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ESTRATÉGIAS PARA PRÁTICA

INSTRUMENTAL INDIVIDUAL

HARALD JORGENSEN
INTRODUÇÃO
Objetivo: Conseguir uma prática individual eficaz
"Aquela que alcança o produto final desejado, no mais curto espaço de tempo possível, sem
interferir com os objetivos a longo prazo"

PENSAMENTOS COMPORTAMENTOS
Planos para uma Aumento gradativo
sessão de prática o ritmo de atuação

Praticar uma peça de música tocando-a repetidamente do princípio ao fim sem


interrupção pode ser benéfico para alguns, mas ineficaz para outros

PENSAMENTOS ADOTADOS DURANTE


A PRÁTICA INSTRUMENTAL
1. Foco na técnica
2. Expressão e Musicalidade
3. Foco na sonoridade
4. Desafio Pessoal
5. Concentração e atenção
Esses pensamentos podem variar de acordo
6. Auto avaliação construtiva
com o nível de habilidade, o estilo musical e
7. Persistência e Paciência as preferências individuais de cada músico.
8. Curiosidade e Experimentação O importante é cultivar uma mentalidade
9. Divertimento e Paixão positiva e eficaz que promova o progresso.

AS 3 FASES DO AUTO-APRENDIZADO
-Planeamento e preparação da prática
- Execução da prática
- Observação e avaliação da prática

A prendizagem auto-regulada": Maneira como os alunos adquirem as ferramentas necessárias para


assumir o controle da sua própria aprendizagem e, assim, aprender eficazmente.

1. Reflexão prévia: os processos de pensamento e as crenças pessoais que


precedem os esforços para realizar a tarefa
2. Desempenho/controle volitivo: processos que ocorrem durante a
aprendizagem e que afetam a concentração e o desempenho.
3. Auto-reflexão: a reação do aprendente e a resposta subsequente à experiência

CONCEITO PARA AUTO-APRENDIZAGEM


1. Estabeleça metas claras
2. Encontre recursos de aprendizagem
3. Estabeleça uma rotina prática regular
4. Comece com o básico
5. Aprenda músicas que você gosta

6. Utilize gravações e reproduções


7. Aprenda com outros músicos
8. Desenvolva habilidades de escuta ativa
9. Experimente a improvisação O auxílio de um professor é
essencial para aprendizagem!
10. Seja paciente e persistente
FASES DO AUTO-ENSINO
1. Planejamento: Se define os objetivos, metas, estratégias e
recursos necessários para alcançar um determinado
resultado. Identifica-se os passos a serem seguidos,
considerando prazos, orçamento, riscos e quaisquer
outras variáveis relevantes.
2. Execução: Ações colocadas em prática com implementação
das atividades. Durante a execução, podem surgir
imprevistos ou necessidades de ajustes, os quais devem
ser gerenciados de forma adequada.
3. Observação: É a etapa em que se acompanha e monitora o
progresso e os resultados das ações executadas. É
importante coletar dados, observar e analisar informações
relevantes relacionadas ao projeto.
Avaliação: Análise aprofundada dos resultados obtidos em
relação aos objetivos estabelecidos no planejamento.
Estratégias de planejamento e preparação;
Estratégias de seleção e organização das atividades.

1. A qualidade de uma sessão de prática e estudo, é caracterizada e definida pelas atividades


específicas em que o praticante se envolve;
2. As atividades da prática podem ser divididas em "prática de tocar/cantar" e "prática não
musical" (por exemplo, estudar a partitura, escrever na partitura ou num caderno,
dedilhado silencioso, etc.);
3. O estudo diz que a pratica de tocar/cantar tende a dominar e, dentro disso, os músicos
dedicam-se mais frequentemente ao trabalho de repertório, seguido da prática de questões
técnicas.

