valor aferido nos termos do inciso I somado a 10% (dez por cento) da média aritmética diária do Valor
Sujeito a Recolhimento (VSR), apurada no período de cálculo relativo ao período de movimentação que
contém a data do saldo, no caso de participante sujeito ao recolhimento, conforme regulamentação vigente
sobre as regras do recolhimento compulsório sobre recursos à vista.

O valor do saldo diário da Conta PI registrado no fechamento da grade regular de operações dos participantes
no Sistema de Transferência de Reservas (STR), antes do início da janela adicional para aportes em Conta PI,
receberá remuneração calculada com base na Taxa Selic, mediante utilização da seguinte fórmula:

R = S x [(1 + Selic) ^ (1/252) – 1], em que:

R = remuneração a ser creditada, expressa com 2 (duas) casas decimais, com arredondamento matemático;
(Incluído, a partir de 15/8/2022, pela Resolução BCB nº 235, de 27/7/2022.)

S = saldo sujeito à remuneração; e (Incluído, a partir de 15/8/2022, pela Resolução BCB nº 235, de 27/7/2022.)

Selic = Taxa Selic anual, no formato unitário, expressa com 4 (quatro) casas decimais, referente à data do saldo
a ser remunerado. (Incluído, a partir de 15/8/2022, pela Resolução BCB nº 235, de 27/7/2022.)

A remuneração é creditada na Conta PI no dia útil seguinte até as 16h30 (dezesseis horas e trinta minutos).

Gestão da conta PI

A REBAN é responsável por prover a liquidez da conta, por meio de manutenção de saldos mínimos de acordo
com a criticidade dos horários, de forma a mitigar o risco de devoluções por falta de recursos.

Atualmente a conta PI é monitorada pelas equipes de abertura e fechamento que atuam das 06h30 às 18h30
em dias úteis, e cumprem a estratégia definida, de acordo com um modelo preditivo de saldo da conta PI,
desenvolvido em machine learning pela TESOU em parceria com a DIFIN e a UAN.

42
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

2.5. Projeção e Liquidez

Conceito

A gestão de liquidez é feita diariamente por meio de projeções, acompanhamentos de entradas e saídas da
reserva bancária, acompanhamento de captações e aplicações, entre outros.

Uma informação relevante para a gestão da liquidez é saber qual é a origem dos recursos. Tais recursos virão
de fora do BB? Já se encontram aplicados no BB em Fundos da BB Asset ou em CDB? Dependendo da origem dos
recursos, o impacto na liquidez será diferente. Em determinadas transações, tais informações se tornam mais
sensíveis ainda.

Por exemplo, ao analisarmos uma transação isoladamente, se um cliente com um grande volume aplicado em
CDB resgata tal valor, para transferir para outro banco, a consequência dessa transação é a queda na liquidez por
conta da redução da captação.

IMPORTANTE!

Transferências entre contas dentro do próprio BB não impactam a conta Reserva Bancária. Se tais entradas e
saídas tiverem como contraparte outras instituições financeiras, entes públicos e demais clientes, produzirão
impactos na conta de Reserva do BB.

Projeção

Para obter a projeção da Reserva Bancária BB nos relacionamos com grandes clientes, principalmente, com as
Large Corporates e Tesourarias de outros Bancos, bem como, utilizamos modelos estatísticos.

Obter informações relevantes sobre movimentações financeiras com antecedência é primordial para projetar
adequadamente as entradas e saídas no caixa do BB. Nesse sentido, algumas INs fazem referências às informações
que são relevantes para a projeção da Reserva Bancária. Veja quais são as principais:

IN 147-1 - Descrevem a forma como informações sobre Depósitos Judiciais podem ser comunicadas às áreas
de projeção e monitoramento da reserva.

43
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

IN 164-1 - Descreve a forma como informações sobre Transferências de valores podem ser comunicadas às
áreas de projeção e monitoramento da reserva (se a agência tiver a informação sobre a saída ou entrada de
recursos volumosos, é importante comunicar às áreas de projeção, caso a informação seja obtida com antecedência
de até D-1, ou às áreas de monitoramento, quando a informação for referente ao D+0.).

IN 968-2 – Descreve as diretrizes que constituem a Gestão de Liquidez em Moeda Nacional (as unidades que
detiverem informações sobre movimentações volumosas com outras instituições financeiras, sejam entradas ou
saídas, devem comunicar imediatamente, com antecedência mínima de até D-1, à DIFIN – Equipe de Liquidez.

Adicionalmente, a área de projeção mantém estreito relacionamento com os principais emissores de ordens
bancárias para se antecipar a grandes movimentações. De toda a forma, qualquer movimentação de valores irá
impactar a Reserva Bancária quando entrar ou sair do BB.

O desdobramento dessas e de outras movimentações chegará ao monitoramento da Reserva Bancária e à Mesa


de Operações de Mercado Interbancário.

A área de monitoramento realiza a gestão da conta Reserva Bancária, e suas atribuições estão descritas na IN
483-1 Reserva Bancária.

A Mesa de Operações, por sua vez, atua em função do volume que transita nessa conta e tem o objetivo de
rentabilizar os recursos disponíveis.

Liquidez

A liquidez em moeda nacional do Banco do Brasil é composta pelo somatório do saldo da Reserva Bancária livre
com a carteira de títulos públicos federais livres. O saldo da Reserva Bancária livre corresponde aos recursos na
conta de Reserva Bancária, após o cumprimento do recolhimento compulsório sobre recursos à vista. Os títulos
públicos federais livres são aqueles disponíveis para negociação a qualquer tempo e sem vínculo de garantia a
qualquer tipo de operação, ou seja, ativos monetizáveis no curto prazo. Essa lógica da composição da liquidez é
expressa pela seguinte fórmula:

Liquidez = Saldo livre da Reserva Bancária + Carteira de TPF livres.

Os produtos geradores de liquides são: depósitos à vista; depósitos a prazo; depósitos de poupança; depósitos
judiciais; compromissadas com títulos privados; Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs); letras financeiras; e
depósitos interfinanceiros. Sendo assim, a captação de novos recursos que sejam aplicados nesses produtos gera
liquidez.

Os recursos financeiros que já estão no Banco, ao migrarem entre os produtos citados na questão acima, podem
impactar positivamente ou negativamente a liquidez, tendo em vista as alíquotas de exigibilidade e os compulsórios
vigentes.

Tendo em vista essa atuação de diminuição dos riscos de liquidez, temos neste modelo três linhas de defesa:

• Primeira LD - Gestores e demais áreas da cadeia produtiva: unidades estratégicas, operacionais e táticas
(aqueles que regulamentam e orientam o processo às demais áreas).

44
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

• Segunda LD - A Diretoria de Risco (Diris) que, entre outras atuações, é a responsável pela regulação e
supervisão corporativa de riscos para assegurar a exatidão dos instrumentos na gestão de riscos. A Diretoria
de Controles Internos (Dicoi), sendo responsável por regular e supervisionar o sistema de controles
internos, também apresenta diversas atribuições nessa linha.
• Terceira LD - Sob responsabilidade da Audit, nesta linha avalia-se a efetividade de todo o ciclo de
gerenciamento de riscos, controles e governança.

