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UNIVERSIDADE UNIPIAGET

CURSO DE DIREITO

3º SEMESTRE NOTURNO

Ana Clara Nunes de Siqueira Romano 2534182


Eliene Santos Mendes Moura 4627221
Elisabete Bela de Macedo Ribeiro 6031231
Humberto Gustavo Paes Landim 5425222
Maria Santos Silva Soares Costa 3269192
Sergio Coelho Cardoso 4965221
Washington Lopes Silva 4670221
Wilton Lion M. de Moura 4625221

REABILITAÇÃO CRIMINAL

Suzano
2023
UNIVERSIDADE UNIPIAGET

CURSO DE DIREITO

REABILITAÇÃO CRIMINAL

Trabalho Discente Efetivo Unificado apresentado


à UNIVERSIDADE UNIPIAGET - Suzano – como
requisito parcial para a composição da nota de
Avaliação Geral.

Suzano
2023
 RESUMO

Ao compreender que a reabilitação é a aptidão em estar em sociedade, devolvendo às


pessoas, direitos, prerrogativas e capacidades perdidas. Estaremos estudando no decorrer
deste capítulo á cerca da reabilitação criminal do ex- condenado no direito penal.
Vale ressaltar que a reabilitação, cuida-se da medida de política criminal assecuratória do
sigilo, sobre antecedentes criminais do condenado, e ainda, causa suspensivo condicional
de certos efeitos secundários de natureza extrapenal e específicos da condenação. Tal
sigilo é apagar o passado que é acessível a todos, porém o poder judiciário tem o poder
sobre dados. Quando o juiz vai tirar o histórico dos antecedentes criminais do sujeito ele
tem acesso a tudo que o sujeito presenciou perante a justiça criminal, sendo que não se
apaga perante o judiciário, mas o acesso a outros órgãos é sigiloso

 INTRODUÇÃO
O artigo apresentado deve se estudar e pesquisar a reabilitação Criminal, seus benefícios, e
o seu contexto, sob a ótica dos direitos humanos, uma vez que a temática sempre
mostrando ser um tema de interesse na sociedade, a qual está assolada por tantos ex-
condenados que pagaram por seus crimes, ansiosos por uma nova oportunidade.
O artigo 5ª da Constituição Federal que trata dos direitos e garantias fundamentais, não só
assegura a inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, a segurança e a propriedade, mas
também é o eixo da convivência em sociedade entre indivíduos. O entendimento e procura
sobre o tema e a pretensão de introduzir a reabilitação, decorre da preocupação da
sociedade frente à preservação dos direitos humanos e a busca pela igualdade social.
Apresentados as condições essenciais a ressocialização dos condenados, mostrando que é
tão necessário ao convívio social e humano e a criação de condições estruturais para que a
reabilitação não seja apenas um papel riscado, mas que cumpra sua função social de
ressocialização e efetivação de direitos. Assim sendo, a reabilitação criminal não pode ser
apenas um benefício social ou jurídico, e sim um meio de garantia de humanidade,
reintegrando em sociedade os condenados que cumpriram suas penas, para que possam
ser considerados seres humanos dignos de consideração e respeito.

1. Reabilitação Criminal.
O processo de reabilitação do preso na sociedade deve ser de forma cautelosa, e por assim
aos poucos irem reintroduzindo o apenado de volta ao convívio social de forma com que ele
não se sinta oprimido pelo estigma de ter sido qualificado dentro do sistema penitenciário
brasileiro.
As pessoas que passaram pelo período e que tiveram sido praticantes de delitos tem a
oportunidade de após o cumprimento da sentença ou terem sido absolvidos de suas
condenações ou depois o trânsito em julgado da sentença, podem por meio de um
advogado entrarem com um recurso jurídico para requererem seu processo de reabilitação,
de acordo com a lei de execução penal mais precisamente no art. 93 do Código penal
brasileiro pode por intermédio de seu patrono jurídico, impetrar seu pedido de reabilitação
assim que houver exatos dois anos do exato momento em que se der por cumprida e
extinta sua pena .
Reabilitação é o instituto jurídico-penal que se destina a promover a reinserção social do condenado,
a ele assegurando o sigilo de seus antecedentes criminais, bem como a suspensão condicional de
determinados efeitos secundários de natureza extrapenal e específicos da condenação, mediante a
declaração judicial no sentido de que as penas a ele aplicadas foram cumpridas ou por qualquer
outro modo extintas. Busca reintegrar o condenado que tenha cumprido a pena na posição jurídica
que desfrutava anteriormente à prolação da condenação. Tem, portanto, duas funções: (1) assegurar
ao condenado o sigilo dos registros sobre seu processo e condenação (caput); e (2) suspender
condicionalmente os efeitos da condenação previstos no art. 92 do CP (parágrafo único). Cleber
Masson (2016, p. 505)