A partir disso, foi observado que a prática concentrada e não lúdica dá mais tempo para
o ensaio mental, e a reflexão evita a utilização excessiva dos músculos. Portanto, para
um melhor desenvolvimento e resultado da pratica, é necessário:

1. Reduzir o tempo das sessões de estudo/treino, aumentando a concentração e a motivação;


2. Equilibrar a "prática de tocar/cantar" com a "prática não musical" numa única sessão ou ao
longo do tempo;
3. Reservar uma sessão por dia para "exigências inesperadas" (por exemplo, uma tarefa de
leitura à primeira vista) ou utilizar uma sessão inteira para trabalho técnico.
Pesquisas comprovam que muitos estudantes de música, praticam apenas peças novas,
sem nenhuma estratégia para rever sistematicamente as peças "antigas". Porém, é
necessário incluir trabalho deliberado sobre música ensaiada anteriormente no seu horário
de prática/estudo para manter ativo o seu repertório principal.

Algumas perguntas podem ser aplicadas à prática de exercícios que têm como objetivo preparar aspectos
técnicos e coisas específicas do desenvolvimento do praticante. É claro que tais exercícios podem beneficiar o
avanço geral em direção à excelência do desempenho, mas os exercícios devem ser bem direcionados e
cuidadosamente selecionados para que abordem desafios específicos da peça estudada.
Para isso, pergunte a si próprio:
Porque é que este exercício de aquecimento em particular é necessário para mim nesta sessão?
Haverá outros exercícios mais adequados para esta situação específica de prática?
Para as minhas necessidades a curto e a longo prazo?

Estratégias para a definição de metas e objetivos.

Em uma pesquisa com estudantes de conservatório, Jorgensen (1998) foi descoberto que muitas sessões de prática/estudo, foram
iniciadas sem esforços para planear e estabelecer os objetivos da mesma. No entanto, parece haver uma tendência para se concentrar
em dois tipos de objetivos para a para a prática, são eles:
objetivo de qualidade técnica na execução;
objetivo para a qualidade da interpretação/ expressividade.
A interpretação de uma peça deve ser considerada como parte de um bom plano de estudos.
Por isso, uma recomendação geral é:
No início da sessão, formule algumas das suas intenções gerais (sejam elas quais forem) da forma mais clara e precisa possível.
O que é que quer desenvolver especificamente? Dominar?
Os objetivos vão e vêm, e os praticantes não devem abster-se de formular planos específicos só porque sabem que acontecimentos
inesperados e momentos frustrantes surgirão inevitavelmente e poderão alterar qualquer esforço de planejamento.

Estratégias de gestão do tempo

As duas perguntas mais frequentes dos estudantes são: "quanto tempo tenho para praticar" e "com que
frequência tenho de praticar".
A resposta geral a todos os praticantes é que existe uma relação positiva entre a quantidade de prática e a
medida que a pessoa se desenvolve e conhece seus objetivos, tanto a duração como a frequência das sessões
de prática tendem a aumentar.
Durante os anos de formação da infância e da juventude, o aumento da quantidade de prática é tipicamente o
resultado de sessões mais longas do que de sessões mais frequentes ou mais dias de prática.

Além disso, foi observado que, não surpreendentemente, 95% dos alunos principiantes e avançados no seu
estudo relataram um aumento da prática durante as semanas que antecederam os exames ou provas.
Enquanto as férias escolares resultam normalmente numa diminuição da atividade prática.
Algumas questões cruciais a colocar são:
1. Atribui às sessões de treino a maior prioridade entre as suas atividades de estudo durante um dia?
2. Diz "não" a outras atividades que interferem com as suas sessões planeadas, ou encara as sessões de
treino como algo que pode ser facilmente subordinado a outras exigências, canceladas ou adiadas?