Essas linhas de defesa têm a finalidade de proteger o Banco do risco de liquidez, que são determinados por
alguns limites.

A Primeira Linha de Defesa de Risco de Liquidez compreende os gestores das áreas domésticas e das
dependências externas, proprietários dos riscos inerentes às suas atividades. Desta forma, trabalham alinhados
com as estratégias e modelos de negócios do banco, sendo responsáveis por identificar e administrar possíveis
vulnerabilidades.

Se o risco é a possibilidade de algo não dar certo, todos, de uma maneira ou de outra, podem ser agentes para
mitigar tais situações que impactam os resultados do Banco.

45
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

 Cecon
2. Cecon

A Cecon é a área da Tesou responsável pela gestão das contas do BB no exterior e pela gestão do fluxo de caixa
das subsidiárias integrais do BB. A equipe realiza diversas rotinas com as finalidades principais de honrar todas as
obrigações, não deixando faltar dinheiro (saldos devedores) e rentabilizar as sobras de caixa (saldos credores) nos
diversos banqueiros ao redor do mundo e nas contas correntes das subsidiárias. Para a confecção dessas rotinas a
Cecon se subdivide em 2 equipes: Contas Externas, também conhecido como CIME (Caixa Interno em Moeda
Estrangeira) e Subsidiárias ou Controladas.

2.1. Contas Externas

Diariamente o Banco faz milhares de operações de câmbio com seus clientes e compete a equipe de Contas
Externas prover os recursos em moeda estrangeira para a liquidação dessas operações. Toda operação de câmbio
tem o Real em uma ponta, com impacto da reserva bancária do BB no Bacen, e uma moeda estrangeira na outra
ponta, que tem impacto na conta corrente do banqueiro externo do BB. É importante frisar que a indicação do
banqueiro para a liquidação da operação é feita pelas Gecex cabendo a Cecon a tarefa de garantir o funding.

Atualmente o BB detêm no exterior um total de 40 contas correntes em 15 diferentes países. No total são 10
moedas, com 21 banqueiros externos e 8 internos. Para além da complexidade de manter todas essas contas com
saldo positivo durante todo o expediente e no final do dia, existe mais um fator de criticidade que são os vários
fusos horários. Para operações com banqueiros europeus o horário de fechamento é as 11:30, já para os asiáticos
é as 16:00 e para os americanos as 19:00 horas (horários de Brasília), com a observação em relação aos asiáticos
que o cumprimento das ordens é na abertura de D+1 do mercado oriental.

Moedas

As contas correntes são divididas em 2 grupos:

• Banqueiros-caixa: 10 contas correntes onde são centralizados os recursos disponíveis em cada moeda,
necessários para o gerenciamento da liquidez externa do BB. Nessas contas transitam tanto operações de
clientes quanto da Tesouraria (aplicações, pré-export, interbancário, arbitragens, etc);

46
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

• Banqueiros não-caixa: 30 contas correntes onde transitam principalmente operações de clientes e cujo
saldo é gerido pela equipe no “intraday”. Ao final do dia são mantidas apenas margens mínimas e o saldo
remanescente é transferido para o banqueiro caixa da respectiva moeda.

É importante notar que apesar do banqueiro estar localizado fisicamente na Europa, e cumprir seu horário
europeu, não necessariamente a moeda transacionada é o Euro podendo ser em qualquer moeda do mundo, desde
que seja classificada mundialmente como moeda conversível. O mesmo ocorre com americanos e asiáticos.

A gestão do fluxo de caixa das contas do CIME é feita através da Plataforma BB (ANV), que captura as operações
de clientes e das mesas de operações da Gerof, além de uma variada gama de outros aplicativos tais como o APE,
TME, ARB, ITB, OTE, BEC. Outra fonte de informação muito importante são as mensagens enviadas e recebidas no
Swift, plataforma de negócios internacionais com ampla utilização e aceitação no mundo sendo responsável por
boa parte da movimentação de transferências mundial entre contas. O código do BB no SWIFT é BRASUSBRRJ3.

O dia começa na Cecon com o levantamento da posição de abertura do câmbio do BB através de ajustes
efetuados nas operações que fiquem pendentes na “vala”. A posição de câmbio oficial do BB é repassado a Gerof
(mesa de Câmbio) que abre o sistema para começar as operações cambiais do dia. A partir daí inicia-se a fase de
acompanhamento das contas, apurando de forma on-line os saldos e fazendo TIF (transferências entre instituições
financeiras) para manter sempre recursos suficientes (saldo credor) nas diversas contas. Vale destacar que para
fins de cumprimento de ordens, principalmente oriundas da rede, o BB por meio da Tesou tem contratos de
abertura de crédito com diversos banqueiros, mitigando o risco de uma ordem não ser cumprida e dando
celeridade ao processo.

Conforme se aproxima os horários críticos de fechamento, é iniciado o processo de apuração do caixa de final
do dia (considerando os fusos horários). As operações que ainda estão pendentes junto às Gecexs, mas que já
tenham a confirmação da contratação e liquidação do câmbio são comunicadas a equipe de Contas Externas por
meio do aplicativo Sacamos, desenvolvido pela Gecin/Gaost/Infor e está disponível na Intranet da Tesou. Maiores
informações na IN 481.

Próximo ao término dos horários de fechamento, a equipe do CIME envia para a Mesa da Gerof a posição da
pedra que pode ser aplicada no over. De posse dessa informação, a Gerof contata o nosso banqueiro caixa (agências
BB Nova York para dólares e BB Frankfurt para euros) e realiza uma aplicação over com retorno no dia seguinte.
Assim, todo o recurso que sobra no caixa é rentabilizado, agregando resultado financeiro para o BB.

47
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Para além da operação das rotinas de manutenção de saldos nas contas externas, a equipe também atua como
gestor dos sistemas TME (Tomadas no Exterior) e APE (Aplicações no Exterior), subsídios e informações a auditorias
interna e externa, assessoria na criação e manutenção de contas no exterior, conciliações contábeis nos sistemas
GCO e REB, informações gerenciais para tomada de decisão de captações (visão BB), etc.

2.2. Subsidiárias

O BB atua em diversos nichos de mercado através de empresas subsidiárias integrais que utilizam a estrutura
operacional do Banco para tocar o seu dia-a-dia. Neste contexto, a Equipe das Subsidiárias presta serviço de gestão
de fluxo de caixa para 7 subsidiárias integrais do BB: BB Asset, BB BI, BB Leasing, BB Cartões, BB Consórcios, BB ELO
e BB Tur. Assim, os caixas dessas companhias são tratados de forma centralizada e uniforme, proporcionando a
otimização dos recursos e maximizando a rentabilidade.

A gestão do caixa dessas subsidiárias segue premissas definidas por cada empresa e tem características
individuais considerando as suas políticas e os seus mercados de atuação. Vale destacar que a gestão se limita aos
recursos próprios da companhia não havendo nenhuma correlação com os recursos administrados, geridos ou
operacionais das empresas, como por exemplo os recursos de fundos administrados pela BB Asset, que tem seu
quadro próprio de gestores.