A prerrogativa principal do projeto de reabilitação criminal do condenado consiste em fazê-lo


deixar para traz as escolhas que o levaram a fazer parte das estáticas da criminalidade,
visto que a maioria da população carceraria adentra para o caminho da criminalidade, seja
de qual tipificação for, muita das vezes por falta de condições sociais, levando o fato de
crescer e conviver e situações insalubres, que na maior parte das vezes conta até com
menos do mínimo existencial a qual é trazida como texto da magna Constituição Federal ,
concretizado no princípio constitucional da Dignidade da Pessoa Humana.
“.... Artigo 5°da CF/1988 - Existem os Direitos e Garantias Fundamentais, não só
assegurando a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade,
mas também é eixo da convivência em sociedade entre indivíduos.”
Avaliando isso a forma mais branda e simples de reintroduzir este ex delinquente é com a
introdução do mesmo no mercado de trabalho, dito que no próprio texto constitucional uma
das maneiras de impulsionar a funcionalidade social, no caráter do homem é incentivando a
livre iniciativa do trabalho. Entretanto ao adentrarem nas entrevistas de trabalho são
descartados por estarem estigmatizados como malfeitores, desqualificados para ocupar
funções e vínculos empregatícios em vista de seu passado pregresso.
E neste ponto em que a LEP (Lei de Execução Penal) introduz em seu texto pontos onde
oferece aqueles ditos e vistos como réprobos, a chance de utilizar do benefício da
reabilitação para “ocultar” do público geral, a quais não devem ou necessitam de tais
informações. A desinformação polemiza e problematiza o tópico reabilitador pelo fato de
acreditarem que o benefício apaga o histórico criminoso, mas na realidade é apenas o fato
de garantir sigilo aos seus autos passados, para que assim aquele que uma vez foi
praticante de ato infracional, tratando-se de crimes simples, dolosos, fúteis, de menor ou
maior potencial ofensivo, possam ter de volta o status social que possuíam anteriormente
ao fato criminoso.

2. Quem pode requerer ao benefício da Reabilitação Criminal ?


 Somente o condenado que cumprir os requisitos ditados no teto da LEP.
 Ter passado dois anos depois do último dia de cumprimento total da pena que o juiz
decretou ou da sua extinção da pena;
 Ter residido no Brasil durante esse prazo;
 Ter sido considerado com bom comportamento;
 Ter reformado o dano causado à vítima.
O último ponto trazido e provido apenas em determinados casos visto que entra em falta de
harmonia com o decurso do texto constitucional, que pode inibir a garantia fundamental de
garantir direito ligados a liberdade do homem.

3. Marco Temporal.
O marco temporal da reabilitação de malfeitores começa a ser tratado em 1670, obviamente
na França, originando e influenciando outras nações, entretanto o fato veio a ser tratado
com mais propriedade nas edificações modernas pós-revolução francesa, ainda nesse
lapso temporal também se encontra no provimento italiano em 1810 como concepções dos
primeiros discursos, mas impetrado somente no texto do Código Penal de 1930.
Já no contexto penal brasileiro em meados de 1824 na vigência da CF da época, a
reabilitação era tratada na forma de perdão ou minoração da pena, foram incluídos no CP
da época como art. 66, entretanto era um poder do monarca, ou seja, instituído do poder
moderador impetrado pelo Imperador.
Mas de fato o provimento da reabilitação criminal foi “impetrado” em 1968 pela lei 5.467/68,
porém previamente revogada pela lei 6.578, de 11 de outubro de 1978, por ter sido
prorrogada tantas vezes o seu período de vacância cominou a em uma nova lei que
revogou a de 1968.
Entretanto a lei que vigora no que se diz a respeito da reabilitação criminal atualmente Lei
7.209/84 que foi reformulada e influenciada por vários fundamentos de algumas convenções
ligadas aos direitos humanos, e assim clarificando o seu intuito de não ir de desencontro
com a condenação do réu, mas sim suavizar os efeitos nos pós do sentenciado.

4. PROBLEMATIZAÇÃO SOBRE A REABILITAÇÃO CRIMINAL.

O instituto da reabilitação criminal, e o que está previsto no artigo 202 da Lei de Execução
Penal, (LEP), não só o direito ao sigilo dos registros sobre o processo e condenação na
esfera civil mas também respeito aos direitos a imagem, a vida privada, a honra e por
conseguinte a dignidade da pessoa humana, ao convívio em sociedade novamente a partir
dessa efetivação, pois os que cumprirem a sua pena, poderá trilhar por caminhos corretos,
e não buscar oportunidades junto à organização criminosa.
Muitas vezes, essas pessoas acabam sendo estigmatizadas e excluídas, o que dificultam
ainda mais a ressocialização pela questão da inobservância dos aspectos legais
constitucionais da LEP que diz no artigo 202 na aplicabilidade imediata da reabilitação.
Contudo, cabe ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Poder Judiciário e outras
instituições como o Ministério Público e organizações da sociedade civil também podem ter
o papel relevante para que se alcance uma abordagem justa e eficiente para a luz do artigo.