As respostas a estas perguntas podem oferecer um indicador importante do comportamento de prática e podem
ajudar a desencadear uma nova forma de pensar sobre os hábitos de estudo.
Uma estratégia sugerida é praticar as peças que são consideradas mais difíceis durante a manhã, pois
pesquisadores descobriram que os alunos com o nível de competência mais elevado num conservatório
praticavam de manhã, dormiam à tarde e depois praticavam mais à noite.
Embora esta estratégia possa ser adaptada apenas por alguns, a sua relevância geral é clara:
Atacar o que considera ser a tarefa prática mais difícil do dia numa altura em que se sente mais alerta e pronto
para um trabalho sério.

Por fim, não existe uma resposta universalmente aplicável à questão do quanto
praticar. Mas, para os estudantes do ensino superior, existe uma norma não escrita
para a quantidade de prática individual, que deve ser em média, cerca de 20-25
horas por semana.
Há variações acentuadas em ambas as direções em relação a esta média,
dependendo principalmente da natureza do instrumento. Em geral, os pianistas
têm uma maior quantidade de prática individual do que os instrumentistas de
cordas, que praticam mais horas por semana do que os instrumentistas de sopro.

Prática do
instrumento
A quantidade de horas se determina pela exigência física e técnica necessitada por determinado instrumento,
fazendo com que um flautista pratique por mais tempo que um tubista, por exemplo.

A motivação para prática e estudo do instrumento, também variam de acordo com as aspirações do músico.

A prática individual se mostra eficaz para o aumento da proficiência no instrumento, mostrando que a
relação de horas estudadas com aumento no desempenho diretamente proporcional, desde que o estudo seja
bem organizado, otimizado e objetivo.

Ao compararmos um pianista estudante de música que carrega consigo 1500 horas de prática com outro que
possui 4500 horas, tendo iniciado seus estudos no mesmo nível de proficiência, é provável que o aluno com
maior carga horária estudada possua agora um maior nível técnico em relação ao seu instrumento.
Como otimizar o tempo de estudos?

Para otimizar as horas de estudo, primeiramente é necessário desenvolver um hábito consistente


dentro da rotina.

Com uma quantidade consistente de horas por dia, é necessário estabelecer temas de estudo.

O foco dentro da prática individual é de extrema necessidade para o desenvolvimento de forma efetiva.

Além do tempo de estudo, é necessário atribuir qualidade ao mesmo, pois estudar horas a fio de forma
não objetiva, prejudica o desempenho durante a prática.

A prática individual se mostra de extrema importância quando realizada de forma correta.


Estratégias de ensaio mental versus estratégias de ensaio de tocar

O ensaio mental é um tipo de prática não lúdica que tem sido defendida por
vários pedagogos e psicólogos. É geralmente definido como o

ensaio cognitivo ou imaginário de uma habilidade física sem movimento


muscular evidente e é frequentemente apresentada como uma alternativa ou

um suplemento à abordagem de tocar.

A abordagem de tocar é a combinação de esforço mental e físico.


Nenhuma estratégia mental específica pode ser identificada como a "correta".
Há um variedade de técnicas aplicadas.

O objetivo básico das estratégias mentais é estabelecer e ativar estratégias

visuais, auditivas e cinestésicas da música para uso tanto na prática como na


execução.

Sob este viés, com o intuito de explorar todas as pistas possíveis


inerentes a uma partitura, os intérpretes devem ativar as suas
capacidades de análise e de treino auditivo.
Os méritos relativos das estratégias mentais, em comparação com as
estratégias de tocar têm sido objeto de vários estudos.

O ponto mais importante a considerar é como combinar estas duas

abordagens da

de forma mais construtiva durante a prática e saber quando usar cada


uma.

● Como é que o estilo e a complexidade da música influenciam

a sua escolha de estratégia?


Estratégias para dominar a peça inteira versus partes mais pequenas

Três abordagens principais surgiram em

investigações recentes:
1° estratégia: consiste em tocar a peça inteira várias vezes, sem parar.
2° estratégia: consiste em concentrar-se apenas em

partes da música antes de tentar dominar

o todo.

3° estratégia: a terceira estratégia combina as abordagens do todo e das


partes.