No total são 17 contas correntes geridas e que, conforme já comentado, não podem ter saldo devedor. É muito
comum a necessidade de dinheiro durante o dia e a Subsi provém esses recursos por via de avisos de créditos
baseados nas projeções de entradas e saídas que serão processados durante o dia ou até mesmo na rodada noturna
dos sistemas. Caso a empresa necessite de recursos para fechar seu caixa no final do dia, são feitas operações de
captação (visão empresa) via mesas de operações da Gerof.

Dentre as variáveis de impacto no fluxo de caixa destacam-se as entradas e saídas operacionais, por exemplo,
pagamentos e recebimentos de operações de leasing e de cartões, garantias para a participação do BI em operações
de mercado de capitais, crédito da taxa de administração de fundos da Asset, recebimento de dividendos da
Cartões e ELO, pagamento de dividendos ao controlador (nesses casos o BB), débito de folha de pagamentos, débito
de despesas administrativas, pagamento de impostos diversos, etc.

Para além da dotação de recursos, a Subsi também se preocupa em rentabilizar os recursos que eventualmente
sobram nos caixas dessas empresas. Assim como são feitos avisos de crédito baseados nas entradas e saídas
previstas, também é feita a conta de quanto irá sobrar no final do dia. A partir dessa projeção são feitas aplicações
financeiras nas mesas da Gerof que podem ser de 1 dia (over) ou longas, mais uma vez dependendo da
característica de cada companhia.

Nas aplicações são utilizados instrumentos financeiros, tais como compromissadas com títulos públicos federais
(over e longas) em mercado, compromissadas via sistema Aplic (clientes), CDI, compras e vendas definitivas de
títulos e operações de box com opções.

Os parâmetros de taxas das operações são definidos e aprovados pelo comitê da Tesouraria, sendo as
captações (visão empresa) realizadas a taxa de 101% da Selic e as aplicações (visão empresa) a 99% da Selic.

Destaca-se que a escolha de determinado produto de aplicação ou tomada de recursos segue as limitações da
natureza jurídica de cada empresa. Assim, aquelas que são instituições financeiras ou assemelhados (BB Asset, BB

48
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

BI e BB Leasing) utilizam produtos específicos de mercado financeiro (CDI, compromissadas em mercado, opções)
enquanto as consideradas empresas comerciais (BB Cartões, BB Consórcios, BB ELO e BB Tur) operam produtos
disponíveis para os clientes em geral (BB Aplic).

Complementando a atuação da Subsi, mensalmente são formulados e enviados relatórios individuais para cada
empresa e periodicamente a equipe é instada a prestar informações para auditorias externas e órgãos deliberativos
das companhias tais como os conselhos de administração e fiscal.

Com uma atuação totalmente voltada para a gestão dos fluxos de caixa, a Subsi agrega valor às empresas,
otimizando e rentabilizando o caixa diário, e consequentemente ao BB como acionista único.

49
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

 Gaost
2. Gaost

A atuação diária da Gaost está voltada para o compliance e ganho de eficiência dos processos da Tesou, tendo
as suas funções subdividas em 3 equipes distintas, cada uma com um foco de atuação específico. A equipe de
Análise de Operações atua como uma camada adicional de controle das operações contratadas pelas mesas de
operações; a equipe de Risco de Mercado tem o mandato de gestor específico de risco de mercado de todo o
conglomerado BB; a equipe de Gestão e Tratamento de Dados é a responsável por desenvolvimento de soluções
automatizadas locais.

2.1. Análise de Operações

A Equipe de Análise de Operações, mais conhecida pelo apelido de Controle, é uma área de compliance dentro
da Tesouraria e atua como uma camada adicional de controle para as operações realizadas nas mesas de operações
da Gerof.

O modelo de gerenciamento de riscos do BB está organizado em três linhas de defesa (LD) e, em geral, constam
na primeira linha de defesa os gestores específicos de risco e os tomadores de risco.

Fonte: Programa de Compliance do Banco do Brasil

No entanto, na mesa de operações ocorre a negociação de valores expressivos e observa-se intensa volatilidade
do mercado, o que aumenta a complexidade e criticidade das atividades. Por isso entendeu-se ser necessário haver
um complemento à primeira linha de defesa, de forma a atuar como uma proteção para operadores e gerentes,
auxiliando na identificação de falhas e na implementação de melhorias no processo para mitigação dos riscos.

Atualmente o principal foco de atuação está na avaliação do cumprimento das alçadas. A mesa de operações
possui um ato de delegação, no qual o comitê da Tesouraria estabelece limites de preço e de volume para realização
de operações para cada cargo e no Controle tem-se diversos processos para avaliar o cumprimento dessas alçadas
que foram delegadas. Nesse sentido, a atuação se dá com monitoramento automático, semiautomático e manual.

Começando pelo monitoramento automático, foi criado o sistema MFT Conformidade, que verifica a
conformidade de preço para os produtos de Câmbio com clientes e para o Termo de Moedas, dois dos produtos
mais negociados em nossas mesas. Esse sistema refaz o Preço Referência, qual seja, a curva de mercado no
momento da negociação e compara com o preço negociado com o cliente. Depois é avaliada em que alçada/cargo
aquele preço se encaixa com o sistema fazendo uma crítica se a operação está “Em Conformidade” ou em

50
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

“Atipicidade Pendente de Justificativa”. Caso o sistema classifique como Atipicidade Pendente de Justificativa, é
necessário que funcionário do cargo detentor da alçada competente avalie se está de acordo com aquela operação.
Essa avaliação permite o controle do nível de spread utilizado nas operações.

Em paralelo foram criados acompanhamentos semiautomáticos em SAS para outros produtos, tais como
Compromissada de Títulos Públicos, CDB, CDI, entre outros.

Outros produtos são acompanhados por amostragem, tais como Swap, Ouro, Opções, Repo e Time Deposit.
Nesses casos, a análise é através do método de pinçamento manual das operações. Nesse método realiza-se a
verificação de cerca de 20% das operações fechadas no mês na mesa de negociação.

Todas essas avaliações vêm em complemento a atuação do sistema CPV, que fica em ambiente SISBB, o qual
faz a avaliação das alçadas de volume de grande número de produtos negociados na Gerof.

Todo esse trabalho é feito para que se tenha o maior nível de excelência no compliance das operações
celebradas na Gerof, dando um maior conforto ao Comitê da Unidade, permitindo o alinhamento da Unidade
dentro da política de melhores práticas do Conglomerado.

Outra função da área é de abrir, acompanhar e apurar as circunstâncias das operações que porventura caiam
em “Não Conformidade”. Essas operações são aquelas em que haja falha operacional. Um exemplo, são as
operações negociadas fora da alçada dada para o referido nível hierárquico do negociador e que, após avaliação,
não encontram amparo no detentor da alçada competente. Exemplo: Um operador II fechou operação utilizando
a alçada de Gerente de Soluções, mas o Gerente não havia sido consultado para fechamento no nível de spread de
sua alçada. Então a operação é colocada em “Não Conformidade” para que haja a apuração dos motivos que
levaram ao fechamento do negócio nesse nível de preço.

