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MÉTODOS DE PESQUISA
METODOLOGIA DE ESTUDO
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1.4. Eficácia nos estudos:
A eficácia nos estudos depende de vários factores que implicam a saúde pessoal, o grau
motivacional, a gestão do tempo, o estabelecimento de condições físicas e materiais e a assunção
de atitudes adequadas que concorrem para melhor capitalização de todos recursos necessários e
disponíveis.
1.6. Motivação
O segredo do sucesso nos estudos está na qualidade da motivação.
(i) Hábito de pensar no futuro, ou seja, o hábito de encarar o estudo como forma de realização
pessoal e profissional (construir o seu próprio futuro);
(ii) Autoconfiança: a autoconfiança é uma atitude psicológica saudável que aumenta o interesse pelo
estudo e diminui as angústias próprias dos momentos difíceis. A autoconfiança permite ao estudante
uma reação positiva perante uma dificuldade ou pequeno fracasso. Dois exercícios mentais são
importantes para a construção da autoconfiança: assegurar-se nas conquistas académicas e acreditar
no sucesso.
(iii) Seguir o curso adequado: as preferências e os gostos oferecem maior interesse. Por isso resulta
sempre melhor escolher o curso certo, de acordo com as aptidões pessoais.
(iv) Persistência: o essencial para alcançar o sucesso é o empenho do estudante, e não apenas a
ajuda dos professores e outros.
Estudar é um empreendimento que implica forte investimento do tempo. Por isso, o estudante deve
obrigar-se a fazer uma gestão racional do tempo em favor dos seus estudos.
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2. Gestão do tempo de estudo
Para estudar bem é importante estabelecer pesquisas complementares.
uma tabela que visualize globalmente as
suas ocupações diárias e semanais. Isso ➢ Intercalar assuntos: é melhor que uma
ajuda a fazer uma gestão racional do tempo empreitada de estudo individual esteja
disponível através de priorizações para se repartida em pequenos períodos de esforço
poder dedicar a cada tarefa o tempo intenso e concentração. [Dica 1, Intervalos:
necessário. 10 minutos de intervalo por cada hora de
estudo. É melhor que se evitem atividades
i. Definir com ambição o tempo que distraiam excessivamente, como ver
dedicado ao estudo. Um estudante televisão, por exemplo; Dica 2, Fuga da
que gere racionalmente o seu tempo Saturação: mudar de assunto de estudo].
de estudo tem de elaborar um
horário semanal eficaz para o estudo ii. Criar autodisciplina. Todo tipo de trabalho
e um plano de estudo prático. O regular e planificado implica alguma dose
horário funciona como guia que pode de sacrifício, mas traz enormes
levar o estudante a trabalhar com recompensas: previne a fadiga, as
regularidade . Um horário eficaz confusões e a ansiedade de quem guarda o
deve ser realista e que se ajusta às estudo para a última hora. A autodisciplina
necessidades individuais. O plano de é um trunfo fundamental para o sucesso nos
estudo deve ter em conta a estudos e na vida e a sua aquisição é
variedade de disciplinas, a favorecida pelo cumprimento rigoroso do
relevância temporária, testes, horário.
trabalhos a entregar, etc.. Deve
igualmente ser flexível aos outros iii. Buscar complementaridade entre o estudo
compromissos. individual e o estudo em grupo. O estudo
individual favorece a leitura, a organização
O desejável é que o estudante, de apontamentos, a resolução de exercícios
recomendados, etc. O estudo em grupo
➢ Dedique ao estudo individual pelo favorece o debate e o enriquecimento
menos 4 horas diárias. Caso não seja mútuo de conhecimentos adquiridos no
possível deve dedicar, em média, estudo individual. Um grupo de estudo deve
um mínimo de 10 horas semanais. ser constituído por um máximo de 6
estudantes, para permitir maior trabalho
➢ Descubra as horas mais rentáveis
em conjunto.
para os estudos (o período de maior
rendimento intelectual). As horas iv. Ter atividades extra-académicas. A boa
mais rentáveis deverão ser escolha de atividades extra-académicas
dedicadas ao trabalho mais difícil, deve ter presente certos critérios: a saúde
que exige maior concentração. física (desporto) e a saúde psicológica
Deixando para as horas de menor (convívio). Porém, a prioridade deve ser
vivacidade mental revisões ligeiras e dada ao trabalho académico.
3. Condições de trabalho
3.1. Local de estudo: Para que um local seja apropriado para o estudo deve garantir o seguinte:
a. Condições ambientais que favoreçam maior atenção e concentração no estudo; portanto, deve
ser um ambiente de trabalho. Ideal é que exista um local destinado apenas ao estudo. Quando
não for possível, então será melhor que o estudante identifique os estímulos do meio ambiente
que podem contribuir para perturbar atenção, para encontrar, em seguida, estratégias para os
eliminar ou evitar.
c. Não Interrupção por outras pessoas. Para evitar isso é melhor fazer pequenos acordos e criar
entendimentos na gestão da “coisa doméstica”. (dica 3, colocar um aviso na porta).