Embora a primeira estratégia seja mais comum entre os principiantes do


que entre os profissionais, cada uma das três estratégias tem os seus
próprios méritos.

●Como é que uma "parte" deve ser selecionada?


As partes podem ser selecionadas devido à sua disposição visual e


progressões harmônicas.

Não é obrigado a dividir uma peça em partes formais de acordo com o ponto
de vista do

compositor. No entanto, as partes que selecionar devem ser musicalmente


significativas para si.

Em suma, é necessário adotar um procedimento que combine a visão geral e


o cuidado com o "todo", com um tratamento especial das partes difíceis ou
desafiantes que estão ligadas ao todo.

É provável que as partes em que se concentra se tornem mais longas à


medida que a prática progride e este processo tem sido associado à
produção de atuações musicais, comunicativas e

técnicas de maior qualidade.


Claramente, a "dificuldade" depende


da habilidade e experiência de cada
musicista.

Uma estratégia consiste em utilizar exercícios e estudos gerais que


simplificam o problema e o conduzem gradualmente

para uma solução que seja aplicável à peça específica. Quando isto

acontece, chama-se "transferência positiva da aprendizagem".


Outra estratégia consiste em praticar repetidamente a parte difícil de uma
determinada peça

até a dominar.
● Será que estes exercícios o estão realmente a levar ao domínio do
problema específico?

*Estratégias relacionadas com o ritmo de execução;


Existem três estratégias principais utilizada quando um praticante se depara com uma
composição que não consegue tocar imediatamente ao ritmo requerido:
Começar lentamente e depois
aumentar gradualmente o
andamento, é a mais frequentemente recomendada;
É uma otima estrategia para com um primeiro contato com a obra, reconhecendo ela por
inteira em um ritmo mais confortavel
Alternar, se possível, entre um ritmo lento e um ritmo de desempenho
mais rápido;
Esta estratégia pode fazer com que a peça atinja o tempo de execução mais rapidamente, uma
vez que implica na sua capacidade de ajustar-se a varios ritmos, independente do trecho ou
parte especifica
Praticar no tempo de execução do início ao fim;
serve muito bem para um estudo mais avançado na peça (estudo de performance)
*Estratégias para a distribuição da prática ao longo do tempo;

É importante sabermos se o estudo esta direcionado para algo imediato


(caches, trabalhos de ultima hora, de um dia para outro)

ou de um estudo de longo prazo


(estudo de tecnica, para fixar ou criar memoria muscular, recitais a longo prazo)

nossa abordagem e estrategias tem que ser voltadas pensando no "prazo final"
e de acordo com ela moldados ou aceitamos alguns desvios dentro do estudo
*Estratégias de preparação para uma atuação em público;
O quanto do seu performance esta treinado ?

Fatores externos te atrapalham ?


Preocupações relacionadas com lapsos de memória, ansiedade e medo do palco


Durante a atuação, muitos estudantes parecem preocupados apenas com a música e esquecem-se de
preparar adequadamente o seu comportamento em palco, compreender o papel do movimento corporal
na atuação pode ajudar a harmonizar as mensagens musicais e corporais que voce deseja transmitir

Quem é o seu público e em que tipo de local de concerto vai atuar?


*Estratégias de avaliação;

O conhecimento dos resultados, ou feedback informativo, é essencial para o


processo de aprendizagem

O estudante ou profissional deve saber exatamente seus pontos fortes e fracos


para assim trabalha-los

A pratica requer uma vigiláncia constante e atênçao a todos feedbacks que seu
som, instrumento ou corpo indicam