Há também outros motivos para a “Não Conformidade” como, por exemplo, quando há a identificação de erros
operacionais, onde é realizada uma análise esmiuçada para o entendimento do ocorrido, momento em que o
Controle sugestiona proposição de melhorias para o processo, visando a redução e/ou inexistência de novos
eventos de risco operacional.

Após os processos de verificação de conformidade, os dados coletados são transformados em informações por
meio de programas de Analitycs, no nosso caso específico, o Power BI, e disponibilizados em painéis para a Gerof
e o Comitê da Tesouraria.

2.2. Risco de Mercado

O time de Risco de Mercado (RM) foi criado em fevereiro de 2022, com o objetivo de, inicialmente, estruturar
quais as atividades, a Tesou deveria efetuar na figura de Gestor Específico do Risco de Mercado, para o qual havia
sido recém designada. Conforme explicitado na imagem acima, a figura do gestor específico é integrante no modelo
referencial de linhas de defesa (MRLD), atuando na primeira camada de forma a assessorar os tomadores de riscos.

O ano de 2022 foi dedicado a construção do framework de atuação, onde temos cada atividade a ser exercida,
por verbo definido no modelo de governança do BB, destacados abaixo.

51
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

No segundo semestre de 2022, nosso desafio foi descrever como realizar cada uma dessas atividades, além da
criação do normativo (IN) referente a elas.

A partir de janeiro de 2023 a atuação da equipe será realizar mais de 45 atividades mapeadas, destacando-se:

Mas o que é Risco de Mercado, de acordo com o regulador?

“A gestão dos riscos financeiros foca nos ativos e nos passivos que compõem o Balanço da Instituição,
considerando as dimensões de risco de mercado, de crédito e de liquidez. O risco de mercado de uma carteira de
ativos é o risco de ocorrerem perdas financeiras em função da variação dos preços de mercado dos ativos que
compõem essa carteira”.*

Para mitigar os impactos desse risco na saúde financeira das instituições, o Bacen exige a manutenção de um
valor de capital, calculado sobre o montante de determinadas operações mantidas pela empresa. Esse capital é
apartado, por exigência regulatória, para suportar possíveis perdas com ativos no caso de variações muito
desfavoráveis do mercado.

52
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

O objeto de acompanhamento do time RM do BB é esse cálculo da exigência de capital, que é realizado a partir
das parcelas, estipuladas pelo Bacen, cada uma reunindo ativos com diferentes características.

As primeiras quatro parcelas são conhecidas como Pjur1 (juros pré-fixados), Pjur2 (cupons de moeda), Pjur3 e
Pjur4 (cupons de taxa de juros). Elas observam a variação das taxas de juros, cada uma no seu universo. Por
exemplo: a Pjur3 é apurada considerando a variação da taxa de juros dos cupons de índices de preço, ou seja,
algumas operações realizadas com Debêntures, DAP Futuro, NTN-B, etc., serão consideradas para o cálculo.

Temos ainda as parcelas Pacs (variação do preço de ações), Pcam (variação cambial) e, finalmente, Pcom
(variação dos preços de mercadorias).

O BB define pela RAS**, anualmente, o seu apetite a risco de mercado, estipulando o chamado limite de
tolerância que é, em linhas gerais, um percentual sobre o Capital Principal do BB que a empresa está disposta a
alocar para negócios com esse risco.

Se você quer conhecer mais sobre gestão de riscos e sua governança dentro do BB, busque a IN 410 –
Gerenciamento de Riscos.
*Gestão Integrada de Riscos no Banco Central do Brasil, Versão 1.0, de 13 de setembro de 2017, pg. 15. Disponível em:
https://www.bcb.gov.br/htms/getriscos/Gestao-Integrada-de-Riscos.pdf

**De acordo com a IN 410: RAS é a sigla em inglês para “Risk Appetite Statement”. Por questões de padronização aos normativos dos reguladores no Brasil e
no exterior, bem como ao termo usualmente aplicado no mercado, a sigla RAS será empregada para referência à Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos
do Banco do Brasil.

2.3. Gestão e Tratamento de Dados

A Equipe de Gestão e Tratamento de Dados, conhecida como Infor, foi criada em 1999, na antiga Unidade de
Finanças. Sua principal atribuição é desenvolver soluções de software para facilitar e viabilizar a Gestão e a
Execução de vários processos na Unidade de Tesouraria Global. Isto se dá através do projeto e do desenvolvimento
de softwares em ambientes desktop e web, incluindo modelagem das bases de dados e a implantação da
infraestrutura necessária para suportar as soluções.

Para lidar com a complexidade e a criticidade do desenvolvimento de tais softwares, a Infor tem uma
governança que inclui:

• Análise das necessidades das áreas de negócio;


• Desenvolvimento interativo com os demandantes;
• Testes;
• Homologação;
• Entrada em produção assistida;
• Suporte permanente aos usuários.

Como exemplos de aplicações desenvolvidas e mantidas pela Infor, destacam-se:

• Gestão da efetividade de operações de câmbio e de derivativos;


• Conciliação e monitoramento das liquidações de operações realizadas no mercado; para administrar a
reserva bancária em moeda nacional;

53
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

• Precificador de Operações de Termo de Mercadorias;


• Plataforma de Ordens de Termo de Mercadorias;
• Captura e acompanhamento de Contexto de Negociações de operações da Gerof;
• Aplicações em ambiente de Intranet que suportam vários processos das mesas de operações:
o Limites de Derivativos;
o Estudos de Liquidez;
o Boletins;
o Análises Financeiras;
o Compliance de Operações com Derivativos;
o Portal Economia em Foco.

54
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

Gease (Gerência Assessoramento Econômico)

 Gerência de Pesquisas Econômicas Regionais


3.1. Cenário Regional
3.1.1. Conceito

O Cenário Regional apresenta nossas projeções para o crescimento do PIB dos estados e regiões do Brasil, com
abertura para os grandes setores econômicos: Agropecuária, Industria e Serviços. Para as projeções, utiliza-se
um conjunto de variáveis que refletem como a economia real de cada UF reage a alterações na política
monetária, câmbio, preços das commodities, crescimento populacional e dinâmica nas principais economias do
mundo, como Estados Unidos e China. Uma vez realizadas as projeções dos estados, os números são agregados
para as grandes regiões.

3.1.2. Variáveis

O PIB Total é calculado a partir da soma dos PIB Agropecuário, PIB Industrial e PIB Serviços. Abaixo, segue a
descrição das variáveis de cada componente:

a) PIB Agropecuário: é estimado a partir das projeções para Produção Agrícola Municipal (PAM) agregada
por UF, produção animal (couro, cera, leite e ovos), de suínos, bovinos e galináceos.
b) PIB Industrial: é estimado a partir das variáveis: consumo de cimento (proxy para construção civil),
consumo de energia elétrica na indústria (proxy para a indústria da transformação) e preços das
commodities minerais (proxy para a indústria extrativa).
c) PIB Serviços: é projetado a partir das variáveis: consumo de energia elétrica nos estabelecimentos
comerciais, massa salarial e câmbio.

