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FATEC- FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS DA BAHIA

6.º Semestre de Direito Noturno


LUAN DE JESUS SALES SANTANA

Provas no Processual Penal

Alagoinhas-BA
2022
Prova documental;
Segundo Aragoneses Alonso, o conceito de prova documental, que pode
perfeitamente ser aplicado dentro do código de processo penal
brasileiro. " Toda classe de objetos que tenham uma função probatória,
contando que esse, por sua índole, sejam suscetíveis de ser levados
ante a presença judicial; isto, é, quem documento é qualquer objeto
móvel que dentro do processo possa ser utilizado como prova,
contrapondo-se neste sentido, a prova de inspeção ocular que se pratica
naqueles objetos que não possam ser incorporados ao processo".

Segundo Aury Lopes, Além de serem consideradas provas documentais,


também podem fazer parte desta lista coleções de documentos reais
escritos, fitas de áudio, vídeos, fotografias de tecidos e objetos móveis
que possam ser fisicamente atribuídos ao processo de função
probatória.
Então a Prova documental é um tipo documento constituído
especificamente para servir de prova para o ato ali representado.

A doutrina divide a prova documental em seis tipos, a saber: particular,


pública, original, cópia, nominativo e anônimo.

a. A prova documental particular é um documento produzindo por


um particular, ou por algum funcionário público que não esteja no
exercício de suas funções.

b. Prova documental pública é um documento elaborado por


funcionários públicos durante atividades oficiais. Neste sentido,
equiparam-se também a documentos públicos os documentos
emitidos pelas entidades paraestatais, bem como os títulos
comerciais, títulos, etc. Esses documentos gozam de uma relativa
presunção de autenticidade (jus tantum).

c. original: escrita na fonte produtora.


d. cópia: seria a reprodução do documento original.

e. nominativa: contém, no seu teor, o seu autor.

f. anônima: não contém a indicação do responsável pela sua


confecção.

O nosso Código de Processo Penal vem tratando do tema da prova


documental nos arts. 231 a 238.

Acareação

A acareação é um ato processo, meio de prova, cuja sua principal


finalidade é a apuração da verdade por meio de uma confrontação entre
duas ou mais pessoas, cujos depoimentos foram conflitantes. Este
procedimento está previsto no artigo 229.

Nestor Távora e Rosmar Antoninni fala que “Acarear ou acaroar é pôr


em presença, uma da outra, face a face, pessoas cujas declarações são
divergentes”. (p. 385).

Além de demonstrar a pertinência da divergência a ser esclarecida, a


doutrina apresenta dois pressupostos adicionais para a aplicação dos
meios probatórios: a confrontação deve tratar de alegações já
formuladas e; deve ser comprovada a necessidade de meios de prova,
ou seja, a ausência de outros elementos que possam corrigir o desvio.

Quanto à primeira premissa, parece claro que, para que haja diferença
no ponto relevante do depoimento, é necessário que sejam enunciados.
Quanto à imprescindibilidade dos meios probatórios, apesar da
venerável doutrina que a defende como pré-requisito para o confronto,
tal posição parece passível de críticas.
Isso porque as Normas de Confrontação não consideram
expressamente que essa presunção é necessária para a atuação –
como é o caso das escutas telefônicas, por exemplo –, de modo que
acrescentar óbices que a lei não prevê ao exercício da devida diligência
seria limitar de forma desmedida a direito de prova.

O procedimento de confronto é simples: as pessoas envolvidas no


desentendimento serão convocadas a comparecer perante a mesa, para
que prestem suas explicações. Apresentando-se no local determinado,
serão colocados frente a frente, “dirá que há discrepância nos seus
depoimentos e, depois de ter indicado o local da colisão, pedirá aos
confrontados que ‘expliquem a discrepância’ . Por fim, com a
confrontação, embora seja um meio de prova legalmente previsto na
legislação processual penal, é difícil dirimir os litígios entre os
depoentes, revelando-se, na maioria das vezes, não só impertinente
como também destituída de sentido.

Do Reconhecimento de Pessoas e Coisas

O reconhecimento de pessoas ou coisas é um procedimento formal que


está previsto no artigo 226 do Código de Processo Penal e visa a
auxiliar na busca da verdade real durante a investigação ou instrução
processual penal, no sentido de reconhecer pessoas e objetos. O ponto
principal abordado neste artigo sobre o reconhecimento é a
inobservância por parte dos delegados e juízes da forma prevista em lei.

A lei trata o reconhecimento de pessoas ou objetos como um ato formal


que deve respeitar um procedimento. O problema é o desrespeito das
operadoras ao direito processual descrito no CPP e, pior ainda, o
entendimento dos Tribunais de que o descumprimento do procedimento
legal não configura nulidade, é simplesmente irregularidade, cometem
injustiças e condenam inocentes, substituindo o processo judicial como
se verá a seguir.
Da Busca e da Apreensão

A busca e apreensão está prevista no Artigo 240 e seguintes do Código


de Processo Penal Brasileiro, e está previsto como um dos meios de
prova do processo penal.
Nestor Távora e Rosmar Alencar (2017, p. 741) muito bem conceituam
busca e apreensão como apreensão de provas no Código de Processo
Penal Brasileiro:
“A busca tem por objetivo encontrar objetos ou pessoas, ao passo que a
apreensão é a medida que a ela se segue. Temos que distinguir os
institutos: a busca é a procura, a diligência que objetiva encontrar o que
se deseja, ao passo que a apreensão é medida de constrição, para
acautelar, pôr sob custódia determinado objeto ou pessoa. Nada impede
que exista busca sem apreensão, e vice-versa. Na primeira hipótese, a
diligência pode ser frustrada, não se encontrando o que se procura, ou
ter simplesmente o objetivo de identificar determinada circunstância,
como, por exemplo, gravar imagens de um determinado local. Já a
apreensão também pode ser realizada sem a prévia busca, quando, v.g.,
o objeto é entregue voluntariamente à autoridade”.
Para a realização da busca e apreensão é necessário o mandado de
prisão acima mencionado expedido pela autoridade competente por se
tratar de medida contrária às garantias constitucionais e de caráter
excepcional, devendo ser adequado às circunstâncias analisadas,
exigindo a lei, se não, poderá estar sujeito às penalidades previstas em
lei.

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