podendo ser tanto um feedback por meio de terceiros, amigos ou prefessores ou


proprio, por meio de gravacões de video ou audio no momento tanto da pratica
quanto da performance
Estratégias para detectar e corrigir erros:
1. Escrever os tipos de erros mais importantes e/ou os seus erros mais recorrentes para
manter-se atento a eles;
2. Fazer um estudo minucioso da partitura, antes da execução de uma música, para
identificar aspectos fundamentais da obra e, assim, evitar erros desnecessários.
Como corrigir os erros:
1. Ignorar os erros e continuar a tocar: O erros tendem a serem praticados ao invés de
removidos;
2. Parar e corrigir os erros sempre que ele ocorrerem: As pausas também podem ser
aprendidas, podendo ser executadas em atuações posteriores;
3. Praticar secções inteiras seguidas de uma atenção específica aos erros e à correção
deles dentro dessas secções: Tende a ser a estratégia mais útil, não causando nenhuma
espécie de vícios.
Estratégias de auto orientação: Descrever, de forma velada ou aberta o modo de
proceder, fazer comentários sobre o progresso e lembrar-se da correção dos erros e dos
aspectos motivacionais da situação, como por exemplo: "Não, não tão depressa!", "Oh, aí
vem a parte complicada, tenho que tocar mais devagar".
As meta-estratégias
Conhecimento das estratégias: Comummente referido na pscicologia como
"conhecimento metacognitivo".
Borkowski e Turner propuzeram três áreas diferentes de conhecimento
metacognitivo:

1. Conhecimento específico: composto pelas estratégias que o indivíduo realmente


conhece;
2. Conhecimento relacional: conhecimento de como diferentes estratégias podem
contribuir para a satisfação de diferentes tarefas e objetivos;
3. Conhecimento geral: compreensão de quanto esforço é necessário, por exemplo, a
prática concentrada de um trecho difícil de uma peça inédita demanda mais tempo do
que a prática de um repertório familiar.
Conhecimento pessoal: Oferece uma visão dos processos individuais de
aprendizagem e dos penssamentos pessoais sobre estes processos;
Conhecimento da tarefa: conciência sobre a forma como as tarefas diferem umas
das outras (por exemplo, em termos de complexidade) e como os objetivos do
indivíduo influenciam na forma como as tarefas serão abordadas (por exemplo,
estratégias diferentes para leitura à primeira vista e para a memorização de
músicas.

Observe o seu comportamento na prática e tente


registrar as estratégias que utiliza!
Controle e regulação das estratégias
O controle das estratégias depende,inicialmente, do conhecimento e da classificação
das estratégias. Com base nisso, é possível proceder à verificação, à avaliação e à
previsão:
1. Quais estratégias estão sendo utilizadas? (conhecimento e classificação)
2. Como está a ocorrer a sua prática? (verificação e avaliação)
3. Que tipo de resultado ocorrerá se eu utilizar a estratégia X? (previsão)
A regulação das estratégias envolve a seleção de tarefas, velocidades e
intencionalidade.
Perguntas como:
1. Quanto esforço está disposto a investir neste problema? (esforço)
2. Por onde vai começar? (seleção de tarefas)
3. Quantas estratégias está disposto a utilizar para resolver este problema? (velocidade)
4. Durante quanto tempo persistirá numa estratégia se esta não der resultados?
(intensidade)
conhecimento profundo das estratégias

Pesquisas feitas demonstram claramente a


eficácia de músicos que pratica estratégias antes
durante e depois, do que aqueles que só vão
tocar.

A pratica é pra ser praticada!


A EXPERIÊNCIA PESSOAL
PODE SER USADA COMO
ESTRATÉGIA, E ISSO NA
PRÁTICA É POUCO
ENSINADO E TEMOS QUE
ESTAR ABERTOS A TODAS
ESTRATÉGIAS
CONVENCIONAIS OU NÃO!
OBRIGADA!
Trabalho apresentado para a disciplina - Pedagogia da Voz III - Docente:
Prof Dra. Yuka de Almeida Prado
Discentes: Ester Sonievski, Beatriz Camargo dos Santos, Gabriela Vian, João Coelho,
Ana Julia Paiva Dias, Moretti e Angélica Schettini Castilho

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