As projeções geradas pelos modelos econométricos são recalibradas mensalmente a partir do carry over anual
relativos à PMC, PMS e PIM. Também são feitas conciliações para que a soma dos valores projetados para os
estados se iguale ao total projetado para o Brasil.

3.1.3. Manutenção e atualização

A atualização é mensal e incorpora os dados de atividade divulgados ao longo do mês para todas as unidades da
federação.

3.1.4 Detalhamento projeção PIB Agro

O PIB Agropecuário guarda algumas particularidades em relação aos demais componentes porque conta com as
projeções para a safra do ano corrente, por meio da LSPA, para o Brasil, estados e regiões. Para incorporar essa
informação, fazemos uma compatibilização entre a LSPA e a PAM do ano anterior e estimamos a PAM para o ano
corrente, que é imputada ao modelo como variável observada. Portanto, no modelo do PIB Agropecuário para o
ano corrente, o componente da Agricultura é revisto mensalmente à medida que a LSPA é divulgada e os resultados
de saída do modelo são os balizadores para alterações do Cenário do PIB Agropecuário do Brasil, estados e regiões.

55
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.2. Projeção PMC e PMS


3.2.1 Conceito

Segundo o IBGE, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) produz indicadores que permitem acompanhar o
comportamento conjuntural do setor de serviços no País e estados, investigando a receita bruta de
serviços nas empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade
um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação. A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC)
produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no
País e estados, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20
ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. O indicador ainda possui a
variação ampliada que contempla as atividades de "veículos, motocicletas, partes e peças" e "material de
construção".

3.2.1.1. Método de confecção e variáveis

A projeção da PMS e PMC (ampliada e restrita) envolve o uso de linguagem R e emprega um conjunto de
modelos econométricos de regressão linear (ordinary least squares – OLS), Modelos de penalização Lasso,
Ridge e ElasticNet (shrinkage models) e algoritmo de aprendizado de máquina Random Forest. As variáveis
dos modelos contemplam indicadores proprietários (dados de cartão de débito e crédito), fluxo de
pedágio de veículos leves e pesados, consultas ao SPC e Serasa, Volume de importações, consumo de
energia elétrica, recolhimento de IOF e IRPF, volume dos meios de pagamento, indicadores de vendas
reais de supermercados, volume de venda de medicamentos, consumo de cimento, indicadores da FGV,
taxa de ocupação e desocupação da PNAD, quantidade de passageiros de voos domésticos.

3.2.1.2. Manutenção e atualização

Os dados referentes aos subindicadores são atualizados entre a quarta e a primeira semana do mês
subsequente, com periodicidade mensal. O processo envolve o consumo dos dados via API ou download
e tratamento das variáveis. Os cálculos são feitos por meio da linguagem R e respectivos pacotes e o
consumo dos dados via apresentações em Power Point e dashboards em Power BI.

3.3. Indicador de Dinamismo Econômico (IDE) e Indicador de Potencial Econômico


(IPE)
3.3.1. Conceito

A incipiência de indicadores contemporâneos que acompanhem a atividade e estrutura socioeconômica dos


estados e municípios produz uma lacuna no monitoramento da atividade econômica das respectivas localidades.
Neste sentido, o Indicador de Dinamismo Econômico (IDE) busca analisar dados conjunturais, mais cíclicos e

56
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

contemporâneos. Na outra direção, o Indicador de Potencial Econômico (IPE) objetiva analisar dados estruturais,
com menor variabilidade no tempo.

3.3.2. Método de confecção e variáveis

A confecção dos indicadores de potencial econômico de estados e municípios envolve a utilização da linguagem R.
Os subindicadores contemplam dados mensais e trimestrais do IBGE (PIB per capita e População), Ministério do
Trabalho e Previdência (Diversidade econômica e quantidade de empresas da Rais), DataSUS (Quantidade de leitos
hospitalares), Anatel (Cobertura da banda larga), Denatran (Frota de veículos leves e pesados) e Ministério da
Educação (Matrículas no ensino médio per capita). São retirados os dados das séries que apresentem características
de outliers e em seguida os dados são dessazonalizados. Os pesos dos componentes são calculados com base na
Análise de Componentes Principais (ACP), estes pesos multiplicam o valor de cada subindicadores produzindo uma
série de dados mensal cujo índice possui a base 100 iniciando em janeiro de 2017. Ao final a série é normalizada
pelo procedimento Min-Máx. Para o indicador de potencial econômico dos municípios é empregado um método
de ponderação que multiplica o valor final do índice pela distância geográfica das cidades próximas mais relevantes.

O indicador de desenvolvimento econômico envolve a utilização da linguagem R. Os subindicadores contemplam


dados mensais e trimestrais da ANS (Planos de saúde), dados proprietários (Faturamento dos cartões de crédito e
débito), Ministério do Trabalho/Rais (Quantidade de trabalhadores da indústria, comércio, construção civil,
agropecuária e serviços) e Banco Central (Saldo de crédito livre e poupança a prazo). São retirados os dados das
séries que apresentem características de outliers e em seguida os dados são dessazonalizados. Os pesos dos
componentes são calculados com base na Análise de Componentes Principais (ACP), estes pesos multiplicam o valor
de cada subindicadores produzindo ao final uma série de dados mensal cujo índice possui a base 100 iniciando em
janeiro de 2017.

3.3.3. Manutenção e atualização

Os dados referentes aos subindicadores são atualizados entre a segunda e terceira semana do mês, com
periodicidade mensal. O processo envolve o consumo dos dados via API ou download e tratamento das variáveis.
Os cálculos são feitos por meio da linguagem R e o consumo dos dados via apresentações em Power Point e
dashboards em Power BI e Spotfire.

57
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.4. Resenha Regional


3.4.1. Conceito

Relatório mensal com a análise conjuntural dos principais indicadores regionais publicados no mês, apresentados
por região. No documento também são apresentadas as projeções de crescimento do PIB para os estados e regiões.

3.4.2. Indicadores analisados na Resenha Regional


Com exceção das projeções, que são elaboradas pela Gease, os demais indicadores são públicos. Utiliza-se o
software R para acessar as APIs públicas e elaborar os gráficos.

3.4.3. Principais indicadores analisados e respectivas fontes:


3.4.3.1. Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), IBGE;
3.4.3.2. Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), IBGE;
3.4.3.3. Pesquisa Mensal da Indústria (PIM), IBGE;
3.4.3.4. Caged, Ministério do Trabalho e Previdência;
3.4.3.5. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), IBGE;
3.4.3.6. Pnad Contínua Trimestral, IBGE.

3.4.4. Disponibilização
A Resenha é disponibilizada no site Economia em Foco e para o público externo, em www.bb.com.br/analises.

58
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.5. Raio-X dos estados


3.5.1. Conceito

Dashboard que traz o conjunto de dados relativos à estrutura socioeconômica dos estados, assim como
indicadores de atividade econômica e nossas projeções para o crescimento do PIB, com abertura por grandes
setores econômicos.