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3.2. Atitude que leva o estudante a adquirir domínio e competências na aquisição de
conhecimento.
✓ Participação ativa nas aulas; ✓ Saber pesquisar;
✓ Autonomia e aprendizagem. Trabalhar ✓ Assumir responsabilidade sobre a própria
individualmente para aprender; aprendizagem;
✓ Aplicar as técnicas de registo dos estudos ✓ Saber trabalhar em equipa;
realizados;
✓ Desenvolver atitudes e valores com ética,
✓ Interagir com os colegas, sabendo debater e respeito pelos outros e suas opiniões;
dialogar
✓ Estar aberto ao novo;
✓ Ver professores e colegas como parceiros e
colaboradores no processo de aprendizagem; ✓ Desenvolver capacidade crítica.
É muito importante levar sempre para as aulas o material necessário para seguir as explicações do
professor e tirar adequadamente os apontamentos, ou sublinhar metodicamente o manual.
v) Participação
◆ Fazer perguntas
Fazer perguntas é um bom processo de participação nas aulas. Mas elas devem ser
interessadas, concretas e oportunas.
Intervir nos debates facilita a assimilação da matéria, já que a memória guarda melhor
aquilo de que se fala do que aquilo que apenas se escuta ou lê. Serve também de treino
para a comunicação com os outros e dá autoconfiança.
◆ Tirar apontamentos
O normal é fixarmos cerca de 20% do que apenas ouvimos. A única técnica que permite
não perder o que se escuta é escrever apontamentos. É muito importante possuir nas
aulas um caderno onde estes apontamentos possam ser registados. O bom aluno tem
orgulho nos seus apontamentos e conhece as vantagens dos apontamentos bem
organizados, sobretudo na altura das avaliações.
◆ Selecionar
É fundamental saber selecionar o que é mais importante. Tirar mais ou menos notas
depende da matéria, do método do professor e da existência ou não de um manual.
❑ Se existe um manual que contém o essencial da matéria, bastará anotar aquilo que
completa ou clarifica o que está escrito. Para tal podem fazer-se anotações no próprio
manual (isto implica, evidentemente, saber antecipadamente o que lá está escrito). Se
não existir um manual, torna-se importante escrever o mais possível, centrando a
atenção nas ideias, e não nas palavras do professor.
❑ Definições, fórmulas, sínteses e comentários feitos pelo professor (estes elementos dão
pistas sobre os elementos mais valorizados nos testes , por exemplo).
BIBLIOGRAFIA:
• Faulstich, E. L. J. (1994). Como ler, entender e redigir um texto ( 6ª ed.). Petrópolis: vozes.
• Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2007). Metodologia científica (5ª ed.). São Paulo: Editora Atlas.
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• Vasconcelos, M.L.M.C., & Brito, R. P. (2006). Conceitos de educação em Paulo Freire. S.Paulo: Ed.
Vozes.
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4. TRABALHO INTELECTUAL
4.4. A LEITURA
Importância da Leitura:
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4.4.1. Como se deve ler
Uma boa leitura é feita com:
✓ Intenção: interesse/propósito
❖
4.4.3. Operações Implicadas na Leitura
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4.4.4. Natureza ou Espécies de Leitura
4.4.5. Procedimento
O objecto da leitura são ideias ou acontecimentos, e procede gradualmente desde a identificação
(sobrevoar) até à interpretação:
2º- Reler: assinalar /anotar palavras ou expressões desconhecidas e buscar seus significados
(imp. dicionário)
2ª: Fase de Seleção: leitura que visa a seleção das informações de interesse (mais
importantes), tendo em vista o tema ou o objecto específico que se pretende adquirir
conhecimento;
3ª: Fase Reflexiva ou Crítica: leitura de entendimento dos significados, onde tomam
lugar as operações da análise, comparação, diferenciação, síntese e julgamento. Trata-
se da fase de avaliação das informações, entrando em jogo as intenções e os propósitos
do autor;
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4.5. MAPA CONCEPTUAL
Para mais informações acerca da teoria subjacente aos Mapas Conceptuais e como
os construir, consulte o site http://mapaconceptual.no.sapo.pt/sobre.htm
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EXEMPLO,(
Mapa conceptual
representa
Organização do saber
que
em
em
Dependente do contexto
Rótulos
Aprender
Símbolos
Palavras Estudar
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4.6. RESUMO
6.1. O que é?
6.2. Finalidade
A natureza da pesquisa ;
Os resultados;
2º- Responder a duas questões principais: de que trata este texto? (ideia central); O
que pretende demonstrar? (propósito)
▪ Os objectivos e os assunto
▪ Os métodos e as técnicas
▪ Os resultados e as conclusões
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4.7. ANÁLISE
4.8. SÍNTESE
BIBLIOGRAFIA:
• Faulstich, E. L. J. (1994). Como ler, entender e redigir um texto ( 6ª ed.). Petrópolis: vozes.
• Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2007). Metodologia científica (5ª ed.). São Paulo: Editora Atlas.
• Vasconcelos, M.L.M.C., & Brito, R. P. (2006). Conceitos de educação em Paulo Freire. S.Paulo: Ed.
Vozes.
• Brito, L. & Castel-Branco C. N. (2010), Desafios para Moçambique 2010, Maputo: IESE 13
•
5. METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÉMICO/CIENTÍFICO
Premissa
É o texto que resulta de algum dos diversos ▪ Saber distinguir as partes de um texto
processos ligados à produção e transmissão académico, a sua formatação física e
de conhecimento executados no âmbito das textual, bem como saber fazer
instituições de ensino, pesquisa e extensão corretamente citações e referências
universitária. bibliográficas.
2. Problemas
- A cientificidade de um trabalho
Grande parte de problemas tem a ver com:
académico provém do facto deste ser
elaborado de acordo com normas ➢ Ausência de uma certa vigilância
preestabelecidas e com o fim a que se no uso das regras metodológicas
destinam; exigidas para o trabalho
académico;
- Os trabalhos académicos/científicos
podem ser realizados com base em Todo trabalho académico/científico deve
fontes de informações primárias ou seguir certos padrões internacionalmente
secundárias e elaborados de várias aceites e certas exigências particulares
formas, de acordo com a metodologia e da instituição ou do curso em que se
com os objectivos propostos. inscreve
✓ Dactilografado ou digitiforme;
✓ Paginado;
✓ Tamanho do tipo de letra:12 para o texto e 10 para citações longas e notas de rodapé;
✓ Espaçamento: 1,5
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.
4. AS PARTES CONSTITUINTES DE UM TRABALHO ACADÉMICO/CIENTÍFICO:
4.1. PARATEXTO
Compreende todos os elementos que estão para além do texto, ou seja, informações que
acompanham uma obra e que contribuem para a motivação da sua aquisição ou leitura. O
paratexto divide-se em dois: Pretexto (elementos pré-textuais) e pós-texto (elementos pós-
textuais).
Há certos elementos que são apenas paratextuais, pois não se situam no pretexto nem no pós
–texto, como por exemplo, a nota de rodapé e o cabeçalho.
CAPA:
“Revestimento inicial de um livro. Num trabalho académico a capa vai conter os seguintes
elementos: 1) Referências Institucionais; 2) Título/tema; 3) Nome do estudante; 4) Nome do
docente; 5) Local e data.
CONTRACAPA:
“Revestimento final do livro (em papel, cartão, pele...) onde surgem informações sobre o autor,
um excerto da obra ou ainda uma síntese ou comentário crítico do livro, o que torna apetecível a
sua leitura.”
LOMBADA:
“Parte do livro que segura a capa e contracapa, funcionando como um dorso. Pode conter o nome
do autor, o título e outros elementos.”
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Título:
É elemento paratextual fundamental de identificação de um texto. o título expressa o conteúdo
semântico geral e dominante do texto, sendo simultaneamente informativo e apelativo;
corresponde geralmente a uma frase e reparte-se pelos seguintes tipos: título síntese (sem verbo
conjugado); títulos descritivos (com verbo conjugado); títulos sugestivos (predominam a função
fática e apelativa; vulgarmente, sem verbo).
ÍNDICE:
a) índice geral: os elementos surgem referenciados pela ordem em que surgem no corpo da obra -
(segue-se, portanto a ordem da paginação);
b) índice onomástico: os elementos inventariados são nomes de autores citados e surgem ordenados
alfabeticamente;
ABREVIATURAS:
- A primeira aparição da abreviatura texto será colocada depois do seu significado escrito por
extenso e a abreviatura deverá estar em entre parênteses.
NOTA DE RODAPÉ:
PREFÁCIO:
- Quando é redigido por alguém, que não o autor, dado como conhecedor da obra, da área
temática em que aquela se inscreve e, possivelmente, do percurso de trabalho aí
implicado:
POSFÁCIO:
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GLOSSÁRIO:
Consiste num dicionário ou lista de vocabulário ordenado alfabeticamente que explica palavras
pouco comuns ou com alguma especificidade.
❖ Léxico formado de termos utilizados por um autor, por uma ciência ou uma técnica, dentro
de um domínio especializado.
✓ A DEDICATÓRIA
✓ OS AGRADECIMENTOS
BIBLIOGRAFIA:
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Bibliografia:
- Faulstich, E. L. (1994). Como ler, entender e redigir um texto (6ª ed.). Petrópolis:
vozes.
- Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2007a). Metodologia do trabalho científico (7ª ed.).
São Paulo: Atlas.
- Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2007b). Metodologia científica (5ª ed.). São
Paulo: Atlas.
- Vasconcelos, M.L.M. C., & Brito, R. P. (2006). Conceitos de educação em Paulo Freire.
S.Paulo: Vozes.
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