 Art. 743. A reabilitação será requerida ao juiz da condenação, após o decurso de


quatro ou oito anos, pelo menos, conforme se trate de condenado ou reincidente,
contados do dia em que houver terminado a execução da pena principal ou da
medida de segurança detentiva, devendo o requerente indicar as comarcas em que
haja residido durante aquele tempo... CÓDIGO PENAL. 1940.
5. CONCLUSÃO.
No presente trabalho expõe que o delinquente que requere ao fulcro do código penal em
que delibera sobre a ação benéfica para o réu que teve sua sentença extinta, seja por total
cumprimento ou absolvido com base nas resoluções do mérito da causa processual, não
deve ser eximido para toda a vida, ou seja, após trânsito em julgado o mesmo ainda não
deve continuar a sofrer sanções ou exposto e ridicularizados, sendo colocado a situações
de preconceito por seu passado pregresso e por assim não deve sofrer com os efeitos da
condenação por maior tempo pós trânsito.
Os índices de reincidência daquele que comete ato criminoso e é reinserido no convívio
social de forma gradual e precavida, tendo oportunidade de ser inserido no mercado de
trabalho, por assim garantindo sua subsistência básica, é exorbitante comparado ao detento
recém provido de liberdade sem ao menos ser oferecido o conhecimento de um tipo de
recurso a qual poderá impetrar para recuperar seu status social anterior ao início da sua
vida pregressa.

6. Bibliografia:
Lima, Renato Brasileiro de
Código de Processo Penal Comentado / Renato Brasileiro de Lima- 4. Ed. ver. Ampla e
atual-Salvador: Juspodivm, 2019
1.984 p.

ISBN 978-85-442-2549-3
1. Direito Processual. 2 - Direito Processual Penal. I. Titulo.

Masson, Cleber, 1976


Código Penal comentado/ Cleber Masson. 2. Ed. Ver; atual. e ampl. – Rio de Janeiro:
Forense;
São Paulo: MÉTODO, 2014.
ISBN 978-85-309-5238-9
O QUE É REABILITAÇÃO CRIMINAL? QUAL O EFEITO MAIS IMPORTANTE
DA REABILITAÇÃO?
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Reabilitação criminal é uma
ação, desconhecida pelo senso No Artigo 5°da CF/1988 existem
Assegurar ao condenado o os Direitos e Garantias
comum. Está descrita do Art.93
sigilo dos registros sobre seu Fundamentais , não só
ao 95 do Código Penal e visa
processo e condenação na assegurando a inviolabilidade do
assegurar ao condenado que já
esfera cívil. direito à vida, à liberdade, à
cumpriu pena o sigilo dos

segurança e à propriedade, mas
dados referentes à sua
A Reabilitação é um instituto também é eixo da convivência
condenação.
que visa a reinserção na em sociedade entre indivíduos.

A
QUEM PODE SOLICITAR sociedade seja de forma digna,
REABILITAÇÃO E PARA QUEM ? ausente de preconceitos e
constrangimento, viabilizando
A reabilitação pode ser
que a vida em sociedade reinicie
solicitada pelo condenado com Isto demonstra a importância
com possibilidades reais, dentre
trânsito em julgado, por meio de deste instituto, que contribui
outras de emprego e de para este retorno daquele que já
um patrono (a) .
integração. não possui pendências com a
Ela alcança quaisquer penas
justiça, proporcionando a
aplicadas em sentença
possibilidade de recomeçar.
definitiva.

Pode ser requerida após 2 anos


do dia em que foi extinta a
pena, e também exige-se que o
agente tenha permanecido no
país durante este período,
demonstrado bom
comportamento público e
privado e tenha ressarcido o
dano causado ou provado a
total impossibilidade de fazê-lo.
REABILITAÇÃO
CRIMINAL

INTEGRANTES DO
GRUPO
Ana clara Nunes De Siqueira Romano
2534182
Eliene santos Mendes Moura
4627221
Elisabete Bela de Macedo Ribeiro
6031231
Humberto Gustavo Paes Landim
5425222
Maria Santos Silva Soares Costa
3269192
Sergio
Washington Lopes Silva
4670221 Av. Mogi das Cruzes, 1001 – Jd
Wilton Lion M. de Moura Imperador – Suzano – SP
4625221

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