3.5.2. Variáveis

3.5.2.1. População – Dados da idade média, Projeção da população, expectativa de vida e


distribuição da população por idade/Fonte: IBGE/ Atualização anual;
3.5.2.2. Dados sociais – Índice de Desenvolvimento Humano – IDH / Taxa de Pobreza/ Taxa de
analfabetismo/ Índice de Gini/ Fonte: Pnad; IBGE/ atualização anual;
3.5.2.3. Projeções - Cenário Regional elaborado a partir das projeções de crescimento do PIB
Agropecuário;
3.5.2.4. PIB Industrial e PIB Serviços, que, juntos geram o PIB Total/ Fonte: Gease/ Atualização
mensal;
3.5.2.5. Empresas – Dados que mostram a quantidade e detalhamento por porte e natureza das
empresas importadoras e exportadoras por estado/Fonte: Ministério da Economia;
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ)/ Atualização anual/ trimestral;
3.5.2.6. Fiscal - Dados Fiscais (Capag, Dívida Consolidada Líquida e Despesa Total com Pessoal /
Fonte: IBGE e Tesouro Nacional/ Atualização: Quadrimestral;
3.5.2.7. Mercado de trabalho - Mercado de trabalho Formal e informal / Fonte: Novo Caged,
Pnad/ trimestral/ mensal

59
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.5.2.8. Agropecuária - Dados da Pesquisa trimestral da Pecuária e Produção Agrícola Municipal


(PAm)/ Fonte: IBGE/ Atualização: Trimestral, anual;
3.5.2.9. Levantamento sistemático da produção agrícola - Fornece estimativas de área plantada,
área colhida, quantidade produzida e rendimento médio de produtos selecionados com
base em critérios de importância econômica e social para o País.
3.5.2.10. Pesquisa Mensal de Comércio – PMC: tem como objetivo produzir indicadores que
permitam acompanhar o comportamento conjuntural dos principais segmentos do
comércio varejista/Fonte: IBGE/Atualização mensal
3.5.2.11. Pesquisa Mensal de Serviços – PMS: tem como objetivo produzir indicadores que
permitam acompanhar o comportamento conjuntural dos principais segmentos
empresariais não-financeiros do setor de serviços/Fonte: IBGE/Atualização mensal
3.5.2.12. Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – PIM produz indicadores de curto prazo
relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação
de 14 estados brasileiros/Fonte: IBGE/Atualização mensal
3.5.2.13. Pesquisa Mensal de Serviços - PMS tem como objetivo produzir indicadores que permitam
acompanhar o comportamento conjuntural dos principais segmentos empresariais não-
financeiros do setor de serviços/Fonte: IBGE/Atualização mensal
3.5.2.14. Sistema de Informações de Créditos (SCR) - é um banco de dados que mostra quais
empréstimos, financiamentos e garantias você possui com instituições autorizadas a
funcionar pelo BC. /Fonte: IBGE/Atualização trimestral
3.5.2.15. Crédito SCR - Saldo da carteira de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) é o saldo
final de período das operações de crédito contratadas no segmento de crédito livre e no
segmento de crédito direcionado. O saldo é dividido em Pessoa Física, Pessoa Jurídica e
Total. O painel mostra a taxa de inadimplência por estado (por seguimento de mercado),
saldo das operações de crédito, variação mensal e variação anual.
3.5.2.16. Comércio Exterior - É a troca de produtos ou serviços entre países. A Importação é compra
de produtos e saída de divisas do país. A Exportação é a venda de mercadorias e entrada
de divisas no país. Já a Balança Comercial representa as transações comerciais com o
exterior. Ela é calculada de acordo com a diferença entre as exportações e importações/
Fonte: Comex/Atualização mensal

3.5.3. Manutenção e atualização


A atualização se dá à medida que o dado é publicado nos órgãos oficiais. Mensalmente, geralmente na primeira
semana, é disponibilizada versão impressa para o público-alvo (Unidades de Negócio)

3.5.4. Disponibilização
O Raio-X é disponibilizada no site Economia em Foco para uso interno

60
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

#inteno https://tesouraria.intranet.bb.com.br/geasePublico/siteComunicacao/exibeRaiox

3.6. Raio-X dos municípios


3.6.1. Conceito

Dashboard que traz o conjunto de dados relativos à estrutura socioeconômica dos municípios, além de informações
de atendimento bancário.

3.6.2. Variáveis

3.6.2.1. Produto Interno Bruto: principais informais do PIB municipal, disponibilizadas pelo IBGE e
atualizadas anualmente;
3.6.2.2. Agropecuária: principais produtos agrícolas e informações da pecuária, disponibilizadas
pelo IBGE anualmente;
3.6.2.3. Pesquisa Mensal de Serviços - PMS tem como objetivo produzir indicadores que permitam
acompanhar o comportamento conjuntural dos principais segmentos empresariais não-
financeiros do setor de serviços/Fonte: IBGE/Atualização mensal
3.6.2.4. Mercado de trabalho formal: dados do estoque de trabalhadores no mercado formal,
disponibilizadas pelo Ministério do Trabalho e Previdência anualmente (RAIS) e resumo do
saldo líquido (admissões – demissões) dos últimos 6 meses (Novo Caged);
3.6.2.5. Atendimento bancário: quantidade de agências e postos de atendimento, atualizado
trimestralmente, dados disponibilizados pelo Banco Central;
3.6.2.6. Educação básica: informações de matrículas na educação pública e privada,
disponibilizadas pelo INEP anualmente;

61
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.6.2.7. Frota de veículos: frota de veículos leve e pesados, disponibilizadas pelo Denatran
mensalmente;
3.6.2.8. Gestão Fiscal: índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) atualizado anualmente;
3.6.2.9. Benefícios do INSS: distribuição de benefícios pagos por categoria, disponibilizadas pelo
Ministério do Trabalho e Previdência anualmente.

3.6.3. Manutenção e atualização


A atualização se dá à medida que o dado é publicado nos órgãos oficiais.

3.6.4. Disponibilização
O Raio-X é disponibilizada no site Economia em Foco para uso interno
#inteno https://tesouraria.intranet.bb.com.br/geasePublico/siteComunicacao/exibeRaiox

3.7. Pesquisa Sentimento Econômico


3.7.1. Conceito
A pesquisa de Sentimento Econômico tem como objetivo mensurar a percepção sobre o comportamento da
atividade econômica nos estados e segmentos. Ela é direcionada às unidades de negócios.

3.7.2. Disponibilização
Os resultados da pesquisa são plotados em Dashboard, são para uso interno e podem ser acessado por meio do
link abaixo:
#interno https://tesouraria.intranet.bb.com.br/geasePublico/siteComunicacao/indexAssunto?codigoAssunto=12

62
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.8. Dashboards
3.8.1. Conceito

Os Dashboards trazem um conjunto de variáveis selecionadas que visa auxiliar nosso trabalho diário, otimizando
tempo e recursos e auxiliando nas tomadas decisão.

3.8.2. Categorias

3.8.2.1. Dashboards internos: principais indicadores mensais, trimestrais e anuais que utilizamos
na elaboração do diário econômico e estudos e projeção de cenários;
3.8.2.2. Dashboards externos: principais indicadores mensais, trimestrais e anuais que utilizamos
na elaboração do diário econômico e estudos, projeção de cenários que podem ser
consultados por todos os funcionários do BB.

3.8.3. Manutenção e atualização


A atualização se dá à medida que o dado é publicado nos órgãos oficiais.

3.8.4. Disponibilização
Dashboards internos TESOU:
G:\TESOU-GEASE\Interna\Planilha\Dados Regionais\Dashboards

Dashboards que podem ser consultados por todos os funcionários:


https://tesouraria.intranet.bb.com.br/economiaEmFoco -> painéis

3.9. Monitor Consumo


3.9.1. Conceito

Acompanha o movimento das atividades de comércio e serviços por meio de uma amostra de clientes que
efetuaram compras na função crédito. O objetivo é acompanhar e monitorar as atividades econômicas do
Brasil e unidades da federação.

3.9.2. Variáveis

Variações no consumo da amostra de clientes BB com cartão de crédito, com abertura por UFs, Brasil e setores.

3.9.3. Manutenção e atualização


A atualização é feita mensalmente.

3.9.4. Disponibilização
O monitor consumo é disponibilizada no site Economia em Foco para uso interno

63
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

https://tesouraria.intranet.bb.com.br/geasePublico/siteComunicacao/indexAssunto?codigoAss
unto=22

64
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

 Gerência Pesquisas Macroeconômicas


3.1. Cenários macroeconômicos
Para subsidiar processos corporativos do Banco como Estratégia Corporativa (ECBB), Plano de Capital,
Declaração de Apetite ao Risco (RAS), Orçamento, entre outros, são produzidos cenários econômicos com
projeções para variáveis macroeconômicas.

As projeções compreendem as principais variáveis macroeconômicas do mercado doméstico e internacional.


Para tanto, são utilizados modelos estatísticos e julgamento qualitativo das equipes da Gease. Dentre as variáveis
que contemplam os cenários pode-se destacar a projeção para indicadores domésticos como PIB, mercado de
trabalho, inflação, câmbio (US$/R$), contas fiscais, contas externas e política monetária, além de projeções para os
Estados Unidos e alguns indicadores de risco (CDS 5 anos e Embi+) e do mercado de crédito.

Para construção dos cenários, mensalmente as equipes da Gease se reúnem com o Economista Chefe para
discutir a conjuntura, revisitando as projeções para todas as variáveis. A partir de então, semanalmente, por
divulgação de algum indicador ou mudança de tendência ou de perspectiva, podem ocorrer ajustes pontuais nas
projeções de quaisquer variáveis.

Para subsidiar as discussões e decisões de cenários, o processo compreende o uso de um conjunto de modelos
econométricos existente, com destaque para os modelos abaixo relacionados, além do desenvolvimento de
modelos esporádicos e de exercícios estatísticos pontuais.

Modelo Semi Estrutural de Pequeno Porte

Modelo de Projeção de PIB por componentes da oferta e da demanda

Modelo de Mercado de trabalho para projeção da população ocupada e da renda

Modelos de câmbio de equilíbrio (BEER e FEER) e de valor justo

Modelos de inflação de curto prazo (IPCA e IGPM)

Modelo de Projeção de Crédito PF e PJ por Segmento

Modelo de Projeção de Arrecadação Fiscal

Modelo de Projeção de Resultado Fiscal

Modelo de Projeção para a Indústria

Importante frisar também que parte desses modelos com perfil de projeção para dados de curto prazo visam
também identificar tendências de indicadores com divulgação próxima, a fim de subsidiar decisões da mesa da
tesouraria.

Adicionalmente, são utilizadas informações de consultorias especializadas, contratadas pelo Banco como
Tendências, LCA e MCM, além dos serviços de informações da Bloomberg, Broadcast e Oxford Economics, que

65
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

também disponibiliza um ferramental para simulações de variáveis macroeconômicas para o ambiente interno e
para um conjunto de países.

Os cenários denominados cenários de linha compreendem o cenário base, de maior probabilidade, e os


cenários adverso e otimista que representam desvios em relação ao cenário base.

Para todos os cenários são construídas premissas que fundamentam e orientam as decisões de projeções para
as variáveis.

O conjunto de cenários são disponibilizados para o público interno do BB através da página da intranet
“Economia em Foco” e para o público externo por meio do site www.bb.com.br/analises

3.1.1. Cenário Base

Disponibilizado semanalmente com projeções de curto prazo (próximos 5 anos) e longo prazo (35 anos à
frente).

3.1.1.1. Conceito

Conjunto de projeções econômicas elaboradas pela equipe econômica do BB, em que é atribuída a maior
probabilidade entre os cenários construídos, atualmente com 60%.

66
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.1.2. Cenário Otimista

Disponibilizado semanalmente com projeções de curto prazo (próximos 5 anos).

3.1.2.1. Conceito

Apresenta um viés mais positivo, com base nas premissas definidas, em relação ao cenário base, em que no
momento é atribuída a menor probabilidade (5%) entre os cenários construídos.

3.1.3. Cenário Adverso

Disponibilizado semanalmente com projeções de curto prazo (próximos 5 anos).

3.1.3.1. Conceito

Apresenta um viés mais negativo, com base nas premissas definidas, em relação ao cenário base, em que no
momento é atribuída a probabilidade de 35% entre os cenários construídos.

3.2. Conteúdos especializados


Como forma de prestar assessoria e consultoria especializada sob temas de macroeconomia às diferentes
unidades do Banco e aos clientes externos, são oferecidos diversos produtos e serviços conforme segue:

3.2.1. Publicações

3.2.1.1. Diário Econômico

• Apresenta um resumo analítico dos principais indicadores macroeconômicos divulgados no dia e sua
repercussão em nossos cenários.

67
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.2.1.2. Market Update

• Publicação e live semanal, trazendo uma análise dos principais eventos de mercado (tanto em termos
retrospectivos quanto prospectivos) e indicadores econômicos referentes ao período, procurando
destacar seus impactos em nossos cenários.

3.2.1.3. Estudo Econômico

• Aborda temas de importância no curto prazo e de relevância estrutural com possíveis impactos sobre o
mercado e nossos cenários.

3.2.1.4. Estudo Econômico Mensal

• Traz uma análise da conjuntura econômica recente, contextualizando o cenário doméstico e internacional,
e os principais desdobramentos sobre nossas perspectivas para o cenário base. Além da versão em texto,
também é publicada um podcast com o conteúdo.

68
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.2.1.5. Panorama do Setor Externo

• Divulgado trimestralmente, contém atualizações dobre o desempenho e as perspectivas do setor externo.


Entre os principais indicadores abordados estão as transações correntes, a balança comercial, perspectiva
para o mercado de commodities e câmbio, além de uma análise da conjuntura global e dos
desdobramentos esperados.

3.2.1.6. Palavra do Economista

• Divulgado mensalmente, traz a visão do Economista-Chefe sobre os principais acontecimentos no Brasil e


no exterior, com seus desdobramentos econômicos.

69
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.2.1.7. Dashboards

• Disponibilização de informações do cenário econômico, inflação e crédito na forma de painéis dinâmicos.

70
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.3. Consultorias

3.3.1. Clientes Internos

• Elaboração de materiais (textos e apresentações) específicos atendendo demandas de áreas internas do


Banco.
• Apresentações sobre o cenário macroeconômico para o Conselho Diretor.
• Apresentações sobre o cenário macroeconômico para o Conselho de Administração.
• Apresentações sobre o cenário macroeconômico para o Conselho Fiscal.
• Apresentações sobre o cenário macroeconômico para comitês estratégicos (CEGRC, CORIS, COAUD etc)
• Apresentações sobre o cenário macroeconômico para subsidiar a construção da Estratégia Corporativa.
• Apresentações sobre o cenário macroeconômico para diferentes unidades estratégicas sob demanda.
• Matérias para Agência de Notícias

3.3.2. Clientes Externos

• A fim de estreitar o relacionamento negocial com clientes, são realizadas diversas apresentações para
clientes externos abordando as perspectivas e o cenário econômico na visão do time de macroeconomistas
do Banco, bem como participação em lives e podcasts direcionados para clientes.

71
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.4. Relatórios e fornecimento de dados a terceiros

Diversos relatórios com informações macroeconômicas são produzidos para atender demandas internas e
externas de reguladores e entidades de classe como:

Banco Central do Brasil (Relatório Pré-Copom, Sistema de Expectativas - focus)

ANBIMA

Febraban

Unidade de Relações com Investidores (URI) para compor as informações de divulgação de resultado

Diretoria de Marketing para atender demandas de veículos de imprensa (jornal Valor etc)

72
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

 Especialista
3.1. Cenários macroeconômicos para o Teste de Estresse

De acordo com definição do Banco Central (Bacen), os cenários de estresse são simulações para avaliar a adequação
de capital ao limite de Basiléia numa determinada data. Sua finalidade é medir a capacidade de o patrimônio de
referência (PR) das instituições bancárias integrantes do SFN suportar variações no seu patrimônio líquido exigível
(PLE) provocadas por grandes oscilações no risco de crédito, nas taxas de câmbio e de juros prefixados.
O cenário de estresse do BB, além de atender exigências do regulador (Bacen), permite a avaliação da suficiência
de capital com base num cenário único de estresse, considerando os riscos e os negócios do Banco e as projeções
para o horizonte de 3 anos.

3.2. Cenários macroeconômicos alternativos

Cenários extraordinários, elaborados com base na dinâmica de fatos recentes (como a greve dos caminhoneiros
ocorrida em 2018 e o conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia). Busca-se avaliar o impacto de determinados
acontecimentos sobre os cenários de curto prazo.

3.3. Modelagem econométrica

Desenvolvimento e suporte na modelagem econométrica no âmbito da gerência executiva para a projeção de


variáveis econômicas, bem como na realização de estudos específicos para avaliar as relações entre os diversos
componentes da atividade econômica. Como resultado desse processo, auxilia-se as discussões e proposições dos
cenários divulgados pela área.

3.4. Consultorias

3.4.1. Clientes Internos

• Elaboração de materiais (textos e apresentações) específicos atendendo demandas de áreas internas do


Banco.
• Apresentações sobre o cenário macroeconômico para o Conselho Diretor.
• Apresentações sobre o cenário macroeconômico para o Conselho de Administração.
• Apresentações sobre o cenário macroeconômico para o Conselho Fiscal.
• Apresentações sobre o cenário macroeconômico para comitês estratégicos (CEGRC, CORIS, COAUD etc)
• Apresentações sobre o cenário macroeconômico para subsidiar a construção da Estratégia Corporativa.
• Apresentações sobre o cenário macroeconômico para diferentes unidades estratégicas e negociais sob
demanda.

3.4.2. Clientes Externos

• A fim de estreitar o relacionamento negocial com clientes, são realizadas diversas apresentações para
clientes externos abordando as perspectivas e o cenário econômico na visão do time de macroeconomistas
do Banco.

73
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

 Estratégias de Mercado para a Tesouraria


3.1 Estratégias

A equipe de Estratégias de Mercado é a área da Tesouraria Global responsável pelo acompanhamento dos
principais ativos do mercado financeiro negociados pelas mesas de operações, com o intuito de avaliar os
direcionadores (drivers) que movimentam estes ativos e indicar trajetórias prospectivas de forma a apoiar os(as)
operadores(as) nas tomadas de decisão de negociação.

Faz parte da atribuição da equipe realizar conferências diárias com os(as) gerentes e operadores(as) da mesa a
fim de sintetizar a leitura das principais notícias e dados macroeconômicos ocorridos no último dia e das
perspectivas de direcionamento dos mercados para o dia, considerando a análise dos fatos ocorridos e das
expectativas dos principais indicadores a serem divulgados.

A equipe é responsável ou corresponsável pela confecção de três relatórios #Pública (diários ou semanais) que
são disponibilizados por e-mail corporativo e no site institucional do Banco do Brasil (www.bb.com.br/analises).
São eles o Conexão Mercado (diário), Market Update (semanal) e Conexão Agro (semanal).

74
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.2 Conexão Mercado - Abertura

Diariamente a equipe realiza a confecção de relatório de abertura de mercado denominado Conexão Mercado
- Abertura (imagem abaixo), que contempla a leitura dos fatos e indicadores divulgados nas últimas 24 horas bem
como as expectativas dos principais indicadores que serão divulgados no dia bem como o direcionamento dos
mercados externo e interno. O relatório é dividido em três páginas de informação, sendo a primeira um resumo
dos fechamentos do mercado do dia anterior e da pré-abertura. A cobertura é bastante abrangente e cobre desde
índices de bolsas no Brasil, EUA e Europa, como também moedas de diversos países, commodities agrícolas,
metálicas ou energéticas (petróleo) e taxas de juros atreladas a títulos públicos. Na segunda página o relatório
contempla um resumo dos fatos e indicadores internacionais como também uma análise qualitativa destes com as
perspectivas para os mercados. A terceira página replica a mesma análise da anterior, porém para o mercado
doméstico.

3.3 Market Update

A equipe também contribui com o relatório denominado Market Update, relatório semanal com a leitura dos
principais fatos e indicadores financeiro/macroeconômicos e perspectivas para os mercados para a semana
prospectiva (imagem abaixo). Tal como no relatório Conexão Mercado – Abertura, a equipe sintetiza a leitura do
ocorrido nos mercados local e externo e indica suas expectativas para bolsas, juros, moedas e commodities para a
semana seguinte.

75
#interna

UNIDADE TESOURARIA GLOBAL

3.4 Conexão Agro

O relatório Conexão Agro reúne informações sobre as principais commodities com notícias e análises do Brasil
e do mundo, com divulgação semanal, todas as sextas-feiras, e confeccionado com o apoio da Dirag. Um dos
destaques do relatório é a indicação de perspectivas para os preços das commodities para o curto, médio e longo
prazo bem como estratégias de hedge para os clientes/leitores do relatório. O público alvo do documento são os
clientes produtores rurais que buscam orientação sobre as respectivas commodities.

76

Você também pode gostar